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APITO DOURADO...

Started by Pé Ligeiro, 23 de May de 2006, 11:34

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Pé Ligeiro

Para quem anda distraído....


Quote from: Ferreira-Braga on 11 de February de 2007, 20:02
A corrupção não é boa ou má por ser feita no Norte ou no Sul! A corrupçãp é má em si mesma! É um mal que infesta a sociedade! É a negação da transparência, da lealdade, da justiça!

A corrupção devia ser combatida por todos! Aqueles que são pessoas de bem, não admitem qualquer tipo de corrupção!

Corrupção é falsidade! É crime!



BRAGA SEMPRE MAIS!

Pé Ligeiro

Morgado reabre segundo processo
2007/02/15 | 17:35 ||  Cláudia Rosenbusch 
Apito Dourado: procuradora ressuscitou caso Beira-Mar/FC Porto, arquivado em 2006. Pinto da Costa recebeu árbitro em casa, poucos dias antes do jogo. Depoimento de Carolina foi decisivo. Defesa vai reclamar para o PGR


A equipa liderada pela procuradora-geral adjunta Maria José Morgado reabriu o processo relativo ao jogo Beira-Mar/FC Porto, que já tinha sido arquivado pelo Ministério Público de Gaia, soube o PortugalDiário.

Este é o segundo processo arquivado que a magistrada ressuscita e que também envolve Pinto da Costa.

O caso relativo ao jogo Beira-Mar/FC Porto, realizado a 18 de Abril de 2004, a contar para a Super-Liga Galp Energia, agora reaberto, tinha como arguidos, além do presidente portista, o empresário de futebol, António Araújo, o árbitro Augusto Duarte e o auxiliar Perdigão da Silva.

Em causa está o facto de o empresário António Araújo ter levado o árbitro Augusto Duarte ao encontro do presidente do FCP, na casa deste último, em Gaia, a dois dias da penúltima jornada que culminou com o título de campeão nacional para os azuis e brancos.

Depoimento de Carolina decisivo

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, os depoimentos de Carolina Salgado foram decisivos para a reabertura de mais um processo.

Recorde-se que já no livro «Eu, Carolina» publicado em Dezembro, a ex-companheira de Pinto da Costa referira que «os árbitros Martins dos Santos e Augusto Duarte, entre outros, eram visitas de nossa casa, sempre trazidos pelo António Araújo. Bebiam café e comiam chocolatinhos.»

E acrescentava que, «ao contrário dos seus colaboradores fascinados pela impunidade do mundo em que operavam, o Jorge Nuno nunca falou com um árbitro ao telefone, nem precisava de o fazer, visto que eles iam lá a casa confraternizar».

Arguidos notificados

Contactado pelo PortugalDiário, o advogado de Augusto Duarte referiu já ter sido notificado da reabertura do processo, revelando a intenção de «reclamar hierarquicamente» dessa decisão. O advogado de Pinto da Costa está «no estrangeiro», segundo informaram do escritório.

«Cafezinho e conversa sobre nada»

Quando foi ouvido em interrogatório judicial, em Gondomar, Augusto Duarte não soube explicar por que motivo se deslocou a casa de Pinto da Costa na antevéspera do jogo, tanto mais que afirmara nem sequer ter intimidade com o líder portista.

Na versão do presidente do FCP, o encontro teria sido motivado por «um cafezinho e uma conversa sobre nada».

Por esclarecer ficaram igualmente as razões de nas conversas telefónicas, interceptadas pela PJ, entre Araújo e Duarte, o presidente do FCP aparecer referido como «gerente de caixa», «engenheiro máximo» e «número um», bem como o motivo que levou o árbitro a dizer ao empresário «temos que ver aquele negócio».

O jogo saldou-se por um empate 0-0 e nessa sequência Pinto da Costa é escutado a conversar com o então presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, Pinto de Sousa, a quem diz que o árbitro «também não esteve mal mas não deu cheirinho nenhum, nada» «Só nos deixou passar uns livres, o gajo».

No entendimento do procurador adjunto Carlos Teixeira, que extraiu a certidão enviada para a comarca de Gaia, António Araújo, Pinto da Costa e Pinto de Sousa teriam praticado crimes de corrupção desportiva activa (o último como cúmplice) e os árbitros seriam co-autores de um crime de corrupção desportiva passiva.

Arquivado por falta de indícios

O processo foi arquivado pelo Ministério Público de Gaia, em 2006, por falta de provas, apesar de o procurador ter referido no despacho de arquivamento que «o quadro de facto que se traçou consente perfeitamente que tal tivesse acontecido  [as contrapartidas]», mas sem indícios suficientes para, em sede de julgamento, conduzir a uma pena ou medida de segurança.

Recorde-se que o depoimento de Carolina Salgado já tinham conduzido à reabertura do chamado «caso das prostitutas», envolvendo Pinto da Costa, António Araújo e o árbitro Jacinto Paixão, entre outros, no jogo Porto Estrela da Amadora, realizado a 24 de Janeiro de 2004. Os dois processos poderão agora conduzir a uma acusação.

IN PORTUGAL DIÁRIO


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Pé Ligeiro

Apito Dourado: Pinto da Costa arguido
SUSPEITO DE TENTAR PREJUDICAR O BENFICA EM JOGO COM O NACIONAL


Pinto da Costa foi ontem chamado a depor na Polícia Judiciária do Porto, onde foi constituído arguido no caso Nacional-Benfica. O presidente portista terá recusado prestar declarações. É a confirmação de que a investigação deste caso está a acelerar sob a condução de Maria José Morgado, cuja equipa esteve no Porto para interrogar Pinto da Costa.

Na primeira vez em que foi interrogado sobre este caso no qual está indiciado de um crime de corrupção desportiva activa, Pinto da Costa considerou normal Rui Alves, após o jogo em questão, ter ligado a dizer que deu uma ajuda, afirmando que a vitória do Nacional foi uma ajuda porque afastou uma adversário portista da luta pelo título. O líder portista disse ainda que o empresário António Araújo falava regularmente com Rui Alves porque transferiu muitos jogadores daquele clube para o FC Porto, dando o exemplo de Paulo Assunção e Rossato. PC negou, "peremptoriamente", que alguma vez o FC Porto tivesse dado prendas a árbitros ou dinheiro.

A tese da acusação, que Maria José Morgado irá tentar consolidar, refere que o FC Porto tinha interesse no resultado do jogo Nacional-Benfica, realizado a 22 de Fevereiro de 2004, pois os encarnados ainda não estavam afastados da luta pelo título. Por isso mesmo, compreende a reunião prévia que Araújo manteve com Pinto da Costa, presumindo que quando Araújo falou com o árbitro Augusto Duarte estava "duplamente mandatado" pelos presidentes do Nacional e do FC Porto, estando o primeiro interessado na vitória da sua equipa e o segundo na derrota do Benfica

IN RECORD
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Pé Ligeiro

Apito Dourado: Carolina diz que Duarte recebeu dinheiro
DEPOIMENTO DECISIVO NA ABERTURA DO BEIRA-MAR-FC PORTO


O depoimento de Carolina Salgado foi decisivo para o processo de reabertura do caso relativo ao Beira-Mar-FC Porto disputado a 18 de Abril de 2004. A ex-companheira de Pinto da Costa disse à equipa de Maria José Morgado que o árbitro Augusto Duarte esteve, efectivamente, em casa do presidente portista dois dias antes do jogo em questão.

Afirma mesmo que foi ela quem lhe abriu a porta, tendo acompanhado Pinto da Costa e o árbitro numa visita ao canil lá de casa, onde a novidade era o ar condicionado. No encontro esteve presente também o empresário António Araújo, que surge mais uma vez – tal como aconteceu nos casos dos jogos Nacional-Benfica e FC Porto-E. Amadora, relativos à mesma época desportiva – na posição de intermediário.

Para o despacho de reabertura contribuiu também a confirmação de Carolina sobre a finalidade do encontro: obter do árbitro bracarense favores no jogo de Aveiro que se seguiria, a quatro jornadas do fim do campeonato, quando o Sporting se encontrava apenas a 5 pontos de distância.

Mas mais importante para os investigadores foi o facto de Carolina Salgado – peça cada vez mais nuclear deste processo – ter afirmado que Pinto da Costa entregou a Augusto Duarte um envelope com dinheiro, como forma de antecipadamente pagar uma arbitragem favorável.

IN RECORD

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antimouros

E os casos de doping no benfica ? disso ja nao falas porque ? so ha corrupção no fcp ? abram os olhos fdx !

Pé Ligeiro

2007-02-17 - 00:00:00

Justiça - Repetição das audições
Arguidos optam pelo silêncio



A maioria dos arguidos que estão a ser novamente interrogados no âmbito de casos relacionados com o processo 'Apito Dourado' têm optado pelo silêncio. Segundo apurou o Correio Manhã, quando são chamados a prestar declarações, na Polícia Judiciária ou no Ministério Público, os suspeitos de terem cometido crimes de corrupção desportiva têm-se limitado a confirmar os termos de identidade e residência, recusando-se a responder a outras questões.


Foi o que aconteceu precisamente com Pinto da Costa, ouvido esta semana, no âmbito do jogo Nacional-Benfica (2003/04), em que também são arguidos, por crimes de corrupção desportiva, o árbitro que dirigiu o encontro, Augusto Duarte, o empresário de jogadores com ligações aos dragões António Araújo, e o presidente do clube madeirense, Rui Alves.

NACIONAL-BENFICA

Neste processo, o Ministério Público reuniu indícios suficientes que apontam para que Pinto da Costa e Rui Alves tenham mandatado António Araújo para controlar a arbitragem de Augusto Duarte, no sentido de beneficiar o Nacional, que acabou por ganhar (3-2) ao Benfica. Como recompensa, o MP sustenta que Augusto Duarte terá recebido várias contrapartidas. Uma delas foi assistir num camarote VIP do Estádio das Antas, ao jogo FC Porto-Manchester, a contar para a Liga dos Campeões da época 2003/04.

Apesar de PJ e Ministério Público estarem a inquirir algumas dezenas de arguidos, o CM sabe que a procuradora-geral adjunta Maria José Morgado mantém o objectivo de terminar as investigações (com despachos de arquivamento ou acusação) sobre os processos de corrupção desportiva até final de Maio.

Quanto aos processos relativos a crimes económicos, o prazo para a conclusão das investigações pode ultrapassar o final do ano, dado que a equipa de Maria José Morgado está dependente da resposta a cartas rogatórias que foram enviadas para instituições bancárias no estrangeiro.

IN CM



Temos que denunciar os corruptos, contribuindo assim, para que não fiquem impunes!


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Bracarus

#206
não é que o assunto directamente diga respeito ao Apito Dourado, mas é engraçdo para vermos como em Portugal as pessoas se habituam a que a mesma lei, tenha 2 leituras diferentes, consoante os clubes envolvidos...

A propósito da não despenalização do quaresma (era giro, depois de ele ter agredido um jogador como agrediu, ser despenalizado. E nós que nunca vimos um jogador nosso ser despenalizado em casos de injustiça bem mais gritante....

mas foi giro ver a faixa que os portistas tinham no estádio no último jogo contra a Naval a dizer isto

"Contra tudo e contra todos venceremos. Força rapazes".

de facto, ser dos metralhas deve tolhar as vistas aos adeptos


força Chelsea, Dinamo e obrigado Lokomotiv

Pé Ligeiro

2007-02-18 | 19:07:55
Presidente da LPFF

"Até ao fim, doa a quem doer!"



O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Hermínio Loureiro, deixou bem claro que o processo Apito Dourado é para ser levado "até ao fim, doa a quem doer". O dirigente está aberto a novos desafios, como a organização de um Mundial e quer renovar o futebol actual.

"Gostava que caminhássemos no sentido da profissionalização da arbitragem, que não pode continuar a ser vista como um problema. E estamos a dar passos nesse sentido, passos certos, passos responsáveis, para darmos mais e melhores condições aos árbitros portugueses. E, mais do que do aspecto financeiro, falamos de mais e melhores condições de treino, de preparação psicológica, de estudo, porque é fundamental que os nossos árbitros tenham melhores condições de trabalho", explicou, em entrevista ao CNID (Clube Nacional de Imprensa Desportiva).

O saneamento financeiro do futebol português é outra das prioridades de Hermínio Loureiro e um dos aspectos a modificar passa pela diminuição do preço dos bilhetes, de forma a poder olhar-se para os estádios e ver mais público nas bancadas. Contudo, e de acordo com o presidente da LPFF, existe uma "tendência a comparar-nos sempre com Espanha e Inglaterra e não há nenhum sector de actividade em que nos possamos comparar com os espanhóis e com os ingleses".

Por último, o processo no âmbito do Apito Dourado teve, da parte do dirigente, uma resposta curta, mas muito directa e evidente da sua opinião: "Limito-me a dizer o que penso: desejo que o assunto vá para a frente, doa a quem doer."

IN SPORTUGAL
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Pé Ligeiro

PROCESSO REBENTOU em Abril de 2004 MAS INVESTIGAÇÃO SERÁ CONCLUÍDA EM TEMPO ÚTIL

Apito prescreve em 2009
OS principais crimes investigados no Apito Dourado têm uma moldura penal até três anos de prisão, pelo que terão que ser aplicados num prazo de cinco anos. A letargia em que estavam a cair as investigações fez com que se começassem a desenhar cenários de derrocada, mas o novo fôlego conferido pela nomeação de Maria José Morgado deverá garantir conclusões em tempo útil.

A procuradora-geral adjunta tem como objectivo concluir as investigações relacionadas com crimes de corrupção desportiva até Maio, prazo que não colocará riscos de prescrições.

No artigo 118.º (alínea c do ponto 1) do Código do Processo Penal, está previsto que «o prazo de prescrição é de cinco anos, quando se tratar de crimes puníveis com pena de prisão cujo limite máximo for igual ou superior a um ano, mas inferior a cinco anos».

Como a corrupção desportiva tem uma moldura penal de três anos, e tendo o processo iniciado em Abril de 2004, o Apito Dourado só prescreverá durante o ano de 2009. Embora os eventuais crimes tenham sido cometidos há mais tempo, o que conta é a data de extracção das certidões, em nome da eficácia.

A mesma barreira — 2009 — pode também ser aplicada aos procedimentos disciplinares e desportivos que decorrerão das condenações. O Regulamento Disciplinar da Liga prevê, no ponto 2 do seu artigo 16.º, que «se o facto qualificado de infracção disciplinar for também considerado infracção penal, o prazo de prescrição será de cinco anos».


Não há risco de derrocada
Um eventual bloqueio  processual em Gondomar — se a decisão instrutória apontar para arquivamento, para a inconstitucionalidade da lei ou para a nulidade das escutas — não implica a derrocada do Apito Dourado. A lei portuguesa impede a aplicação de sentenças por analogia. «É uma prática prevista no Direito britânico, por exemplo, mas que sempre foi rejeitada pela legislação portuguesa», explica-nos um especialista em Direito Penal.




Completa três anos em Abril, mas, mesmo assim, o APITO dourado está a ser MAIS RÁPIDO QUE «caso» FELGUEIRAS

O tempo relativo da justiça portuguesa
O Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, pretende que o Apito Dourado seja um dos processos prioritários da justiça portuguesa e já apontou uma meta: que o grosso das investigações produza resultados «palpáveis» até ao final de 2007.

Apesar das críticas de lentidão de que este processo já foi alvo, a verdade é que, se o objectivo do PGR se concretizar, o Apito Dourado será muito mais rápido do que outros processos igualmente mediáticos.

Para se ter a noção de como o tempo é muito relativo na justiça portuguesa, basta ver o caso Fátima Felgueiras. Embora tenha parecenças com o Apito Dourado, dadas as ligações ao futebol, ao poder local e ao tráfico de influências, o processo de Felgueiras é muito menos complexo — tem 15 arguidos e concentra-se numa só comarca, que analisa a acusação de 23 crimes, enquanto o Apito se dispersa por várias comarcas, atingindo mais de cem arguidos e centenas de eventuais crimes.   

Evitar Felgueiras
Pois, um caso bem menos complexo começou a ser investigado em 1999 e a acusação do Ministério Público foi deduzida em 2003. Só agora, oito anos depois de ter rebentado e quatro (!) anos depois da acusação já estar pronta, o processo Felgueiras começou a ser julgado, no Tribunal de Guimarães.

A prioridade apontada por Pinto Monteiro ao Apito Dourado visa, precisamente, evitar os perigos evidentes de eternização. Veja-se o que aconteceu em Felgueiras: a instrução só começou em Março de 2005, quase dois anos depois da dedução da acusação. Recursos apresentados pelos arguidos, contestando a validade das escutas, obrigaram à repetição de toda a fase de instrução e ao adiamento de um ano do início do julgamento.

Tendo em conta que a base da acusação do Apito Dourado é idênticaas escutas telefónicas — o perigo deste fenómeno se repetir existe, mas as autoridades judiciárias que conduzem o processo têm já planos de ataque para forçar o cumprimento de prazos apontados como cruciais: concluir a acusação dos processos relacionados com corrupção desportiva até Maio e os restantes até ao final deste ano (crimes económicos, negócios ilícitos com autarcas e outros agentes extra-futebol).

IN A BOLA



Realmente a nossa justiça é pródiga em manobras dilatórias. Temos advogados pagos a peso de ouro para conseguirem por todos os meios a prescrição dos processos. Por um lado tentam esvaziar os processos de todas as provas documentais, por outro, tentam atrasar os processos até à sua prescrição. Os argumentos usados por esses advogados são:
-  As fotografias que não são de boa qualidade;
- As escutas, cujos milhares de horas deviam ter sido seleccionadas pelo juiz instrutor em vez da polícia judiciária -   como fosse humanamente possível um juiz ouvir milhares de horas de escutas em cada processo!
- São os vídeos, que dizem que não fazem prova,  só fazem prova em tribunal para pagarmos multas de trânsito!

Enfim este país é um paraíso para os corruptos e outros criminosos!

BRAGA SEMPRE MAIS!

Aquiles

Julgo que está previsto na Lei algo que é a "Litigancia de má fé" que me parece ser a figura que encarna aquilo que aqui se refere no que toca a manobras para fazer prescrever os processos... o problema é que se calhar nunca ninguém foi acusado desta prática apesar de toda a gente saber que é recorrente.
E sejamos claros enquanto o poder politico for aquele que é, isto não vai mudar, porque eles próprios são especialistas em manbras dilátórias...

Pé Ligeiro

Apito Dourado: PGR confirma mais acusações
PINTO MONTEIRO DEU ENTREVISTA À RTP



O procurador-geral da República, Fernando Pinto Monteiro, confirmou ao programa "Grande Entrevista" da RTP1, conduzido por Judite Sousa, que já existem quatro acusações formais no Apito Dourado.

Apresentando um mapa do País a assinalar as comarcas com certidões relativas aos processos da corrupção desportiva em Portugal, Pinto Monteiro admitiu que FC Porto e Boavista estão entre os visados e, sobre Sporting e Benfica, referiu apenas: "Vamos esperar até ao fim para ver."

Sobre o que se seguirá, Pinto Monteiro foi também muito conciso: "Acredito que vai haver matéria para julgamento e para mais acusações. Até ao Verão vamos ter respostas. Este processo é importante para o País real e alguma coisa vai mudar no futebol."

IN RECORD


Força aí! É preciso desmacarar aqueles que "engordaram" à custa do futebol e aqueles que por meios fraudolentos conseguiram benefícios indevidos para os seus clubes!
BRAGA SEMPRE MAIS!

cardoso

Vi a entrevista e confesso que fiquei muito bem impressionado. Os elogios que fez à MJ Morgado e o optimismo com que ele encara o futuro do processo deixaram-me satisfeito. Espero que não seja só "fogo de vistas" como tantas vezes acontece nestas altas esferas...

Pé Ligeiro

Mais cinco inquéritos no "Apito Dourado"

O "site" da Procuradoria Geral da República informa da abertura de mais cinco inquéritos criminais, no âmbito do chamado processo "Apito Dourado", relacionados com a eventual prática de "crimes fiscais associados ao futebol". Os inquéritos estão já a decorrer nas comarcas de Gondomar (dois), Marco de Canavezes (um), DIAP do Porto (um) e o quinto a ser conduzido directamente pela equipa da procuradora-adjunta Maria José Morgado.


IN O JOGO
BRAGA SEMPRE MAIS!

BRAGA FOREVER

Blá,blá,blá,blá,blá...e o resultado final do apito dourado é:

Pinto da Costa processa M.J. Morgado por danos morais, e vai ser indemenizado pelo arrastamento do processo "apito dourado" onde ficou provada a sua inocência.

ACREDITO MAIS FACILMENTE NA EXISTÊNCIA DO PAI NATAL DO QUE NA RESOLUÇÃO COM JUSTIÇA DO APITO DOURADO!!
S.C.BRAGA NÃO O MAIOR, MAS O MELHOR CLUBE DO MUNDO!

Jazzdevill

 

Meu querido futebol



José Manuel Barroso
Jornalista     

Foi um acaso. Eu participara num programa de desporto da RTP, fazendo um qualquer comentário sobre futebol e, no final, o Manuel da Costa e o Miguel Barroso convidaram-me para um copo no clássico bar lisboeta Snob. Nessa noite, muito aprendi sobre o "futebol".

Aí, ouvi o que seria (se uma viagem ao Brasil o não traísse) o futuro chefe da arbitragem explicar como, nos anos do seu reinado, o Sporting teria nulas hipóteses de ser campeão. Aí, ouvi a explicação de como os ambientes dos grandes FC Porto e Benfica pesavam nas decisões dos árbitros - "na dúvida, o árbitro decide a seu favor." Aí, entendi como o árbitro - nesses tempos, pelo menos - podia enervar e tolher uma equipa, provocando os jogadores, ameaçando-os, interrompendo um fio de jogo atacante com faltas cirúrgicas. Aí, fiquei a saber como um cartão vermelho a Vítor Baía, por impedir em falta um atacante contrário de prosseguir isolado para a baliza, foi transformado em simples amarelo... a pedido do jogador. Aí, ouvi a deliciosa história dos fora-de-jogo também a pedido, quando um capitão do Benfica, em situação difícil para a sua defesa, levantava o braço e o juiz de linha punia o adversário.

Essa esclarecedora conversa levou-me a tentar entender os mistérios do poder no futebol, em reportagens depois publicadas no DN. Como chegara o FC Porto (e o Norte) ao poder, depois do longo ciclo de Lisboa? Que acontecera nos anos 70 e seguintes? A síntese foi esta o País mudara e, com ele, o poder no futebol.

Nas décadas de 50 e de 60, Lisboa dominou essa teia. Sporting e Benfica detinham o domínio da Federação, em coligação com o Belenenses - era o trio BSB, apoiado pelo poder de então. No auge do poder lisboeta, nomeadamente o do Benfica, o viveiro de grandes futebolistas originários de Angola e de Moçambique era carreado para os grandes da capital. O FC Porto era tratado como um clube de bairro.

Mas o 25 de Abril tudo mudou. Quando o dr. Cunhal inventou a revolução marxista, destruindo o poder económico da Grande Lisboa e da península de Setúbal e fragilizando os municípios dessa coroa geográfica, o poder do Sul desmoronou-se. Muitos dos clubes que baseavam o poder das Associações de Futebol de Lisboa e de Setúbal (eixo forte do poder na Federação) ficaram sem apoios. A incapacidade do poder revolucionário em penetrar no Norte, um poder económico emergente e o novo poder autárquico democrático serviram de suporte aos clubes da faixa litoral nortenha.

A isso se juntou, como aliado importante, o "método de Hondt".

Explico tirando partido do facto de terem mais clubes filiados, as Associações do Porto, de Aveiro e de Braga defenderam a aplicação daquele método de representação eleitoral partidária às eleições na Federação.

E assim ganharam a maioria.

Com ela, chegou progressivamente o poder, onde de facto ele se situava - nos Conselhos de Arbitragem, de Disciplina e de Justiça e na área administrativa e financeira. Na sua maior parte encabeçada por dirigentes ligados ao Boavista, a coligação do Norte, dirigida na realidade pelo FC Porto, inverteu a relação de forças na Federação. Ao poder do Norte juntou-se a dinâmica modernizadora do FC Porto, obra do treinador José Maria Pedroto e de Pinto da Costa. Neste poder, num clube bem gerido e em equipas fortes se basearam as grandes vitórias e a explosão portista, nos anos 80 e 90.

Quando, nos anos 90, se cria a Liga de Clubes - agregando apenas os clubes ditos profissionais - o poder das associações torna-se irrelevante, mas a presença do Norte, construída na década anterior, mantém-se. Dos votos das associações passa-se para o voto igualitário dos clubes. Ao Norte bastou manter uma maioria e dispor, na Liga Profissional, dos postos-chave presidência, director executivo, comissões de arbitragem e de disciplina. A aliança entre o FC Porto e o Boavista originou, nos anos 90, campeões e vice- -campeões. O Benfica apareceu na estatística uma vez e o Sporting duas - na virada do século, num momento de confusão entre Boavista e FC Porto.

A seguir, quando FC Porto e Sporting querem apear o major Valentim Loureiro e se aliam, este volta-se para o Benfica - e a coligação de poder na Liga muda. É o momento da célebre frase de Luís Filipe Vieira, quando refere ser mais importante ter gente sua no aparelho do futebol profissional do que contratar jogadores. E tinha razão, um medíocre Benfica sagra-se campeão logo de seguida. Com o êxito vem dinheiro e com dinheiro chegam jogadores.

Mesmo reconhecendo que o panorama da arbitragem é hoje, felizmente, bem diferente, não sei é se, apesar de tudo, a explicação do tal árbitro não valerá ainda na dúvida... o verdadeiro poder decide. Nem sei porque é que, hoje, me lembrei disto. 



http://dn.sapo.pt/2006/01/31/opiniao/meu_querido_futebol.html

Um excelente relato dos meandros do "nosso" futebol, que dá um pequeno lamiré de como as coisas aqui se passam. Por isto me chamam maluco quando digo que pouco têm hipóteses de tirar os galos do poleiro. Vamos apoiar a nossa equipa mas manter a noção de como as coisas se passam.

Pé Ligeiro

Maria José Morgado defende combate à corrupção inspirado na luta contra a máfia
03.03.2007 - 19h56   Lusa, PUBLICO.PT



A procuradora Maria José Morgado defendeu hoje em Constância, no Ribatejo, um ataque mais directo à corrupção, seguindo o exemplo do combate da justiça italiana à máfia, apostando na identificação das ligações económicas.

Numa conferência sobre Democracia e Corrupção, a procuradora recordou o papel do juiz Giovanni Falconne na eliminação da "Cosa Nostra" siciliana e defendeu um maior empenho dos magistrados, que têm de "trabalhar mais do que das nove às cinco" e investir em novos meios processuais para desmantelar as redes de corrupção.

Actualmente, "a justiça é territorial, lenta e morosa e não tem as respostas adequadas para esta criminalidade", reconheceu a procuradora, que defende uma maior eficácia no combate, nomeadamente através da investigação ao branqueamento de capitais.

"Os tribunais e as polícias só terão efeitos dissuasores se apontarem ao núcleo económico dessas organizações", defendeu Maria José Morgado, que não quis falar sobre casos actuais ou sobre investigações sob a sua alçada.

Dilema entre eficácia e garantias

No futuro, a revisão do modelo de processo penal vai levantar um "dilema entre a eficácia processual" das autoridades nas condenações e as "garantias dos cidadãos", considerou Maria José Morgado, sublinhando que muitos dos problemas da investigação em Portugal estão relacionados com a necessidade de salvaguardar direitos fundamentais das pessoas.

Apesar disso, o "magistrado nunca pode ter a ideia da invencibilidade dessa criminalidade", defendeu.

"A percepção da crise de justiça instalou-se nomeadamente no nível de eficácia do combate" à corrupção, até porque este fenómeno tem "consequências virais" para a credibilidade do Estado e para o tecido económico ao afastar o "bom investimento" e diminuir a competitividade dos países.

A procuradora defendeu uma maior aposta na "preparação técnica" dos elementos (magistrados e polícias) que combatem este crime, propondo um conjunto de medidas para que a batalha contra a corrupção seja ganha pelo Estado de direito.

Relação com a corrupção a mudar

"Reformas institucionais para garantir o exercício com transparência de cargos políticos" e uma "divulgação positiva dos valores e das normas que reforcem a honestidade e integridade" foram outros dos ingredientes apresentados pela procuradora para a receita que designou como "programa nacional contra a corrupção".

Em Portugal, a relação das pessoas com a corrupção tem mudado e agora este fenómeno já é considerado "moralmente repugnante" pela sociedade, um sinal que será possível inverter a actual situação.

Organizado pela associação cívica Civilis, o debate contou com a presença da procuradora, do ex-director nacional da Polícia Judiciária Marques Vidal e do juiz Laborinho Lúcio, que apelaram todos a uma maior participação dos cidadãos na denúncia dos casos de corrupção.

Leis favorecem prescrição

Laborinho Lúcio criticou a complacência dos portugueses para com a "tradicional cunha" que só pode ser combatida com uma "afirmação da dimensão cívica" dos cidadãos. Para isso, poderão ter também de abdicar de alguns direitos pessoais (como o segredo bancário) para garantir o normal funcionamento das instituições.

Por seu turno, o ex-director nacional da PJ Marques Vidal considerou que "sem a participação da sociedade civil, nada é possível fazer ao nível da prevenção da corrupção".

"O sistema judiciário português está feito de tal ordem que num processo grave em que se veja entalado um poderoso", os seus "advogados, em truques sujos, conseguem protelar o julgamento até que suceda a prescrição", salientou o actual juiz-conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.

Mas se os magistrados têm alguma culpa e devem "ter mais sensibilidade" para os casos de corrupção, a maior responsabilidade cabe aos políticos que "aprovam estas leis", que permitem o protelamento da justiça, acrescentou Marques Vidal.

IN PUBLICO



Ela é que sabe...espero que obtenha resultados!

BRAGA SEMPRE MAIS!

Kintaro

APITO DOURADO INCLUÍ TAMBÉM INDÍCIOS FORTES DE FRAUDE FISCAL
Transferências viciadas


OS cinco novos inquéritos revelados pela equipa liderada por Maria José Morgado, relativos a crimes fiscais associados ao futebol, constituem uma nova frente de investigação que merecerá «tratamento prioritário» para a Procuradoria-Geral da República. Em causa estão eventuais ilícitos de fraude fiscal e possíveis recursos a off-shores, no âmbito de transferências de jogadores, identificados nas escutas realizadas no processo de Gondomar.

Ao que A BOLA apurou, os factos em análise já haviam sido detectados no ano de 2005, nos meses que antecederam a conclusão da acusação, mas não foram expostos no despacho lavrado pelo procurador adjunto Carlos Teixeira, razão pela qual não constam das 81 certidões emitidas inicialmente.

Os jornais Público e Diário de Notícias avançaram, nos últimos dias, com as indicações de que a transferência de Pepe (do Marítimo para o FC Porto) e vários negócios do Nacional da Madeira são as principais matérias em investigação, factos que confirmam a indicação avançada por A BOLA, na passada quarta-feira, de que a base das investigações se prende com declarações abaixo do valor real executado em transferências.

Dois desses inquéritos correm na comarca de Gondomar, um no Marco de Canaveses, outro no DIAP do Porto e um último foi avocado pela equipa de Morgado.

Juiz adiou recurso

Com a aproximação da decisão instrutória, marcada para depois de amanhã, as diferentes partes envolvidas em Gondomar preparam-se para acautelar as suas posições.

Há vários advogados de defesa prontos para avançar com recursos e um deles já apresentou, junto do juiz de instrução, Pedro Miguel Vieira, o pedido de anulação da instrução, por alegada irregularidade nas diligências (por ter sido vedado o acesso aos advogados dos arguidos). Esse pedido foi, no entanto, adiado pelo próprio juiz. De acordo com o Público, Pedro Vieira considerou que o requerimento só poderá subir à Relação do Porto após ser conhecida a decisão instrutória. No caso de haver despachos de pronúncia, é já um dado adquirido que avançarão vários recursos para a Relação, não sendo de excluir que seja feito um requerimento de representantes de arguidos ao Tribunal Constitucional, de modo a não deixar cair o argumento da inconstitucionalidade do Decreto-Lei 390/91.

A leitura da sentença instrutória está marcada para depois de amanhã, às 14 horas, no Tribunal de Gondomar.

in abola

Pé Ligeiro

Arguidos sabem hoje se vão a julgamento

É hoje conhecido o destino dos arguidos do processo principal do Apito Dourado. Por volta das 14 horas, o Tribunal de Gondomar lê a decisão instrutória do processo, isto é, decide quem vai e quem não vai a julgamento por crimes de corrupção e corrupção desportiva. A esperança de dois dos advogados dos 27 arguidos aponta no mesmo sentido: arquivamento dos processos. Quanto a um terceiro, o que representa Pinto de Sousa, já apresenta um discurso cauteloso.

Amílcar Fernandes, advogado de Valentim Loureiro, acredita que o juiz Pedro Miguel Vieira vai arquivar o processo. "Estou optimista porque são muitos os obstáculos. Todas as questões levantadas são susceptíveis de conduzir ao tema do processo e estou convencido de que pelo menos um desses argumentos, dos vários levantados, será pronunciado".

Artur Marques, advogado de José Luís Oliveira, ex-presidente do Gondomar e ex-vereador da autarquia local, também está confiante. "Os nossos juízes são muito corajosos. Os tribunais têm capacidade e habilitações para distinguir o que é processo do que é mediatismo".

Defensor de Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, João Medeiros tem reservas quanto à decisão do juiz. "Há muita pressão mediática e seria uma boa vitória ser tomada a posição pelo Tribunal relativamente à nulidade das escutas", referiu.

IN O JOGO


Espero que este processo vá até ao fim e que à semelhança de outros que têm descredibilizado a nossa justiça, este não seja mais um a cair em saco roto. Espero que não vençam os expedientes. Espero que as escutas telefónicas, que são a grande base de prova, não sejam ardilosamente retiradas do processo!
Espero que se faça justiça!
BRAGA SEMPRE MAIS!

Carvalhinha

Quote from: Ferreira-Braga on 06 de March de 2007, 09:44
Espero que este processo vá até ao fim e que à semelhança de outros que têm descredibilizado a nossa justiça, este não seja mais um a cair em saco roto. Espero que não vençam os expedientes. Espero que as escutas telefónicas, que são a grande base de prova, não sejam ardilosamente retiradas do processo!
Espero que se faça justiça!

Eu também espero!

JR1287

Quote from: Carvalhinha on 06 de March de 2007, 10:50
Quote from: Ferreira-Braga on 06 de March de 2007, 09:44
Espero que este processo vá até ao fim e que à semelhança de outros que têm descredibilizado a nossa justiça, este não seja mais um a cair em saco roto. Espero que não vençam os expedientes. Espero que as escutas telefónicas, que são a grande base de prova, não sejam ardilosamente retiradas do processo!
Espero que se faça justiça!

Eu também espero!

... mas sentado!...