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NOTÍCIAS DO SPORTING CLUBE DE BRAGA

Started by Lipeste, 24 de March de 2020, 18:25

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Lipeste

 

Pedro Amador para rodar; Diogo Viana é para sair em definitivo

Apesar de ter terminado a época a titular, o Braga pretende ceder Pedro Amador e já existem interessados na contratação do jovem de 21 anos. 

Segundo o Record, os responsáveis da equipa minhota pretendem que o lateral esquerdo continue a evoluir fora de portas, ficando com Sequeira e Francisco Moura, que está de regresso depois do empréstimo à Académica. 

Quem também deve acompanhar Pedro Amador é Diogo Viana. Completamente tapado por Esgaio, o jogador de 30 anos está de saída, mas a título definitivo. 

A mesma fonte noticia que o Panathinaikos continua atento à situação de Diogo Viana, que tem mais um ano de contrato. Para além dos gregos, existem também propostas de Israel e da Turquia. 
 

em:
https://www.zerozero.pt/news.php?id=292949

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Beto: «Castro regressa muito completo»

André Castro é um jogador apaixonado pelo jogo e comprometido com as causas que abraça. Está de regresso a Portugal, após sete épocas na Turquia, motivadíssimo a triunfar e a ganhar títulos em Braga. Confidente do médio nos últimos anos tem sido o guarda-redes Beto, já que foram companheiros três temporadas nos turcos do Goztepe. O guardião, que passou pelo emblema minhoto em 2012/2013, avalia o estado anímico do amigo com a mudança consumada.

«Ele ambicionava regressar no plano desportivo e familiar. Ele está muito feliz por estar em Portugal e radiante por regressar pela porta de um grande clube que lhe está a passar grandes perspetivas. Estou certo de que esta ligação vai ser uma mais-valia para ele e para o clube», assegura o internacional português.

«Já falei com o Castro, disse-lhe maravilhas do clube e ele já me confessou que se surpreendeu muito com a estrutura e organização. Bem como com os objetivos do SC Braga», explica Beto, ciente de que este vínculo irá alimentar a felicidade do médio.

em: https://www.abola.pt/Clubes/2020-08-07/sc-braga-beto-castro-regressa-muito-completo/856101/471

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Estágio será feito em própria casa


O SC Braga vai realizar o estágio de pré-temporada nas suas próprias instalações, reconhecendo a excelência das mesmas, numa situação global muito específica que exige algum recato.

Definida ficou já a realização de oito jogos de preparação, que serão anunciados brevemente. O arranque da época é já no dia 13, data que será dedicado a despistagem de Covid-19. Seguir-se-ão os exames médicos, estando o pontapé de saída com treinos reservado para dia 17. Carlos Carvalhal usará este período para plantar ideias e mecanismos de jogo.

em: https://www.abola.pt/Clubes/2020-08-08/sc-braga-estagio-sera-feito-em-propria-casa/856210/471


Lipeste

″Marega deu bastante trabalho e Helton Leite chamou a atenção″


ENTREVISTA >> Matheus, guarda-redes do Braga, destacou que o plantel absorveu o melhor de cada treinador numa época com cinco mudanças no banco e referiu que o terceiro lugar foi como o resultado de uma partida de xadrez

Matheus voltou a tomar conta da baliza do Braga após uma época marcada por uma grave lesão e viu, acima de tudo, muita qualidade na equipa.

Se no início da época lhe dissessem que o Braga iria ter cinco treinadores e que iria acabar no terceiro lugar do campeonato, teria acreditado?

-Não, não acreditaria. Seja como for, o Braga terminou o campeonato da forma como o plantel acreditava ser possível. O Braga mereceu ficar em terceiro lugar.

Como é que a equipa aguentou o impacto de ter tido cinco treinadores diferentes, se bem que Abel Ferreira tenha saído ainda durante a pré-época?

-Na verdade não foi nada fácil, porque cada treinador tinha o seu sistema de jogo, jogava de uma forma diferente, mas o grupo esteve sempre unido, o balneário esteve sempre fechado e talvez isso tenha sido determinante para o desfecho. Houve ajuda de todos os jogadores na perseguição do objetivo planeado.

E não houve uma certa confusão dos jogadores com as muitas mudanças de equipas técnicas?

-Confusão não direi, mas foi necessária muita conversa, que ajudou a ultrapassar as dificuldades. O plantel esteve sempre muito unido e acho que até acabou por ser fácil para os treinadores que chegaram. Acho que foi uma prova de maturidade. Apesar de haver jogadores muito jovens, o plantel mostrou a sua maturidade e qualidade. Os mais experientes tiveram um papel essencial na ajuda aos mais novos. O papel dos capitães também foi importante para manter o grupo unido.

Apesar da mudança de treinadores, e tirando o início de época, o Braga andou sempre lá em cima...

-Mesmo com essas mudanças de treinadores, a base foi sempre a mesma, isto é, a equipa sempre quis ter bola e sempre quis controlar o jogo. A partir daí, mantivemos o nosso espírito e a nossa qualidade. Mesmo que alguns jogos não tenham corrido bem, o essencial foi a conquista do pódio.

Terá sido o Braga o resultado de cinco ideias diferentes?

-Talvez tenhamos extraído o melhor de cada treinador, de cada pessoa. Tentámos extrair o máximo de cada um deles para o bem do plantel. Depois, insisto, a maturidade dos jogadores foi muito importante. A conquista do terceiro lugar foi como um jogo de xadrez, com muita paciência, com muita tática, só conseguido na última jornada. A grandeza do Braga justificava este lugar.

Defensivamente a época esteve longe de ser perfeita, com muitos golos sofridos. Porquê?

-Devido à nossa forma de jogar, a equipa ficava um pouco exposta. Mas mesmo com esses golos sofridos devemos realçar o alcance dos objetivos. Podemos sofrer muitos golos e ser campeões na mesma. Sofrer menos golos é sempre melhor, mas o que importa é o resultado final e os objetivos traçados no balneário, com o grupo, com o presidente.

"Todo o jogador pensa em chegar à Seleção"

Quando chegou ao Braga pensava ficar tantos anos?

-Não, sinceramente não pensava. Era jovem, cheguei ao clube com 21 anos e tinha outro pensamento. Cheguei solteiro, agora estou casado com uma portuguesa e tenho dois filhos. Os pensamentos mudaram. O objetivo é fazer história no Braga, um clube que me abriu as portas da Europa e, por isso, penso em deixar uma marca, porque é isso que fica. Espero retribuir com resultados o carinho que o clube me dá.

Por via do casamento ficou com passaporte português. Ser chamado à Seleção Nacional é mais um objetivo ou um sonho?

-Todo o jogador pensa em chegar à Seleção, porque é o expoente máximo. Estaria mentindo se dissesse que não sonho em chegar à Seleção Nacional. Para o conseguir tenho que estar focado no clube e na conquista dos seus objetivos, porque depois disso, aí sim, poderei pensar nesse patamar. Não adianta nada sonhar se não estiver a fazer um bom trabalho no clube. Tenho de me dedicar e empenhar no clube e depois, se chegar à Seleção, será a consequência do trabalho.

Qual foi o jogo mais difícil que teve na última época?

-A final da Taça da Liga, contra o FC Porto.

E qual foi o avançado mais complicado que defrontou?

-O Marega deu-nos bastante trabalho, porque ele joga com a bola em profundidade, tem capacidade de explosão e mostra ser um jogador também muito versátil. Ele adapta-se a várias formas de jogar e, nesse contexto, considero que nos deu bastante trabalho.

Qual foi o guarda-redes que mais o impressionou na última época?

-O Helton Leite. Tal como eu, passou por uma cirurgia ao joelho e conseguiu dar a volta por cima, mostrando um grande futebol. Foi o guarda-redes que me chamou a atenção.

"Evoluí bastante no jogo de pés"

Depois da conquista da Taça da Liga e do terceiro lugar, qual é a margem de crescimento do Braga?

-O que tenho comentado é que o Braga tem crescido muito e verifico isso desde que cheguei, em 2014. A evolução anual está à vista e espero que continue a crescer. O Braga vai continuar a evoluir ao entrar em todos os jogos para vencer.

A margem de crescimento passa por conquistar títulos?

-Claro. Vencer os jogos e olhar os adversários nos olhos é o mais importante. Depois, veremos onde isso nos levará. O Braga tem crescido, mas tem mais por onde crescer. Sentimos que os adversários olham para nós de maneira diferente, jogam contra nós à espera do erro. Isso é também reflexo da evolução do clube.

Depois do terceiro lugar, há realmente espaço para o Braga se intrometer um pouco mais acima, na luta pelos dois primeiros lugares?

-A margem de manobra é evoluir e ir passo a passo. Não adianta dar um passo maior do que se pode dar, é ir devagar, tranquilo e jogo a jogo. Além disso, também é importante jogar bom futebol.

O que falta ao Braga para lutar pelo título?

-Só temos de pensar em ganhar jogos. Temos condições fantásticas em termos estruturais. Um jogador chega ao clube e só pensa em trabalhar, não precisa de preocupar-se com mais nada. O suporte que o Braga nos dá é de clube grande. Depois, os nossos adeptos são incansáveis, estão sempre connosco, têm orgulho.

Carlos Carvalhal disse que não quer ganhar de qualquer maneira e aposta no bom futebol. Como é que os jogadores recebem essa mensagem?

-Temos de ter o mesmo objetivo dele, toda a gente no clube tem de remar para o mesmo lado. Essa pretensão do míster vai ao encontro dos jogadores. Queremos jogar bom futebol, embora sabendo que nem sempre correrá bem. Vamos tentar praticar bom futebol e ganhar.

Carvalhal gosta de sair a jogar desde a baliza...

-É verdade. É uma forma de jogar muito corajosa, porque a equipa fica exposta. Temos de estar unidos em torno dessa forma de jogar. Acho que vai correr tudo bem. Evoluí bastante no jogo de pés, o Braga foi importante nesse crescimento. Tinha dificuldades, mas trabalhei muito.

Gostava de ver o Rio Ave?

-Gostava. Um jogador gosta de praticar bom futebol, se bem que o mais importante seja ganhar. Não importa se se joga muito bem se no fim o objetivo não for cumprido.

em:
https://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/braga/noticias/marega-deu-bastante-trabalho-e-helton-leite-chamou-a-atencao-12512383.html

Lipeste

Galeno preparado para lutar por lugar no ataque
Por Miguel Mendes

Os números foram positivos. Aliás, os melhores da carreira de Galeno. Um rendimento que ganhou maior notoriedade para o extremo brasileiro de 22 anos se tivermos em linha de conta de que estamos a falar de um jogador que nem sempre foi opção inicial dos muitos técnicos que na última época passaram por Braga.


Vamos, então, aos números: 42 jogos no total da temporada - ultrapassando, assim, os 40 somados em 2016/2017 ao serviço do FC Porto B -, o rei das assistências na Liga Europa (6), o 9.º do plantel mais utilizado.


Dados relevantes que colocam o brasileiro como uma das importantes opções de Carlos Carvalhal para a nova época. Um treinador que, de resto, conhece bem as potencialidades do brasileiro, uma arma que entra nas suas contas para dar, sobretudo, outras soluções nos flancos, nomeadamente uma maior velocidade e profundidade. Posições ocupadas na época transata pelos indiscutíveis Ricardo Horta e Trincão, este já a caminho de Barcelona. Agora há Gaitán, mas também... Galeno, uma forte ameaça.


Uma segunda opção que, diga-se, até poderá passar a primeira, caso surja uma proposta tentadora para levar aquela que foi a peça mais decisiva da última temporada. Essa, ainda assim, não é intenção do SC Braga e de Carlos Carvalhal, que está agradado pela concorrência neste setor, e que vê nesta dupla a capacidade para ambos se tornarem peças decisivas nas muitas provas em que os bracarenses vão estar inseridos e nas quais o SC Braga parte com legitimas aspirações para vencer. 
 
em: https://www.abola.pt/Clubes/2020-08-11/sc-braga-galeno-preparado-para-lutar-por-lugar-no-ataque/856553/471

(S)oon(C)hampion(B)raga

"Chegámos ao fim com o sentimento de que merecíamos ter ganho aquele título" (parte I)

A temporada 2009/2010, ao serviço do Sporting de Braga, é uma das que Eduardo recorda com mais saudade.

Aos 37 anos, após 20 épocas como sénior, Eduardo dos Reis Carvalho pendurou as luvas. Desde a estreia pelo Sporting de Braga B frente ao Leixões, já depois da viragem do milénio, até à partida diante do Desportivo das Aves, esta temporada, foram mais de 500 jogos.



Em entrevista à RUM, o guarda-redes natural de Mirandela recorda as três passagens pelo Sporting de Braga e os diferentes contextos que encontrou nos seis países onde jogou. Nesta primeira parte da conversa, que será dividida em três, Eduardo elege também os colegas que mais o marcaram e as épocas mais difíceis da carreira.





RUM: O Eduardo vai voltar a trabalhar com o Carlos Carvalhal, depois de ter sido treinado por ele no Sporting de Braga, numa primeira passagem, no Beira-Mar, no Vitória de Setúbal e até no Istanbul BB - hoje Basaksehir. Puxando a fita atrás, o que recorda desses momentos da carreira em que, quando está a dar os primeiros passos na equipa principal do Sporting de Braga, é emprestado ao Beira-Mar, em 2006/2007, e logo a seguir ao Vitória de Setúbal?



Eduardo: Essa parte é curiosa. O treinador que me lançou como jogador é o treinador com quem vou começar a carreira como treinador de guarda-redes. É uma pessoa que sempre admirei e um amigo. Acreditou em mim quando me viu no Sporting de Braga e levou-me depois com ele para alguns projectos. Estou bastante orgulhoso disso. Reconheço-lhe muitas qualidades como homem e como treinador e acho que me vai ajudar muito.



Quanto ao Beira-Mar e ao Vitória de Setúbal, as duas passagens foram fundamentais. Tinha vindo de cinco épocas na equipa B do Braga e não tinha tido oportunidade na equipa principal, já que era o terceiro guarda-redes. Quando sai do Braga e vai para o Beira-Mar, o mister Carvalhal faz-me o convite para ir para a Aveiro, em Janeiro. Aceitei porque vi uma oportunidade de jogar na primeira liga, algo que nunca tinha acontecido. Depois ele sai para o Vitória de Setúbal e volta a convidar-me. Fizemos uma época fantástica e, mais tarde, reencontrámo-nos na Turquia.





No Beira-Mar, o Eduardo começa a destacar-se na primeira liga, embora a equipa tenha sido despromovida. O facto de encontrar uma contrariedade dessa ordem numa fase inicial da carreira provoca um impacto forte?



Comecei a jogar com 25 anos na primeira liga e, quando tive essa oportunidade, encarei-a como decisiva para mim. Se as coisas não corressem bem, era óbvio que as pessoas iam olhar para mim e dizer que, se calhar, não ia dar e que ia demorar mais anos até chegar lá acima. As coisas acabaram por correr bem individualmente, apesar de não termos atingido os objectivos. A seguir, no Vitória de Setúbal, acho que foi a confirmação daquela meia época que tinha feito. Foi fruto também daquilo que a equipa produziu e do excelente trabalho desenvolvido, em que saímos todos valorizados.





Nessa época, o Vitória de Setúbal qualifica-se para a Taça UEFA - hoje Liga Europa - e vence a Taça da Liga e as exibições do Eduardo saltam a vista, dando-se o regresso ao Sporting de Braga. Depois de já ter passado pela formação e pela equipa B do clube, antes dos empréstimos, volta com outra mentalidade?



Regressa um Eduardo sobretudo com mais experiência. Tive oportunidade de jogar na primeira liga e de alcançar objectivos importantes. Transportar isso para o Sporting de Braga, com o crescimento que estava a ter, foi decisivo, até para os treinadores e os clubes acreditarem que comigo era possível atingir objectivos grandes. Felizmente isso aconteceu. Conseguimos o segundo lugar e ganhar a Taça Intertoto e isso levou-me à selecção. Foi um trabalho difícil, mas meritório.





Em 2009/2010, já com Domingos Paciência - a primeira época tinha sido com Jorge Jesus -, o Braga fica muito perto de ser campeão nacional. Com que sentimento sai dessa temporada? Fica frustrado por ter estado tão próximo de conquistar um feito inédito ou sobressai o orgulho pelo trajecto que a equipa fez?



Olhando para trás, é óbvio que sentimos orgulho daquilo que foi feito. No entanto, acho que todos nós chegámos ao fim com o sentimento de que merecíamos ter ganho aquele título. Fizemos um trabalho fabuloso. Tivemos muitos sobressaltos, mas fomos a equipa que mais tempo esteve em primeiro lugar e que melhor futebol produziu. Ainda me recordo esse ano e lembro-me do balneário que a gente tinha. A gente entrava em campo e sabia logo que ia ganhar. Há coisas que não se explicam. Nesse ano, a união e o sentimento eram muito fortes. Notávamos isso nas equipas que jogavam contra nós, já que elas receavam-nos. Éramos uma equipa fantástica em todos os sentidos. Fica um pouco de frustração por não termos sido campeões.





Acha que é aí que se dá o clique e o Sporting de Braga começa a ser visto como o quarto grande do futebol nacional ou considera que isso é resultado de um trabalho desenvolvido ao longo do tempo que permite agora ao clube ter um estatuto que não tinha, por exemplo, há duas décadas?



O Braga foi o clube que mais evoluiu em Portugal nos últimos anos, com um crescimento cimentado. Temos outros casos em que as coisas correm bem uma época e depois vão por aí abaixo. No caso do Braga tem sido em crescendo. Isso tem sido demonstrado ao longo das últimas épocas, em que se tem mantido lá em cima. Esta época ficámos em terceiro lugar e conquistámos a Taça da Liga. A afirmação dos grandes clubes é ganhar títulos e ficar nos lugares que dão acesso às competições europeias. O Braga está de parabéns, tal como o presidente, pela visão e pela ambição que demonstram. Acho que o Braga está no caminho certo para que isso um dia aconteça.





Ser campeão?



Quem sabe?! Acho que está no sonho de todos os bracarenses, mas é muito difícil de prometer. No entanto, há uma coisa que vamos fazer: como o nosso treinador tem dito, jogo-a-jogo, em todos os relvados, vamos jogar para ganhar, sem dúvida nenhuma.






As primeiras experiências no estrangeiro e o regresso amargo ao futebol português


Depois dessa passagem pelo Sporting de Braga e de assumir a titularidade da selecção portuguesa, chega à Serie A, em Itália. Como viveu a experiência ao serviço do Génova? Que realidade encontrou?



Foi a primeira vez que saí de Portugal para jogar. Encontrei um campeonato duro e extramente difícil, numa equipa que tinha objectivos de ficar a meio da tabela. Foi estranho na altura. Não é fácil sair do nosso país e ir para uma liga tão competitiva, mas não deixou de ser fantástico ver aquele futebol mais tático, mais pensado e mais calculista. Foi diferente.





Na altura é treinado por Gian Piero Gasperini, agora técnico da Atalanta, que está na ribalta.



Sim, na altura já tinha um futebol bastante ousado. Gostava das linhas subidas e de equipas abertas a procurarem sempre o resultado. Numa equipa como a nossa, que tinha objectivos mais modestos, quando jogávamos contra as equipas grandes, expúnhamo-nos muito, mas era o futebol que ele queria. É um treinador fantástico e apaixonado por futebol.





Depois dessa época, seguem-se três empréstimos, sendo que o primeiro é ao Benfica, onde foi suplente do Artur Moraes. Como é chegar a um clube dessa dimensão e que balanço faz da época?



É óbvio que foi um ano complicado devido ao facto de não ter jogado regularmente. Estava a jogar na selecção nacional e deixei de jogar. No entanto, dei o meu melhor e consegui conquistar uma Taça da Liga. O convite foi feito por uma equipa como o Benfica e foi irrecusável.





Queria regressar a Portugal ou foi mais o clube que o chamou a atenção?



Acima de tudo, o facto de ser um clube de maior dimensão, que lutava para ser campeão e que jogava na Champions. Na altura, entendi que podia ser o melhor. Infelizmente, as coisas não correram bem, mas jogar num clube como o Benfica é um orgulho para qualquer atleta.





Depois reencontra o Carlos Carvalhal no Istanbul BB. O facto de poder voltar a trabalhar com alguém que já conhecia é a principal razão que o motiva a ir para a Turquia?



Sim, foi. Na altura tinha outros convites, mas ele convidou-me para um projecto bastante bom. Além disso, era uma liga desconhecida, algo novo para mim. Na altura, a gente olhava pouco para a liga turca, mas depois passaram a ir muitos portugueses para lá. É uma liga bastante competitiva, com grandes clubes. Foi uma óptima experiência. É uma maneira de estar diferente, mesmo socialmente. Apesar de a cidade ser fantástica, a língua é complicada e fica difícil a gente integrar-se. Mas adorei a experiência.





Em 2013/2014 regressa ao Braga. Que clube encontra nessa altura, comparativamente com o que tinha 'deixado' para ir para Itália?



Um pouco diferente. Quando tinha deixado, havia uma equipa consistente, montada, forte e experiente, capaz de outros objectivos. Lembro-me que, quando regressei com o professor Jesualdo, havia muitos jovens e talvez não fosse uma equipa que já estivesse preparada para os objectivos que o Braga queria. Realmente não foi uma época boa. Foi bastante difícil, até a nível emocional. Foi das épocas mais difíceis que tive na minha carreira.





E é aí que se percebe que um nono lugar no campeonato é considerado horrível, tendo em conta aquilo que é o Braga actualmente?



Sim, sem dúvida. Não é fácil uma equipa como o Braga, neste momento, ficar em nono lugar. É um ano muito mau. E para nós que vivemos aquilo, em que a gente queria e as coisas não aconteciam, foi bastante difícil.







"O presidente ajoelhou-se no túnel e pediu-me para ficar"


Depois vem o Dinamo Zagreb. Nas duas épocas completas em que esteve no clube, consegue a dobradinha, vencendo o campeonato e a Taça da Croácia, e joga na fase de grupos da Liga dos Campeões. Além disso, torna-se num dos ídolos dos adeptos. Como olha para essa experiência?



Foi fabulosa. Quando saí do Braga e fui para o Dinamo Zagreb, sabia que era um grande clube, com bastante exigência, em que é fundamental estar na Liga dos Campeões. As coisas marcaram-me muito. Apesar de o clube ser campeão há muitos anos, fizemos um campeonato sem qualquer derrota e fomos duas vezes seguidas à Champions. Saí de lá com o sentimento de dever cumprido e orgulhoso pela forma como as pessoas olhavam para mim.



Uma das coisas que mais me marcou foi quando tive o convite do Chelsea, que para mim foi irrecusável. Lembro-me de ter falado com o presidente do Dinamo Zagreb e de lhe ter pedido para sair e ele tentou convencer-me a não ir, até porque não havia qualquer verba para pagar. Depois de várias conversas, ele aceitou, mas disse-me para ficar até ao fim do apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Quando acabasse, eu saía. Antes disso, tivemos o Europeu, que a gente ganhou. Lembro-me que viajamos no domingo para Portugal e, dois dias depois, já estava junto da equipa, que ia jogar uma partida do apuramento da Champions. O presidente ficou admirado por me ver porque eu não tinha tirado férias.



Numa fase mais adiantada do apuramento, já no playoff, levei as malas para Salzburgo, já que, após o jogo frente ao Red Bull, ia directo para Londres. No final, depois de termos passado a eliminatória e alcançado o objectivo, ajoelhou-se no túnel e pediu-me para ficar, dizendo que me dava tudo o que eu quisesse. Foi uma história incrível. Admiro muito aquele clube e sei que as pessoas também olham para mim com admiração. E é um pouco isso que a gente deixa na nossa carreira. Quando olhamos e vemos que temos as portas abertas nos clubes por aquilo que fomos como homens, percebemos que isso está acima de qualquer título. É preciso deixar uma marca pessoal. Um dos meus orgulhos é olhar para trás e sentir que as pessoas recordam-me pela pessoa e não só pelo atleta.





A viagem da carreira do Eduardo pára mesmo em Londres, apesar do presidente do Dínamo Zagreb não querer. Como é que surge essa oportunidade de, aos 34 anos, chegar a um clube da dimensão do Chelsea?



Às vezes, as pessoas perguntam-me 'estavas bem no Dínamo Zagreb e jogavas na Liga dos Campeões, por que razão saíste?'. Acho que a oportunidade de representar um clube como o Chelsea não se pode negar, ainda por cima aos 34 anos.





Sentiu que era a última oportunidade de chegar a um emblema desse calibre?



Sem dúvida. O treinador de guarda-redes era o mesmo que me tinha levado para o Génova e na altura estava com o Antonio Conte. Havia a possibilidade de um dos guarda-redes sair e então, para se salvaguardem, ligou-me a perguntar se queria ir e eu fiz de tudo para que assim fosse. Infelizmente, o guarda-redes que estava para sair não foi embora e não tive a possibilidade de jogar. No entanto, tive a oportunidade de conviver com alguns dos melhores jogadores de mundo, de treinar com eles e de viver coisas que achei que não iria viver. A oportunidade de estar naquele clube e pertencer a um grupo que foi campeão acabou por ser fabuloso.





A nível de clubes, foi no Chelsea que encontrou o atleta que mais o marcou?



Tive a felicidade ao longo da minha carreira de ter partilhado o balneário com excelentes companheiros. Tive o caso do Aimar no Benfica, um atleta e um ser humano fabuloso. No Chelsea, tive a oportunidade de jogar com o Hazard e com o Fàbregas. Claro que convivi com o Ronaldo na seleção, mas naquilo que é o dia-a-dia num clube foi o Fàbregas que mais me impressionou pela simplicidade e pela qualidade que demonstrava em campo.





Antes do segundo regresso a Braga, dá-se a experiência no Vitesse, em Arnhem. Essa época enquadra-se em que momento da sua carreira?



Eu acabava contrato com o Chelsea. O clube queria que eu ficasse, mas havia um problema com os chamados homegrown players. Éramos três guarda-redes estrangeiros e tinha de se abrir vaga para outro guarda-redes [formado localmente]. Assim, o Chelsea renovou contrato comigo para me emprestar ao Vitesse, um emblema parceiro do Chelsea. Deram-me a oportunidade de ir para a liga holandesa, que é muito boa, e para um clube fantástico. No final do ano tive alguns convites de Portugal, mas depois apareceu o Sporting de Braga e, aí, não podia dizer não a retornar a casa. Queria terminar cá a carreira e o presidente abriu-me essa porta.

@ https://rum.pt/news/chegamos-ao-fim-com-o-sentimento-de-que-mereciamos-ter-ganho-aquele-titulo-parte-1

A ENTREVISTA EM ÁUDIO NA PÁGINA DO FORNECEDOR DO CONTEÚDO - rádio universitária do Minho (RUM) - ESTÁ DISPONÍVEL
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Lipeste

Gaitán explica porque escolheu o SC Braga e deixa promessa aos adeptos

Após ter sido confirmado como reforço do SC Braga para a nova época, Nico Gaitán, 32 anos, falou aos canais oficiais do clube sobre a sua motivação.

«O SC Braga sempre foi uma equipa que lutou sempre para ganhar. Ganhou uma taça [Taça da Liga] no último ano. É uma equipa que joga sempre para ganhar e é disso que necessito. Preciso de estar numa equipa que jogue sempre para ganhar. Umas vezes ganha-se, outras não, mas que a ideia seja sempre ganhar. É muito melhor para um jogador porque tem a ideia definida e isso torna tudo mais fácil», referiu, salientando:

«Tenho muita vontade de começar a treinar, conhecer os meus companheiros, a equipa técnica e de começar a jogar o mais depressa possível. Gosto da camisola, por isso estou muito contente por vesti-la pela primeira vez. Já começo a sentir a adrenalina.»

A finalizar, deixou mensagem aos adeptos: «Vou fazer o meu trabalho, como fiz em todas as equipas que representei. O que posso prometer é que vou treinar, trabalhar, ajudar os meus companheiros e tentar que desfrutem do jogo da equipa.»

em: https://www.abola.pt/Clubes/2020-08-11/sc-braga-gaitan-explica-porque-escolheu-o-sc-braga-e-deixa-promessa-aos-adeptos/856616/471

Lipeste



«Gaitán tinha outras propostas muito mais vantajosas financeiramente»

António Salvador, presidente do SC Braga, não esconde o entusiasmo por ter fechado a contratação do argentino Nico Gaitán, revelando pormenores sobre as negociações que culminaram com a assinatura de contrato válido por uma época com outra de opção.

«Fiquei muito contente com a minha primeira conversa com o Gaitán. Ele disse-me que tinha outras propostas muito mais vantajosas financeiramente, mas que gostaria de regressar a Portugal para um clube que lhe desse condições e onde pudesse demonstrar toda a sua qualidade futebolística. O SC Braga dá-lhe isso», contou, citado pelo site oficial do clube.

«O Gaitán ser reforço do SC Braga é sinal do crescimento e da afirmação do clube, tanto nas competições nacionais como europeias. O SC Braga é um clube que tem feito excelentes carreiras nas competições europeias. O Gaitán é um dos grandes jogadores que já atuaram no campeonato português e é mais um atleta para ajudar-nos a atingir os nossos objetivos Vai acrescentar qualidade a um plantel que já está recheado de grandes jogadores», salientou.

em: https://www.abola.pt/Clubes/2020-08-11/sc-braga-gaitan-tinha-outras-propostas-muito-mais-vantajosas-financeiramente/856617/471

Lipeste


"A afirmação dos grandes clubes é ganhar títulos", diz Eduardo



Técnico de guarda-redes do SC Braga destaca crescimento do clube no quadro atual do futebol nacional

Eduardo terminou a carreira de jogador e começa agora uma nova aventura como treinador de guarda-redes. Para trás, fica uma carreira com altos e baixos e passagens por diversas paragens, enquanto se foi fixando na seleção nacional.

De todas as épocas vividas no SC Braga, clube que o formou, Eduardo não esconde que ainda hoje entende que os minhotos deveriam ter sido campeões nacionais em 2009/10, com Domingos Paciência, quando o SC Braga lutou até ao fim pelo título contra o Benfica, de Jorge Jesus.

"Acho que todos nós chegámos ao fim com o sentimento de que merecíamos ter ganho aquele título. Fizemos um trabalho fabuloso. Tivemos muitos sobressaltos, mas fomos a equipa que mais tempo esteve em primeiro lugar e que melhor futebol produziu", analisa Eduardo, mais de 10 anos depois dessa histórica caminhada que quase deu o título aos guerreiros do Minho.

Em entrevista à Rádio Universitária do Minho (RUM), Eduardo sustenta que foi a união daquele balneário que permitiram dar luta ao Benfica até ao fim.

"Ainda me recordo desse ano e lembro-me do balneário que a gente tinha. A gente entrava em campo e sabia logo que ia ganhar. Há coisas que não se explicam. Nesse ano, a união e o sentimento eram muito fortes."

O ex-internacional português lamenta que o título não tenha ficado na Pedreira e destaca que ficou "um pouco de frustração" no grupo por não ter alcançado o título.

Mas no futuro, quem sabe. Pelo menos essa é a esperança de Eduardo que, ainda assim, não se compromete com esse objetivo.

Porém, o antigo internacional português destaca a consolidação que vem sendo feita por António Salvador no clube.

Após uma temporada em que o SC Braga terminou no terceiro lugar da classificação e com a Taça da Liga no museu, Eduardo lembra o que distingue os clubes grandes.

"A afirmação dos grandes clubes é ganhar títulos e ficar nos lugares que dão acesso às competições europeias."

Nesta entrevista à RUM, Eduardo sublinha a importância das bases que ao longo dos últimos anos têm sido lançadas em território bracarense.

"O SC Braga foi o clube que mais evoluiu em Portugal nos últimos anos, com um crescimento cimentado. Temos outros casos em que as coisas correm bem uma época e depois vão por aí abaixo."

em:
https://bancada.pt/artigos/portugal/a-afirmacao-dos-grandes-clubes-e-ganhar-titulos-diz-eduardo

(S)oon(C)hampion(B)raga

"O mister Queiroz passou por mim e disse 'agora estamos nas tuas mãos' " (parte II)
Eduardo recorda a estreia pela selecção A de Portugal.

Dois campeonatos do mundo e dois campeonatos da Europa. Ao longo das 36 internacionalizações por Portugal, Eduardo esteve presente em quatro grandes competições.



Na segunda parte da entrevista - a primeira centra-se no trajecto efectuado a nível de clubes -, o antigo guarda-redes recorda o momento em que se estreou pela seleção A, quando era jogador do SC Braga, a que se seguiu a titularidade no Mundial da África do Sul, em 2010. O título europeu conquistado em França, seis mais anos tarde, é outro dos momentos mais marcantes da carreira do agora treinador de guarda-redes.





RUM: O Eduardo chega às selecções jovens 'apenas' nos sub-21, onde faz dois partidas, em 2008, e, nem um ano depois, realiza o sonho de jogar pela selecção principal. O dia 11 de fevereiro de 2009, data da estreia do Eduardo, num amigável frente à Finlândia, no Estádio Algarve, é o momento mais alto da carreira?



Eduardo: Sim, sem dúvida. Era algo que sonhava há muito tempo, apesar de, quando era mais jovem, isso nunca me ter passado pela cabeça. Ao longo do meu trajecto, principalmente no Vitória de Setúbal e no Sporting de Braga, fui sentindo que era possível. Fui sendo pré-convocado e depois passei a ser convocado. Sentia que um dia podia haver essa oportunidade de me estrear.



Foi num momento decisivo do apuramento. Lembro-me que tivemos esse jogo de preparação e que depois tínhamos uma partida de qualificação contra a Suécia, no Dragão, em que, se perdêssemos, ficávamos logo fora. O Quim era o guarda-redes que tinha começado a qualificação. Lembro-me de, quando estávamos no Algarve [na partida contra a Finlândia], em que o Quim não tinha sido chamado, o mister Carlos Queiroz ter passado por mim e ter dito 'agora estamos nas tuas mãos'. É uma pessoa a quem tenho de agradecer imenso. Foi um defensor meu nato, esteve sempre a meu lado e deu-me a estabilidade que precisei.





O Eduardo chega à selecção quando estava no Sporting de Braga, algo que não é uma situação comum. Por exemplo, esta época, falou-se da possibilidade de o Ricardo Horta e do Paulinho serem chamados, que acabou por não acontecer. Teve um sabor especial ser convocado quando estava ao serviço do clube arsenalista?



Claro que é diferente. No entanto, não quero acreditar que os jogadores sejam chamados pelo clube que representam, mas sim pela qualidade que demonstram. O Braga tem, sem dúvida, excelentes jogadores e acho que as pessoas estão atentas ao trabalho deles. Se mantiverem o nível, vão ter a sua oportunidade.





Assume a titularidade durante a qualificação para o Campeonato do Mundo da África do Sul e chega com esse estatuto à fase final da competição, em 2010. O que é que um guarda-redes sente quando vai a uma prova deste nível e logo como titular?



Não é fácil, mas lembro-me perfeitamente daquilo que foi esse ano e da época que tinha feito no Sporting de Braga. Cheguei lá numa fase muito tranquila da minha carreira e com a maturidade suficiente que me permitiu desfrutar da competição. Sentia que podia fazer uma prova excelente. Claro que podia acontecer algum percalço, mas estava bem.





Portugal é eliminado nos oitavos-de-final pela Espanha, com um golo de David Villa. Apesar de a exibição do Eduardo ter sido considerada pela crítica como excelente, ainda hoje lhe custa olhar para essa derrota?



Sem dúvida. Todos nós somos importantes no jogo. Tinha feito algumas boas defesas, que mantiveram a equipa em jogo. Quando olho para trás, lembro-me que perdemos daquela maneira, num lance em que, se fosse hoje, com o VAR, não era golo. Foi bastante triste perder daquela forma.





Já como suplente do Rui Patrício, o Eduardo vai ao Euro 2012, na Polónia e na Ucrânia, ao Mundial 2014, no Brasil, e, claro, ao Euro 2016. Passados quatro anos dessa conquista em França, já há palavras para a descrever?



Ter estado presente naquele grupo que conquistou o maior título para Portugal é dos momentos mais marcantes da minha carreira.





E ser agraciado com o grau de comendador da Ordem do Mérito?



Isso é também o reconhecimento do país pelo trabalho que foi feito. Sempre que se aproximava um mundial ou um europeu, todos os portugueses pensavam 'é este o nosso ano', devido ao potencial que as equipas tinham, mas, por uma razão ou por outra, isso não acontecia. Se calhar ganhámos no ano em que as pessoas menos acreditavam. Poder ter estado naquele grupo, ter vivenciado as diferentes fases, a preparação e os jogos, vai ficar

marcado para sempre, por muitos momentos espectaculares que venha a ter do ponto de vista desportivo.





São 36 internacionalizações ao serviço da selecção principal. Como olha para esse percurso? Além do orgulho que sente por tudo aquilo que já falou, acha que podia ter assumido durante mais tempo a titularidade? Acredita que a ida para o Benfica, em 2011, teve algum peso?



Sim, é possível. Estava numa fase boa, mas depois deixei de jogar na selecção porque também não jogava no clube. Foram decisões. Sempre pensei pela minha cabeça. Se tivesse ido para outro clube, as coisas poderiam ter sido diferentes. Não há que olhar para trás com arrependimento, mas sim pensar que tive uma passagem bonita por um grande clube.






"Não é fácil a gente lá de cima ter oportunidades"





Desde que começou o seu percurso nos infantis do Mirandela até ao ponto final na carreira no Sporting de Braga, passaram 30 anos. Alguma vez imaginou que ia ter uma carreira deste nível?



Não. Não é fácil em Trás-os-Montes haver estas oportunidades. Quem lá passa e quem lá vive sabe que as coisas dependem de algumas pessoas, que as fazem por gosto. Eu tive a felicidade de ter uma pessoa, um treinador meu, o sr. Rocha, das pessoas mais importantes da minha vida, que, quando o meu pai faleceu, me continuou a levar aos treinos. Eu morava longe, numa quinta, e tinha que fazer quilómetros a andar a pé na linha do comboio para

poder ir treinar. Era a pessoa que me ia buscar e que me ia levar e que também me deu as primeiras luvas. Foi a pessoa que, quando saí do Vitória de Guimarães, ligou para o Braga para que viesse cá treinar.



Estamos a falar de uma pessoa que não tinha retorno nenhum. Fazia aquilo porque gostava de nós e porque queria que os miúdos da terra tivessem sucesso. Não é fácil a gente lá de cima ter essas oportunidades. Muitas vezes, as pessoas perdem-se ou vão trabalhar porque não têm oportunidades. E eu tenho que agradecer ao sr. Rocha, que me ajudou imenso e que fez tudo por mim. Acho que é um bocado difícil ambicionar chegar a este

nível. Claro que depois as coisas foram acontecendo. A gente vai tendo noção que é preciso trabalhar e sacrificarmo-nos para atingir os objectivos.





Além de treinador de guarda-redes do Sporting de Braga, o Eduardo vai ser responsável pela escola de guarda redes do clube. A ideia de abrir o leque de prospecção para zonas mais 'escondidas' do país é também uma das facetas que pretende implementar neste cargo?



Sem dúvida. Hoje, os jovens já olham para o Braga com uma ambição enorme. Temos que os procurar, temos que os fazer crer que a gente vai potenciá-los para chegarem lá acima. Temos vários exemplos disso, de atletas que chegaram às selecções nacionais. Temos um departamento para os guarda-redes que foi criado pelo Vital, que deixa um trabalho bem estruturado, com gente capaz. Agora vamos tentá-lo desenvolver um pouco mais porque os clubes têm de viver da formação. A ideia é descobrir os talentos que estão escondidos, tal como eu estava.

@ https://rum.pt/news/o-mister-queiroz-passou-por-mim-e-disse-agora-estamos-nas-tuas-maos

A ENTREVISTA EM ÁUDIO NA PÁGINA DO FORNECEDOR DO CONTEÚDO - rádio universitária do Minho (RUM) - ESTÁ DISPONÍVEL
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(S)oon(C)hampion(B)raga

"Ser treinador de guarda-redes foi sempre o meu desejo e não ambiciono outro cargo" [parte III]
Duas semanas depois do ponto final na carreira, Eduardo fala da nova experiência ao serviço do Sporting de Braga.

Eduardo está a caminho da 13ª época com as cores do Sporting de Braga. Não é um percurso linear, visto que foi interrompido por duas vezes, mas o antigo atleta, que terminou a carreira esta época, pretende agora fixar-se como treinador de guarda-redes do clube minhoto.



Na terceira e última parte da entrevista - a primeira e a segunda são focadas no percurso como jogador -, Eduardo fala das razões que o levaram a pendurar as luvas mais cedo em relação ao estava inicialmente previso e da despedida atípica dos relvados: no banco e sem a presença de público.





RUM: Passaram duas semanas desde a despedida dos relvados e do momento em que assumiu um novo cargo ao serviço do Sporting de Braga. Como tem sido essa transição?



Eduardo: Acho que ainda não estou bem habituado porque não começaram os treinos. É obvio que já há uma preparação tendo em conta aquilo que vai ser a nossa época e já vou sentindo as diferenças. Não é fácil assimilar, já que é tudo muito recente. Foi uma decisão tomada em pouco tempo. É uma nova fase da vida, em que me sinto motivado, e é mais um desafio a juntar àqueles que fui tendo ao longo da carreira. Acima de tudo, é mais uma oportunidade de continuar a servir o meu clube, com uma coisa que queria fazer no futuro. Antecipou-se um pouco, mas estou feliz por estar neste projecto.





Na sua despedida, o Sporting de Braga garante o terceiro lugar e, consequentemente, o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa. No entanto, o Eduardo acaba por não jogar a última partida. Sente alguma mágoa por não ter feito a despedida nos relvados ou a importância do colectivo acaba por ultrapassar essa questão mais individual?



Há uma coisa que sempre fiz e que tive presente, que é o facto de a equipa estar sempre acima de qualquer individualidade. Naquele caso era o Matheus que estava a jogar e não fazia sentido que o mister entendesse que era eu que devia jogar só porque era o fim da carreira. O mais importante é a equipa e os objectivos do clube. Terminamos da melhor forma possível. Atingimos um objectivo fantástico e super importante para o clube.



A úncia coisa que lamento é que, infelizmente, devido ao clima que vivemos, os adeptos não puderam estar presentes. No entanto, devida às centenas de mensagem que recebi e ao carinho demonstrado pelas pessoas na rua, isso foi claramente ultrapassado.





A pandemia teve alguma influência na sua decisão de terminar a carreira agora ou foram outras razões que o motivaram?



Não. Nós tínhamos outra pessoa que ocupava o cargo há muitos anos, o mister Vital, que entendeu ir para outro clube [Sporting] e o presidente, através de uma conversa que tivemos, propôs-me que assumisse esse cargo. Não foi uma decisão fácil, mas é um orgulho imenso saber que o clube quer que eu continue, agora noutras funções. Depois de muito conversado e ponderado, entendi que era este o momento. Não é fácil porque acho que ainda tinha capacidade para mais uma ou outra época, mas também entendi que era a altura, até pelo convite e pela insistência do presidente.





Como disse, essa decisão foi tomada em pouco tempo. Durante este ano em que o Eduardo não jogou tanto, teve convites de outros clubes?



Sim, tive algumas abordagem, mas, quando vim para o Braga, tinha decidido que queria terminar a carreira aqui. Dei sempre o meu melhor quando o treinador entendeu que devia jogar. Tentei corresponder sempre da melhor forma possível em prol da equipa.





Este percurso como treinador de guarda-redes é algo que imagina a longo-prazo ou vê como uma transição para outro cargo, como treinador principal ou até mesmo como dirigente?



A determinada altura da minha vida já tive esses convites, que recusei prontamente. Aquilo que sempre quis pós-futebol foi ser treinador de guarda-redes, estar no campo, trabalhar naquilo que aprendi ao longo da minha carreira. Foi sempre esse o meu desejo e não ambiciono outro cargo.

@ https://rum.pt/news/ser-treinador-de-guarda-redes-foi-sempre-o-meu-desejo-e-nao-ambiciono-outro-cargo-parte-iii

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Lipeste


Braga começou a preparar 2020/21 com 30 jogadores e testes à covid-19

O plantel do Braga, terceiro classificado em 2019/20, realizará os restantes exames e testes médicos na sexta-feira e sábado de manhã, folgando na tarde de sábado e domingo.


Com os primeiros dias dedicados a exames médicos, o plantel do Braga regressou esta quinta-feira para preparar a época de futebol 2020/21, tendo realizado apenas testes de despistagem à covid-19, revelou à agência Lusa fonte do clube.

Marcaram presença no Estádio Municipal de Braga 30 jogadores, entre eles os seis reforços: Zé Carlos (ex-Leixões), Al Musrati (ex-Vitória de Guimarães), André Castro (ex-Goztepe, da Turquia), Iuri Medeiros (emprestado pelos alemães do Nuremberga), Guilherme Schettine (ex-Santa Clara) e Gaitán (ex-Lille, da França).

O plantel do Braga, terceiro classificado em 2019/20, realizará os restantes exames e testes médicos na sexta-feira e sábado de manhã, folgando na tarde de sábado e domingo.

Na segunda-feira, começam os treinos no relvado sob as ordens do novo técnico, Carlos Carvalhal, de início de preparação da temporada 2020/21.

em: https://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/braga/noticias/braga-comecou-a-preparar-202021-com-30-jogadores-e-testes-a-covid-19-12520329.html


Lipeste

   António Salvador está a dar "um sinal ao futebol nacional"


Presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAD dos minhotos diz que Salvador está a dar sinais ao futebol



O presidente da Assembleia Geral da SAD do SC Braga, António Marques, encara a nova época com renova esperança, depois do terceiro lugar alcançado na última temporada.

"O SC Braga não tem a pegada dos grandes da Europa mas está a fazer a sua pegada, está a fazer o seu percurso", salienta o dirigente bracarense, antevendo uma "época diferente".

"A história faz-se caminhando, diariamente, andando no futuro. Não basta só trabalhar", refere António Marques, em declarações à Antena 1.

O líder da Mesa da Assembleia da SAD minhota lembra que o clube tem vindo a cumprir etapas nos últimos anos.

"O SC Braga tem investido muitos milhões de euros. É um clube que não tinha nada e agora está a construir um conjunto de infraestruturas. Mas sobretudo é um clube que está a crescer", detalha António Marques.

O sonho na Pedreira é que mais tarde ou mais cedo o título possa ser dos guerreiros e António Marques 'assina por baixo' essa ambição tantas vezes salientada por António Salvador, o presidente do clube.

"Queremos muito acreditar que um destes dias a ambição do presidente se vai concretizar."

Ao Minho chegou esta época Nico Gaitán e António Marques sublinha o que representa a chegada ao clube do argentino ex-Benfica.

"É um símbolo que o presidente e a direção dão ao clube e um sinal que estão a dar ao futebol nacional de que há uma ambição grande".

Apesar das contratações mediáticas que tem feito, o SC Braga poderá perder alguns jogadores mas o presidente da Mesa da Assembleia da SAD não faz drama e encara essa situação com relativa naturalidade.

"Não é por acaso que todos os anos vende jogadores e vende bem".

 em: https://bancada.pt/artigos/portugal/sc-braga-nao-tem-a-pegada-dos-grandes-da-europa-mas-esta-a-fazer-a-sua-pegada

Enorme_Guerreiro


Lipeste



Oficinas abrem com 30 jogadores

Arrancou esta sexta-feira a preparação do SC Braga para a temporada 2020/21. Ao todo, apresentaram-se ao serviço um total de 30 jogadores num dia reservado para a realização de exames médicos e físicos. 

Durante o fim de semana os testes físicos vão continuar, enquanto o primeiro treino no relvado está marcado para a próxima segunda-feira.


Entretanto, o clube confirmou a transferência definitiva de Alef para o MOL Fehérvár FC (ex-Videoton), da Hungria. Termina, assim, a ligação de cinco temporadas ao SC Braga do médio, de 25 anos, que na época passada esteve cedido ao APOEL, do Chipre.
 

em: https://www.abola.pt/Clubes/2020-08-14/sc-braga-oficinas-abrem-com-30-jogadores/856964/471

(S)oon(C)hampion(B)raga

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