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NOTICIAS DO ENORME DIA 26/04

Started by JotaCC, 26 de April de 2008, 08:11

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JotaCC

Permanência até à última

Não se esperava menos que doses industriais de intensidade na visita do Paços de Ferreira a Braga, em mais uma final na fuga à despromoção, desta vez frente a um adversário fragilizado em toda a linha. O treinador Manuel Machado despedira-se durante a semana, e António Caldas, o técnico das transições, só tinha cinco jogadores no banco.

De princípio a fim, o amarelo brilhou mais do que o vermelho, mas isso, em jogos de futebol, não basta. Se serve de consolo aos pacenses, a fazerem contas ao Leiria-Leixões de hoje, o desempenho foi bom em domínios como a posse de bola, remates ou ataques. No mais importante, a finalização, falharam redondamente, quando até tiveram oportunidades para saírem de Braga com uma vitória e sem necessidade de roerem as unhas quando hoje acompanharem o jogo no Magalhães Pessoa. O que faltou aos castores, e aqui também podemos acrescentar consistência defensiva, acabaria por sobrar aos bracarenses: frieza na hora de aproveitar as ocasiões de golo e organização no sector mais recuado. Fechados no seu meio-campo - as muitas ausências a isso obrigaram - e aplicados a roubarem espaços, os da casa nunca abdicaram de criar perigo no punhado de ocasiões de que dispuseram, gerindo a vantagem atribuída por Linz e o adiantamento adversário. Se as coisas já estavam complicadas para a equipa de José Mota, a saída prematura de Wesley, o maestro, foi um golpe duríssimo nas aspirações de pontuar. No Braga, a pressão também se fez sentir e pariu um episódio caricato: Stélvio, Wender e Jaílson travaram-se de razões, quando o árbitro assinalava um livre favorável aos pacenses... O segundo tempo abriu com novo golo em nova desatenção defensiva, mas a entrada de Fábio Paim revigoraria o futebol dos amarelos, que ainda reduziram numa cabeçada de William, após apontamento soberbo de Pedrinha, e poderiam ter marcado mais, tal como o Braga, que ainda rematou ao ferro. Mais uma vez, a sina dos castores é sofrer até ao fim.

Braga 2 - P. Ferreira 1


Estádio AXA

Relvado em bom estado

15590 espectadores


Arbitros

Duarte Gomes [AF Lisboa]

Pedro Garcia + Venâncio Tomé

Luís Estrela

Braga

Treinador António Caldas

31 | Kieszek GR

47 | João Pereira LD

3 | Paulo Jorge DC

16 | Contreras DC

13 | Carlos Fernandes LE

5 | Roberto Brum MD

89 | Stélvio MD a 42'

17 | Frechaut MD a 88'

15 | Wender MO a 79'

20 | Jaílson AV

29 | Linz AV

12 | Dani Mallo GR

26 | Breno DC d 88'

25 | Miguelito AE d 42'

11 | Philco AV d 79'

9 | João Tomás AV

AMARELOS 36' Carlos Fernandes |38' Contreras | 50' João Pereira | 74' Paulo Jorge| 90+2' Jaílson

1-0|14'

Linz

2-0|52'

Frechaut

Paços de Ferreira

Treinador José Mota

12 | Coelho GR

30 | Ferreira LD a 82'

4 | Rovérsio DC

16 | Kiko DC

3 | Chico Silva LE

66 | Paulo Sousa MD

96 | F. Anunciação MD a 56'

8 | Pedrinha MO

80 | Wesley MO a 45+1'

7 | Edson AV

90 | William AV

24 | Peçanha GR

55 | Tiago Valente DC

17 | Fernando Pilar MD d 82'

77 | Dedé MD

88 | Fábio Paim AE d 56'

10 | Cristiano AE d 45+1'

74 | Carlos Carneiro AV


AMARELOS 66' Rovérsio

2-1|62'

William


A ESTRELA: Wender

Duas assistências para golo resumem, em termos estatísticos, o que de melhor fez em campo ontem à noite, mas no cômputo geral a sua acção foi também meritória e vital, face à missão de sacrifício que desempenhou ao ter de jogar como 10. Esteve em quase todas as posições do campo, jogando e fazendo jogar, e mostrando toda a sua experiência nos passes que fez para os golos de Linz e Frechaut. Saiu esgotado.


Braga um a um
.

2,5 Kieszek


Sem culpas no golo sofrido, evitou o empate (84') num vistoso golpe de rins a remate de Fernando Pilar.

.

2,5 João Pereira


No seu regresso à equipa, voltou a mostrar que é um inconformado e que aprendeu a lição, não pecando na "relação" com Edson.

.

3 Paulo Jorge

Pontificou no centro da defesa, e foi o capitão de que a equipa precisou na crise de Stélvio.

.

1,5 Contreras

Azar ou não, esteve em todas as situações de perigo dos pacenses.

.

2 Carlos Fernandes


Mostrou insegurança, mas terminou o jogo a enviar uma bola à barra.

.

3,5 Brum

Um patrão com pilhas alcalinas, reinou num meio-campo por vezes sem qualidade.

.

- Stélvio

Não aguentou a pressão do jogo e acabou a agredir Wender depois de levar um justo correctivo.

.

2,5 Frechaut

Esteve no melhor e no pior, marcando o segundo golo e permitindo a Pedrinha a assistência para o tento de William.

.

2 Jaílson

Não sabe jogar fora da área e muito menos numa lateral, mas lutou muito e até teve ocasião para marcar, mas Coelho negou-lhe o ensejo.

.

3,5 Linz

Começou a resolver o jogo aos 11', num lance pleno de oportunidade, e nunca mais deu descanso à defesa contrária, contribuindo sobremaneira para a vitória dos locais.

.

3 Miguelito

A sua entrada teve o efeito psicológico de melhorar a condição da equipa, sendo um perigo sempre que na posse de bola.

.

- Philco

Rendeu o esgotado Wender sem trazer nada de novo ao jogo.

.

- Breno

Uma estreia que lhe valeu sete minutos em campo. ^




António Caldas
"Paços apostou só nas faltas"

António Caldas não alinhou pelo discurso de José Mota e, na sua análise, falou de um jogo diferente do que viu o técnico pacense. Começando por dar nota da sua "grande satisfação" pelo comportamento de "uma equipa que soube sofrer e lutar", "Foi esta a forma de procurar a vitória, com empenho grande e espírito de sacrifício", sublinhou o técnico, que enalteceu ainda a eficácia apresentada pela equipa no jogo de ontem. "Há uns jogos, a equipa do Braga criava muitas oportunidades e não conseguia chegar ao golo, e hoje [ontem], em meia dúzia de situações, fizemos dois golos." E depois veio a divergência com José Mota: "A equipa teve uma boa circulação de bola frente a um adversário que apenas quis pôr bolas na área e apostar nas faltas perto desta." "Em matéria de oportunidades, fizeram muito pouco, enquanto nós tivemos jogadas de perigo e chegámos ao 2-0", concluiu o técnico, que atribuiu ao desgaste de Stélvio a razão por que decidiu tirá-lo de campo. "Senti que ele estava a quebrar e dei-lhe sinal para sair", rematou.



João Pereira
"Basta pagar a cláusula"

Do que se fala sobre o possível interesse do Benfica e do FC Porto, João Pereira garante "só saber pelos jornais". "Tenho mais três anos de contrato com o Braga e, para já, só tenho vontade em acabar bem a época e dar sequência ao bom que tenho feito", comentou o lateral-direito, lembrando que "existe uma cláusula de rescisão com um valor estipulado, que basta pagar para sair"...



Stélvio agrediu Wender

Aos 37´, Stélvio perdeu uma bola a meio-campo que se traduziu num contragolpe dos pacenses travado perto da área por Contreras e que determinou a lesão de Wesley. Nesse instante, Wender mostrou desagrado pela perda de bola a Stélvio, com o jovem jogador arsenalista a perder a cabeça e a agredir o colega à bofetada. Duarte Gomes, na área a punir Contreras, não viu nem puniu.



Linz fez golo 500

Um atractivo adicional da partida de ontem no Estádio AXA prendia-se com a possibilidade de ser marcado o golo 500 da presente edição da Bwin Liga, e nem foi preciso esperar muito para que tal sucedesse já que, decorria o minuto 14, o avançado arsenalista Linz facturou, inaugurando o marcador para o Braga, numa recarga a um primeiro remate seu que Coelho defendeu para a frente, aumentando também a sua conta pessoal para 11 golos na prova. Depois de Nuno Gomes ter feito, em Leiria, o golo 100, Elivelton, da Naval, o 200 diante do Paços de Ferreira, Makukula o 300 pelo Marítimo, no jogo com o Boavista, e Lisandro o 400, na deslocação a Matosinhos, o avançado austríaco entra para a história no dia a seguir a saber que está pré-convocado para o campeonato da Europa de 2008.



ÁRBITRO
Fraco para jogo duro

Duarte Gomes esteve mal na disciplina e, por causa disso, Wesley saiu lesionado, mas mais casos houve em que se pediam cartões. No primeiro golo ficam dúvidas sobre a posição de Linz. No lance de Wesley na área (25') parece ter estado bem.


MOMENTO: 82'
Kieszek nega empate

Defesa brilhante de Kieszek, evitando o 2-2. Depois de um remate de Edson, já na área, Fernando Pilar emendou em posição acrobática para um voo com palmada para canto do polaco.


LANCES-CHAVE

14' [ 1-0 ]

Wender, na direita, levanta a bola para a área, surgindo Linz solto de marcação a rematar de primeira na pequena área. Coelho defende por instinto mas não consegue evitar a recarga do austríaco.

27' Perdida incrível de William, que depois de passar por Kieszek e ficar com a baliza escancarada dispara por cima da barra.

42' Wesley flecte da esquerda para o meio, driblando vários adversários e largando a bola para William. Livre na entrada da área, o dianteiro remata rasteiro e falha a baliza por muito pouco.

52' [ 2-0 ]

Na esquerda, Wender pontapeia cruzado e faz a bola atravessar a área pacense. Frechaut aparece rápido ao segundo poste, beneficiando de falta de marcação, a emendar de primeira.

55' Cabeceamento ao lado de Filipe Anunciação, que não aproveitou a liberdade de movimentos no coração da área.

62' [ 2-1 ]

Lance de ataque conduzido pela esquerda por Pedrinha, que faz um cruzamento milimétrico de trivela para a área. Vindo de trás, William só tem que encostar a cabeça à bola para marcar.

79'
Jaílson lançado em velocidade na esquerda, entra na área e atira em jeito para boa defesa de Coelho.

87' Canto de Miguelito para o primeiro poste e cabeceamento de Carlos Fernandes à barra.



Campeões suaram com Belém gigante


Foi num ambiente eléctrico que o ABC conseguiu a passagem à final da Liga Halcon, onde já o esperava o Benfica, para lutar pelo título nacional. Para isso, os campeões tiveram de vencer (22-20) o Belenenses que, caso tivesse ganho, não surpreenderia ninguém, isto porque, com diferentes formas de jogar, ABC e Belenenses proporcionaram uma partida de muito equilíbrio e que se decidiu num pormenor: um roubo de bola de Luís Bogas a meio campo, após um passe precipitado do guarda-redes Hugo Figueira, que colocou os minhotos a vencer (21-20) a 28 segundos do fim.

Antes disso, o Belenenses tinha dominado os primeiros 20 minutos e o ABC recuperou tranquilamente as rédeas da partida para chegar ao intervalo a ganhar. Na segunda parte, os do Restelo recomeçaram bem, mas de novo a equipa de Jorge Rito passou para a frente do encontro e, na fase decisiva, quando o marcador mostrava sucessivos empates e o tempo se escoava rapidamente, o ABC mostrou maior concentração e experiência, ingredientes que lhe permitiram resolver os detalhes decisivos.

Nota negativa para o trabalho preventivo da polícia, que não impediu alguns desacatos na bancada.

ABC 22 - Belenenses 20


Árbitro | Eurico Nicolau | Ivan Caçador

Local | Pav. Flávio Sá Leite, em Braga


Carlos Ferreira Gr

Ivo Silva Gr

Jorge Rodrigues 2

Vladimir Zelenovic 2

Alberto Basto -

Dario Andrade 1

Carlos Matos -

José Costa 6

Luis Bogas 4

Hugo Rocha 2


Eduardo Ferreira -

Eduardo Gaifem 3

Fábio Magalhães 2

Tiago Pereira nj

T Jorge Rito


Gr Hugo Ferreira

Gr/nj Vasco Ribeiro

- José Rocha

5 Bruno Moreira

2 Pedro Neto

4 Nelson Pina

2 Pedro Matias

- Ivan Dias

1 Tiago Fonseca

4 Pedro Spínola

2 Pedro Gama

nj David Santos

nj Rui Varela

nj Tiago Santos

T  João Florêncio


Intervalo | 12-10

O JOGO

JotaCC

Empate seria prémio e castigo

O Braga regressou aos triunfos (2-1), em casa, após um jejum de dois jogos (Leixões e União de Leiria). Mas, convenhamos, em termos de justiça, foi falso como Judas, pois o Paços de Ferreira não merecia perder. O empate seria um prémio. Dominou mais, teve mais oportunidades, mas faltou-lhe eficácia. Depois, perdeu, por lesão, o abono de família, Wesley, e tudo se complicou.

No Braga pós-chicotada, o que mudou? Nada. Ou melhor a fortuna. O primeiro golo, por Linz, foi uma "oferta" de Coelho e, depois, o pacense William falhou um golo de modo inacreditável.

É esse o drama dos adjuntos. Como estão a prazo, não se afirmam nem galvanizam ninguém (vide Chalana, no Benfica, ou António Pinto, no Leixões) e não transmitem a impetuosidade necessária que fazem transcender as equipas.

O Braga de ontem foi abúlico, sem uma dinâmica clara de ataque e em que só Wender e Linz fizeram alguma diferença. Por isso, o público chegou a assobiar a equipa. Há uma atenuante, pois há muitos lesionados, mas isso não pode justificar tudo.

Afinal, António Caldas não arriscou fazer alinhar no onze o jovem de 19 anos Philco, preferindo Stélvio. No banco de suplentes, algo de inédito estavam quatro elementos de campo! A equipa tinha oito lesionados e dois castigados, o que complica sempre as opções a qualquer técnico.

As coisas começaram bem para o Braga, com Linz a facturar. Wender a cruzar e o austríaco a marcar à segunda tentativa e com a cumplicidade de Coelho, que defendeu o primeiro remate para os pés do bracarense. Foi um meio-frango de Coelho... E o 500.º golo da Liga e o 11.º de Linz. Estava-se no primeiro quarto de hora e os pacenses viam a vida a andar para trás, embora a sua reacção tivesse sido agradável, particularmente pelos pés de Wesley, que tinha um polícia de turno, Brum, nem sempre eficaz.

Na sequência dessa pressão, aconteceu o impensável William, sozinho, depois de contornar o guarda-redes, atirou muito sobre a barra. Esse falhanço vai ficar, seguramente, no anedotário da época. Impossível fazer pior.

Os castores ficaram senhores do jogo. William atirou a centímetros do poste. Mas a saída de Wesley, por lesão, seria um rude golpe nas aspirações da equipa. Ele é o motor e o combustível, o maestro e a orquestra. Entrou Cristiano mesmo antes do gongo do intervalo. Também saiu Stélvio e entrou Miguelito. Pasme-se um dos grandes candidatos (falhados) à UEFA a defender o 1-0 frente ao antepenúltimo... Um sinal dos tempos.

Só que o futebol é uma caixinha de surpresas e, num novo ataque, Linz lança Wender, que fez assistência para Frechaut, ao segundo poste, fazer o segundo. De imediato, José Mota retirou um trinco, Anunciação, e fez entrar um avançado, Fábio Paim. Era o tudo por tudo que... deu no 2-1, aos 62 minutos, com William, de cabeça a dimuir a desvantagem. Linz e Jailson tiveram dois bons ensejos, mas seria Kieszek a brilhar a um remate de Pilar, roubando o empate mais do que justo.

Nos lances mais polémicos, Duarte Gomes agiu bem. Na dúvida, não se beneficia ninguém...


ABC vai defender o título

O ABC é o outro finalista do Campeonato da Liga de Andebol, que vai disputar a final à melhor de cinco jogos com o Benfica. Os minhotos, bicampeões em título, venceram, ontem, a "negra" ao Belenenses nos últimos 50 segundos, por 22-20, numa partida que ficou manchada por incidentes entre a claque do Braga, que foi ao Flávio Sá Leite para apoiar o ABC, e os cerca de 200 adeptos do Restelo.

O jogo, que começou atrasado devido a esses incidentes, teve nos primeiros minutos da primeira parte um Belenenses determinado, que fez tremer o bicampeão nacional. Esteve a vencer por três golos de diferença e , sempre que pôde, imprimiu um ritmo forte ao encontro, visto que em ataque organizado manifestou algumas dificuldades em se impor. Aliás, quando o ABC conseguiu acertar defensivamente, a equipa do Restelo foi forçada a cometer algumas falhas técnicas, bem aproveitadas pelos da casa. Ao intervalo, os minhotos venciam por dois golos de diferença (12-10).

No segundo tempo, assistiu-se a um jogo muito equilibrado, onde o ABC voltou a ter uns primeiros minutos atribulados e o Belenenses não facilitou, igualando o marcador. Houve muita alternância no comando, mas sem que nenhuma das equipas se distanciasse. Os do Restelo tiveram várias oportunidades para o fazer, só que nunca as aproveitaram.

A 50 segundos do final da partida, com um empate a 20 golos no marcador, Hugo Figueira defendeu um remate, demorou um pouco a repor a bola e, exageradamente, os árbitros marcaram jogo passivo. O ABC recuperou a bola e fez golo. A vantagem seria ainda consolidada por José Costa.ABC22

ABC 22

Belenenses 20


Pavilhão Flávio Sá Leite, Braga. Árbitros Eurico Nicolau e Ivan Caçador.



ABC Carlos Ferreira e Ivo Silva; Jorge Rodrigues (2), Tiago Pereira, Vladimir Zelenovic (2), Alberto Basto, Dario Andrade (1), Carlos Matos, José Costa (6), L.Bogas (4), Hugo Rocha (2), Eduardo Ferreira, E. Gaifém (3) e F.Magalhães (2). Treinador Jorge Rito.



Belenenses Hugo Figueira, Vasco Ribeiro; José Rocha, Bruno Moreira (5), David Santos, Pedro Neto (2), Nelson Pina (4), Pedro Matias (2), Rui Varela, I. Dias, Tiago Fonseca (1), Pedro Spínola (4), P. Gama (2) e Tiago Santos. Treinador João Florêncio. Ao Intervalo 12-10.

JN

JotaCC

ABC está na final da Liga Halcon 

Nos quatro confrontos anteriores que ABC e Belenenses realizaram esta época, nunca a equipa visitada tinha perdido. Para manter o ciclo, o campeão nacional teve de deitar mão da sua maior experiência nos minutos finais e contar com habitual apoio do público que encheu o pavilhão.
   
O ABC venceu ontem o Belenenses por 22-20, no terceiro e definitivo jogo das meias-finais do 'play-off' da Liga Halcon. Com esta vitória, os bracarenses  deram seguimento à história recente dos jogos entre as duas equipas, em que a da casa venceu sempre, e garantiram um lugar na final, com o SL Benfica, bem como o acesso a uma competição europeia na próxi-ma temporada.

Foi um jogo intensíssimo, como era de prever. Com uma vitória para cada lado, tudo teria de ficar resolvido ontem. O público de Braga, como habitualmente faz nos momentos importantes, respondeu positivamente e encheu por completo os lugares que a boa claque que o Belenenses trouxe de Lisboa deixou vagos.
Alguns excessos no início da partida pareceram fazer reflectir-se nos jogadores que demoraram em assentar o seu jogo. Tanto os da casa, como os de Belém. E foi o Belenenses que comandou o marcador até pouco depois do minuto 20.

O ABC parecia acusar muito a pressão de jogar em casa e, com Hugo Figueira em grande nível, voltou a não entender-se bem com os rápidos contra-ataques do Belenenses, de que Jorge Rito já tinha avisado ser a mais eficaz arma do adversário. Nos cinco minutos finais da primeira parte o ABC consegue uma vantagem de dois golos, lisonjeira para a maneira como decorreu a primeira parte.

O segundo tempo da partida foi repleto de emoção. O Belenenses conseguiu reagir muito bem e chegou a comandar o marcador (17-18 e 18-20).
A seis minutos do fim o pavilhão 'levanta-se' e dá o mote para aquilo que viriam a ser os momentos decisivos da partida. Um roubo de bola de Luís Bogas, a meio-campo; um passe menos feliz de Hugo Figueira e o ABC aumenta para dois golos de diferença que lhe deram a vitória que, para além da final na Liga Halcon, vale uma entrada directa na 'Europa'.


Faltou a magia mas sobrou atitude

O Sporting de Braga reconquistou ontem o sorriso, ao vencer o P. Ferreira, por duas bolas a uma, na abertura da 28.ª jornada da Liga Bwin. Linz e Frechaut deram corpo à grande alma arsenalista.

A exibição não foi das melhores — valeu o esforço e a atitude — mas a equipa do Sporting de Braga conseguiu retomar ontem o trilho das vitórias no campeonato, depois de três desaires consecutivos, que deitaram por terra as aspirações europeias arsenalistas. Um regresso aos triunfos com dedo de António Caldas, que teve o condão de reorganizar a equipa e imprimir serenidade aos jogadores. Roland Linz, aos 14 minutos da primeira parte, e Frechaut, aos 52 da segunda, foram os autores dos tentos bracarenses — ambos com assistências primorosas de Wender — que derrotaram o Paços de Ferreira, na abertura da jornada 28 da Liga Bwin.

Caldas não mexeu muito na estrutura táctica da equipa, apostando no habitual 4x3x3. Perante um estádio com uma excelente moldura humana, a equipa bracarense entrou tímida, com respeito pelo "aflito" conjunto pacense, mas paulatinamente foi-se soltando das amarras, e antes do primeiro quarto de hora de jogo já dava aso a festejos nas bancadas.
Wender trabalhou bem na direita, e com um centro milimétrico ofereceu a oportunidade a Linz, que à segunda, inaugurou o marcador. Um golo de raça do avançado internacional austríaco, que viu Coelho parar o primeiro remate, mas na recarga entrou com tudo na bola.
O Paços foi uma equipa amorfa até aos 28 minutos, mas depois, e sem nada a perder, acordou para o jogo. Wesley teve nos pés uma chance para igualar, após asneira na defesa do Braga, driblou Kieszek, mas rematou para a nuvens.

Até ao intervalo o jogo  prosseguiu sem grandes motivos de reportagem, à excepção do acto indisciplinado do jovem médio arsenalista, Stélvio. Gesto reprovável, a fazer vir à memória a figura triste protagonizada, no Benfica, por Luisão e Katsuranis, e que os adeptos bracarenses fizeram questão de não deixar passar em claro com uma tremenda assobiadela.
Mais futebol, emoção e golos, só na segunda parte. Desta vez, o Sp. Braga entrou forte, e facilmente chegou ao 2-0, através de Frechaut, que só teve que concluir com mestria mais uma jogada bem desenhada por Wender, desta feita, pela esquerda, após rápido contra-ataque.

O Paços não se deu, todavia, por vencido, e aos 63 minutos, reduziram, por intermédio de William, que de cabeça, fez um golo de belo efeito, perante a apatia defensiva dos bracarenses.
O duelo ganhou uma nova animação e até ao apito final foi rasgadinho, mas pouco jogado, face às muitas faltas cometidas.
O Sp. Braga acabou por segurar, com algum sofrimento à mistura, a vitória, que mereceu por inteiro, face ao excelente empenho e atitude dos jogadores.
Boa arbitragem.

CM

JotaCC

Stélvio castigado por Caldas
DISCUSSÃO ACABA EM... SUBSTITUIÇÃO
   
A época não está a correr bem para os lados de Braga. Os despedimentos de treinadores não evitam que a Taça UEFA seja apenas uma miragem e nem com vantagens no marcador os ânimos serenam.

Ontem, à passagem do minuto 38, Stélvio perdeu uma bola infantilmente a meio-campo (preferiu tentar fintar dois adversários em vez de passar para o lado onde tinha companheiros soltos de marcação) e Contreras teve de travar em falta Wesley, à entrada da área, quando este se dirigia isolado para a baliza.

Os colegas não gostaram da "brincadeira" do internacional Sub-21 e protestaram veemente: Jaílson e Wender foram os mais duros, soltando diversos palavrões em direcção ao colega de equipa. Stélvio não gostou e "cresceu" para eles e só a intervenção rápida do capitão Paulo Jorge evitou que os empurrões terminassem de forma mais violenta.

No banco, António Caldas mandou de imediato aquecer Miguelito e, cinco minutos depois, o lateral-esquerdo entrou para o lugar do jovem médio. O público despediu-se dele com... assobios.

Cansaço?

Na conferência de imprensa, o treinador do Sp. Braga foi confrontado com o desentendimento entre Stélvio e os companheiros, mas justificou a substituição devido a... cansaço. "Ele esteve na Selecção e chegou desgastado. Senti que estava a quebrar e ele fez sinal para sair", defendeu-se Caldas.

A verdade é que faltavam 2 minutos para o intervalo. Era esse o tempo que bastava para evitar a assobiadela ao internacional português.

RECORD

JotaCC

Três derrotas depois Sp.Braga regressa as vitórias

Ficha de jogo

Jogo no Estádio Axa, em Braga.
Assistência 15.590 espectadores.

Sp. Braga
Kieszek 6, João Pereira 6, Paulo Jorge 6, Contreras 6, Carlos Fernandes 5, Brum 5, Stélvio Cruz 5 (Miguelito 5, 42"), Jaílson 5, Frechaut 6 (Breno -, 87"), Wender 7 (Philco -, 79"), Linz 7.
P. Ferreira Coelho 6, Ferreira 6 (Fernando Pilar -, 82"), Rovérsio 5, Kiko 6, Chico Silva 5, Filipe Anunciação 5 (Fábio Paim 6, 56"), Paulo Sousa 6, Pedrinha 7, Wesley 5 (Cristiano 6, 45"), Edson 6, William 5.
Árbitro Duarte Gomes 5, de Lisboa.
Amarelos C. Fernandes (35"), Contreras (37"), J. Pereira (49"), Rovérsio (66"), Paulo Jorge (73") e Jaílson (92").
Golos: 1-0, por Linz, aos 14"; 2-0, por Frechaut, aos 52"; 2-1, por William, aos 63".
Sp. Braga 2
Paços de Ferreira 1


Roland Linz
O austríaco regressou à titularidade com um golo e deu-se ao luxo de apontar o tento número 500 da presente edição da Liga. É o activo mais valioso deste Sp. Braga aquém das expectativas e não admira que esteja de pedra e cal na selecção da Aústria que se vai estrear no Europeu.

Wender
Esteve nos dois golos do Sp. Braga e foi obstinado a consumir a defesa pacense.

William
Conseguiu reduzir a desvantagem do Paços, mas isso não apagou o desperdício de baliza aberta da primeira parte. Tivesse marcado aos 28 minutos e, quem sabe, a sua equipa teria ganho outro fôlego na terrível fuga aos lugares vermelhos.

a Missão cumprida no Sporting de Braga, três pontos que permitem a ultrapassagem do Boavista e dois golos que deixam os minhotos ainda a sonhar com as competições europeias. Mas ainda assim alguma atrapalhação no conjunto minhoto para dominar um jogo em casa e contra um adversário em risco de despromoção. Mesmo tolhido pelas contas do fundo da tabela classificativa, o Paços de Ferreira nunca se deixou subjugar e ainda manteve em permanente sobressalto o anfiteatro de pedra dos bracarenses.
Com medo de ver comprometido o objectivo europeu da época, o Sp. Braga tinha muita pressa de chegar à vitória. Não admira, por isso, a entrada ansiosa e imperfeita em campo, com muitos passes errados, muitos repelões no meio-campo e pouca paciência para encontrar espaços nos flancos do Paços de Ferreira. Na prática, a equipa minhota, agora sob o comando de António Caldas, que faz pela segunda vez na época a ponte para um novo treinador, deixou-se enredar logo a abrir no conto dos pacenses. E só não se viu em dificuldades porque os pés dos atacantes do Paços estavam muito desafinados.
O Sp. Braga acabou por chegar ao intervalo com uma vantagem feliz, conseguida no primeiro remate ( e único digno desse nome no primeiro tempo) à baliza. O golo, aparentemente nos limites do fora-de-jogo, permitiu a Linz fazer história, assinando o 500.º tento do campeonato. Assistido por Wender, o austríaco foi mais rápido que o seu marcador directo e desviou para uma primeira defesa do guarda-redes Coelho. Na recarga, o ponta-de-lança não perdoou, atirando com estrondo para o fundo da baliza.
O Paços respondeu bem num contra-ataque de Wesley - obrigou Kieszek a uma defesa apertada - e não teve medo de jogar no meio-campo do Sp. Braga, como se fosse dono da "pedreira". Aos 28 minutos, a plateia pacense chegou a gritar golo, mas William desperdiçou de forma incrível a jogada que lhe permitiria o empate. Após um lançamento longo, o avançado do Paços de Ferreira ganhou em velocidade aos defesas bracarenses, evitou a intervenção do guarda-redes e, só com a baliza pela frente, atirou por cima.
O mesmo William atirou com muito perigo ao lado do poste direito, antes do intervalo, mas só conseguiu chegar ao golo no segundo tempo (63"), já depois de Frechaut fazer o segundo para o Sp. Braga, aos 52 minutos. Aliás, a etapa complementar foi bem mais animada que a primeira, com os guarda-redes a serem obrigados a intervenções de interesse e com uma bola lançada à barra por Carlos Fernandes.

Mais Paços na segunda parte
No golo de Frechaut, os protagonistas voltaram a ser Linz e Wender. O austríaco serviu Wender na ala esquerda, o brasileiro rematou mal e a bola foi parar aos pés de Frechaut, que estava sem marcação junto ao segundo poste da baliza de Coelho. Só precisou de empurrar com o pé direito. Estava feito o 2-0-
Já o Paços, que apareceu com muitos truques depois da entrada em jogo de Fábio Paim e da redução da equipa a um esquema de apenas três defesas, marcou numa jogada simples: trivela de Pedrinha para a área e o brasileiro William meteu de cabeça nas redes minhotas.
A vantagem ficava reduzida o mínimo, mas o resultado era insuficiente para o Paços, que fica agora à espera de uma derrota do Leixões para acalentar o sonho da manutenção.


PUBLICO

JotaCC

CLUBES REGRESSAM AO ACTIVO COM OITAVOS DE FINAL DA TAÇA

FC PORTO JOGA HOJE EM VALONGO
A deslocação do FC Porto a Valongo (18h30), assim como do Benfica a Porto Santo (21h00) centram as atenções dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, eliminatória que hoje fica concluída com sete partidas.
A deslocação do FC Porto a Valongo é, sem dúvida, a partida que concentra as atenções dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, que arrancaram ontem em Alenquer. Depois da goleada imposta, na eliminatória anterior, frente aos açorianos do Candelária, a equipa de Franklim Pais ruma esta tarde ao reduto dos valonguenses, um recinto habitualmente difícil e onde todos os adversários, incluindo os «dragões», tem sempre imensas dificuldades.
Com a paragem nos «playoffs» do Campeonato Nacional, que apenas regressam no próximo dia 10, a competição centra-se nesta e na próxima eliminatória da prova rainha portuguesa, que os «azuis e brancos» querem vencer e recuperar, tendo em conta que na última temporada foram surpreendidos e acabaram afastadas da final.
Também cheia de atracção é o confronto entre os madeirenses do Portosantense e a equipa do Benfica, sendo, contudo, que o favoritismo está do lado dos encarnados, que, esta época, venceram os dois jogos disputados com a formação comandada por Pedro Nunes.
Entretanto, tarefa mais acessível, teoricamente, tem a Oliveirense de Tó Neves que ruma a Cascais para medir forças com a equipa da II Divisão, que recentemente assegurou a contratação de Tiago Roquete. Em Tomar, equipa que milita também no escalão secundário, jogam os detentores do troféu: Cambra, que se encontra a disputar a poule de manutenção na I Divisão já sob a alçada de José Fernandes. A «turma» do Braga, por seu turno, tem uma curta viagem até Santa Maria da Feira, enquanto o Óquei de Barcelos recebe os também primodivisionários da Académica de Espinho. Por fim, em Lordelo do Ouro, os pupilos de Domingos Guimarães medem forças com o conjunto da Física (II Divisão). Aliás, o Infante Sagres é a única equipa da III Divisão ainda em prova e já fez história tendo em conta que os portuenses nunca estiveram nos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Recorde-se que o Infante já assegurou a subida à II Divisão e luta actualmente pelo título nacional.

O NORTE DESPORTIVO