NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 14/02

[Olho Vivo]

A estratégia até era boa, mas desperdiçar duas grandes penalidades é pedir ao destino para ser mau...

Uma desgraça nunca vem só!

BREMEN — O destino foi terrível para o Sp. Braga. Acima de tu-do, foi terrível para Manuel Machado, cuja estratégia ruiu como um castelo de cartas à medida que o Werder Bremen foi marcando e o Sp. Braga desperdiçando grandes penalidades. Deitar ao caixote do lixo dois penalties no espaço de 26 minutos é obra digna de entrar no registo do ano do Guinness e assim não há fórmula que resista.

Note-se que Manuel Machado fez uma leitura perfeita do Werder Bremen: como se esperava, Contreras surgiu como sombra teimosa de Diego (que só se viu nos lances de bola parada). À frente do chileno apareceram Frechaut, Vandinho e Jorginho, formando um losango bem definido que igualava, em unidades, o quarteto do Werder. No ataque, para além do indispensável Linz, emergiu Matheus, cuja velocidade e boa execução técnica foram apostas lançadas na arena alemã na esperança de desunir o bloco defensivo do conjunto de Thomas Schaaf.

Tudo certo, tudo bem estudado, tudo aparentemente perfeito. O que de forma alguma não se esperava é que jogadores com a classe e experiência internacional de Linz e Jorginho falhassem duas grandes penalidades. Uma, ainda vá lá, só quem está lá dentro é que sabe o que sofre. Mas duas soa a desgraça. E, como se sabe, uma desgraça nunca vem só.

O penalty desperdiçado por Linz caiu dos céus apenas seis minutos depois do golo de Naldo, num livre em que Paulo Santos parece ser mal batido. O Sp. Braga reagiu bem à pressão alemã, aguentou estoicamente o bombardeamento à sua área, e até foi num período de relativa acalmia que o Werder Bremen bateu pela segunda vez Paulo Santos.

Perante este quadro alargado de adversidades, os bracarenses não podiam dar-se ao luxo de virar descaradamente a cara ao golo. Até porque este Werder Bremen, que como Machado disse tem um modelo de equipa grande, não se agigantou assim tanto perante um Sp. Braga operário e bastante solidário. Prova disso mesmo foi a segunda parte, em que a equipa de Machado procurou caminhos para a baliza de Wiese.

Até ao apito final, a sensação de que o Sp. Braga podia marcar num contra-ataque percorreu as bancadas do Werserstadion, deixando em desassossego a fiel massa associativa da equipa alemã.

O destino, que antes fora mau para os desígnios minhotos, parecia nesta fase querer dar uma ajuda, esvaziando de inspiração Hugo Almeida. O português, que fez uma assistência, procurou por três ocasiões cantar a música do golo, mas o melhor que conseguiu foi desafinar na área. Mas depois surgiu aquele lance da grande penalidade de Carlos Fernandes e o luso pôde, enfim, fazer as pazes com o público. Para o Sp. Braga foi um duro castigo. Resta agora reclamar a honra em Braga, porque a eliminatória está perdida.

Georgios Kasnaferis (3) — Fraquinho o juiz grego e nada caseiro. Perdoou carga na área de Rodriguez sobre Diego (72). Nas duas grandes penalidades a favor do Sp. Braga caiu na armadilha de Linz e Matheus...



Manuel Machado reconhece que tudo ficou mais difícil mas não se dá por vencido

«Ainda está tudo em aberto»

Por PASCOAL SOUSA

BREMEN — Números pesados, derrota a dar que pensar. O destino não ouviu as preces de Manuel Machado e deu um golpe valente nas esperanças do Sp. Braga.

«Efectivamente, este resultado dificultou muito a eliminatória, mas não a resolveu», apontou o treinador da formação minhota, recusando-se a abdicar do sonho de chegar mais longe nesta caminhada europeia: «Ainda está tudo em aberto.»

A noite não foi a mais feliz, a exibição também esteve longe de encantar. Mesmo assim, o técnico dos arsenalistas rejeita a ideia de uma equipa perdida em campo, a coleccionar deslizes determinantes e fatais que possam ter contribuído para diferença tão acentuada no marcador. «A haver erros, só me lembro dos lances do primeiro — numa situação de bola parada — e segundo golos. De resto, estivemos num plano muito razoável», defende o mister bracarense.

Mau, mesmo mau, foi perder duas oportunidades tão soberanas, tão preciosas, quanto as duas grandes penalidades esbanjadas por Linz e Jorginho. «É verdade, os penalties falhados tiveram um grande peso no jogo», admitiu Machado, reforçando a ideia de que, «no resto do tempo, a exibição até foi agradável»: «Esses dois lances é que trocaram o resultado. Desperdiçar duas situações dessas frente a um adversário como o Werder Bremen torna tudo mais complicado.»

Assim... «Nós próprios condicionámos as nossas esperanças. Repito: a exibição até foi bem positiva, tendo igualmente em conta que defrontámos a segunda melhor equipa alemã da actualidade. Ainda por cima, sofrer o terceiro golo num lance daqueles, sobre o qual fiquei com muitas dúvidas, foi exageradamente penalizador.»

Com a eliminatória no intervalo, como vai o Sp. Braga atacar a segunda parte deste duelo com o Bremen? «A seu tempo pensaremos nisso. O que disse antes é válido, mas nunca atiraremos a toalha ao chão», frisou.




Jorginho e Linz unidos no desespero, no azar e numa crença profunda...

«No futebol não há impossíveis»

Por PASCOAL SOUSA

BREMEN — Jorginho e Roland Linz: muito do azar, muito da derrota bracarense passou por estes dois jogadores. Ambos tiveram oportunidades de ouro para fuzilar a baliza do Werder Bremen, sob a forma de duas grandes penalidades, e nenhum conseguiu acertar em cheio.

O brasileiro lembrou, no final do jogo, que «o guarda-redes foi feliz na forma como defendeu o penalty» e assumiu que «não é fácil reverter positivamente um resultado tão pesado». Porém... «No futebol, não há impossíveis. O moral da equipa não pode sair afectado e o ideal é procurar imediatamente dar uma resposta adequada, por isso há que virar as agulhas para o jogo da Liga, frente ao V. Setúbal, e não deixar escapar a oportunidade de somar três pontos no campeonato.»

Minutos antes da equipa embarcar para a viagem de regresso, com a comitiva a deixar a Alemanha com um passageiro a menos, já que o presidente do clube, António Salvador, ficou em terra (assuntos pessoais ou negócios à vista?), Roland Linz foi bem mais duro que Jorginho na hora da penitência e de traçar o auto-retrato.

«Sim, errei. Não foi o guarda-redes que esteve bem, eu é que estive mal. No penalty, não rematei em condições e o guarda-redes adivinhou facilmente o lado. Se os defesas adversários me desconcentraram? Não, não... Eu é que devia ter rematado melhor. Foi pena...», lamentou profundamente o goleador austríaco.

Roland Linz foi mais longe nos comentários: «O resultado é muito pesado e difícil de inverter, mas a nossa obrigação é tentar fazê-lo. Temos de ganhar o jogo da 2.ª mão, para, pelo menos, rectificar a imagem deixada na Alemanha.»



Sinceridade do técnico alemão

«Tivemos alguma sorte»

BREMEN — Thomas Schaaf era, naturalmente, um técnico satisfeito, primando por uma sinceridade de discurso apreciável: «O nosso guarda-redes foi influentíssimo e nele começou o triunfo. Mas até nisso tivemos alguma sorte, mais até por começarmos o jogo a vencer. Isso tornou as coisas mais fáceis, porque, como prevíamos, o Sp. Braga jogou muito compacto. Decisivo o golo de Hugo Almeida? Vamos ver se é tão decisivo como parece e se vai mesmo fazer a diferença. Atenção que nada está ainda garantido.»



Há que acreditar!
João Pereira (Sp. Braga)

Este resultado torna tudo mais complicado, mas na história do futebol já outras equipas conseguiram dar a volta a desvantagens piores... Há que acreditar! Quando os resultados não aparecem é natural que a confiança diminua...



Muito azar junto
Contreras (Sp. Braga)

Não foi fácil marcar Diego, mas a história deste jogo não passou por aí. Foi muito azar junto a bater-nos à porta: grandes penalidades desperdiçadas, um golo sofrido cedo... Foi tudo muito penalizador para a nossa equipa



Grande azar
Paulo Jorge (Sp. Braga)

Acima de tudo, tivemos grande azar, porque falhámos duas grandes penalidades, o que tornou tudo muito mais complicado, mas isso são coisas que acontecem num jogo. Acredito que não vamos ficar abalados



Boa vantagem
Hugo Almeida (W. Bremen)

Garantimos uma boa vantagem, que nos permite encarar o jogo da segunda mão com mais liberdade e sem pressão de relevo. De qualquer modo, não damos a eliminatória por conquistada. É preciso ter respeito por este Sp. Braga




Paulo Santos aos papéis, Linz e Jorginho a falhar «penalties». que noite aquela!...

João Pereira com asas e tantos sem cabeça

Por Pascoal Sousa

BREMEN — Inacreditável, coisa de bruxaria pura: dois penalties desperdiçados num só jogo não é deste Mundo! O pior foram os três golos sofridos a fazer adivinhar missão quase impossível para o jogo da segunda mão...

Paulo Santos (4) — Ficou pessimamente na fotografia no lance do primeiro golo. Confiança exagerada no golpe de vista e na sorte? O problema maior é que as boas defesas realizadas com o desenrolar do jogo não foram suficientes para camuflar lapso tão danoso como o verificado ao minuto quatro.

Paulo Jorge (5) — Permanentemente acossado por Hugo Almeida e companhia, o capitão viveu uma noite indiscutivelmente sobressaltada.

Rodriguez (5) — Bem pode agradecer o facto de o árbitro ter fechado os olhos ao penalty cometido sobre Diego (75), numa jornada tremendamente dramática, da qual a equipa saiu vergada a derrota pesada.

Carlos Fernandes (5) — A sorte de Rodriguez foi o azar de Fernandes, vinculado ao terceiro golo do Bremen por um penalty que o árbitro acusou (injustamente?) o lateral de ter cometido, nódoa irreparável numa exibição que esteve longe de ser brilhante.

Contreras (5) — A esforçada actuação do chileno ajuda a explicar o porquê de Diego, mágico da companhia alemã, não ter sido tão luminoso como noutros jogos.

Frechaut (5) — Incontáveis as equações geradas pelas mentes brilhantes do Bremen, elevando sobremaneira o grau de dificuldade da missão que Manuel Machado lhe confiou.

Vandinho (5) — Arriscou algumas aberturas de média distância, mas faltou quem desse a sequência perfeita aos seus rasgos de criatividade.

Jorginho (4) — Um penalty desperdiçado, dois remates mais com as medidas erradas, testemunho irrefutável de uma inépcia confrangedora.

Linz (5) — Afinal, quem sofre angústia na hora do penalty? Ontem, foram os atacantes do Braga, Linz incluído, e não o guarda-redes alemão. E que bem lhe ficava um golo...

Matheus (5) — Iludiu o árbitro e arrancou um penalty que Jorginho desperdiçaria, somou várias investidas interessantes, mas aquela muralha do Bremen era enormíssima de mais, não era?

Stélvio (4) — Longe de ser solução desejada.

Wender (4) — Engolido pela defesa alemã.

Jaílson (3) — Quase nada de relevo.






Guarda-redes alemão deixou bracarenses a 11 metros... do desespero

Castigo máximo é ter um Wiese na baliza

BREMEN — Do sonho de dispor de dois penalties no Weserstadion ao terrível pesadelo camuflado por um par de luvas. Wiese empurrou o Sp. Braga do céu para o inferno, Hugo Almeida deu uma ajuda.

Fritz (5) — A primeira vítima da teatralidade lusa. Ganhos e perdas na direita.

Mertesacker (5) — Preocupações com Linz e uma bola cabeceada para o poste.

Naldo (6) — Um pontapé com efeito... terrível para os bracarenses: 1-0.

Owomoyela (5) — Não estranhou a mudança de corredor e fez uma exibição às direitas... na esquerda.

Baumann (6) — Atirou Jorginho para o anonimato com passos extremamente bem medidos.

Jensen (6) — Não complicou o que era fácil e encostou com classe no 2-0.

Hunt (5) — Caiu de produção, curiosamente, após um remate a tirar tinta ao poste.

Diego (6) — Criatividade na reserva, brilho intermitente numa noite q.b..

Rosenberg (6) — Diagonais e desmarcações como causa de tantas dores de cabeça da turma portuguesa.

Hugo Almeida (7) — Muito pouco patriótico. À assistência para o segundo golo seguiu-se o penalty que fechou as contas. Muito obrigadinho...

Borowski (5) — Não foi titular, mas naturalmente chamado ao jogo. Mais força e experiência no meio-campo.

Ozil (4) — Entrou para a ovação a Diego quando a sorte e o azar já estavam atribuídos.






Bremen encantou

A cidade onde o burro é herói

BREMEN — A meia centena de adeptos que acompanhou o Sp. Braga ficou fascinada com a beleza e história Bremen. O presidente António Salvador aproveitou a tarde de ontem para passear pela Marktplatze e contemplar a magnífica Catedral de São Pedro. A principal atracção do burgo são quatro animais protagonistas da Fábula «Músicos de Bremen», dos irmãos Grimm: um burro, um cão, um gato e um galo, que simbolizam a bem sucedida luta de Bremen contra o jugo feudal na Alemanha medieval. Nesta cidade que respira cultura, até os mendigos são diferentes: pedem esmola enquanto lêem Kafka...



Esta tarde há treino

Sem tempo para dormir

BREMEN — Com pouco tempo para pôr o sono em dia, o Sp. Braga inicia, esta tarde, a preparação do desafio com o V. Setúbal, a disputar no próximo domingo, às 17 horas, no Estádio AXA. A chegada da comitiva bracarense ao Porto estava prevista para as duas horas desta madrugada, mas há que somar 45 minutos relativos à viagem de autocarro até Braga, o destino final. A sessão vespertina de hoje será, portanto, de recuperação física para os jogadores chamados por Manuel Machado para o compromisso frente ao Werder Bremen, enquanto os atletas que ficaram em Braga trabalharão de forma normal.

in A BOLA

[Rondo]

Génio de Wiese não era ilusão
PEDRO ROCHA, em Bremen, Alemanha

Por mais criativo e audaz que seja um treinador, não há equipa que resista a tanto azar e aselhice. Um golo a frio do Werder Bremen, logo aos 3', dois penáltis falhados e descoordenação total nas manobras defensivas deitaram por terra as esperanças dos minhotos na primeira mão dos 16 avos-de-final da Taça UEFA, em casa do Werder Bremen. Nada está perdido em termos matemáticos, mas nada se poderá repetir em Braga para o apuramento acontecer.

Se tudo parecia estar perfeito, no papel, no plano táctico (4x4x2) e até em termos de opções, rapidamente se percebeu que o Braga teria uma noite para esquecer. Quando os arsenalistas ainda estavam numa de fase de ambientação ao frio, o Bremen aplicou logo a primeira estocada, num livre de Naldo, que parecia saber que as bolas paradas são um dos pontos fracos dos visitantes. O disparo do brasileiro até nem foi violento, mas Paulo Santos também estava num estado de congelação. Com muito tempo de jogo pela frente, o Braga não desanimou e até chegou a perder o respeito, ora em contra-ataques rápidos canalizados por Matheus e Jorginho, ora em descidas de João Pereira. E o atrevimento do Braga quase deu em igualdade. Em lance individual, Linz consegue transformar um desarme de Fritz num penálti, e o Weserstadion chegou a suster a respiração... até Wiese negar o golo ao mesmo Linz. A defesa dos visitados abanava realmente, mas na frente tudo era diferente. Com Diego em noite endiabrada, o Bremen continuava a deitar abaixo o muro oposto e chegou ao segundo golo com naturalidade, num lance iniciado por Hugo Almeida e concluído por Jensen. Estava encontrado o tal suspeito vencedor, e, para que não restassem dúvidas, o grego Kasnaferis até fez questão de oferecer um segundo castigo máximo ao Braga, depois de mais um teatro de Matheus, logo atirado ao lixo por Jorginho, como se Wiese fosse um contentor de penáltis recicláveis. Já com o destino traçado, Carlos Fernandes abriu caminho para um penálti (outro inexistente) bem sucedido de Hugo Almeida. Assim não dá.
 

Werder Bremen 3 - Braga 0

Estádio Weserstadion (Bremen)
relvado razoável
25690 espectadores
Georgios Kasnaferis [Grécia]
Christos Gennaios + Christos Akrivos
Michail Koukoulakis

Werder Bremen
treinador Thomas Schaaf
1 | Wiese GR
24 | Owomoyela LD
29 | Martesacker DC
4 | Naldo DC
8 | Fritz LE
6 | Baumann MD
20 | Jensen MO
14 | Hunt MO a 59'
10 | Diego MO a 73'
9 | Rosenberg AV
23 | Hugo Almeida AV
-
33 | Vander GR
13 | Tosic LE
7 | Vranjes MO
11 | Ozil MO d 73'
24 | Borowski MO d 59'
17 | Klasnik AV
18 | Sanogo AV

GOLOS
1-0|3' Naldo
2-0|26 Jensen
3-0|90'+2' Hugo Almeida (g.p.)

Amarelos
10' Fritz |35' Wiese

vermelhos
nada a assinalar

Braga
treinador Manuel Machado
1 | Paulo Santos GR
47 | João Pereira LD
3 | Paulo Jorge DC
2 | Rodriguez DC
13 | Carlos Fernandes LE
16 | Pablo Contreras MD a 62'
17 | Frechaut MD
88 | Vandinho MO
7 | Jorginho MO a 79'
29 | Linz AV
99 | Matheus AV a 68'
-
12 | Dani GR
21 | Stélvio Cruz MD d 62'
5 | Roberto Brum MD
21 | César Peixoto MO
18 | Zé Manel AD
15 | Wender AE d 68'
20| Jaílson AV d 79'

Amarelos
42' Contreras |78' Paulo Jorge | 82' Stélvio |90'+2' Carlos Fernandes

vermelhos
nada a assinalar

Árbitro
Três penáltis três erros

Não foi por causa da equipa de arbitragem que o Braga saiu de Bremen derrotado. No entanto, mal aconselhado pelos seus assistentes, o grego Kasnaferis assinalou erradamente as três grandes penalidades - não acertou uma... - e só esteve bem no plano disciplinar.


O MOMENTO 10'
Penálti? Não, obrigado

Linz recolhe a bola à entrada da área, consegue virar-se para o objectivo e cai, reclamando rasteira de Fritz. Assinalado, mal, o castigo máximo, Wiese defende o remate do austríaco.


A ESTRELA
3 João Pereira

Arranca, pára, volta a arrancar e está sempre atento a quem lhe aparece pela frente. É assim o lateral, esteve quase sempre assim ontem, na Alemanha. Entre exibições abaixo do desejado, foi um dos que mais lutaram para que o resultado fosse diferente. Com velocidade, muita energia e uma rigorosa capacidade de tapar o seu corredor, o direito.



O Braga um a um
Nem Linz, nem Jorginho

2 Paulo Santos

Não ficou isento de culpas no primeiro golo e cometeu alguns deslizes. Redimiu-se com três intervenções magníficas, negando o golo a Hugo Almeida (por duas vezes) e a Rosenberg.

2 Paulo Jorge

Claro que não pode deixar de ser responsabilizado pelas facilidades concedidas no segundo golo e, como capitão, também tem obrigação de coordenar a formação da barreira.

2 Rodriguez

Outro central, outro com alguma falta de qualidade para ajudar a anular fulgor atacante do adversário.

2,5 Carlos Fernandes

No último lance, tinha de sobrar para o defesa-esquerdo. Por ter sido prejudicado pelo erro de arbitragem, não pode ser considerado culpado. De resto, foi lutando.

2 Contreras

Uma aposta sem resultados práticos. Jogou à frente da defesa e nunca foi capaz de disfarçar falta de hábitos naquela posição e falta de ritmo para acompanhar Diego e companhia.

2,5 Frechaut

Com a suavidade do costume, destruiu, recuperou e ajudou, poucas vezes, a construir. Uma espécie de operário em "part-time".

2,5 Vandinho

Mais activo e mais objectivo do que Frechaut. Uma ou outra acção digna de registo e pouco mais.

2,5 Jorginho

Quem falha uma grande penalidade e, ainda por cima, num jogo europeu fora de casa, tem de ser forçosamente penalizado por tal pecado. O resto da folha de serviço foi completado com esforço e dedicação.

2 Linz

Faltou-lhe o quase. Quase marcava, de penálti, e quase concretizava duas excelentes oportunidades. Nem sempre um goleador está inspirado. Calha a todos.

2,5 Matheus

Uma exibição com alguns pormenores positivos e muita vontade de alterar a história do jogo .

2 Stélvio

O primeiro trunfo lançado por Manuel Machado. Entrou para dar mais força e segurança ao meio-campo. Com agressividade (por vezes exagerada), cumpriu, em parte, a referida missão.

1,5 Wender

Raramente foi capaz de desequilibrar.

1,5 Jailson

Um quarto de hora em cena para quase nada.


Como jogou Werder Bremen
Muito crédito com Wiese

Com um guarda-redes assim, dificilmente se perde um jogo. Wiese, que no fim-de-semana defendera uma penálti apontado por Luca Toni, no jogo com o Bayern de Munique, parou ontem mais dois e foi a figura do jogo. Apoiado pelo seu público, o Werder Bremen embalou para uma exibição em que por largos períodos empurrou o Braga para o último terço do terreno, dominando a partida de forma avassaladora.

Mesmo não conseguindo exprimir essa superioridade na finalização, os alemães denotaram ligação entre sectores e uma espantosa vontade de acertar na baliza, rematando de qualquer lado.

DEFESA

Wiese, um guarda-redes inspiradíssimo, foi a figura dos alemães, ao defender duas grandes penalidades que evitaram o empate do Braga. Não foi só ele quem brilhou no sector mais recuado. Os centrais Naldo, autor do primeiro golo, e Mertesacker também estiveram em grande, não só a defender, mas também a visar a baliza de Paulo Santos. E ainda diziam que a defesa é o calcanhar de Aquiles do Bremen...

MEIO-CAMPO

Depois de uma passagem apagada pelo FC Porto, onde chegou rotulado de craque, Diego brilha com grande fulgor no futebol alemão. É o maestro da equipa, e dos seus pés saíram muitos lances perigosos, graças a aberturas milimétricas e iniciativas desconcertantes. Jensen e Hunt, pelas alas, também levaram perigo à área bracarense.

ATAQUE

Hugo Almeida marcou a fechar, de penálti, mas também participou activamente no segundo golo ao fazer o cruzamento que Jensen finalizaria com sucesso. Bateu-se de princípio a fim com a defesa bracarense, desgastando-a e abrindo espaços para Rosenberg.


Manuel Machado
"Não vamos desistir de seguir adiante"

Apesar da desvantagem volumosa com que iniciará a segunda mão desta eliminatória, Manuel Machado acredita ser possível seguir em frente. "Este resultado dificulta muito a nossa tarefa de passar a eliminatória. É claro que o nosso objectivo de passar a eliminatória ficou mais difícil, mas mesmo assim não vamos desistir de seguir em frente", assegurou.

Num comentário ao desempenho da sua equipa, Machado vislumbrou erros vários, especialmente nos dois primeiros golos, e algumas virtudes. Tudo somado, a exibição parece não lhe ter desagradado. "Cometemos erros num livre a 30 metros da nossa baliza e falhámos posicionalmente no lance do segundo golo", apontou, antes de destacar o facto de os seus atletas terem "conseguido criar duas grandes penalidades e de não terem acusado a pressão de jogar neste estádio".

"Conseguimos oito cantos a nosso favor e estivemos num plano de razoabilidade", avaliou. "Podíamos ter conseguido outro resultado, e, se tal tivesse acontecido, o jogo da segunda mão seria mais fácil. Apesar do resultado pesado, estivemos bem ao nível do jogo jogado. A seu tempo, atacaremos o jogo da segunda mão", comentou um Manuel Machado esperançado no jogo de Braga.


Thomas Schaaf
"Wiese ajudou-nos a vencer"

A exibição do guarda-redes Wiese - defendeu dois penáltis - foi destacada por Thomas Schaaf, treinador do Werder Bremen, que frisou a sua importância no triunfo sobre o Braga.

"O Wiese foi de uma tremenda utilidade e ajudou-nos muito a vencer este jogo", agradeceu o técnico. Analisando o encontro, Schaaf reconheceu que a sua equipa teve a "sorte de marcar no começo" e não estranhou que o Braga se tivesse apresentado "muito compacto, com duas linhas de jogadores a apenas 25 metros da sua baliza". Entre os pecadilhos da exibição que rendeu um tranquilizador 3-0 para a segunda mão, o treinador alemão apontou o facto de a sua equipa "não ter conseguido variar o jogo" como tinha feito no primeiro tempo". "Jogámos bem, e todos os golos são importantes. Vamos ver a importância deste terceiro golo no jogo da segunda mão", sublinhou, sobre o penálti convertido por Hugo Almeida.


Mais apoiados
Reforço de 150 emigrantes

Como se previa, o Braga contou com o apoio de mais adeptos no Weserstadion, para além dos 45 que viajaram de Portugal no avião "charter" fretado pelo clube. De acordo com a Imprensa germânica, pelo menos 150 emigrantes portugueses terão adquirido bilhetes para o jogo com o Werder Bremen, e a verdade é que nas bancadas não faltaram sinais de "portugalidade".
 

Miguelito de titular para a bancada

Contratado na reabertura do mercado de Inverno, Miguelito depressa conquistou a confiança de Manuel Machado e até figurou na lista de jogadores inscritos na Taça UEFA. O defesa-esquerdo acabou, no entanto, por perder o estatuto de titular em Bremen, ficando na bancada a ver o jogo. Atento à média elevada de estaturas do inimigo (1,92 m), o técnico dos minhotos resolveu desta vez promover o regresso ao corredor esquerdo de Carlos Fernandes, que ganha nalguns centímetros em relação ao ex-benfiquista.
 

Sempre a abrir domingo recebe o Setúbal

O Setúbal de Carlos Carvalhal (um ex-bracarense) vem aí, é no domingo, e o plantel do Braga retoma os treinos esta tarde com o propósito de se reencontrar o quanto antes com as vitórias para o Campeonato, o que já não acontece há quase dois meses - a última aconteceu em Paços de Ferreira. Depois de mais uma jornada europeia, frente ao Werder Bremen, a equipa voou logo para Portugal, chegando de madrugada, pelo que tudo aponta para que Manuel Machado seja mais condescendente em relação aos jogadores utilizados em Bremen.


Muito frio e animação

Hugo Almeida tinha toda a razão ao prever um ambiente infernal no Weserstadion. Depois de um surpreendente empate em casa do Bayern de Munique (líder da Bundesliga, para o qual há uma desvantagem de três pontos), os adeptos do Werder Bremen reconciliaram-se com a equipa e compareceram em peso para a recepção ao Braga, puxando de forma ruidosa pela equipa verde e branca. Um cenário que chegou a parecer impossível face à baixa temperatura ambiente que se fazia sentir - o termómetro andou pelos quatro graus, na melhor das hipóteses. Brrrrrr... que frio!


O presidente e os músicos

Os adeptos e dirigentes do Braga preencheram uma boa parte do dia passeando pela zona histórica de Bremen. Sempre bem-disposto, António Salvador, o presidente, deu o exemplo à comitiva, enfrentando o frio e passando pelos principais pontos turísticos da cidade, como por exemplo uma estátua em homenagem ao conto "Os Músicos de Bremen", dos irmãos Grimm, história em que são protagonistas um burro, um gato e um galo, que resolvem fugir aos seus donos, por serem maltratados, encontrando por fim a liberdade em Bremen. Pelo meio, espantam uma quadrilha de ladrões com uma curiosa música de improviso...



Sporting deu passo em frente e o Braga dois atrás
CARLOS MACHADO

Estranha e difícil de explicar a propensão suicida do Braga na noite de ontem, em Bremen. Uma equipa que perde por três a zero, como vai constar nos registos da prova, tem pouco que esperar do confronto da segunda mão, mas tudo poderia ser diferente, se os bracarenses não tivessem desperdiçado dois penáltis. Incrível, mas verdadeiro. Tão verdadeiro, quanto imperdoável em alta competição, porque aqui não se julga a justeza das penalidades, apenas o facto de elas terem sido esbanjadas.

Ao contrário do Braga, o Sporting construiu um bom resultado frente ao Basileia, e tudo aponta no sentido de começar hoje mesmo a estudar o próximo adversário, que, como se sabe, será o vencedor da eliminatória entre o Bolton e o Atlético de Madrid.

Como se esperava, os leões entraram em campo dispostos a assumirem o comando das operações não desperdiçando a importância do factor casa. Mesmo que se diga que o resultado foi curto para o futebol jogado, o Sporting construiu uma base sólida para encarar a segunda mão na Suíça, uma vez que não sofreu golos e leva dois de vantagem, além de que, pelo potencial exibido ontem por ambas as equipas, será de esperar nova vitória do Sporting no confronto da segunda mão.

[JotaCC]

Jogo perdido nos penáltis

Wiese defende o primeiro penálti da noite, apontado por Linz, que rematou denunciado e ao alcance do guarda-redes alemão

Falhar dois penáltis no mesmo jogo costuma ser sinónimo de derrota, e ontem não foi excepção. O Braga teve tudo para obter um resultado diferente na noite fria de Bremen, mas acabou derrotado por uma margem (3-0) que torna muito complicado o objectivo de passagem aos oitavos-de-final da Taça UEFA. Linz e Jorginho não foram capazes de converter duas grandes penalidades assinaladas a favor da equipa minhota, ambas na primeira parte, o que se revelou decisivo para o desfecho da partida.

Apesar da esperada entrada de Contreras para o meio-campo, as cautelas defensivas que se perspectivaram para o jogo da parte dos bracarenses não se confirmaram, e sobretudo até ao intervalo a partida foi um turbilhão de emoções, todas negativas para os bracarenses. Logo aos três minutos, o Werder Bremen adiantou-se no marcador, num lance em que Paulo Santos ficou mal na fotografia, porque o livre de Naldo pareceu ser tudo menos indefensável. A seguir, Linz enganou o árbitro com uma simulação perfeita na área alemã e ganhou o direito ao primeiro penálti da noite, mas na hora da verdade permitiu a defesa de Wiese.

O lance não deitou abaixo a equipa portuguesa, que conseguiu criar sensação de perigo sempre que se aproximou da baliza germânica. O problema é que essa não foi a única suspeita em relação à forma de jogar do Werder que se confirmou ontem. Para além de defender mal, a equipa de Hugo Almeida (foi titular, apesar de não ter treinado nos dois dias anteriores ao jogo) ataca bem e confundiu várias vezes a defesa arsenalista. O avançado português participou de forma decisiva na jogada de que resultou o segundo golo, tendo feito o passe para o remate certeiro de Jensen. Antes do intervalo, o Braga teve direito ao segundo penálti do encontro, num lance em que Matheus também não pareceu ter sofrido falta, mas Jorginho foi incapaz de fazer melhor do que Linz. O guarda-redes Wiese tornou-se o herói da noite, defendendo o remate do brasileiro, e o intervalo chegou com a sensação de que o Braga tinha perdido grande parte das hipóteses de apuramento, em dois lances de eficácia obrigatória, mas ontem reduzida a zero.

A segunda parte foi menos emocionante, porque o Werder Bremen entendeu que já tinha uma vantagem interessante no contexto geral da eliminatória, e porque o Braga, apesar de ter continuado a tentar, deixou de incomodar com regularidade os nervosos defesas germânicos. Hugo Almeida esteve perto do 3-0, que viria a fazer mais tarde, mas Linz também podia ter reduzido para o Braga, num contra-atraque muito bem desenhado por Wender e Vandinho.

Nos descontos, o Werder Bremen também teve direito a um penálti, e Hugo Almeida mostrou aos bracarenses como se faz. A missão do Braga para a segunda mão será quase impossível porque a equipa de Manuel Machado terá de marcar pelo menos três golos e não sofrer nenhum para levar a decisão para os penális. Uma palavra que os minhotos nem deverão querer pronunciar por estes dias...


O Braga teve azar durante todo o jogo"

Paulo Jorge
Defesa do Braga

"A razão principal para este resultado foi o azar. Penso que a nossa equipa teve azar durante todo o jogo, sobretudo nos lances das grandes penalidades. Também nos faltou alguma concentração nos lances que levaram aos golos do Werder Bremen. Vai ser muito difícil dar a volta a este resultado, mas penso que ainda nada está decidido. Há o jogo em Braga".



Guarda-redes esteve bem e há que dar mérito"
Jorginho
Avançado do Braga

"Falhámos dois penáltis em momentos decisivos. Foi falta de sorte, mas o guarda-redes também esteve bem e há que lhe dar mérito. Temos de tentar levantar a cabeça já frente ao Setúbal para dar a volta. Já joguei no Bonfim e o clube diz-me muito. Quando um jogador parte para o penálti é sempre com aintenção de fazer golo, mas desta vez não foi possível".


Falhar dois penáltis é algo que acontece..."
João Pereira
Defesa do Braga

"Temos pela frente uma missão muito complicada, mas no futebol não há impossíveis e vamos ver se conseguimos dar a volta a este resultado. Falhar dois penáltis no mesmo jogo é algo que acontece... Mas também temos que dar mérito ao guarda-redes do Werder Bremen. A ter marcado as duas grandes penalidades, o resultado seria completamente diferente".

Braga excelente, mas fomos mais fortes"
Hugo Almeida
Avançado do Bremen

"Não podemos ir para o jogo de Braga a pensar que está tudo decidido, pois ainda não está. Temos de entrar da mesma maneira de hoje (ontem) para tentar ganhar outra vez. O Braga é uma excelente equipa, mas fomos mais fortes. Não me pareceu penálti o primeiro lance. Penso que o avançado do Braga fez muito espalhafato. No segundo já posso admitir que houve falta".


"Ainda não vamos atirar a toalha ao chão"

Manuel Machado não ficou convencido e acha que pode dar a volta ao Werder Bremen no jogo de Braga


Frustração, angústia, raiva... De tudo isto se fez o profundo desgosto que se apoderou de Manuel Machado após os desgraçados episódios que redundaram na derrota do Sporting de Braga em Bremen. Se não é inaudito na Europa do futebol, falhar dois penáltis num só jogo e perder por 3-0 é de bradar aos céus. Mas o infortúnio ainda não derrotou o treinador da equipa minhota, que promete luta aos alemães no desafio da segunda mão "Em futebol, nunca nada está perdido. Está tudo em aberto".

"Claro que perder por 3-0 dificulta muito. É claro que comprometemos muito o nosso apuramento, mas, em futebol, tudo é possível", confia Manuel Machado, prevendo e desejando a desforra dos minhotos na segunda mão.

"Desperdiçar dois penáltis num só jogo, a este nível, foi decisivo. Foram falhas que trocaram completamente o resultado", lamentou Manuel Machado.

Além dos penáltis esbanjados por Linz e por Jorginho, o treinador do Sporting de Braga lastimou os "erros defensivos" que deram nos dois primeiros golos do Bremen. "Sofrer um golo de bola parada, logo aos três minutos, num livre cobrado a mais 30 metros da baliza, era de evitar. Podíamos e devíamos ter feito mais alguma coisa para evitar essas situações", afirmou Machado.

Para o treinador minhoto, nem foi por falta de traquejo que o Braga se perdeu. "Não, a minha equipa não acusou o peso do jogo. Durante os 90 minutos, fomos muitas vezes melhores do que o adversário. Basta dizer que tivemos dez cantos a nosso favor e apenas três contra e isso quererá dizer muita coisa. Estivemos num plano razoável. Simplesmente, cometemos erros, defensivos e ofensivos, e pagámos por isso. A jogar no terreno de uma equipa segunda classificada da Bundesliga, não se pode cometer erros destes", disse Machado.

Mesmo vergado por três golos de diferença, Manuel Machado não ficou convencido. O treinador do Braga acredita que a eliminatória não está resolvida "Ainda não vamos atirar a toalha ao chão. Vamos fazer os possíveis e impossíveis para passar a eliminatória em Braga".

Se Machado acredita na reviravolta, o homólogo alemão, Thomas Schaaf, acha que a eliminatória "pode ter ficado resolvida com o terceiro golo".

"Tal como prevíamos, o Braga tentou jogar de forma compacta, mas nós conseguimos superar bem os problemas que eles nos colocaram. E estivemos sempre muito perigosos nos lances de bola parada", disse o treinador do Werder Bremen.

Schaaf admitiu ter tido "a sorte do jogo", mas preferiu atribuir o mérito ao guarda-redes Wiese. "Ele mostrou grande capacidade ao defender os penáltis e ajudou-nos muito a vencer por esta margem.


"Cometi um erro, o remate não saiu bem"

Linz lamenta pénalti falhado


Como é norma nos jogos do Braga, Linz voltou aser uma das principais figuras, mas, desta feita, pela negativa.

Depois do Werder Bremen ter aberto o marcador pela primeira vez, o avançado teve a hipótese de repor a igualdade, mas desperdiçou uma grande penalidade, permitindo a defesa do guarda-redes da equipa alemã.

"Cometi um erro e tenho consciência que se tivesse marcado as coisas seriam completamente diferentes neste jogo", deu conta, no final.

Assim que o árbitro apontou para a marca de penálti, os alemães protestaram, e bastante, o que provocou uma paragem. Questionado sobre se os protestos e o interregno temporal o terão prejudicado, Linz disse que "não". O ponta-de-lança explicou que não foi por esse burburinho que partiu para a marcação do castigo máximo menos concentrado.

"O remate não me saiu bem. O guarda-redes adivinhou o lado e fez uma boa defesa", sublinhou. "Tenho consciência de que o resultado é mau, no contexto da eliminatória, mas acredito que não está tudo decidido", adiantou, esperançado.

"Esperamos fazer um jogo muito melhor em Braga, do que o realizado na Alemanha. Vamos entrar determinados para tentar marcar os golos que não conseguimos hoje (ontem). É que o resultado não espelha bem o que se passou. Faltou-nos sorte", completou.


Virar um 3-0 é difícil, mas há que acreditar"
Contreras
Defesa do Braga

"Penso que o resultado é injusto, tendo em conta o que fizemos. Jogámos melhor do que o resultado faz supor. Estive encaregue de marcar o Diego e penso que não foi por ele que passou este resultado. Virar um 3-0 é sempre muito difícil, mas temos de acreditar que ainda será possível dar a volta à eliminatória, jogando em casa e contando com o apoio dos adeptos".

JN

[JotaCC]

Dois pecados capitais...
O Sporting de Braga revelou-se ineficaz em termos defensivos e muito benevolente na defesa. O resultado foi uma vitória tranquila do Werder Bremen, por 3-0, comprometendo a passagem aos oitavos-de-final da Taça UEFA. Linz e Jorginho ainda desperdiçaram duas grandes penalidades.
   

A passagem do Sporting de Braga aos oitavos-de-final da Taça UEFA ficou comprometida ontem, depois da derrota por 3-0 no jogo de ontem, diante do Werder Bremen.
O Sporting de Braga pecou, essencialmente, por ser benevolente em demasia. Em primeiro lugar pela forma como encaixou dois golos, ainda na primeira parte, bastante consentidos. Paulo Santos fiou-se no golpe de vista, aos 4 minutos, no remate de Naldo, encaixando um golo ainda a frio. Aos 26 minutos, o Werder Bremen aumentou a vantagem (2-0), com Jensen completamente livre de marcação, à entrada da área, dando o melhor seguimento a um cruzamento de Hugo Almeida.

Pelo meio, Roland Linz desperdiçou uma grande penalidade. O Sporting de Braga teve tudo para fazer a igualade (10 m), depois do árbitro da partida ter decidido (mal) assinalar uma grande penalidade por falta de Baumann sobre Linz. Mas o remate consentido do avançado austríaco permitiu a defesa de Wiese. O guarda-redes do Bremen acabou por ser a principal figura do desafio, principalmente depois de ter defendido uma segunda grande penalidade. Desta feita, foi Jorginho quem assumiu a responsabilidade de marcar, mas o remate voltou a ser bastante consentido. E, assim, não é possível chegar longe.
O Sporting de Braga acabou por ser demasiado benovelente com o adversário, deitando por terra uma excelente oportunidade de manter a eliminatória em aberto para o jogo da segunda-mão.

Manuel Machado, tal como se previa, procedeu a alterações no sistema táctico, com a aposta de Contreras em função de trinco, enquanto Matheus foi lançado na equipa inicial, formando dupla com Linz no ataque. É certo que o Braga, ainda, conseguiu tirar algum proveito da permeável defesa no Bremen. Mas em termos defensivos, tremeu bastante. Jogadores como Hugo Almeida, Rosenberg e Hunt — no triângulo ofensivo — deram trabalho de sobra à defesa do Braga.
Durante a primeira parte, apenas, ficou ainda o dado estatístico em vantagem dos arsenalistas, com oito pontapés de canto a favor contra apenas três para os alemãos, mas é certo que não soube, sequer, tirar partido dessas situações.

A reacção dos arsenalistas foi demorada no segundo tempo, apesar de Manuel Machado ter procedido a alterações logo no início da etapa complementar. Stélvio Cruz foi a primeira aposta, em deterimento de Contreras, actuando como médio mais ofensivo. Wender também entrou, para o lugar de Matheus, sem trazer grandes novidades à dequipa. Stélvio Cruz, actuando descaído para o lado direito, ainda foi protagonista de alguns lances de perigo para a baliza de Wiese, mas não passou de "ameaças".

Já o Werder Bremen esteve muito perto de chegar ao terceiro golo. Aos 78 minutos, Paulo Santos efectuou duas defesas estupendas, primeiro a remate de Hugo Almeida e depois de Rosenberg. O ponta-de-lança português acabou por fazer o gosto ao pé, mesmo no fecho da contenda, fazendo o 3-0, na conversão de uma grande penalidade, depois de uma mão de Carlos Fernandes.
O resultado de 3-0, praticamente compete as aspirações dos arsenalistas, mas ainda falta o jogo da segunda mão..

CM

[JotaCC]

Os três golos alemães e os dois não penáltis


Sporting de Braga inventou e desperdiçou duas grandes penalidades. Werder Bremen foi mais eficaz e fica numa posição confortável para seguir em frente

Linz chutou para a esquerda e Wiese brilhou. Jorginho tentou para a direita e o guarda-redes voltou a mostrar serviço. Duas grandes penalidades, duas grandes defesas - também duas grandes invenções do árbitro grego. O Werder Bremen-Sporting de Braga, que ontem se disputou na Alemanha, resume-se ao resto: três golos da equipa de Diego e de Hugo Almeida, nenhum da equipa portuguesa, em maus lençóis nos 16 avos-de-final da Taça UEFA.
Foi tudo menos auspiciosa a visita da equipa minhota a Bremen. Ainda o Sp. Braga não tinha encaixado nas marcações alemãs e já Naldo tinha introduzido a bola na baliza de Paulo Santos pela primeira vez. Não se pode dizer que a equipa de Manuel Machado não teve as suas oportunidades. Teve-as. Oportunidades não faltaram - muito por culpa da frágil defesa do Werder Bremen. Aos 11", Linz fez de conta que foi rasteirado por Fritz, Georgios Kasnaferis foi na cantiga, mas o guarda-redes alemão não quis contribuir para o arraial minhoto.
Volta tudo à primeira forma. O Werder Bremen à frente no marcador, o Sp. Braga a correr atrás do prejuízo, mas, apesar de tudo, sem grandes argumentos dentro da área adversária. Do outro lado, assustava o Werder. Aos 16", Mertesacker acertou no poste. Aos 17", Rosenberg, solto, acertou em Paulo Santos. Aos 27", um centro-carambola de Hugo Almeida encontrou Jensen em zona proibida. Junto à marca de grande penalidade, Jensen só teve que escolher o lado. Desta vez até parecia fácil: 2-0.
Werder Bremen sim, Sporting de Braga não. Foi quase sempre assim. Alguns minutos depois, aos 35", foi a vez do arraial Matheus/Tim Wiese. O irrequieto avançado da equipa portuguesa isolou-se, tentou fazer o túnel ao guarda-redes, mas os dois acabariam por se embrulhar na relva. Repetiu-se o veredicto do árbitro grego Georgios Kasnaferis. Mais uma oportunidade para o Sp. Braga? Mais uma oportunidade para Wiese somar uns votos na eleição do melhor em campo.
Pouco antes e pouco depois do intervalo, o Werder Bremen podia ter ampliado. Cortesia de Hugo Almeida. Aos 40", a cabeça do ponta-de-lança português chegou mais alto que as mãos de Paulo Santos, mas o cabeceamento saiu torto. Aos 48", o titular Hugo Almeida recebeu um centro tenso, mas o cabeceamento voltou a falhar o alvo.
Linz (70") ainda teve nos pés uma boa oportunidade, Diego (73") ainda se queixou de uma falta na área antes de sair, Hugo Almeida (79") ainda tentou de livre. O jogo não terminou sem um terceiro penálti inventado. Mão de Carlos Fernandes? Pois não. Hugo Almeida chutou para o meio da baliza. Mas esta grande penalidade entrou.
O Glasgow Rangers teve mais e melhores oportunidades, mas o Panathinaikos, equipa orientada por José Peseiro, resistiu e acabou por sair da Escócia com um empate, adiando a eliminatória para o jogo da segunda mão, na Grécia (o ponta-de-lança Hélder Postiga entrou aos 66").
No resto, são poucas as equipas que levam para o segundo jogo alguma vantagem. A excepção é o Everton, que bateu o Brann, em Bergen, por
2-0 - também o Getafe que marcou e empatou no terreno do AEK. Por outro lado, ficaram bem encaminhadas as eliminatórias tanto do Marselha (3-0, golos de Cheyrou, Taiwo e Niang), como do PSV Eindhoven (2-0, golos de Simons e Lazovic), equipas que bateram em casa o Spartak Moscovo e o Helsingborg, respectivamente.
Nos restantes jogos do dia, o Galatasaray, a jogar em casa, não conseguiu melhor que um empate a zero frente ao Bayern Leverkusen, enquanto o Anderlecht, em Bruxelas, bateu o Bordéus por 2-1 (golos da vitória apontados por Polak e Mbo Mpenza).
Por curiosidade, refira-se que a primeira mão dos 16 avos-de-final da Taça UEFA rendeu precisamente 16 golos, isto se se excluir o jogo entre o Sporting e o Basileia. L.O.C.
Jogo no Estádio Weserstadion, em Bremen.
Assistência: cerca de 42.000 espectadores.
Werder Bremen Tim Wiese, Patrick Owomoyela, Naldo, Per Mertesacker, Clemens Fritz, Daniel Jensen, Frank Baumann, Diego (Mesut Osil, 73"), Aaron Hunt (Borowski, 59"), Hugo Almeida e Markus Rosenberg. Sp. Braga Paulo Santos, João Pereira, Paulo Jorge, Rodriguez, Carlos Fernandes, Pablo Contreras (Stélvio Cruz, 62"), Frechaut, Jorginho (Jailson, 79"), Vandinho, Roland Linz e Matheus (Wender, 68").
Árbitro: Georgios Kasnaferis (Grécia).
Amarelos: Fritz (10"), Wiese (35"), Contreras (42"), P. Jorge (78") e Stélvio (82") e Carlos Fernandes (90"+5")
Golos: 1-0 por Naldo, aos 5"; 2-0 por Jensen, aos 27";
3-0 por Hugo Almeida, aos 90"+5".
Werder Bremen 3
Sp. Braga 0

PUBLICO

[JotaCC]

Roland Linz: «Virou tudo contra nós»
AUSTRÍACO PENITENCIA-SE POR TER FALHADO PENÁLTI
         
O Sp. Braga sofreu um golo muito cedo, mas Linz teve nos pés uma hipótese clara para empatar. O goleador, no entanto, falhou a grande penalidade. "Foi um erro meu e foi determinante para o jogo. Virou tudo contra nós. Este 3-0 vai ser difícil de virar", admite.

Jorginho não fez melhor que o austríaco e também ele falhou um castigo máximo, mas na hora de prever o futuro mostrou-se mais optimista: "Nada é impossível e vamos demonstrar que foi falta de sorte."

Bem melhor que a dupla ofensiva, esteve João Pereira. O lateral-direito centra agora baterias para a Liga, admitindo que a má forma da equipa está a tornar-se uma bola de neve. "Vamos só pensar no V. Setúbal. As coisas não correram bem, mas o que interessa é o futuro. É normal que quando não aparecem bons resultados a confiança não seja a mesma nos jogos seguintes. Mesmo assim, acreditamos em nós e temos potencial para fazer mais e melhor rapidamente."


RECORD

[JotaCC]

Mais logo há Andebol, ABC defronta esta noite o S.Bernardo     

O ABC defronta esta noite o S.Bernardo, em jogo da 20.ª jornada da Liga Halcon em andebol.

A duas jornadas do final da fase regular, o ABC só depende de si, e necessita apenas de um empate para ser primeiro no final da fase regular...


São Bernardo - ABC ... esta noite, em Aveiro, a partir das nove horas... O jogo que pode definir desde já o ABC como vencedor da primeira fase da Liga Halcon.


Tudo em aberto, mas cada vez mais complicado na Taça UEFA. Sporting de Braga perdeu ontem na Alemanha por 3-0, no jogo da primeira mão dos dezaseis avos de final da competição europeia     

A UEFA cada mais mais complicada para o Sporting de Braga.

Os arsenalistas perderam, ontem à noite, com o Werder Bremen por 3-0, no jogo da primeira mão dos dezaseis avos de final que disputou na Alemanha, a contar para a Taça UEFA.

Um jogo que ficou marcado por duas grandes penalidades falhadas pelo Sporting de Braga, ainda durante a primeira parte do encontro.

Mesmo assim, Manuel Machado, técnico do Sporting de Braga diz que o jogo foi equilibrado para as duas equipas, apesar das grandes penalidades falhadas pelo Braga.

Depois da derrota de ontem à noite na Alemanha, o Sporting de Braga recebe na próxima quinta-feira, dia 21, no estádio AXA, a equipa do Werder Bremen para disputar a segunda mão dos dezaseis avos de final da taça UEFA.

E Manuel Machado, diz que o Sporting de Braga tem à partida, poucas chances de contiuar em prova depois da derrota de ontem à noite.

Sporting de Braga perdeu ontem à noite na Alemanha com o Werder Bremen por 3-0, em jogo a contar para mais uma eliminitória da taça UEFA.

Já o Sporting entrou bem nos 16 avos-de-final da prova, batendo por 2-0 os suíços do Basileia.

O Benfica recebe hoje o Nuremberga, clube que acaba de trocar de treinador, na primeira mão dos 16 avos-de-final da Taça UEFA, procurando uma vantagem que torne tranquila a viagem à Alemanha, para o jogo da segunda mão.

Destaque ainda, nos jogos de hoje, para o embate entre o Bolton, de Vaz Tê, e o Atletico de Madrid, de Simão Sabrosa e Zé Castro.

ANTENA MINHO

[JotaCC]

Chamaram-lhe azar

O Sporting de Braga desperdiçou, ontem, duas grandes penalidades no Estádio do Werder Bremen, e perdeu por 3-0 em encontro da primeira "mão" dos 1/16 avos de final da Taça UEFA.
Linz e Jorginho permitiram a defesa do guarda-redes alemão e acabaram por contribuir para uma derrota que os bracarenses viram ampliada, no último minuto de jogo, com uma grande penalidade convertida pelo português Hugo Almeida.

DM

[JotaCC]

WERDER BREMEN, 3– SPORTING DE BRAGA, 0
DOIS TIROS NOS PÉS E A VIDA POR UM FIO

Ao falhar duas grandes penalidades ontem, em Bremen, ante o «Werder» de Diego e Hugo Almeida, o Sp. Braga complicou as contas da eliminatória e terá agora que «sprintar» atrás do prejuízo, que Hugo Almeida ajudou a construir.


O Sp. Braga entrou no jogo a perder. Aos quatro minutos, Diego e Jensen cozinharam bem, na execução de um livre indirecto, o disparo traiçoeiro de Naldo que ludibriu Paulo Santos. Na resposta, os bracarenses beneficiaram de uma grande penalidade a castigar falta (inexistente) de Fritz sobre Linz, mas o ponta-de-lança austríaco não conseguiu enganar o guarda-redes Wiese.
À ineficácia dos portugueses, os germânicos responderam com mais um golo, desta feita por intermédio de Jensen, num lance bem desenhado pelo ataque do Werder Bremen, que também beneficiou de alguma passiviade da defesa minhota diga-se. Como o Sp. Braga se recusava a atirar a toalha ao chão, o jogo manteve-se vivo e a oportunidade de reduzir não demorou muito a chegar, mas uma vez mais, os jogadores arsenalistas não estiveram à altura: decorria o minuto 35 quando Matheus foi derrubado por Wiese na área teutónica. Chamado a converter o castigo máximo, Jorginho atirou forte e colocado, mas o guardião do Werder Bremen adivinhou novamente o lado para onde o esférico foi rematado e efectuou mais uma defesa portentosa. Na segunda parte, a história do jogo ficou escrita com a grande penalidade convertida por Hugo Almeida.

Werder Bremen
Wiese; Fritz, Naldo, Metesacker e Owomoyela; Baumann, Jensen, Hunt (Borowski, 59) e Diego (Ozil, 73); Hugo Almeida e Rosenberg.
Treinador: T. Schaaf.

Braga
Paulo Santos; João Pereira, Rodriguez, Paulo Jorge e Carlos Fernandes; Contreras (S. Cruz, 62), Frechaut e Vandinho; Matheus (Wender, 68), Jorginho (Jailson, 79) e Linz.
Treinador: M. Machado.


Árbitro: Georgios Kasnaferis (Grécia). Jogo disputado no Weserstadion, em Bremen (Alemanha). Ao intervalo: 2-0. Marcadores: Naldo (4), Jensen (26) e H. Almeida (90+5). Cartões amarelos: Fritz (10), Wiese (35), Contreras (42), P. Jorge (78), Cruz (78) e C. Fernandes (90+5).

O NORTE DESPORTIVO

[JotaCC]

Duas grandes penalidades falhadas comprometem eliminatória
O Sp. Braga desperdiçou ontem dois penáltis e comprometeu o apuramento para os oitvos-de-final da Taça UEFA ao sair derrotado por 3-0 frente ao Werder Bremen.



Manuel Machado apresentou um losango no meio-campo, em que o seu vértice mais recuado, Contreras, estava imbuído de seguir de perto Diego. Mas aos 4' fê-lo demasiado de perto, provocando uma falta ainda longe da área. Contudo, não o suficiente para evitar que Naldo inaugurasse o marcador. Um remate traiçoeiro mas em que Paulo Santos podia e devia ter feito muito melhor.

Os bracarenses reagiram ao golo atacando. O avanço no terreno abriu espaços na defesa do Bremen – claramente o seu sector mais fraco – e Linz (9') aproveitou um desentendimento entre os centrais e atirou-se para o chão, ludibriando o árbitro. Quem não se deixou enganar foi o guarda-redes Wiese, que defendeu.

O ascendente alemão voltou a ser concretizado em golo (26'). Após cruzamento de Hugo Almeida, Jensen – excelente exibição – apareceu sozinho na área e fez o 2-0.

A formação portuguesa não desarmava e Matheus, após solicitação de Linz, apareceu na cara de Wiese que, em mais um lance duvidoso, terá derrubado o brasileiro. Segundo penálti. Jorginho voltou a permitir a defesa de Wiese.

No segundo tempo o ritmo de jogo baixou e foi Hugo Almeida quem apareceu nos lances mais perigosos. Aos 48' cabeceou para excelente defesa de Paulo Santos e em cima do apito final o Panzer português fez aquilo que faltou ao Sp. Braga. Não falhou da marca dos 11 metros – mão de Carlos Fernandes e assinou o resultado final.

NOTAS

MACHADO AINDA ACREDITA

O treinador do Braga ainda acredita que passará a eliminatória. "Não atiramos a toada ao chão. Só pecámos na finalização", disse

FICHA DO JOGO

Local: Estádio dE Weserstadion (30 000 espectadores)

Árbitro: Georgios Kasnaferis (Grécia)

W. BREMEN: Wiese, Owomoyela, Mertesacker, Naldo, Bauman, Fritz, Jensen, Hunt (Borowski, 59 m), Diego (Uzo, 74 m), Rosenberg, Hugo Alemeida. Treinador: Thomas Schaaf

SP. BRAGA: Paulo Santos, João Pereira, Paulo Jorge, Rodriguez, Carlos Fernandes, Contreras (Stélvio, 62 m), Frechaut, Vandinho, Jorginho (Jailson, 78 m) , Matheus (Wender, 68 m), Linz. Treinador: Manuel Machado.

Marcador: 1-0 Naldo (4 m) 2-0 Jensen (26 m) 3-0 Hugo Almeida (90 m +3 m g.p.)

Acção disciplinar: Cartões amarelos – Fritz (9 m), Weise (30 m), Contreras (41 m), Paulo Jorge (78 m), Stélvio (82 m) e Carlos Fernandes (90 m + 3 m)

Melhor jogador: Wiese

CORREIO DA MANHA

[JotaCC]

Sporting de Braga goleado na Taça UEFA
O Sporting de Braga praticamente disse adeus a Taça UEFA após ter sido goleado na Alemanha pelo Werder Bremen por 0-3. Hugo Almeida marcou o último golo da sua equipa, de grande penalidade. No entanto, refira-se que a equipa portuguesa desperdiçou dois penalties...

O Werder Bremen inaugurou o marcador logo aos quatro minutos, por Naldo, após um livre e várias falhas defensivas, entre elas do guarda-redes Paulo Santos. Seis minutos depois o Braga desperdiçou a sua primeira grande penalidade, por Linz.

Após novo domínio, o Bremen aumentou a vantagem por Jenses, aos 26 minutos, mais uma vez sem marcação.

Como aconteceu no primeiro golo, o Braga dispôs depois de nova grande penalidade, aos 36 minutos, desta vez falhada por Jorginho.

O Bremen procurou o terceiro tento no segundo tempo e acabou por conseguir já perto do final (reacção muito fraca do Sporting de Braga ao longo da segunda parte). Hugo Almeida, de grande penalidade...

DIARIO DIGITAL

[JotaCC]

Quem não marca... sofre!

   O Sp. Braga saiu derrotado por 3-0 no jogo da 1ª mão dos 1/16 de final diante do Werder Bremen, num jogo em que a equipa portuguesa desperdiçou duas grandes penalidades, ainda que mal assinaladas pelo árbitro da partida. Naldo aos 4 minutos, Jensen aos 27 e Hugo Almeida aos 90 de grande penalidade foram os carrascos dos bracarenses e com este resultado o Sp. Braga comprometeu seriamente a passagem à fase seguinte da prova.

O jogo não podia ter começado da pior forma para o Braga já que logo aos 4 minutos Naldo, através da marcação de um livre indirecto, bateu Paulo Santos pela primeira vez. A equipa portuguesa reagiu de imediato à desvantagem no marcador e procurou subir no terreno, tendo beneficiado de uma grande penalidade aos 11 minutos que no entanto foi desperdiçada por Linz. O Bremen sentiu a grande penalidade falhada como um alerta do que poderia acontecer caso baixasse o ritmo de jogo e começou a criar perigo, tendo por diversas vezes falhado o segundo tento que surgiu aos 26 minutos com a assinatura de Jensen, que correspondeu da melhor forma a uma assistência de Fritz para à entrada da área bater Paulo Santos.

Mais uma vez o Braga procurou reagir ao golo de imediato e voltou a beneficiar de uma grande penalidade, que desta feita foi desperdiçada por Jorginho, estavam decorridos 36 minutos da primeira parte. Ao intervalo a superioridade germânica era evidente, mas a desvantagem no marcador era algo apenas permitido pela ineficácia bracarense.

Durante a segunda parte o Braga não foi capaz de controlar a partida, e teve ainda de conter algumas investidas perigosas do Bremen, que continuou a ser a melhor equipa dentro das quatro linhas. Os alemães procuraram adormecer o jogo, aspecto que foi conseguido já que ao contrário da primeira metade da partida, a segunda teve bastantes menos momentos de interesse, excepção ao minuto final, no qual o árbritro assinalou uma grande penalidade por mão de Carlos Fernandes dentro da área. Hugo Almeida não imitou Jorginho e Linz, já que enviou a bola para o fundo das redes de Paulo Santos, fechando as contas da partida.

ZERO ZERO

[JotaCC]

ABC vence fora o São Bernardo

O ABC venceu esta noite o São Bernardo, por 26-22, em jogo da vigésima jornada do Campeonato da Liga de andebol, disputado no pavilhão do São Bernardo, em Aveiro. Com este triunfo, a equipa bracarense consolidou o comando da prova, com 51 pontos, seguido do FC Porto, com 44, do Benfica, com 41, e do Belenenses, com 40, todos com menos um jogo, enquanto o São Bernardo é sétimo, com 33, mas mais um encontro disputado

O JOGO