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Braga / Guimarães

Started by magico_scbraga, 28 de May de 2013, 00:59

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Nakamura

#60
Quote from: rpo.castro on 02 de June de 2013, 20:24
Quote from: set5 on 02 de June de 2013, 20:00
Alguem me consegue explicar porque é que a universidade do minho é, a unica (acho eu) do país que está dividida em duas cidades? Sendo que as duas cidade em questão se detestam, ainda pior.

Não percebo qual é o motivo. Eu estudo no pólo de azurem, e deixem-me que vos diga, aquilo parece-me que foi uma birra de algum politico espanhol. Porque é que não há certos cursos na capital do minho, só para haver em espanha? Não percebo, e é frustrante, pois, eu querendo economizar o máximo possivel nos custos da minha educação, tenho de gastar balurdios em transportes para aquela terriola horrivel.

Deve ter sido a decisão mais patética de sempre, e mais patético é quem deixou.
Para conseguir agregar ambas cidades e principalmente ambos os tecidos empresariais, o que até é bem pensado, não fosse a chico-espertice de andarem a tentar roubar uma à outra.
Só com o apoio de ambos se consegue uma universidade com alguma dimensão.

Sairia te bem mais caro se não houvesse universidade do minho.

Então por essa lógica - para "agregar os tecidos empresariais das duas cidades" - a Universidade do Minho teria que criar, não dois, mas 4 pólos!!
Ou será que Barcelos e Famalicão são menos minhotas, ou têm menos tecido empresarial que importasse ligar do que Guimarães??

E por essa lógica, Setúbal (que ao que julgo só tem um Instituto politécnico) deveria reivindicar um Pólo da Universidade de Lisboa!! (até porque do seu tecido empresarial faz parte a "Autoeuropa / volkswagen" de Palmela, que é só o maior complexo industrial do país).

Isso é quererem arranjar justificações para decisões políticas!
E justifica-se com "o pé que estiver mais à mão"...
Não é o facto de estar em Guimarães ou Braga que importa ao tecido empresarial: repare-se que até em acesso directo, Braga é a cidade nuclear do chamado quadrilátero Braga-Barcelos-Famalicão-Guimarães, para as outras!
Mas isso - essa centralidade histórica e geográfica - não lhe tem servido para rigorosamente nada!

Por isso, só não vê o que se tem passado nas últimas décadas de Guimarães relativamente a Braga quem não quer ver! E há muita gente que se recusa a ver o que está mesmo em frente aos seus olhos!
Então vou dizê-lo de forma clara, para que ninguém diga que "não sabia": desde há décadas que Guimarães se recusa a ser submetida hierarquicamente a Braga no que quer que seja!!
É esse o plano que têm traçado para a sua cidade e têem-no conseguido - já está oficializada a equiparação e mais uma divisão do Minho que mina inexoravelmente e historicamente a preponderância de Braga.
A verdade é que já está praticamente conseguido! Alguém se lembra de um exemplo inverso de relevo nas últimas décadas?

Há é muita gente de Braga que nem se dá conta do sucedido, e quem se dá conta está caladinha porque se recusa a admiti-lo publicamente!

rpo.castro

Quem diz que Braga não precisa de Guimarães não sabe do que fala. Esta é a principal razão porque o país está no ponto em que está. Todos precisamos de todos e só unidos podemos criar e desenvolver projectos de futuro. A alternativa é desperdiçar dinheiro, recursos e oportunidades (comparem os turistas no Minho vs turistas na cidade do porto, só para dar um exemplo).
Quem não sente não é filho de boa gente.

Nakamura

#62
Claro que todos precisamos de entreajuda e cooperação, mas isso nada tem a ver com o tema.
O tema é a divisão que foi criada no Minho porque uma cidade que - por provincianismo e complexo de inferioridade, ou se quiseres "birrinha parola" - desde há umas décadas a esta parte tem como plano estratégico alterar a estrutura administrativa e territorial secular que rege este território.
Há muito que deixou de ser uma simples "rivalidadezinha tradicional entre vizinhos" ou "bairrismo", para se tornar um derdadeiro desígnio de autonomia e de afirmação, por todos eles compartilhado e trabalhado - e que tem sido meticulosamente cumprido! Uma emancipação e sublevação face ao poder aglutinador da região minhota personificado por Braga.

Quanto à cooperação, nada a opôr, e junte-lhes outras grandes cidades do Minho, como Barcelos e Famalicão (entre outras). O centro dessa cooperação só poderia ser um! E toda a região se aglutinava e ganhava força!
Mas não foi isso que aconteceu... e a culpa não é seguramente de Braga.

Mas podemos sempre pôr uma pála nos nossos olhos e fazer de conta que não vemos nada!
Aliás, é com isso que eles contam! Como têm contado até agora nos últimos anos...

Como alguém dizia acima: a responsabilidade primeira é dos nossos políticos locais (mas em última instância é nossa) - E estão aí à porta eleições autárquicas, sendo que aqui em Braga parece que serão renhidas! - Há então é que os confrontar com esta grave questão e exigir que mostrem posição firme, sem tibiezas cobardes e sem deixar que as coisas se vão minando sibilinamente na secretaria... e que mostrem serviço efectivo!! (já dei a ideia de petições ao poder central, de manifestações/boicotes locais, etc. Temos é mostrar que estamos a ver que nos estão a comer a sopa!

Ou as coisas serão cada vez pior... sendo uma confrontação grave e directa no futuro uma questão de tempo.

Nakamura

#63
Isto desta inventada região do "Ave",foi criada de propósito para Guimarães, é tão absurdo, mas tão absurdo... mas TÃO ABSURDO (!), que eu não páro de raciocinar...

Porque raio se foram buscar as bacias dos rios para se criar estas divisões administrativas!??
Isso faz algum sentido - histórico, sociológico, cultural??
Então, por essa lógica, porque razão o Alto-Minho (antigo distrito de Viana do Castelo) continuou intocável com a designação ridicula de "Minho-Lima"??

Seguindo a mesma lógica - de bacias de rios [isto, se fosse para rir, até poderiamos dizer que foi criado pelo Instituto Hidrográfico! ;D ] - mas seguindo então essa (nova) lógica dos rios: porque não se divide então o Alto Minho, como se fez com o Baixo Minho, criando então, também aí, duas regiões: a região do "Minho" (com sede em Caminha ou Valença, p.ex.) e a região do "Lima" (com sede em Viana do Castelo)??

Onde é que está o raio do critério??!

Fica à atenção de Caminha!!
Ficam legitimados para se começarem a "armar ao pingarelho"!

Ou Valença!!
Já é uma cidadezinha jeitosa... está ali mesmo ao lado de Tui... tem a vantagem de estar numa posição central face aos outros concelhos junto ao rio Minho...

Força!! Amandem-se todos!
Isto depois de aberta a porta... vale tudo!!

O que importa é só criatividade nos argumentos, e "engenho e arte" nas secretarias de Lisboa!

Isto é só  :o :o :o :o :o :o :o :o :o

Até dá para rir... o problema é a gravidade do que está na base disto...     
Com tantos problemas neste país e ainda vêm armar esta merd*!...

Trovisco7

Quote from: Nakamura on 02 de June de 2013, 22:31
Quote from: rpo.castro on 02 de June de 2013, 20:24
Quote from: set5 on 02 de June de 2013, 20:00
Alguem me consegue explicar porque é que a universidade do minho é, a unica (acho eu) do país que está dividida em duas cidades? Sendo que as duas cidade em questão se detestam, ainda pior.

Não percebo qual é o motivo. Eu estudo no pólo de azurem, e deixem-me que vos diga, aquilo parece-me que foi uma birra de algum politico espanhol. Porque é que não há certos cursos na capital do minho, só para haver em espanha? Não percebo, e é frustrante, pois, eu querendo economizar o máximo possivel nos custos da minha educação, tenho de gastar balurdios em transportes para aquela terriola horrivel.

Deve ter sido a decisão mais patética de sempre, e mais patético é quem deixou.
Para conseguir agregar ambas cidades e principalmente ambos os tecidos empresariais, o que até é bem pensado, não fosse a chico-espertice de andarem a tentar roubar uma à outra.
Só com o apoio de ambos se consegue uma universidade com alguma dimensão.

Sairia te bem mais caro se não houvesse universidade do minho.
[/q

Então por essa lógica - para "agregar os tecidos empresariais das duas cidades" - a Universidade do Minho teria que criar, não dois, mas 4 pólos!!
Ou será que Barcelos e Famalicão são menos minhotas, ou têm menos tecido empresarial que importasse ligar do que Guimarães??

E por essa lógica, Setúbal (que ao que julgo só tem um Instituto politécnico) deveria reivindicar um Pólo da Universidade de Lisboa!! (até porque do seu tecido empresarial faz parte a "Autoeuropa / volkswagen" de Palmela, que é só o maior complexo industrial do país).

Isso é querem arranjar justificações... não é o facto de estar em Guimarães ou Braga que importa ao tecido empresarial: repare-se que até em acesso directo, Braga é a cidade nuclear do chamado quadrilátero Braga-Barcelos-Famalicão-Guimarães, para as outras!
Mas isso - essa centralidade histórica e geográfica - não lhe tem servido para rigorosamente nada!

Por isso, só não vê o que se tem passado nas últimas décadas de Guimarães relativamente a Braga quem não quer ver! E há muita gente que se recusa a ver o que está mesmo em frente aos seus olhos!
Então vou dizê-lo de forma clara: desde há décadas que Guimarães se recusa a ser submetida hierarquicamente a Braga no que quer que seja!!
É esse o plano que têm traçado para a sua cidade e têem-no conseguido - já está oficializada a equiparação e mais uma divisão do Minho que mina inexoravelmente e historicamente a preponderância de Braga.

Há é muita gente de Braga que nem se dá conta do sucedido, e que se dá conta está caladinha porque se recusa a admiti-lo publicamente!

Algumas explicações para a divisão da Universidade de Braga.

A Universidade do Minho está localizada com a sua reitoria na cidade "Nuclear" do Minho e tem um Polo,
ou desdobramento numa outra cidade como todos sabemos, como também poderia ter em Barcelos e
Famalicão, que são cidades equivalentes a Guimarães. Só não têm porque não se mexeram e por verem
pela ordem natural das coisas, que a sua sede com toda a plenitude, deveria ser na Capital do Minho e
com o nome de Universidade de Braga, como são as outras na generalidade. A Viana do Castelo, que é
Capital do Distrito de Viana, foi proposta a  Faculdade de Construção e Engenharia Naval. Não quiseram.
A razão de não ser Universidade de Braga e ter um desdobramento em Guimarães, deve-se a razões
políticas. Por forte interferência das forças vivas de Guimarães, através da acção do pai de Freitas do Amaral (uma família da Póvoa de Varzim), desenvolveram influências para levar a universidade TODA para
Guimarães e dum forma habilidosa instalarem-na nas Taipas e tudo isto com forte movimentação, pelo que
viria a ser o primeiro reitor - Prof. Loyd Braga. Este senhor prejudicou gravemente a nossa cidade e como
"reconhecimento" tem uma praça com o seu nome na cidade, quando deveria ser considerado "persona
non grata".
Para quem não sabe, a Cidade de Braga já pugnava pela universidade desde a década de 50, quando
pretendeu a instalação da faculdade de Medicina. Só havia em Coimbra e Lisboa. As forças vivas do Porto,
ao saberem dessa iniciativa de Braga, movimentaram-se para que fosse instalada no Porto. Mais tarde
quiseram a instalação da de Direito que também só havia em Lisboa e Coimbra. Igualmente desenvolveram
a mesma acção para não deixar instalar em Braga, mas sim no Porto. Portanto esta cidade também nos tem
prejudicado muito, como estão ávidos de tudo, tudo o que pode sobrar a Lisboa eles agarram e não deixam
nada para ninguém.
Isto de Guimarães aparecer neste contexto, foi apenas o aproveitamento do momento revolucionário pós
25 de Abril, quando já estava decidida a instalação da universidade em Braga, com a ajuda de forças
políticas com intenções duvidosas, apareceram a baralhar tudo isto. Só não foi para Guimarãres totalmente
por decisão do Ministério da Educação da altura dum Governo pós revolucionário, formado a seguir à Junta
de Salvação  Nacional, que teve como ministro da educação o Major Victor Alves, que para calar essa gente de Guimarães, decidiu que se instalariam lá as engenharias, atendendo ao teor têxtil da região.
Peço desculpa pelo alongamento, mais haveria para contar, mas não consegui ser mais resumido.


Augusto Gomes

Braga sempre foi uma pedra no sapato de Guimarães, que teve sempre a vantagem de estar no coração do Minho, sendo que Guimarães faz (fazia quando integrava Vizela) até fronteira com o Distrito do Porto.
Mas Braga, contra Guimarães, nunca conseguiu atrair para junto de si o apoio de Viana do Castelo, sempre muito sedenta da superioridade do regional por via do MAR, e de estar no eixo Porto - Espanha, antes da existência das autoestradas...Mas o poder economico de Guimarães no pós guerra, com os texteis, confecções e cutelarias, associado ao poder do futebol do Vitória,  deram muito poder a Guimarães até à crise industrial e e liberalização do comércio mundial.Foi isso que levou ao fraccionamento da Universidade da Universidade do Minho entre Braga e Guimarães, sendo que o parente pobre, Viana , ficaria com algo ligado à industria naval, que acho que nunca foi concretizado...Daí também a desconfiança histórica Braga/Viana do Castelo, que a inexistência de uma via rápida Braga-Viana também potenciou (ainda hoje não existe...). Historicamente, a divisão dos pólos da Universidade do Minho teve preponderância no período ligado ao VI Governo Constitucional, liderado por Pinheiro de Azevedo.Era também o regresso de muitos professores universitários das universidades das colónias que encontraram na Universidade do Minho um poiso magnifico, bem como muitos funcionários públicos que retornaram...
O poder sácarneirista (Sá Carneiro) estava também a expandir-se ( o VI Governo Governo Constitucional era uma amalgama de partidos) e tinha em Guimarães um representante que naquela altura tinha algum poder, nada mais nada menos que Eurico de Melo, á época Governador Civil de Braga...A ele se deve em grande parte a colocação das engenharias em Guimarães na divisão do bolo dos pólos...Ao que consta, na época, Braga quase estava a conseguir enganar Guimarães...Penso que, hoje, Braga tem de qualquer modo o grosso da coluna das faculdades...
FORÇA BRAGA, RUMO À LIGA DOS CAMPEÕES!!!

semprebraga

Quote from: Augusto Gomes on 03 de June de 2013, 00:13
Braga sempre foi uma pedra no sapato de Guimarães, que teve sempre a vantagem de estar no coração do Minho, sendo que Guimarães faz (fazia quando integrava Vizela) até fronteira com o Distrito do Porto.
Mas Braga, contra Guimarães, nunca conseguiu atrair para junto de si o apoio de Viana do Castelo, sempre muito sedenta da superioridade do regional por via do MAR, e de estar no eixo Porto - Espanha, antes da existência das autoestradas...Mas o poder economico de Guimarães no pós guerra, com os texteis, confecções e cutelarias, associado ao poder do futebol do Vitória,  deram muito poder a Guimarães até à crise industrial e e liberalização do comércio mundial.Foi isso que levou ao fraccionamento da Universidade da Universidade do Minho entre Braga e Guimarães, sendo que o parente pobre, Viana , ficaria com algo ligado à industria naval, que acho que nunca foi concretizado...Daí também a desconfiança histórica Braga/Viana do Castelo, que a inexistência de uma via rápida Braga-Viana também potenciou (ainda hoje não existe...). Historicamente, a divisão dos pólos da Universidade do Minho teve preponderância no período ligado ao VI Governo Constitucional, liderado por Pinheiro de Azevedo.Era também o regresso de muitos professores universitários das universidades das colónias que encontraram na Universidade do Minho um poiso magnifico, bem como muitos funcionários públicos que retornaram...
O poder sácarneirista (Sá Carneiro) estava também a expandir-se ( o VI Governo Governo Constitucional era uma amalgama de partidos) e tinha em Guimarães um representante que naquela altura tinha algum poder, nada mais nada menos que Eurico de Melo, á época Governador Civil de Braga...A ele se deve em grande parte a colocação das engenharias em Guimarães na divisão do bolo dos pólos...Ao que consta, na época, Braga quase estava a conseguir enganar Guimarães...Penso que, hoje, Braga tem de qualquer modo o grosso da coluna das faculdades...

Excelente análise.

Em relação à ligação a Viana, o problema é que todo o Norte foi construído a pensar no Porto e as vias-rápidas que existem têm sempre uma de duas funções: ou ligam o Porto a qualquer lado; ou constituem-se como anéis concêntricos à volta do Porto. Por isso estamos tão mal servidos.

Quanto a Guimarães, eles gozam da melhor imprensa do país. Nisso estamos todos de acordo. E chamo a vossa atenção para dois factos que me foram transmitidos por adeptos do VSC. Em primeiro, que o jogo com o Gil Vicente teve uma assistência inferior à declarada (são eles próprios que dizem). Em segundo, como pode até ler-se nos fóruns e dos facebooks, houve vários sócios do VSC que compraram bilhetes com os respectivos cartões e foram para o Jamor apoiar o Benfica. Se fosse em Braga, imaginam a polémica que seria e o alarido nos jornais não imaginam?

jaimeh

Quote from: semprebraga on 03 de June de 2013, 00:40
Quote from: Augusto Gomes on 03 de June de 2013, 00:13
Braga sempre foi uma pedra no sapato de Guimarães, que teve sempre a vantagem de estar no coração do Minho, sendo que Guimarães faz (fazia quando integrava Vizela) até fronteira com o Distrito do Porto.
Mas Braga, contra Guimarães, nunca conseguiu atrair para junto de si o apoio de Viana do Castelo, sempre muito sedenta da superioridade do regional por via do MAR, e de estar no eixo Porto - Espanha, antes da existência das autoestradas...Mas o poder economico de Guimarães no pós guerra, com os texteis, confecções e cutelarias, associado ao poder do futebol do Vitória,  deram muito poder a Guimarães até à crise industrial e e liberalização do comércio mundial.Foi isso que levou ao fraccionamento da Universidade da Universidade do Minho entre Braga e Guimarães, sendo que o parente pobre, Viana , ficaria com algo ligado à industria naval, que acho que nunca foi concretizado...Daí também a desconfiança histórica Braga/Viana do Castelo, que a inexistência de uma via rápida Braga-Viana também potenciou (ainda hoje não existe...). Historicamente, a divisão dos pólos da Universidade do Minho teve preponderância no período ligado ao VI Governo Constitucional, liderado por Pinheiro de Azevedo.Era também o regresso de muitos professores universitários das universidades das colónias que encontraram na Universidade do Minho um poiso magnifico, bem como muitos funcionários públicos que retornaram...
O poder sácarneirista (Sá Carneiro) estava também a expandir-se ( o VI Governo Governo Constitucional era uma amalgama de partidos) e tinha em Guimarães um representante que naquela altura tinha algum poder, nada mais nada menos que Eurico de Melo, á época Governador Civil de Braga...A ele se deve em grande parte a colocação das engenharias em Guimarães na divisão do bolo dos pólos...Ao que consta, na época, Braga quase estava a conseguir enganar Guimarães...Penso que, hoje, Braga tem de qualquer modo o grosso da coluna das faculdades...

Excelente análise.

Em relação à ligação a Viana, o problema é que todo o Norte foi construído a pensar no Porto e as vias-rápidas que existem têm sempre uma de duas funções: ou ligam o Porto a qualquer lado; ou constituem-se como anéis concêntricos à volta do Porto. Por isso estamos tão mal servidos.

Quanto a Guimarães, eles gozam da melhor imprensa do país. Nisso estamos todos de acordo. E chamo a vossa atenção para dois factos que me foram transmitidos por adeptos do VSC. Em primeiro, que o jogo com o Gil Vicente teve uma assistência inferior à declarada (são eles próprios que dizem). Em segundo, como pode até ler-se nos fóruns e dos facebooks, houve vários sócios do VSC que compraram bilhetes com os respectivos cartões e foram para o Jamor apoiar o Benfica. Se fosse em Braga, imaginam a polémica que seria e o alarido nos jornais não imaginam?

Eles não enganam ninguém!!

Não hei de morrer sem ver o meu Braga Campeão!

semprebraga

Quote from: jaimeh on 03 de June de 2013, 00:45
Quote from: semprebraga on 03 de June de 2013, 00:40
Quote from: Augusto Gomes on 03 de June de 2013, 00:13
Braga sempre foi uma pedra no sapato de Guimarães, que teve sempre a vantagem de estar no coração do Minho, sendo que Guimarães faz (fazia quando integrava Vizela) até fronteira com o Distrito do Porto.
Mas Braga, contra Guimarães, nunca conseguiu atrair para junto de si o apoio de Viana do Castelo, sempre muito sedenta da superioridade do regional por via do MAR, e de estar no eixo Porto - Espanha, antes da existência das autoestradas...Mas o poder economico de Guimarães no pós guerra, com os texteis, confecções e cutelarias, associado ao poder do futebol do Vitória,  deram muito poder a Guimarães até à crise industrial e e liberalização do comércio mundial.Foi isso que levou ao fraccionamento da Universidade da Universidade do Minho entre Braga e Guimarães, sendo que o parente pobre, Viana , ficaria com algo ligado à industria naval, que acho que nunca foi concretizado...Daí também a desconfiança histórica Braga/Viana do Castelo, que a inexistência de uma via rápida Braga-Viana também potenciou (ainda hoje não existe...). Historicamente, a divisão dos pólos da Universidade do Minho teve preponderância no período ligado ao VI Governo Constitucional, liderado por Pinheiro de Azevedo.Era também o regresso de muitos professores universitários das universidades das colónias que encontraram na Universidade do Minho um poiso magnifico, bem como muitos funcionários públicos que retornaram...
O poder sácarneirista (Sá Carneiro) estava também a expandir-se ( o VI Governo Governo Constitucional era uma amalgama de partidos) e tinha em Guimarães um representante que naquela altura tinha algum poder, nada mais nada menos que Eurico de Melo, á época Governador Civil de Braga...A ele se deve em grande parte a colocação das engenharias em Guimarães na divisão do bolo dos pólos...Ao que consta, na época, Braga quase estava a conseguir enganar Guimarães...Penso que, hoje, Braga tem de qualquer modo o grosso da coluna das faculdades...

Excelente análise.

Em relação à ligação a Viana, o problema é que todo o Norte foi construído a pensar no Porto e as vias-rápidas que existem têm sempre uma de duas funções: ou ligam o Porto a qualquer lado; ou constituem-se como anéis concêntricos à volta do Porto. Por isso estamos tão mal servidos.

Quanto a Guimarães, eles gozam da melhor imprensa do país. Nisso estamos todos de acordo. E chamo a vossa atenção para dois factos que me foram transmitidos por adeptos do VSC. Em primeiro, que o jogo com o Gil Vicente teve uma assistência inferior à declarada (são eles próprios que dizem). Em segundo, como pode até ler-se nos fóruns e dos facebooks, houve vários sócios do VSC que compraram bilhetes com os respectivos cartões e foram para o Jamor apoiar o Benfica. Se fosse em Braga, imaginam a polémica que seria e o alarido nos jornais não imaginam?

Eles não enganam ninguém!!



Nas imagens vê-se uma faixa de benfiquistas no meio dos adeptos do VSC. Eles dizem que foram os bilhetes da AF Braga o que não pode ser verdade porque esses bilhetes eram para outro sector.

Duarte

Quote from: Dracul on 02 de June de 2013, 20:44
Quote from: rpo.castro on 02 de June de 2013, 20:24
Quote from: set5 on 02 de June de 2013, 20:00
Alguem me consegue explicar porque é que a universidade do minho é, a unica (acho eu) do país que está dividida em duas cidades? Sendo que as duas cidade em questão se detestam, ainda pior.

Não percebo qual é o motivo. Eu estudo no pólo de azurem, e deixem-me que vos diga, aquilo parece-me que foi uma birra de algum politico espanhol. Porque é que não há certos cursos na capital do minho, só para haver em espanha? Não percebo, e é frustrante, pois, eu querendo economizar o máximo possivel nos custos da minha educação, tenho de gastar balurdios em transportes para aquela terriola horrivel.

Deve ter sido a decisão mais patética de sempre, e mais patético é quem deixou.
Para conseguir agregar ambas cidades e principalmente ambos os tecidos empresariais, o que até é bem pensado, não fosse a chico-espertice de andarem a tentar roubar uma à outra.
Só com o apoio de ambos se consegue uma universidade com alguma dimensão.

Sairia te bem mais caro se não houvesse universidade do minho.

A capital da cultura foi outro brinde do poder político àquela terra.


A CApital da Cultura não foi nenhum brinde, foi totalmente merecido para uma cidade que tem/teve uns governantes que souberam valorizar e investir na história, património e cultura da sua cidade.
A Capital da Juventude é que foi um brinde para Braga para não ficarmos a chuchar no dedo (estou a exagerar porque também foi merecido, porque a juventude é um factor potencial e concorremos com outras cidades europeias).
O FÓRUM DE BRAGA:
www.forum.bracarae.com

Trovisco7

Quote from: Augusto Gomes on 03 de June de 2013, 00:13
Braga sempre foi uma pedra no sapato de Guimarães, que teve sempre a vantagem de estar no coração do Minho, sendo que Guimarães faz (fazia quando integrava Vizela) até fronteira com o Distrito do Porto.
Mas Braga, contra Guimarães, nunca conseguiu atrair para junto de si o apoio de Viana do Castelo, sempre muito sedenta da superioridade do regional por via do MAR, e de estar no eixo Porto - Espanha, antes da existência das autoestradas...Mas o poder economico de Guimarães no pós guerra, com os texteis, confecções e cutelarias, associado ao poder do futebol do Vitória,  deram muito poder a Guimarães até à crise industrial e e liberalização do comércio mundial.Foi isso que levou ao fraccionamento da Universidade da Universidade do Minho entre Braga e Guimarães, sendo que o parente pobre, Viana , ficaria com algo ligado à industria naval, que acho que nunca foi concretizado...Daí também a desconfiança histórica Braga/Viana do Castelo, que a inexistência de uma via rápida Braga-Viana também potenciou (ainda hoje não existe...). Historicamente, a divisão dos pólos da Universidade do Minho teve preponderância no período ligado ao VI Governo Constitucional, liderado por Pinheiro de Azevedo.Era também o regresso de muitos professores universitários das universidades das colónias que encontraram na Universidade do Minho um poiso magnifico, bem como muitos funcionários públicos que retornaram...
O poder sácarneirista (Sá Carneiro) estava também a expandir-se ( o VI Governo Governo Constitucional era uma amalgama de partidos) e tinha em Guimarães um representante que naquela altura tinha algum poder, nada mais nada menos que Eurico de Melo, á época Governador Civil de Braga...A ele se deve em grande parte a colocação das engenharias em Guimarães na divisão do bolo dos pólos...Ao que consta, na época, Braga quase estava a conseguir enganar Guimarães...Penso que, hoje, Braga tem de qualquer modo o grosso da coluna das faculdades...
Sr. Augusto Gomes
Li com atenção as suas considerações.
Gostaria de lhe dar uma resposta conveniente, mas parece-me que através deste Forum, fica fora do
contexto.
Vejo que revela algumas ideias, mas um tanto ou quanto embaralhadas quando insinua pedras no
sapato...
Se quiser dar continuidade ao assunto, sugiro o meu e-mail <trovisco7@gmail.com> onde terei oportunidade de o confrontar com a realidade das coisas, não pondo qualquer obstáculo á sua
publicação no Superbraga se a moderação não obstar.
Cumprimentos

Golbery

Meus caros,

por muito proveitosa que seja esta troca de ideias, não se esqueçam que é sobre estas rivalidades que assenta o poder macrocéfalo de Lisboa...  ::)

... "Dividir para reinar"... eis, em resumo, a estratégia dos sucessivos governos centralistas que temos tido...

Desculpem a presunção mas sei do que falo: morei lá + de 10 anos e sei como "as coisas" funcionam e como os políticos da "província" quando chegam lá são + papistas que o Papa...  ::)

Em suma: uma tristeza de elites que nós (tristemente) elegemos a cada legislatura...  :(
Taça de Portugal 2015-2016
Taça da Liga 2012-2013
Taça de Portugal 1965/66

Sérgio Gonçalves

Se Guimarães está a levar a deles avante nem sei para que criaram o concelho de Vizela há coisa 15 anos...acho que andam a criar guerras onde, sinceramente, elas não existem. Estou como o rpo.castro:

Quote from: rpo.castro on 02 de June de 2013, 22:32
Quem diz que Braga não precisa de Guimarães não sabe do que fala. Esta é a principal razão porque o país está no ponto em que está. Todos precisamos de todos e só unidos podemos criar e desenvolver projectos de futuro. A alternativa é desperdiçar dinheiro, recursos e oportunidades (comparem os turistas no Minho vs turistas na cidade do porto, só para dar um exemplo).
Sócio nº 2014

Sérgio Gonçalves

E outra coisa, isso de sermos Galaicos tem muito que se lhe diga. Fomos nós que nos quisemos tornar independentes e não quisemos nada com os Galegos que apoiavam D. Teresa. Nós os descendentes dos minhotos que apoiaram D. Afonso Henriques é que demos um pontapé no cú aos Galegos. Nós é que nos quisemos separar. Somos um pais unido há mais de 900 anos e ainda me vem falar num povo tribal (celta) que andava mais tempo em guerra entre eles do que com os vizinhos. Nesta região existiam mais de 20 tribos. Que raio de unidade era essa? Quando os romanos cá chegaram limitaram-se a fazer aquilo que sempre fizeram, manter as divisões que existiam e impor alguma ordem, tendo então criado essa regiao da Galecia. Depois é folclore, vieram os suevos que ficaram com este canto e proclamaram Braga como capital. Depois com Mouros ficamos sem nada e depois com reconquista crista foram sendo criados vários reinos e várias separações. Entre elas surge o condado Portucalense e depois é o que todos sabemos.
E só mais uma achega nos dias de hoje é muito dificil dizer se os Lusitanos eram ou não celtas, tal como os Galaicos...é tanta a confusão e a falta de informação que torna dificil qualquer analise que se queira séria.
Sócio nº 2014

Trovisco7

Quote from: Duarte on 03 de June de 2013, 00:57
Quote from: Dracul on 02 de June de 2013, 20:44
Quote from: rpo.castro on 02 de June de 2013, 20:24
Quote from: set5 on 02 de June de 2013, 20:00
Alguem me consegue explicar porque é que a universidade do minho é, a unica (acho eu) do país que está dividida em duas cidades? Sendo que as duas cidade em questão se detestam, ainda pior.

Não percebo qual é o motivo. Eu estudo no pólo de azurem, e deixem-me que vos diga, aquilo parece-me que foi uma birra de algum politico espanhol. Porque é que não há certos cursos na capital do minho, só para haver em espanha? Não percebo, e é frustrante, pois, eu querendo economizar o máximo possivel nos custos da minha educação, tenho de gastar balurdios em transportes para aquela terriola horrivel.

Deve ter sido a decisão mais patética de sempre, e mais patético é quem deixou.
Para conseguir agregar ambas cidades e principalmente ambos os tecidos empresariais, o que até é bem pensado, não fosse a chico-espertice de andarem a tentar roubar uma à outra.
Só com o apoio de ambos se consegue uma universidade com alguma dimensão.

Sairia te bem mais caro se não houvesse universidade do minho.

A capital da cultura foi outro brinde do poder político àquela terra.


A CApital da Cultura não foi nenhum brinde, foi totalmente merecido para uma cidade que tem/teve uns governantes que souberam valorizar e investir na história, património e cultura da sua cidade.
A Capital da Juventude é que foi um brinde para Braga para não ficarmos a chuchar no dedo (estou a exagerar porque também foi merecido, porque a juventude é um factor potencial e concorremos com outras cidades europeias).
Ao aventar-se que a Capital da Cultura não foi um brinde e afirmar-se que foi totalmente merecido, só se
está a esquecer que a primeira candidatura a essa Capital foi Braga e muito tempo antes. Mas aí uma vez
mais a organização habilidosa (sabe-se lá com que custos) das forças influentes de Guimarães, torpedeou
pela calada essa pretensão. Tudo isto, porque Braga, na sua boa fé e com a importância que globalmente
todos reconhecem, aguarda calmamente sem habilidades, que as coisas sejam decididas com naturalidade.
E neste caso teremos de reconhecer que Braga foi uma vez mais "comida" por Guimarãres.
Ponderando alguns acontecimentos de há uns anos para cá, verifica-se que Braga tem de estar atenta
às suas pretensões, ORGANIZANDO-SE para fazer frente a esses habilidosos, caso contrário, quando der por ela, estará outra vez ultrapassada.
Para quem não sabe, a decisão da Capital da Cultura ter sido atribuída a Guimarães, foi da Ministra Pires
de Lima dum governo socialista. Essa ministra, por essa decisão, foi substituída no Governo, e daí para
Braga ter alguma compensação, foi-lhe atribuída a Capital da Juventude. O despacho ardiloso da ministra
era irredutível e até colocou mal o País por ter sido atribuída a uma cidade de tão pequena dimensão.

Suevo-Bracarense

Apenas para acrescentar mais alguns dados.

Foi, efectivamente, Braga a aventar em 1º lugar com a possibilidade de ser CEC, contudo, porque, simultaneamente, surgiu a possibilidade de se instalar o INL, foi dado como que uma opção, ou uma ou outra.

É discutível, se foi a melhor opção. Na minha opinião, se tivéssemos mesmo que abdicar de uma em detrimento da outra, parece-me bem, pois penso que na próxima década podemos ser nós CEC.

Quanto à ministra, se pensarmos que foi ela a decidir, ainda tinha outra agravante, que é o facto de ser natural desta cidade.
Em Portugal o estômago está no sul, o coração é o Porto mas a cabeça é Braga!JHS

Trovisco7

Quote from: Suevo-Bracarense on 04 de June de 2013, 23:33
Apenas para acrescentar mais alguns dados.

Foi, efectivamente, Braga a aventar em 1º lugar com a possibilidade de ser CEC, contudo, porque, simultaneamente, surgiu a possibilidade de se instalar o INL, foi dado como que uma opção, ou uma ou outra.

É discutível, se foi a melhor opção. Na minha opinião, se tivéssemos mesmo que abdicar de uma em detrimento da outra, parece-me bem, pois penso que na próxima década podemos ser nós CEC.

Quanto à ministra, se pensarmos que foi ela a decidir, ainda tinha outra agravante, que é o facto de ser natural desta cidade.
A sua observação é pertinente. Na altura em que respondi não me ocorreu referir essa escolha com o INL.
É verdade, e sei isso por pessoa altamente colocada na Câmara, mas que não me convém revelar. Temos
também de ter em conta que esse dilema se deve a pressões vindas do lado de lá da Falperra, que
pretendiam qualquer coisa.
De facto a ministra em causa é natural de Braga onde iniciou a sua vida académica, mas atendendo ao
contexto, teve de decidir desse modo, o que terá de se compreender.
Quanto à opção do INL, sem dúvida que foi a melhor e mais conveniente porque é um projecto de futuro
e não uma coisa de carater temporário como foi a Capital da Cultura, que teve como grande benefício um
acumular de dívidas a fornecedores, que não se sabe quando será pago e por quem.

sedas

Quote from: Golbery on 04 de June de 2013, 22:04
Meus caros,

por muito proveitosa que seja esta troca de ideias, não se esqueçam que é sobre estas rivalidades que assenta o poder macrocéfalo de Lisboa...  ::)

... "Dividir para reinar"... eis, em resumo, a estratégia dos sucessivos governos centralistas que temos tido...

Desculpem a presunção mas sei do que falo: morei lá + de 10 anos e sei como "as coisas" funcionam e como os políticos da "província" quando chegam lá são + papistas que o Papa...  ::)

Em suma: uma tristeza de elites que nós (tristemente) elegemos a cada legislatura...  :(

E isto no Desporto, especialmente no futebol também se vê...

Ou acham que é só por mero acaso que Portugal é o único país da Europa em que no futebol profissional só existem campeões nacionais da I divisão em 2 cidades??

Infelizmente esta divisão e esta luta constante (que neste momento até não tem muita razão de ser pois a nível futebolístico era como estarmos em luta com Rio Ave, Nacional ou Marítimo) só nos prejudica, e até é potenciada por uma comunicação social que só quer que ela se alastre para poder esconder outras coisas (como o constante favorecimento aos 3 estarolas) 

Duarte

Quote from: Trovisco7 on 04 de June de 2013, 22:58
Quote from: Duarte on 03 de June de 2013, 00:57
Quote from: Dracul on 02 de June de 2013, 20:44
Quote from: rpo.castro on 02 de June de 2013, 20:24
Quote from: set5 on 02 de June de 2013, 20:00
Alguem me consegue explicar porque é que a universidade do minho é, a unica (acho eu) do país que está dividida em duas cidades? Sendo que as duas cidade em questão se detestam, ainda pior.

Não percebo qual é o motivo. Eu estudo no pólo de azurem, e deixem-me que vos diga, aquilo parece-me que foi uma birra de algum politico espanhol. Porque é que não há certos cursos na capital do minho, só para haver em espanha? Não percebo, e é frustrante, pois, eu querendo economizar o máximo possivel nos custos da minha educação, tenho de gastar balurdios em transportes para aquela terriola horrivel.

Deve ter sido a decisão mais patética de sempre, e mais patético é quem deixou.
Para conseguir agregar ambas cidades e principalmente ambos os tecidos empresariais, o que até é bem pensado, não fosse a chico-espertice de andarem a tentar roubar uma à outra.
Só com o apoio de ambos se consegue uma universidade com alguma dimensão.

Sairia te bem mais caro se não houvesse universidade do minho.

A capital da cultura foi outro brinde do poder político àquela terra.


A CApital da Cultura não foi nenhum brinde, foi totalmente merecido para uma cidade que tem/teve uns governantes que souberam valorizar e investir na história, património e cultura da sua cidade.
A Capital da Juventude é que foi um brinde para Braga para não ficarmos a chuchar no dedo (estou a exagerar porque também foi merecido, porque a juventude é um factor potencial e concorremos com outras cidades europeias).
Ao aventar-se que a Capital da Cultura não foi um brinde e afirmar-se que foi totalmente merecido, só se
está a esquecer que a primeira candidatura a essa Capital foi Braga e muito tempo antes. Mas aí uma vez
mais a organização habilidosa (sabe-se lá com que custos) das forças influentes de Guimarães, torpedeou
pela calada essa pretensão. Tudo isto, porque Braga, na sua boa fé e com a importância que globalmente
todos reconhecem, aguarda calmamente sem habilidades, que as coisas sejam decididas com naturalidade.
E neste caso teremos de reconhecer que Braga foi uma vez mais "comida" por Guimarãres.
Ponderando alguns acontecimentos de há uns anos para cá, verifica-se que Braga tem de estar atenta
às suas pretensões, ORGANIZANDO-SE para fazer frente a esses habilidosos, caso contrário, quando der por ela, estará outra vez ultrapassada.
Para quem não sabe, a decisão da Capital da Cultura ter sido atribuída a Guimarães, foi da Ministra Pires
de Lima dum governo socialista. Essa ministra, por essa decisão, foi substituída no Governo, e daí para
Braga ter alguma compensação, foi-lhe atribuída a Capital da Juventude. O despacho ardiloso da ministra
era irredutível e até colocou mal o País por ter sido atribuída a uma cidade de tão pequena dimensão.
A CEJ não foi nenhuma compensação porque o Governo não tem influência nenhuma na atribuição desse título, trata-se de uma candidatura europeia.

Como já aqui foi dito, ou era o INL ou a CEC. E até arrisco dizer que nós é que roubamos o INL a Guimarães (é lá onde estão quase todas as Engenharias e o centro tecnológico AvePark nas Taipas, onde se iria situar o INL). Fazia mais sentido ser lá o INL assim como fez mais sentido ser lá a CEC pelo que a cidade valorizou e investiu na sua hstória, monumentos/património e equipamentos/eventos culturais.
Culturalmente Guimarães é muito mais evoluída que Braga e só diz o contrário quem tem bairrismo cego, e como tal o título de CEC foi-lhe muito bem atribuído.. e até digo que daqui a 10 anos será Coimbra em vez de Braga.. somos uma cidade amorfa e sem massa crítica e que não sabe valorizar a sua história e o que tem de bom (como tem vindo a ser provado neste tópico) mas que tem começado a acordar agora e ainda bem.
O FÓRUM DE BRAGA:
www.forum.bracarae.com

Noddy

Porque já aqui li alguns atentados ao estado do conhecimento historico do passado do actual territorio portugues vou apenas aqui deixar alguns esclarecimentos vistos do lado de um profissional da área.
Atenção  não sou dono do conhecimento histórico e a história tal como qualquer outtra ciencia é passivel de outras interpretações.
Assento como base de discussão e à priori que, sendo um seguidor de Popper, a ideia (ou tese) que em seguida apresento é a que mais resiste a refutações e que por isso será a mais acertada até que outra a substitua.

Inciou-se a discussão através de um belissimo texto do meu colega Rui Ferreira (ao qual reconheço grandes méritos na área) no qual era levantada a hipotese de que teria sido gizado em Braga o futuro reino de Portugal  que, em Guimaraes, apenas de teria concrectizado esse designio. Assim sendo, seria legitimo também a Braga reclamar o Berço da Nacionalidade. No fundo R. Ferreira defende a tese que em Braga se puxaram os cordeis com que se manietaram os "militares" em Guimaraes e , como tal, ambas as cidades podem proclamar-se o berço da nacionalidade.
Não creio, no entanto, que qualquer cidade possa reclamar esse estatuto de forma ofical. Se por um lado a assinatura de um convénio entre o Arcebispo de Braga e D. Afonso Henriques não cria por si só um reino e se não cria, não gera e como não gera não há criança (nacionalidade); por outro lado não é uma batalha que por si só forma um reino, não podemos pensar que as tropas de Afonso Henriques chegaram a S. Mamede, venceram e pronto, já esta, esta criado um reino. A criação de um reino como todos imaginamos envolve uma serie de batalhas, avanços e recuos, vitoria e derrotas, acordos e desacordos. Como bem diz R. Ferreira a ideia de Berço de Nacionalidade a Guimarãraes foi uma ideia do Estado Novo, inserida  numa corrente hsitorica culturalista muito em voga na altura e que chegou alias a ser utilizada pelo Estado Nacional Socialista (Estado Nazi) para justificar a existência de uma raça ariana, vinda já desde o neolitico seguindo uma tradição campaniforme. Esta ideia pretertada pelo estado Novo foi passando durante decadas no imaginario Portugues e Viamranense até que se assumiu como uma verdade absoluta.

Gostaria ainda de chamar atenção de todos para a falta de provas historico – arqueologicas da Batalha de S. Mamede. A despeito de varias intervenções arqueologicas na zona nunca foi descoberto qualquer vestigio da batalha (ao contrario de por exemplo a Batalha de Aljubarrota ou das batalhas em Chaves das Invasoes Francesas, só para citar alguns exemplos). Ou seja se a histriografia tradicional coloca uma batalha em S. Mamede Guimaraes a verdade é que a arqueologia não a comprova (pelo menos no estado actual dos conhecimentos).

Ultimamente em Braga, e este post é bem prova disso, tem vindo a criar a ideia de uma Braga Capital antes da nacionalidade . Uma Bracara Augusta , capital da provincia romana da Galecia, e uma Braga capital do Reino Suevo. Sim é provado pela histografia que durante estes dois periodos a zona actualmente ocupada pelo concelho de Guimarães esteve subjugada a uma capital em Braga. Mesmo antes da elevação de Braga  a capital de provincia nas reformas administrativas de Diocleciano em 284 – 288, Bracra Augusta detinha já um papel importante na provincia romana da Tarraconense com Capital de Conventus Juridicus. Embora tendo sido efectivamente capital dominando vastos territorios no Noroeste Peninsular, não se pode assumir que Braga é ou foi capital do um proto-estado Português. Na verdade Braga foi capital de uma provincia romana com sede em Roma e mais tarde capital do Reino Suevo.