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APITO DOURADO...

Started by Pé Ligeiro, 23 de May de 2006, 11:34

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JotaCC

«APITO DOURADO»
ARQUIVAMENTO DO CASO BEXIGA NÃO CRITICA MINISTÉRIO PÚBLICO


O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) considerou, ontem, que o recente despacho de arquivamento do caso de agressão ao ex-autarca socialista de Gondomar Ricardo Bexiga não critica a actuação do MP do Porto.
Esta posição do SMMP surge depois de "a comunicação social fazer eco de um despacho de arquivamento do Ministério Público (MP) relativo ao caso da agressão contra Ricardo Bexiga", ocorrida no Porto, em finais de Janeiro de 2005.

O NORTE DESPORTIVO

Pé Ligeiro

Quem são os 24 arguidos do «Apito Dourado»

Quatro autarcas, 4 membros do conselho de arbitragem, 3 observadores de árbitros, 2 dirigentes do Sousense e 10 árbitros respondem por 183 crimes


Os 24 arguidos no processo «Apito Dourado» de Gondomar, que começa a ser julgado segunda-feira, respondem por um total de 183 alegados crimes, assim distribuídos:

José Luís Oliveira (ex-presidente do Gondomar Sport Clube e vice-presidente da Câmara de Gondomar) - acusado de 26 crimes de corrupção activa e 21 crimes de corrupção desportiva activa.

Joaquim Castro Neves (vereador da Câmara de Gondomar) - co-acusado de 19 crimes de corrupção desportiva activa.

Valentim Loureiro (ex-presidente da Liga e presidente da Câmara de Gondomar) - cumplicidade em 26 crimes de corrupção activa e autoria de um crime de prevaricação.

José António Pinto de Sousa (antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF) - 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito.

Francisco Fernando Tavares Costa (actual vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF) - cumplicidade em 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito.

Luís Nunes Silva (ex-vogal do Conselho de Arbitragem da FPF) - um crime de corrupção activa, cumplicidade num crime de corrupção activa, co-autoria de três crimes de corrupção desportiva activa e cumplicidade num crime de corrupção desportiva activa.

Carlos Manuel Carvalho (presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Porto) - cumplicidade em dois crimes de corrupção desportiva.

Licínio da Silva Santos (árbitro) - acusado de dois crimes de corrupção desportiva passiva.

Pedro Sanhudo (árbitro) - acusado de três crimes de corrupção desportiva passiva, cumplicidade num crime de corrupção desportiva activa e autoria de um crime de corrupção desportiva activa.

Hugo Teixeira da Silva (árbitro) - acusado de dois crimes de corrupção desportiva passiva.

João Pedro Carvalho da Silva Macedo (árbitro) - acusado de quatro crimes de corrupção desportiva passiva.

Ricardo Emanuel da Fonseca Pinto (árbitro) - acusado de três crimes de corrupção desportiva passiva.

Manuel Fernando Valente Pinto Mendes (árbitro) - acusado de três crimes de corrupção desportiva passiva.

António Ramos Eustáquio (árbitro) - acusado de dois crimes de corrupção desportiva passiva.

Jorge Pereira Saramago (árbitro) - acusado de um crime de corrupção desportiva passiva.

José Manuel Ferreira Rodrigues (árbitro) - acusado de dois crimes de corrupção desportiva passiva.

Sérgio Amaro de Jesus Sedas (árbitro) - acusado de um crime de corrupção desportiva passiva.

Manuel Alberto Barbosa da Cunha (observador de árbitros) - acusado de um crime de corrupção passiva para acto ilícito.

João Soares Mesquita (observador de árbitros) - cumplicidade num crime de corrupção activa.

Américo Manuel Sousa Neves (presidente do clube de futebol Sousense) - co-acusado de um crime de corrupção desportiva activa.

Agostinho José Duarte da Silva (ex-chefe de departamento de futebol do Sousense) - co-acusado de um crime de corrupção desportiva activa.

Leonel Neves Viana (antigo vereador da Câmara de Gondomar) - co-acusado de um crime de prevaricação.

António Ferreira (tenente-coronel reformado) - instigação à prática de um crime de prevaricação.

José António Horta Ferreira (designer) - cumplicidade num crime de prevaricação.

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Pé Ligeiro

Apito Dourado/Gondomar: Julgamento não pode começar hoje, defende Marinho Falcão


Gondomar, Porto, 11 Fev (Lusa) - O advogado Pedro Marinho Falcão defendeu que, ao contrário do previsto, o Tribunal de Gondomar não tem condições para começar hoje o julgamento de Valentim Loureiro e de 23 outros arguidos no processo principal "Apito Dourado".

"Apesar do processo estar neste momento na fase de julgamento, ele tem que recuar à fase da instrução, de acordo com uma decisão da Relação do Porto", referiu hoje o advogado Pedro Marinho Falcão em declarações na RTPN.

Em causa está uma alegada irregularidade no despacho de pronúncia do processo, relacionada com as escutas telefónicas, que foi invocada por João Madeiros, advogado de José Pinto de Sousa, junto da Relação do Porto.

A irregularidade foi admitida pelos juízes-desembargadores da Relação, pelo que o processo desceu ao Juízo de Instrução Criminal de Gondomar para que se pronunciasse, o que ainda não terá acontecido.

Para o advogado do recorrente, esta circunstância prejudica os actos processuais subsequentes, ou seja, a distribuição do processo para julgamento ao colectivo dirigido por Carneiro da Silva.

"Não é uma questão de pormenor, é fundamental", considerou, na RTPN, o advogado Pedro Marinho Falcão.

Segundo o advogado, com a decisão da Relação, o processo "tem que recuar à fase da instrução. Aí, se o juiz de instrução entender que aquele arguido tem razão, então não o pronuncia ou pelo menos não o pronuncia pela totalidade dos crimes pelo qual vem acusado".

Enquanto esta questão intercalar não estiver resolvida, o juiz do processo não pode iniciar a audiência de julgamento, defendeu o causídico, sublinhando que a prova do processo assenta basicamente em escutas telefónicas.

"Não é lícito começar o julgamento. O processo deve voltar à instrução", concordou o advogado Artur Marques, que defende o arguido com maior número de crimes imputados, José Luís Oliveira.

"Pode haver um atraso no julgamento", subscreveu Amílcar Fernandes, que defende o arguido Valentim Loureiro.

No processo Apito Dourado de Gondomar, Valentim Loureiro, José Luís Oliveira, Pinto de Sousa são os principais arguidos.

Com mais 20 arguidos, são suspeitos de terem montado um esquema para induzir os árbitros a beneficiar o Gondomar Sport Club, na época 2003/2004.

O Gondomar SC subiu efectivamente de divisão, com 86 pontos, mais um do que o segundo classificado - o Dragões Sandinenses -, beneficiando de árbitros "de confiança" na maioria dos jogos, diz o MP.

O processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português, foi desencadeado a 20 de Abril de 2004 com a detenção para interrogatório de vários dirigentes e árbitros de futebol.

JGJ.

Lusa/fim
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GanDhi


JotaCC

ADVOGADO ARTUR MARQUES ACREDITA QUE JOSÉ LUÍS OLIVEIRA SERÁ ABSOLVIDO
A MONTANHA VAI PARIR UM RATO
Após a segunda sessão de julgamento, em Gondomar, na qual Valentim Loureiro não testemunhou, o advogado Artur Marques disse acreditar que José Luís Oliveira vai ser absolvido de todas as acusações.


O advogado Artur Marques considerou ontem, no final da segunda sessão do julgamento do processo Apito Dourado, em Gondomar, que se está a assistir "às dores do parto da montanha a parir um rato".
Artur Marques, que representa José Luís Oliveira – na altura dos factos presidente do Gondomar –, considera que o processo "vai chegar ao fim com a absolvição" do seu cliente. "É isso em que acredito e pelo qual me debato", afirmou.
"Acho que o que se está a passar aqui é uma referência a várias coisas feitas por testemunhas sem o conhecimento directo das mesmas", referiu o advogado, que considera haver indícios de perseguição a várias individualidades e ao
Gondomar, sendo que as escutas constituem o único elemento de prova.
"As escutas confirmam apenas que há escutas a pessoas ligadas ao Gondomar", argumentou, apontando que a validade destes registos áudio, base de todo o processo, "é um tema complexo".
O advogado considerou ainda a peritagem a um jogo de futebol, no que respeita à aplicação das leis de jogo, "um processo no mínimo surrealista, pois a leitura dos factos, muitas das vezes, é feita de forma diferente".
A peritagem de alguns dos factos relatados no processo foi um dos temas em foco na segunda sessão do julgamento, com os advogados dos arguidos a questionar a legitimidade dos agentes policiais na avaliação das arbitragens.

Major em silêncio

Valentim Loureiro, um dos principais arguidos do caso Apito Dourado, abdicou ontem do direito de não intervir durante a segunda sessão de julgamento.
"Poderá falar na parte final do julgamento, para já não", afirmou o advogado do ex-presidente da Liga, Amílcar Correia, que disse que "a acusação não precisa de testemunhos dos arguidos para fazer prova".
Ontem parco em palavras, Valentim Loureiro admitiu apenas processar judicialmente alguns jornalistas: "Vão levar com uma acçãozinha minha para provar que, como escreveram, andei a pagar almoços e jantares a árbitros".

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ÁRBITROS

JORGE COROADO E ADELINO ANTUNES DISPENSADOS
Os ex-árbitros Jorge Coroado e Adelino Antunes viram ontem ser adiadas as audiências como peritos no processo Apito Dourado, após os atrasos verificados no período matinal do segundo dia das sessões. Convocados pelo Ministério Público para peritagem das arbitragens, Coroado e Antunes chegaram por volta das 14h00 ao Tribunal de Gondomar e abandonaram o local cinco minutos depois. Os dois árbitros não devem ser ouvidos nos próximos 10 dias das sessões.

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TESTEMUNHOS



ÁRBITROS ERAM ESCOLHIDOS «A DEDO» POR OLIVEIRA

O inspector titular do inquérito do Apito Dourado, Casimiro Simões, testemunhou ontem que o ex-presidente do Gondomar, José Luís Oliveira, escolhia "a dedo" os árbitros para jogos do seu clube.
"Na generalidade dos jogos do Gondomar os árbitros foram escolhidos a dedo pelo senhor José Luís Oliveira", assegurou o agente da PJ, que disse ainda que a alegada máquina de favorecimento do clube local ficou "bem oleada" a partir do Gondomar-Paredes.
O jogo, realizado em 24 de Agosto de 2003, terminou com a derrota do Gondomar (1-2) e José Oliveira imputou, "de certa forma", o resultado ao facto da partida não ter sido dirigida por Pedro Sanhudo, mas por Sérgio Pereira, afirmou o agente da PJ. Como o jogo "correu mal", José Oliveira falou com Valentim Loureiro, no sentido de persuadirem José António Pinto de Sousa [presidente do Conselho de Arbitragem da FCP] a nomear os árbitros que pretendia, acrescentou Casimiro Simões.
"A partir daí, se a máquina não estava ainda bem oleada, então ficou", observou o inspector, admitindo que a nomeação dos árbitros cabia formalmente a Francisco Costa, mas defendendo que, na prática, eram seguidas as indicações de Pinto de Sousa.
Casimiro Simões explicou ainda que a investigação do caso em julgamento teve origem em denúncias do árbitro Rui Mendes, que disse ter sido abordado para beneficiar o Gondomar. E o esquema para "controlar" árbitros terá beneficiado também outro clube de Gondomar, o Sousense, num jogo da Divisão de Honra da AF Porto contra o Bougadense.
O inspector, ouvido ao longo de três horas e que volta a testemunhar hoje, a partir das 9h30, disse ainda que o ex-presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, Pinto de Sousa, não agia "de forma gratuita" na selecção de árbitros para jogos do Gondomar.
"Era algo que o violentava", mas "não estava a fazer aquilo de forma gratuita", garantiu Casimiro Simões, explicando que Pinto de Sousa agia assim porque teria uma "compensação": a garantia de reeleição no cargo que ocupava.


NINGUÉM CONSEGUIU PERCEBER PENÁLTI

O inspector-chefe da PJ, António Gomes, afirmou ontem em tribunal que "ninguém conseguiu perceber a razão de uma grande penalidade" a favor do Gondomar, num jogo contra o Dragões Sandinenses. Falando perante o colectivo de juízes de Gondomar, liderado por Carneiro da Silva, disse que a situação provocou desacatos que levaram à interrupção do jogo por 10 minutos e à intervenção da GNR. O inspector-chefe afirmou também que foi através de intercepções telefónicas que os órgãos de polícia criminal se aperceberam de indícios de adulteração da verdade desportiva nos jogos do clube local: "Apercebemo-nos pelas escutas telefónicas que a nomeação dos árbitros obedecia a um plano previamente definido". Mais tarde, clarificou que nem sempre os árbitros foram nomeados por Pinto de Sousa e explicou que, pontualmente, haveria "mal-estar" entre Pinto de Sousa e Valentim Loureiro por os árbitros nomeados não serem os desejados. O inspector-chefe disse que as escutas eram "muito explícitas" quanto à entrega de ouro por um industrial do sector a José Luís Oliveira. Uma das entregas, antes do jogo Pedras Rubras-Gondomar, foi presenciada pelo inspector-chefe.

JotaCC

Testemunho de inspector da PJ compromete Pinto de Sousa e Valentim Loureiro

O reinício do julgamento do processo "Apito Dourado" foi hoje marcado pela inquirição ao inspector da Polícia Judiciária Casimiro Simões, que abordou a questão das nomeações dos árbitros a pedido do Gondomar Sport Clube. De acordo com a agência "Lusa", Casimiro Simões foi o responsável pelo relatório intercalar que levou às buscas realizadas no início de 2004, para "pôr termo à actividade dos suspeitos", e que mediatizou o início do processo. O inspector defendeu que, apesar de "pessoa íntegra", Pinto de Sousa, responsável pela arbitragem da FPF, "cedeu a pressões para nomear árbitros para os jogos do Gondomar, de acordo com uma lista definida previamente". Os indícios recolhidos nas escutas, ainda segundo Casimiro Simões, apontam para que existiam contactos telefónicos entre Pinto de Sousa e Valentim Loureiro sobre esta matéria. Para o inspector, embora tal não tenha sido investigado, mas sido referido por alguém, a reeleição de Pinto de Sousa para a presidência do Conselho de Arbitragem da FPF estaria na base dos alegados favorecimentos ao Gondomar. Casimiro Simões defendeu que, de acordo com os indícios recolhidos através da investigação, nomeadamente através das escutas, "o árbitro X era nomeado para o jogo Y, porque Pinto de Sousa queria agradar a Valentim Loureiro". As ligações de amizade entre Valentim Loureiro e Pinto de Sousa, a proposta para as eleições para os órgãos sociais da FPF, supostamente tendo Pinto de Sousa sido proposto pelo Boavista FC, foram outros dos temas abordados. O advogado de Valentim Loureiro, Amílcar Fernandes, esgrimiu argumentos no sentido de diluir a participação e influência do seu cliente não só na escolha dos árbitros como nos contactos telefónicos com Pinto de Sousa. As ofertas às equipas de arbitragem que dirigiram os jogos sob investigação, nomeadamente sob a forma de jantares alegadamente pagos pelo Gondomar, foram também referidas no inquérito a Casimiro Simões. O inspector titular do processo, cruzando informações apuradas e cruzadas entre as escutas, buscas e factos, esclareceu ainda que existia um "top 10" de árbitros para dirigir os jogos do Gondomar. João Medeiros, advogado de Pinto de Sousa, insistiu no pedido de esclarecimento do processo da alegada nomeação dos árbitros para os jogos do Gondomar, nomeadamente sob o cumprimento das regras do próprio do Conselho de Arbitragem. O advogado recordou ainda que a nomeação dos árbitros era da competência de Francisco Costa, em casa de quem foi confiscada uma lista de árbitros para os jogos do Gondomar, e não de Pinto de Sousa. A presença de Pinto de Sousa numa comitiva que se deslocou a Moçambique, em Março de 2004, foi também referida como uma recompensa, que, de acordo com Casimiro Simões, seria uma espécie de "cereja no cimo do bolo". João Medeiros recordou ainda uma conversa telefónica entre Pinto de Sousa e Sequeira Nunes, ex-presidente do Belenenses, que inicialmente não estava apensa ao processo, em que o líder da Arbitragem lhe confidenciava não ser sua intenção recandidatar-se. O processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português, foi desencadeado a 20 de Abril de 2004, com a detenção para interrogatória de vários dirigentes e árbitros.


estou curioso para ver no que isto vai dar

Pé Ligeiro

Caso Apito Dourado: «Se eu estivesse estado calado, algumas coisas não estavam a suceder-se» (LFV)
Luís Filipe Vieira não quis comentar a entrevista de sexta-feira à noite de Pinto da Costa à SIC, mas realçou a importância das suas declarações para o avanço do processo «Apito Dourado».

Á margem da entrega de emblemas aos sócios do clube, que cumpriram 25, 50 e 75 anos de filiação, realizada no pavilhão da Luz, o líder dos «encarnados» recusou-se a tecer quaisquer comentários sobre a entrevista de Pinto da Costa, mas afirmou: «se eu estivesse estado calado, algumas coisas não estavam a suceder-se. «(O Apito Dourado) É um problema judicial, por isso eu não faço comentários».

O processo «Apito Dourado» investiga alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional nacional, desde Abril de 2004 e já levou ao interrogatório de vários dirigentes e árbitros.

IN ABOLA


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JotaCC

Defesa em part-time
Apito é prejudicial para os advogados



Amílcar Fernandes, advogado de Valentim Loureiro, e Artur Marques, representante de José Luís Oliveira, estão também no caso Felgueiras
O juiz Carneiro da Silva deixou bem claro que o julgamento do 'Apito Dourado' iria estender-se de segunda a quinta-feira, o que provocou imediatas queixas de vários advogados. O motivo está à vista. Ausências importantes neste e noutros julgamentos têm sido impossíveis de evitar.

Amílcar Fernandes, representante de Valentim Loureiro, não estava presente quando a inspectora da PJ Leonor Brites contou a intimidação de que foi alvo por parte do Major. Fernandes encontrava-se nas alegações de um processo de desvios milionários de empresas falidas, no Tribunal de S. João Novo, no Porto.

No dia seguinte, inverteram-se os papéis. Amílcar Fernandes estava a defender Valentim Loureiro, ao mesmo tempo que, no S. João Novo, o MP pedia 17 anos de cadeia para o seu cliente.

Já Artur Marques, também ausência notada, tem sido substituído pela sua mulher, Paula Godinho, na Defesa de José Luís Oliveira. Marques, na manhã da última quarta--feira, estava no caso de Felgueiras, onde conseguiu um adiamento de dez dias. Em Felgueiras, devia também estar Amílcar Fernandes. Outro advogado do escritório tem ocupado o seu lugar.

Caso curioso é o de João Medeiros, advogado lisboeta que defende Pinto de Sousa. Esta última quinta-feira apareceu em Gondomar com uma mala de viagem, preparado para "apanhar o comboio para Lisboa", disse.

Como exemplo passado, temos João Nabais que, no julgamento Casa Pia, com três sessões semanais, exigiu ao cliente, Ferreira Diniz, remunerações astronómicas. Diniz viu-se obrigado a optar por outro representante.

ROL DE TESTEMUNHAS

ANTÓNIO GARRIDO

Está previsto que o ex-árbitro internacional seja ouvido amanhã. Na época 2003/04, Garrido era assessor da Comissão de Arbitragem da Federação. Face à sua presença no jogo Dragões Sandinenses-Gondomar e à possibilidade de mudar o relatório em benefício da equipa de Sandim, Valentim telefonou-lhe ameaçando "varrê-lo" do futebol.

DURÃO BARROSO

O actual presidente da Comissão Europeia é testemunha da Defesa de Valentim Loureiro, de forma a explicar o caso da viagem de Pinto de Sousa a Moçambique, em que acompanhou o então primeiro-ministro. A participar no julgamento, Barroso irá fazê-lo por escrito.

CAROLINA SALGADO

Se tudo correr como previsto, a ex-companheira de Pinto da Costa será ouvida na próxima quarta-feira, em Gondomar, como testemunha de Acusação. O conhecimento de Carolina dos bastidores do futebol será um trunfo para o MP.

O CASO DE ARBITRAGEM MAIS DISCUTIDO NO PROCESSO

Tem sido o caso de arbitragem mais discutido na primeira semana do julgamento do 'Apito'. A 31 de Agosto de 2003, um jogador do Vizela é expulso após confusão com um atleta do Gondomar. Os inspectores da PJ presentes no estádio dizem que foi empurrão. Os peritos de arbitragem falam num soco. Ao CM, o autor da suposta agressão, Nelo, que também passou por Boavista e Benfica, explica o lance: "Foi um empurrão, sem dúvida. Era falta a nosso favor e um adversário colocou-se à frente da bola. Eu empurrei-o, mas não havia razão para vermelho", explica, acrescentando não ter visto "mais nada de anormal" no Vizela-Gondomar (0-3).

CORREIO DA MANHA


JotaCC

A ex-companheira de Pinto da Costa foi convocada para estar no Tribunal de Gondomar

Carolina Salgado, ex-companheira de Jorge Nuno Pinto da Costa, está convocada para depor amanhã de manhã, no Tribunal de Gondomar, no âmbito do julgamento do processo Apito Dourado.

Num depoimento, prestado já em fase de instrução do processo, Carolina Salgado referiu a existência de diversos encontros entre Pinto da Costa e os arguidos Valentim Loureiro e Pinto de Sousa.

O julgamento prosseguiu hoje em terceira semana e sétima sessão, com a audição de quatro árbitros, incluindo Rui Mendes, cujas denúncias desencadearam as investigações do processo Apito Dourado.

Rui Mendes disse hoje em tribunal que quis "denunciar uma situação e já estava metido noutra", durante uma conversa com os arguidos Valentim Loureiro e José Luís Oliveira.
Por tudo isto, Rui Mendes, que passou de arguido a testemunha, sente-se a "besta negra" da arbitragem.

Recorde-se que o processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português, foi desencadeado a 20 de Abril de 2004 com a detenção para interrogatório de vários dirigentes e árbitros de futebol.
A denúncia de Rui Mendes data de 2001.

RR

JotaCC


Chamada para diligência no TIC do Porto
Carolina ausente hoje em Gondomar


Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, vai estar ausente, esta quarta-feira, do Tribunal de Gondomar, onde decorre o julgamento do processo 'Apito Dourado', por ter sido chamada para outra diligência judicial a realizar também hoje no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.   
   
A ausência de Carolina Salgado, que era a testemunha mais aguardada para a sessão de hoje do julgamento em Gondomar, foi confirmada pelos seus advogados. José e Raquel Dantas adiantaram que a sua cliente foi chamada ao TIC no âmbito da instrução de um processo que envolve o árbitro Jacinto Paixão.

A impossibilidade de comparência foi comunicada formalmente, pelo que Carolina Salgado, arrolada como testemunha pelo Ministério Público (MP), aguarda a convocatória para próxima data.

CORREIO DA MANHA

GanDhi

Apelo para que se mude o nome do topico para apito roubado
Da maneira que isto anda ninguem vai dentro

JotaCC

#291
Gilberto Madaíl: «CD enviou 40 notas de culpa»
PRESIDENTE DA FPF COMENTA ÚLTIMOS DESENVOLVIMENTOS
   
      
"É normal que a justiça desportiva consiga, agora, ir mais longe no aprofundamento destes casos, depois da justiça civil ter feito o seu trabalho. Recordo que a FPF, através do seu Conselho de Disciplina, também já tinha enviado mais de 40 notas de culpa para quem está a ser investigado. Há que aguardar pelo desenrolar dos acontecimentos", comentou Gilberto Madaíl sobre os desenvolvimentos dos processos de corrupção na arbitragem.

"Não se pode dizer que a justiça desportiva seja menos eficiente que a civil, mas a verdade é que não tem os meios e as condições de investigação que esta tem. Não é, por isso, uma mera coincidência que depois da justiça civil começar a produzir resultados da sua investigação, também a justiça desportiva comece a actuar de forma mais visível. Nestes casos, não há dúvidas que dificilmente a justiça desportiva poderia conseguir resultados por si só. Repito, há que aguardar com normalidade que os processos continuem a desenrolar-se: as notas de culpa serem respondidas pelos acusados e pelas decisões que venham a ser tomadas", acrescentou o presidente da Federação Portuguesa da Futebol.


Dragões podem ser punidos esta época
SE O PROCESSO NÃO SE ESTENDER PARA ALÉM DE 30 DE JUNHO   
      
Não há qualquer dúvida: a pena de subtracção de 6 pontos pode ser aplicada ao FC Porto ainda no decorrer desta época. Isso só não acontecerá se a decisão for arrastada para além do dia 30 de Junho.

Ontem esgrimiram-se muitos argumentos jurídicos, entre eles aquele que garantia que o eventual castigo a aplicar ao FC Porto só teria efeitos na próxima época. Ora essa hipótese só se colocará se o FC Porto, perante uma decisão desfavorável da Comissão Disciplinar da Liga, recorrer para o Conselho de Justiça da FPF e este órgão só se pronunciar após 30 de Junho, data em que oficialmente a época está encerrada.

Apesar do Regulamento Disciplinar (RD) considerar que a sanção só transita em julgado após decisão do Conselho de Justiça, a verdade é que o FC Porto não é "obrigado" a recorrer a instâncias superiores, podendo conformar-se com a decisão da Comissão Disciplinar.

Record sabe que FC Porto só deu o primeiro passo na divulgação do processo que lhe foi movido por imposição da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.


Zero vitórias e 3 acusações

BOAVISTA PODE DESCER SE FOR PROVADA COACÇÃO MAS NÃO GANHOU JOGOS EM CAUSA   
O Boavista prepara-se para meter toda a carne no assador na defesa dos processos disciplinares de que está a ser alvo pela Comissão Disciplinar da Liga, acusado de coacção sobre árbitros em três jogos da época de 2003/2004. Os boavisteiros podem alegar que não venceram um só dos jogos em questão, tendo perdido um com o Benfica e empatado com Belenenses e Académica. Parece sina.

Na única certidão que resultou em acusação e em pronúncia para os tribunais comuns, os axadrezados também perderam o jogo analisado: 1-2, com o Estrela da Amadora, no Bessa. O relator da Comissão Disciplinar da Liga que lavrou os processos disciplinares qualificou o presumível crime dos boavisteiros como coacção à equipa de arbitragem, sendo que o artigo 54.º do Regulamento Disciplinar da Liga penaliza com a descida os clubes que exerçam violência moral ou física sobre árbitros com o fim de "ocasionar condições anormais na direcção da partida".

Uma pergunta que se pode fazer é esta: porque surge o jogo da Académica aqui se não foi investigado pela PJ e analisado pelo MP? Record apurou que tudo resultou dos inquéritos feitos pelo relator da Liga e do depoimento de alguém que foi ouvido. Não foi o caso do árbitro Jorge Sousa. Facto curioso: o 4.º árbitro da equipa de arbitragem no jogo em Coimbra foi Pedro Sanhudo, que está acusado no processo originário de 2 crimes de corrupção desportiva activa e 3 crimes de corrupção passiva.

RECORD

JotaCC

Apito Dourado: Advogado de João Bartolomeu estranha «timing» de notícias

O advogado de João Bartolomeu assumiu hoje estranheza pelo "timing" da divulgação de notícias sobre o envolvimento do presidente da União de Leiria no processo Apito Dourado, acusado de corrupção na forma tentada.
"Não há de nada novo no processo, daí a minha surpresa em relação a tudo isto. O processo está em curso há bastante tempo e isto não é novidade nenhuma. Três meses e meio depois, não deixa de ser um pouco estranho que se publiquem notícias destas. Se calhar haverá outras razões para isto vir agora a público", disse à Agência Lusa Paulo Samagaio, advogado de João Bartolomeu, que se escusou a prestar declarações.

Segundo Paulo Samagaio, as notícias dizem respeito a um processo disciplinar instaurado pela Comissão de Disciplina da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, cuja acusação foi recebida a 11 de Dezembro de 2007 e a defesa feita a 18 de Dezembro do mesmo ano.

União de Leiria e João Bartolomeu estão acusados de corrupção na forma tentada a equipa de arbitragem que, a provar-se implica a subtracção de três pontos na classificação geral da Liga e, para o dirigente, multa e pena de suspensão de seis meses a dois anos.

"O processo foi instaurado, foi deduzida uma acusação contra a União de Leiria e João Bartolomeu e já tivemos oportunidade de apresentar a defesa escrita", na qual o presidente do clube considera que "não há razão alguma que justifique este mesmo processo disciplinar e consequentemente pugna pelo seu arquivamento", adianta Paulo Samagaio.

O advogado de João Bartolomeu diz que o dirigente aguarda "serenamente a decisão final do processo disciplinar", admitindo o recurso caso a decisão seja desfavorável.

"Aguardamos com enorme tranquilidade (a decisão). O que vem agora na imprensa diz respeito a um processo disciplinar que há muito foi instaurado, há muito que foi deduzida a acusação, há muito que foi feita a defesa e há muito que se aguarda a decisão", frisou.

LUSA

JotaCC

FC Porto e Pinto da Costa vão contestar uso das escutas


Intercepções telefónicas e declarações de Carolina Salgado são a coluna vertebral da nota de culpa


O uso das escutas nos processos disciplinares que a Comissão Disciplinar (CD) da Liga de clubes intentou contra o FC Porto SAD e o respectivo presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, vai ser impugnado na contestação que está a ser preparada à nota de culpa. Esta posição será uma das linhas mestras da defesa dos serviços jurídicos do clube e de Gil Moreira dos Santos, advogado de Pinto da Costa.
O procedimento disciplinar do órgão liderado por Ricardo Costa retoma no essencial as teses da Equipa de Coordenação dos Processos do Apito Dourado, dirigida por Maria José Morgado, e foi concluído a 29 de Março. E baseia-se no teor das intercepções telefónicas às chamadas feitas pelo empresário António Araújo a Pinto da Costa, que, juntamente com as declarações de Carolina Salgado, constituíram a base das acusações de que foram alvo quatro árbitros - Augusto Duarte, Jacinto Paixão, Manuel Quadrado e José Chilrito -, além daquele intermediário na compra e venda de jogadores.
Caso o processo disciplinar culmine na condenação dos arguidos, as sanções que podem ser aplicadas à SAD do FC Porto são de natureza desportiva, perda de seis pontos, por estar em causa a tentativa de corrupção em dois jogos - FC Porto-E. Amadora e Beira-Mar-FC Porto - e duas de natureza pecuniária: uma multa de 50 mil a 200 mil euros, que deverá ser reduzida a metade nos seus limites máximo e mínimo por força dos regulamentos da Liga. O FCP pode ainda ser castigado com outra multa, num intervalo compreendido entre os 2500 e os 5000 euros, devido ao facto de, segundo os regulamentos em vigor, já terem passado mais de 30 dias sobre os jogos alvo de suposta viciação e de a prova em que se disputaram já estar homologada. Os dois jogos respeitam ao campeonato de 2003/2004, época em que, além de se ter sagrado campeão nacional, com nove pontos de vantagem sobre o Sporting, o FC Porto ganhou a Liga dos Campeões. José Mourinho era o treinador.
O facto de o FC Porto SAD ter averbado no seu cadastro disciplinar nove sanções de natureza leve na época de 2003/04 poderá fazer agravar em um terço a pena que lhe seja aplicada, por o instrutor da nota de culpa considerar que houve reincidência. Ou, em alternativa, ser considerada na definição da medida concreta da sanção a aplicar pela Comissão Disciplinar da Liga. Já Pinto da Costa é acusado de corrupção na forma tentada e arrisca uma punição de suspensão da actividade directiva por um período de seis a 24 meses, além de uma multa oscilando entre 625 e 6250 euros. No caso dos quatro árbitros, a nota de culpa sustenta que cometeram uma infracção disciplinar considerada muito grave, punível com dois a 10 anos de suspensão da actividade desportiva.
Pontos negativos?
Caso haja condenação, os sancionados podem recorrer para o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a única entidade que não tem um prazo taxativo para deliberar. Esta situação pode implicar uma demora na decisão, o que, a verificar-se, poderá ter implicações na homologação do campeonato nacional desta época e na comunicação à UEFA dos clubes que vão participar nas competições europeias.
Uma outra leitura é que se não houver uma decisão final até 11 de Junho - um mês depois do fim do campeonato, altura em que os jogos da última jornada são homologados -, uma eventual punição ao FC Porto passaria para época 2008/09, o que implicaria o clube portista iniciar o campeonato com menos seis pontos (algo inédito e, aparentemente, omisso nos regulamentos) ou perder os pontos já no decurso do próximo campeonato, isto se uma decisão final de condenação por parte do Conselho de Justiça fosse tomada depois do início da Liga 2008/09.
Certo é que FC Porto e Pinto da Costa têm cinco dias úteis (até segunda-feira, mas vão responder já na sexta) para apresentar a defesa escrita, ao que se segue um período de outros cinco dias úteis para o instrutor da Liga inquirir testemunhas. Depois, tem mais dois dias úteis (até 16 de Abril) para elaborar o relatório com a prova feita. Só depois o processo passa para as mãos da Comissão Disciplinar. Se todos os prazos forem cumpridos (nem sempre são, por causa dos compromissos de dirigentes, treinadores e jogadores), o processo disciplinar da Liga estará concluído no final deste mês, início do próximo. Resta saber se, em caso de condenação, o processo se fica pelo Conselho de Justiça da FPF, ou até pára antes disso, porque o FC Porto pode ter interesse em não recorrer, preferindo ser penalizado esta época, dada a actual vantagem de 16 pontos na Liga.
Este caso - passível de recurso também para o Tribunal Arbitral do Desporto e até para os tribunais comuns, já que a lei de bases prevê essa possibilidade de recurso no caso de questões de corrupção, violência e dopagem - lança, para já, uma nuvem de dúvidas sobre a anunciada festa do título, sábado, frente ao E. Amadora. Será uma festa a valer ou um aquecimento para um verdadeiro festejo, duas semanas depois frente ao Benfica?

PUBLICO



JotaCC

Só tenho pena que as nossas leis nestes casos não sejam iguais as italianas porque se assim fosse acontecia o mesmo que aconteceu a Juventos a epoca passada, perdia o titulo e descia de divisão, mas no nosso país nesta  matéria parece mais a republica das bananas.

Lisandro_BL03

#295
Bem isto é demais... lá continuam os espanhóis a serem levados ao colo.

Vi um pouco da primeira parte do jogo com o Paços e do pouco que vi consegui apanhar um golo mal anulado (claramente) e um penalti negado que também é claro pois o jogador do paços toca na bola e vem um por trás que já n sei quem foi e derruba-o.

E agora pergunto eu... Se há 2 ou 3 épocas atrás também tivéssemos sido levados ao colo como eles estão a ser não teriamos no historial um 2º ou 3º lugar?

P.S.: Peço desculpa se postei na secção errada mas tou com pouco tempo. Obrigado.

Pé Ligeiro

#296
Relatórios dos delegados não referem incidências
JOÃO FREITAS APRESENTA ARGUMENTOS NA COMISSÃO DISCIPLINAR



João Freitas, ex-administrador da SAD do Boavista, foi ontem ouvido pelo relator dos processos disciplinares do dossier "Apito Final", Renato Dias da Silva. A acompanhá-lo esteve João Loureiro, na qualidade de advogado. O Boavista arrolou mais testemunhas: Carlos Pinto (secretário da Comissão de Arbitragem da Liga), Valentim Loureiro, Luís Guilherme (ex-presidente da CA da Liga), Vítor Pereira (presidente da CA da Liga) e Adelino Antunes (perito de arbitragem).

Em sua defesa o Boavista apresenta, só no que se refere à acusação de coacção sobre a equipa de arbitragem liderada por Elmano Santos, 208 pontos para alegar o arquivamento do processo. E pelo meio junta um recorte de jornal no qual está plasmado que Elmano Santos é adepto do... Benfica.

A ameaça de Vieira

Para além da defesa, na primeira inquirição das testemunhas que indicou o Boavista apresentou mais um ponto de fractura na acusação. Alega que nos 3 jogos em causa (o referido mais o Boavista-Académica e o Belenenses-Boavista) os relatórios dos delegados da Liga não referem qualquer anormalidade no ponto XII, relativo a factos ocorridos com a equipa de arbitragem.

Para demonstrar que os próprios delegados da Liga não perceberam qualquer tipo de condicionamento dos árbitros nos jogos investigados. O Boavista começa as suas contestações referindo que os processos de inquérito resultaram de uma participação do Benfica e alegam que esse passo foi dado sem que houvesse quórum na Comissão Disciplinar.

Na defesa apresentada é um assunto referido, mas Record sabe que poderá ser também vertida para o processo a pressão que o presidente do Benfica terá feito, em Junho do ano passado, quando ameaçou que a sua equipa não participaria na Taça da Liga se o processo Apito Dourado não tivesse consequências disciplinares na própria Liga. O que servirá para demonstrar que houve movimentos processuais estranhos. Os boavisteiros apelam "humildemente ao bom senso" da Comissão Disciplinar da Liga no sentido do arquivamento total.

IN RECORD
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Pé Ligeiro

Terceira ausência de Ana Maria Salgado
IRMÃ DE CAROLINA NÃO APARECEI PARA DEPÔR NA PGR




Ana Maria Salgado, irmã de Carolina Salgado, não compareceu ontem de manhã na Procuradoria-Geral da República (PGR), pela terceira vez consecutiva, devendo ser penalizada com uma multa. Ana Maria era esperada pelas 11 horas para um audiência com o procurador-geral adjunto, Agostinho Homem, onde deveria depor no âmbito do processo em que são investigadas alegadas contrapartidas (financeiras) que contrariam as afirmações da irmã sobre processos laterais ao Apito Dourado.

O advogado de Ana Maria, Pedro Alhinho, informou pouco antes da hora marcada os serviços da PGR que a sua cliente não poderia estar presente. Deste modo, é crível que a PGR marque uma nova diligência para poder ouvir o depoimento da irmã de Carolina Salgado.


IN RECORD
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Pé Ligeiro

#298
João Rodrigues: «Mal de Pinto de Sousa foi ter telefone aberto»
PINTO DA COSTA NUNCA PEDIU NADA A LUSO MAIS INFLUENTE NO FUTEBOL


João Rodrigues, antigo presidente da FPF e membro de importantes comités da UEFA e da FIFA, provavelmente o português com mais importância nestes organismos, foi ouvido hoje no tribunal de Gondomar, na condição de testemunha de José António Pinto de Sousa.

Num longo depoimento, começou por dizer que considera Gilberto Madaíl "um irmão" e que no futebol tem "cinco amigos", sendo um deles Pinto de Sousa. Rodrigues aproveitou a oportunidade para referir que no processo foi citado como tendo sido ínterlocutor de Pinto da Costa e de Luís Filipe Vieira e sobre o primeiro disse que nunca lhe pediu nada.

Quanto a Pinto de Sousa, disse que nas eleições da FPF, em 2002, foi "segunda escolha" de Gilberto Madaíl, que tinha plenos poderes para nomear os presidentes dos diversos órgãos da FPF, entre os quais o Conselho de Arbitragem. Isto para provar que Pinto de Sousa não dependia da influência de Valentim Loureiro, então presidente da Liga, para ocupar este cargo. "O preferido de Madaíl era o senhor Carlos Padrão, de Espinho, mas este recusou", precisou João Rodrigues, assumido benfiquista.

Deu 500 contos a um árbitro

O homem que liderou a FPF de 1989 a 1992 frisou várias vezes que Pinto de Sousa nada ganhou na arbitragem e que, pelo contrário, até ali investiu dinheiro seu. Como aconteceu em meados da década de 80, quando foi abordado por um árbitro internacional em fim de carreira que terminava nesse ano a carreira e que pedia a prorrogação por mais um ano "alegando que a filha estava a acabar os estudos universitários".

Tendo Pinto de Sousa, segundo Rodrigues, dito que tal não era possível mas que podia resolver ali a situação apresentada, tendo dado do seu bolso 500 contos a esse árbitro. "Quando Pinto de Sousa disse que não podia prolongar a sua carreira, esse árbitro começou a chorar", recordou Rodrigues o curioso episódio.

"Não admito que alguém possa pensar que Pinto de Sousa é corrupto nem que se possa dizer que precisava do sr. major Valentim Loureiro para ter acesso ao poder pois não tinha nem tem necessidade de se servir de Valentim Loureiro para o que quer que seja ", sublinhou ainda, depois de confessar que assistiu ao telefonema de Madaíl para Pinto de Sousa no qual lhe foi feito o convite para continuar na presidência do Conselho de Arbitragem da FPF. Outra testemunha deste momento, ocorrido num hotel do Porto, foi o juíz António Mortágua.

"Mais fifeiro que uefeiro"

Mas João Rodrigues foi ainda mais longe na "inside information". Sobre os casos concretos que estão a ser julgados em Gondomar, revelou que Pinto de Sousa só começou a nomear os árbitros para os jogos do Gondomar porque, em Novembro de 2003, teve conhecimento de duas situações: a de que sete árbitros de Aveiro estavam entre os dez primeiros classificados (num momento em que os observadores eram nomeados por Luís Nunes, irmão do treinador do Gondomar SC) e porque "foi insinuado" que Francisco Costa, arguido neste processo e então responsável pela nomeação dos árbitros, era amigo de infância de José Oliveira, presidente dos Dragões Sandinenses.

Revelação que de certo modo incomodou os advogados quer de Francisco Costa, quer de Luís Nunes... "O grande mal deste homem foi sempre evitar a conflitualidade e por isso é que teve sempre o telefone aberto, fosse para o Gondomar, fosse para o Benfica...", concluiu sobre Pinto de Sousa quem se considerou "mais fifeiro que uefeiro".

IN RECORD






Fiquei muito comovido com o acto altruista do sr Pinto de Sousa, só não consegui chorar de emoção, mas com o andar deste processo, tenho fé que o irei conseguir.  ;)

NB: Este sr João Rodrigues tentou uma vez usurpar o meu lugar no avião, no voo de Lisboa para Bruxelas. Entrou no avião e como no lugar que correspondia ao do seu cartão de embarque já estava uma pessoa (havia dois passageiros com o mesmo lugar), tratou de se sentar no meu lugar, em vez de resolver a situação com a tripulação. Correu-lhe mal porque eu tratei de exigir a sua saída do meu lugar.
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JotaCC

ACAREAÇÃO ENTRE PINTO DA COSTA E CAROLINA SALGADO A 14 DE MAIO
FRENTE A FRENTE EM TRIBUNAL

Pinto da Costa negou no Tribunal de Gondomar os alegados repastos com Valentim Loureiro e Pinto de Sousa e Carolina Salgado. O juiz decretou a acareação entre o presidente do FC Porto e a sua ex-companheira.


O presidente do FC Porto sustentou, a perguntas de João Medeiros, advogado do arguido Pinto de Sousa, que "se nunca existiram esses jantares, esses almoços e outros encontros com essas pessoas, fossem para combinar árbitros ou apanhar o Bin Laden", também "é falso" que se tenham combinado árbitros para o Gondomar.
"Acho ridículo que o senhor major, que tinha uma relação privilegiada com o senhor Pinto de Sousa, precisasse de mim" para interceder pela nomeação de árbitros para o Gondomar, declarou ainda. O presidente dos «dragões» salientou ainda que nunca viu qualquer jogo do Gondomar e que numa teve qualquer relação com o clube, ao qual o FC Porto nunca emprestou jogadores.
Como as declarações de Pinto da Costa são "completamente diversas" das proferidas pela testemunha Carolina Salgado, "havendo notórias contradições", o Ministério Público (MP) pediu, "para cabal esclarecimento da situação", que se proceda a uma acareação entre ambos. A defesa de Pinto de Costa contrapôs que "tem as maiores reservas" quanto à utilidade dessa acareação, embora não se opusesse à realização.
O juiz-presidente Carneiro da Silva acabou por aceitar o pedido marcando a acareação para as 14h00 de 14 de Maio. Pinto da Costa, chegou ao Tribunal de Gondomar às 13h50, para depor sem prestar quaisquer declarações aos jornalistas, sendo de imediato conduzido à sala das testemunhas. A presença do presidente do FC Porto foi requerida, a 13 de Março, por João Medeiros, advogado do arguido Pinto de Sousa, na sequência das acusações que Carolina Salgado fez nesse mesmo dia. Pinto da Costa seria, segundo Carolina Salgado, o intermediário solicitado por Valentim Loureiro junto de Pinto de Sousa para que o Gondomar tivesse os árbitros pretendidos. As conversas decorreriam, de acordo a ex-companheira de Pinto da Costa no restaurante «Degrau Chá», que pertence à família de Valentim Loureiro.

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CAROLINA SALGADO
COLABORAR E ESCLARECER O NECESSÁRIO

O advogado de Carolina Salgado garantiu que a sua cliente mantém o que disse e vai "esclarecer o que for necessário" na acareação com Pinto da Costa. "Lá estará para colaborar e esclarecer o que for necessário", afirmou José Dantas. A sua cliente – disse o advogado – "mantém a versão" apresentada em Tribunal a 13 de Março, sobre a alegada participação de Pinto da Costa em repastos com Valentim Loureiro e Pinto de Sousa para combinar árbitros para jogos do Gondomar.

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DEPOIMENTOS
FUNCIONÁRIOS DO RESTAURANTE NEGAM PRESENÇA DE CAROLINA SALGADO

Dois empregados do restaurante onde Carolina Salgado disse ter presenciado conversas entre Pinto da Costa, Pinto de Sousa e Valentim Loureiro, asseguraram nunca ter visto a ex-companheira do presidente do FC Porto naquele estabelecimento. "Nunca a vi lá, nunca a conheci. Conheço-a da televisão, não a conheço do restaurante", afirmou a cozinheira, garantindo que da cozinha se vê a zona onde os clientes fazem as refeições. "Se espreitar da janela da cozinha, consegue-se ver a sala", sustentou a funcionária, ao testemunhar no Tribunal de Gondomar. O próprio Valentim Loureiro "raramente ia ao restaurante, bem como Pinto de Sousa", acrescentou a funcionária. Ao contrário, Pinto da Costa foi descrito pela cozinheira como cliente "assíduo", procurando o estabelecimento muitas vezes com a mulher, Filomena, e com a filha. "Nunca com Carolina Salgado", assegurou. A funcionária garantiu ainda "nunca ter assistido a uma refeição com a presença simultânea, à mesma mesa, de Pinto da Costa, Pinto de Sousa e Valentim Loureiro". Um outro funcionário do restaurante também testemunhou ontem "nunca ter visto" Pinto da Costa, Valentim Loureiro e Pinto de Sousa, simultaneamente no estabelecimento. Um outro empregado, este de mesa, do restaurante não trabalhava no estabelecimento à data dos factos, pelo que o testemunho foi dispensado.

PINTO DE SOUSA ESCOLHIDO PELO PRÓPRIO «PESO»
O ex-dirigente da Liga de Clubes, Nuno Albuquerque, atribuiu a escolha de Pinto de Sousa para o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a Gilberto Madaíl e ao próprio "peso" do indigitado.
O advogado Nuno Albuquerque, que integrou a Comissão Executiva da Liga, entre 1996 e 2002, depôs ontem no Tribunal de Gondomar, como testemunha arrolada pela defesa do arguido Valentim Loureiro. As eleições de 1998 para os órgãos da FPF, a que se apresentou uma lista única liderada por Gilberto Madaíl, foram "mais ou menos consensuais", disse Nuno Albuquerque, explicando que a Liga se limitou a indicar o vice-presidente, um direito que lhe estava conferido estatutariamente. As outras pessoas, incluindo o candidato a presidente do Conselho de Arbitragem, Pinto de Sousa, foram indicadas "sem a participação" da Liga de Clubes, que era entendida no seio da FPF "como contrapoder". Nas eleições de 2002, a posição de Gilberto Madaíl era, segundo disse, muito mais consensual. "Ele tinha peso. Já não precisava de andar a pedir votos. Não permitiu que houvesse uma negociação", afirmou. Em reuniões em Coimbra e na Figueira da Foz, Madaíl disse que a escolha dos presidentes dos órgãos da FPF era dele e que "não abria mão" dessa intenção, sustentou Nuno Albuquerque, que afirmou ter presenciado esses encontros. O próprio "peso" que Pinto de Sousa já tinha em 2002 determinou que a sua indigitação fosse, segundo Nuno Albuquerque, "natural". A acusação do «Apito Dourado» defende que Pinto de Sousa teria como contrapartida das nomeações de árbitros a pedido a influência de Valentim Loureiro para ser eleito presidente do Conselho de Arbitragem.
     
O NORTE DESPORTIVO