NOTICIAS DO ENORME DIA 02/06

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Jorge Jesus tem fasquia fixada no quarto lugar

Jorge Jesus é, nesta altura, um dos treinadores portugueses mais conceituados e a contratação dos seus serviços por parte do Braga só vem reforçar o estatuto conquistado pelo técnico. O clube quer regressar a um passado recente de êxitos, quando andou a discutir os lugares de pódio com os três grandes, nomeadamente no consulado de Jesualdo Ferreira, acabando por perder nesta luta e nunca passar do quarto posto. Para voltar a esses anos dourados, a opção dos dirigentes bracarenses recaiu no ambicioso ex-técnico do Belenenses.

Jorge Jesus iniciou a carreira no Benfica de Castelo Branco, onde na época 1988/89 assumiu as funções de jogador/treinador, seguindo-se o Amora, que conduziu da III Divisão à II Liga, conseguindo depois as promoções de Felgueiras, Setúbal e Estrela da Amadora à I Liga. É, pois, um percurso ascendente o de Jorge Jesus, mas conquistado a pulso. Na época 2006/07 o técnico, então ao serviço do Belenenses, discutiu quarto lugar com o Braga e só mesmo no último jogo os arsenalistas conseguiram garantir a posição com a vantagem de um ponto (50-49). O quinto lugar de há duas épocas é, pois, a melhor classificação conseguida pelo treinador. Mas se para os lados de Belém este desiderato pode ser traduzido numa boa época, no Minho será por certo considerado insuficiente. A ambição dos responsáveis arsenalistas aponta para a conquista de um lugar na Taça UEFA, deixando a Liga dos Campeões fora das cogitações, pelo menos esta época, já que o terceiro lugar já não dará direito à eliminatória de acesso.

A reformulação e investimento no edifício do futebol arsenalista, assim como no marketing, revela uma enorme determinação e ambição na (re)afirmação do clube a nível nacional. E não só... Nas épocas 2004/05, 05/06 e 06/07 o Braga assumiu-se como o quarto clube português e o objectivo é reconquistar esse prestígio perdido.


Cândido Costa
"Tem qualidade para triunfar"

Cândido Costa sabe bem das exigências e ambição que norteiam a SAD do Braga, uma vez que defendeu as cores arsenalistas nas épocas 2004/05 e 2005/06, assim como conhece o técnico Jorge Jesus, que o treinou em Belém nas duas últimas épocas. "O Jorge Jesus tem condições para realizar um bom trabalho e estou convicto que o vai conseguir", sustentou o lateral-direito do Belenenses, acrescentando: "É um estudioso, que gosta do que faz e vive para fazer aquilo. Coloca muita paixão na sua actividade profissional e tenho a certeza que, por vezes, até se esquecerá de tratar de algumas coisas particulares devido à intensidade com que vive o futebol. É um treinador que gosta da relva, que respira futebol, em especial no treino, enfim, alguém que nasceu para isto", afirmou.

Enquanto frisa que Jorge Jesus tem "qualidade para triunfar em Braga", Cândido Costa diz-se grato pelo apoio que sempre recebeu do técnico, inclusive as "dicas" para melhor actuar como lateral-direito.


Trabalhou todos os anos

Jorge Jesus teve a sua primeira experiência como técnico no Benfica de Castelo Branco, na época 1988/89, que conjugou com a de jogador. A partir dessa temporada colocou um ponto final na actividade de futebolista e dedicou-se exclusivamente à de treinador. E nas 19 épocas que se seguiram o treinador não cumpriu uma única na situação de desempregado, o que, por si só, atesta a qualidade do seu trabalho, apesar de não ter sido imune às famosas "chicotadas psicológicas".^

Contratos até ao fim

Jorge Jesus assinou um contrato de dois anos com o Braga e a aferir pela estabilidade registada no seu currículo tudo aponta no sentido de os cumprir (no Belenenses optou por rescindir o vínculo que possuía até 2010). E isto porque entre 1989 e 1993, o técnico treinou o Amora (subiu à II B e à II Liga) e entre 1993 e 1998 (saiu antes do final) orientou o Felgueiras, que levou à I Liga. No Estrela da Amadora e Setúbal esteve duas épocas seguidas.

O JOGO

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Satélite em estudo
PARA ESTREITAR LIGAÇÃO ENTRE FORMAÇÃO E FUTEBOL PROFISSIONAL
      
A SAD do Sp. Braga está a desenvolver esforços para garantir, na temporada que está em preparação, uma transição de sucesso do futebol de formação para o profissional. A Liga Intercalar ajuda a desbravar esse caminho, mas os minhotos procuram algo mais consistente sob o ponto de vista da competitividade.

O projecto, tendo como suporte os dados em que estavam alicerçadas as equipas B, foi aceite pela administração há cerca de 1 mês e neste momento falta encontrar um clube, preferencialmente da 2.ª Divisão, capaz de oferecer as condições exigidas.

A prioridade passa por ser uma formação dos arredores de Braga ou até mesmo do Alto Minho, de maneira a que seja garantido um acompanhamento permanente. E não só. Na defesa de uma visão que pretende tornar o Sp. Braga um "clube para toda a região", é fundamental que o parceiro seja precisamente um clube do Minho.

De acordo com o projecto, os bracarenses centralizam os jogadores – deixam de estar cedidos a clubes de vários pontos do País – que terminam agora a sua formação e aqueles que contratam a outros clubes, tendo-os à ordem de um treinador da casa.

Esse homem até poderá ser António Caldas, dado que António Salvador tem extrema confiança no técnico que encerrou a época num lugar de acesso à Taça Intertoto ou, na melhor das hipóteses, até mesmo directamente para a UEFA em função do caso em que está envolvido o FC Porto. Para além disso, é o actual responsável pela formação e comandou, em tempos, a equipa B.

RECORD