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Um livro para o Natal

Started by Karl, 11 de October de 2010, 21:53

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Karl

#40
Porque eu estava muito entusiasmado não vai ser uma extensão para o envio de artigos sobre Braga para o livro. Por favor, continuem a enviar artigos e pedir a seus amigos para enviar alguns em demasiado. Se você conhece alguém que vivem no exterior ou fora de Braga pedir-lhes para escrever alguma coisa .. mesmo algumas linhas .. Cada pedacinho vai tornar o livro interessante.

A extensão de até 31 de dezembro.

Os artigos não têm que ser sobre um jogo. Elas podem ser sobre qualquer coisa relacionada ao Braga. Nossas lembranças são todas diferentes. Portanto, se houver mais de um artigo sobre o mesmo jogo, não importa.



Obrigado TRANSLITO!!!!

Zusco


Carvalhux


lezani

Há muito, muito tempo....era eu uma criança que sonhava com um embate entre os dois Arsenal. O original de Londres e o meu, o de Braga, do Minho de Portugal. Falou-se com intensidade na possibilidade de ser "o" de Londres a apadrinhar a inauguração do novo Estádio, no entanto, a pouca disponibilidade de calendário ou o pouco interesse do colosso inglês fez com que o jogo inaugural fosse com o Celta de Vigo, clube galego que dispunha na altura de grande reputação e projecção europeia.
Ao longo dos anos nunca aconteceu o emparelhamento tão sonhado pelos braguistas. O Tottenham, por exemplo, já repetiu o confronto com o Braga mas o Arsenal é que nunca calhava. Até que surge a época de ouro do Clube da cidade dos Arcebispos. O Braga luta pela conquista do campeonato até à última jornada e acaba num histórico segundo lugar, conseguindo a proeza da entrada nas pré eliminatórias da Champions League. Vivia-se intensamente o clube e esperava-se que a sorte não fosse madrasta no sorteio. Saiu o Celtic de Glasgow!!! Principal clube da Escócia ao lado dos Rangers. Algum pessimismo apareceu em Portugal mas não nos Gverreiros do Minho! O Braga passou a eliminatória e agora era esperar que o Sorteio fosse mais "amigo" desta vez e não colocasse o Sevilha no nosso caminho. Mas  estava escrito que o Braga tinha mesmo que assumir internacionalmente a projecção que já atingira em Portugal. Foram então muitos os profetas da desgraça a dizerem que se tinha acabado o sonho, que já tinha sido bom passar a 1ª pré eliminatória. Mas vivemos então, em terras Andaluzas, uma das maiores vitórias do Clube. Entravamos assim no Sorteio da fase de grupos depois de duas vitórias sobre o "papão" Sevilha. O Braga passou a ser um grande na Europa. Tudo o que rodeia a Champions League é magnitude! O Sorteio é um acontecimento marcante e o Arsenal de Londres calha no grupo do S. C. Braga!!!! Londres marcará a estreia do Braga na fase de grupos da competição!!! Que começo mais incrível! A estreia correu mal, muito mal. Pesada derrota, que pesa e pesa nos braguistas! Os "aziados" (em espanhol também se escreve assim) riram-se e diziam que oi Braga ia ser a vergonha do País. A segunda jornada realizava-se em Braga e o jogo era diante do Shaktar, vencedor da Europa League de 2008/09. E o Braga jogou bem, muito bem e perdeu. Estava difícil o inicio da participação do Clube. Mas os braguistas acreditaram (só nós!) e duas vitórias sobre o Partizan deram 6 pontos e 1600 mil euros ao Braga. O Braga limpava um pouco a imagem deixada em Londres. E preparava-se para o jogo mais esperado de sempre. No dia 23 de Novembro defrontaria o Arsenal no Estádio AXA.

Foi um jogo histórico com resultado histórico, com vivências históricas e a provocar "azias" históricas em Portugal e na mini espanha! Eu posso dizer: "tal como em Sevilha, eu estive lá!"
Perco tempo a escrever isto, podes pensar...eu respondo:
"quem não sente não entende"
[url="http://carloslezonboucas.blogspot.com"]http://carloslezonboucas.blogspot.com[/url]

Hélder 79

Pelo que eu percebi Karl, podemos enviar-te os textoas até dia 31 de Dezembro, certo? 
???  :)

Nééé_SCBRAGA

Quote from: lezani on 26 de November de 2010, 22:28
Há muito, muito tempo....era eu uma criança que sonhava com um embate entre os dois Arsenal. O original de Londres e o meu, o de Braga, do Minho de Portugal. Falou-se com intensidade na possibilidade de ser "o" de Londres a apadrinhar a inauguração do novo Estádio, no entanto, a pouca disponibilidade de calendário ou o pouco interesse do colosso inglês fez com que o jogo inaugural fosse com o Celta de Vigo, clube galego que dispunha na altura de grande reputação e projecção europeia.
Ao longo dos anos nunca aconteceu o emparelhamento tão sonhado pelos braguistas. O Tottenham, por exemplo, já repetiu o confronto com o Braga mas o Arsenal é que nunca calhava. Até que surge a época de ouro do Clube da cidade dos Arcebispos. O Braga luta pela conquista do campeonato até à última jornada e acaba num histórico segundo lugar, conseguindo a proeza da entrada nas pré eliminatórias da Champions League. Vivia-se intensamente o clube e esperava-se que a sorte não fosse madrasta no sorteio. Saiu o Celtic de Glasgow!!! Principal clube da Escócia ao lado dos Rangers. Algum pessimismo apareceu em Portugal mas não nos Gverreiros do Minho! O Braga passou a eliminatória e agora era esperar que o Sorteio fosse mais "amigo" desta vez e não colocasse o Sevilha no nosso caminho. Mas  estava escrito que o Braga tinha mesmo que assumir internacionalmente a projecção que já atingira em Portugal. Foram então muitos os profetas da desgraça a dizerem que se tinha acabado o sonho, que já tinha sido bom passar a 1ª pré eliminatória. Mas vivemos então, em terras Andaluzas, uma das maiores vitórias do Clube. Entravamos assim no Sorteio da fase de grupos depois de duas vitórias sobre o "papão" Sevilha. O Braga passou a ser um grande na Europa. Tudo o que rodeia a Champions League é magnitude! O Sorteio é um acontecimento marcante e o Arsenal de Londres calha no grupo do S. C. Braga!!!! Londres marcará a estreia do Braga na fase de grupos da competição!!! Que começo mais incrível! A estreia correu mal, muito mal. Pesada derrota, que pesa e pesa nos braguistas! Os "aziados" (em espanhol também se escreve assim) riram-se e diziam que oi Braga ia ser a vergonha do País. A segunda jornada realizava-se em Braga e o jogo era diante do Shaktar, vencedor da Europa League de 2008/09. E o Braga jogou bem, muito bem e perdeu. Estava difícil o inicio da participação do Clube. Mas os braguistas acreditaram (só nós!) e duas vitórias sobre o Partizan deram 6 pontos e 1600 mil euros ao Braga. O Braga limpava um pouco a imagem deixada em Londres. E preparava-se para o jogo mais esperado de sempre. No dia 23 de Novembro defrontaria o Arsenal no Estádio AXA.

Foi um jogo histórico com resultado histórico, com vivências históricas e a provocar "azias" históricas em Portugal e na mini espanha! Eu posso dizer: "tal como em Sevilha, eu estive lá!"
Perco tempo a escrever isto, podes pensar...eu respondo:
"quem não sente não entende"

Tá mesmo bonito +.+
Só por ti, Sporting de Braga (...)

martambing

Há muito, muito tempo, nos dias de menina, nos dias eu que ainda me era permitido sonhar em ser uma grande estrela do futebol, em que ainda me deixavam tentar voar alto e cada vez mais alto, apaixonei-me, não sei bem quando foi, sei que foi para estes dias e pensando bem acho que já estava apaixonada, ainda não era sequer capaz de dar um passo, um único, na confusão dos tantos outros que já dei e que já tentaram dar por mim. Algures por aqueles aninhos comecei a amarrar-me e amarrar-me a um amor, que desde lá nunca mais se despregou de mim, um amor que só eu posso sentir, que não posso explicar ou simplificar, um amor que às vezes perde a noção de tudo e excede alguns limites antes traçados. Essa paixão crescia e crescia e crescia, como se quisesse evoluir para sempre, ser maior do que qualquer outra, e eu fui crescendo com ela.
E cresci assim, no meio de choros e gritos, de golos, de vitórias, de derrotas, de guerras e guerras de emblema ao peito! E cresci assim, com os meus heróis! Havia quem repulsasse a minha paixão, que dissesse que era feio gostar de futebol, que era feio ser do Braga, e que uma menina não devia ir para o meio do estádio cantar com todos aqueles tolos que como eu aplaudiam euforicamente a tão adorada equipa!
foram se passando os anos, mudaram-se as personagens, os comandantes, os guerreiros, e até o palco de batalha, mas continuou cá o amor, que se enormizou ao patamar da grandeza do mágico!
Tudo era enorme naquela altura, o estádio, as luzes. As gentes levavam a almofadinha, para se sentarem na velha e fria pedra, havia sempre alguém que me comprava um chocolate, e eu, uma menina tão novinha adorava aquilo, amava ir ver o meu ENORME! Tantas vezes sai de jogos a chorar, não era um Braga tão forte como o de agora, mas mesmo assim todos os Agostos eu esperava extasiadamente pelo campeonato e dizia que este grande seria campeão!
Estes novos anos, trouxeram uma nova fase e novos sonhos, novas esperanças para lutar. Ouvia os burburinhos. Esperava por esta altura!
Leve, desejando aquilo como se não houve-se mais nada. Presa, presa a todo aquele entusiasmo, acorrentada a esta febre.
Sou movida por uma força, uma força maior, maior do que todos nós maior do que tudo. Vivo de um exuberante orgulho, e alimento-me de cânticos e de gritos! E quando acarreto, também, ao peito, o precioso símbolo, sinto-me dona e senhora da vida, faço as leis, quebro as mesmas, tudo para o ver, para que o coração se saceie, para que perca a cede! E as teimosas lágrimas caiem, umas atrás das outras, marcam o rosto, marcam a alma e não se esquecem.
Tornara-se um vício, de um valor incalculável, uma doença cúbica, onde consumo o gosto das arestas limadas e as faces quase meigas, que em horas amargas me consolam e afugentam qualquer receio.
Houve um ano especial, mesmo especial, onde o meu sonho de criança ficou acordado até ao fim, não se realizou totalmente, mas abriu portas para outro mundo, um lugar que me vinha a dar um gigantesca panóplia de emoções!
Entramos na desejosíssima Liga dos Campeões, e eu escrevia assim (...)
(...) E agora, cá estamos, embrenhados nos panos da Champions, esperançados por mais conquistas. Os guerreiros estão mais fortes do que nunca, e nós aliciados por grandes exibições, com atributo de vitorias, estaremos com eles! Nós na bancada, roucos de cantar, eles no relvado, fazendo girar a bola gigante, que tanto queremos que toque as fundas redes. Gritamos então golo, e acontece um todo rodopio de boas sensações, sentimentos a que queremos ficar presos, momento impossível de esquecer, O jogo dura apenas um instante, mas será sempre lembrado nas memórias daqueles que o viveram, ficará eternamente inscrito nas douradas páginas no nosso enormíssimo poema!
Ficamos assim, acorrentados ao êxtase e a todo aquele arrepiar. Ansiosos, excitados, completamente felizes.
Têm sido grandes feitos, noites onde o sono não aparece, onde nada é mais importante naquelas horas.
E é verdade, anda tudo maluco com o Braga, uns a tomar-lhe o gosto, outro meio aziados.
Este BRAGA provoca, ninguém lhe fica indiferente!
O nosso Enorme deixa marca por onde passa! E a maior felicidade, é tudo isto ser merecido, sem embustes, nem calúnias, ou qualquer impostura pelo meio. O mágico clube cresceu, em todos os sentidos e direcções, sem presunção ou vaidade, fomos e seremos sempre humildes e trabalhadores, pois foi assim que cá chegamos.
E agora, cá estamos nós embrenhados nos panos da Champions (...)
Isto digitava eu, antes do jogo com o gigante Sevilha, isto digitava eu antes das estrondosas e maravilhosas vitórias sobre este respeitoso clube! ... Pois, parece que conseguimos, foi este, e foram outros, os feitos dos guerreiros! Mas ainda não está tudo, há uma batalha que temos de vencer, que estamos perto demais para desistir, e eu só quero que nessa batalha, deixem a pele no relvado, deixem tudo e que olhos nos olhos joguem, joguem para ganhar! Nós temos um sonho, lutamos por ele, merecemos que se realize! E chega a hora, respiramos bem fundo e o brilhozinho do olhar é inevitável, apertam-se as mãos, cerram-se os dentes, roiem-se as unhas, mordem-se os lábios, tremem as pernas. Pára o relógio, é o tudo ou nada.
Os noventa minutos mais importantes, milhares de olhos fixos no objecto esférico, milhares de vozes fezadas de ganhar! Volta a contagem do tempo. Suamos, cantamos, choramos, saltamos! Somos nós, no espaço que queremos, na guerra que queremos, pelo que amamos, e é nesta hora que não existe nada mais relevante no mundo do que aquilo!
Soa o derradeiro apito final, fechamos os olhos e... (eu acredito)
Orgulho-me de ti, orgulho-me de todos nós, que nos orgulhamos de ti!
Já passamos por tanto, já tanto quisemos, já quase nada tivemos. Mas nós somos os guerreiros, e os guerreiros nunca desistem. Lutam, sofrem, perdem, levantam-se, lutam, sofrem, vencem... Somos únicos, pela autenticidade da nossa fé, pela coragem dos nossos sons, pelo movimento que nos devora, com aquele prazer quente, frio, ás vezes gelado. Ou apenas muito, muito intenso. Não precisamos de maiores, de grandes, ou de poderosos, a nossa singular necessidade é o que engloba as montanhas de emoções, os rios de lágrimas: de alegria, de tristeza, de ansiedade, de muitos, mas de muitos nervos. Que engloba o paraíso excitante que são os golos. A febre que é doença, vírus que transpira amor, que ultrapassa qualquer das coisas, qualquer outro sentimento. Braga sem impingir, sem acrobacias nem engenhocas de engano.
E depois de tudo, haverá sempre outro sonho, haverá mais UM combate, haverá mais guerras para vencer! E o Braga lutará sempre, o objectivo é fazer melhor, porque somos guerreiros, porque pertencemos a uma legião, porque somos do BRAGA! Foi com toda a dignidade que cá chegamos, o mérito é todo nosso! Foi com a nossa humildade que construímos o que temos, e isso é importante de não esquecer.
Agora são assim os meus dias, ansiosos por um novo jogo, são sempre assim! E cada vez que alguém fala do meu enorme, o orgulho transborda do olhar, em lágrimas que percorrem o rosto e pingam o chão.
Há sempre um novo sonho, um desejo vindo do tudo ou até do nada! Eu amo o Sporting clube de Braga! AMO nos bons momentos, AMO nas más horas, AMO todos os dias!
E para quem diz, ser tudo isto exacerbado, só respondo, "quem não sente, não entende"


Marta Daniela (:

BragaAtéMorrer

Livro pode antecipar centenário do SC Braga

«História da bola em Braga», livro hoje apresentado, traz novos dados sobre o ano da fundação do SC Braga. O clube poderá, desta forma, celebrar o centenário mais cedo.

Luís Freitas Lobo, que escreve o prefácio da obra de Evandro Lopes e João Nogueira Dias, também esteve no café bar Zero53, local de culto que serve habitualmente de palco às discussões sobre a história do futebol minhoto.

A história acarta grandes curiosidades, como a polémica da foto que liga o equipamento do SC Braga ao verde e branco do Sporting e, mais tarde, o surgimento do uniforme igual ao do Arsenal londrino, que hoje vigora.

O livro não se cinge à história do SC Braga, dando ainda a conhecer a evolução de vários clubes do concelho e do distrito.

HugoSáPinto

#48
Enquanto a ideia não circula, aqui fica o meu testemunho  ;)

Grito de Emancipação

Dia 19/11/2005. Época 2005/2006. Jornada 11.ª. S.C. Braga Vs. S.L. Benfica.

O Sporting Clube de Braga era, nessa altura, a equipa menos batida da Europa, contribuindo, para tal, como expoente máximo, a lendária dupla de centrais: Nem e Nunes.
Ambiente escaldante, pois defrontavam-se, na Pedreira, 'vassalos' e 'suseranos', pelo menos, na mente dos iluminados 'fazedores de opinião' dos mass media...
O estádio estava repleto: de sonhos, esperanças, ansiedade, nervosismo, emoções e divisões...
Para os braguistas, mais do que tudo, importava cimentar o estatuto de clube autodeterminado, que caminhava, de forma inexorável e sustentada, para a hegemonia no panorama do futebol português, realidade que o seu (agora) mítico líder – António Salvador – vaticinara uns anos antes, surpreendendo alguns que imediatamente o classificaram de megalómano.
Para os benfiquistas, este era mais um jogo no habitual trajecto para aquilo que, todos os anos, a história lhes exigia: o título nacional. Esperava-se, portanto, a submissão dos arsenalistas, até porque parecia persistir a ideia (nos mass media e noutros adeptos mais desatentos) de que o Braga era seu clube satélite.
Contudo, houve um fenómeno de que se olvidaram e que, uns anos antes (1998), contribuiu decisivamente para a mudança de mentalidades dentro do universo bracarense: Mladen Karoglan! Através dos pés (e cabeça) dessa figura incontornável da história braguista, regressámos à final do Jamor, depois de batido aquele mesmo adversário que nos havia, então, novamente subestimado.
O jogo começou.
Os visitados, imbuídos de uma força suplementar expelida pelas bancadas, dominavam os visitantes.
A força adicional dos visitantes provinha, curiosamente (ou não), daquele que, uns anos atrás, havia saído do 1.º de Maio sob escolta policial, por ter 'salvado' – no último minuto da última jornada –, o V. Setúbal da descida de divisão...
Contra a corrente de jogo, Anderson fez, de cabeça, o 0-1, aos 20m de jogo, espalhando uma sensação generalizada de injustiça nas hostes braguistas. Os encarnados respiravam de alívio. O Braga tentou recuperar, massacrando a baliza do pródigo Quim, mas sem sucesso. O relógio avançou avidamente até se atingir o intervalo.
Nas cabines, certamente o mister Jesualdo terá incentivado os seus pupilos, demonstrando que tudo era possível, tal era o poder demonstrado pela sua equipa e que, com um pouco mais de esforço e abnegação, se poderia contrariar não só a injustiça do resultado como também aquela imposta pelo homem do apito que se mantinha, eufemisticamente, tendencioso.
O jogo recomeçou.
Procedeu-se a sucessivas mudanças técnico-tácticas, das quais se destaca a entrada de um herói imprevisto: Maxi Bevacqua (63m).
Aos 68m, Cesinha empata o jogo, fazendo explodir a Pedreira, a qual parecia cada vez mais crédula na reviravolta do marcador, tal era o fluxo atacante arsenalista, face a um adversário que se apresentava completamente dominado, (sobre)vivendo, aqui e ali, de alguns 'estímulos' do juiz...
O público braguista, incansavelmente, teimava em acreditar na vitória, nunca deixando de incentivar os seus ídolos, munindo-os de uma força suplementar – qual poção mágica gaulesa – capaz de se sobrepor a tudo quanto de injusto se concentrava naquele lençol verde... Não foi, portanto, de estranhar quando, prestes a acabar o encontro, surgiu o 2-1 de Bevacqua (87m), fazendo transbordar de alegria as bancadas!
Já nada parecia deter este Super Braga. Nada... a não ser... esse mesmo, que aos 93m viu – claramente visto – o que nunca existira: dentro da grande área, a mão de Nem, situada no mamilo (?) do mesmo...
Com isto, o público explodiu de raiva, fúria e revolta. Os ânimos tornaram-se, então, completa e justificadamente incontroláveis, mesmo antes do penálti, convertido por Nuno Gomes – debaixo de um ensurdecedor coro de assobios –, que restaurou o empate.
Preparava-se a invasão, tal o repúdio pela obra de ficção que estava prestes a publicar-se, uma vez mais...
Todavia, a aura de Mladen pairava (sem o sabermos) sobre a Pedreira. No último minuto dos descontos (94m), num campo prestes a ser invadido, Bevacqua, escrevendo direito por linhas tortas, voou de forma fulgurante sobre os centrais, bisando.
Os adeptos braguistas, que se acotovelavam para invadir o relvado, rebentaram, subitamente, de júbilo! Todos se abraçaram, mas de forma hercúlea, como se um campeonato tivesse acabado de ser conquistado! Nunca abracei nem senti o abraço de alguém, nestes contextos, da mesma forma que abracei e fui ali abraçado. Era o dia mais feliz das nossas vidas! Não pelo resultado, pois, descontextualizado, seria apenas um mero regozijo. Mas pela forma estóica como nos batemos perante esse Adamastor. Apetece citar: "Cesse tudo o que a Musa antígua canta, que outro valor mais alto se alevanta!"
Este foi o nosso grito de emancipação, o dia em que, de uma vez por todas, nos demarcámos, indelevelmente, do poder instituído. E é por isso que, a partir daí, ninguém mais nos pôde associar a este ou àquele clube historicamente mais poderoso, pois somos NÓS, no aqui e no agora, a escrever a NOSSA própria história!...

Eduardo Braga

EU ASSISTI A ESSE JOGO TEM RAZAO MEMORAVEL VIVA O SP.BRAGA.

Cici

Quote from: Eduardo Braga on 17 de December de 2010, 00:42
EU ASSISTI A ESSE JOGO TEM RAZAO MEMORAVEL VIVA O SP.BRAGA.

Eduardo, se não te importas não escrevas em Caps Lock. Parece que tás a gritas e mais ninguém escreve aqui assim. Não é agradável ler as tuas mensagens escritas dessa forma, desliga a tecla antes sff ;)

martambing


Karl

Ainda estou esperar para mais artigos...

euxinha

Já enviei um...mas posso sempre escrever mais! ::) ;D é só dizerem! ;)