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APITO DOURADO...

Started by Pé Ligeiro, 23 de May de 2006, 11:34

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Pé Ligeiro

#220
APITO DOURADO: Valentim Loureiro e Pinto de Sousa vão ser julgados  
O Tribunal de Gondomar decidiu esta tarde levar a julgamento Valentim Loureiro, Pinto de Sousa e José Luís Oliveira no âmbito do processo «Apito Dourado». Apenas três dos 27 arguidos não foram pronunciados. A notícia foi avançada pelo site do Público.

O ex-árbitro de futebol Rui Mendes, que era acusado de um crime de corrupção passiva, não vai ser julgado, assim como Fernando Valente (árbitro actualmente suspenso), acusado de três crimes de corrupção passiva, e o árbitro Aníbal Gonçalves, que estava acusado de um crime de corrupção passiva.

IN A BOLA


Um grande passo em frente neste  processo!
Afinal parece que temos justiça!
BRAGA SEMPRE MAIS!

Pé Ligeiro

Valentim Loureiro vai ser julgado por 27 crimes  

Valentim Loureiro, ex-presidente da Liga, vai ser julgado no âmbito do processo Apito Dourado por 27 crimes, dos quais 26 de corrupção activa e um de prevaricação, sendo que foi despronunciado de um crime de prevaricação.

Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, vai a julgamento por 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, segundo a decisão instrutória do juiz do tribunal de Gondomar Pedro Miguel Vieira, que foi lida no final da sessão de hoje por uma oficial de justiça.

O ex-presidente do Gondomar Sport Clube José Luís Oliveira foi pronunciado por 26 crimes de corrupção activa e 21 crimes de corrupção desportiva activa.

O ex-árbitro de futebol Rui Mendes e os árbitros Sérgio Pereira e Aníbal Gonçalves, acusados cada um de um crime de corrupção passiva, não vão ser julgados.

Escutas "não padecem de qualquer inconstitucionalidade"

O juiz considerou ainda que as 16 mil escutas telefónicas "não padecem de qualquer inconstitucionalidade, nulidade ou irregularidade", como alegava a defesa, com várias argumentações, entre as quais a de que terão sido feitas sem controlo do juiz de instrução e transcritas fora dos prazos legais.

Os advogados de defesa já anunciaram que vão recorrer da decisão do juiz de instrução Pedro Miguel Vieira.

O processo Apito Dourado, que incluiu investigações a casos de corrupção e tráfico de influências entre elementos do futebol profissional português e de autarquias, foi investigado durante quase dois anos.



Acusações dos 24 arguidos do processo Apito Dourado


José Luís Oliveira (ex-presidente do Gondomar Sport Clube e vice-presidente da Câmara de Gondomar): autor de 26 crimes de corrupção activa e 21 crimes de corrupção desportiva activa

Joaquim Castro Neves (vereador da Câmara de Gondomar): co-autor de 19 crimes de corrupção desportiva activa

Valentim Loureiro (ex-presidente da Liga e presidente da Câmara de Gondomar): cumplicidade em 26 crimes de corrupção activa e autoria de um crime de prevaricação

José António Pinto de Sousa (antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF): 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito

Francisco Fernando Tavares Costa (actual vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF): cumplicidade em 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito

Luís Nunes Silva (ex-vogal do Conselho de Arbitragem da FPF): um crime de corrupção activa, cumplicidade num crime de corrupção activa, co-autoria de três crimes de corrupção desportiva activa e cumplicidade num crime de corrupção desportiva activa

Carlos Manuel Carvalho (presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto): cumplicidade em dois crimes de corrupção desportiva

Licínio da Silva Santos (árbitro): autor de dois crimes de corrupção desportiva passiva

Pedro Sanhudo (árbitro): autor de três crimes de corrupção desportiva passiva, cumplicidade num crime de corrupção desportiva activa e autoria de um crime de corrupção desportiva activa

Hugo Teixeira da Silva (árbitro): autor de dois crimes de corrupção desportiva passiva

João Pedro Carvalho da Silva Macedo (árbitro): autor de quatro crimes de corrupção desportiva passiva

Ricardo Emanuel da Fonseca Pinto (árbitro): autor de três crimes de corrupção desportiva passiva

Manuel Fernando Valente Pinto Mendes (árbitro): autor de três crimes de corrupção desportiva passiva

António Ramos Eustáquio (árbitro): autor de dois crimes de corrupção desportiva passiva

Jorge Pereira Saramago (árbitro): autor de um crime de corrupção desportiva passiva

José Manuel Ferreira Rodrigues (árbitro): autor de dois crimes de corrupção desportiva passiva

Sérgio Amaro de Jesus Sedas (árbitro): autor de um crime de corrupção desportiva passiva

Manuel Alberto Barbosa da Cunha (observador de árbitros): autor de um crime de corrupção passiva para acto ilícito

João Soares Mesquita (observador de árbitros): cumplicidade num crime de corrupção activa

Américo Manuel Sousa Neves (presidente do clube de futebol Sousense): co-autor de um crime de corrupção desportiva activa

Agostinho José Duarte da Silva (ex-chefe de departamento de futebol do Sousense): co-autor de um crime de corrupção desportiva activa

Leonel Neves Viana (antigo vereador da Câmara de Gondomar): co-autor de um crime de prevaricação

António Ferreira (tenente-coronel reformado): instigação à prática de um crime de prevaricação

José António Horta Ferreira (designer): cumplicidade num crime de prevaricação

Fonte: Lusa


IN PUBLICO



Este é o chamado processo de Gondomar, esperemos que o outro, onde constam figuras bem conhecidas do nosso futebol, também avance para julgamento!
BRAGA SEMPRE MAIS!

Anabela

É impressão minha ou o nome do Pinto da Costa desapareceu da lista de arguidos?!?

Pé Ligeiro

Quote from: Anabela on 07 de March de 2007, 14:30
É impressão minha ou o nome do Pinto da Costa desapareceu da lista de arguidos?!?


Este processo que decorre no âmbito do chamado processo "Apito Dourado", é conhecido também como o processo de Gondomar. Não é neste que consta Pinto da Costa, mas sim noutro processo que decorre também no âmbito do "Apito Dourado", mas trata-se de um processo diferente.
Espero que brevemente tenhamos notícias desse outro processo!

BRAGA SEMPRE MAIS!

Anabela

Ah bom! Obrigada pelo esclarecimento!

disco infiltrator

Um dia que esse pseudo Major valentim, famoso traficante de batatas, seja preso será um dia muito feliz para todos. Festa  rija com certeza!!!!

Pé Ligeiro

Advogado de Valentim Loureiro avança dia 26 para a relação

Recurso antes do prazo

O recurso de Valentim Loureiro para o Tribunal da Relação do Porto, relativo às escutas, seguirá já no próximo dia 26, apesar de o juiz de instrução, Pedro Vieira, ter concedido 25 dias. Amílcar Fernandes, o advogado do major, revelou a A BOLA a sua preocupação no que toca ao prazo  aceite pelo Ministério Público. «A lei só prevê 15 dias e vou respeitar essa margem. Está muita coisa em jogo, não quero arriscar...»

Perdido o primeiro round, a defesa está longe de se dar por vencida. A decisão instrutória do Apito Dourado foi um rude golpe nas aspirações dos principais arguidos de Gondomar, mas o processo ainda pode dar muitas voltas.

Em declarações a A BOLA, o advogado de Valentim Loureiro, Amílcar Fernandes, reafirmou o propósito de contestar a visão do juiz de instrução, junto da instância superior, a Relação: «Estou a preparar um recurso muito completo e vou mandá-lo no dia 26. E, já agora, gostaria de responder a alguns sábios que vieram dizer que não era possível recorrer sobre nada. Pois bem, convinha que esses sábios lessem o acórdão do Supremo que faz jurisprudência sobre a possibilidade de recorrer sobre nulidades...»

Apesar de ter saído derrotado deste primeiro combate, Fernandes elogiou a forma corajosa como o juiz respondeu, ponto por ponto, às questões polémicas que foram levantadas: «Discordo dele, mas, pelo menos, não fez como outros juízes de instrução, que chutam para cima estas questões. Teremos a oportunidade de fazer valer as nossas razões na Relação.»

Mesmo depositando tantas esperanças neste recurso, Amílcar Fernandes admite que «o início do julgamento, independentemente da data, é já um dado adquirido».


Polémica chegará ao Constitucional

Sobre a questão da eventual inconstitucionalidade da lei sobre corrupção no desporto, Amílcar Fernandes adiantou que «o mais provável é que esta questão chegue ao Tribunal Constitucional que é, sem dúvida, a instância indicada para se pronunciar sobre a matéria».



POR CONSIDERAR QUE O TRIBUNAL NÃO O LEVA A SÉRIO...

Major quer ser julgado na TV


Valentim Loureiro quer ser julgado na TV, perante as câmaras de televisão e um grupo de juristas. Esta ideia, no mínimo surpreendente, faz manchete do Expresso de ontem. O major reafirma inocência em relação aos 27 crimes de que é acusado (26 de corrupção desportiva e um de prevaricação) e queixa-se de que «nos tribunais ninguém o leva a sério».

Um dos principais acusados do processo de Gondomar, Valentim Loureiro desafia a RTP a convocar advogados e juízes, por forma a simularem o ambiente de um julgamento, confrontando-o com as acusações que foram, agora, pronunciadas por Pedro Miguel Vieira. «O juiz de Gondomar é um ficcionista e se tirassem o meu nome mais ninguém ligava ao Apito Dourado...», acusa Valentim, ao Expresso.

O Major consta de 350 escutas aprovadas pelo juiz de instrução, mas, ainda assim, reafirma que não cometeu «qualquer acto» que o possa «incriminar».

IN A BOLA



Já se começam a sentir apertados, o que é bom sinal!

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Pé Ligeiro

Pinto da Costa outra vez na PJ
QUESTÕES RELACIONADAS COM O FC PORTO-E. AMADORA



Pinto da Costa esteve ontem de novo nas instalações da Polícia Judiciária do Porto, para ser ouvido por elementos da equipa de Maria José Morgado. O presidente portista foi responder a questões relacionadas com o jogo FC Porto-Estrela, disputado em Janeiro de 2004.

Note-se que a Procuradoria-Geral da República confirmou a semana passada a reabertura de um processo que o DIAP do Porto arquivou no ano passado mas que Morgado reabriu na sequência de declarações produzidas, em Janeiro, por Carolina Salgado.

O líder portista terá sido informado deste novo passo processual, ficando a aguardar agora que Maria José Morgado avance para a sua acusação. O presidente do FC Porto responde, no Apito Dourado, na qualidade de arguido também nos casos Nacional da Madeira-Benfica, Beira-Mar-FC Porto e no dossier relativo a uma presumível viciação das classificações dos árbitros.

in record
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Pé Ligeiro

O que tramou Valentim

Valentim Loureiro já disse que tinha grande esperança em poder desmontar a tese da acusação na fase de instrução. Tudo gorado, por ora. O juiz de instrução não fugiu muito dos argumentos do procurador adjunto Carlos Teixeira que levaram à detenção do então presidente da Liga, em Abril de 2004.

Durão Barroso e Gilberto Madaíl foram testemunhas de defesa arroladas pelo major na fase de instrução mas acabaram apenas por ajudar a "validar" a acusação produzida e agora a pronúncia que leva o caso a julgamento. Carolina Salgado, ouvida em Dezembro do ano passado, foi outra testemunha que "funcionou" contra o major...

Valentim Loureiro está acusado de 26 crimes de corrupção sob a forma de cumplicidade e de um crime de prevaricação relacionado com a sua actividade de autarca. Os crimes de corrupção, com uma moldura penal máxima de 8 anos, são suportados pela acusação com o facto de o major ter consciência de que o então presidente do Gondomar, José Luís Oliveira, também seu vice-presidente na Câmara, levava a cabo decisões ilegais, ao escolher os árbitros para os jogos do clube a que presidia.

Mas é sobretudo a relação de Valentim Loureiro com Pinto de Sousa, à época presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, que é valorizada por Carlos Teixeira. O procurador adjunto entende que Valentim "dominava" Pinto de Sousa por ser o Boavista que o indicava para o cargo que ocupava.


IN RECORD
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Pé Ligeiro

Valentim Loureiro promete «clarificar situações»

O antigo presidente da Liga de Clubes, um dos 24 arguidos que vão a julgamento no chamado processo Apito Dourado, revelou hoje que vai brevemente conceder uma entrevista em directo à RTP, na qual promete «clarificar algumas situações».

Falando à saída de uma reunião da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Valentim Loureiro explicou que este vai ser o seu procedimento no futuro, ou seja, falar sempre em directo para as televisões e para as rádios, enquanto para os jornais apenas concederá entrevistas por escrito.

IN A BOLA


Já não há vergonha!

Como é que a televisão pública, paga com o dinheiro dos nossos impostos, tem o desplante de promover uma entrevista com alguém que está indiciado por crimes de corrupção?
Já não é caso virgem na RTP, pois já se deu ao luxo de entrevistar a autarca Fátima Felgueiras ( ao estilo Big brother), também ela acusada de crimes de corrupção e que na altura estava foragida. É triste que neste pobre país a TV pública não entreviste cidadãos portugueses por serem excepcionais, exemplares e honestos, mas antes cidadãos a contas com a justiça e que, pelos indícios, não enganam ninguém!
Será que o dito senhor vai querer branquear na TV os crimes de que é acusado na justiça?
BRAGA SEMPRE MAIS!

Pé Ligeiro

Apito Dourado: Pinto Monteiro elogia MP
PROCURADOR RECONHECE EMPENHO



O Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, elogiou hoje, no Porto à margem de uma reunião com procuradores do círculo judicial, o trabalho do Ministério Público no Apito Dourdao.

"Estou satisfeito. Estão a ser feitos todos os esforços por parte de gente extremamente competente (...) Se mais não der mais é porque é impossível".

IN RECORD


O Procurador-Geral está atento e empenhado!





BRAGA SEMPRE MAIS!

Pé Ligeiro

Valentim Loureiro acusado por Maria José Morgado
17.03.2007 - 09h09   António Arnaldo Mesquita, Tânia Laranjo



Valentim Loureiro e o seu filho João Loureiro, presidente do Boavista, foram acusados por Maria José Morgado, na primeira acusação formal a dirigentes da 1ª Liga. Está em causa o jogo Boavista-Estrela da Amadora, a contar para a 29ª jornada da época 2003/2004, e o árbitro foi Jacinto Paixão, o mesmo que se encontra indiciado no jogo FC Porto-Estrela da Amadora e que envolve Pinto da Costa.

Ainda segundo o PÚBLICO apurou, houve pelo menos outra acusação, referente ao jogo Machico-Santana. Diz respeito ao campeonato nacional da 3ª Divisão e envolve António Henriques e Augusto Duarte. Pinto da Costa deverá também ser notificado nos próximos dias, já que pelo menos a investigação ao jogo Nacional-Benfica se encontra terminada. Maria José Morgado também arquivou as suspeitas relativas ao jogo Boavista/Alverca e os indícios de corrupção num encontro envolvendo o Santana, dos distritais da Madeira Na primeira acusação formal da equipa de Maria José Morgado, referente à 1ª Liga, estão ainda envolvidos os dirigentes da Liga Júlio Mouco e Carlos Pinto. Está ainda acusado Pinto Correia, ex-árbitro e observador. Os factos remontam a 29 de Março de 2004, quando João Loureiro e Júlio Mouco, um dos responsáveis pelas nomeações na Liga, terão combinado quem seriam os árbitros auxiliares naquele encontro. Também no mesmo dia, João Loureiro ligou a Pinto Correia, informando-o de que deveria falar com Jacinto Paixão, o árbitro principal, para que aquele beneficiasse o Boavista. A contrapartida, assegura o Ministério Público, era a possibilidade de o Boavista assegurar alojamento para um ou dois acompanhantes de Jacinto Paixão. Entretanto, dois dias depois, Carlos Pinto, funcionário da Liga, foi recebido no escritório de João Loureiro e, embora o Ministério Público acredite que o tema da conversa seria a preparação do jogo Boavista-Alverca, terá concluído que não havia indícios suficientes para lhe imputar o crime de corrupção desportiva activa.

Vitória não é fundamental

A vitória desportiva não é fundamental para sustentar a acusação de corrupção. É pelo menos o entendimento do MP, tanto mais que deduziu acusação num encontro que terminou com a derrota do Boavista (1-2). No entanto, as escutas telefónicas revelam que o acto de corrupção se concretizou. A prova é sustentada numa conversa gravada entre Valentim Loureiro e Jacinto Paixão: "Aquilo não se podia fazer mais!", terá dito Jacinto Paixão, ao que Valentim respondeu: "Eu vi, eu vi. Aquilo esteve mal! Também os gajos, cada vez que foram lá cima (...), deu logo um goleco". O MP sustenta ainda que o contacto de Jacinto Paixão com Valentim Loureiro tinha como finalidade garantir que a sua classificação seria elevada. O que terá acontecido (teve nota 8), porque as escutas revelam a promessa do então presidente da Liga: "Eu falei com o homem e tal (...) tem uma boa nota (...), isto está a correr bem", afirmou. Refira-se, ainda, que esta era uma das sete investigações terminadas há cerca de duas semanas, pela PJ Porto, que foram avocadas por Maria José Morgado. Nos próximos dias, deverão também ser conhecidas mais acusações e arquivamentos.


IN PUBLICO
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braguista365

Tanto mexe e tanto fala que o dourado ja esta basso!

Pé Ligeiro

Corrupção: Processo em fase de instrução na Figueira
Valentim arrisca mais um julgamento



A validação das escutas no processo de Gondomar podem fazer com que Valentim Loureiro e o árbitro Paulo Baptista sejam levados a julgamento num caso que decorre na Figueira da Foz e que está em fase de instrução.
Segundo soube o CM, o juiz de instrução da Figueira parou o processo durante quase dois meses, à espera que em Gondomar houvesse uma decisão sobre as escutas e a legalidade da lei que pune a corrupção no desporto. Dias depois de o juiz Pedro Miguel Vieira ter considerado legais as escutas e constitucional a lei em questão, o magistrado da Figueira da Foz voltou a dar andamento à fase de instrução, aceitando uma diligência de Paulo Baptista.

Amílcar Fernandes, advogado de Valentim Loureiro, tem poucas dúvidas sobre o que vai acontecer ao seu cliente no processo da Figueira da Foz, relativo ao jogo da Liga de Honra entre a Naval e o Chaves, da época 2003/04: "Tudo indica que vão ser aceites as decisões de Gondomar. Pelo que sei, o processo, que esteve parado durante algum tempo, vai voltar a andar, uma vez que há diligências instrutórias já marcadas."

Quanto ao processo em que o Major e o filho João Loureiro foram acusados de corrupção por Maria José Morgado, o advogado assegurou que vai solicitar a abertura da instrução, durante a qual voltará a colocar em causa a validade das escutas telefónicas e, "pela primeira vez", a legalidade da lei que pune a corrupção no desporto: "A questão da inconstitucionalidade da lei não foi levantada no processo principal [Gondomar], porque o meu cliente não estava acusado de corrupção desportiva, como sucede agora, dado que tem a ver com um jogo."

Ainda sobre as escutas validadas por Pedro Miguel Vieira, Amílcar Fernandes defende que só depois de a "Relação do Porto e do Tribunal Constitucional" analisarem os recursos que vão receber é que deviam ser aceites como meio de prova noutros casos: "O mais razoável, para evitar decisões contraditórias e sucessivos recursos, é que os processos parassem até que os tribunais superiores decidissem definitivamente essas questões. Por isso, enquanto não estiverem decididas no processo principal, tenho de voltar a colocá-las em causa, sempre que o Major seja alvo de acusações."

No processo em que Valentim e João Loureiro foram acusados por Maria José Morgado – em que também são arguidos Júlio Mouco (ex-vogal da Comissão de Arbitragem da Liga), Carlos Pinto (funcionário da Liga) e Pinto Correia (ex-observador de árbitros) – está em causa o jogo Boavista-Estrela da Amadora da época 2003/04, dirigido por Jacinto Paixão, tal como o CM noticiou na edição do passado dia 13.

CASOS

BOAVISTA - E. AMADORA: AUXILIARES ESCOLHIDOS


João Loureiro foi apanhado numa escuta a combinar com Júlio Mouco (ex-vogal da Comissão de Arbitragem da Liga) quem deveriam ser os auxiliares de Jacinto Paixão no Boavista-E. Amadora (29.ª jornada/ 2003/04). Na fase de inquérito do 'Apito Dourado' a juíza Ana Cláudia Nogueira considerou que também tinham sido reunidos indícios de que João Loureiro terá solicitado ao observador do jogo, Pinto Correia, para pressionar Jacinto Paixão a beneficiar o Boavista.

Apesar de os axadrezados terem perdido (1-2), a magistrada continuou a acreditar de que teria havido corrupção, até porque, depois da partida, Paixão foi apanhado a dizer a Valentim que não podia ter feito mais do que fez para ajudar o Boavista.

NAVAL 1.º MAIO - DESP. CHAVES: TRÊS ERROS DO ÁRBITRO

Valentim Loureiro e Paulo Baptista foram acusados de corrupção desportiva, no jogo Naval 1.º Maio-D.Chaves (Liga de Honra, da época 2003/04), que o árbitro de Portalegre dirigiu. Em Novembro de 2003, o presidente da Naval, Aprígio Santos, foi apanhado numa escuta a dizer a Valentim Loureiro que pretendia ascender à I Liga (o que veio a verificar-se), o que se estava a tornar complicado por as arbitragens não ajudarem.

Aprígio disse ainda ao Major que suspeitava que a Naval fosse prejudicada no jogo com o D. Chaves. Valentim telefonou a Paulo Baptista e pediu-lhe para não prejudicar a Naval. A equipa da Figueira ganhou (1-0), mas os peritos do 'Apito Dourado', os ex-árbitros Jorge Coroado, Vítor Pereira e Adelino Antunes, detectaram três erros à equipa de arbitragem, todos favoráveis à Naval.


IN CM
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Pé Ligeiro

Valentim Loureiro: "Não vou ser condenado"



Valentim Loureiro disse esta quinta-feira que vai ser julgado com base em "alguma ficção" e manifestou-se convicto de que será absolvido dos 26 crimes que lhe são imputados. "Vou sair deste processo sem ser culpado de nada. Não vou ser condenado", previu, numa entrevista ao programa Grande Entrevista, da RTP 1.

"Não aceito de forma nenhuma uma condenação", acrescentou, referindo que o processo "está baseado em factos mas tem também alguma ficção".

Valentim Loureiro reiterou as suas posições quanto à sua alegada influência para que o ex-presidente do Conselho de Arbitragem, Pinto de Sousa, co-arguido no processo, integrasse a comitiva de Durão Barroso, primeiro-ministro à data dos factos, numa visita a Moçambique.

O autarca recusou a tese do Ministério Público (MP), validada pelo juiz de instrução, de que essa viagem de Pinto de Sousa, em 2004, foi um pagamento por ter ajudado o Gondomar SC, nomeando os árbitros que o clube desejava para os seus jogos.

Valentim Loureiro lamentou que o procurador Carlos Teixeira tenha equiparado o processo a um jogo de futebol e aludido ao despacho de pronúncia como uma vitória.

O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, também não foi poupado, por alegadamente ter dado os parabéns a Carlos Teixeira, depois de ter dito que o Ministério Público tanto fazia justiça acusando como arquivando. "Pensei que o Ministério Público tinha por função apurar a verdade", ironizou.

Contactado pela agência Lusa, o procurador do processo, Carlos Teixeira, recusou comentar as declarações de Valentim Loureiro. "Não comento posições de arguidos mas apenas dos seus advogados, em recursos ou outras intervenções processuais", afirmou.

O autarca negou que tivesse seguido ou perseguido o procurador que instruiu o processo Apito Dourado em que é arguido e anunciou que vai processar o jornal que publicou a notícia. "É mentira. Nunca persegui ninguém", disse.

O diário Correio da Manhã escrevia hoje, apoiado em fontes judiciais anónimas, que Valentim Loureiro é suspeito de ter seguido o procurador Carlos Teixeira nas ruas de Gondomar, em 2004.

Nessa altura, o autarca já tinha sido constituído arguido no Apito Dourado, processo que aquele magistrado liderou na fase de investigação. Segundo o jornal, Carlos Teixeira reagiu à notícia nestes termos: "Digo, apenas, que não dei importância a essa situação."

A entrevista de Valentim Loureiro foi concedida 15 dias após a confirmação de que irá a julgamento e semana e meia depois de o semanário Expresso ter escrito que o autarca manifestara o desejo de "ser julgado na TV".

Um assessor do autarca disse, mais tarde, que Valentim Loureiro pretendia, com esta entrevista, "defender-se das acusações judiciais que foram passando para a opinião pública, ao longo de três anos, sem que pudesse contestá-las", devido ao segredo de Justiça a que estava obrigado. A entrevista de hoje foi, segundo o próprio major, uma "pequena oportunidade" de se defender de 3.845 notícias de TV e 11.728 de jornais que o visavam a propósito do "Apito Dourado".

"Se eu não tivesse grande resistência, ou estava num cemitério ou num hospital de malucos", disse.

Valentim Loureiro será julgado por 26 crimes no âmbito de um esquema de alegado favorecimento do Gondomar Sport Clube. De acordo com a decisão instrutória vão a julgamento mais 23 arguidos, entre quais o antigo líder do Gondomar SC, José Luís Oliveira - apontado como o "pivot" do esquema - e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa.

O procurador Carlos Teixeira considerou, e o juiz Pedro Miguel Vieira concordou, que o Gondomar SC teve árbitros "de confiança", porque Pinto de Sousa "queria agradar" a Valentim Loureiro.

Entre outras vantagens alegadas pelo Ministério Público, o ex-líder dos árbitros da Federação Portuguesa de Futebol ganharia "acesso aos círculos do poder e aos benefícios que desse acesso lhe adivinham".

Nesses alegados benefícios foi enquadrada uma viagem de Pinto de Sousa a Moçambique, em 2004, na comitiva do então primeiro-ministro, Durão Barroso, bem como a manutenção do seu cargo na liderança da arbitragem.

O processo Apito Dourado relativo ao Gondomar SC reporta-se a 29 jogos daquele clube na época 2003/2004.

Depois da decisão instrutória do passado dia 06, o processo de 17.400 páginas terá o seu julgamento marcado num prazo máximo de dois meses e os anunciados recursos da decisão instrutória não impedem o início das audiências.

Redacção Sportugal



Assim vai o serviço público prestado pela televisão pública!

BIG SHOW VALENTÃO!
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Pé Ligeiro

Apito Dourado: «Inconcebível voyeurismo» nas escutas
DEFESA DE VALENTIM E OLIVEIRA RECORRE


Os advogados de Valentim Loureiro e de José Luís Oliveira, dois dos 24 pronunciados no processo originário do Apito Dourado, relativo aos jogos do Gondomar e do Sousense, interpuseram ontem recursos para o Tribunal da Relação do Porto.

Os causídicos pretendem desmontar as teses do Ministério Público e do juiz de instrução criminal em três grandes frentes: defendendo a ilegalidade das escutas, a inaplicabilidade do conceito de funcionário público a Pinto de Sousa, antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, e a inconstitucionalidade da lei promulgada em 1991 que pune a corrupção desportiva.

O advogado de Oliveira, Artur Marques, alega mesmo que as escutas enfermam de 13 erros técnicos graves, classificando-as, por exemplo, como "um inconcebível voyeurismo auto-suficiente e preguiçoso", para além de referir que as mesmas decorreram "num lapso de temporal absurdo" (13 meses).

Alega ainda Artur Marques que o conceito de funcionário não pode ser aplicado a Pinto de Sousa e por extensão a Valentim Loureiro e José Luís Oliveira, porque a FPF é "uma entidade de direito privado".

IN RECORD




Para quem terá andado anos e anos a praticar actos de corrupção, 13 meses até poderá ser pouco!
BRAGA SEMPRE MAIS!

Pé Ligeiro

Procurador de Gondomar também recorreu
Recursos contra a validação das escutas eram esperados, mas o de Carlos Teixeira, contra o despronunciamento de três árbitros, foi novidade

No Tribunal da Relação do Porto deram ontem entrada recursos entregues pelos advogados de Valentim Loureiro e José Luís Oliveira, refutando a validação pelo juiz de instrução das escutas telefónicas no processo "Apito Dourado", mas também por parte do Ministério Público de Gondomar, por apenas irem a julgamento 24 dos 27 arguidos. O procurador Carlos Teixeira apresentou dois recursos, mas escusou-se a adiantar se abrangem o despronunciamento de um dos crimes de que Valentim Loureiro estava acusado e os três árbitros que foram despronunciados pelo juiz Pedro Miguel Vieira a 6 de Março - Rui Mendes, Sérgio Pereira e Aníbal Gonçalves.

No último dia do prazo, Artur Marques, advogado de José Luís Oliveira, e Amílcar Fernandes, defensor de Valentim Loureiro, entregaram recursos considerando as escutas telefónicas "nulas", por "terem origem num despacho judicial nulo", como explicou o primeiro dos causídicos. Amílcar Fernandes entregou um documento com mais de 100 páginas, que resumiu: "Repito argumentos aduzidos no requerimento de abertura de instrução, melhoro alguns e acrescento novos". "Qualquer um dos argumentos basta para arguir a nulidade", afirmou, revelando que o documento "deixa cair" a contestação à tipificação dos crimes.

Já Artur Marques volta a defender a "inaplicabilidade do conceito extensivo" de funcionário público - previsto no artigo 388 do Código Penal - ao ex-presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, Pinto de Sousa, invocando um parecer jurídico de Damião da Cunha, que defende ser a FPF "uma pessoa colectiva de direito privado, não podendo, por isso, os seus agentes serem tidos como servidores do Estado, nem funcionários para efeito da lei penal".

A apresentação de recursos para a Relação não tem efeito suspensivo, ou seja, não impede a marcação do julgamento, que Amílcar Fernandes diz aguardar "tranquilamente". "Na minha opinião, a decisão judicial só poderá ser uma: a absolvição", frisou, lamentando "o tempo que se vai perder com o julgamento", por uma simples razão: "Estou convicto de que o major vai ser ilibado e essa será também a convicção de quem conhecer o processo em pormenor".


IN O JOGO
BRAGA SEMPRE MAIS!

Pedro-SCB

Apito: Valentim e João Loureiro ilibados

Valentim Loureiro e João Loureiro foram ilibados no processo relativo ao jogo Sp. Braga-Boavista. Os dois arguidos estavam indiciados, cada um, por um crime de corrupção desportiva activa.

A insuficiência de indícios esteve na origem dos arquivamentos, referiu ao «PortugalDiário» fonte ligada ao processo.

O Ministério Público de Braga arquivou ainda este processo extraído do «Apito Dourado» em relação ao fiscal de linha José Maria Devesa Pinheiro Neto, indiciado por corrupção desportiva passiva.

Em causa está um jogo realizado a 3 de Novembro de 2003, a contar para a SuperLiga da Época 2003/04.

in maisfutebol

disco infiltrator

Sempre a mesma coisa.....nada se prova, a coisa arrasta-se e daqui a uns tempos já ninguém fala nisso. Lá teremos de novo o majoreco traficante de batatas a insultar toda a gente na tv e a não lhe acontecer nada....
O mais triste é que o filho, apesar de ser de outra geração, é a mesma coisa de gente...

Pé Ligeiro

Operação 'Apito Dourado': Políticos nas escutas
Favores e pressões feitos por Valentim
2007-04-13 - 13:00:00


Valentim Loureiro de telemóvel na mão era uma pressão constante para o Governo de Durão Barroso. Falava com meio mundo para despachar favores para amigos ou insultar um alto funcionário da Direcção-Geral das Pescas. As conversas com o então ministro José Luís Arnaut e os secretários de Estado Hermínio Loureiro, actual presidente da Liga, e Miguel Relvas estão documentadas nas escutas do 'Apito Dourado'.


Valentim Loureiro foi apanhado nas escutas do processo 'Apito Dourado' a pedir favores a diversos políticos, como José Luís Arnaut, Miguel Relvas e Hermínio Loureiro, entre outros, situação que a procuradora-geral adjunta Maria José Morgado classificou como "relações perigosas" que merecem "um juízo efectivo de censura ético-política".

Mas também numa conversa demorada com um alto funcionário do Estado, então colocado na Direcção-Geral das Pescas, em que procurou anular uma inspecção deste organismo estatal a uma fábrica de conservas da sua família. Nesta conversa, Valentim insultou e ameaçou por várias vezes o referido funcionário que, mais tarde, lhe pôs um processo por difamação. O Major chegou a ameaçar o funcionário em causa com as suas influências políticas mas acabou por ser condenado a pagar uma indemnização e a pedir desculpas por escrito.

No despacho em que arquivou o caso Sousa Cintra (ver outra peça), Morgado frisou que o Major e os seus interlocutores revelam um "deficiente entendimento dos poderes públicos e dos interesses públicos", sublinhando que as relações estabelecidas entre os intervenientes e os decisores são seguramente perigosas e criam ruído ao normal desempenho da actividade administrativa, que deve reger-se por princípios da igualdade e da legalidade". Para lá de uma grande proximidade, as escutas revelam mesmo alguma deferência por parte dos ex-governantes visados nas escutas em relação ao Major.

Nas escutas que o CM revela nesta edição – consideradas relevantes pela Polícia Judiciária, Ministério Público e pela juíza de instrução do 'Apito Dourado', Ana Cláudia Nogueira –, Valentim demonstra que em 2003/04 tinha grande influência junto de diversos governantes. Em Novembro de 2003 pressionou o secretário de Estado do Desporto Hermínio Loureiro a publicar um parecer do Conselho Superior de Desporto onde estavam previstas as "Ligas fechadas". Em Dezembro de 2003 conversou com o ministro adjunto do primeiro-ministro José Luís Arnaut sobre um empréstimo da Caixa Geral de Depósitos a Sousa Cintra: "Ele é nosso amigo, pá." "Então não é???!!Então...", responde-lhe Arnaut.

Noutras escutas fica claro que Valentim Loureiro fez várias diligências para ajudar o antigo presidente do Sporting Sousa Cintra a resolver um problema de autorizações diversas para construir uma casa em Vila do Bispo, situada em plena zona de paisagem protegida da costa vicentina.

E numa outra escuta – Abril de 2004 –, o "alvo 1 A596", para a PJ, até se faz passar por um recém- -chegado da África do Sul, de raça negra, chamado Uof Mei, que quer investir em meia dúzia de apartamentos num prédio da Circunvalação, no Porto. Os prédios eram propriedade de João Moura, na altura presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, e Valentim pensava que do outro lado do telefone estava o presidente da Câmara de Rio Tinto.

LEIA TUDO O QUE ELES DISSERAM NAS ESCUTAS

JOSÉ LUÍS ARNAUT

"VEJA SE DÁ UM TOQUEZINHO, PÁ"

Sousa Cintra tinha um problema para resolver na Caixa Geral de Depósitos (CGD). No dia 9 de Dezembro de 2003, às 22.45 horas, Valentim Loureiro telefonou a José Luís Arnaut, ministro adjunto do primeiro-ministro, pedindo-lhe para interceder junto da CGD a despachar um pedido de empréstimo do empresário.

José Luís Arnaut (JLA) - Estou!

Valentim Loureiro (VL) - Sr. Ministro! Já regressou, carago...?

JLA - Já, Já, Já! Regressei esta madrugada mas estou... estou... hoje... esta madrugada, às oito da manhã, já estava de regresso a Lisboa!

VL - Ãh?!

JLA - Já estava de regresso a Lisboa, esta manhã! Estou aqui num jantar...

VL - Correu tudo bem?

JLA - Correu tudo bem, sim senhora!

VL - Ó pá, eu estive, hoje, em Lisboa... e estive com o nosso amigo Cintra, que me disse que você foi muito simpático com o gajo... mas agora, lá na Caixa, parece que não sei quê, lá o homem pôs lá uma coisa e, depois, não sei quê, pá... veja se dá um toquezinho, pá!...

JLA - Está bem, está bem!

VL - ... que aquilo está tudo encaminhado com a solução! Ele está-Ihe muito grato!

JLA - Ele não tem nada que...

VL - Ele é nosso amigo, pá!

JLA - Então não é??!!

VL - Se puder... - ouça! - ...

JLA - Primeiro, ... primeiro que tudo... primeiro que tudo, é... tenho muita estima por ele... segundo, não fiz mais... mais do que a minha obrigação... em terceiro lugar, era um pedido seu pronto!, tive muito gosto em poder... em poder ser útil!

VL - OK! Não, ele está-lhe muito grato e disse que... (imperceptível)... "É pá não é preciso agradecer nada, pá! Isso...

JLA - Nada

VL: ... sabe que aqui.

JLA - Ó Sr. Major, eu vou... eu, quando estiver... eu, quando estiver com o homem,...

VL - ... mas eu vou-Ihe dizer...

JLA - ... Já Ihe telefono!

VL - ... eu vou-lhe dizer, amanhã, pare ele lhe ligar porque há lá qualquer... há um detalhezinho, só!

JLA - Eu vou estar esta semana toda na Suíça porque o (imperceptível)...

VL - Ah, está na Suíça!

JLA - Não!

VL - Então, na próxima!

JLA - ... porque... (imperceptível)... eu vou a uma cimeira que há lá em Genéve!

VL -... cimeira em Genéve...

JLA - Mas, sexta-feira, já cá estou!

VL - Ele está-lhe muito grato, está bem, pá?

JLA- Está bem

VL - E eu também lhe agradeço, que você...

JLA - Não, ó pá...

VL: ...foi muito simpático com ele

JLA - ...estamos cá uns para os outros... por isso, Já sabe!

VL - OK, já sei mas...

JLA - Um abraço!

VL - ...Olhe que... pronto! é um amigo, está bem?

JLA - Combinado, Sr. Major Obrigado!

VL - Está! Até amanhã! Um abraço! Até amanhã!

HERMÍNIO LOUREIRO

"CAMPEONATOS FECHADOS"

Hermínio Loureiro, secretário de Estado da Juventude e Desporto, recebeu um telefonema de Valentim Loureiro, no dia 23 de Novembro de 2003, às 14.19 horas. O major pediu-lhe para pressionar José Luís Arnaut, ministro adjunto do primeiro-ministro, a publicar um parecer do Conselho Superior de Desporto que previa a criação de Ligas fechadas.

Valentim Loureiro (VL) - Ouça, diga-me uma coisa.

Hermínio Loureiro (HL) - Diga.

VL - Como é que está esse parecer do Conselho Superior de Desporto?

HL- O, ele está...

VL- Diz que o Ministro que não o deixa publicar?

HL- Não, quem é que disse isso?

VL- Pá, disseram-me que o gajo não sei quê.

HL- Não, não.

VL- Quer receber as associações, ou não sei quê.

HL- Não, não! Pelo menos não me disse nada disso.

VL- Foi-lhe entregue no dia seguinte a ser aprovado, pá.

HL- É, exactamente.

VL- É que enquanto você não aprova isso, pá, você dá lugar a pressões, pá!

HL- Não, mas isso não se preocupe que é assim, eu oficialmente só o recebi, deixe-me dizer-lhe, que, julgo que na, ora bem, esta semana que está a acabar, exactamente.

VL- Ah.

HL - Oficialmente, recebi aquele parecer, até por fax, que o Armando, até o Armando França mo tinha mandado. Eu em princípio durante esta semana trato desse assunto.

VL - Não pá, é que senão isto, sabe o que é que vai acontecer, começam a pressioná-lo.

HL- Claro, claro.

VL- Começam a ir politicamente, começam não sei quê, depois as coisas...

HL- Não, não.

VL- Julgo eu, pá. Não sei se eles querem alterar isso, pá.

HL- Não, não.

VL- Mas se (...) você vai alterar um parecer do Conselho, é uma chatice, pá.

HL- Claro, não, não, com certeza, é evidente que não!

VL- Já estão aí uns gajos a telefonar-me, a saber não sei quê, disse: "é pá, não, eu não tenho indicação nenhuma".

HL- Não, exactamente.

VL- (imperceptível) do Conselho, não sei quê. Disse "ó pá toma lá que...?

HL- Não, e essa que você me está a dizer do Arnaut é nova. Não, não, não.

VL- Disseram-me que era o Arnaut que não sei quê, e tal.

HL- Não, não.

VL- Eu disse: "Ó pá eu não acredito que o Arnaut se meta nisso."

HL- Não, exactamente, não.

VL- Eu não acredito pá, não sei.

HL- Não, não.

VL- Mas também ninguém percebe como é que isso não anda. Porquê, porque depois os gajos, não sei se está a ver, as Associações e não sei quê, queriam subir mais, ó pá, interessa separar o que é profissional do não profissional, pá!

HL- Exactamente.

VL- E isto é o ideal era que os campeonatos fossem era fechados, que era para não haver tantas asneiras.

HL- Exactamente, Ligas fechadas.

VL- Começam todos a querer subir, e depois não sobe ninguém, e depois ficam com

orçamentos malucos, e tal.

HL- Exacto, e depois quem não subir fica com problemas financeiros.

VL- É evidente! E você aí não tem problema nenhum, é o Conselho Superior de Desporto, ele foi feito para isso, "boa noite".

HL- É evidente, é evidente.

VL- Tá lá representado tudo, pá.

HL- Eu durante esta semana...

VL- E "deixe-os ladrar", pá.

HL- Claro, exactamente (...).

VL- Mas ouça.

HL- Diga.

M- Isso sinceramente, a não ser que tenha alguma ideia contrária, quanto mais tempo você demora...

HL- Eu sei, que, exactamente.

VL- Eles agora delegaram no Madaíl, falaram, não sei quê...

HL- É, é.

VL- É pá, ande mas é para a frente, senão o Madaíl tem outras coisas para fazer, pá.

HL- Exactamente, mais importantes.

VL- Ouça, estou-lhe a dizer isto com toda a amizade.

HL- Sim, sim, com certeza, tou a compreender.

VL- Se tem intenção de, e acho que é pá, com o Conselho Superior, coiso, era uma chatice, se tem intenção de avançar com aquilo, avance pá, acabou!

HL- Claro, claro, é evidente.

VL- Se não, você vai deixar pressionar, A, B, C, o primeiro-ministro, o *****, tal.

HL- Não, não, não.

VL- Esses Adrianos aí a chatear, pá.

HL- Não, não, deixe, a gente esta semana trata disso.

VL- Esta semana é publicado, não? É despachado?

HL- É pá, eu só vou ter que falar com o ministro, mais nada, porque se você me está a dizer isso é porque pode às vezes alguém lhe ter dito alguma coisa, mas a gente esta semana trata disso, esteja descansado.

VL- Veja lá isso, pá, veja lá isso, senão há notícias que não sei quê, que reuniram ontem, e não sei quê, tal.

HL- É, eu também já vi (...) que reuniram em Ílhavo.

M- Que foram em Aveiro, ou não sei quê, senão cuidado com isso, pá.

HL- Não se preocupe com eles.

MIGUEL RELVAS

"PARABÉNS, MAJOR DISPONHA SEMPRE"

No dia 3 de Novembro de 2003, às 16.22 horas, Miguel Relvas, secretário de Estado da Administração Local, ligou a Valentim Loureiro. Em causa um problema financeiro na Câmara de Marco de Canaveses, na altura presidida por Avelino Ferreira Torres. Relvas surpreende o major informando-o de que Avelino pretendia concorrer à autarquia de Amarante.

Valentim Loureiro (VL) ? Tou.

Miguel Relvas (MR) ? Senhor Major, Miguel Relvas.

VL ? Tá bom senhor secretário de Estado, tudo bem?

MR ? Tá bom? Olhe, ligue ao senhor presidente da Câmara de Marco de Canaveses,

resolvemos aquilo que ele me pediu, e vou propor ao senhor ministro que proponha à

ministra o acordo do reequilíbrio financeiro.

VL- Hã?

MR ? Vou propor ao meu ministro, já fiz aqui o Despacho.

VL ? Tá bem.

MR ? A propor o acordo de reequilíbrio financeiro, para depois se mandar para as

Finanças.

VL ? E que tal, e que tal aquilo?

MR ?Correu bem, tá resolvido o assunto.

VL ? Óptimo, mas e ele, e ele não se situa mal?

MR ? Hã?

VL ? Você tinha-me dito que ele que fazia mal em fazer aquilo, pá.

MR ? Ele faz mal, mas ele não tem solução.

VL ? Não tem solução?

MR ? Não tem solução, ele quer resolver aquilo que é pra depois não dizer que tem

dívidas, por causa da candidatura a Amarante, não é?

VL ? Ah, mas ele quererá?

MR ? Hã?

VL ? Ele quer ir pra lá?

MR ? Foi o que ele me disse.

VL ? Foi o que ele disse, não é?

MR ? Disse-me a mim, e tal, que ninguém sabia ainda, que ainda não tinha coisa, e tal, mas que estava a pensar, e que portanto...

VL ? Sim, mas não sei se vai ser fácil isso.

MR ? Ele veio cá com o vice-presidente.

VL- Hã?

MR ? Ele veio cá com o vice-presidente da Câmara.

VL– Ai sim?

MR ? Aquilo que ele lhe pediu a si, que me pediu a mim, está resolvido, agora...

VL ? Óptimo, obrigado, no que a mim respeita, eu não tenho interesse directo, mas pronto, o homem andava coiso, olhe, óptimo. Parabéns então, e obrigado!

MR ? Nada senhor major, um abraço, disponha sempre.

MIGUEL RELVAS II

"EU QUERO LÁ SABER DA LEI"

Miguel Relvas e Valentim Loureiro foram também apanhados numa escuta que a PJ interceptou no dia 13 de Janeiro de 2004, às 22.48 horas. A conversa foi sobre as obras na casa de Sousa Cintra que foram embargadas pela Câmara de Vila do Bispo (Algarve) que considerou que a casa estava a ser edificada numa zona de parque natural. O processo foi parar a Maria José Morgado que o arquivou, por entender que não havia indícios de tráfico de influências, uma vez que o major não pediu contrapartidas para pressionar os políticos com quem falou. Morgado, no entanto, frisou que o comportamento de Valentim integrou uma "situação de instigação ao abuso de poder."

Valentim Loureiro (VL) - Uma coisa? O ... Hoje o meu amigo Cintra voltou-me a ligar. O gajo não me larga, pá!

Miguel Relvas – (imperceptível)... Ordenamento, pá!

VL- Todos os dias me chateia por causa da ***** da casa.

MR- Sabe porque é que... (imperceptível)

VL- ... Do Bispo ou da Bispa ou do raio, pá!

MR- Sabe com quem é que você vai ter que se chatear para resolver isso? O único gajo que pode mandar o gajo do Ordenamento, que é um, um, um gajo, é sobre o desconfiado. Ainda hoje... Ó pá, eu hoje estive a ver se consigo resolver aqui umas coisas (imperceptível)...

VL- Esse gajo disse-me a mim que resolvia e depois não resolveu puto, pá!

MR- Não! Então ouça? Você fala ao Teias, a ver se o Teias manda o Secretário de Estado fazer... O gajo não faz!

VL- Quem é que pode resolver aquilo?

MR- É o Teias! Mais ninguém!

VL- O Teias!

MR- Teias! Porque pode dizer ao secretário de Estado para resolver isso.

VL- Pronto, tenho (que ir conhecer?) o Teias, pá!

MR- Bem ele...

VL- Se ele resolveu lá aquilo da minha, da minha "ETAR" que você agora também me anda a lixar. Ouça lá, atenção que eu só pago dez por cento, pá! Você disse ao Oliveira não sei o quê...

MR- (...) Isso eu não posso...

VL- Ó, Ó pá, não me (imperceptível) porra!

MR- Major, não é isso! O Major como é que...

VL- Ó pá, e como é que quer que eu faça?

MR- Major a Lei, o...

VL- Eu quero lá saber da Lei! Contorna a Lei!

MR- ...Mas, mas eu não posso contornar a Lei...

VL- Tenho que falar ao Teias então?!

MR- Pois o Teias foi assumir...

VL- (Risos).

MR- . . .Ouça, ele foi assumir um compromisso que a Lei não permite!

VL- Ó meu amigo! Eu não sei como é que vocês...

MR- Ou ele arranja...

VL- (Imperceptível).

MR- Então é assim: Ele arranja de outro sítio...

VL- Arranje lá de outro sítio, eu sei lá! Mas qual?

MR- Ele que arranje de outro sítio...

VL- (Imperceptível) ... Uma solução, pá!

MR- ... Ao Programa, ao Programa PO... No "Programa Operacional do Ambiente"!

VL- "Programa Operacional do Ambiente"?!

MR- Que se chama "POA" ! Sim...

VL- "POA"?!

MR- Sim!

VL- Mas como é que ele pode fazer isso pelo "POA"?

MR- Porque o "POA " é um Programa dele...

VL- Eu sei o que é o "POA" (...), mas como é que...

MR- (Imperceptível)... Eu tenho uma Lei, a Lei dos Contratos Programa! Ouça, eu tenho que mandar ao Cravinho...

VL- Sim!

MR- ...Permanentemente para Assembleia os Contratos Programa assinados com os valores e tudo! Porque a (imperceptível)... ***** daquela Comissão que este Governo foi inventar, de Execução Orçamental (Risos) Uma Comissão... Eu passo a vida... O Cravinho anda-me permanentemente a pedir os Contratos...

VL- E ele pelo "POA" pode fazer isso?

MR- Pelo "POA" tem o José Eduardo Dinheiro...

VL- José Eduardo quê?

MR- José Eduardo Martins, no Ambiente! Está a perceber?

VL- Ó pá, o José Eduardo Martins também se puder resolve, pá!

MR- Pois...

VL- Ouça lá, mas você podia dar-lhe a ele como é que ele resolve isso, pá?!

MR- Eu falo com o José Eduardo amanhã e...

VL- Porque é que tenho que ser eu?

MR- Eu falo com o José Eduardo!

VL- Bem...

MR- (Imperceptível).

VL- Pronto, ok. Você trate-me lá disso! Agora diga-me então uma coisa: "O que é que

eu vou dizer ao Cintra?" Com quem, como é que...

MR- Eu acho que é assim: "Você fala ao Teias..."

VL- E acha que o Teias depois diz que sim? Depois você...

MR- ...Ó pá, então o outro gajo... Não, porque o outro gajo é o gajo do Ordenamento!

VL- Ouça lá, mas ele a mim, inicialmente, lá o do Ordenamento não sei o quê... Como é que ele se chama? Até foi muito simpático comigo.

MR- O... O Taveira de Sousa!

VL- Taveira de Sousa! Mas depois, eu fui lá e tal e ele disse que não podia porque não sei o quê, porque não sei o quê, começou-se lá a mijar todo, pá!

MR- Porquê?! Porque estes gajos não correm riscos! Depois é assim...

VL- Ai não querem correr riscos!

MR- Eu tenho um princípio na vida que é: "Quando eu não posso, quando eu sei que há uma coisa... Ou que é impossível ou que não é possível..."

VL- Sim...

MR- "... Eu digo logo... Não!" Olhe, isso não é possível por isto e por isto!

VL- Pois, mas ele a mim deu esperanças... (...).

MR- Pois, mas sabe o que é...

VL- (Imperceptível)

MR- Você sabe que há muita malta na política que alimenta, em todo o lado... Alimenta

esperanças e não gostam de dizer que não! Ó pá, e depois adiam a resolução do

problema (imperceptível)...

VL- Bem eu vou falar... Eu vou falar ao ministro Teias.

MR- Está bem!

VL- A ver se ele resolve o problema ao homem. Caro amigo...

MR- Um grande abraço meu caro amigo!

VL- Então ouça lá, você fala ao José Eduardo Martins ou tenho que...

MR- Falo amanhã! Eu falo com o José Eduardo Martins!

VL- Fala você?

MR- Falo sim senhora!

VL- Pronto, veja lá isso então, está bem?

MR- Está bem, um grande abraço!

VL- Um grande abraço!


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