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Started by NightHawk, 02 de July de 2020, 12:13

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rpo.castro

Quote from: Sérgio Gonçalves on 14 de July de 2020, 08:21
*****, isto é realmente recambolesco. É mesmo à Tuga, sempre a arranjar uma forma ultra complexa, burocrática, cheia de regras, ordens e sei lá que mais. Há 200 inscricoes para 40 vagas, não seria sensato abrir mais cursos? *****, este país realmente tem um futuro brilhante à sua frente. O que está associação quer é fazer como ordem dos médicos, garantir que oferta é baixa para se manter importante ignorando as necessidades dos clientes. Isto já deve ser assim há uns anos valentes. Enfim, que raio de coisa. Há - de chegar o dia em que até para varrer rua as pessoas terão de ter certificados e formação e haverá filas de espera para criar tanta gente com formação adqueada para essa tarefa.

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Escusam-se que é a UEFA que impõe um limite de 40 vagas a cada ano (ou a cada 2 anos) para o nível UEFA Pro, o que acho um bocado recambolesco.
Depois não vejo este tipo de problemas a acontecer noutros países, com faltas de vagas, em ligas de 20 clubes com 2 ou 3 níveis altamente profissionais.

Mas outra coisa interessante é veres quem é que nos últimos anos tirar curso de UEFA Pro. Olhas para as listas e a maior parte são perfeitos desconhecidos.
Quem não sente não é filho de boa gente.

Somos Braga!

Quote from: Fernandão on 14 de July de 2020, 08:22
Tal como aconteceu comigo quando estava na Universidade, quem trabalha f***se.  >:(

Como é possível não haver horário pós-laboral para os que estão a desenvolver actividade nos clubes, ainda por cima num curso tão caro? Bem sei que em anos normais não há muita competição em Julho, mas deveria haver mais flexibilidade.

O Artur Jorge ter um exame (inadiável) marcado para o dia em que tem jogo com o Tondela, é cómico. Ele que se foque no jogo, mas é  :D
Eu fiz 80% do meu curso na UM como trabalhador estudante (do segundo ao quinto ano) e nunca tive razão de queixa. Nunca reprovei por faltas, tive sempre facilidade em inscrição nas várias épocas de exame.

Os professores nunca me facilitaram nos exames ou avaliações mas, sempre me facilitaram nos prazos, exigência de presença, etc. Desde que no dia do exame eu soubesse a matéria...

Mas, era um curso vocacionado para estudantes, não para trabalhadores.

Nada que se compare com estas exigências absurdas da federação. Este curso devia por natureza estar vocacionado para trabalhadores. Teria que ser pós laboral. Não percebo onde está a dúvida.

A não ser que a ideia seja mesmo dificultar a vida a tipos como Artur Jorge ou Rúben Amorim que estão a roubar lugares a treinadores mais velhos e experientes.

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O verdadeiro adepto vê-se nas derrotas!

Fernandão

Quote from: Somos Braga! on 14 de July de 2020, 11:20
Quote from: Fernandão on 14 de July de 2020, 08:22
Tal como aconteceu comigo quando estava na Universidade, quem trabalha f***se.  >:(

Como é possível não haver horário pós-laboral para os que estão a desenvolver actividade nos clubes, ainda por cima num curso tão caro? Bem sei que em anos normais não há muita competição em Julho, mas deveria haver mais flexibilidade.

O Artur Jorge ter um exame (inadiável) marcado para o dia em que tem jogo com o Tondela, é cómico. Ele que se foque no jogo, mas é  :D
Eu fiz 80% do meu curso na UM como trabalhador estudante (do segundo ao quinto ano) e nunca tive razão de queixa. Nunca reprovei por faltas, tive sempre facilidade em inscrição nas várias épocas de exame.

Os professores nunca me facilitaram nos exames ou avaliações mas, sempre me facilitaram nos prazos, exigência de presença, etc. Desde que no dia do exame eu soubesse a matéria...

Mas, era um curso vocacionado para estudantes, não para trabalhadores.

Nada que se compare com estas exigências absurdas da federação. Este curso devia por natureza estar vocacionado para trabalhadores. Teria que ser pós laboral. Não percebo onde está a dúvida.

A não ser que a ideia seja mesmo dificultar a vida a tipos como Artur Jorge ou Rúben Amorim que estão a roubar lugares a treinadores mais velhos e experientes.

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Também estudei na UM, mas foi nos anos 90. Muita coisa mudou, com certeza. Tinha que apresentar projetos presencialmente, o que não era fácil pois trabalhava full-time. Só consegui terminar o curso porque a minha empresa me apoiou.

Em relação ao Artur, a solução é fácil: ele que vá à primeira chamada, está lá 1 minuto e vem embora, porque tem jogo às 19h30. E depois poderá fazer a 2.ª chamada depois de terminada a competição.

Isto, porque inacreditavelmente segundo os regulamentos da Associação de Treinadores a 2.ª fase de exames só é permitida a quem reprovar no 1.º exame.  ???
É mesmo vontade de querer complicar a vida aos treinadores já em atividade.

SCB Monsul

Quote from: Sérgio Gonçalves on 14 de July de 2020, 08:21
*****, isto é realmente recambolesco. É mesmo à Tuga, sempre a arranjar uma forma ultra complexa, burocrática, cheia de regras, ordens e sei lá que mais. Há 200 inscricoes para 40 vagas, não seria sensato abrir mais cursos? *****, este país realmente tem um futuro brilhante à sua frente. O que está associação quer é fazer como ordem dos médicos, garantir que oferta é baixa para se manter importante ignorando as necessidades dos clientes. Isto já deve ser assim há uns anos valentes. Enfim, que raio de coisa. Há - de chegar o dia em que até para varrer rua as pessoas terão de ter certificados e formação e haverá filas de espera para criar tanta gente com formação adqueada para essa tarefa.

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Essa posta da Ordem dos Médicos "limitar" vagas é tão ignorante e rebarbada que nem me vou alongar. Santa ignorância.
14 Novembro de 1994 - Sócio nº2320

(S)oon(C)hampion(B)raga

#104
Quote from: SCB Monsul on 14 de July de 2020, 22:27
Quote from: Sérgio Gonçalves on 14 de July de 2020, 08:21
*****, isto é realmente recambolesco. É mesmo à Tuga, sempre a arranjar uma forma ultra complexa, burocrática, cheia de regras, ordens e sei lá que mais. Há 200 inscricoes para 40 vagas, não seria sensato abrir mais cursos? *****, este país realmente tem um futuro brilhante à sua frente. O que está associação quer é fazer como ordem dos médicos, garantir que oferta é baixa para se manter importante ignorando as necessidades dos clientes. Isto já deve ser assim há uns anos valentes. Enfim, que raio de coisa. Há - de chegar o dia em que até para varrer rua as pessoas terão de ter certificados e formação e haverá filas de espera para criar tanta gente com formação adqueada para essa tarefa.

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Essa posta da Ordem dos Médicos "limitar" vagas é tão ignorante e rebarbada que nem me vou alongar. Santa ignorância.

olha que o homem tem razão... tu também tens... porque infelizmente o país não tem CAPACIDADE ACADEMICA para ter mais cursos de medicina... nem hospitais para formar especialistas...

mas o homem tem razão... se fores a ver... ordem dos arquitetos??? se passa no teste entra toda a gente... ordem dos contabilistas se passa no teste entra toda a gente...

medicina é o unico curso no país que tem numeros clausos fixos e baixos... MAS PORQUE NÃO HÁ CAPACIDADE PARA FORMAR MAIS... não temos nem professores... nem hospitais para haver mais cursos... devia ser como cuba??? SIM DEVIA... lá há tanto medico em excesso que até exportam para o mundo inteiro... PORTUGAL E BRASIL INCLUIDOS...

mas é a realidade... quantos cursos de "economias" existem no país?? quantos cursos de direito existem no pais??? turismo?? engenharias de todo o genero e especie?? licenciaturas para professores quantas há no ensino superior portuguÊs??? design??? quantos cursos existem em Portugal??? etc etc etc

agora para médicos??? 1º só no publico... 2º... se não estou em errro é Lisboa, Porto, Coimbra... e nos ultimos 10/15 anos abriram mais 3... Braga, Algarve e covilhã...

mas para além do curso... depois é preciso tirar a especialização... e isso também é preciso vagas... e... opá... explico-te assim... tenho 1 familiar que está a tirar medicina aqui em Braga... está a acabar o curso... já lhe perguntei várias vezes que especialidade que ele quer tirar... sabes qual foi, infelizmente, sempre a resposta dele???? A QUE HOUVER VAGA....

para tu veres a miséria que isto é...

achas então mesmo que o rapaz não tem razão no que diz????
[url="https://fb.watch/l3N5OntDOI/"]https://fb.watch/l3N5OntDOI/[/url]

Sérgio Gonçalves

Quote from: SCB Monsul on 14 de July de 2020, 22:27
Quote from: Sérgio Gonçalves on 14 de July de 2020, 08:21
*****, isto é realmente recambolesco. É mesmo à Tuga, sempre a arranjar uma forma ultra complexa, burocrática, cheia de regras, ordens e sei lá que mais. Há 200 inscricoes para 40 vagas, não seria sensato abrir mais cursos? *****, este país realmente tem um futuro brilhante à sua frente. O que está associação quer é fazer como ordem dos médicos, garantir que oferta é baixa para se manter importante ignorando as necessidades dos clientes. Isto já deve ser assim há uns anos valentes. Enfim, que raio de coisa. Há - de chegar o dia em que até para varrer rua as pessoas terão de ter certificados e formação e haverá filas de espera para criar tanta gente com formação adqueada para essa tarefa.

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Essa posta da Ordem dos Médicos "limitar" vagas é tão ignorante e rebarbada que nem me vou alongar. Santa ignorância.
Então esclarece, eu aprecio que me expliquem as coisas. Acredita que a minha opinião é partilhada por muitas pessoas. Se tu tens outra visão da coisa partilha, pf. Não me considero o mais sábio dos homens pelo que estou sempre disponível para aprender.

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Sócio nº 2014

rpo.castro

Quote from: Sérgio Gonçalves on 15 de July de 2020, 00:18
Quote from: SCB Monsul on 14 de July de 2020, 22:27
Quote from: Sérgio Gonçalves on 14 de July de 2020, 08:21
*****, isto é realmente recambolesco. É mesmo à Tuga, sempre a arranjar uma forma ultra complexa, burocrática, cheia de regras, ordens e sei lá que mais. Há 200 inscricoes para 40 vagas, não seria sensato abrir mais cursos? *****, este país realmente tem um futuro brilhante à sua frente. O que está associação quer é fazer como ordem dos médicos, garantir que oferta é baixa para se manter importante ignorando as necessidades dos clientes. Isto já deve ser assim há uns anos valentes. Enfim, que raio de coisa. Há - de chegar o dia em que até para varrer rua as pessoas terão de ter certificados e formação e haverá filas de espera para criar tanta gente com formação adqueada para essa tarefa.

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Essa posta da Ordem dos Médicos "limitar" vagas é tão ignorante e rebarbada que nem me vou alongar. Santa ignorância.
Então esclarece, eu aprecio que me expliquem as coisas. Acredita que a minha opinião é partilhada por muitas pessoas. Se tu tens outra visão da coisa partilha, pf. Não me considero o mais sábio dos homens pelo que estou sempre disponível para aprender.

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Sem dizer sim ou sopas, coloco aqui uns links pra discussão

https://www.publico.pt/2018/11/28/sociedade/noticia/sobrinho-simoes-defende-diminuicao-numerus-clausus-medicina-1852654

https://www.publico.pt/2020/05/26/opiniao/opiniao/manuel-heitor-numerus-clausus-medicina-1918126

http://www.comumonline.com/2018/04/numerus-clausus-um-dos-temas-mais-badalados-no-seio-dos-estudantes-de-medicina-ultimamente/

Sei que um tema recorrente ultimamente tem sido a de excesso dos médicos tarefeiros, e há também a falta de médicos nalgumas zonas dos país, mas de natureza puramente económica, já que os médicos se recusam a ir para determinadas zonas no interior desertificado ou a irem pro Algarve em agosto onde o preço da habitação é elevado.

De resto sempre tive a ideia de que é o governo que rege os numerus clausus das escolas publicas, mas posso estar enganado.
Quem não sente não é filho de boa gente.

DiogoEA

#107
Em resposta ao forista Sérgio Gonçalves e outros com a mesma opinião, e pedindo desde já desculpa a todos por prolongar o off-topic mas este toca-me directamente. Ponto prévio: sou médico interno de uma especialidade que não interessa para o caso, terminei o curso há 5 anos e trabalho há 4 (o ano "perdido" neste intervalo foi passado a estudar para o famoso exame Harrison que nos permite seriar para escolher uma especialidade).

O problema neste momento não é a falta de médicos, mas são essencialmente a sua distribuição geográfica global, a disponibilidade específica de algumas especialidades em alguns (vários) pontos do país e a capacidade que temos enquanto SNS de formar novos especialistas nas diversas áreas do conhecimento médico disponíveis para assumir a cobertura dessas necessidades.

Outro problema que se coloca actualmente é que a quantidade de alunos nas escolas médicas portuguesas já excede não só a capacidade de docência teórica nesses estabelecimentos mas, muito mais importante que isso (!!!), a capacidade de hospitais, centros de saúde e seus profissionais receberem alunos e colocá-los perante os problemas com que vão lidar na sua vida profissional futura. Imaginem o que é irem a uma consulta de Cardiologia ou de Reumatologia com um médico especialista e terem lá 10 alunos a ver a vossa consulta. Acham que um médico tem capacidade e tempo para explicar a esses 10 alunos porque tomou a decisão de vos dar o fármaco X em vez do Y ou porque vos pediu que fizessem uma ressonância magnética em vez de uma radiografia ou que sinal do exame físico lhe chamou a atenção e como o devem procurar? Se acham, eu garanto-vos já que não tem. Pensem ainda se gostavam de ser auscultados ou que o vosso joelho doloroso fosse examinado por 10 alunos diferentes. Imaginem também que o médico especialista tem 10 consultas marcadas nessa manhã, tendo 30min para cada e agora imaginem quantas manhãs precisava para ver os mesmos 10 doentes e explicar a situação clínica de cada um desses doentes aos alunos (e imaginem o reflexo disso em tempos e listas de espera). A escola médica pode ensinar muita teoria e muito suporte científico (que é fundamental!) mas não consegue fazer passar esse suporte para um momento de avaliação de uma pessoa que procura ajuda e para o momento da decisão do que é melhor propor ao doente. Isso aprende-se enquanto já se pratica, ao longo do chamado internato médico numa área específica da Medicina.

É como quando o passe do André Horta sai 5m para a trás do Galeno e o obriga a parar - o André Horta sabe que o passe tem que pedir a corrida e a recepção orientada do Galeno mas a qualidade com que o faz só aumenta se ele o fizer várias vezes, em diferentes circunstâncias e se for submetido a diferentes níveis de pressão de cada vez que o faz; mais, até pode treinar muito e imaginar o passe milhares de vezes, mas vai ter que o errar várias vezes antes de o acertar de forma consistente. No caso do André Horta, o erro não é problemático, a bola sai do campo ou o desequilíbrio perde-se porque o Galeno travou e ele é assobiado ou insultado por um paspalho qualquer (incluo-me alegremente nesta categoria) que acha que sabe fazer o trabalho dele melhor que ele; no caso da vossa consulta ou ida à urgência, o passe atrasado ou adiantado é a diferença entre melhorarem em 3 dias e irem trabalhar, ou ficarem mais 1 mês de cama ou que vos seja dado um medicamento que não era o ideal ou até, quem sabe, vocês ou o vosso familiar morrerem. Quando termino o curso de Medicina, vou errar nas minhas decisões e no que vos proponho (sim, os médicos erram e vivem com isso!) por mais suporte teórico que tenha, por isso preciso de alguém mais experiente, mais atento ao que interessa (que também erra mas menos, o Messi também falha passes, e já sabe lidar e resolver as consequências do seu erro), que me ajude a reconhecer em que contexto estou que me diga que aquilo que pensei fazer pode correr bem mas que se calhar se der mais um toque na bola e fizer o passe depois, se calhar vou conseguir por a bola exactamente onde o Galeno a quer e chegar da melhor forma possível ao objetivo que é o golo ou, no meu caso, a resolução do vosso problema de saúde, seja ele um AVC ou uma dor de costas. Actualmente não existem profissionais experientes e serviços suficientes para garantir um internato médico de qualidade a todos os recém-formados em Medicina que se pretender vir a ter com o aumento do número de vagas no curso.

Em resumo, quando se termina o curso de Medicina, não se sabe tudo sobre todas as áreas da Medicina e não se passou por situações suficientes para praticar Medicina especializada nem mesmo generalista (que não é o que faz falta actualmente). Para formar um especialista em Ortopedia, Neurologia, Cirurgia Vascular, Medicina Familiar (o que quer que seja que faz falta cá em Braga, em Bragança, em Elvas ou na Ilha do Corvo), são precisos mais anos de prática tutelada por médicos mais experientes e estudo intenso (em horário livre e não remunerado que excede largamente as 40h semanais que todos temos que cumprir e que já é também ela largamente excedida sem remuneração adicional).

Posto isto, é fácil compreender que esse problema não se resolve com o aumento do número de vagas num curso de Medicina ou com o aparecimento de cursos de medicina no privado, cujo processo de seleção de candidatos dificilmente ultrapassará a componente económica (da próxima vez que forem à urgência perguntem-se se preferem ser avaliados por um médico que ultrapassou um conjunto de provas - que podem ser mais ou menos ajustadas, não é isso que está em análise - ou por um cujos pais têm a capacidade de pagar propinas absolutamente colossais para dar ao filho aquilo que ele (acha) que quer fazer da vida). O problema não é resolvido por aumentar o número destas vagas pré-graduadas no curso porque:

1. Não há capacidade das escolas médicas, hospitais e centros de saúde associados de formar e preparar esses alunos para o trabalho que deles é esperado no final do curso (e abrir cursos privados altera significativamente a premissa de que quem é formado em medicina sejam os que mais se esforçaram por esse objetivo);
2. Não há capacidade para, após a formação pré-graduada, garantir a formação especializada nas diferentes áreas da Medicina que são actualmente necessárias em vários pontos do país.

Por conseguinte, o aumento destas vagas traria duas consequências importantes - a diminuição da qualidade dos médicos à vossa disposição no SNS e o aumento do número de médicos sem qualquer diferenciação, saturando o mercado com este tipo de médicos (cuja tendência natural é deixarem de existir) e sujeitando estes profissionais a condições de trabalho inaceitáveis (já estamos nesse ponto) e que impossibilitam que vos seja dado o melhor cuidado possível.

O papel da Ordem dos Médicos não tem nada de corporativista, a Ordem luta simplesmente para que haja uma formação de qualidade e, em consequência, uma maior qualidade nos cuidados que os doentes precisam.

Por fim (e isto é a minha opinião e suspeita) as notícias que têm constantemente vindo a bombardear e intoxicar a opinião pública sobre falta de médicos (ou pior, cartas emocionadas ao Marcelo a dizer que "não consegui entrar em Medicina e que vou ter que ir para fora") não são provavelmente mais do que encomendas de grandes grupos económicos a quem interessa saturar o mercado e promover a Medicina privada, bem como o seu ensino em contexto particular, que se pode revelar altamente lucrativo visto que é um curso que muita gente considera/deseja.

Espero ter ajudado. Se me quiserem contrariar, apontar alguma falha do raciocínio ou na perspectiva que tentei transmitir, tenho todo o gosto em continuar a discussão noutro local e não importunar outros foristas. Desculpem o testamento.

Sérgio Gonçalves

Diogo, muito obrigado pelo teu texto e paciencia em explicar esta temática. A verdade é que a minha opinião baseia-se somente na percepção que vou tendo pelo meu dia a dia e não por conhecimento de causa proximo. Poderei discordar de algumas opiniões/considerações que manifestas mas de qualquer das formas creio que percebo o teu ponto de vista. Não sendo este o espaço para continuar este debate só me resta agradecer-te pela forma elevada, cuidada e detalhada com que apresentaste os teus argumentos. Bem hajas!
Sócio nº 2014

(S)oon(C)hampion(B)raga

Quote from: Diogo-scb on 15 de July de 2020, 12:48
Em resposta ao forista Sérgio Gonçalves e outros com a mesma opinião, e pedindo desde já desculpa a todos por prolongar o off-topic mas este toca-me directamente. Ponto prévio: sou médico interno de uma especialidade que não interessa para o caso, terminei o curso há 5 anos e trabalho há 4 (o ano "perdido" neste intervalo foi passado a estudar para o famoso exame Harrison que nos permite seriar para escolher uma especialidade).

O problema neste momento não é a falta de médicos, mas são essencialmente a sua distribuição geográfica global, a disponibilidade específica de algumas especialidades em alguns (vários) pontos do país e a capacidade que temos enquanto SNS de formar novos especialistas nas diversas áreas do conhecimento médico disponíveis para assumir a cobertura dessas necessidades.

Outro problema que se coloca actualmente é que a quantidade de alunos nas escolas médicas portuguesas já excede não só a capacidade de docência teórica nesses estabelecimentos mas, muito mais importante que isso (!!!), a capacidade de hospitais, centros de saúde e seus profissionais receberem alunos e colocá-los perante os problemas com que vão lidar na sua vida profissional futura. Imaginem o que é irem a uma consulta de Cardiologia ou de Reumatologia com um médico especialista e terem lá 10 alunos a ver a vossa consulta. Acham que um médico tem capacidade e tempo para explicar a esses 10 alunos porque tomou a decisão de vos dar o fármaco X em vez do Y ou porque vos pediu que fizessem uma ressonância magnética em vez de uma radiografia ou que sinal do exame físico lhe chamou a atenção e como o devem procurar? Se acham, eu garanto-vos já que não tem. Pensem ainda se gostavam de ser auscultados ou que o vosso joelho doloroso fosse examinado por 10 alunos diferentes. Imaginem também que o médico especialista tem 10 consultas marcadas nessa manhã, tendo 30min para cada e agora imaginem quantas manhãs precisava para ver os mesmos 10 doentes e explicar a situação clínica de cada um desses doentes aos alunos (e imaginem o reflexo disso em tempos e listas de espera). A escola médica pode ensinar muita teoria e muito suporte científico (que é fundamental!) mas não consegue fazer passar esse suporte para um momento de avaliação de uma pessoa que procura ajuda e para o momento da decisão do que é melhor propor ao doente. Isso aprende-se enquanto já se pratica, ao longo do chamado internato médico numa área específica da Medicina.

É como quando o passe do André Horta sai 5m para a trás do Galeno e o obriga a parar - o André Horta sabe que o passe tem que pedir a corrida e a recepção orientada do Galeno mas a qualidade com que o faz só aumenta se ele o fizer várias vezes, em diferentes circunstâncias e se for submetido a diferentes níveis de pressão de cada vez que o faz; mais, até pode treinar muito e imaginar o passe milhares de vezes, mas vai ter que o errar várias vezes antes de o acertar de forma consistente. No caso do André Horta, o erro não é problemático, a bola sai do campo ou o desequilíbrio perde-se porque o Galeno travou e ele é assobiado ou insultado por um paspalho qualquer (incluo-me alegremente nesta categoria) que acha que sabe fazer o trabalho dele melhor que ele; no caso da vossa consulta ou ida à urgência, o passe atrasado ou adiantado é a diferença entre melhorarem em 3 dias e irem trabalhar, ou ficarem mais 1 mês de cama ou que vos seja dado um medicamento que não era o ideal ou até, quem sabe, vocês ou o vosso familiar morrerem. Quando termino o curso de Medicina, vou errar nas minhas decisões e no que vos proponho (sim, os médicos erram e vivem com isso!) por mais suporte teórico que tenha, por isso preciso de alguém mais experiente, mais atento ao que interessa (que também erra mas menos, o Messi também falha passes, e já sabe lidar e resolver as consequências do seu erro), que me ajude a reconhecer em que contexto estou que me diga que aquilo que pensei fazer pode correr bem mas que se calhar se der mais um toque na bola e fizer o passe depois, se calhar vou conseguir por a bola exactamente onde o Galeno a quer e chegar da melhor forma possível ao objetivo que é o golo ou, no meu caso, a resolução do vosso problema de saúde, seja ele um AVC ou uma dor de costas. Actualmente não existem profissionais experientes e serviços suficientes para garantir um internato médico de qualidade a todos os recém-formados em Medicina que se pretender vir a ter com o aumento do número de vagas no curso.

Em resumo, quando se termina o curso de Medicina, não se sabe tudo sobre todas as áreas da Medicina e não se passou por situações suficientes para praticar Medicina especializada nem mesmo generalista (que não é o que faz falta actualmente). Para formar um especialista em Ortopedia, Neurologia, Cirurgia Vascular, Medicina Familiar (o que quer que seja que faz falta cá em Braga, em Bragança, em Elvas ou na Ilha do Corvo), são precisos mais anos de prática tutelada por médicos mais experientes e estudo intenso (em horário livre e não remunerado que excede largamente as 40h semanais que todos temos que cumprir e que já é também ela largamente excedida sem remuneração adicional).

Posto isto, é fácil compreender que esse problema não se resolve com o aumento do número de vagas num curso de Medicina ou com o aparecimento de cursos de medicina no privado, cujo processo de seleção de candidatos dificilmente ultrapassará a componente económica (da próxima vez que forem à urgência perguntem-se se preferem ser avaliados por um médico que ultrapassou um conjunto de provas - que podem ser mais ou menos ajustadas, não é isso que está em análise - ou por um cujos pais têm a capacidade de pagar propinas absolutamente colossais para dar ao filho aquilo que ele (acha) que quer fazer da vida). O problema não é resolvido por aumentar o número destas vagas pré-graduadas no curso porque:

1. Não há capacidade das escolas médicas, hospitais e centros de saúde associados de formar e preparar esses alunos para o trabalho que deles é esperado no final do curso (e abrir cursos privados altera significativamente a premissa de que quem é formado em medicina sejam os que mais se esforçaram por esse objetivo);
2. Não há capacidade para, após a formação pré-graduada, garantir a formação especializada nas diferentes áreas da Medicina que são actualmente necessárias em vários pontos do país.

Por conseguinte, o aumento destas vagas traria duas consequências importantes - a diminuição da qualidade dos médicos à vossa disposição no SNS e o aumento do número de médicos sem qualquer diferenciação, saturando o mercado com este tipo de médicos (cuja tendência natural é deixarem de existir) e sujeitando estes profissionais a condições de trabalho inaceitáveis (já estamos nesse ponto) e que impossibilitam que vos seja dado o melhor cuidado possível.

O papel da Ordem dos Médicos não tem nada de corporativista, a Ordem luta simplesmente para que haja uma formação de qualidade e, em consequência, uma maior qualidade nos cuidados que os doentes precisam.

Por fim (e isto é a minha opinião e suspeita) as notícias que têm constantemente vindo a bombardear e intoxicar a opinião pública sobre falta de médicos (ou pior, cartas emocionadas ao Marcelo a dizer que "não consegui entrar em Medicina e que vou ter que ir para fora") não são provavelmente mais do que encomendas de grandes grupos económicos a quem interessa saturar o mercado e promover a Medicina privada, bem como o seu ensino em contexto particular, que se pode revelar altamente lucrativo visto que é um curso que muita gente considera/deseja.

Espero ter ajudado. Se me quiserem contrariar, apontar alguma falha do raciocínio ou na perspectiva que tentei transmitir, tenho todo o gosto em continuar a discussão noutro local e não importunar outros foristas. Desculpem o testamento.

desculpa continuar mais 1 bocadinho o off topic... mas...

em 1º lugar o que tu falaste foi exatamente igual ao que eu falei... falta de professores... e falta de estágios nos hospitais... de resto... desculpa lá... não trouxeste nada de novo à conversa que eu já não tivesse dito...

em 2º lugar... o principal problema da medicina em Portugal vem dos tempos da "velha senhora"... da "ditadura"... do "salazar...
e falo isto com toda a honestidade...

ou seja... no tempo da "ditadura"... os locais hoje em dia esvaziados de população... o chamado de "interior esquecido e abandonado"... os meios rurais e interiores... já no tempo da "velha senhora" foram esquecidos e desvalorizados... nessa altura por exemplo a região de tras os montes tinha 3 ou 4 vezes mais população que tem hoje em dia... o alentejo se calhar 7 ou 8 mais vezes mais população...

e sim... nessa altura é que se devia ter aberto os olhos para a situação da medicina em Portugal... nessa altura sim valia a pena ABRIR CURSOS DE MEDICINA EM CADA UMA DAS CAPITAIS DE DISTRITO...

digo isto porquê?? porque nessa altura havia lá população... que acabou por se deslocar para o litoral... e/ou emigrar... porque no interior não havia condições... DE SAÚDE!!!! principalmente de saúde!!!

porque o portugal rural só começou literalmente a acabar... a definhar... e estar na situação que está hoje em dia, ano de 2020... em finais dos anos 80, inicio dos anos 90...
e sei do que falo porque o meu falecido pai era Engenheiro Técnico Agrário e muitas vezes desde que nasci andei por ele por esses atuais "interiores esquecidos e abandonados" ao longo da minha infancia e juventude...

ou seja... se no tempo do "salazar" a aposta em 1 CURSO DE MEDICINA POR CAPITAL DE DISTRITO tivesse sido feita... com toda a certeza teria havido muita mais fixação da população nesses meios "rurais" e do interior...
E digo isto porquê?? porque como bem deves saber por experiencia propria grande maioria dos estudantes do ensino superior acabam por se fixar na cidade ou região onde vão tirar os seus cursos... licenciaturas.... mestrados... doutoramentos...

e imagina medicina... no tempo da "velha senhora"... curso que envolve muito dinheiro... tanto para o tirar... como depois o que ganham os profissionais para o exercer...
o que a nivel de comercio local nesses meios rurais tinha levado a um desenvolvimento brutal... e fundamental...
O doutor ou doutora... compra bons carros... boas casas... roupas caras... calçado caro... bons eletrodomesticos... AINDA HOJE EM DIA ASSIM É!!! Isso faria com que fosse necessário bons professores para os filhos dos doutores/as nessas terras... o que levava a que o(s) filho(s) dos homens e mulheres que trabalhavam a terra pudessem ter melhores condições para estudar... e maior acesso ao estudo/ensino...
Levava a que houvesse restaurantes onde iriam os doutores/as e familia... professores e familia...
Com certeza devido a isso haveria mais construção civil nessas terrar... porque a economia local estaria a florescer... e a gerar riqueza... não só por causa dos médicos/as... mas toda a economia que giraria À volta deles/as... MAIS OU MENOS COMO AGORA ESTAMOS DEPENDENTES DO TURISMO?? estás as perceber a ideia?? à 70 ou 80 anos atrás 1 ESCOLA DE MEDICINA POR CAPITAL DE DISTRITO teria sido uma bola de neve economica para o país... um brutal desenvolvimento sócio economico...

mas infelizmente não houve essa aposta NA ALTURA E TEMPO CERTOS... e a oportunidade já passou... e perdeu-se... perdeu-se o futuro de 1 país... do nosso Portugal... e agora somos o que somos... lisboa com 2 ou 3 milhões de habitantes... porto com 1 ou 2 milhões de habitantes... E O RESTO É PAISAGEM como se costuma dizer... e infelizmente ver em termos de fundos europeus e etc e tal...

em 3º lugar... SIM... ACHO QUE DEVIAM LIBERALIZAR O ACESSO GERAL A TODOS OS CURSOS... incluindo medicina... LEI DO MERCADO 100%... only the strong will survive... qualquer coisa desse estilo... aliás... já o é em todas as outras profissões em Portugal... excepto medicina... e se não estou em erro juiz/magistrado...

é que assim com LEI DO MERCADO 100% evitava-se "bêbês sem rosto"... pessoas a ficar com objetos dentro do corpo depois das cirurgias... entre muitas outras coisas que acontecem na medicina em Portugal... porque há falta de profissionais... de BONS PROFISSIONAIS... porque estes sabem que não caem no desemprego... e grande maioria não se esforça... sabem que tem o salário... e 1 rico salário para o normal em Portugal... ali... sempre... sem falhas...

e pronto... por mim encerro o offtopic.. peço desculpa pelo alongar do mesmo... mas tinha que dizer o acabei de dizer...
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Lipeste

Quantos cursos em dezenas de faculdades deste país se encontram abertos (,pouco importa para a discussão se o total de vagas é ou está preenchida) sabendo todos nós e toda a gente (as próprias universidades, governos, ministros da educação, etc...) que a empregabilidade na sua área é zero ou zero vírgula qualquer coisa?

Porque motivo os cursos de medicina e ou número de vagas não podem ser multiplicados como todos os outros foram?

Porque motivo tem a classe médica, em função do limitado número de vagas, privilégios no acesso ao mercado de trabalho com empregabilidade talvez na ordem dos  100% que os detentores de qualquer outro curso (salvo raras excepções) não tem?

Nada me move contra os 100% de empregabilidade, gostaria até que assim fosse para todos os jovens que saem do ensino superior independentemente do curso e para todos aqueles que desejam trabalhar,  sou e serei sempre contra o poder atribuído a  classe médica (haverá outras?), poder que chega ao ponto não permitirem haver concorrência no acesso ao seu mercado de trabalho...mercado saturado vagas fechadas?

Porque motivo não podem os jovens portugueses ter o mesmo direito de acesso (número de vagas) a um curso de Medicina como tem a um curso de Direito, Psicologia, Gestão, Geografia, História, Sociologia, Engenharia, Arquitectura, etc...?
Julgo que todos sabemos a resposta e por isso deixo a pergunta de sempre que, apesar de também todos sabermos a resposta vale sempre a pena fazer: porque motivo não é democratizado o acesso a determinado curso e porwue motivo o poder permite que assim seja?


rpo.castro

Quote from: Lipeste on 15 de July de 2020, 16:45
Quantos cursos em dezenas de faculdades deste país se encontram abertos (,pouco importa para a discussão se o total de vagas é ou está preenchida) sabendo todos nós e toda a gente (as próprias universidades, governos, ministros da educação, etc...) que a empregabilidade na sua área é zero ou zero vírgula qualquer coisa?

Porque motivo os cursos de medicina e ou número de vagas não podem ser multiplicados como todos os outros foram?

Porque motivo tem a classe médica, em função do limitado número de vagas, privilégios no acesso ao mercado de trabalho com empregabilidade talvez na ordem dos  100% que os detentores de qualquer outro curso (salvo raras excepções) não tem?

Nada me move contra os 100% de empregabilidade, gostaria até que assim fosse para todos os jovens que saem do ensino superior independentemente do curso e para todos aqueles que desejam trabalhar,  sou e serei sempre contra o poder atribuído a  classe médica (haverá outras?), poder que chega ao ponto não permitirem haver concorrência no acesso ao seu mercado de trabalho...mercado saturado vagas fechadas?

Porque motivo não podem os jovens portugueses ter o mesmo direito de acesso (número de vagas) a um curso de Medicina como tem a um curso de Direito, Psicologia, Gestão, Geografia, História, Sociologia, Engenharia, Arquitectura, etc...?
Julgo que todos sabemos a resposta e por isso deixo a pergunta de sempre que, apesar de também todos sabermos a resposta vale sempre a pena fazer: porque motivo não é democratizado o acesso a determinado curso e porwue motivo o poder permite que assim seja?
Acho que não leste o texto do Diogo, e por outro lado não sabes dos ajustes que todos os anos o governo faz aos numerus clausus.

E de facto há razões politicas para manter politécnicos em zonas de interior, que sofrem uma discriminação positiva (em situações normais fechavam) numa luta para abrandar a desertificação do interior.
Em certas alturas há também uma inflação devido a motivos eleitoralistas.
Mas de uma regra geral assiste-se a uma manutenção reforço dos cursos e faculdades com maior sucesso e progressivo esvaziamento das com baixas taxas de sucesso.
Eu sinceramente vejo demasiado pessoas com formação académica QUANDO comparada com as pessoas com formação técnica. Na minha área o problema é exactamente encontrar pessoas com formação técnica (de qualidade) como por exemplo um soldador (não um derrete elétrodos) um tubista, um técnico de hidráulica, um especialista em reguladores de velocidade. Estes sim são difíceis de encontrar e extremamente procurados no mercado internacional com salários que reflectem a falta de oferta no mercado. Mas as pessoas continuam iludidas com os canudos, e insistem que os filhos os tirem, mesmo que não tenham vocação para questões mais teóricas.
Quem não sente não é filho de boa gente.

(S)oon(C)hampion(B)raga

Quote from: rpo.castro on 15 de July de 2020, 17:11
Quote from: Lipeste on 15 de July de 2020, 16:45
Quantos cursos em dezenas de faculdades deste país se encontram abertos (,pouco importa para a discussão se o total de vagas é ou está preenchida) sabendo todos nós e toda a gente (as próprias universidades, governos, ministros da educação, etc...) que a empregabilidade na sua área é zero ou zero vírgula qualquer coisa?

Porque motivo os cursos de medicina e ou número de vagas não podem ser multiplicados como todos os outros foram?

Porque motivo tem a classe médica, em função do limitado número de vagas, privilégios no acesso ao mercado de trabalho com empregabilidade talvez na ordem dos  100% que os detentores de qualquer outro curso (salvo raras excepções) não tem?

Nada me move contra os 100% de empregabilidade, gostaria até que assim fosse para todos os jovens que saem do ensino superior independentemente do curso e para todos aqueles que desejam trabalhar,  sou e serei sempre contra o poder atribuído a  classe médica (haverá outras?), poder que chega ao ponto não permitirem haver concorrência no acesso ao seu mercado de trabalho...mercado saturado vagas fechadas?

Porque motivo não podem os jovens portugueses ter o mesmo direito de acesso (número de vagas) a um curso de Medicina como tem a um curso de Direito, Psicologia, Gestão, Geografia, História, Sociologia, Engenharia, Arquitectura, etc...?
Julgo que todos sabemos a resposta e por isso deixo a pergunta de sempre que, apesar de também todos sabermos a resposta vale sempre a pena fazer: porque motivo não é democratizado o acesso a determinado curso e porwue motivo o poder permite que assim seja?
Acho que não leste o texto do Diogo, e por outro lado não sabes dos ajustes que todos os anos o governo faz aos numerus clausus.

E de facto há razões politicas para manter politécnicos em zonas de interior, que sofrem uma discriminação positiva (em situações normais fechavam) numa luta para abrandar a desertificação do interior.
Em certas alturas há também uma inflação devido a motivos eleitoralistas.
Mas de uma regra geral assiste-se a uma manutenção reforço dos cursos e faculdades com maior sucesso e progressivo esvaziamento das com baixas taxas de sucesso.
Eu sinceramente vejo demasiado pessoas com formação académica QUANDO comparada com as pessoas com formação técnica. Na minha área o problema é exactamente encontrar pessoas com formação técnica (de qualidade) como por exemplo um soldador (não um derrete elétrodos) um tubista, um técnico de hidráulica, um especialista em reguladores de velocidade. Estes sim são difíceis de encontrar e extremamente procurados no mercado internacional com salários que reflectem a falta de oferta no mercado. Mas as pessoas continuam iludidas com os canudos, e insistem que os filhos os tirem, mesmo que não tenham vocação para questões mais teóricas.

nesse aspeto também te dou toda a razão rpo.castro... FALTA MUITO PESSOAL TÉCNICO EM PORTUGAL... e no mundo já agora... e é como tu dizes e bem... 1 bom técnico hoje em dia ganha muito mais que 1 dentista... contabilistia... etc e tal...

mas também... infelizmente... a formação que temos em Portugal... é de muito fraca qualidade... e também.... infelizmente... normalmente quem vai para essa profissões tem que se deslocalizar... porque por exemplo... falando da nossa cidade de Braga... o mercado... mesmo técnico... falo do BOM... do que se ganha bem... está praticamente saturado... infelizmente...

claro que ainda há oportunidades... mas normalmente as empresas que dão essas oportunidades de crescer tem material muito velho... nada a ver com o que há nas escolas de formação... que normalmente é gama média dos ultimos 5 ou 10 anos... há ai fabricas que tem material de 90... 2000... coisas do arco da velha... e normalmente mesmo que paguem bem nesses sitios ninguém quer trabalhar... pois é estagnar a carreira se a empresa não cresce... e não desenvolver pois a maquinaria é praticamente obsoleta...

mas tens toda a razão que hoje em dia há falta de técnicos e que os cursos técnicos estão a pagar bem mais que licenciaturas mestrados e doutoramentos

e apenas mais 1 aparte... a maior parte desses serviços apesar de pagarem acima da média... muitas vez bastante acima da média... é trabalho duro... pesado... que massacra o corpo... e a cabeça... mais que 1 dentista ou 1 contabilista... etc etc etc etc...
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rpo.castro

Quote from: (S)oon(C)hampions(B)raga on 15 de July de 2020, 17:53
Quote from: rpo.castro on 15 de July de 2020, 17:11
Quote from: Lipeste on 15 de July de 2020, 16:45
Quantos cursos em dezenas de faculdades deste país se encontram abertos (,pouco importa para a discussão se o total de vagas é ou está preenchida) sabendo todos nós e toda a gente (as próprias universidades, governos, ministros da educação, etc...) que a empregabilidade na sua área é zero ou zero vírgula qualquer coisa?

Porque motivo os cursos de medicina e ou número de vagas não podem ser multiplicados como todos os outros foram?

Porque motivo tem a classe médica, em função do limitado número de vagas, privilégios no acesso ao mercado de trabalho com empregabilidade talvez na ordem dos  100% que os detentores de qualquer outro curso (salvo raras excepções) não tem?

Nada me move contra os 100% de empregabilidade, gostaria até que assim fosse para todos os jovens que saem do ensino superior independentemente do curso e para todos aqueles que desejam trabalhar,  sou e serei sempre contra o poder atribuído a  classe médica (haverá outras?), poder que chega ao ponto não permitirem haver concorrência no acesso ao seu mercado de trabalho...mercado saturado vagas fechadas?

Porque motivo não podem os jovens portugueses ter o mesmo direito de acesso (número de vagas) a um curso de Medicina como tem a um curso de Direito, Psicologia, Gestão, Geografia, História, Sociologia, Engenharia, Arquitectura, etc...?
Julgo que todos sabemos a resposta e por isso deixo a pergunta de sempre que, apesar de também todos sabermos a resposta vale sempre a pena fazer: porque motivo não é democratizado o acesso a determinado curso e porwue motivo o poder permite que assim seja?
Acho que não leste o texto do Diogo, e por outro lado não sabes dos ajustes que todos os anos o governo faz aos numerus clausus.

E de facto há razões politicas para manter politécnicos em zonas de interior, que sofrem uma discriminação positiva (em situações normais fechavam) numa luta para abrandar a desertificação do interior.
Em certas alturas há também uma inflação devido a motivos eleitoralistas.
Mas de uma regra geral assiste-se a uma manutenção reforço dos cursos e faculdades com maior sucesso e progressivo esvaziamento das com baixas taxas de sucesso.
Eu sinceramente vejo demasiado pessoas com formação académica QUANDO comparada com as pessoas com formação técnica. Na minha área o problema é exactamente encontrar pessoas com formação técnica (de qualidade) como por exemplo um soldador (não um derrete elétrodos) um tubista, um técnico de hidráulica, um especialista em reguladores de velocidade. Estes sim são difíceis de encontrar e extremamente procurados no mercado internacional com salários que reflectem a falta de oferta no mercado. Mas as pessoas continuam iludidas com os canudos, e insistem que os filhos os tirem, mesmo que não tenham vocação para questões mais teóricas.

nesse aspeto também te dou toda a razão rpo.castro... FALTA MUITO PESSOAL TÉCNICO EM PORTUGAL... e no mundo já agora... e é como tu dizes e bem... 1 bom técnico hoje em dia ganha muito mais que 1 dentista... contabilistia... etc e tal...

mas também... infelizmente... a formação que temos em Portugal... é de muito fraca qualidade... e também.... infelizmente... normalmente quem vai para essa profissões tem que se deslocalizar... porque por exemplo... falando da nossa cidade de Braga... o mercado... mesmo técnico... falo do BOM... do que se ganha bem... está praticamente saturado... infelizmente...

claro que ainda há oportunidades... mas normalmente as empresas que dão essas oportunidades de crescer tem material muito velho... nada a ver com o que há nas escolas de formação... que normalmente é gama média dos ultimos 5 ou 10 anos... há ai fabricas que tem material de 90... 2000... coisas do arco da velha... e normalmente mesmo que paguem bem nesses sitios ninguém quer trabalhar... pois é estagnar a carreira se a empresa não cresce... e não desenvolver pois a maquinaria é praticamente obsoleta...

mas tens toda a razão que hoje em dia há falta de técnicos e que os cursos técnicos estão a pagar bem mais que licenciaturas mestrados e doutoramentos

e apenas mais 1 aparte... a maior parte desses serviços apesar de pagarem acima da média... muitas vez bastante acima da média... é trabalho duro... pesado... que massacra o corpo... e a cabeça... mais que 1 dentista ou 1 contabilista... etc etc etc etc...
Braga está saturada de quê?
Não só a empresa onde trabalho como fornecedores querem bons técnicos e está dificil.
Tenho um sub fornecedor, acabou de investir 2 milhões em maquinaria nova, está a contratar para formar, paga mt, mt acima da média mas só aparece quem quer um emprego e não um trabalho e ao fim de um mês vão procurar noutro sitio.
Para contratar soldadores de alumínio tivemos 74 candidatos e só aproveitamos 6 quando precisávamos de 9. Vieram de vários cantos do país. Pk uma taxa baixa? Pk não conseguimos pagar 4 ou 5 mil que é quanto um bom soldador de aluminio consegue tirar no estrangeiro.

Na área da mecânica de precisão há mt procura e os cursos, os cursos a sério (o mais perto é na Maia), estão às moscas.
Quem não sente não é filho de boa gente.

Lipeste

#114
rpo.castro, li todos os comentários off topic mas não citei ninguém por não pretender entrar na discussão nem o alimentar,  quis apenas deixar algumas questões (para quais não procuro as respostas porque o tema é essencialmente político e este não é o seu espaço).

Portugal é o país da união europeia menos educado, com menos população a terminar o ensino secundário e/ou superior (52% enquanto a média europeia é de 78%)... tal como os números comprovam não há gente a mais com "canudo", há sim a ausência de uma verdadeira política de ensino.

É também verdade que uma "grande" parte da oferta de ensino está desfasada das necessidades do mercado de trabalho (rpo.castro, referiste a tua área mas há inúmeras outras que sofrem do mesmo) mas defendo e defenderei sempre que cada um deverá formar-se ou estudar aquilo que bem entender mesmo sabendo que a empregabilidade seja zero e essa oferta de ensino deve continuar a estar disponivel...mas é também verdade que isso não é fruto do acaso mas sim de políticas que ao longo das últimas décadas decidiram construir um país de cimento armado vocacionada para os serviços e pelo caminho destruiram a indústria que ainda tínhamos e com essa destruição destruíram também as "escolas técnicas" e as suas ofertas de formação vocacionadas para determinados sectores de actividade...o ensino técnico e politécnico tem vindo lentamente a ressurgir mas estará a cumprir o seu desígnio? Estará geograficamente bem distribuído pelo território nacional? É "vendido" aos jovens de forma apelativa?

Somos uma partidocracia, um país sem desígnio estratégico, sem rumo, à deriva nas mãos "elites" medíocres que continuam a adiar as reformas que tendo sido feitas há duas décadas nos poderiam ter já colocado noutro patamar, noutro rumo (reforma da educação, reforma da justiça, revisão constiticional...)...

Agora exportamos sol (turismo), não temos indústria e produzimos quase nada no que aos produtos de grande valor acrescentado e de grande incorporação teclogica diz respeito,bmas talvez, em breve, possamos começar a exportar saquinhos de terra queimada.

Não me levem a mal mas pelo teor do(s) meus comentário(s) parece-me  óbvio não ter qualquer intenção de alimentar mais este off tópico essencialmente político e não o vou fazer (já fui além daquilo que deveria).

(S)oon(C)hampion(B)raga

Quote from: Lipeste on 15 de July de 2020, 19:02
rpo.castro, li todos os comentários off topic mas não citei ninguém por não pretender entrar na discussão nem o alimentar,  quis apenas deixar algumas questões (para quais não procuro as respostas porque o tema é essencialmente político e este não é o seu espaço).

Portugal é o país da união europeia menos educado, com menos população a terminar o ensino secundário e/ou superior (52% enquanto a média europeia é de 78%)... tal como os números comprovam não há gente a mais com "canudo", há sim a ausência de uma verdadeira política de ensino.

É também verdade que uma "grande" parte da oferta de ensino está desfasada das necessidades do mercado de trabalho (rpo.castro, referiste a tua área mas há inúmeras outras que sofrem do mesmo) mas defendo e defenderei sempre que cada um deverá formar-se ou estudar aquilo que bem entender mesmo sabendo que a empregabilidade seja zero e essa oferta de ensino deve continuar a estar disponivel...mas é também verdade que isso não é fruto do acaso mas sim de políticas que ao longo das últimas décadas decidiram construir um país de cimento armado vocacionada para os serviços e pelo caminho destruiram a indústria que ainda tínhamos e com essa destruição destruíram também as "escolas técnicas" e as suas ofertas de formação vocacionadas para determinados sectores de actividade...o ensino técnico e politécnico tem vindo lentamente a ressurgir mas estará a cumprir o seu desígnio? Estará geograficamente bem distribuído pelo território nacional? É "vendido" aos jovens de forma apelativa?

Somos uma partidocracia, um país sem desígnio estratégico, sem rumo, à deriva nas mãos "elites" medíocres que continuam a adiar as reformas que tendo sido feitas há duas décadas nos poderiam ter já colocado noutro patamar, noutro rumo (reforma da educação, reforma da justiça, revisão constiticional...)...

Agora exportamos sol (turismo), não temos indústria e produzimos quase nada no que aos produtos de grande valor acrescentado e de grande incorporação teclogica diz respeito,bmas talvez, em breve, possamos começar a exportar saquinhos de terra queimada.

Não me levem a mal mas pelo teor do(s) meus comentário(s) parece-me  óbvio não ter qualquer intenção de alimentar este off tópico essencialmente político e não o vou fazer.

tu dizendo que não querias falar de política na minha opinião foste o que mais falaste... 🤣🤣🤣🤣🤔🤔🤔🤔

falando por mim eu falei de ideologias... métodos... sistemas sociais e sociológicos... 😉😉😉
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rpo.castro

Quote from: Lipeste on 15 de July de 2020, 19:02
rpo.castro, li todos os comentários off topic mas não citei ninguém por não pretender entrar na discussão nem o alimentar,  quis apenas deixar algumas questões (para quais não procuro as respostas porque o tema é essencialmente político e este não é o seu espaço).

Portugal é o país da união europeia menos educado, com menos população a terminar o ensino secundário e/ou superior (52% enquanto a média europeia é de 78%)... tal como os números comprovam não há gente a mais com "canudo", há sim a ausência de uma verdadeira política de ensino.

É também verdade que uma "grande" parte da oferta de ensino está desfasada das necessidades do mercado de trabalho (rpo.castro, referiste a tua área mas há inúmeras outras que sofrem do mesmo) mas defendo e defenderei sempre que cada um deverá formar-se ou estudar aquilo que bem entender mesmo sabendo que a empregabilidade seja zero e essa oferta de ensino deve continuar a estar disponivel...mas é também verdade que isso não é fruto do acaso mas sim de políticas que ao longo das últimas décadas decidiram construir um país de cimento armado vocacionada para os serviços e pelo caminho destruiram a indústria que ainda tínhamos e com essa destruição destruíram também as "escolas técnicas" e as suas ofertas de formação vocacionadas para determinados sectores de actividade...o ensino técnico e politécnico tem vindo lentamente a ressurgir mas estará a cumprir o seu desígnio? Estará geograficamente bem distribuído pelo território nacional? É "vendido" aos jovens de forma apelativa?

Somos uma partidocracia, um país sem desígnio estratégico, sem rumo, à deriva nas mãos "elites" medíocres que continuam a adiar as reformas que tendo sido feitas há duas décadas nos poderiam ter já colocado noutro patamar, noutro rumo (reforma da educação, reforma da justiça, revisão constiticional...)...

Agora exportamos sol (turismo), não temos indústria e produzimos quase nada no que aos produtos de grande valor acrescentado e de grande incorporação teclogica diz respeito,bmas talvez, em breve, possamos começar a exportar saquinhos de terra queimada.

Não me levem a mal mas pelo teor do(s) meus comentário(s) parece-me  óbvio não ter qualquer intenção de alimentar mais este off tópico essencialmente político e não o vou fazer (já fui além daquilo que deveria).
Eu até coloquei em capslock mas mesmo assim:
" demasiado pessoas com formação académica QUANDO comparada com as pessoas com formação técnica."

Temos problemas de formação sim, mas se a base, formação técnica não existe, ou só existe no nome dando poucas valências e mais valias, não alimenta o resto da pirâmide
Quem não sente não é filho de boa gente.

Pedreira

F***-**, pessoal! Desço e desço mais a olhar para as respostas, parece que estou num fórum da UM! Novo treinador para a próxima época, ok?? Um ou outro off-topic ainda vá, isto já é um exagero, controlem-se!
Agora mais a frio e falando do que interessa neste tópico: Uma vez que o 3º lugar, apesar de matematicamente possível, é um objectivo realisticamente perdido, acho que, como alguém já disse e bem, é melhor o Artur Jorge evitar a asneira Custódio e assumir na próxima época outro cargo (de preferência dentro do clube) que não a nossa equipa principal. Sobretudo, para o bem dele e da sua imagem! Terá muito para nos dar no futuro, não tenho dúvidas, mas como diria uma personagem do filme "Gladiador": "Not yet, not yet..."
Está na altura do presidente começar a tratar seriamente do assunto antes que os melhores se comprometam! Para sobras, já nos bastou o Sá Pinto!
Bruno Lage, Carvalhal ou Rui Faria seriam os nomes da minha lista, mas não sou o Salvador...

NightHawk

Salvador tem aqui uma tomada de decisão complicada de tomar. Qualquer escolha de treinador é sempre difícil, mas vendo tudo o que se passou esta época e o contexto da próxima (3⁰ dá champions, ano de eleições, ano em que provavelmente vários clubes vão desinvestir, ano de construção da 2a fase da academia), esta provavelmente é uma das tomadas de decisão mais importantes (na área desportiva) dos últimos anos.

Acho muito provável que o treinador do famalicão esteja na pole position (é só um achismo, não tenho qq inside information).

A última vez que o Salvador tentou "apostar tudo" num treinador, em termos financeiros, correu muito mal (2a passagem de Jesualdo que teve um contrato acima de 1M e poderes totais), mas não me admirava que Salvador tentasse algo do género com um estrangeiro bem cotado ou um tuga tipo Marco Silva.

Enviado do meu SM-G973F através do Tapatalk


andromeda123

Numa época com 5 treinadores estarmos frustrados por "mais" este falhanço é perda de tempo. Parece-me que neste cenário surreal que foi a época, esperar mais é puro masoquismo. Aquilo que espero é que a próxima época esteja a ser planeada com cabeça, e que o próximo treinador, esteja já escolhido e pré contratado, seja ele quem for...! Até posso ter a minha escolha, e talvez fosse uma escolha óbvia, mas cheira-me que Salvador vai brincar/inventar de novo...