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SCBRAGA 5-0 Vitória FC - Comentários durante e após o jogo

Started by A.COSTA, 22 de May de 2015, 16:17

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dioogo

"Perderemos batalhas, mas jamais perderemos a guerra"

Pé Ligeiro

BRAGA SEMPRE MAIS!

Legião

Quote from: Fábio on 24 de May de 2015, 14:29

Quote from: Old School on 24 de May de 2015, 10:45
ORIGINAL UMA FORMA DIFERENTE DE FESTEJAR O PRIMEIRO GOLO

A importância do jogo de ontem para o Braga fez com que os jogadores festejassem o primeiro golo de uma forma diferente da habitual. Apesar de ter sido apontado na própria baliza, todos, suplentes incluídos, reuniram-se na linha do meio-campo e formaram um círculo, onde foram ditas algumas palavras de incentivo. Os adeptos gostaram e aplaudiram o gesto de união.

O JOGO

Ninguém tem uma imagem ou vídeo onde possa ver este momento? Ontem só consegui chegar ao estádio depois do 1 -0.

http://videos.sapo.pt/RtHdeYC8jL2aMQjSfDm4

Tem aí em grande plano, belo momento

Obrigado Rapson e Fabio, foi de facto um bonito momento de união.
Bracara Avgvsta - Fidelis et antiqva

Sif

Quote from: Pé Ligeiro on 24 de May de 2015, 17:25
Quote from: dioogo on 24 de May de 2015, 16:52
Quote from: Luís Duarte on 24 de May de 2015, 16:37
Quote from: magicobraga on 24 de May de 2015, 15:18
Quote from: Gverreiro2014 on 24 de May de 2015, 15:14
Quote from: magicobraga on 24 de May de 2015, 13:36
Ninguem arranja o lance do Santos?  ;D
Qual lance?

O que ele finta 2 jogadores quase em cima da linha de golo.

http://streamable.com/wnzp

Craque

Espero bem que ele não volte a tentar uma habilidade destas... desta vez saiu-se bem, mas por norma sai caro à equipa...

Isto!! calhou bem e toda a gente aplaudiu, se calha mal era logo assobiado e já não prestava para o Braga! Na final estas situações não podem acontecer.. Há que evitar este tipo de coisas

Legião

Bracara Avgvsta - Fidelis et antiqva

Legionário

Terminamos em beleza o campeonato. Uma monumental goleada (mais uma) para coroar o êxito da obtenção do objetivo principal que era o 4º lugar.

Dá-me gozo ver as conferências do Sérgio Conceição. A forma como ele veste a camisola do Braga e vive com alma de adepto quando o assunto é defender este símbolo. A forma como ele falou do VSC, que não foi para além da verdade dos factos, faz-me acreditar que o papel de um treinador deve ser mais que o entendimento técnico/tático...deve saber incutir a mística, o espírito de grupo e sobretudo respeitar a história do clube que serve, bem como o contexto histórico, sociológico e económico em que este se insere.
O Sérgio Conceição serve exemplarmente este clube, primeiro pela personalidade que tem, depois pela experiência de vida que tem enquanto jogador de grandes clubes em que conquistou tudo o que se almeja para se ser de elite. Foi treinado por grandes treinadores e tenho a certeza que absorveu o que de melhor há ao nível dos conhecimentos essenciais para a obtenção de sucesso. Acredito que vamos ao Jamor de peito feito para lutar até ao fim pelo troféu.

Magicobraga


Luís Duarte


rapson

Quem não, sente não entende...

dioogo

"Perderemos batalhas, mas jamais perderemos a guerra"

sócio 5679 vfc

Caros amigos,

pois bem, tal como tinha referido, venho aqui deixar os comentários deste "pós-passeio" a Braga.

Arranquei de Setúbal com a família pelas 11 horas, chegando a Braga pelas 16:30, com uma paragem para almoço.

Estacionei o carro na Praça Conde Agrolongo, de forma a acesso rápido à guest house onde ficámos alojados ("Tea4Nine" - passe a publicidade e a recomendação).

Acabados de instalar, lá entrámos no evento Braga Romana. Deixo desde já os meus parabéns pela forma como está organizado e como a interação com o público é conseguida, parabéns que estendo aos bracarenses pela forma generalizada como participam e pela vida que dão ao evento.

Vestidos com as cores Vitorianas, sentimo-nos muito bem recebidos, ainda deu para trocar dois agradáveis dedos de conversa com um bracarense braguista vestido de romano, que me confessou não ir ver um jogo pela primeira vez em 10 anos, por já se ter comprometido a participar num dos grupos da organização do Braga Romana.

Depois de assistir a vários espetáculos de rua, terminámos a tarde a fazer um lanche "ajantarado" no Café Vianna (obrigado Zé, pela dica - acabámos por almoçar lá também no domingo).

Saída tardia para o estádio, acabámos por ter alguma dificuldade em percorrer o percurso até ao estádio, acabando por já chegar depois das 20:15.

Estacionado o carro, dirigi-me às bilheteiras onde deixei o saco de alimentos que levei desde Setúbal.

E aqui começou a parte pior do passeio. Ainda do lado fora o Vitória sofre o primeiro golo. Depois de passar os portões de acesso, demorámos quase 5 minutos a chegar à porta 8, para onde tínhamos os bilhetes.

Estava fechada, deixaram-nos passar pela porta 10, encaminhando-nos para o local destinado às claques das equipas adversárias.

Daqui até ao +- 10.º piso (não contei, mas devemos ter subido mais de 10 lanços de escadas!) demorámos perto de 10 minutos. A minha mulher tem bronquite asmática, e subir com 3 crianças - a mais nova com 3 anos - que levei a maior parte do caminho ao colo, não é mesmo nada fácil.

Perguntei se tinham elevador (que vi parado no rés-do-chão), informaram que estava avariado (não estava).

Chegados ao piso superior, deu para assistir ao também passeio da minha equipa por Braga.

De facto o Vitória parecia ter ido para passear. Não magoar ninguém e ter uma atitude muito passiva no jogo. Até me pareceu que no fim o Braga estava disposto a sofrer um golo para compensar e agradecer a forma pouco aguerrida como os jogadores do Vitória estavam no jogo.

Quanto ao local: péssimo para se ver uma partida de futebol, como aliás todos os locais onde fiquemos muito altos em relação ao relvado. Não dá para ter noção da altura da bola ao chão, agravado pela rede que dá à coisa um aspeto, no mínimo, desumano (embora compreenda que muitos adeptos o mereçam, pela desumanidade que por vezes lhes é caraterística). Um à parte: não sei para onde caminhamos no que toca ao respeito e ao saber-estar desportivo.

Ao intervalo outra desilusão. Não havia um único ponto de venda de águas (pelo menos águas!). Falando com o segurança, lá me encaminhou e desceu comigo (um obrigado a este Senhor) todos os pisos até ao bar do piso zero, onde me permitiu passar a vedação para me poder dirigir ao bar que servia os adeptos da casa. Está visto que começa a ser proibido ir com crianças a estádios.

Do estádio, muito bonito, acabei por levar as melhores recordações nas fotografias que tirei com o telemóvel, com a família e do por do Sol. Do resto da partida só gostei mesmo de um lance do Yann (muito bom jogador a quem estranhamente quer o Domingos quer o Ribeiro poucos minutos deram) e outro do Suk.

Poucos adeptos do Vitória. É verdade. Mas quem conhece a realidade do Clube sabe que as sucessivas direções desde 2000 para cá, mais parecem promover o divórcio com os adeptos. Depois, a viagem: cara e cansativa. Para além disso, a motivação em acompanhar uma equipa que pouco luta, a um estádio onde sinceramente, percebo porque é que quem já tinha vindo, diz já não voltar... isto tudo, com tudo já definido em termos de objetivos.

E dar apoio desde mais de 30m de altura, a uma equipa que não transmite vontade, e onde entre os 14 adeptos, 3 eram crianças e 4 eram mulheres, digamos que é uma tarefa no mínimo ingrata.

No final ainda aplaudimos 2 ou 3 jogadores que ainda se dignaram a notar que estávamos presentes... até porque alguns ainda o merecem... e até porque no fim sabemos que não deve ser fácil jogar com vencimentos em atraso.

Enfim...

Ao final, a polícia informou-nos que teríamos que aguardar pela autorização para sairmos do estádio! 14 pessoas!

Quase um quarto de hora depois pude descer com a família e com os elementos do VIII Exército... que vim a perceber tinham estacionado a carrinha onde foram, dentro dos terrenos do estádio, e que estava parqueada... mesmo junto à porta 10.

Conclusão, sem qualquer acompanhamento policial, e eu a minha família lá fomos pelo caminho até ao nosso carro, misturados com os adeptos do Braga que se iam cruzando por nós, dentro do ambiente saudável que se quer e conversando aqui e ali com gente de bem, sem qualquer problema, como aliás é natural, quando as pessoas são racionais e tolerantes.

Chegados novamente ao centro de Braga, pudemos continuar a participar na festa romana, onde a simbiose da população com a cidade está bem vincada.

Domingo acabámos por almoçar novamente no Café Vianna (a este local vou voltar certamente), com uns amigos que foram do Porto ter connosco a Braga.

Antes de rumar a Setúbal, um salto obrigatório ao Bom Jesus (agradável saber que está em restauro - esperemos que não sejam obras de "Santa Engrácia")... e um lanche de final de tarde na Maria Bolacha.

23:50 chegada a Setúbal, já com os miudos com os pijamas vestidos após a paragem numa AS da autoestrada para uma sopinha, e toca a acartar com eles ao colo até às camas.

Esta é a paixão por um emblema que sei que vocês compreendem. Não há cá vontade para ser adepto de um qualquer dos 3 metralhas, que são levados ao colo pelos orgãos de comunicação social.

Não há que ser grande no futebol português, mas sim Enorme, como vocês, tal como nós, temos nos nossos cachecóis. E Enorme sim, porque para sermos do clube da terra temos que ter uma alma imensa, um orgulho ímpar nas nossas origens e uma capacidade de tolerância e resiliência para enfrentar caminhos menos fáceis.

Não sou do Vitória porque ganha mais títulos, ou porque tem equipas melhores. Sou do Vitória quando ganha, mas também quando perde... Sou do Vitória, porque sou de Setúbal. Não torço pelo Brasil ou pela Alemanha porque ganharam mais títulos, torço por Portugal porque sou português. É uma questão de inteligência e de respeito pelas raízes.

Resta dar os parabéns ao SC Braga, aos bracarenses e aos Braguistas. Pela cidade, pelo Clube, e, mais do que pelo triunfo de sábado, pelo 4.º lugar e pela ida à final da Taça. Espero sinceramente que a vençam.

Ainda acredito num milagre que nos permita termos também um estádio novo, contas saldadas e equipas competitivas...

É que se por um lado o Vitória é dos poucos clubes portugueses com 2 títulos (3, se contarmos com a Taça Ibérica ganha ao Bétis, vencedor da Taça do Rei em 2005) neste século (1 Taça de Portugal em 2005 e uma Taça da Liga em 2008,... e ainda com mais outra final da Taça de Portugal jogada em 2006), deve ser dos que mais dificuldades financeiras atravessa... sem poder aspirar a ter o equivalente a 1/10 das benesses que o Fisco concede por exemplo ao Benfica de Lisboa.

Mas nunca deixarei de ter orgulho no Vitória, pelo que representa (a cidade de Setúbal e as suas gentes) e respeito pelo seu passado - em poucos traços: 67 presenças na 1.ª divisão; um 2.º lugar; 14 épocas europeias; 64 jogos europeus (alguns deles com resultados absolutamente fantásticos); 3 Taças de Portugal em 10 finais; 1 Taça da Liga; 1 Taça Ibérica e tantos outros factos de prestígio  + em    http://pt.wikipedia.org/wiki/Vit%C3%B3ria_Futebol_Clube#Palmar.C3.A9s_e_historial

Desculpem o testamento,
Obrigado pelo espaço e pela simpatia,
Saudações Vitorianas e Braguistas,

Sócio 5679 VFC

Sif

Quote from: sócio 5679 vfc on 25 de May de 2015, 15:51
Esta é a paixão por um emblema que sei que vocês compreendem. Não há cá vontade para ser adepto de um qualquer dos 3 metralhas, que são levados ao colo pelos orgãos de comunicação social.

Não há que ser grande no futebol português, mas sim Enorme, como vocês, tal como nós, temos nos nossos cachecóis. E Enorme sim, porque para sermos do clube da terra temos que ter uma alma imensa, um orgulho ímpar nas nossas origens e uma capacidade de tolerância e resiliência para enfrentar caminhos menos fáceis.

Não sou do Vitória porque ganha mais títulos, ou porque tem equipas melhores. Sou do Vitória quando ganha, mas também quando perde... Sou do Vitória, porque sou de Setúbal. Não torço pelo Brasil ou pela Alemanha porque ganharam mais títulos, torço por Portugal porque sou português. É uma questão de inteligência e de respeito pelas raízes.


onde é que se aplaude?

Olho Vivo

Quote from: sócio 5679 vfc on 25 de May de 2015, 15:51
Do estádio, muito bonito, acabei por levar as melhores recordações nas fotografias que tirei com o telemóvel, com a família e do por do Sol. Do resto da partida só gostei mesmo de um lance do Yann (muito bom jogador a quem estranhamente quer o Domingos quer o Ribeiro poucos minutos deram) e outro do Suk.

Muito obrigado pelas simpáticas palavras e pelo relato de um fim-de-semana bem passado nas nossas terras (resultado desportivo à parte, claro). Ainda bem que se sentiu bem acolhido por cá!

Mas queria perguntar-lhe, a propósito das suas palavras que acima citei e em relação à sua equipa, se há alguma razão para este Yann ter jogado tão pouco. Já gostara dos minutos que lhe vira no nosso jogo do Bonfim e, neste, voltou a mostrar uma qualidade com bola impressionante. Há alguma explicação para tão poucos minutos de jogo?

rpo.castro

Caro sócio 5679 vfc,

Muito obrigado pelas palavras que nos dirigiu. É assim que o futebol devia ser vivido por todos.
Como sócio do SCB só me resta lamentar que a sua visita tenha sido pontuada por alguns precalços que afastam as pessoas do estádio, mas esperamos poder receber-lo novamente em breve (depois das férias).

De tudo queria só destacar:

Quote from: Olive Dunham on 25 de May de 2015, 16:13
Quote from: sócio 5679 vfc on 25 de May de 2015, 15:51
Esta é a paixão por um emblema que sei que vocês compreendem. Não há cá vontade para ser adepto de um qualquer dos 3 metralhas, que são levados ao colo pelos orgãos de comunicação social.

Não há que ser grande no futebol português, mas sim Enorme, como vocês, tal como nós, temos nos nossos cachecóis. E Enorme sim, porque para sermos do clube da terra temos que ter uma alma imensa, um orgulho ímpar nas nossas origens e uma capacidade de tolerância e resiliência para enfrentar caminhos menos fáceis.

Não sou do Vitória porque ganha mais títulos, ou porque tem equipas melhores. Sou do Vitória quando ganha, mas também quando perde... Sou do Vitória, porque sou de Setúbal. Não torço pelo Brasil ou pela Alemanha porque ganharam mais títulos, torço por Portugal porque sou português. É uma questão de inteligência e de respeito pelas raízes.


onde é que se aplaude?
Apoiem o clube da vossa terra
Quem não sente não é filho de boa gente.

PAF

Antes de mais parabéns ao adepto vitoriano por esta salutar interacção entre adeptos que devia ser regra e não excepção neste mundo do futebol.

No resto este pequeno relato do adepto vitoriano devia fazer corar de vergonha qualquer dirigente do Braga, eu pelo menos teria vergonha, mas mesmo grande de receber desta forma pessoas que nos visitam e pior ainda muitas vezes pagam bem pago um bilhete de jogo. No fim são tratados basicamente como animais, sem qualquer respeito pelo adepto, que basicamente é um cliente, que fosse onde fosse deve (ou devia) ser tratado com o máximo de atenção de modo a ficar satisfeito e a regressar um dia e melhor ainda fazer vir outros. O que acontece por parte do Braga é precisamente o contrário...fazem tudo para que não regressem, para ver um jogo certamente nunca mais põe os pés em Braga, menos ainda aconselhar outros, é esta a triste imagem que deixamos, isto num jogo com meia dúzia de gatos pingados do adversário.
Quanto ás crianças, há muito os estádios deixaram de ser um ambiente para crianças, infelizmente.
Deve também fazer corar de vergonha Souto Moura... eu pelo menos teria vergonha de no sec XXI um arquitecto desta nomeada fazer um estádio com as condições descritas.
Mas é o que temos neste belo país à beira mar plantado.

Pé Ligeiro

Quote from: sócio 5679 vfc on 25 de May de 2015, 15:51
Caros amigos,

pois bem, tal como tinha referido, venho aqui deixar os comentários deste "pós-passeio" a Braga.

Arranquei de Setúbal com a família pelas 11 horas, chegando a Braga pelas 16:30, com uma paragem para almoço.

Estacionei o carro na Praça Conde Agrolongo, de forma a acesso rápido à guest house onde ficámos alojados ("Tea4Nine" - passe a publicidade e a recomendação).

Acabados de instalar, lá entrámos no evento Braga Romana. Deixo desde já os meus parabéns pela forma como está organizado e como a interação com o público é conseguida, parabéns que estendo aos bracarenses pela forma generalizada como participam e pela vida que dão ao evento.

Vestidos com as cores Vitorianas, sentimo-nos muito bem recebidos, ainda deu para trocar dois agradáveis dedos de conversa com um bracarense braguista vestido de romano, que me confessou não ir ver um jogo pela primeira vez em 10 anos, por já se ter comprometido a participar num dos grupos da organização do Braga Romana.

Depois de assistir a vários espetáculos de rua, terminámos a tarde a fazer um lanche "ajantarado" no Café Vianna (obrigado Zé, pela dica - acabámos por almoçar lá também no domingo).

Saída tardia para o estádio, acabámos por ter alguma dificuldade em percorrer o percurso até ao estádio, acabando por já chegar depois das 20:15.

Estacionado o carro, dirigi-me às bilheteiras onde deixei o saco de alimentos que levei desde Setúbal.

E aqui começou a parte pior do passeio. Ainda do lado fora o Vitória sofre o primeiro golo. Depois de passar os portões de acesso, demorámos quase 5 minutos a chegar à porta 8, para onde tínhamos os bilhetes.

Estava fechada, deixaram-nos passar pela porta 10, encaminhando-nos para o local destinado às claques das equipas adversárias.

Daqui até ao +- 10.º piso (não contei, mas devemos ter subido mais de 10 lanços de escadas!) demorámos perto de 10 minutos. A minha mulher tem bronquite asmática, e subir com 3 crianças - a mais nova com 3 anos - que levei a maior parte do caminho ao colo, não é mesmo nada fácil.

Perguntei se tinham elevador (que vi parado no rés-do-chão), informaram que estava avariado (não estava).

Chegados ao piso superior, deu para assistir ao também passeio da minha equipa por Braga.

De facto o Vitória parecia ter ido para passear. Não magoar ninguém e ter uma atitude muito passiva no jogo. Até me pareceu que no fim o Braga estava disposto a sofrer um golo para compensar e agradecer a forma pouco aguerrida como os jogadores do Vitória estavam no jogo.

Quanto ao local: péssimo para se ver uma partida de futebol, como aliás todos os locais onde fiquemos muito altos em relação ao relvado. Não dá para ter noção da altura da bola ao chão, agravado pela rede que dá à coisa um aspeto, no mínimo, desumano (embora compreenda que muitos adeptos o mereçam, pela desumanidade que por vezes lhes é caraterística). Um à parte: não sei para onde caminhamos no que toca ao respeito e ao saber-estar desportivo.

Ao intervalo outra desilusão. Não havia um único ponto de venda de águas (pelo menos águas!). Falando com o segurança, lá me encaminhou e desceu comigo (um obrigado a este Senhor) todos os pisos até ao bar do piso zero, onde me permitiu passar a vedação para me poder dirigir ao bar que servia os adeptos da casa. Está visto que começa a ser proibido ir com crianças a estádios.

Do estádio, muito bonito, acabei por levar as melhores recordações nas fotografias que tirei com o telemóvel, com a família e do por do Sol. Do resto da partida só gostei mesmo de um lance do Yann (muito bom jogador a quem estranhamente quer o Domingos quer o Ribeiro poucos minutos deram) e outro do Suk.

Poucos adeptos do Vitória. É verdade. Mas quem conhece a realidade do Clube sabe que as sucessivas direções desde 2000 para cá, mais parecem promover o divórcio com os adeptos. Depois, a viagem: cara e cansativa. Para além disso, a motivação em acompanhar uma equipa que pouco luta, a um estádio onde sinceramente, percebo porque é que quem já tinha vindo, diz já não voltar... isto tudo, com tudo já definido em termos de objetivos.

E dar apoio desde mais de 30m de altura, a uma equipa que não transmite vontade, e onde entre os 14 adeptos, 3 eram crianças e 4 eram mulheres, digamos que é uma tarefa no mínimo ingrata.

No final ainda aplaudimos 2 ou 3 jogadores que ainda se dignaram a notar que estávamos presentes... até porque alguns ainda o merecem... e até porque no fim sabemos que não deve ser fácil jogar com vencimentos em atraso.

Enfim...

Ao final, a polícia informou-nos que teríamos que aguardar pela autorização para sairmos do estádio! 14 pessoas!

Quase um quarto de hora depois pude descer com a família e com os elementos do VIII Exército... que vim a perceber tinham estacionado a carrinha onde foram, dentro dos terrenos do estádio, e que estava parqueada... mesmo junto à porta 10.

Conclusão, sem qualquer acompanhamento policial, e eu a minha família lá fomos pelo caminho até ao nosso carro, misturados com os adeptos do Braga que se iam cruzando por nós, dentro do ambiente saudável que se quer e conversando aqui e ali com gente de bem, sem qualquer problema, como aliás é natural, quando as pessoas são racionais e tolerantes.

Chegados novamente ao centro de Braga, pudemos continuar a participar na festa romana, onde a simbiose da população com a cidade está bem vincada.

Domingo acabámos por almoçar novamente no Café Vianna (a este local vou voltar certamente), com uns amigos que foram do Porto ter connosco a Braga.

Antes de rumar a Setúbal, um salto obrigatório ao Bom Jesus (agradável saber que está em restauro - esperemos que não sejam obras de "Santa Engrácia")... e um lanche de final de tarde na Maria Bolacha.

23:50 chegada a Setúbal, já com os miudos com os pijamas vestidos após a paragem numa AS da autoestrada para uma sopinha, e toca a acartar com eles ao colo até às camas.

Esta é a paixão por um emblema que sei que vocês compreendem. Não há cá vontade para ser adepto de um qualquer dos 3 metralhas, que são levados ao colo pelos orgãos de comunicação social.

Não há que ser grande no futebol português, mas sim Enorme, como vocês, tal como nós, temos nos nossos cachecóis. E Enorme sim, porque para sermos do clube da terra temos que ter uma alma imensa, um orgulho ímpar nas nossas origens e uma capacidade de tolerância e resiliência para enfrentar caminhos menos fáceis.

Não sou do Vitória porque ganha mais títulos, ou porque tem equipas melhores. Sou do Vitória quando ganha, mas também quando perde... Sou do Vitória, porque sou de Setúbal. Não torço pelo Brasil ou pela Alemanha porque ganharam mais títulos, torço por Portugal porque sou português. É uma questão de inteligência e de respeito pelas raízes.

Resta dar os parabéns ao SC Braga, aos bracarenses e aos Braguistas. Pela cidade, pelo Clube, e, mais do que pelo triunfo de sábado, pelo 4.º lugar e pela ida à final da Taça. Espero sinceramente que a vençam.

Ainda acredito num milagre que nos permita termos também um estádio novo, contas saldadas e equipas competitivas...

É que se por um lado o Vitória é dos poucos clubes portugueses com 2 títulos (3, se contarmos com a Taça Ibérica ganha ao Bétis, vencedor da Taça do Rei em 2005) neste século (1 Taça de Portugal em 2005 e uma Taça da Liga em 2008,... e ainda com mais outra final da Taça de Portugal jogada em 2006), deve ser dos que mais dificuldades financeiras atravessa... sem poder aspirar a ter o equivalente a 1/10 das benesses que o Fisco concede por exemplo ao Benfica de Lisboa.

Mas nunca deixarei de ter orgulho no Vitória, pelo que representa (a cidade de Setúbal e as suas gentes) e respeito pelo seu passado - em poucos traços: 67 presenças na 1.ª divisão; um 2.º lugar; 14 épocas europeias; 64 jogos europeus (alguns deles com resultados absolutamente fantásticos); 3 Taças de Portugal em 10 finais; 1 Taça da Liga; 1 Taça Ibérica e tantos outros factos de prestígio  + em    http://pt.wikipedia.org/wiki/Vit%C3%B3ria_Futebol_Clube#Palmar.C3.A9s_e_historial

Desculpem o testamento,
Obrigado pelo espaço e pela simpatia,
Saudações Vitorianas e Braguistas,

Sócio 5679 VFC

Excelente texto do nosso amigo Vitoriano. Concordo com tudo o que disse, inclusivamente, com as críticas que fez aos acessos ao estádio e aos bares (ou a falta deles). A parte mais tocante é aquela que para mim também a razão de ser adepto do Braga e não de um clube qualquer que ganha muitas vezes. Sou do Braga porque é o clube da minha terra, da minha região, da minha gente (apesar de viver em Lisboa, nasci e cresci no Minho - Arcos de Valdevez - estudei em Braga do 5º ao 9 ano - altura em que vivia o dia-a-dia do meu clube mais de perto (pelo meno fisicamente) - é no Minho que continua boa parte da minha família).
BRAGA SEMPRE MAIS!

A.COSTA

Votação terminada. Eleito MGP ... ÉDER.

Parece de regresso o ENORME avançado que decide jogos.

Contamos com ÉDER, e todos claro, no Jamor.

Logo que possa disponibilizou as estatísticas dos marcadores e de MGP.
[b] No S. C. BRAGA só nos baixamos para beijar o símbolo

A.COSTA

Em primeiro lugar quero felicitar o "forista" sócio 5679 vfc. Em boa hora aprovei as suas primeiras mensagens. Este gente boa é bem-vinda ao fórum e ao desporto. Fazem bem ao ar que respiramos.

Li com atenção todo o texto escrito (longo, mas lê-se bem) e fiquei a pensar que isto é o desporto. Em relação aos aspetos negativos espero que a direção corrija com urgência o péssimo e caro serviço dos bares do estádio. Não faz sentido nenhum.

À semelhança deste forista, que felizmente foi bem acolhido no nosso meio, espero que os adeptos sadinos sejam "Gverreiros do Minho" na final, tal como nós fomos vitorianos na final em que o EDUARDO ajudou a ganhar a estes mesmos lagartos.  ;) ;) ;) ;) ;)

O futebool e o desporto vão muito para lém dos aspetos negativos e da violência. Felizmente.
[b] No S. C. BRAGA só nos baixamos para beijar o símbolo

A.COSTA

Estatística prometida.

Melhor marcador da Liga:


Melhor marcador de todas as competições:


MGP (Melhor Gverreiro da Partida) em todas as competições:

[b] No S. C. BRAGA só nos baixamos para beijar o símbolo