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NOTÍCIAS DO SPORTING CLUBE DE BRAGA

Started by Lipeste, 24 de March de 2020, 18:25

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Lipeste

O triunfo fugiu fora de horas - Sporting Clube de Braga

Noite tremendamente inglória para um SC Braga que esteve três vezes em vantagem... mas acabou traído por um golo aos 95 minutos. Resultado: empate a três bolas com o Leicester.

Partida muito personalizada da equipa de Carlos Carvalhal, que desde cedo olhou bem nos olhos do poderoso conjunto inglês.

Aos 4 minutos Al Musrati deu uma vantagem que Barnes, cinco minutos depois, conseguiu desfazer. Desatenção bracarense punida pela qualidade inglesa.

Havia mais SC Braga e o 2-1 chegou com inteira justiça. Jogada coletiva simplesmente espectacular e conclusão de Paulinho aos 21 minutos.

Cheirava a mais um golo para a equipa da casa, mas o marcador não se alterou até ao descanso.

No segundo tempo o SC Braga voltou a entrar forte, criou a melhor situação para marcar... mas viu o Leicester tomar conta do encontro. As raposas asfixiaram e chegaram, sem surpresa, a um novo empate. Jogada de insistência e Thomas a concluir com sucesso.

Restavam dez minutos... Os Gverreiros voltaram ao comando do encontro e, em mais uma jogada coletiva brilhante, Fransergio devolveu a vantagem.

Jogo de loucos... que conheceria mais um capítulo. Quando nada o fazia prever, um suspeito do costume apareceu para desfazer a alegria e ilusão bracarense. Vardy, no sítio certo, apontou o 3-3 final.

em: https://scbraga.pt/o-triunfo-fugiu-fora-de-horas/

Lipeste

"Cus­tou o go­lo no úl­ti­mo mi­nu­to"

"A nos­sa pri­mei­ra par­te foi mui­to boa, na se­gun­da não es­ti­ve­mos tão bem. O re­sul­ta­do ajus­ta-se" "Se ti­vés­se­mos mar­ca­do mais go­los an­tes do in­ter­va­lo, o Lei­ces­ter te­ria ti­do mais di­fi­cul­da­des"

"Te­nho or­gu­lho no Bra­ga, que jo­gou olhos nos olhos con­tra um ri­val que, até há pou­co tem­po, li­de­ra­va a li­ga in­gle­sa"

"Cus­tou mui­to so­frer o go­lo no úl­ti­mo mi­nu­to, mas são coi­sas do fu­te­bol. Ama­nhã se­re­mos nós a mar­car no fim da par­ti­da"

em: https://www.pressreader.com/portugal/jornal-de-noticias/20201127/282664689945395

Lipeste

Pau­li­nho Avan­ça­do do Bra­ga

"So­frer o em­pa­te no úl­ti­mo mi­nu­to não ti­ra bri­lhan­tis­mo à nos­sa exi­bi­ção. Me­lhor mar­ca­dor do Bra­ga na Eu­ro­pa? Vou sa­bo­re­ar"

em:
https://www.pressreader.com/portugal/jornal-de-noticias/20201127/282694754716467


Fran­sér­gio Mé­dio do Bra­ga

"Mos­trá­mos que po­de­mos jo­gar de igual pa­ra igual con­tra qual­quer ad­ver­sá­rio. O em­pa­te po­de che­gar pa­ra o apu­ra­men­to, mas que­re­mos ven­cer"

em: https://www.pressreader.com/portugal/jornal-de-noticias/20201127/282686164781875

Lipeste

Sp. Braga deixa escapar vitória sobre o Leicester no último minuto

Minhotos tiveram o apuramento para os 16 avos-de-final à vista, mas falharam liderança repartida do grupo quando já nada o fazia prever

Augusto Bernardino


O Sp. Braga empatou (3-3) esta quinta-feira na recepção ao Leicester, em partida da quarta jornada da Liga Europa, falhando o assalto à liderança repartida do grupo G e o apuramento virtual para os 16 avos-de-final da competição precisamente no último instante de um duelo emocionante, com dois golos no período de descontos e com Vardy e evitar a derrota inglesa aos 90+5'.

O Sp. Braga não podia desejar melhor início, com um golo de Al Musrati, aos quatro minutos, a reforçar o ímpeto pretendido pela equipa portuguesa para atacar a liderança do Leicester no grupo G. Ricardo Horta desbravou caminho e o líbio surgiu, oportuno, a finalizar uma segunda bola de meia distância em zona frontal, sem hipóteses para Schmeichel.

A vantagem acabaria por durar apenas cinco minutos, mais uma vez com Al Musrati como protagonista... embora pela negativa. O médio foi displicente num atraso em zona proibida e ofereceu o empate aos ingleses. Apesar do transtorno, o Sp. Braga superou o choque e foi em busca de novo golo e da vitória. Paulinho surgiu, então, a reclamar os créditos de máximo goleador dos minhotos nas competições europeias, superando a marca dos 11 golos, que partilhava com Alan e Ricardo Horta. O avançado concluiu um excelente lance colectivo, a isolar Ricardo Horta, e que Paulinho transformou em nova vantagem "arsenalista" (24').

Positivo/Negativo

+ Paulinho 
Picou o ponto e, no processo, assumiu-se como o máximo goleador do clube na Liga Europa. Não foi mais longe porque Schmeichel não autorizou.

+ Schmeichel
Garantiu a sobrevivência do Leicester na primeira parte, com três defesas decisivas.

+ Maddison
O Leicester fica a dever-lhe o empate e a manutenção da liderança do grupo. Entrou para acabar com as ilusões bracarenses.

- Ünder
Apagado, falhou sempre nos momentos críticos.

Vantagem que esteve por um fio na sequência de um erro inadmissível de Bruno Viana, apagado por Matheus. O excesso de confiança do central levou Iheanacho a "roubar-lhe" a bola que sobrou para Ünder. O turco tinha tudo para marcar, mas Matheus defendeu e Tormena limpou o lance.

Refeito do susto, o Sp. Braga assumiu o controlo e só não ampliou a vantagem porque Schmeichel foi enorme na baliza do Leicester, negando o segundo da noite a Paulinho por duas vezes e ainda a Ricardo Horta.

Não marcou o Sp. Braga mesmo a terminar a primeira parte e tudo se alteraria no regresso das cabinas, com o Leicester a transformar-se radicalmente com a entrada de Fofana e Tielemans, numa primeira vaga, e de Vardy e Maddison, na segunda.

Os ingleses assumiram o comando, acabando por desgastar física e emocionalmente o Sp. Braga, que acabaria por ceder numa excelente iniciativa de Maddison, a oferecer o golo do empate a Luke Thomas (79').

A tentativa de Carlos Carvalhal segurar a vantagem, com a entrada de Raul Silva para reforçar uma linha de cinco defesas, acabou por não resultar e até final notou-se o dilema entre tentar um último golpe ou defender o empate perante um opositor mais forte.

E quando se pensava que prevaleceria a primeira, com Fransérgio a entrar em cena para fazer o golo da vitória (90+1') já em período de compensações, o Leicester respondeu por Vardy (90+5'), para evitar a derrota.

em: https://www.publico.pt/2020/11/26/desporto/cronica%20de%20jogo/sp-braga-deixa-escapar-vitoria-leicester-ultimo-minuto-1940853

Lipeste

Sp. Braga empata com Leicester em jogo com final de loucos

Os minhotos concederam a igualdade a três bolas na última jogada da partida realizada na Pedreira.

O Sporting de Braga empatou 3-3, esta quinta-feira, em casa, com o Leicester, em jogo da 4.ª jornada do grupo G da Liga Europa. Um resultado amargo para a equipa de Carlos Carvalhal, que esteve três vezes em vantagem no marcador e acabou por ceder a igualdade na última jogada da partida.

Os minhotos entraram bem no jogo com Al Musrati a marcar logo aos quatro minutos, mas pouco depois Havrey Barnes conseguiu restabelecer a igualdade. Ainda assim, os Sp. Braga não baixou os braços e Paulinho (24'), a passe de Ricardo Horta, fez o 2-1, com que se chegou ao intervalo.

No segundo tempo, Luke Thomas voltou conseguir o empate aos 78 minutos, mas em cima do minuto 90', Fransérgio aproveitou um passe magistral de Galeno para fazer o 3-2.

Numa altura em que os bracarenses já pareciam ter garantido o triunfo, eis que surgiu o goleador Jamie Vardy a concluir uma boa jogada do Leicester, fazendo o 3-3.

Os ingleses garantiram assim o apuramento para os 16 avos-de-final da Liga Europa, enquanto o Sp. Braga se mantém em segundo lugar, bastando uma vitória no próximo jogo, na Grécia, com o AEK Atenas, para os minhotos garantirem a passagem à fase seguinte da prova.

Isto porque no outro jogo deste grupo G, os ucranianos do Zorya foram a Atenas vencer por 3-0, estando agora as duas equipas com três pontos, menos quatro que o Sp. Braga.

em: https://www.dn.pt/desportos/sp-braga-empata-com-leicester-em-jogo-com-final-de-loucos-13081072.html

Lipeste

Mais de Carlos Carvalhal:

"Empurraram-nos para trás, chegaram ao 2-2, ainda fizemos o 3-2 mas no último segundo aparece o 3-3. O resultado ajusta-se pela primeira parte da nossa parte e a segunda deles. Viu-se um Braga a jogar olhos nos olhos com a equipa que liderava o melhor campeonato do mundo. Fortíssima, com um plantel fantástico e não tivemos receio. Estamos de parabéns."

Carlos Carvalhal treinador do Braga:

"Foi um grande jogo de futebol e uma pena não ter público. Na primeira parte o resultado pecava por escasso, podíamos e devíamos estar na frente por mais golos. Esperávamos uma reação na segunda parte e foi acontecendo quando meteram jogadores mais frescos."

Fransérgio, médio do Braga:

"O Braga tem vindo a crescer desde a participação na Europa League na época passada. Hoje, posso dizer que o Braga consegue jogar de igual para igual frente a qualquer equipa. Mostrámo-lo hoje e noutros jogos e competições."

Paulinho, avançado do Braga:

"É o futebol, acaba por acontecer. Infelizmente foi no último minuto que sofremos. No último jogo para a Taça também marcámos nos instantes finais e passámos. Temos de saber lidar com isso. É inglório mas não tira o brilhantismo do nosso jogo nem o foco no próximo jogo, que é garantir já a passagem à próxima fase."

em: https://pt.uefa.com/uefaeuropaleague/match/2029790--braga-vs-leicester/

Lipeste

 A análise aos jogadores do Braga: Paulinho para a história escrita por Medeiros
Mónica Santos

Confira a análise às exibições dos jogadores do Braga no empate (3-3) com o Leicester, na quarta ronda da fase de grupos da Liga Europa.

Matheus 6

Não foi por ele que a vitória fugiu. Apesar de uma atrapalhação, perto do fim, foram mais as vezes em que surgiu a emendar erros alheios, nomeadamente, de Bruno Viana (28"). No 2-2 tentou, em vão, evitar o golo.

Tormena 5

Durante a maior parte do tempo, foi o central que menos intranquilidade revelou, mas não foi suficiente para resistir ao segundo tempo do Leicester.

Bruno Viana 4

Voltou a alternar intervenções positivas no eixo da defesa com decisões tardias e comprometedoras, como a que, aos 28", deixou Cengiz Under em posição privilegiada para marcar. Aos 63", Vardy marcou mesmo, mas em fora de jogo.

Sequeira 6

À prova de hesitações no momento defensivo e com a velocidade que gosta de colocar no corredor esquerdo, foi um dos protagonistas do melhor período da equipa, envolvido na manobra ofensiva. Aos 57", viu o espaço livre ao segundo poste, meteu lá a bola, mas ninguém apareceu para a emenda.

Ricardo Esgaio 5

Foi um desafio ingrato para o lateral-direito, que se deu quando se tratou de avançar no terreno e foi a vítima preferida do Leicester, quando, no segundo tempo, a equipa inglesa investiu fortemente no ataque aos pontos.

Al Musrati 6

Espelho dos sobressaltos que o Braga impõe a si próprio, entre o acerto e a precipitação, o médio assinou o primeiro golo, logo a abrir a partida, generoso no apoio às investidas de Iuri Medeiros contra a defesa. Veio de trás, marcou e, cinco minutos depois, um erro abriu caminho ao 1-1.

Castro 6

Surpreendido no lance do primeiro golo, não se deixou perturbar e assegurou o domínio do meio-campo, exercício bem mais duro no segundo tempo.

Galeno 7

Não marcou, mas assistiu Fransérgio no golo mais improvável do Braga, aos 90", quando o Leicester era mais perigoso (como se confirmou depois). O extremo foi tudo o que o Braga quer ser, numa combinação rara de fulgor atacante e de energia para defender, tarefa a que se dedicou de princípio a fim e até lhe valeu um cartão amarelo.

Ricardo Horta 6

Com liberdade de movimentos no ataque, esteve no bonito desenho do segundo golo com a assistência para Paulinho, que o companheiros quis devolver (45"), mas chegou atrasado. Saiu quando foi preciso dar solidez à defesa.

Paulinho 7

Uma bela exibição mais para a história do Braga: marcou e ultrapassou Alan no topo da lista dos goleadores do Braga nas competições europeias (12). Schmeichel não o deixou ir mais longe nestas contas: aos 67", evitou que bisasse com uma defesa para canto.

Raúl Silva 4

Entrou aos 70, por troca com Ricardo Horta, para responder à necessidade de apertar a malha defensiva. Aos 75", antecipou-se a Albrighton com um corte para canto, mas, não conseguiu evitar a desilusão nos descontos.

Fransérgio 7

Recuperado da covid-19, teve um regresso em cheio, com um golo no minuto 90 que deixou a vitória tão perto.

Guilherme Schettine 4

Lançado à beira do fim, ajudou como pôde.

André Horta 4

Tentou dar equilíbrio à equipa numa fase ingrata, face ao desfecho com sabor a pouco.

A FIGURA

Iuri Medeiros 7

A teimosia de acreditar na felicidade

Iuri Medeiros esteve em dois dos três golos do Braga, ou não fosse ele um dos intérpretes privilegiados da filosofia de uma equipa que acredita e joga para finais felizes, encantada com a baliza que o açoriano namorou com a persistência e criatividade. No 1-0, foi ele quem, por duas vezes, rematou na área contra a defesa, antes de Al Musrati aparecer a encostar para o fundo da baliza e, na bela jogada do segundo, foi a arte dele, alheia aos defesas, a colocar a bola em Ricardo Horta, para Paulinho finalizar. Acreditar e jogar para ganhar com alegria é uma virtude - e um espectáculo.

em: https://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/braga/noticias/a-analise-aos-jogadores-do-braga-paulinho-para-a-historia-escrita-por-medeiros-13082123.html?target=conteudo_fechado

Lipeste


Lipeste

28/11/2020


Al Mus­ra­ti com pre­ci­são de pas­se

O jo­go com o Lei­ces­ter vol­tou a pro­var a efi­cá­cia de pas­se de Al Mus­ra­ti. Ain­da que te­nha co­me­ti­do um er­ro que re­sul­tou no pri­mei­ro go­lo dos in­gle­ses, o lí­bio te­ve uma efi­cá­cia de 90 por cen­to nos pas­ses; acer­tou 46 das 51 en­tre­gas de bo­la. O va­lor es­tá em li­nha com a mé­dia do jo­ga­dor es­ta épo­ca, ou se­ja, 90,8 por cen­to de efi­cá­cia. Al Mus­ra­ti fez ain­da oi­to pas­ses lon­gos e acer­tou cin­co, o que deu uma efi­cá­cia de 63 por cen­to. O mé­dio es­tre­ou­se a mar­car pe­lo Bra­ga, is­to de­pois de na épo­ca pas­sa­da tam­bém ter fei­to um go­lo na Li­ga Eu­ro­pa pe­lo Vi­tó­ria.

em: https://www.pressreader.com/portugal/o-jogo/20201128/281934545507325

Lipeste

Paulinho para a história

Para a história. Num ano memorável a nível individual. Depois de ter cumprido o sonho de representar a selecção nacional - numa estreia também ela inesquecível com um bis festejado no duelo amigável de Portugal com Andorra - Paulinho tornou- -se no melhor marcador de sempre da história do SC Braga nas competições europeias.

O avançado marcou frente aos ingleses do Leicester, em jogo da 4.ª jornada do Grupo G da Liga Europa, na quinta-feira, o 12.º golo com a camisola arsenalista nas provas da UEFA e destronou, assim, Alan no topo do ranking de melhores marcadores do clube.

O antigo jogador e actual director de relações externas do clube bracarense tinha até agora o título de rei da Europa, com 11 golos (seis festejados na Liga dos Campeões e cinco na Liga Europa, entre 2008/09 e 2015/16), estatuto igualado esta temporada por Paulinho e Ricardo Horta, que seguiam na perseguição ao trono, com o mesmo número de golos. A dupla tem brilhado na fase de grupos da Liga Europa, numa luta intensa pela coroa de goleador, com Paulinho a ultrapassar o histórico avançado brasileiro na lista.
A atravessar um excelente momento de forma, Paulinho tem sido um dos homens fortes da estratégia de Carlos Carvalhal, que não esconde a satisfação pela qualidade do ponta-de-lança.

"Tanto suspirei por um avançado destes e encontrei-o aos 54 anos. É um fora de série a fazer este trabalho", elogiou no final do recente jogo da 7.ª jornada da Liga, frente ao Benfica, que terminou com triunfo bracarense.

No rescaldo do jogo com o Leicester, o técnico voltou a destacar a exibição de Paulinho e a marca histórica: "fico satisfeito com tudo o que é positivo para os meus jogadores, jogarem bem, ir à selecção, serem pretendidos por vários clubes, baterem recordes. Fico, extremamente, satisfeito e orgulhoso, é bom sinal, sinal que estamos a jogar bem e que aparecem golos".

A cumprir a quarta temporada em Braga, Paulinho, de 28 anos, já festejou 12 golos na Europa com a camisola arsenalista. Estreou-se a marcar logo na época que chegou ao clube, em 2017/18, com um bis caseiro frente ao Hafnarfjordur, no play-off de apuramento, voltando a festejar no segundo duelo, na Islândia. Seguiram-se dois golos diante do Brondby, em 2019/20, na terceira pré-eliminatória, ano em que festejou ainda frente ao Slovan Bratislava, Wolverhampton e bisou diante do Besiktas, em jogos da fase de grupos.

Esta época, o avançado já fez o gosto ao pé três vezes no Grupo G: na recepção ao AEK Atenas, em Zorya e agora frente ao Leicester.

em: https://correiodominho.pt/noticias/paulinho-para-a-historia/127780

Lipeste

Carvalhal aponta Ricardo Horta e David Carmo à Premier League

A visita recente do Leicester a Braga, para a quarta jornada da fase de grupos da Liga Europa, projetou a equipa dos guerreiros e o seu treinador Carlos Carvalhal para uma superior dimensão mediática. A imprensa inglesa aproveitou a ocasião para recuperar o contacto com o técnico dos minhotos, que teve passagem meritória por terras de Sua Majestade (entre 2015 e 2018 treinou o Sheffield Wednesday e o Swansea).

Ao jornal The Sun, nomeadamente, Carlos Carvalhal deu a conhecer alguns dos craques que integram o plantel arsenalista, reservando bastante elogios para Ricardo Horta, David Carmo e Paulinho.

«Não sei como o Ricardo Horta não joga em Inglaterra porque ele é muito parecido como o Diogo Jota. Marca muitos golos e é muito forte», destacou o treinador arsenalista.

Quanto ao jovem central, Carvalhal profetizou um futuro radioso: «O David Carmo é um dos jogadores com futuro. No verão esteve muito perto de rumar à Bundesliga. Acredito que saia no final desta temporada, quem sabe para Inglaterra»

E sobre Paulinho disse tratar-se de «um bom avançado». «No último verão foi apontado ao Aston Villa e ao Tottenham», recordou.

em: https://www.abola.pt/Clubes/2020-11-28/sc-braga-carvalhal-aponta-ricardo-horta-e-david-carmo-a-premier-league/869682/471

Lipeste

Carlos Carvalhal: ″Já estive no Sporting, no Besiktas... São muitos anos a virar frangos″

Treinador do Braga pede criatividade à equipa no jogo com o Farense e diz estar tranquilo na questão da gestão do onze e das expectativas dos jogadores.

Setenta e duas horas depois do desafio com o Leicester, para a Liga Europa (3-3), o Braga vai receber o Farense e Carlos Carvalhal espera "um jogo complicado", que vai exigir "empenho, determinação e qualidade" da sua equipa. Em jogo vai estar a manutenção do segundo lugar no campeonato.

Já com David Carmo e Fransérgio como opções depois de cumpridos castigos longos, o treinador admite que não é fácil preparar a equipa sem grande tempo para treinar, embora isso seja uma contingência boa pelo facto de o Braga estar a competir na Europa, e aborda a questão da gestão do onze.

"Azia de quem fica de fora? Já estive no Sporting, no Besiktas, são muitos anos a virar frangos, não é novidade nenhuma. Não temos o Moura e o Nico [Gaitán], o que causa mossa. Obviamente gostava de ter todos os jogadores aptos e frescos, mas não me queixo. O plantel é curto e quando falha alguém recai um esforço maior em determinados jogadores, se bem que tenha atletas com uma boa capacidade de recuperação, algo que me deixa tranquilo", afiançou o técnico, na conferência de imprensa de antevisão ao duelo com o Farense (domingo, às 20h00).

Com maior ou menor desgaste, Carvalhal refere que o Braga não vai abdicar de apresentar "um futebol positivo" e diz estar preparado para as crescentes dificuldades colocadas pelos adversários para travar a avalancha ofensiva dos minhotos. "A equipa gosta de ter a bola e cada semana é um desafio para nós. Tentámos antecipar o que o Farense poderá fazer, descortinando os pontos fracos do adversário. Temos que ser criativos", rematou.

em: https://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/braga/noticias/carlos-carvalhal-ja-estive-no-sporting-no-besiktas-sao-muitos-anos-a-virar-frangos-13086845.html

Lipeste

Carlos Carvalhal: «Muitos jogadores do Sp. Braga vão fazer a melhor época da carreira»

Convicção do treinador que tem paralelo com o que se passou no Rio Ave na última temporada


Na antevisão à receção dos arsenalistas ao Farense, agendada para este domingo (20 horas), Carlos Carvalhal acredita que "muitos jogadores do Sp. Braga" vão ter uma época para mais tarde recordar. Uma convicção do técnico que tem paralelo com o que se passou no Rio Ave, na última temporada.  
 
Importância do jogo: "É o próximo... Dentro da nossa filosofia, queremos ganhar, neste caso contra um adversário com uma boa organização, bom treinador, uma equipa que encontrou o caminho nas duas últimas jornadas. Não estamos à espera de facilidades e contamos com o empenho e qualidade para vencer o jogo. Vamos declaradamente tentar vencer este ogo, sabendo que será sempre complicado".  
 
Estratégia do Sp. Braga passa por ter muita gente no ataque: "Desde o início que temos um futebol positivo, de cariz ofensivo, gostamos de ter a bola. Cada semana é um desafio e cada contexto provoca uma atenção redobrada, sempre à espera de dificuldades diferentes e cumpre-nos contornar isso. Nesse sentido temos de descortinar os pontos fracos do Farense e manietar os pontos fortes. Temos de ser criativos e antecipar as dificuldades".  
 
Pouco tempo de preparação: "Estamos preparados para o jogo e determinados em vencê-los. O contexto onde estamos inseridos é de responsabilidade, fomos nós que o criámos. Estamos na Liga Europa, a fazer uma campanha boa na minha opinião, e assumimos essa responsabilidade. Se gostava de preparar um jogo de semana a a semana? Claro que sim, mas essa não é a realidade e, mesmo assim temos estado a top nos jogos todos. E vamos estar no máximo das nossas capacidades".  

Papel de Iuri Medeiros na manobra ofensiva da equipa: "Não vou falar de individualidades. No ano passado, no Rio Ave, a maior parte dos jogadores fez a melhor época das carreiras, das suas vidas e, este ano, estou convicto que muitos jogadores do Sp. Braga vão também fazer a melhor época das suas vidas. Já aconteceu no passado e estou convencido que vai acontecer a mesma coisa aqui".

Por José Mário

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/carlos-carvalhal-muitos-jogadores-do-sp-braga-vao-fazer-amelhorepoca-da-carreira?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais

Lipeste

Carvalhal compara Horta a Diogo Jota e fala de David Carmo: «Acredito que saia no final desta temporada»

Em entrevista ao jornal The Sun, Carlos Carvalhal, técnico do SC Braga, elogiou o plantel à sua disposição, tendo em contra a montra europeia, colocando vários jogadores em destaque. Um deles foi Ricardo Horta, um dos mais consagrados da equipa.

«Não sei como o Ricardo Horta não joga em Inglaterra porque ele é muito parecido como o Diogo Jota. Marca muitos golos e é muito forte», elogiou, partindo para o caso de Paulinho.

«O Paulinho é um bom avançado. No último verão foi apontado ao Aston Villa e ao Tottenham», lembrou Carvalhal, que reservou também elogios para o o jovem David Carmo.

«O David Carmo é um dos jogadores com futuro. No verão esteve muito perto de rumar à Bundesliga. Acredito que saia no final desta temporada, quem sabe para Inglaterra», atirou.

em: https://www.zerozero.pt/news.php?id=304977

Lipeste

"Temos de ser criativos e antecipar as dificuldades" - Sporting Clube de Braga

O SC Braga enfrenta, este domingo, o SC Farense em jogo correspondente à 8ª jornada da Liga NOS. No lançamento da partida, Carlos Carvalhal sublinhou que espera empenho e qualidade da sua equipa para vencer um desafio no qual não perspetiva facilidades.

Expectativas para o próximo jogo:

"Dentro da nossa filosofia, queremos ganhar, neste caso contra um adversário com uma boa organização, bom treinador, uma equipa que encontrou o caminho nas duas últimas jornadas. Não estamos à espera de facilidades e contamos com o empenho e qualidade para vencer o jogo. Vamos declaradamente tentar vencer este jogo, sabendo que será sempre complicado".

Estratégia para o jogo:

"Desde o início que temos um futebol positivo, de cariz ofensivo, gostamos de ter a bola. Cada semana é um desafio e cada contexto provoca uma atenção redobrada, sempre à espera de dificuldades diferentes e cumpre-nos contornar isso. Nesse sentido, temos de descortinar os pontos fracos do Farense e manietar os pontos fortes. Temos de ser criativos e antecipar as dificuldades".

Tempo de preparação:

"Estamos preparados para o jogo e determinados em vencê-los. O contexto onde estamos inseridos é de responsabilidade, fomos nós que o criámos. Estamos na Liga Europa, a fazer uma campanha boa na minha opinião, e assumimos essa responsabilidade. Se gostava de preparar um jogo de semana a semana? Claro que sim, mas essa não é a realidade e, mesmo assim, temos estado a top nos jogos todos. E vamos estar no máximo das nossas capacidades".

em: https://scbraga.pt/temos-de-ser-criativos-e-antecipar-as-dificuldades/

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«Essas palavras... nem as vou usar»

O SC Braga defrontou o Leicester, na passada quinta-feira, para a Liga Europa, e prepara-se para voltar a entrar em ação, este domingo (20 horas), com a receção ao Farense. Questionado sobre se admite fazer a gestão do plantel, em virtude do desgaste físico a que os jogadores têm vindo a ser sujeitos, Carlos Carvalhal foi taxativo.

«Essas palavras, eu nem as vou usar. Estamos preparados, focados e determinados a vencer o jogo. O contexto em que estamos inseridos é de responsabilidade e fomos nós que o criámos, se tivéssemos sido eliminados da Liga Europa não estaríamos aqui. Como estamos, e a fazer uma boa campanha, assumimos essa responsabilidade e temos de saber lidar com ela», argumentou, em conferência de imprensa.

«Se gostaria de preparar os jogos semana a semana? Evidentemente que sim, mas essa não é a realidade e também não é uma novidade para nós. Temos estado 'a top' em todos os jogos e não vai ser diferente com o Farense, vamos estar no máximo das nossas capacidades no domingo», afiançou Carvalhal, alertando que do outro lado vai estar «um adversário com uma boa organização e um bom treinador, uma equipa que encontrou o caminho nas duas últimas jornadas.»

em: https://www.abola.pt/Clubes/2020-11-28/sc-braga-essas-palavras-nem-as-vou-usar/869702/471

Lipeste

Braga lamenta morte do antigo jogador e treinador do clube

Vítor Oliveira foi jogador do Sporting de Braga em 1981/82 e 1982/83 e também técnico do clube bracarense em 1998/99

O Sporting de Braga lamentou a morte do treinador Vítor Oliveira, recordista de subidas de equipas à I Liga, ocorrida este sábado, em Matosinhos, recordando o seu passado como futebolista e treinador dos bracarenses.

Vítor Oliveira foi jogador do Sporting de Braga em 1981/82 e 1982/83 e também técnico do clube bracarense em 1998/99.

O Sporting de Braga endereça "sentidas condolências à família e amigos de Vítor Oliveira".

O treinador, com uma longa carreira no futebol português, morreu hoje, aos 67 anos, depois de se sentir indisposto enquanto caminhava na zona de Matosinhos, confirmou à agência Lusa fonte próxima da família.

O ex-jogador e treinador, que estava sem clube desde que orientou o regresso do Gil Vicente à I Liga na época passada, foi assistido no local e transportado para o Hospital Pedro Hispano, mas acabou por não resistir.

Entre 1978 e 2020, Vítor Oliveira comandou Famalicão, Portimonense, Maia, Paços de Ferreira, Gil Vicente, Vitória de Guimarães, Académica, União de Leiria, Sporting de Braga, Belenenses, Rio Ave, Moreirense, Leixões, Trofense, Desportivo das Aves, Arouca, União da Madeira, Desportivo de Chaves e Paços de Ferreira.

Natural de Matosinhos, Vítor Oliveira representou Leixões, Paredes, Famalicão, Sporting de Espinho, Sporting de Braga e Portimonense como futebolista, tendo ficado conhecido como o "rei das subidas', já como treinador, ao festejar 11 promoções em 18 presenças na II Liga.

em: https://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/braga/noticias/braga-lamenta-morte-do-antigo-jogador-e-treinador-do-clube-13087223.html

Lipeste

Sp. Braga lamenta morte de Vítor Oliveira antigo jogador e treinador do clube

Técnico faleceu este sábado, com 67 anos



O Sp. Braga lamentou a morte do treinador Vítor Oliveira, recordista de subidas de equipas à 1.ª Liga, ocorrida este sábado, em Matosinhos, recordando o seu passado como futebolista e treinador dos bracarenses.

Vítor Oliveira foi jogador do Sp. Braga em 1981/82 e 1982/83 e também técnico do clube bracarense em 1998/99.

"O futebol português está de luto. Até sempre, Vítor Oliveira! O SC Braga endereça sentidas condolências à sua família e amigo", escreveram os minhotos nas redes sociais.

O futebol português está de luto. Até sempre, Vítor Oliveira!

O SC Braga endereça sentidas condolências à sua família e amigos.

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em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/sp-braga-lamenta-morte-de-vitor-oliveira-antigo-jogador-e-treinador-do-clube?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais

Lipeste

Rui Fonte: "Sim, paguei meses de salários em atraso a funcionários do Vitória, que estavam no clube quando passei por lá. Agora, ajudei-os"

A ligação ao irmão [José Fonte], seis anos mais velho, é tão forte que Rui Fonte revela que a primeira vez que jogaram juntos, no Crystal Palace, em Inglaterra, nenhum dos dois desfrutou do momento tal era a preocupação um com o outro. Aos 30 anos e depois de passar por clubes como Sporting, Benfica, Belenenses, Arsenal, Espanyol, Fulham e Lille confessa-se feliz em Braga. Confirma ainda que recentemente pagou salários em atraso a dois funcionários de um clube, algo que já terá feito no passado 



Nasceu em Penafiel. Apresente-nos a família.
O meu pai foi profissional de futebol e a minha mãe como era relativamente nova e já tinha dois filhos, eu e o meu irmão [José Fonte], estava em casa a cuidar de nós, só mais tarde é que concluiu os estudos e tornou-se professora. O meu pai jogava no Penafiel quando nasci.

Ficou em Penafiel até que idade?
Até aos dois anos. O meu pai já estava numa fase mais descendente da carreira e decidiu regressar a Lisboa. Ele ainda chegou a jogar no Malveira, mas pouco tempo depois deixou definitivamente.

Quando era pequeno torcia por que clube?
O meu irmão jogava no Sporting, ele é mais velho seis anos, e o meu avô também era seguidor do Sporting. Eu comecei a jogar no Sporting aos seis anos, por isso também ganhei algum carinho e apreço pelo clube. Lá em casa toda a gente gostava do Sporting.

Quem eram os seus ídolos?
Eu e o meu irmão gostávamos muito do Figo, do Rui Costa, daquela geração da seleção que foi até 2004, 2005. Também gostava do Fernando Couto, que até tinha aquela imagem de marca do cabelo, do Vítor Baía, que por essa altura andava no Barcelona. Mas se tiver de eleger só um, seria o Figo.

Estava a contar que começou a jogar com seis anos...
Aliás, foi aos cinco. Mas o Sporting ainda não tinha equipa para tão pequeninos e tive de ir para o Sacavenense. No ano seguinte é que fui para o Sporting. Mas foi uma coisa natural, nós assistíamos aos jogos do meu irmão e eu tinha sempre a minha bola, andava sempre com ela atrás.

Notou muita diferença quando passou do Sacavenense para o Sporting?
Não... Quer dizer, os meninos do Sporting tinham um bocadinho mais de qualidade mas também eram todos dois anos mais velhos do que eu. Tive de aprender logo desde pequenino que não seria fácil.

Nessa altura vivia em que zona de Lisboa?
Em Camarate.

Como é que ia para os treinos?
Como eu e o meu irmão tínhamos de ir ao mesmo tempo, os meus pais levavam-nos.

Gostava da escola?
Sim, durante a minha escolaridade só tive duas negativas no final de um período. A minha mãe também criou essa condição para mim e para o meu irmão, de que para poder andar no futebol não podíamos ter negativas. Não nos exigia notas muito altas, mas que tivéssemos em atenção a escola. O meu irmão ainda concluiu o 12.º ano, eu fiquei-me pelo 10.º, mas foi porque aos 16 anos tive de ir para Inglaterra e tive de deixar a escola.

Como é que isso aconteceu? Acaba por ir para fora primeiro do que o seu irmão, certo?
Exato, mas foi daquelas circunstâncias normais do futebol e de clubes que tentam recrutar jogadores o mais jovens possível. O Arsenal fez isso: foi observar os torneios que eu tinha com a seleção, entretanto falaram como o meu empresário, o Artur Fernandes, que na altura era o mesmo do meu irmão, embora eles não soubessem. Depois convidaram-me para ir conhecer o centro de estágio do Arsenal e houve o avançar das negociações, entre o Sporting, o Arsenal e comigo. Comigo não foi difícil, porque só ter a oportunidade de jogar no Arsenal já era suficiente para mim.

Tinha 16 anos?
Sim. Na altura das negociações ainda tinha 15, entretanto em abril fiz 16, porque isto começou logo em janeiro, fevereiro. No final do verão fui assinar a Inglaterra e fui direto para um torneio da seleção de Sub-17, nos EUA.

Quando vai para o Arsenal vai viver sozinho, como é que foi?
Sim, fui sozinho mas fui viver com uma família inglesa porque a política deles era essa. Não era ficar num centro de estágio como nós temos aqui. Eles tinham a ideia de que era melhor para os jogadores estrangeiros e alguns ingleses, que sejam de cidades mais longínquas de Londres, ficarem com famílias porque ajuda mais à integração dos jogadores. Eu não dominava o inglês, pouco sabia da cidade e também tive sorte com a família com que calhei e com que estive.

Quem era essa família?
Tinham um filho mais novo dois anos e uma menina que tinha acabado de nascer quando cheguei. Foi bom. A família ajudou-me bastante, o rapaz mesmo sendo mais novo também me integrou bem, chegámos a estar quatro jogadores na mesma casa, porque era uma casa grande, em que era possível coabitar todos. Nós estávamos no andar de cima, tínhamos um espaço só para nós, mas a família foi realmente muito boa para mim e tendo um rapaz quase da mesma idade para jogar PlayStation, para ver filmes, para fazer seja o que for, foi bom. Foi muito importante essa experiência para a minha integração.

Notou muita diferença ao nível de futebol, do Sporting para o Arsenal?
Sim, um bocadinho diferente a nível físico. Mas em Portugal já se estava a começar, o Sporting também já tinha muito essa ideia de desenvolver jogadores a nível do ginásio. Eu como só me desenvolvi fisicamente um bocadinho mais tarde, senti muita diferença especialmente nas primeiras semanas. Treinava, chegava a casa e ia direto para a cama dormir umas horinhas. Chegava completamente morto a casa [risos]. Mas a partir do momento em que se começa a entrar na rotina, já se sabe o que esperar e aguentar desse trabalho.

Começa a ganhar dinheiro com o futebol nessa altura?
Sim, já tinha assinado um contrato de formação com o Sporting.

Qual o valor do seu primeiro ordenado?
200 euros.

Lembra-se do que fez a esse dinheiro?
Lembro-me perfeitamente porque digo a toda a gente. Na altura os meus pais não podiam dar-me botas verdadeiras e a primeira coisa que eu fiz quando recebi o meu primeiro ordenado foi comprar umas. Não foi um bom investimento, mas senti que aquele era o meu dinheiro e era aquilo que eu queria e não tive dúvida alguma em fazê-lo, fui comprar umas botas verdadeiras, umas Mercurial brancas com uns traços amarelos atrás, que custaram €198.

Foi todo para as botas.
E fiquei feliz com isso. Eu já vivia antes com o que os meus pais me davam para o dia-a-dia, para a semana, por isso...

Quanto tempo é que ficou em casa da família inglesa?
Lá existe um processo em que, quando um jogador se torna profissional, ao fim de dois anos ou sai da casa ou pode continuar, mas tem de suportar os custos que o clube tinha. No primeiro ano em que estive no Arsenal, não podia assinar contrato profissional, então durante o primeiro ano recebi um salário como se fosse de formação aqui em Portugal e depois, como o meu irmão também já tinha ido para Inglaterra, optei por ir uns dias para casa do meu irmão. Ficava lá nos primeiros dias da semana e, como já conduzia, fazia a viagem nos dias que antecediam o jogo e ficava em casa da família para poder descansar e estar preparado para o jogo. A partir dos 17 como era profissional fazia isso. Lá a carta de condução tira-se aos 16 anos.

Lembra-se da sua estreia na equipa principal?
Sim, foi contra o Wigan Athletic para a taça da liga. Vinha de um início de época bom e acho que foi por alturas de dezembro, novembro. Eram aqueles primeiros jogos da Taça da Liga em Inglaterra e entrei para substituir o Carlos Vela. Tinha o meu irmão na bancada, mais uns amigos que estavam lá na altura e foi realmente bom. Foi o concretizar, não do objetivo total que seria ficar, mas de estrear-me profissionalmente e jogar na equipa principal do Arsenal. Felizmente consegui esse pequeno objetivo mínimo que era poder estrear-me no Arsenal.

O treinador era o Arsène Wenger.
Exatamente.

Com que impressão ficou dele?
Fiz duas pré épocas com ele até certa altura e ele é uma pessoa que dá as indicações, mas delega muito as funções do treino aos seus adjuntos. Era uma pessoa bastante tranquila.

Depois é emprestado ao Crystal Palace. Muito diferente do Arsenal?
Diferente acima de tudo porque já era futebol sénior, no Championship, um campeonato extremamente competitivo, tinha a ajuda do meu irmão que estava na mesma equipa, mas muito diferente das reservas onde eu estava no Arsenal.

Nessa altura já estava a viver com o seu irmão?
Exatamente, a partir daí, como ia ficar até a final da época, mudei definitivamente para casa dele. Fui viver com ele e com a nossa avó que nos últimos meses tinha ido para lá, gostava de nos acompanhar, fazia questão disso.

Lembra-se do primeiro jogo com o seu irmão?
Lembro-me mas a equipa ao certo, não sei, acho que era a Blackpool se não estou em erro.

Foi uma sensação e um gozo diferentes?
Acho que desfrutei muito mais desta vez em que estivemos juntos no Lille porque já estávamos em fases diferentes da nossa carreira, mais maduros. Naquela altura eu ainda tinha 18 anos, o meu irmão preocupava-se realmente comigo e eu como miúdo a ver o meu irmão a jogar ficava sempre muito nervoso. Porque era o meu irmão, temos uma ligação muito forte e então quando às vezes estava em campo, estava a pensar no meu irmão e ele a pensar em mim, por isso acho que quando estivemos juntos no Lille desfrutamos realmente mais do que nessa altura. Mas, claro, foi bom partilhar o balneário e a casa com o meu irmão, foi juntar os dois melhores mundos. 

(...continua)

em:
https://tribunaexpresso.pt/a-casa-as-costas/2020-11-28-Rui-Fonte-Sim-paguei-meses-de-salarios-em-atraso-a-funcionarios-do-Vitoria-que-estavam-no-clube-quando-passei-por-la.-Agora-ajudei-os

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(... continuação)

Entretanto, o Rui não fica em Inglaterra, regressa a Portugal e vem para o Vitória de Setúbal. Porquê?
Porque eu tinha dois anos de contrato. O acordo feito era que o Arsenal pagava uma compensação ao Sporting por três anos de contrato, que seriam três anos de empréstimo neste caso e no final haveria a opção de comprar. Como essa opção não foi exercida e como eu tinha mais dois anos de contrato com o Sporting no caso de eles não acionarem a cláusula, fazia todo o sentido ser emprestado.

Ficou muito sentido ou desiludido por eles não terem acionado a cláusula?
Não, a partir de certa altura já adivinhava isso e se calhar para eles não faria sentido o investimento que era e também para a minha carreira não sei se seria o melhor. Porque ficaria ligado ao Arsenal, mas se calhar não teria tido as experiências que tive depois nas épocas seguintes.

Mas não lhe custou sair de perto do seu irmão?
Pelo lado afetivo custa sempre, mas também estava a voltar a casa. Quando voltei fiquei à mesma em casa dos meus pais. Também foi um regressar a casa, aonde sempre vivi, tinha a minha namorada que é hoje a minha esposa.

Como é que se chama e quando é que a conheceu?
Inês Fonte e conhecia-a na escola, andámos juntos na mesma escola aos 14 anos.

Começaram a namorar logo nessa altura?
Exatamente, mas na altura era aquela coisa: começamos, depois acabámos, depois começámos uma segunda vez, até que à terceira realmente foi de vez. Nesse dezembro, janeiro que antecedeu o meu regresso a Portugal é que nós começámos em definitivo, até hoje.

O que é que a Inês faz ou fazia profissionalmente?
Ela terminou o curso e exerceu medicina veterinária.

Vai para Setúbal. A que é que lhe custou mais a adaptar no regresso?
As expectativas que temos enquanto jovens em que pensamos que será tudo fácil, queremos chegar lá e jogar... Fui para uma realidade bastante diferente com o clube a descer de divisão, que tem algumas dificuldades. Quando cheguei o mister era o Carlos Azenha. Depois, o mister foi embora e tivemos o treinador interino Quim, e depois ficou o Manuel Fernandes até ao final da época.

Dos três com qual se entendeu melhor?
Não posso dizer que me entendi melhor com algum, porque joguei pouco. Foi realmente um ano que considero... Não digo perdido, porque foi de muita aprendizagem para ver realmente o que era futebol. Foi uma boa introdução porque tive bons colegas com quem partilhei diariamente o balneário, tinha excelentes capitães que foram tentando passar bons valores e boas ideias devido à sua experiência. Não fui aprendendo no campo, mas fui aprendendo nos treinos e fora deles.

As primeiras saídas à noite começam aí, ou já tinham começado em Inglaterra?
Nunca fui muito de sair à noite. Ainda cheguei a sair umas vezes em Inglaterra porque os horários são um bocadinho diferentes dos que se praticam em Portugal que é tudo mais tarde. Em Inglaterra começa e acaba tudo mais cedo e agradavam-me mais esses horários. Aqui em Portugal realmente nunca saí, muito porque nunca gostei muito dos horários e da própria maneira de se viver esse momento.

Não fica em Setúbal porquê? Porque é que vai parar ao Espanyol?
Porque acabou esse ano de empréstimo e esse último ano que tinha de contrato com o Sporting fui emprestado novamente, assinando no contrato que, se tudo corresse bem, eu ficaria lá e foi isso que aconteceu, felizmente. Inicialmente ia para a equipa B do Espanyol com perspetiva de subir à equipa A, nunca foi nada garantido, mas desde o início que tive a sorte de encontrar um treinador [Pochettino] que realmente gostou muito de mim. Quando abriu o mercado de transferências, em janeiro de 2011, subi à equipa principal e fiquei até ao meu regresso.

Vai sozinho para Espanha?
Sim, a Inês estava a concluir o curso de medicina veterinária.

Custou-lhe voltar a sair e sozinho?
Por um lado é sempre aquele bichinho da aventura, de ir conhecer, mas no fundo custa sempre, principalmente nos momentos que não estão a ir tão bem, sente-se a falta das pessoas. Mesmo com os telemóveis é sempre melhor quando há a presença física das pessoas.

Tinha algum jogador português no Espanyol?
Não. Chegou depois o Simão Sabrosa já no fim, na época em que vim para Portugal, mas foi só o Simão.

Está duas épocas e meia no Espanyol. O que mais o marcou?
Foi mesmo o treinador, o Pochettino. Também gostei bastante da cidade, mas o acreditar dele em mim, o querer fazer-me acreditar em mim mesmo, que eu era realmente bom jogador, isso marcou-me até hoje. Às vezes em jeito de brincadeira, como ele chegou a um nível tão alto, brinco com o que ele me dizia, que se eu acreditasse em mim como ele acreditava, eu podia ser um grande jogador. Isso foi realmente o que me marcou. Também tive um diretor desportivo que tratou sempre muito bem de mim, por isso posso dizer que tive um treinador e um diretor desportivo que tiveram sempre em atenção a minha pessoa enquanto jogador e ser humano, proporcionaram-me tudo dentro do que podiam, tentaram sempre ajudar-me.

Entretanto acaba contrato com o Sporting e assina pelo Espanyol.
Sim, por mais dois anos.

Mas não os completou.
Não, na última época vim para o Benfica.

Como é que isso acontece?
Entretanto, o Pochettino tinha saído e eu estava a jogar numa posição que não gosto, a extremo, as coisas não me corriam bem, estava fora da minha posição. Gosto de jogar como ponta de lança, a segundo avançado. Depois, os meus pais também se estavam a separar e então estava numa situação difícil, estar tão longe a lidar com tantos problemas... Felizmente, surgiu a oportunidade de vir para o Benfica e vim de olhos fechados.

Mas veio para a equipa B.
Exato.

Não o incomodou?
Não, porque entendia que teria de passar novamente por esse processo, de provar às pessoas a minha qualidade. Nunca tive esses problemas de ir para uma equipa B e ter de provar novamente. A minha carreira foi feita assim, a tentar e a provar às pessoas que merecia as oportunidades que tive. Infelizmente quando cheguei à equipa B do Benfica lesionei-me no primeiro jogo.

Onde?
Rompi os ligamentos cruzados do joelho direito em fevereiro e depois, a recuperar dessa lesão, fiz uma segunda em setembro e fiquei 15 meses parado ao todo. Mas como estava a dizer, nunca tive problemas em provar às pessoas o meu valor.

Quando vem para o Benfica volta a casa dos seus pais ou já vai para uma casa sua?
Os meus pais entretanto tinham-se separado e eu fiquei em casa do meu pai; a minha mãe tinha voltado para Penafiel, de onde é, e eu fiquei em casa do meu pai porque cinco dias depois de ter chegado, lesionei-me . Não fazia sentido estar a viver sozinho e assim tive a ajuda do meu pai. A minha mãe um bocadinho mais longe, mas sempre dando o apoio de mãe e fazendo as suas visitas. Mas no meu pai, como é um prédio de família, tinha as minhas tias e na altura a minha avó. A minha tia vive no andar debaixo do do meu pai, sempre foi um forte apoio porque tratava das refeições e de tudo o que eu precisasse.

Voltou a jogar com que treinador, em que época?
Quando voltei já era o Hélder Cristóvão que treinava a equipa B. Ainda faço quatro jogos da época 2013/ 2014, fui entrando aos poucos até que fiz o último jogo a titular nessa época, já estava tudo resolvido e realmente havia espaço e era oportuno para mim poder acumular alguns minutos com vista a preparação da próxima época. Iniciei a época seguinte também na equipa B, mas aí já completamente recuperado, e em janeiro subi à equipa principal e depois já no fim do mercado fui emprestado ao Belenenses. Foi o iniciar de uma nova carreira na minha opinião.

Chegou a fazer algum jogo na equipa principal do Benfica?
Ainda joguei com o Arouca para a Taça da Liga.

Era Jorge Jesus o treinador.
Exato.

Como é que se deu com ele?
Bem, ele foi sempre correto comigo. Claro que fazia sempre as suas retificações, especialmente aos mais novos, mas foi sempre muito correto comigo. Aliás. como toda a estrutura do Benfica foi e eu só tenho a agradecer porque tão novo e passar por aquelas lesões, só com o apoio de gente muito boa, já nem falo dos profissionais que são, mas das pessoas, dos seres humanos que são e que me ajudaram a poder recuperar destas duas lesões da melhor maneira. Na altura em que saí, fui falar diretamente com o mister e ele entendeu, era o que fazia sentido, tanto que fui emprestado ao Belenenses.

Gostou da experiência no Belenenses?
Foi espetacular porque no passado recente o clube tinha subido de divisão, no ano anterior tinha-se safado na último jornada e nessa época conseguimos ir à Liga Europa. Eu cheguei em fevereiro, contribui com algo mas foram os meus colegas que o fizeram, por isso foi o culminar de uma boa época para mim.

Foi com o Lito Vidigal ou com o Jorge Simão?
Quando eu chego ainda estava o mister Lito Vidigal e depois acabei com o mister Jorge Simão.

Muito diferentes um do outro?
Sim, como são todos os treinadores, porque cada um tem a sua ideia, a sua maneira de trabalhar, a sua maneira de estar com os jogadores, mas concluindo foi um ano muito bom porque conseguimos essa qualificação para a Liga Europa que foi um feito histórico para o clube no que tinha sido as suas épocas anteriores.

Teve pena de não continuar em Belém?
Não porque no ano a seguir venho para Braga. Tendo a oportunidade de vir para o Sporting de Braga não podia dizer que não.

E vai para Braga também sozinho ou nessa altura já tinha casado?
Eu casei nesse verão de 2015. Fiz a pré época com o Benfica, uma pré época que correu bem, ma tendo em conta as opções que o Benfica tinha, o que fez sentido foi poder aproveitar a oportunidade de representar um clube como o Braga ao mais alto nível e foi isso, foi sem pensar, já estava casado, viemos os dois para Braga e foi o iniciar de uma história que ainda está por concluir, mas que está a ser muito bonita.

(...continua)

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