NOTICIAS DO ENORME DO DIA 26/12

[david]

    Liga Sagres » Braga
Das garrafas de Pepsi aos jogos na Taça UEFA
ANDRÉ VELOSO GOMES

Entre a azáfama de distribuir camisolas do Varzim aos muitos pedidos na hora da partida, Yazalde ainda não tem a cabeça no Braga. Mas vai programando a vida para que a adaptação seja mais fácil. O clube minhoto disponibilizou um apartamento para "quando for necessário", no entanto, a conversa com o avançado, facilmente permite constatar que ainda não cortou o cordão umbilical ao clube do coração e à sua "Póvoa terra querida". Aliás, pouco viajou, conhecendo apenas dois países, sendo que Espanha apenas serviu como passagem para uma viagem a França, com os juniores do Varzim. Vai preenchendo os tempos livres entre a internet, os jogos na Playstation e o convívio com os amigos.

Mas, afinal, como surgiu o futebol na vida de Yazalde? Estudava na quarta classe e o mais próximo que andava de um campo era junto ao relvado do Estádio dos Arcos. Foi apanha-bolas do Rio Ave. Nessa altura pediu ao pai para jogar nas escolinhas. Sem efeito. Os amigos levaram-no para a Associação da Matriz. Tinha oito anos e começou por jogar futebol de 5, evoluindo depois para o jogo de 11 no Campeonato Inter Freguesias. "Jogávamos todos os dias, sempre que podia, em qualquer canto, muitas vezes no rinque da Matriz, ou até no meio da rua, quando o rinque estava alugado", recorda, sublinhando a importância desses tempos. "Aprendi muitos truques e manhas, mas o mais importante era o convívio. Jogávamos contra outros bairros, como a Lapa ou o Bonfim, com rivalidade e amizade, e quem perdia pagava a Pepsi".

Depois ingressou no Varzim, nunca lhe saindo da memória a estreia, contra o Freamunde, com uma derrota por 2-1. "O árbitro era uma senhora, roubou-nos muito", disse, sem mágoa, recordando logo depois um jogo "inesquecível pela equipa juvenil, frente ao Avintes, quando marcou quatro golos. "Nos juniores marquei três ao Rio Ave, em Vila do Conde, onde vencemos por 3-0. Foi uma festa na casa do rival".

O resto é a história recente e a que está por escrever. Chegou Sub-21, mas jura que quer atingir a selecção principal de Portugal.

Jogava na praia e não sabia nadar

É uma das melhores gerações de que há memória no Varzim. Para além dos três velhos amigos que se juntaram para a foto - André André, Neto e Kevin, médio que actua no Forjães, enquanto aguarda por uma oportunidade noutro patamar - Vilacova, Luca, Areias e Emanuel são exemplos de amizade que ficaram dos tempos do sector de formação. Neto cresceu ao lado de Yazalde, o avançado "mais difícil de marcar" que encontrou pela frente. "Tem muita força, é fantástico no 1x1 e finaliza bem, protegendo a bola como ninguém", assegura o central, ciente de que o amigo "merece tudo e que, mais tarde ou mais cedo, não vai ficar por aqui".

Quanto a histórias sobre o novo craque do Braga davam para um livro. "Fomos a França pelos juniores e, sendo a única equipa portuguesa no torneio, tivemos que cantar o hino. Foi uma risota quando ouvimos o Yazalde cantar 'às almas' e os 'gregos avós'". Kevin, por sua vez, garante que Yazalde apenas é bom com a bola nos pés, já que cresceu na praia mas quase não sabe nadar. "Quando gozava com ele, fugia para o mar, pois sabia que na água não entrava", revelou e, sem perder o fôlego, recorda outro episódio: "Uma vez esqueceu-se das chaves de casa e subiu os canos até ao segundo andar, tendo os vizinhos desconfiados a olhar, pois ele estava vestido de branco e parecia um assaltante. Está-se mesmo a ver a figurinha...", contou, acrescentando, num registo mais sério, que Yazalde tem "reagido bem a tanto mediatismo". "É um mundo estranho e novo para ele, mas tem uma grande personalidade e vai aguentar a pressão".

Como pessoa é "um grande amigo" e, apesar de ser muito tímido "com desconhecidos", revela-se "um palhaço" entre os companheiros, estando "sempre na brincadeira", acrescenta André André.

   Liga Sagres » Braga
O irmão Jaiminho nas escolinhas

O pai, Jaime Graça, fez carreira como avançado do Boavista e do Rio Ave, clube rival do Varzim. Por isso não espanta que Yazalde seja também futebolista, porque o caso repete-se noutras famílias. E o facto de um irmão seguir o mesmo percurso não constitui surpresa, ainda que se dê a particularidade de Jaiminho também seguir outra tradição, a de ser apanha-boas nos jogos da equipa principal do Varzim. A julgar pelo que está a suceder com Yazalde, observar também ajudará na formação de Jaiminho, por agora craque nas escolinhas.

Chamar-se Yazalde até é divertido

"Foi o melhor marcador de todos os tempos, conquistou a Bota de Ouro e ficou na história do Sporting. É divertido ter o mesmo nome. O meu pai queria pôr-me o nome de um jogador e escolheu o do Yazalde." A explicação, na primeira pessoa, para o nome do avançado que se vai agora estrear na Liga Sagres, pelo Braga.

Admirador de Drogba e Inglaterra

É fã incondicional de Drogba, avançado do Chelsea. "Gosto do estilo e da sua forma de jogar, mas o Drogba é o Drogba e o Yazalde é o Yazalde. Não tem comparação", atirou, confessando preferir o campeonato inglês. "É muito atractivo, não há tantas paragens e não há muitas confusões", diz, por oposição ao português.

Página no hi5

É possível encontrar Yazalde para além das quatro linhas. Por exemplo, na internet, onde, no hi5, tem uma página com 1740 amigos, tendo recebido mais de 1300 comentários ao perfil e às 49 fotos que colocou sem restrições. Em destaque a frase: "Orgulho em ser varzinista, no coração até sempre".

A namorada Susana

Vive uma paixão adolescente com Susana, que também joga futebol, no Balasar, equipa do Campeonato Interfreguesias da Póvoa de Varzim, prova onde Yazalde deu os primeiros passos, ao serviço da Matriz.

Chama-se "Cucochila"

A alcunha surgiu de uma "música inventada" nos infantis do Varzim, e ainda hoje os amigos o tratam dessa forma. Começou por jogar com a camisola 31, como Liedson, mas esta época pediram-lhe para utilizar o 14, para ser o sucessor de Mendonça, o Pérola Negra.
Lopes de Castro
"É inevitável que o Braga acabe por transferi-lo"

Entre os adeptos do Varzim, discute-se o timing da transferência de Yazalde para o Braga e o negócio, ainda por confirmar, que deverá render cerca de 500 mil euros. A maioria, mesmo os que inicialmente se mostravam mais cépticos quanto à qualidade do jogador, defende agora que Yazalde vale muito mais. Poderá esta venda vir a ser considerada um erro histórico? "Não temo", assegura o líder do Varzim, mesmo considerando "inevitável" que, no futuro, Yazalde "seja transferido" do Braga para outro clube. "A dúvida que se coloca é sobre o timing da saída, mas ainda não vi ninguém, na Liga Vitalis, a vender melhor e, a partir do momento em que há clubes interessados, quem consegue manter o jogador? Não é fácil gerir esta ansiedade", completou, salientando que o negócio foi "muito interessante para as duas partes", valendo ao atleta "um belíssimo contrato".

Depois de um impasse nas negociações, o Varzim "abdicou" de manter Yazalde até ao fim da época e do montante inicial pedido. "Mas não aceitámos a primeira oferta, que estava muito longe do pretendido. Chegámos a um ponto intermédio, mais próximo do que nós pedimos", afirmou, revelando que o Varzim não ficou com uma percentagem do passe.

O pai de Yazalde, Jaime Graça, criticou o comportamento do Varzim no processo. Lopes de Castro discorda: "Em determinada altura, tive de lhe dizer para pôr os pés na terra, porque o Yazalde não é o Cristiano Ronaldo, e, pelos montantes que alguém lhe disse que o miúdo ia ganhar, parecia que ia jogar para o Chelsea ou para o Manchester. O Varzim foi quem defendeu sempre os interesses do atleta, e, se ele analisar bem o contrato, que é por objectivos, e olhando para a primeira proposta e sabendo que o mérito da última é da Direcção do Varzim, vai ver que nos preocupámos muito com o Yazalde."

Outra das críticas dos adeptos poveiros prende-se com o facto de a venda ter surgido em função dos problemas financeiros do clube. O presidente concorda, mas lembra que, na Vitalis, apenas quem vender jogadores "consegue equilibrar o barco". "A venda de jogadores no Varzim é um fenómeno recente. Estamos a aprender e a melhorar a forma de negociar, tendo uma imagem credível de clube vendedor, mas estamos também a transmitir uma mensagem à nossa formação para que os atletas nunca abandonem o clube, pois, se tiverem qualidades, podem dar o salto."


Inquérito@nline

Frechaut deveria ser titular do Braga?

A titularidade de Frechaut apenas oferece reservas a 29 por cento dos adeptos. A maioria não discute a qualidade do jogador para estar no onze principal, mas, diverge quanto à posição. Trinco é como mais convence.

Sim, como trinco | 34%

Não | 29%

Sim, como lateral-direito | 21%

Sim, como defesa-central | 16%

N.º de participantes: 247

[JotaCC]

Madrid: «Já nem me lembro dos velhos tempos»
MÉDIO QUER VOLTAR À RIBALTA APÓS ANO AZARADO
         
O último jogo do ano reservou um momento de alegria para Andrés Madrid, depois de vários meses afastado da equipa, devido a uma sequência de lesões. O argentino fez a sua estreia na presente edição da Liga e desde o primeiro minuto que sentiu o carinho da massa associativa arsenalista.

"Foi um bom regresso. Já tinha saudades de jogar no estádio do Sp. Braga perante um público que sempre me apoiou", disse o médio após o encontro com o Rio Ave, único adversário que defrontou esta época (a primeira foi na Taça da Liga).

Ainda sem ritmo para grandes aventuras, Madrid fez uso da sua boa leitura de jogo e posicionamento para marcar a diferença no meio-campo, actuando no lugar habitualmente ocupado por Vandinho. Uma exibição com um doce sabor a nostalgia para quem viu o sul-americano a brilhar em épocas anteriores.

"Se é possível voltar o Andrés Madrid dos bons velhos tempos? Sinceramente, já nem me lembro dele [risos]. Vou tentar fazer o meu melhor sem pensar muito no passado", recordou o argentino, apostado em dar um novo impulso à sua carreira.

Apesar de reconhecer que o ano que está a acabar foi o mais complicado desde que chegou ao Minho, Madrid admite que retirou alguns ensinamentos do período em que esteve afastado da competição. "O ano de 2008 não me correu muito bem, devido às lesões, mas não o quero esquecer. Em todas as situações, mesmo nas negativas, há sempre algo para aprender, até para que no futuro não se cometam os mesmos erros", destacou a propósito.

RECORD

[Bruno3429]

Reforço de Inverno


Yazalde apresenta-se como "reforço de inverno" no Sporting de Braga. Aos 20 anos, o internacional sub-21, concretiza o sonho de dar o salto para o escalão maior do futebol português.

Antena Minho

[JotaCC]

Alterações da 13ª jornada: Académica-Leixões é o primeiro jogo de 2009

A 13ª jornada da Liga vai realiza-se em 2009 e o primeiro jogo do novo ano terá lugar sexta-feira, dia 2, em Coimbra. A Académica recebe o Leixões, pelas 20h30, naquele que será o encontro que dá o pontapé de saída para o ano novo.

No dia 3 de Janeiro, sábado, realizam-se dois jogos: Rio Ave-V. Guimarães, pelas 18h15, e V. Setúbal-Sporting, às 20h45.

O Benfica e o F.C. Porto só jogam no domingo. O líder do campeonato desloca-se à Trofa, pelas 20h30, enquanto os dragões jogam na Madeira, frente ao Nacional, às 18h30.

A 13ª jornada da Liga encerra na segunda-feira, dia 5, com o jogo Sp. Braga-Belenenses, às 19h45.

Os jogos da Liga de Honra realizam-se todos no domingo. Santa Clara-Olhanense, pelas 11h15 em Portugal Continental, menos uma nos Açores, a abrir a 13ª jornada do segundo campeonato português.

Jogos da 13ª jornada da Liga
Sexta-feira, dia 2 de Janeiro de 2009:
Académica-Leixões, 20h30 (SportTV 1)
Sábado, 3 de Janeiro:
Rio Ave-V. Guimarães, 18h15 (SportTV 1)
V. Setúbal-Sporting, 20h45 (RTP 1)
Domingo, 04 de Janeiro:
Marítimo-P. Ferreira, 16 horas
E. Amadora-Naval, 16 horas
Nacional-F.C. Porto, 18h30 (SportTV 1)
Trofense-Benfica, 20h30 (SportTV 1)
Segunda-feira, 5 de Janeiro:
Sp. Braga-Belenenses, 19h45 (SportTV 1)

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