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Arbitragens e apitadeiros

Started by Robalo, 30 de August de 2014, 23:21

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Observador

Se o Nuno Almeida fosse sócio do Braga já tinha saído um comunicado sobre a arbitragem "profundamente lamentável"

Como não é, andamos com uns tweets a título privado...

Hucry

Este ano vamos ser gamados forte e feio... já se percebeu que o objetivo é já arrumar connosco neste início para começar já a destoar.

É começar a chamar os bois pelos nomes como fizemos com o Ladrão Mostovoi, denunciá-los e intimidá-los para perceberem que não podem fazer o que quer e lhes apetece contra o Braga, é chamar os bois pelos nomes e começar a compilar os lances.

Este ano já deu para ver que vamos ter guerra desde o início.. que não sejamos parvos nem sejamos comidos cebolada, enterremos quem nos quer enterrar a nós.

Somos Braga!

Curiosamente (ou talvez não) os Espanhois também se queixam da arbitragem.

É sempre a mesma treta, no fim, TODAS as equipas são roubadas e não há nenhuma beneficiada. Faz parte da condição de ser adepto, somos sempre roubados.

De forma muito romantica e, reconheço, pouco racional tendo em vista a maximização dos resultados, concordo que o Braga tenha uma postura diferente dos 3 em relação à arbitragem. Já temos lodo que chegue. O futebol merecia melhores dirigentes.

Enviado do meu SM-A515F através do Tapatalk
O verdadeiro adepto vê-se nas derrotas!

D_PAC

Foi um Rou.Var à descarada...
#VãoTerDeContarConnosco

Hucry

Quote from: Somos Braga! on 30 de August de 2021, 18:04
Curiosamente (ou talvez não) os Espanhois também se queixam da arbitragem.

É sempre a mesma treta, no fim, TODAS as equipas são roubadas e não há nenhuma beneficiada. Faz parte da condição de ser adepto, somos sempre roubados.

De forma muito romantica e, reconheço, pouco racional tendo em vista a maximização dos resultados, concordo que o Braga tenha uma postura diferente dos 3 em relação à arbitragem. Já temos lodo que chegue. O futebol merecia melhores dirigentes.

Enviado do meu SM-A515F através do Tapatalk

O futebol também merecia melhores árbitros, o lodo é geral e os árbitros também não escapam, como contribuem para tal, já por aí devem ser chamados à razão tal como acontece aos dirigentes e não passarem pelos pingos da chuva.

Gostava de ver os adeptos do Guimarães a queixarem-se se tivessem parado dois ataques iminentes de golo, por faltas inexistentes, em que o árbitro não agiu em conformidade com o protocolo do VAR (só por isto devia ser logo penalizado), até podia achar que era falta, mas não as podia apitar (mesmo ele teve dúvidas pois não apitou logo) e devia ter deixado a jogada chegar ao fim, tal como dita a regra.

É verdade que todos os adeptos se sentem lesados pela arbitragem, só que uns têm razão e outros não, por exemplo, os do Sporting que se queixam que são sempre prejudicados mas têm um trinco a distribuir lenha e a parar contra-ataques com falta durante o jogo todo e nunca é expulso, os do Porto queixam-se que são sempre prejudicados mas no ano passado devem ter tido 20 penaltis durante o campeonato, os do Benfica idem mas jogaram sei lá quantos jogos em superioridade numérica no ano passado por expulsões de adversários ainda na primeira parte, acontece com os outros? Todos se queixam mas os lesados são sempre os mesmos.

Na semana passada tiveste um árbitro a assinalar um penalti por mão na bola a favor do Portimonense contra o Tondela, a bola bateu no corpo do jogador do Tondela e foi à mão, exatamente como o lance do Esgaio no Braga-Sporting, o árbitro assinalou penálti.. curiosamente foi o Luis Godinho, o mesmo árbitro que não assinalou penalti do Esgaio contra o Sporting porque bateu no corpo primeiro. Coerências.

Compreendo que prefiras que o Braga se mantenha à margem do lodo do futebol português, mas eu sinceramente, acho que não dá... aqui quem cala consente e continua a ser comido de cebolada, curioso ou não, a partir do momento em que o Salvador veio a público denunciar o Mostovoi (árbitro que nos tem lesado gratuitamente ao longo destas últimas épocas, para mim, é factual) deixámos de ter problemas com ele e poucas vezes mais tivemos razão de queixa da arbitragem até ao final de época, mesmo na final da taça, onde o VAR era o Mostovoi, não tivemos qualquer problema com o VAR.

Não é uma atitude bonita, mas pôr a boca no trombone pelo menos levanta poeira e os árbitros vão ter mais cuidado, ninguém pede para ser beneficiado, somente igualdade de critérios e decisões para todos e se se tiver que denunciar quem anda a prejudicar o clube, porque um clube vive de resultados e não têm que ser intervenientes neutros a prejudicá-los, que assim seja, os árbitros também não têm que passar incólumes e alheios a tudo o que se passa como se não tivessem culpa no cartório, e se calhar até não têm, não tenho dúvidas que também deve haver pressões do próprio sistema.



Lipeste


joaoPC

Quote from: bstrider on 08 de September de 2021, 23:49
https://mobile.twitter.com/tiagodteixeira/status/1435726567326498828

É começar a fazer isto em todos os estádios!!! fica a sugestão [emoji2]
Isto surgiu nas finais da NBA deste ano em que o melhor jogador da equipa adversária demorava mais de 10 segundos a fazer o lance livre

Acho uma ideia bem interessante para se fazer mal se vê que o guarda redes está no jogo para perder tempo. Põe mais pressão no árbitro para dar amarelo que os típicos assobios

RuberAlbus

Dão o primeiro amarelo e fica-se por aí. Enquanto nenhum guarda-redes for expulso por perder tempo, isso nunca vai mudar.

(S)oon(C)hampion(B)raga

Quote from: joaoPC on 09 de September de 2021, 07:56
Quote from: bstrider on 08 de September de 2021, 23:49
https://mobile.twitter.com/tiagodteixeira/status/1435726567326498828

É começar a fazer isto em todos os estádios!!! fica a sugestão [emoji2]
Isto surgiu nas finais da NBA deste ano em que o melhor jogador da equipa adversária demorava mais de 10 segundos a fazer o lance livre

Acho uma ideia bem interessante para se fazer mal se vê que o guarda redes está no jogo para perder tempo. Põe mais pressão no árbitro para dar amarelo que os típicos assobios

era fixe era fazer isso em todas as paragens estranhas do jogo... falsas lesões... perdas de tempo a sair de campo nas substituições... consultas ao var...

isso é que era de valores!!!
[url="https://fb.watch/l3N5OntDOI/"]https://fb.watch/l3N5OntDOI/[/url]

Legião

#609
A equipa adversária até pode perder tempo desde que o árbitro no final dê os minutos de desconto corretos, sejam eles quantos forem. Recordo-me dum jogo do V.Guimarães esta época, em que tava a perder, que teve cerca de 13 minutos de desconto. No nosso jogo contra eles com o guarda-redes deles não sei quantas vezes a perder tempo, mais não sei quantas substituições e o árbitro deu apenas 4 minutos... uma falta, um fora de jogo pode deixar algumas dúvidas escolher os minutos do tempo de desconto a dar é uma decisão um pouco diferente.

Se a vinda de árbitros estrangeiros vier melhorar as arbitragens em Portugal por mim são bem-vindos.
Bracara Avgvsta - Fidelis et antiqva

Hucry

É uma excelente ideia, pelo simples facto de que é bastante embaraçoso quer para o guarda-redes como para o árbitro.

Em relação aos minutos de desconto, este ano os árbitros têm tentado compensar mais as paragens nos jogos, já vários jogos este ano na liga (e não me refiro só aos jogos dos estarolas), tiveram 8 minutos de compensação, mesmo na primeira parte tem se visto o árbitro a dar 2 e 3 minutos.

Até que chegou o Nuno Almeida e num jogo com inúmeras perdas de tempo por parte do Guimarães, decide terminar a primeira parte sem 1 segundo a mais e dar 4 minutos numa segunda parte onde se perdeu algum tempo...

O melhor de tudo para mim é quando um árbitro dá 5 minutos de desconto, joga-se 3 minutos desses 5 e chega aos 95 e termina o jogo.. isto é o que se vê mais, lembro-me do Marítimo-Farense no ano passado em que o árbitro dá 7 minutos e desses 7 se se jogaram 2 já foi muito.. chegou aos 96'55s e apitou para o final do jogo  ::) é um erro muito comum nos árbitros, não dar descontos sobre os descontos.

Hucry

Os árbitros muitas vezes tapam os olhos a pormenores, mas por exemplo, um guarda-redes só pode ter a bola na mão durante 6 segundos (não falo dos pontapés de baliza, mas sim em jogo jogado), raramente esta regra é respeitada, então quando agarram e se atiram para o chão para "apaziguar" o ritmo, deve chegar aos 10/15 segundos para soltarem a bola... já viram algum árbitro a assinalar uma falta destas? É livre indireto dentro de área caso assinale, eu nunca vi.

enormeBRAGA

Quote from: A4 on 09 de September de 2021, 12:50
Os árbitros muitas vezes tapam os olhos a pormenores, mas por exemplo, um guarda-redes só pode ter a bola na mão durante 6 segundos (não falo dos pontapés de baliza, mas sim em jogo jogado), raramente esta regra é respeitada, então quando agarram e se atiram para o chão para "apaziguar" o ritmo, deve chegar aos 10/15 segundos para soltarem a bola... já viram algum árbitro a assinalar uma falta destas? É livre indireto dentro de área caso assinale, eu nunca vi.
Já. Marítimo vs Braga, o nosso guarda redes era Artur Moraes


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#VãoTerDeContarConnosco

rpo.castro

Quote from: A4 on 09 de September de 2021, 12:50
Os árbitros muitas vezes tapam os olhos a pormenores, mas por exemplo, um guarda-redes só pode ter a bola na mão durante 6 segundos (não falo dos pontapés de baliza, mas sim em jogo jogado), raramente esta regra é respeitada, então quando agarram e se atiram para o chão para "apaziguar" o ritmo, deve chegar aos 10/15 segundos para soltarem a bola... já viram algum árbitro a assinalar uma falta destas? É livre indireto dentro de área caso assinale, eu nunca vi.
Encontrei isso que refere exactamente o que dizes.
Acho piada o Duarte Gomes dizer que não se aplica porque a regra é preventiva e não punitiva. No mesmo texto refere que na altura de um sporting-Braga Adan fez isso 10 vezes. Bem acho que a prevenção funcionou muito bem.

https://tribunaexpresso.pt/futebol-nacional/2021-01-09-Ha-uma-regra-que-proibe-o-guarda-redes-de-ter-a-bola-mais-do-que-seis-segundos-nas-maos-mas-ela-e-ignorada.-Porque-
Quem não sente não é filho de boa gente.

Hucry

Não fazia ideia que já tinha acontecido com o Braga, não me lembro do lance em questão, mas é mesmo muito raro (deve andar a rondar o 0) vermos árbitros a marcar este tipo de faltas.

Quote from: rpo.castro on 09 de September de 2021, 15:29
Acho piada o Duarte Gomes dizer que não se aplica porque a regra é preventiva e não punitiva. No mesmo texto refere que na altura de um sporting-Braga Adan fez isso 10 vezes. Bem acho que a prevenção funcionou muito bem.

https://tribunaexpresso.pt/futebol-nacional/2021-01-09-Ha-uma-regra-que-proibe-o-guarda-redes-de-ter-a-bola-mais-do-que-seis-segundos-nas-maos-mas-ela-e-ignorada.-Porque-

Sinceramente, até concordo que seja uma medida mais de prevenção, os 6 segundos de tolerância, parecem-me manifestamente pouco.. e concordo que o árbitro feche os olhos na sua maioria das vezes, no entanto nesse caso do Ádan sendo recorrente no mesmo jogo, a única medida preventiva a executar é a sanção, visto que já o fez várias vezes no mesmo jogo.. no entanto, sendo o guarda-redes da equipa que é em questão, um lance tão raro como este, ia dar pano para mangas e para o Record fazer mais uma perseguição ao árbitro, acaba por ser compreensível que o árbitro tenha algum receio de apitar face às repercussões. No entanto, considerando como uma medida preventiva e não punitiva, penso que o maior objetivo dela é que não se torne recorrente nos guarda-redes, tornando-se recorrendo, só resta punir para prevenir. Digo eu.

Mas há outras coisas que sou menos "tolerante", ver os jogadores a andar a passo para executar lançamentos ou para executar faltas assim como em cada lance de bola parada, o árbitro vir com aquelas conversinhas da treta para os jogadores por se estarem a agarrar é bem pior do que isto dos guarda-redes, mais que não seja pelo facto do jogo estar parado.

A FIFA quer implementar 30 minutos para cada parte com o tempo a parar cada vez que o jogo está parado, não sei se seria melhor ou não, por um lado prejudica que quer perder tempo e ainda bem mas por outro seria muito estranho um jogo de futebol chegar aos 30 minutos certos e acabar, se alguém aparecer isolado na cara do guarda-redes aos 29´59" já não vai conseguir marcar.. mas pelo que tenho visto, cada vez se joga menos e não é só em Portugal, ainda no outro dia vi um jogo da Serie A (Atalanda - Bolonha), que devem se ter jogado 25 minutos na segunda parte. Os árbitros têm que ter mais mão firme, na maioria dos casos, são coniventes com as perdas de tempo porque são obrigados.

Eskol

Quote from: A4 on 09 de September de 2021, 16:07
...mas por outro seria muito estranho um jogo de futebol chegar aos 30 minutos certos e acabar, se alguém aparecer isolado na cara do guarda-redes aos 29´59" já não vai conseguir marcar.

A ser implementado de certeza que não será assim. A maioria dos desportos com relógio "fixo" têm sistemas que salvaguardam essa questão. No basket e no hóquei no gelo um lançamento/remate é válido desde que saia do jogador antes do relógio bater nos 0:00, na NFL a última jogada pode demorar o tempo que for preciso desde que comece com pelo menos 1 segundo no relógio de jogo.
A aplicar no futebol seria semelhante ao rugby, o jogo só vai para intervalo/acaba na primeira bola morta depois do relógio chegar ao tempo alvo (e falta defensiva não conta como bola morta para este efeito, senão era uma festa).

rpo.castro

Quote from: Eskol on 09 de September de 2021, 16:32
Quote from: A4 on 09 de September de 2021, 16:07
...mas por outro seria muito estranho um jogo de futebol chegar aos 30 minutos certos e acabar, se alguém aparecer isolado na cara do guarda-redes aos 29´59" já não vai conseguir marcar.

A ser implementado de certeza que não será assim. A maioria dos desportos com relógio "fixo" têm sistemas que salvaguardam essa questão. No basket e no hóquei no gelo um lançamento/remate é válido desde que saia do jogador antes do relógio bater nos 0:00, na NFL a última jogada pode demorar o tempo que for preciso desde que comece com pelo menos 1 segundo no relógio de jogo.
A aplicar no futebol seria semelhante ao rugby, o jogo só vai para intervalo/acaba na primeira bola morta depois do relógio chegar ao tempo alvo (e falta defensiva não conta como bola morta para este efeito, senão era uma festa).
Seria estranho, embora já o seja (ainda mais?) com o VAR (tem um penalti marcado 2 ou 3 minutos depois ou até golos anulados é um anti-climax).
A implementar tempo fixo, teria de ser algo como isso da bola morta.
Quem não sente não é filho de boa gente.

joaoPC

Quote from: rpo.castro on 09 de September de 2021, 18:38
Quote from: Eskol on 09 de September de 2021, 16:32
Quote from: A4 on 09 de September de 2021, 16:07
...mas por outro seria muito estranho um jogo de futebol chegar aos 30 minutos certos e acabar, se alguém aparecer isolado na cara do guarda-redes aos 29´59" já não vai conseguir marcar.

A ser implementado de certeza que não será assim. A maioria dos desportos com relógio "fixo" têm sistemas que salvaguardam essa questão. No basket e no hóquei no gelo um lançamento/remate é válido desde que saia do jogador antes do relógio bater nos 0:00, na NFL a última jogada pode demorar o tempo que for preciso desde que comece com pelo menos 1 segundo no relógio de jogo.
A aplicar no futebol seria semelhante ao rugby, o jogo só vai para intervalo/acaba na primeira bola morta depois do relógio chegar ao tempo alvo (e falta defensiva não conta como bola morta para este efeito, senão era uma festa).
Seria estranho, embora já o seja (ainda mais?) com o VAR (tem um penalti marcado 2 ou 3 minutos depois ou até golos anulados é um anti-climax).
A implementar tempo fixo, teria de ser algo como isso da bola morta.
Tambem devem ter achado muito estranho na altura em que acrescentaram substituições ao jogo, deixaram de permitir que o guarda redes apanhasse a bola depois de um atraso ou o fora de jogo.

Nos dias de hoje toda a gente vê como regras básicas e fundamentais do jogo

Lipeste


Lipeste

tribunaexpresso.pt

Não haverá milagres. Os jogos arbitrados por portugueses, franceses ou somalis continuarão a ter erros, polémicas e críticas descabidas

Na sua crónica semanal, Duarte Gomes escreve sobre o programa de troca de árbitros internacionais que, este fim de semana, trará o francês Willy Delajod para apitar o Paços de Ferreira-Sp. Braga. O antigo árbitro português, contudo, lamenta que tal não vai corrigir a "parcialidade emocional e o vazio cultural daqueles que julgam" os homens do apito "cá de fora"


O intercâmbio de árbitros

Dezassete anos depois da ideia ter sido sugerida pela primeira vez, o programa de intercâmbio de árbitros vai mesmo concretizar-se na próxima jornada. Willy Delajod, internacional francês de 28 anos, viajará até ao norte para dirigir o FC P. Ferreira-SC Braga do próximo sábado.

No sentido inverso — algo menos mediatizado, o que não deixa de ser surpreendente — Luís Godinho e Bruno Esteves (VAR) estarão no Bordéus-Lens (domingo, às 14H).

Este é um momento pioneiro, que deve ficar registado como um marco importante na história da arbitragem portuguesa.

Apesar de vários ensaios feitos em épocas anteriores (árbitros portugueses já dirigiram dezenas de jogos de ligas estrangeiras, como a saudita, grega ou ucraniana), a verdade é que o programa de intercâmbio nunca antes tinha sido concretizado nestes moldes: com troca de árbitros direta, na mesma jornada e na sequência de acordo firmado entre federações nacionais (no caso, FPF e FFF).A resistência à mudança é normal e, muitas vezes, levanta questões relevantes que só o tempo encarrega-se de esclarecer:

— "Será que estas iniciativas desvalorizam a qualidade e competência dos nossos árbitros? Será que são um subterfúgio para poupá-los à exposição de jogos mais acalorados? Será que o mundo do futebol (de jogadores a adeptos) aceitará com agrado a mudança pontual de paradigma?"

Tendo em conta a forma como a ideia foi pensada, elaborada e explicada, estou certo que não há motivo para alarme. Pelo contrário.

O espírito subjacente a este protocolo assenta em duas ideias nobres: formação e desenvolvimento. Árbitros mais jovens ou em início de carreira internacional têm aqui a oportunidade de adquirirem mais experiência e conhecerem outras realidades competitivas.

Para eles, será mais uma nomeação internacional, mas para um jogo diferente (de uma liga doméstica), não para uma qualquer partida da UEFA.

Será, na verdade, um win-win: o jogo será a sério, terá lugar noutro contexto desportivo e cultural e sem a pressão nefasta da pré-avaliacão pública (em função de erros cometidos em jogos anteriores).

Para os clubes tudo certo também, porque o que basta apenas é que apareça um árbitro oficialmente nomeado para exercer a sua função.

Uma equipa profissional não pode nem deve perder tempo com variáveis que não controla. Que não dependem de si. A questão da barreira comunicacional também é falsa. A língua oficial do futebol é universal e o inglês é falado em todo o lado.Também o árbitro sente necessidade de falar com os jogadores (mais do que eles com ele), mas quando não o consegue pelo idioma, consegue-o através do olhar, dos gestos ou do som do apito.

Não será determinante no intercâmbio, como nunca foi em nenhuma eliminatória europeia. Tudo se ultrapassa com facilidade e sem esforço, desde que cada um dos agentes desportivos envolvidos foque nos seus direitos e deveres. Nos seus objetivos.

Quanto aos riscos de utilizar esta parceria para fins "perversos", penso que são quase nulos.

Se a ideia fosse nomear árbitros estrangeiros para jogos decisivos ou mediáticos, seria a verdade invertida dos fins que aqui se pretende alcançar. Mas não é. O que se pretende mesmo é uma troca de funções baseada em pressupostos positivos, didáticos e construtivos.

Uma troca que, ressalve-se, não faz nem fará milagres.

Os jogos arbitrados por portugueses, franceses ou somalis continuarão a ter erros, polémicas e críticas descabidas. O problema não está apenas nos humanos que têm a difícil missão de acertar em campo. Está sobretudo na parcialidade emocional e vazio cultural daqueles que os julgam cá de fora.

em: https://tribunaexpresso.pt/opiniao/2021-09-09-Nao-havera-milagres.-Os-jogos-arbitrados-por-portugueses-franceses-ou-somalis-continuarao-a-ter-erros-polemicas-e-criticas-descabidas-050856d7