NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 16/07

[nandes]

Tudo à volta de João Pinto no primeiro ensaio da época, sem golos mas já com chama



Matheus e Zé Carlos já entram na guerra


Sporting de Braga 2006/07 à luz do dia, embora pouco radioso porque o primeiro ensaio relativamente formal não gerou golos. E foi pena, porque os apetites estão regulados para o alto, as expectativas adensam-se, há uma colecção de virtuosos de quem se espera imenso, e todo este entusiasmo que rodeia o grupo liderado por Carvalhal é uma espécie de vínculo incontornável de uma massa adepta que espera mais e melhores resultados que os conseguidos no ciclo de Jesualdo Ferreira.
Foi um jogo curto de tempo, duas partes de 25 minutos, e curto porque às dez da manhã já se destilava no Minho. Mas num aglomerado de jogadores que se vão pressionar a tempo inteiro para ter lugar no onze já se percebem alguns sinais no campo das opções e há cada vez mais a nítida ideia de que, por exemplo, Matheus não pode ser dispensado, embora ainda seja uma espécie de aprendiz num bloco de crocodilos.
O facto é que com a entrada em campo da aquisição de Janeiro, os termos dinâmica e energia saíram reforçados pela fogosidade do talentoso extremo, capaz de rasgar avenidas, à esquerda e à direita, pelo que, como reivindicação aceitável, a sua influência nos ritmos de jogo aconselha afastá-lo dos potenciais emprestados.
Matheus concorre directamente com Wender e Cesinha, os pesos-pesados da esquerda, mas se não houver distracções o brasileiro (e também Diego Costa) está mais bem protegido perto de casa, já que se é legítimo falar-se em sinfonias de pré-temporada só mesmo Matheus, Zé Carlos e o eterno João Pinto estão nos andamentos certos para fazerem sonhar os adeptos.

De Irineu a Zé Carlos     

Sem golos e com poucas oportunidades num cenário que não aconselhava, nem permitia, desvarios físicos, fez-se o jogo possível. Os equilíbrios ainda são instáveis, as opções são consideráveis, os multifacetados deste grupo são imensos e garantem uma cadeia de opções infinita, podendo, então, observar-se desde já e com alguma certeza que as presença e explosão do infindável João Pinto vão concentrar o coração de uma equipa bem sustentada nessa fábrica de ideias e energia que é o menino de ouro, indiferente à curva do tempo e, como se viu ontem, já com acção alargadíssima em todo o meio-campo construtivo, com alcance até à fronteira do golo.
Irreverente, empreendedor e ainda sofisticado, João Pinto vai liderar a equipa que pode ter outra surpresa brasileira para além de Matheus. É que Irineu mostrou presença. Já se sabia que é um marcador implacável, mas adiciona traços de técnica que o colocam em boa posição para se fixar no eixo.
Finalmente, outro nome já conhecido mas a fixar melhor: Zé Carlos. Só jogou na segunda parte, mas trouxe ao jogo rapidez, ousadia e capacidade de concretização, embora não abalasse o primeiro zero da temporada. Mas foi ele a dar a embalagem mais forte na parte final... e ninguém, por muito estatuto e golos que tenha, pode dormir à sombra com uma ameaça deste calibre.



In A Bola



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Consistência defensiva mantém-se inalterada

PRIMEIRO JOGO DA PRÉ-ÉPOCA DEU UM NULO 



Por culpa do acerto das defesas, terminou sem golos o primeiro jogo-treino de Carlos Carvalhal no comando técnico do Sp. Braga.

Com uma escassa semana de trabalho, a primeira amostra da nova versão arsenalista teve uma duração inferior a 60' e, para lá de confirmar o equilíbrio no plantel, revelou virtudes e defeitos que transitam da era Jesualdo Ferreira: consistência q. b. em termos defensivos e insuficiências na criação de desequilíbrios de ataque e finalização.


Testes


Com onzes ainda algo aleatórios, Carvalhal deixou perceber que prepara dois sistemas tácticos distintos nesta fase de arranque da época. De um lado manteve-se o 4x3x3 (com triângulo invertido a meio-campo) em que a equipa se encontrava mais rotinada, enquanto do outro, no onze que integrou o maior número de reforços, se avançava para um esquema em 4x2x3x1, com Vandinho e Madrid à frente do quarteto defensivo e o trio formado por Davide, João Pinto e Wender nas costas de Kim Dong-Hun.

No melhor de um jogo em que o extremo Davide se destacou pela irreverência na ala direita, Frechaut "roubou" um golo certo a Pedro Costa (32') e Zé Carlos acertou no poste (44') em recarga a um remate de Matheus que Eduardo defendeu a custo.



In Record



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Dois sistemas, Zé Carlos e Irineu


O plantel arsenalista voltou ontem aos treinos à porta aberta, proporcionando aos muitos adeptos que estiveram no relvado secundário do Estádio Municipal a possibilidade de assistirem a um jogo-treino que, sobretudo, serviu para mostrar o "serviço" trabalhado no decurso da última semana. Num jogo-treino onde uma das notas foi precisamente o facto de alguns jogadores mostrarem estar ainda algo presos e... pesados, a apresentação de dois sistemas tácticos concentrou as atenções e deixa livre a curiosidade de saber que modelo Carlos Carvalhal vai adoptar quando começar a Liga. O jogo, disputado sob muito calor, teve duas partes de 25 minutos, precisamente para não penalizar muito os jogadores, cansados depois de uma semana de treinos bidiários.

Com a formação que vestiu de branco a formar um 4x2x3x1, do outro lado o técnico desenhou no conjunto vermelho um 4x3x3 de cariz bem ofensivo, mas os golos nunca apareceram e as oportunidades, face à concentração de jogadores no eixo central, não deixavam margem para pensar e executar, o que deixava Dani e Eduardo como meros espectadores nas duas balizas. Feita a primeira paragem, o técnico operou alterações, introduzindo Zé Carlos e Matheus na equipa branca, com o extremo a cedo mostrar serviço num remate cheio de veneno que Eduardo não segurou para a recarga de Zé Carlos ao poste, no único lance capaz de arrancar palmas a uma plateia ansiosa para ver golos. No resto, destaque para o à-vontade revelado pelo recém-chegado Irineu em situações de perigo iminente na área, para o rigor táctico de Vandinho e Madrid – parece que não foram de férias – e para as "explosões" de Zé Carlos e Matheus, dois jogadores prontos para complicar a vida ao técnico na hora de fazer a equipa.

Sob a arbitragem de Flávio Santos (AF Braga), que teve como assistentes José Miguel e João Paulo, as equipas alinharam:

Brancos: Dani; Pedro Costa, Irineu, Nem e Paíto; Madrid e Vandinho; Davide (Matheus), João Pinto e Wender; Kim (Zé Carlos)

Vermelhos: Eduardo; Luís Filipe, Paulo Jorge, Frechaut e Carlos Fernandes; Ricardo Chaves, Hugo Leal e Castanheira (Davide); Maciel, Cesinha e João Tomás (Diego Costa).




Wender pregou dois sustos

A manhã de trabalho dos minhotos, a última da semana, teve em sustos aquilo que faltou em golos. Wender foi o infeliz protagonista dos dois lances, que redundaram em outros tantos sustos, já que em ambos o jogador levou a mão à cabeça. No primeiro lance junto à baliza de Eduardo, queixou-se da face esquerda para mais tarde sofrer uma pancada na testa e ficar novamente no solo. Foi para ele (quase) exclusivamente o trabalho do departamento médico na manhã quente de Braga.




Dia e meio de folga

Cumprida a primeira semana de trabalho, o plantel teve direito a folgar o resto do dia de ontem, situação que se mantém hoje, estando o regresso aos trabalhos agendado apenas para amanhã, para nova sessão dupla de trabalho. O primeiro dos dois treinos será à porta fechada, no Estádio Municipal, seguindo-se, à tarde, nova sessão, desta feita em Laúndos, Póvoa de Varzim, e que será aberta ao público. Em face do muito calor que se tem feito sentir em Braga, com o mercúrio a subir muito acima dos 30 graus, optou-se por procurar locais de treino próximos do mar, cujo efeito moderador da temperatura torna não só mais baixo o registo do termómetro como aumenta os índices de resistência dos atletas, logo não é de estranhar que o plantel arsenalista, pelo menos até seguir para estágio, prossiga com viagens diárias até ao Litoral.




Trezentos adeptos "mataram" saudades

Quem ontem se deslocou ao perímetro exterior dos relvados de treinos do Estádio Municipal deparou-se com uma enchente de adeptos arsenalistas, aproximadamente 300, que não perderam a oportunidade de o treino ser à porta aberta para seguir de perto o trabalho dos jogadores às ordens de Carlos Carvalhal. Ávidos de contacto com os craques, os adeptos reuniram-se na única lateral disponível para ver e viver as incidências do jogo-treino, saindo satisfeitos pelo trabalho realizado, mas sem o sabor agradável de terem visto golos.



Mesquita Machado fez visita de trabalho

No final do treino, assim que a assistência abandonou a periferia do recinto, outro protagonista entrou em cena: o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, que, na companhia do ex-médico do clube Romeu Maia, esteve alguns minutos à conversa com Carvalhal e António Salvador. Posto isto, seguiram ambos para uma visita breve ao relvado, inteirando-se das condições do "tapete", que apresenta algum desgaste e peladas em resultado da infeliz conjugação de dois factores: o muito calor que se fez sentir na última semana e a avaria do sistema de rega que se verificou no início da mesma. Depois, os dois líderes seguiram para a lateral onde verificaram também as condições do espaço externo ao relvado, para onde há muito se fala ter sido pedida a colocação de uma bancada, melhorando as condições de todos quantos, diariamente, por devoção ou profissionalmente, acompanham os trabalhos da equipa minhota. 



In O JOGO



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