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Artigo de Luis Freitas Lobo

Started by Pé Ligeiro, 24 de December de 2008, 10:03

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Pé Ligeiro

Super-heróis gostam de futebol - Luis Freitas Lobo

"O Monstro

A bola aproxima-se dele e já se pressente qualquer coisa no ar. Quando chega aos seus pés até parece assustada. Sempre que arranca, potência muscular e técnica, provoca um terramoto no jogo. É o lado monstruoso do futebol de Hulk, um jogador quase uma ironia no futebol actual pela forma como parece jogar à margem de tudo. Dos adversários que ultrapassa em velocidade, dos colegas a quem poucas vezes respeita a linha de passe e, até, da lógica de movimentos de um avançado clássico. Na sua mente existe apenas uma baliza. E o caminho mais simples para lá chegar é a linha recta.

Encaixar um jogador destes numa equipa é uma missão aliciante e perturbadora. O relvado do Dragão já conviveu com os caprichos de Quaresma, mas o caso Hulk é diferente. Porque é mais do que um comportamento. É outra forma de vida. Dar-lhe um pensamento colectivo passa por voltar às bases, recriar a escola na idade adulta. Para a equipa, obriga a repensar as suas bases tácticas. No cruzamento de jogador e equipa, surge uma ideia de jogo.

O terceiro FC Porto de Jesualdo mudou na forma de jogar. Na progressiva erosão do 4x3x3, o eclipse dos extremos e dos laterais ofensivos. No crescimento das variantes do 4x4x2, o nascer de outras dinâmicas a meio-campo e o tal 'monstro' no ataque. Em rigor, a equipa vagueia entre os dois sistemas. Um desdobramento feito por uma 'cebola' e um 'super-herói', Rodriguez e Hulk. Como equilíbrio, um jogador tímido, Fernando, e à sua frente dois 'burocratas tácticos', Meireles e Lucho. O sistema existe para servir os jogadores.

Outra coisa é a identidade. Essa é maior que o sistema. O FC Porto não é, no estilo, uma equipa portuguesa. Afirmação estranha? Talvez. Nela está, porém, a ideia de como os estilos mudaram. Em vez da técnica curtinha luso-latina, joga um futebol de passes longos e verticais, em velocidade a sair para o ataque (transições rápidas) e mudanças de flanco permanentes. Foi curioso ver este estilo a emergir frente ao Arsenal, que encetou o caminho inverso e joga um futebol apoiado, antítese do tradicional "kick and rush" inglês.

Esta interpretação dos novos tempos é decisiva para o crescimento do futebol português (desportivo e financeiro) perante a Europa. Pela primeira vez, Portugal mete duas equipas nos 'oitavos' da Champions, onde metade são inglesas e espanholas. Tudo isto foge à nossa realidade mas leva-nos a pensar o nosso futebol pelo lado melhor. Os treinadores nacionais sabem disso e, nesse ponto, o futuro lusitano pode estar descansado, pois, como disse o ego de Jorge Jesus, temos dos melhores treinadores do mundo a pensar o jogo. Falta o resto. Colocar em prática esse pensamento. Jesualdo, Paulo Bento - como Jesus no Braga europeu - sabem pensar futebol. E sabem decifrar outras formas de o pensar. É uma ideia colectiva de jogo que, depois, em campo, choca com os jogadores, as faces individuais. Como Jesualdo chocou com Hulk no seu terceiro ano no Dragão e, a partir daí, descobriu como no futebol há mais do que mil e uma maneiras de ganhar um jogo. Faltava perceber como os 'super-heróis' gostam de futebol, a mais estranha forma de vida dentro de um relvado.

Quaresma: a miragem

Para um jogador que cresceu sempre com menor vocação para obrigações tácticas, jogar no país onde a cultura táctica atinge dimensão máxima é um desafio. Quaresma, um rebelde futebolístico sem causa táctica, sentiu esse choque nos relvados italianos. Não é, no entanto, esse território adverso que leva hoje o seu futebol para uma crise existencial. Os adeptos e a imprensa não o entendem e é olhado com desconfiança. Itália está ainda longe, porém, de ser uma aventura falhada para Quaresma. E o principal problema nem será a questão táctica.

Nesse campo, percebe cada vez mais o momento defensivo e não se esconde na hora de recuperar. Em termos de sistema, como é um extremo puro, sofre por Mourinho ter trocado o seu 4x3x3, à medida do '"gipsy" lusitano', por um 4x4x2 com três médios e um enganche ofensivo. Nesta opção, Quaresma tem dificuldade em entrar na equipa. Vendo-o jogar sente-se que a encruzilhada do futebol de Quaresma está no facto de desafiar a lógica a cada jogada que entra. Sabe fazer muitas coisas, mas trata mal o jogo na hora de definir. Seja para centrar, rematar ou num simples passe, tenta a trivela, um gesto que é quase como se estivesse a pôr a língua de fora para o jogo.

Quando falha, tudo se resume a uma atitude caprichosa que faz dele um solitário. Quando a bola vai ter com ele, necessita de soluções mais simples. Milão é uma das catedrais da moda, mas nos seus refúgios de futebol nem sempre se deixa seduzir pela mera beleza. A sua essência é outra. Eficácia pura.

O destino de Quim

A viagem à Madeira confirmou a ameaça. Quim perdeu a baliza do Benfica. Moreira ressurgiu, fez uma defesa, a equipa goleou e o cenário na baliza parece pacífico. Mais do que uma opção de protecção ao jogador, o olhar de Quim dirige-se para outros locais: a ameaça da 'travessia do deserto'. Em que circunstância pode agora Quim voltar à baliza sem atingir o mérito de Moreira? A substituição do guarda-redes é a mais sensível dentro de uma equipa. Porque é estrutural e raramente acontece. É, em geral, o jogador totalista do onze e o suplente mais conformado. Muitos guarda-redes fazem a maioria da carreira no banco. Sem reclamar muito.

A opção de Quique não é para apenas um jogo. Nestes casos, porém, a margem de erro do titular acidental é mínima, muito menor do que a do titular natural. A relação entre Moreira e Quim vive nestes termos. Como viveu a de Nuno e Helton. Ser guarda-redes é saber ser solitário. Em campo e fora dele. O destino de Quim fugiu das suas luvas.

Os médios avançados

O início da época anunciou-o como um quarto candidato. As viagens europeias levariam a equipa para outros caminhos. Há tempo, porém, para voltar à 'casa nacional'. O Braga é uma equipa que joga de nariz no ar. Tem um meio-campo feito quase só de avançados e isso, por si só, diz qual a sua atitude quando entra em campo, mas assusta na hora de defender. Jesus começou por montar a estrutura defensiva e hoje a consistência da equipa baseia-se nesse factor, sendo a defesa menos batida da Liga (5 golos em 11 jogos). No crescimento da construção de jogo, a qualidade de Luís Aguiar, desprezado no Dragão. Tal como Renteria, o jogador mais 'arrepiante' do campeonato. Move-se bem entre os defesas, chega em muitas jogadas na cara do guarda-redes, mas depois revela uma falta de técnica de remate que arrepia, contrastando com a eficácia de Meyong, mortífero no remate. Diferentes faces de uma equipa que ameaça agora 'explodir' no campeonato."


A referência que faz ao Braga vai de encontro à nossa sensação de que o Braga pode conseguir ir mais além tal a qualidade dos seus joagdores!


BRAGA SEMPRE MAIS!

4338

Grande Freitas Lobo, ele é bracarense caso não saibam  ;D ;D

Legião

Quote from: Ferreira-Braga on 24 de December de 2008, 10:03
Super-heróis gostam de futebol - Luis Freitas Lobo

"O Monstro

A bola aproxima-se dele e já se pressente qualquer coisa no ar. Quando chega aos seus pés até parece assustada. Sempre que arranca, potência muscular e técnica, provoca um terramoto no jogo. É o lado monstruoso do futebol de Hulk, um jogador quase uma ironia no futebol actual pela forma como parece jogar à margem de tudo. Dos adversários que ultrapassa em velocidade, dos colegas a quem poucas vezes respeita a linha de passe e, até, da lógica de movimentos de um avançado clássico. Na sua mente existe apenas uma baliza. E o caminho mais simples para lá chegar é a linha recta.

Encaixar um jogador destes numa equipa é uma missão aliciante e perturbadora. O relvado do Dragão já conviveu com os caprichos de Quaresma, mas o caso Hulk é diferente. Porque é mais do que um comportamento. É outra forma de vida. Dar-lhe um pensamento colectivo passa por voltar às bases, recriar a escola na idade adulta. Para a equipa, obriga a repensar as suas bases tácticas. No cruzamento de jogador e equipa, surge uma ideia de jogo.

O terceiro FC Porto de Jesualdo mudou na forma de jogar. Na progressiva erosão do 4x3x3, o eclipse dos extremos e dos laterais ofensivos. No crescimento das variantes do 4x4x2, o nascer de outras dinâmicas a meio-campo e o tal 'monstro' no ataque. Em rigor, a equipa vagueia entre os dois sistemas. Um desdobramento feito por uma 'cebola' e um 'super-herói', Rodriguez e Hulk. Como equilíbrio, um jogador tímido, Fernando, e à sua frente dois 'burocratas tácticos', Meireles e Lucho. O sistema existe para servir os jogadores.

Outra coisa é a identidade. Essa é maior que o sistema. O FC Porto não é, no estilo, uma equipa portuguesa. Afirmação estranha? Talvez. Nela está, porém, a ideia de como os estilos mudaram. Em vez da técnica curtinha luso-latina, joga um futebol de passes longos e verticais, em velocidade a sair para o ataque (transições rápidas) e mudanças de flanco permanentes. Foi curioso ver este estilo a emergir frente ao Arsenal, que encetou o caminho inverso e joga um futebol apoiado, antítese do tradicional "kick and rush" inglês.

Esta interpretação dos novos tempos é decisiva para o crescimento do futebol português (desportivo e financeiro) perante a Europa. Pela primeira vez, Portugal mete duas equipas nos 'oitavos' da Champions, onde metade são inglesas e espanholas. Tudo isto foge à nossa realidade mas leva-nos a pensar o nosso futebol pelo lado melhor. Os treinadores nacionais sabem disso e, nesse ponto, o futuro lusitano pode estar descansado, pois, como disse o ego de Jorge Jesus, temos dos melhores treinadores do mundo a pensar o jogo. Falta o resto. Colocar em prática esse pensamento. Jesualdo, Paulo Bento - como Jesus no Braga europeu - sabem pensar futebol. E sabem decifrar outras formas de o pensar. É uma ideia colectiva de jogo que, depois, em campo, choca com os jogadores, as faces individuais. Como Jesualdo chocou com Hulk no seu terceiro ano no Dragão e, a partir daí, descobriu como no futebol há mais do que mil e uma maneiras de ganhar um jogo. Faltava perceber como os 'super-heróis' gostam de futebol, a mais estranha forma de vida dentro de um relvado.

Quaresma: a miragem

Para um jogador que cresceu sempre com menor vocação para obrigações tácticas, jogar no país onde a cultura táctica atinge dimensão máxima é um desafio. Quaresma, um rebelde futebolístico sem causa táctica, sentiu esse choque nos relvados italianos. Não é, no entanto, esse território adverso que leva hoje o seu futebol para uma crise existencial. Os adeptos e a imprensa não o entendem e é olhado com desconfiança. Itália está ainda longe, porém, de ser uma aventura falhada para Quaresma. E o principal problema nem será a questão táctica.

Nesse campo, percebe cada vez mais o momento defensivo e não se esconde na hora de recuperar. Em termos de sistema, como é um extremo puro, sofre por Mourinho ter trocado o seu 4x3x3, à medida do '"gipsy" lusitano', por um 4x4x2 com três médios e um enganche ofensivo. Nesta opção, Quaresma tem dificuldade em entrar na equipa. Vendo-o jogar sente-se que a encruzilhada do futebol de Quaresma está no facto de desafiar a lógica a cada jogada que entra. Sabe fazer muitas coisas, mas trata mal o jogo na hora de definir. Seja para centrar, rematar ou num simples passe, tenta a trivela, um gesto que é quase como se estivesse a pôr a língua de fora para o jogo.

Quando falha, tudo se resume a uma atitude caprichosa que faz dele um solitário. Quando a bola vai ter com ele, necessita de soluções mais simples. Milão é uma das catedrais da moda, mas nos seus refúgios de futebol nem sempre se deixa seduzir pela mera beleza. A sua essência é outra. Eficácia pura.

O destino de Quim

A viagem à Madeira confirmou a ameaça. Quim perdeu a baliza do Benfica. Moreira ressurgiu, fez uma defesa, a equipa goleou e o cenário na baliza parece pacífico. Mais do que uma opção de protecção ao jogador, o olhar de Quim dirige-se para outros locais: a ameaça da 'travessia do deserto'. Em que circunstância pode agora Quim voltar à baliza sem atingir o mérito de Moreira? A substituição do guarda-redes é a mais sensível dentro de uma equipa. Porque é estrutural e raramente acontece. É, em geral, o jogador totalista do onze e o suplente mais conformado. Muitos guarda-redes fazem a maioria da carreira no banco. Sem reclamar muito.

A opção de Quique não é para apenas um jogo. Nestes casos, porém, a margem de erro do titular acidental é mínima, muito menor do que a do titular natural. A relação entre Moreira e Quim vive nestes termos. Como viveu a de Nuno e Helton. Ser guarda-redes é saber ser solitário. Em campo e fora dele. O destino de Quim fugiu das suas luvas.

Os médios avançados

O início da época anunciou-o como um quarto candidato. As viagens europeias levariam a equipa para outros caminhos. Há tempo, porém, para voltar à 'casa nacional'. O Braga é uma equipa que joga de nariz no ar. Tem um meio-campo feito quase só de avançados e isso, por si só, diz qual a sua atitude quando entra em campo, mas assusta na hora de defender. Jesus começou por montar a estrutura defensiva e hoje a consistência da equipa baseia-se nesse factor, sendo a defesa menos batida da Liga (5 golos em 11 jogos). No crescimento da construção de jogo, a qualidade de Luís Aguiar, desprezado no Dragão. Tal como Renteria, o jogador mais 'arrepiante' do campeonato. Move-se bem entre os defesas, chega em muitas jogadas na cara do guarda-redes, mas depois revela uma falta de técnica de remate que arrepia, contrastando com a eficácia de Meyong, mortífero no remate. Diferentes faces de uma equipa que ameaça agora 'explodir' no campeonato."


A referência que faz ao Braga vai de encontro à nossa sensação de que o Braga pode conseguir ir mais além tal a qualidade dos seus joagdores!




Aprecio os comentários do Luis freitas Lobo, percebe muito de futebol mas não anda ai a gabar-se e a mostrar que sabe os seus comentários (como este) falam por ele.

Concordo que o Braga pode expludir e que em Portugal temos não há só dos melhores jogadores do mundo mas também treinadores. O Mourinho tem algo mais que o diferencia dos outros que é para além de erstar rodeado de uma boa equipa percebe muito de marketing pessoal e de motivação de jogadores acho que são estes factores que fazem a diferença. Mas além dele há outros com qualidade.

Dêm tempo aos nossos treinadores para fazerem o seu trabalho, nem todos são bons mas o tempo encarrega-se de os pôr no seu sitio.

Vamos ter calma com o JJ ás vezes criticamos porque põe este jogador em vez daquele etc etc ele conhece a equipa melhor que nós todos, vamos dar tempo ao tempo. Acredito que o Braga vai "explodir" e fazer uma grande segunda volta!

Força Braga unidos venceremos!

Força Gverreiros!
Bracara Avgvsta - Fidelis et antiqva

Catarina

#3

Super-heróis gostam de futebol - Luis Freitas Lobo


Os médios avançados

O início da época anunciou-o como um quarto candidato. As viagens europeias levariam a equipa para outros caminhos. Há tempo, porém, para voltar à 'casa nacional'. O Braga é uma equipa que joga de nariz no ar. Tem um meio-campo feito quase só de avançados e isso, por si só, diz qual a sua atitude quando entra em campo, mas assusta na hora de defender. Jesus começou por montar a estrutura defensiva e hoje a consistência da equipa baseia-se nesse factor, sendo a defesa menos batida da Liga (5 golos em 11 jogos). No crescimento da construção de jogo, a qualidade de Luís Aguiar, desprezado no Dragão. Tal como Renteria, o jogador mais 'arrepiante' do campeonato. Move-se bem entre os defesas, chega em muitas jogadas na cara do guarda-redes, mas depois revela uma falta de técnica de remate que arrepia, contrastando com a eficácia de Meyong, mortífero no remate. Diferentes faces de uma equipa que ameaça agora 'explodir' no campeonato."


A referência que faz ao Braga vai de encontro à nossa sensação de que o Braga pode conseguir ir mais além tal a qualidade dos seus joagdores!




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Este comentário para mim diz tudo... temos um grande treinador, para mim, o mais sábio de todos em Portugal, sabe melhor que ninguém o que deve fazer e soube escolher bem os jogadores que o Braga deveria contratar. Na minha opinião temos a defesa e o meio-campo dos mais poderosos em Portugal, e o ataque também é bastante razoável.
Acho que agora, que o tempo no calendário vai começar a aprecer, vamos poder realmente subir na tabela, e melhor oportunidade é mesmo agora que temos os jogos contra benfica e porto, se ganharmos, ninguém pára o Braguinha, vamos mesmo "explodir"...
Gostava que os jogadores assimilassem bem estas ideias, do senhor Luís Freitas Lobo, podemos atingir o topo, basta querermos!

Vamos ver um Super-Braga...

FORÇA BRAGA!

semprebraga

Também espero e desejo que sim! Que o próximo ano nos traga muitas e boas surpresas!!!!

duke

O LFL é para mim o melhor comentador de futebol em Portugal.

Penso que sim, que o Braga vai fazer uma 2 volta melhor do que a 1º.

Bvna

Quote from: duke on 25 de December de 2008, 22:35
O LFL é para mim o melhor comentador de futebol em Portugal.

Penso que sim, que o Braga vai fazer uma 2 volta melhor do que a 1º.

E não tem azeite no cabelo nem cria polémicas gratuitas para "ser falado"....

(S)oon(C)hampion(B)raga

Quote
Quote from: Catarina on 24 de December de 2008, 15:25

Super-heróis gostam de futebol - Luis Freitas Lobo


Os médios avançados

O início da época anunciou-o como um quarto candidato. As viagens europeias levariam a equipa para outros caminhos. Há tempo, porém, para voltar à 'casa nacional'. O Braga é uma equipa que joga de nariz no ar. Tem um meio-campo feito quase só de avançados e isso, por si só, diz qual a sua atitude quando entra em campo, mas assusta na hora de defender. Jesus começou por montar a estrutura defensiva e hoje a consistência da equipa baseia-se nesse factor, sendo a defesa menos batida da Liga (5 golos em 11 jogos). No crescimento da construção de jogo, a qualidade de Luís Aguiar, desprezado no Dragão. Tal como Renteria, o jogador mais 'arrepiante' do campeonato. Move-se bem entre os defesas, chega em muitas jogadas na cara do guarda-redes, mas depois revela uma falta de técnica de remate que arrepia, contrastando com a eficácia de Meyong, mortífero no remate. Diferentes faces de uma equipa que ameaça agora 'explodir' no campeonato."


A referência que faz ao Braga vai de encontro à nossa sensação de que o Braga pode conseguir ir mais além tal a qualidade dos seus joagdores!





Este comentário para mim diz tudo... temos um grande treinador, para mim, o mais sábio de todos em Portugal, sabe melhor que ninguém o que deve fazer e soube escolher bem os jogadores que o Braga deveria contratar. Na minha opinião temos a defesa e o meio-campo dos mais poderosos em Portugal, e o ataque também é bastante razoável.
Acho que agora, que o tempo no calendário vai começar a aprecer, vamos poder realmente subir na tabela, e melhor oportunidade é mesmo agora que temos os jogos contra benfica e porto, se ganharmos, ninguém pára o Braguinha, vamos mesmo "explodir"...
Gostava que os jogadores assimilassem bem estas ideias, do senhor Luís Freitas Lobo, podemos atingir o topo, basta querermos!

Vamos ver um Super-Braga...

FORÇA BRAGA!

segundo o jornal "A Bola" de hoje, somos mesmo a defesa menos batida da Europa inteira!!!! ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D
[url="https://fb.watch/l3N5OntDOI/"]https://fb.watch/l3N5OntDOI/[/url]

Olho Vivo

Quote from: Adepto on 26 de December de 2008, 15:41
segundo o jornal "A Bola" de hoje, somos mesmo a defesa menos batida da Europa inteira!!!! ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D



A melhor defesa da Europa

2008 acabou com um registo surpreendente dos bracarenses * Cinco golos sofridos é marca única no Velho Continente * Nem Inter, nem Manchester, nem Barcelona fizeram melhor

Por António Casanova

NÃO é o Manchester United, nem o Arsenal, o Liverpool ou o Chelsea. Também não é o Real Madrid, o Barcelona, o Valência, nem tão-pouco o Inter, o Milan, a Juventus ou o Lyon e o Bayern de Munique. A melhor defesa da Europa joga na Liga portuguesa e não, não é a do FC Porto, do Benfica ou do Sporting — é, sim, a do Sp. Braga.

Cinco golos sofridos são selo de altíssima qualidade e conferem ao sector defensivo bracarense um estatuto ímpar no campeonato nacional e, mais surpreendente ainda, no Velho Continente, relegando para plano inferior os milionários e superpoderosos clubes que dominam os mais mediáticos campeonatos europeus.

Por exemplo: em Itália, pátria do catenaccio e laboratório privilegiado para a divulgação e promoção de diversos desenhos e estratégias defensivas ou ultradefensivas, a melhor defesa é treinada por José il speciale Mourinho, mas o Inter já sofreu mais seis golos do que o Sp. Braga. Em Espanha, o Barcelona sofreu mais cinco. Em França, o Olympique de Lyon sofreu mais sete, na Alemanha, é o Schalke 04 que possui a defesa menos batida, mas os 17 golos sofridos pelo emblema de Gelsenkirchen colocam-no bem distante do incrível e incontornável registo exibido pela formação de Jorge Jesus.

Gregos, turcos e... leões

Uma volta completa por todas as Ligas da Europa, algumas das quais já concluídas (na Rússia e nos países nórdicos, como Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia, já se fazem planos para atacar os campeonatos de 2009), leva-nos à descoberta de mais alguns dados surpreendentes e interessantíssimos: sabiam que é na Grécia que actua a segunda melhor defesa (Olympiakos, seis golos) da Europa? E que, com sete golos sofridos, surgem o inesperado e exótico Kayserispor, da Turquia, bem como o Chelsea, de Inglaterra, mais... o Sporting, de Paulo Bento?

Pergunta inevitável, dúvida emergente: não serão tão poucos golos sofridos pelo Sp. Braga consequência natural de tão poucas jornadas realizadas em Portugal? Isto, porque na Grécia já se realizaram 16 jornadas, em Espanha 17, Roménia, Itália e Alemanha já se jogaram 18, 19 em Inglaterra, 20 na França e Escócia, enquanto a Liga portuguesa se despediu de 2008 com somente 12 rondas.

A BOLA procedeu à análise comparativa de mais de uma dúzia de campeonatos, cristalizando o calendário dessas ligas na jornada 12, e também esse exercício é inquestionavelmente favorável ao Sp. Braga. Mais do que isso: serve ainda para valorizar e relevar as qualidades de Eduardo, João Pereira, Moisés, Frechaut, Rodriguez e Evaldo, precisamente os defensores mais utilizados por Jorge Jesus nos encontros entretanto realizados. Como assim? É que só três equipas, duas gregas (Olympiakos e Xhantia) e uma inglesa (Chelsea) tinham menos um golo sofrido. Logo, o Sp. Braga surgia por mérito próprio e destacadamente entre as melhores defesas de todos os campeonatos europeus, num grande final de 2008.

in A BOLA

Pezinhuh

Para mim Luis Freitas Lobo, é um homem q sabe e entede de futebol...é um poço de futebol..ele sabe mesmo tudo..

era com orgulho q o gostava de ver na estrutura directiva do SCBraga

Sérgio_Gonçalves

Dizem que ele (Luis Freitas Lobo) é neto do fundador do Sporting Clube de Braga, é verdade??

http://wwwbragablog.blogspot.com

Cici

Quote from: sagg on 27 de December de 2008, 20:20
Dizem que ele (Luis Freitas Lobo) é neto do fundador do Sporting Clube de Braga, é verdade??

http://wwwbragablog.blogspot.com

É.
Citando o próprio: "Trazendo no coração as palavras e as obras de meu avô, Celestino Lobo, fundador do Sporting de Braga, a minha segunda pele, desde 1995 que tenho procurado, em várias publicações, passar essa emoção da pena para o papel".
http://www.planetadofutebol.com/biography.php

Kilo

 Ele há uns tempos escreveu um texto fantástico sobre o Braga nas competições europeias! Gostava de reler mas não encontro... :-\

BRAGA FOREVER

Quote from: Kilo on 27 de December de 2008, 20:53
Ele há uns tempos escreveu um texto fantástico sobre o Braga nas competições europeias! Gostava de reler mas não encontro... :-\



Luis Freitas Lobo escreve "O Braga na Europa"

O remate imparável de fora da área do Chico Gordo, ainda no saudoso velho 1º de Maio, frente a onze rudimentares malteses, e as fintas e simulações, danças com golos de Wender, em frente à pedreira do novo Estádio, destroçando o Estrela Vermelha outrora gigante europeu. Já passaram quase 30 anos entre estes dois momentos. Na minha memória, eles são os dois lances que marcam a primeira e a última imagem que tenho do Braga nos caminhos da Europa. Em tempos mais remotos, repousa a primeira viagem além-fronteiras, nos anos 60, do qual guardo religiosamente curtas imagens tremidas num hoje arcaico filme super 8, precioso tesouro de família, do jogo com o Vasa Gyor, onde, apesar dos esforços de Luciano, Estevão e Perrichon, não conseguimos o terceiro golo para dar a volta à derrota da primeira mão.
Durante muito tempo, falar no Braga europeu era quase como imaginar uma viagem a outro planeta. Os rápidos regressos nos anos 70 e 80 disseram bem como era difícil ter a ousadia entrar nesse "outro futebol". Recordo o jogo com o Tottenham, em 84, a ilusão dos dias que o precederam e, depois, em campo, o duro choque com a realidade. À meia-hora já perdíamos 0-3. Era a equipa do Dito, do Jorge Gomes, do Serra... Depois, em Inglaterra, nem dava para respirar. 6-0. Lembrei-me muito desses jogos quando a época passada acompanhei por razões profissionais (escondendo no coração as emocionais) o nosso Braga no regresso a esse palco mítico nos subúrbios de Londres. Vinte e três anos depois, já pisamos aquela relva europeia com outra personalidade. Duas derrotas tangenciais e a ousadia de jogar olhos nos olhos com os gigantes desse "outro futebol". A classe táctica com que eliminou duas equipas italianas (Chievo e Parma) e a forma insolente como encaramos as montanhas de músculos vindos de Munique, bem expressa no sorriso matreiro com que o franzino Linz encostou a cabeça no monstro Kahn, dizem claramente que o Braga é hoje, cada vez mais, uma equipa com pedigree europeu. Durante aquelas duras épocas em que a luta por fugir à descida de divisão sufocou a passagem dos anos 80 para os 90, tal parecia um caminho impossível. Tudo começou a mudar com a classe do Karoglan, o desengonçado Toni, os penaltys do Artur Jorge contra o Vitesse... Três imagens daquele inesquecível onze que em meados dos anos 90 nos devolveu o direito a sonhar no cenário europeu.

Foi um caminho longo. Com avanços e recuos. O Braga nunca foi um clube fácil para sonhar. Aqueles que desde miúdos se habituaram a seguir com o coração apertado as viagens de uma bola desde as bancadas frias do 1º Maio sabem bem disso. Tantas ilusões e jogadas gravadas na memória. E é esta a palavra-chave para entender e agarrar o momento que hoje vivemos. Memória. Só ela permite criar raízes. Perceber porque durante tanto tempo o clube viveu distante dessa elite, quais as razões que permitem este seu regresso e, mais importante, saber como transformar tudo o que hoje vivemos não num sucesso conjuntural mas numa ponte indestrutível para um futuro de conquistas.

Raramente a vida respeita os nossos sonhos, mas com o futebol é diferente. É que todas as semanas há um novo jogo. Todos os anos, uma nova época. É como "nascer de novo" várias vezes. Para quem, como eu, viu este clube nascer, na mesma casa onde dei os primeiros passos, fundado pelos sonhos impossíveis do meu avô Celestino Lobo, o Braga joga "todos os dias" e o abismo que parece separar esses dois tempos tão distantes, da fundação ao presente, é apenas ilusório. Porque é nele que está o nosso ADN. Um código genético que gostaria de ver estendido a todo o "mundo bracarense". Uma forma de sentir e viver o Braga muito para lá do simples facto da bola entrar ou bater no poste. Pensem nisso nos próximos jogos. Esperando, claro, que as arrancadas do Wender, os passes do Jorginho e os golos do Linz, a actual expressão dessa paixão, surjam agora em Bremen, próxima paragem nas viagens europeias de um Braga em eterno renascimento.




É este Kilo?
S.C.BRAGA NÃO O MAIOR, MAS O MELHOR CLUBE DO MUNDO!

Kilo

Quote from: BRAGA FOREVER on 27 de December de 2008, 21:21
Quote from: Kilo on 27 de December de 2008, 20:53
Ele há uns tempos escreveu um texto fantástico sobre o Braga nas competições europeias! Gostava de reler mas não encontro... :-\



Luis Freitas Lobo escreve "O Braga na Europa"

O remate imparável de fora da área do Chico Gordo, ainda no saudoso velho 1º de Maio, frente a onze rudimentares malteses, e as fintas e simulações, danças com golos de Wender, em frente à pedreira do novo Estádio, destroçando o Estrela Vermelha outrora gigante europeu. Já passaram quase 30 anos entre estes dois momentos. Na minha memória, eles são os dois lances que marcam a primeira e a última imagem que tenho do Braga nos caminhos da Europa. Em tempos mais remotos, repousa a primeira viagem além-fronteiras, nos anos 60, do qual guardo religiosamente curtas imagens tremidas num hoje arcaico filme super 8, precioso tesouro de família, do jogo com o Vasa Gyor, onde, apesar dos esforços de Luciano, Estevão e Perrichon, não conseguimos o terceiro golo para dar a volta à derrota da primeira mão.
Durante muito tempo, falar no Braga europeu era quase como imaginar uma viagem a outro planeta. Os rápidos regressos nos anos 70 e 80 disseram bem como era difícil ter a ousadia entrar nesse "outro futebol". Recordo o jogo com o Tottenham, em 84, a ilusão dos dias que o precederam e, depois, em campo, o duro choque com a realidade. À meia-hora já perdíamos 0-3. Era a equipa do Dito, do Jorge Gomes, do Serra... Depois, em Inglaterra, nem dava para respirar. 6-0. Lembrei-me muito desses jogos quando a época passada acompanhei por razões profissionais (escondendo no coração as emocionais) o nosso Braga no regresso a esse palco mítico nos subúrbios de Londres. Vinte e três anos depois, já pisamos aquela relva europeia com outra personalidade. Duas derrotas tangenciais e a ousadia de jogar olhos nos olhos com os gigantes desse "outro futebol". A classe táctica com que eliminou duas equipas italianas (Chievo e Parma) e a forma insolente como encaramos as montanhas de músculos vindos de Munique, bem expressa no sorriso matreiro com que o franzino Linz encostou a cabeça no monstro Kahn, dizem claramente que o Braga é hoje, cada vez mais, uma equipa com pedigree europeu. Durante aquelas duras épocas em que a luta por fugir à descida de divisão sufocou a passagem dos anos 80 para os 90, tal parecia um caminho impossível. Tudo começou a mudar com a classe do Karoglan, o desengonçado Toni, os penaltys do Artur Jorge contra o Vitesse... Três imagens daquele inesquecível onze que em meados dos anos 90 nos devolveu o direito a sonhar no cenário europeu.

Foi um caminho longo. Com avanços e recuos. O Braga nunca foi um clube fácil para sonhar. Aqueles que desde miúdos se habituaram a seguir com o coração apertado as viagens de uma bola desde as bancadas frias do 1º Maio sabem bem disso. Tantas ilusões e jogadas gravadas na memória. E é esta a palavra-chave para entender e agarrar o momento que hoje vivemos. Memória. Só ela permite criar raízes. Perceber porque durante tanto tempo o clube viveu distante dessa elite, quais as razões que permitem este seu regresso e, mais importante, saber como transformar tudo o que hoje vivemos não num sucesso conjuntural mas numa ponte indestrutível para um futuro de conquistas.

Raramente a vida respeita os nossos sonhos, mas com o futebol é diferente. É que todas as semanas há um novo jogo. Todos os anos, uma nova época. É como "nascer de novo" várias vezes. Para quem, como eu, viu este clube nascer, na mesma casa onde dei os primeiros passos, fundado pelos sonhos impossíveis do meu avô Celestino Lobo, o Braga joga "todos os dias" e o abismo que parece separar esses dois tempos tão distantes, da fundação ao presente, é apenas ilusório. Porque é nele que está o nosso ADN. Um código genético que gostaria de ver estendido a todo o "mundo bracarense". Uma forma de sentir e viver o Braga muito para lá do simples facto da bola entrar ou bater no poste. Pensem nisso nos próximos jogos. Esperando, claro, que as arrancadas do Wender, os passes do Jorginho e os golos do Linz, a actual expressão dessa paixão, surjam agora em Bremen, próxima paragem nas viagens europeias de um Braga em eterno renascimento.




É este Kilo?


Sem tirar nem pôr!!!!

  ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D

Obrigado!  ;)

SEMPRESCB


mot

Estamos de facto perante um SENHOR do futebol. Luis Freitas Lobo transpira conhecimento futebolistico. É impressionante ouvi-lo e chegar imediatamente à conclusão de que ele percebe realmente de futebol, não se limitando como outros a dizer o óbvio ou a fazer análises superficiais ou inconsequentes. As suas reflexões têm profundidade!
E como se isso não bastasse, junta o útil ao agradável e é também um Braguista de gema.
Ainda ontem fiquei deliciado ao ouvir uma entrevista sua no noticiário da manhã na RTP1, onde dizia entre outras coisas que no final da liga no topo da classificação estaria o G4 ( expressão utilizada pelos brasileiros ), onde incluia o Enorme, acrescentando que se o Braga entrar no último terço do campeonato a 4/5 pontos da liderança poderia muito bem lutar até ao fim por um lugar na champions, pelo menos!!! Isto foram as palavras dele.
Palavras para quê?!!!

Saudações Braguistas!
SCB - Simply Choose the Best

Satmar

Quote from: mot on 29 de December de 2008, 13:38
Estamos de facto perante um SENHOR do futebol. Luis Freitas Lobo transpira conhecimento futebolistico. É impressionante ouvi-lo e chegar imediatamente à conclusão de que ele percebe realmente de futebol, não se limitando como outros a dizer o óbvio ou a fazer análises superficiais ou inconsequentes. As suas reflexões têm profundidade!
E como se isso não bastasse, junta o útil ao agradável e é também um Braguista de gema.
Ainda ontem fiquei deliciado ao ouvir uma entrevista sua no noticiário da manhã na RTP1, onde dizia entre outras coisas que no final da liga no topo da classificação estaria o G4 ( expressão utilizada pelos brasileiros ), onde incluia o Enorme, acrescentando que se o Braga entrar no último terço do campeonato a 4/5 pontos da liderança poderia muito bem lutar até ao fim por um lugar na champions, pelo menos!!! Isto foram as palavras dele.
Palavras para quê?!!!

Saudações Braguistas!
É um braguista e chega.....
Força Guerreiros!!!

Bruno3429


Já gostava dele, e depois de saber que é braguista...Grande Luis Freitas Lobo!