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ELFSBORG - 2 vs. S.C.BRAGA - 0 -> Comentários durante e após o jogo

Started by Bvna, 06 de August de 2009, 15:04

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Armando Coelho

Quote from: joao coelho on 07 de August de 2009, 14:19
Quote from: Vilaverde on 07 de August de 2009, 13:41
O FC Lázio nunca seria nosso adversário, porque seriamos cabeça-de-série, coisa que o Elfsborg não era.

Claro!
Nao foram embora conosco, vao com a Lazio!
Sao uma equipa fraca, nem acredito que o Braga nao conseguiu passar esta elimenatoria!
Enfim...

Hoje nao tenho aquele orgulho de mostrar a camisola do Braga como tive ainda à umas semanas quando fui para o Algarve de ferias, quando fui a Paris, entre tantos outros momentos que podiamos nao ter ganho, mas mostravamos quem relamente somos!


Caro conterráneo "Coelho"  ;D ;D até fiquei confuso ao ler o teu comentário, então não tens orgulho em mostrar a tua camisola do ENORME S.C.BRAGA e em demonstrar que és braguista só pelo simples facto de termos perdido um jogo? lamento dizer-te isto, mas fiquei decepcionado com o teu braguismo. Agora vou contar-te uma cena que presenciei hoje de manhá. Eu sou de Braga e vivo em Braga apesar de trabalhar um pouco por todo o norte do país, estava hoje de manhá numa bomba de gasolina em Sº Miguel da Carreira nos arredores de Barcelos, quando de repente vejo entrar na referida bomba um adepto braguista de camisola vestida, e não me parece que fosse de Braga, parecia mais um habitante local, ora em Barcelos e com a camisolinha do Enorme vestida até senti orgulho naquele adepto, pois provou ser adepto na hora das derrotas e sem qualquer tipo de vergonha, além de que os braguistas já ultrapassam há muito tempo as fronteiras do concelho. Resumindo e concluindo, nunca te envergonhes de ser adepto do ENORME S.C.BRAGA, pois é isso que nos distingue dos restantes adeptos.
Saudações Braguistas.

Stk

Só uma pergunta.. Porque continuam a bater no ceguinho se o presidente já disse que o Domingos está de pedra e cal? Deixem o campeonato começar e ver se as coisas melhoram , não nos compete a nós digerir a equipa nem ser treinadores, deixem isso para a direcção.

Lateralus

Tirando as opções tácticas que já foram por demais analisadas por aqui tenho duas questões:

1 - Porque voltou Domingos a tirar aquele que estava a ser o melhor jogador em campo (Mossoró)?

2 - Porque é que Domingos, ao ver que a sua equipa precisava de marcar e arriscar mais, apenas começou o jogo com um ponta-de-lança e, pior ainda, demorou quase 80 minutos para meter um segundo avançado em campo?

Completamente imcompreensível, a meu ver.

A.COSTA

O maior problema foi o Domingos ter falado antes do tempo. Muito antes. Falou e agora .... sujou-se.

Para inverter rapidamente as coisas deve Domingos Paciência:

1. Ser mais activo no banco e mais interventivo ao longo do jogo. Os jogadores devem perceber que está ali alguém que manda;

2. A disciplina deve ser factor predominante e quem não estiver com a equipa ... que saia. O grupo é muito mais importante do que as individualidades;

3. É preciso vencer já no próximo jogo contra a Académica e a equipa deve mostrar algum futebol, coisa que não se tem visto.
[b] No S. C. BRAGA só nos baixamos para beijar o símbolo

duasbancadas

Quote from: Adepto on 07 de August de 2009, 00:04
Quote from: duasbancadas on 06 de August de 2009, 23:50
Há muitos anos atrás, Sir Bobby Robson disse ao Augusto Inácio, após terem perdido 0-3 com o Barcelona: "Inácio, é futebol! Levanta a cabeça e sorri que amanhã é outro dia e o sol vai brilhar outra vez!" Palavras de um gentelman, um verdadeiro senhor do futebol mundial, que infelizmente nos deixou! Quem somos nós para nos queixar? Vamos gozar o resto das férias, deixar os milhafres sonharem que ainda são colossos mundiais e apreciarem os seus "importantíssimos" títulos da pré-época, e no início da Liga cá estaremos para calar os eufóricos do sistema!  Há que arregaçar as mangas brancas e comer a relva que por esse país fora anda muito "estarola", "pastel" ou "espanhol" a esfregar as mãos de contente porque pensam que o Enorme está em decadência mas enganam-se esses anormais porque ainda estamos e estaremos sempre fortes!! E quem vai pagar a factura vai ser a Académica, logo no início da Liga! Aguardem-nos!!... >:( >:(

é por estas e por outras que a economia mundial tá com está caraças... ::)

então o futebol é um negócio/industria.... e tu vens com uma conversa que blá blá blá é só futebol, amanhã é outro dia??? >:(

Só quis citar um génio do futebol mundial para nos fazer ver que não adianta remoer derrotas, traições e ingratidões, porque daqui a poucos dias temos uma Liga e vários troféus internos para ganhar!! E se não ganharmos a Liga pelo menos vamos morder os calcanhares aos estarolas, porque os meninos queridos da comunicação social, os espanhóis, a pastelada e outros moribundos hão-de ver de que matéria somos feitos!!
Anti -3 estarolas, quem é braguista tem o coração cheio!

A.COSTA

É preciso uma cultura de rigor e de exigência.

Mas também é preciso ser humilde e ter união ... pois há muitos grupos (entenda-se bandos de adeptos de clubes) ansiosos pela derrocada bracarense.

Que a equipa comece a ganhar e o futebol a aparecer ... que os braguistas saberão apoiar a equipa  ... como ninguém.
[b] No S. C. BRAGA só nos baixamos para beijar o símbolo

spinto

Desde que vi os jogos do twente e gil, fiquei com um amargo de boca terrivel.
o domingod nunca na vida devia roer o 4-4-2 que estava trabalhado com sucesso futebolistico de 1 ano, o domingos nunca devia ter falado mal dos resultados do ano passado pois o grupo é o mesmo, enfim armou-se em burro e quem paga somos nós.

disse depois do twente e gil que a jogar assim é para ficar do o 10º lugar é bom. É incrivel mas é o que penso.
Não quero dramnatizar mas prevejo um ano dificil, muito dificil.
SOMOS 4 EM CASA E TODOS SÓCIOS , FAZ O MESMO - JUNTA-TE Á LEGIÃO BRAGUISTA !!!

Olho Vivo

Como não tinha visto o jogo em directo, revi um resumo alargado a posteriori. E devi dizer que fiquei algo surpreendido com o que vi, depois de ter lido os comentários ao jogo que aqui li.

Vi um Braga a trocar melhor a bola do que vira nos jogos anteriores a que assisti, com um jogo mais fluído e a arriscar mais no passe – pelo menos não se ficando pelo passe curto para o companheiro mais próximo. Também vi 11 suecos atrás da linha da bola – o que já seria de esperar atendendo ao resultado da primeira mão.

Vi um Braga a jogar com um só homem à frente da defesa (Vandinho), num sistema mais próximo do 4-3-3 "clássico", mas algo assimétrico, com Mossoró mais liberto relativamente a Possebon. Pareceu-me um melhor Braga – pelo menos até ao 2-0, à meia-hora de jogo, depois dos suecos terem marcado nas duas aproximações que fizeram à nossa baliza. A partir de então o jogo é diferente: houve o assumir de maiores riscos e, de facto, os suecos, sem alterarem a sua disposição, poderiam até ter ampliado o marcador.

A mim interessa-me analisar as nossas fragilidades – porque a eficácia do adversário na primeira meia-hora decorre também da nossa vulnerabilidade defensiva. Para lá das questões físicas (e ficou patente alguma diferença de velocidade entre as equipas), a equipa concedeu, como muitos disseram, demasiado espaço entre linhas, foi sempre demasiado alongada no terreno – e quando surgiram os contra-ataques, os suecos "desciam" praticamente sem oposição a meio-campo! Isto tem a ver, na minha opinião, com a alteração do modelo de jogo. Nós, na temporada passada, raramente sofríamos golos de contra-golpe. E porquê? Porque a nossa construção de jogo privilegiava a subida das linhas em bloco, ainda que essa progressão fosse mais lenta. Quantas vezes a bola era colocada no Renteria que aguentava a posse de bola em terrenos adversários à espera da subida das nossas linhas! Deste modo, sempre que perdíamos a bola, o adversário tinha uma oposição cerrada e dificilmente conseguia partir em velocidade para o contra-ataque.

Nesta temporada, a opção parece ser outra: um futebol mais vertical, de preferência com lançamentos rápidos para as alas – o que nem sempre foi possível executar perante adversários muito fechados. Jogar mais rápido, torna o futebol menos preciso  –  sobretudo numa fase de assimilação de uma nova forma de jogar – e quando há perdas de bola, frequentemente a equipa está menos bem organizada e mal posicionada – o que aumenta muito as probabilidades de êxito do contra-ataque adversário. Penso que foi isso que aconteceu na primeira meia-hora de jogo.

Para além disso, o facto de um dos vértices do meio-campo ter sido ocupado por Mossoró tornou-nos mais vulneráveis. Creio que terá sido uma opção consciente de Domingos, mas a verdade é que desta forma há um homem de meio-campo que só joga (pelos vistos, bem) com bola mas não contribui para uma ocupação do espaço racional quando em momento defensivo.* Como ultrapassar isto? Uma hipótese é fazer Alan ocupar uma posição mais interior, na meia-direita, quase como centrocampista, em trocas posicionais com Mossoró, assegurando desta forma algum equilíbrio defensivo e não sobrecarregando Vandinho e (no caso) Possebon, impotentes para ocupar todo o espaço do meio-campo e assim, oporem-se ao contra-ataque adversário.

Mas os problemas não se ficam por aqui. Porque se é verdade que houve alguma maior fluidez de jogo, ela só existiu até aos últimos trinta metros. Aí falta agressividade e presença na área. Meyong, a jogar assim, é uma ilha no meio dos centrais adversários. Se calhar não seria má ideia experimentar um ala esquerdo com vocação de avançado, que saiba partir da ala e surgir em zona de finalização no apoio ao ponta-de-lança. Creio que Paulo César pode fazê-lo e (talvez) o próprio Yazalde, se trabalhado, também o faça.

Enfim, penso que se nota evolução na equipa – mas a preparação está muito atrasada. Começámos do zero, alterámos um modelo que, aos olhos do plantel e dos adeptos funcionava e isso gera mais dificuldades e uma maior resistência à mudança. Penso que são essas "dores" que estamos nesta altura a experimentar. Espero que os jogadores e os adeptos não percam a confiança no trabalho da equipa técnica porque me parece que, apesar de estarmos ainda numa fase muito incipiente da preparação, há alguns progressos.  Bem gostaria que as coisas estivessem num estádio de "afinação" mais adiantado – porque ainda vai levar algum tempo até termos as novas ideias consolidadas e isso pode custar-nos alguns resultados. E todos sabemos que por vezes o início das épocas – que determinam o estado de ânimo à volta de uma equipa (vide Leixões na temporada passada) – influenciam decisivamente o decurso da mesma...


* Com Hugo Viana, abrem-se outras possibilidades tácticas. Por exemplo actuarmos num 4-3-3 mais simétrico, com Hugo Viana, na esquerda, a par de Possebon – o que, parece-me permitiria uma ocupação mais racional do espaço embora reforçasse o problema do "isolamento" do ponta-de-lança. Nesse caso, mais ainda do que agora, a presença de um ala mais avançado e menos extremo tornar-se-ia premente...

JORGEXINA

Já o disse várias vezes e não me canso de repetir, o actual plantel do Braga está talhado para um 4231! Insistir em qq outro sistema é um erro na minha opinião. Acho que estamos todos de acordo qto a capacidade de Mossoro e Kalaba  para serem interiores (falta de cultura posicional, e falta de capacidade para gerir o ritmo de jogo), ao passo que tb penso que estamos todos de acordo que são ambos bons nº10 e que terão um rendimento muito superior nessa posição (potencia o 1 para 1, e jogam em espaços mais curtos)! 
Outra observação é o Alan, que rende muito mais como médio que como extremo. E ao jogar num 433 clássico tem terá de jogar mais adiantado que num 4231 que o favorece a ele e a equipa, pois é um jogador que sabe gerir o ritmo de jogo muito bem, que sabe segurar a bola e esperar pela equipa qdo é preciso (é um jogador que decide muito bem) e é criativo.  E não é um falso avançado como o Wender, que tb segurava muito bem a bola e esperava pela subida de linhas, nem o Alan nem nenhum outro...  Ou seja, a melhor forma de apoiar o avançado será ter o tal nº 10 a jogar nas suas costas, um jogador mais solto, que tanto possa aparecer no meio como numa faixa a criar desequilíbrios. Depois a juntar a isso devia haver trocas posicionais (entre os 3) de foram a poupar os jogadores e ao mesmo tempo  baralhar as marcações e as formas de marcação, pk jogam todos de forma diferente.

Agora em relação à dinâmica de jogo, o Braga dá demasiado espaço entre linhas é um facto! Mas não me parece que seja apenas consequência do jogo vertical*, pois em muitos períodos do ultimo jogo não houve esse jogo vertical e havia na mesma muito espaço entre linhas! Acho que existe falta de agressividade da equipa na pressão no momento da perda de bola (desde do ponta de lança ao central) e uma defesa demasiado baixa que estica a equipa.
E eu considero o espaço entre linhas um dos factores mais importantes para o sucesso ou não das equipa, uma equipa que dê muito espaço entre linhas, perde grande parte das 2ª bolas, deixa os adversários pensar o jogo, dá espaço... Basicamente tem meio caminho andado para a derrota!
Mas atenção, ter pouco espaço entre linhas não significa ir pressionar no meio campo adversário, com Jesualdo tb fechávamos bem o espaço entre linhas e não íamos pressionar no meio campo adversário, pressionávamos no momento da perda de bola e tentávamos ganhar tempo para descer o bloco, que raramente se esticava no momento defensivo... Agora é preciso "montar" uma estratégia de jogo em que se reduza ao máximo o espaço entre linhas!

Na minha opinião, basicamente temos 3 grande problemas:
- Espaço entre linhas
- Pressão no momento da perda de bola
- Apoio ao ponta de lança 

* Com Jesualdo tb jogávamos em ataque rápido e dávamos pouco espaço entre linhas.
[url="http://scb1921.blogspot.com/"]http://scb1921.blogspot.com/[/url]

João Pedro

Bem sei que já não tem a ver directamente com o jogo, mas quando me dizem que este Elfsborg é uma boa equipa...

Elfsborg 2 - 3   Gefle

::)

Luso


Olho Vivo

Quote from: jorgexina on 09 de August de 2009, 20:18
Agora em relação à dinâmica de jogo, o Braga dá demasiado espaço entre linhas é um facto! Mas não me parece que seja apenas consequência do jogo vertical*, pois em muitos períodos do ultimo jogo não houve esse jogo vertical e havia na mesma muito espaço entre linhas!


Não compreendeste o que eu quis dizer. Eu não disse que o problema estava no jogo mais ou menos "vertical" mas sim na alteração do modelo de jogo. É a própria mudança que está em causa. Se o nosso anterior modelo fosse outro (baseado em transições rápidas) e quiséssemos "transitar" para um modelo baseado na circulação de bola e na movimentação em bloco da equipa, apostando num ataque mais posicional ainda que de uma forma menos rápida (o que tínhamos na temporada passada) – teria dito o mesmo.

A questão é: porque é que em alguns casos esta transição de modelos de jogo se processa rapidamente e noutros não? Não descarto que haja diferenças nos métodos de treino que justifiquem, em parte, as diferenças nos processos de adaptação das equipas. Mas sobre isto, eu reconheço-me como ignorante – sobre metodologia de treino, sei muito pouco e portanto mais vale nada dizer.

Mas posso dizer que, em minha opinião, o que no nosso caso irá tornar as coisas mais difíceis é o facto de a nossa equipa da temporada passada ter uma ideia de jogo muito consolidada e os jogadores, hábitos de comportamento muito enraizados. É paradoxal, mas quanto melhor for uma equipa (no sentido de conjunto) mais difícil é operar mudanças no seu modelo de jogo! Porque os hábitos não se mudam de um dia para o outro. É preciso muito treino, repetir muitas vezes determinados exercícios, determinadas movimentações para que os jogadores se "esqueçam" dos hábitos antigos e criem novos. E é isso que, creio, se passa connosco. O novo técnico pretende alterar o modelo de jogo mas os jogadores ainda não mudaram o "chip" de uma época para a outra. Ainda repetem em grande medida as movimentações da época passada, os hábitos posicionais anteriores – e isso reflecte-se num futebol confuso e ainda mal definido, sem um modelo de jogo perfeitamente assimilado. E isto só tem uma solução: treino... e tempo!

Em contrapartida, em más equipas (no sentido de maus conjuntos, sem uma ideia de jogo bem definida) é mais fácil impor novas ideias. Sem querer tirar mérito a JJ, foi o que se passou com a sua chegada a Braga na época passada (onde encontrou uma caricatura de equipa e de cujo plantel pouco sobrara)... ou nesta temporada, na Luz, onde também encontrou uma equipa que chegou ao final da temporada passada sem uma ideia de jogo bem definida - e com a entrada de muitos jogadores. Nestes casos, os jogadores têm a "cabeça limpa", estão consciente e inconscientemente mais receptivos a assimilar as ideias do novo técnico. Tenho para mim que nestas circunstâncias, a construção de um modelo de jogo é mais fácil e processa-se com maior rapidez.

Dito isto, volto a repetir o que antes disse, faria todo o sentido optar por uma de duas soluções:

– manter a estrutura da equipa, substituindo os jogadores que saíram por outros de perfil idêntico e não operar substanciais alterações às soluções tácticas da temporada passada – quando muito poder ir introduzindo alterações de forma gradual ao longo da temporada;

– assumir a mudança, mas nesse caso provavelmente aceitar a renovação do plantel com jogadores mais adequados às ideias do técnico; esta solução comporta evidentemente maiores riscos e depende também da capacidade de intervenção no mercado (nas compras e , muito importante, nas vendas) – o actual contexto não é contudo muito favorável a esta opção.

Nós optamos(?) por manter a estrutura do plantel e operar uma mudança radical do modelo de jogo. Não é a bondade deste que está em causa. Em minha opinião, não faz sentido dizer, o 4-4-2 é que é bom ou que um modelo de jogo baseado em transições rápidas é o melhor. Pode-se ganhar de mil e uma maneiras, com diferentes sistemas e com diferentes ideias de jogo. Mas todos exigem tempo de treino para que a equipa crie hábitos de comportamento, para que jogue com inteligência... sem precisar de pensar. É evidente que soluções de continuidade exigem menos tempo e é apensa isso que aqui está em causa. Nós pagaremos a nossa opção com tempo – o tempo que a equipa levará a "esquecer" o anterior modelo e assimilar o novo. Se a equipa, os adeptos e os dirigentes acreditarem que chegaremos onde queremos (em termos de qualidade de jogo) mesmo que possamos pagar o preço de alguns resultados durante o período em que a equipa precisará de crescer, creio que ainda veremos bom futebol nesta época. Mas é uma opção do risco porque não é líquido que haja essa paciência (sobretudo entre os adeptos)... e porque é possível que os resultados iniciais possam condicionar (comprometer?) os objectivos da equipa.

easy_scb

A solução mais imediata para resolução do problema a meio-campo será a inclusão no onze de um jogador como Andrés Madrid...

Domingos fia-se no poder fisico e posicional de Vandinho como sendo capaz de acudir os centrais e o meio-campo, como trinco ou médio batedor digamos, respectivamente. Ora isto será um erro, uma equipa nos dias de hoje terá sempre que ter o elo mais posicional em frente da defesa, e depois sim jogadores que ocupem espaços que cortem linhas de passe e saiam ao portador da bola...

O factor chave para que tudo caia em cima do pobre Vandinho será que Domingos tem nitidamente duas equipas: uma que só ataca outra que só defende. Vemos os nossos extremos+ Mossoró+ Meyong sem tarefas defensivas absolutamente nenhumas!! O ano passado toda a equipa defendia e era por isso que Vandinho brilhava naquela posição.

Hoje, há que então definir as agulhas! Se o Domingos quer realmente que os nossos extremos não tenham tarefas defensivas além de acompanhar o lateral (algo que me parece o minimo exigivel) então há que colocar mais médios no 'combate'...Fernando Alexandre+ Vandinho? A experiencia revelou-se terrivel não pela qualidade dos jogadores, mas sim pela indefinição resultante ás caracteristicas dos jogadores (sim ás vezes a polivalência até atrapalha). Vandinho e Madrid claramente...Madrid pelas qualidades posicionais e caracteristicas que o colocavam sem duvidas como o trinco da equipa....e Vandinho pelas qualidades de ocupação de espaços, de busca pela bola e de corte de linhas de passe....

Se me perguntarem se era esta a minha opção diria que no imediato era...mas se tivesse tempo e estivessemos ainda no inicio julgo que o mais inteligente era apostar no esquema de Jesus ou até mudando a tactica mas aproveitar certas nuances como colocar o Alan a interior direito e arranjar um bom extremo etc etc etc

JORGEXINA

Quote from: Pedro Ribeiro on 10 de August de 2009, 13:59
Quote from: jorgexina on 09 de August de 2009, 20:18
Agora em relação à dinâmica de jogo, o Braga dá demasiado espaço entre linhas é um facto! Mas não me parece que seja apenas consequência do jogo vertical*, pois em muitos períodos do ultimo jogo não houve esse jogo vertical e havia na mesma muito espaço entre linhas!


Não compreendeste o que eu quis dizer. Eu não disse que o problema estava no jogo mais ou menos "vertical" mas sim na alteração do modelo de jogo. É a própria mudança que está em causa. Se o nosso anterior modelo fosse outro (baseado em transições rápidas) e quiséssemos "transitar" para um modelo baseado na circulação de bola e na movimentação em bloco da equipa, apostando num ataque mais posicional ainda que de uma forma menos rápida (o que tínhamos na temporada passada) – teria dito o mesmo.

A questão é: porque é que em alguns casos esta transição de modelos de jogo se processa rapidamente e noutros não? Não descarto que haja diferenças nos métodos de treino que justifiquem, em parte, as diferenças nos processos de adaptação das equipas. Mas sobre isto, eu reconheço-me como ignorante – sobre metodologia de treino, sei muito pouco e portanto mais vale nada dizer.

Mas posso dizer que, em minha opinião, o que no nosso caso irá tornar as coisas mais difíceis é o facto de a nossa equipa da temporada passada ter uma ideia de jogo muito consolidada e os jogadores, hábitos de comportamento muito enraizados. É paradoxal, mas quanto melhor for uma equipa (no sentido de conjunto) mais difícil é operar mudanças no seu modelo de jogo! Porque os hábitos não se mudam de um dia para o outro. É preciso muito treino, repetir muitas vezes determinados exercícios, determinadas movimentações para que os jogadores se "esqueçam" dos hábitos antigos e criem novos. E é isso que, creio, se passa connosco. O novo técnico pretende alterar o modelo de jogo mas os jogadores ainda não mudaram o "chip" de uma época para a outra. Ainda repetem em grande medida as movimentações da época passada, os hábitos posicionais anteriores – e isso reflecte-se num futebol confuso e ainda mal definido, sem um modelo de jogo perfeitamente assimilado. E isto só tem uma solução: treino... e tempo!

Em contrapartida, em más equipas (no sentido de maus conjuntos, sem uma ideia de jogo bem definida) é mais fácil impor novas ideias. Sem querer tirar mérito a JJ, foi o que se passou com a sua chegada a Braga na época passada (onde encontrou uma caricatura de equipa e de cujo plantel pouco sobrara)... ou nesta temporada, na Luz, onde também encontrou uma equipa que chegou ao final da temporada passada sem uma ideia de jogo bem definida - e com a entrada de muitos jogadores. Nestes casos, os jogadores têm a "cabeça limpa", estão consciente e inconscientemente mais receptivos a assimilar as ideias do novo técnico. Tenho para mim que nestas circunstâncias, a construção de um modelo de jogo é mais fácil e processa-se com maior rapidez.

Dito isto, volto a repetir o que antes disse, faria todo o sentido optar por uma de duas soluções:

– manter a estrutura da equipa, substituindo os jogadores que saíram por outros de perfil idêntico e não operar substanciais alterações às soluções tácticas da temporada passada – quando muito poder ir introduzindo alterações de forma gradual ao longo da temporada;

– assumir a mudança, mas nesse caso provavelmente aceitar a renovação do plantel com jogadores mais adequados às ideias do técnico; esta solução comporta evidentemente maiores riscos e depende também da capacidade de intervenção no mercado (nas compras e , muito importante, nas vendas) – o actual contexto não é contudo muito favorável a esta opção.

Nós optamos(?) por manter a estrutura do plantel e operar uma mudança radical do modelo de jogo. Não é a bondade deste que está em causa. Em minha opinião, não faz sentido dizer, o 4-4-2 é que é bom ou que um modelo de jogo baseado em transições rápidas é o melhor. Pode-se ganhar de mil e uma maneiras, com diferentes sistemas e com diferentes ideias de jogo. Mas todos exigem tempo de treino para que a equipa crie hábitos de comportamento, para que jogue com inteligência... sem precisar de pensar. É evidente que soluções de continuidade exigem menos tempo e é apensa isso que aqui está em causa. Nós pagaremos a nossa opção com tempo – o tempo que a equipa levará a "esquecer" o anterior modelo e assimilar o novo. Se a equipa, os adeptos e os dirigentes acreditarem que chegaremos onde queremos (em termos de qualidade de jogo) mesmo que possamos pagar o preço de alguns resultados durante o período em que a equipa precisará de crescer, creio que ainda veremos bom futebol nesta época. Mas é uma opção do risco porque não é líquido que haja essa paciência (sobretudo entre os adeptos)... e porque é possível que os resultados iniciais possam condicionar (comprometer?) os objectivos da equipa.

Eu concordo com o que tu dizes, creio que estas a misturar é dinâmica de jogo com o esquema táctico, eu acho que devíamos manter a dinâmica de jogo no geral do ano passado (ataque lento e posicional, pouco espaço entre linhas), mas adaptado aos actuais jogadores (não temos L.Aguiar nem Renteria nem c.peixoto), que para mim, levaria a alteração táctica para um 4231 e não de princípios de jogo!  

Lembras-te da forma como jogamos contra o benfica na luz? É mais ao menos essa a minha ideia... Manter os princípios, alterar o esquema!
[url="http://scb1921.blogspot.com/"]http://scb1921.blogspot.com/[/url]

Olho Vivo

Quote from: jorgexina on 10 de August de 2009, 17:54
Eu concordo com o que tu dizes, creio que estas a misturar é dinâmica de jogo com o esquema táctico, eu acho que devíamos manter a dinâmica de jogo no geral do ano passado (ataque lento e posicional, pouco espaço entre linhas), mas adaptado aos actuais jogadores (não temos L.Aguiar nem Renteria nem c.peixoto), que para mim, levaria a alteração táctica para um 4231 e não de princípios de jogo!  

Lembras-te da forma como jogamos contra o benfica na luz? É mais ao menos essa a minha ideia... Manter os princípios, alterar o esquema!

Não, não estou a misturar conceitos. Eu estava precisamente a referir-me aos princípios de jogo ( e não a um sistema em particular) e apenas quis adiantar uma explicação para o porquê de, quando há equipas com ideias claras de jogo, com um modelo perfeitamente enraizado, ser muito complicado gerir a mudança e esta requerer mais tempo do que acontece quando se lida com equipas... que não são verdadeiras equipas, no sentido de terem uma ideia clara de jogo. Não é por acaso também que quando Jesualdo Ferreira saiu – quando havia também uma equipa com hábitos consolidados –  a mudança de ideias produziu-se com grande dificuldade... e não houve paciência para as novas ideias produzirem resultados...

O que se passa agora, em minha opinião, é que a equipa tenta colocar em campo as ideias do novo técnico mas não largou hábitos (posicionais, de movimentação) que ainda tem enraizados da temporada passada. Daí os momentos de aparente anarquia táctica que se vão vendo. No entanto, volto a repetir, independentemente de tudo isso e consciente que está tudo muito cru e abaixo que todos desejámos, eu detectei alguma evolução nos três jogos que vi: Barcelos (de longe o pior), Elfsborg (em casa) e Elfsborg (na Suécia). Penso que a equipa esteve melhor na Suécia mas encontrou uma equipa que aproveitou bem as debilidades de um adversário que ainda não domina as ideias do seu treinador, esperando os nossos erros para, com paciência, definir o jogo. Foi isso que se passou na primeira meia hora de jogo, antes de Domingos ter sido obrigado a alterações de maior risco.

De resto, nem discordo do que dizes quanto à adequação do plantel ao sistema. Não será solução única, mas de facto o plantel de hoje parece ajustar-se melhor a um 4-2-3-1. A verdade é que as contratações visaram uma mudança das ideias de jogo – e por isso não fomos buscar substitutos directos para duas das pedras fulcrais do onze da equipa passada – Aguiar e Renteria.

SC_BRG