NOTICIAS DO ENORME DIA 12/11

[JotaCC]

Leão não tirou os pés do chão



Antes de mais, para quem não teve oportunidade de assistir ao encontro de ontem, deve ficar claro que a vitória do Braga se reveste de toda a justiça e que os três golos sem resposta registados pelo expressivo marcador reflectem na exacta medida a supremacia dos anfitriões. Os minhotos foram superiores nos duelos individuais, na organização colectiva, no futebol jogado e no número de ocasiões de golo criadas, muito por fruto das acções de Jorginho, que, decididamente, tem na caça ao leão uma actividade predilecta - já havia brilhado nessas tarefas com as camisolas de Setúbal e FC Porto.

Talvez por desgaste, físico e psicológico, o Sporting esqueceu os factores que estiveram por trás da excelente exibição conseguida ante o Roma, para a Liga dos Campeões, e, depois do melhor desempenho da temporada ante os vice-campeões italianos, ofereceu uma das piores da época, mesmo se Paulo Bento fez alinhar exactamente o mesmo onze. A verdade é que o futebol leonino vive de um equilíbrio cuja estabilidade depende totalmente da agressividade e intensidade que os jogadores imprimem às suas acções, e, quando estes elementos não atingem níveis próximos do máximo, as consequências podem ser fatais. Não se interprete, porém, esta análise como uma tentativa de escamotear o mérito dos anfitriões, já que a excelente noite do Braga foi o principal motivo das dificuldades verdes e brancas.

Sob o olhar de Manuel Machado, já contratado para comandar a equipa até ao final da época, os jogadores do Braga, ainda orientados por António Caldas, deram uma demonstração cabal da indiscutível qualidade do plantel, mas, mais do que vincar o talento individual de cada um dos seus elementos, deixaram antever o potencial desta formação, desde que unida em torno do mesmo objectivo.

Sem soluções para conter a mentalidade ofensiva do 4x2x3x1 minhoto, Paulo Bento ainda tentou, no segundo tempo, recorrer ao seu sistema alternativo - 3x4x1x2 -, mas apenas conseguiu incomodar a defensiva contrária e à custa do equilíbrio defensivo, lacuna prontamente aproveitada por Linz e Jorginho para ampliarem a vantagem. Estes foram, aliás, os primeiros tentos consentidos pelo leão neste sistema táctico, do qual o treinador acabaria por abdicar para não agravar o prejuízo. Quando se pensava que o mau momento podia estar ultrapassado, surgiu a mais pesada derrota do consulado do ex-internacional português...

Braga 3 - Sporting 0


Estadio Axa, braga
relvado bom estado
12 171 espectadores
Carlos Xistra [AF Castelo Branco]
Luís Marcelino + Luís Tavares
Vasco Santos

Braga
Treinador António Caldas
1 | Paulo Santos GR
47 | João Pereira LD
3 |Paulo Jorge DC
2 |Rodriguez DC
13 |Carlos Fernandes LE
17 |Frechaut MD
5 |Roberto Brum MD
7 |Jorginho MO
18 |Zé Manel AD a 61'
15 |Wender AE a 72'
29 |Linz AV a 86'
-
12 |Dani Mallo GR
23 |Madrid MD
89 |Stélvio MD d 61'
8 |Hussain MO d 72'
10 |João Pinto MO d 86'
14 |Castanheira MO
20 |Jaílson AV

GOLOS

1-0|27'
Frechaut

2-0|63'
Linz

3-0|65'
Jorginho

AMARELOS
58' Frechaut |68' Paulo Santos | 68' João Pereira | 90'+2' Hussain | 90'+4' Stélvio

Sporting
Treinador Paulo Bento
16 |Tiago GR
78 |Abel LD
13 |Tonel DC
4 |Polga DC
8 |Ronny LE a INT
24 |Miguel Veloso MD
7 |Izmailov MO a 61'
28 |João Moutinho MO
30 |Romagnoli MO
31 |Liedson AV
20 |Yannick Djaló AV a 69'
-
1 |Rui Patrício GR
26 |Gladstone DC
3 |Marian Had LE d 69'
21 |Farnerud MO
25 |Pereirinha MO d 61'
88 |Celsinho MO
9 |Purovic AV d INT

Amarelos
29' Tonel |46' Polga | 68' Purovic | 68' Yannick Djaló | 87' Tonel

VERMELHOS
87' Tonel
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O Braga um a um
Wender a crise cara

3 Paulo Santos

A primeira (e única) defesa apertada da partida só teve de a fazer aos 59', num remate cruzado de Romagnoli. Numa noite sem muito trabalho, mostrou, contudo, nervos à flor da pele, aparecendo em todos os sururus que houve.

3,5 João Pereira

Sem extremo para ter de travar, cedo começou a ajudar nas tarefas ofensivas com a agressividade e acutilância habituais. Aos 53', num lance em que colocou em campo toda a sua raça, lançou o corpo às balas desviando um remate de João Moutinho na zona de penálti.

3,5 Paulo Jorge

Impecável na marcação a Liedson na primeira parte, encontrou maiores problemas no futebol directo que o Sporting adoptou com a entrada de Purovic. Ainda assim, uma noite em que esteve muito perto da perfeição.

3,5 Rodriguez

O peruano foi rei e senhor do seu domínio, aproveitando-se também, e porque não, da noite desastrosa de Djaló.

3,5 Carlos Fernandes

Sem preocupações directas na defesa, apareceu na área a rematar, aos 9', para defesa de Tiago para canto, na primeira de várias situações em que foi peça fundamental na criação de superioridade na área leonina. Aos 88', revelou nova faceta, ao bater um livre em que só a atenção de Tiago impediu o golo.

3 Roberto Brum

Grande estreia de um jogador que a teimosia anterior impedia de aparecer no lugar de Madrid. Lutador q.b., foi muito importante no fechar da porta para a área arsenalista.

3,5 Frechaut

Fez dupla defensiva com Brum na (outra) surpresa táctica de Caldas e foi pau para toda a obra, abrindo o marcador num lance pleno de oportunismo, sendo não só o primeiro a sair para as transições ofensivas como também um terceiro central.

3 Zé Manel

Imparável na sua acção nas duas alas, foi muito complicado de travar numa noite em que apenas lhe faltou o golo, que poderia ter surgido aos 40', quando caiu após ganhar posição, na área, a Ronny.

3,5 Wender

De volta às grande exibições, esteve em tudo de bom que a sua equipa fez, sendo dos que mais remataram, contribuindo para a explosão de qualidade dos minhotos. Saiu aos 73', depois de assistir Jorginho para o golo da noite.

3 Linz

Teve a sua glória aos 63' marcando o último golo dos locais, depois de ameaçar... não entrar.

3 Stélvio

Três minutos depois de entrar em campo, descobriu Linz para o terceiro golo, no melhor tónico para um jovem à procura de um lugar ao sol. Foi o pulmão que começava a faltar no meio-campo arsenalista na fase final.

1,5 Hussain

Rendeu Wender, mas não trouxe nada de novo ao jogo, nunca conseguindo entrar no ritmo alto da partida e acabando a pagar esse facto com um cartão amarelo.

1,5 João Pinto

Seis minutos em campo chegaram para "expulsar" Tonel.
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António Caldas
"Temos balneário alegre e uma equipa motivada"



Nas vésperas de abandonar o comando técnico do Braga, António Caldas tinha pedido aos jogadores que conseguissem uma vitória de encher o olho e que conquistassem os três pontos. Cumprido o desejo, o técnico considera que se assistiu a "uma exibição à Braga".

Quanto ao segredo para dar a volta por cima, depois de uma derrota pesada na última jornada, António Caldas não tem dúvidas de que a abordagem ao jogo foi a chave do sucesso. "A verdadeira vitamina foi trabalhar de uma forma séria. Em termos tácticos, a equipa esteve em grande, foi coesa, soube ter paciência e controlou o jogo. Estes eram os condimentos que tínhamos pedido ao grupo", referiu o técnico que assumiu temporariamente o comando do Braga, que ontem dizimou o Sporting. Aliás, o treinador considera perfeita a forma como os jogadores conseguiram explorar a alteração táctica do Sporting na segunda parte. "Perante três defesas, coloquei o Stélvio na zona central e pedi ao Jorginho, um jogador muito criativo, para descair para o lado direito e explorar a ausência de um lateral-esquerdo de raiz na defesa do Sporting", explicou.

Na hora da despedida, António Caldas sentiu o carinho dos sócios, que gritaram o seu nome, pedindo agora total apoio para Manuel Machado. "Saio muito feliz, sou profissional e estou no Braga a cem por cento. Fico contente com a atitude dos sócios e peço-lhes que apoiem o novo treinador. O passado foi um acidente, e o Braga só pode melhorar daqui para a frente. O plantel tem muita qualidade: só os bons jogadores conseguem desdobrar-se desta forma em campo", finalizou quem sucedeu a Jorge Costa e antecedeu Manuel Machado.

[JotaCC]

Machado na tribuna
LADEADO POR ANTÓNIO SALVADOR E GASPAR BORGES
   
      
      
Manuel Machado ocupou lugar na tribuna de honra (entre os administradores da SAD bracarense, António Salvador e Gaspar Borges) antes de receber o testemunho das mãos de António Caldas para passar a ocupar, esta semana, o comando técnico do Sp. Braga.

Embora seguisse atentamente as incidências da partida, Machado manteve quase todo o tempo a sobriedade que lhe é característica, sem deixar transparecer as emoções que naturalmente sentiu. Mas não ficou indiferente aos golos de Frechaut, Linz e Jorginho, que festejou de forma comedida.

O dia de hoje (de folga para os jogadores) será aproveitado pelo novo técnico para estabelecer os derradeiros acertos do "seu" calendário. Para amanhã (10 horas) está marcada a viagem a Melgaço, onde a equipa fará um miniestágio até sábado, para se habituar aos métodos de Manuel Machado.
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António Caldas: «Equipa esteve tacticamente em grande»
TÉCNICO SAI DA MELHOR FORMA
   
      
      
– Queria sair com uma vitória. Regressa aos juniores consciente do dever cumprido?
– Fizemos uma exibição à Braga e recordámos os tempos a que os adeptos se habituaram. A massa associativa ajudou – e muito. Por isso dedico a vitória aos sócios.

– O que mudou em relação à exibição de Matosinhos?
– Trabalhamos de forma séria e a equipa esteve em grande em termos tácticos. Foi coesa e paciente, controlou e soube contra-atacar. Reunimos os condimentos que pretendíamos colocar no grupo de trabalho e, neste jogo, cumprimos a 100 por cento.

– O reforço da aposta na ala direita na fase final foi a chave?
– Lancei o Stélvio na zona central e descaí o Jorginho para contrariar as intenções do meu colega, ao abdicar do defesa-esquerdo. Tirámos os dividendos disso.

– A dado passo do jogo, os sócios gritaram pelo seu nome. Sentiu a sua prestação reconhecida?
– Saio feliz. Sou profissional do Braga de corpo inteiro e fiquei contente com a atitude da equipa. Mas é preciso lembrar que a partir daqui temos um novo técnico e pedir que o apoiem para levar o Braga ao patamar de excelência que o clube merece.

– Deixa a fasquia demasiado elevada para o novo treinador?
– Não. É esta a linha do Sp. Braga e só poderá continuar a melhorar, com um balneário que volta a estar motivado e alegre.

Record

[JotaCC]

Leões de papel
Wender, um dos melhores arsenalistas em campo, em acção perante a passividade de Ronny




Ninguém imaginava que no duelo entre os dois "sportingues", o de Braga, caído em desgraça, goleasse o de Portugal (3-0). Porém, quem viu o jogo, pôde constatar que não houve uma ponta de surpresa, tal a supremacia dos minhotos.

O Braga fez uma exibição de encantar, ao ponto de se perguntar onde estava esta formação há uma semana, goleada no Mar? António Caldas, em 15 dias, colocou a equipa a jogar como nos tempos de Jesualdo Ferreira, uma defesa mais ou menos segura (é o calcanhar de Aquiles), um meio-campo desenvolto nas transposições ofensivas e um ataque agressivo. Terminou o jogo com o público a gritar "olés".

Ontem, conseguiu vulgarizar o grande de Lisboa. O Sporting é como um melão sempre verde por fora, mas, umas vezes, doce, outras amargo, por dentro. Ontem, foram leões de papel…

A equipa de ontem foi uma soma de equívocos. Começou em 4x4x2, mudou para 3x4x3 e voltou ao modelo original. Sem extremos puros (deve ser o único grande na Europa com essa lacuna), o jogo concentra-se muito a pensar em Liedson. Só que este praticamente não existiu. Apenas um cabeceamento fácil de defender. Nada mais. Quem esteve enorme foi Jorginho, que voltou aos bons velhos tempos do Setúbal.

Quando o jogo se iniciou, algumas novidades no Braga. De fora ficaram Hussain, João Pinto (o tal cuja presença criou alguma apreensão, pelos vistos sem fundamento, ao técnico sportinguista), Castanheira e Madrid (foi sempre titular quando se encontrava apto).

No Sporting, tudo na mesma, à moda "romana". Intocáveis na defesa, o losango do meio-campo e a dupla atacante.

A pressão estava nos dois lados, mas mais entre os bracarenses, pois nos últimos seis jogos apenas somou cinco pontos com uma sequência de muita irregularidade (D-E-D-V-E-D). Isto para além desse suplemento de alma do técnico que, juntamente com os jogadores, queria deixar uma prendinha no sapatinho do seu sucessor, Manuel Machado.

O Braga começou a todo o gás. Nessa altura, já Tiago tinha feito grande defesa, a remate de Carlos Fernandes e o poste a suster o disparo de Jorginho.

Não obstante a supremacia numérica no miolo do terreno, o trio arsenalista dominava. Os leões só deram um ar da sua graça quando Yannick, beneficiando de uma atrapalhação de Paulo Jorge, teve o golo nos pés, mas não soube aproveitar.

Até que se chegou ao golo. Do Braga, obviamente. Livre primoroso de Zé Manel e, na área, Frechaut à vontade a cabecear certeiro, aos 26 minutos.

Como lhe competia, o Sporting reagiu, mas de modo tímido, sem ousadia. Por isso, a vantagem bracarense, ao intervalo, reflectia bem o desenrolar do jogo até então.

No reatamento, a saída de Ronny e a entrada de Purovic era previsível dado que se tornava imperioso reforçar o ataque. Com três defesas, o Sporting era como um lençol curto, tapava na frente e destapava atrás. E Wender só não fez o 2-0 porque chegou a atrasado ao cruzamento de Zé Manel.

Finalmente, os leões começaram a rugir e Moutinho e Romagnoli puseram Paulo Santos em apuros. A meia hora do final, duas substituições saíram Izmailov e Zé Manel e entraram, resepctivamente, Pereirinha e Stélvio Cruz. Por ironia, na primeira vez que este tocou na bola, deu golo. Cruzamento para Linz, ante centrais irreconhecíveis, marcar. Poucos minutos depois o impensável: Jorginho - o melhor em campo - fez o 3-0, com um pontapé fulminante. Golo de bandeira. Em três minutos, dois golos. O jogo chegara ao fim. O Sporting voltaria ao 4x4x2, com a entrada de Had para a esquerda, mas já era tarde. Dois pomenores no final: o regresso de João Pinto e a expulsão de Tonel.

Arbitragem sem reparos.

JN

[JotaCC]

Sp. Braga 3 - 0 Sporting

Exibição categórica do Braga frente a um Sporting irreconhecível.



No último jogo do treinador interino António Caldas, o Sporting de Braga realizou a melhor exibição da época vencendo o Sporting por três golos sem resposta.

Em contraste com a boa exibição dos arsenalistas, o leões estiveram muito abaixo do esperado e foram incapazes de rivalizar com o seu adversário deste domingo.

Paulo Bento a perder ao intervalo por 1-0, mexeu na equipa, tirando Ronny e metendo Purovic, mas a alteração não surtiu o resultado esperado e o Braga, depois de Frechaut ter inaugurado o marcador na primeira parte, viu Roland Linz e Jorginho consolidarem em golos o seu ascendente.

António Caldas entrega a Manuel Machado um Sp. Braga moralizado por um excelente resultado perante um Sporting que tem sido muito irregular durante esta época.

RR

[JotaCC]

Exibição para esquecer dos leões
Sporting "empedrado" em Braga
Derrota por 3-0 e exibição muito pobre da equipa de Paulo Bento, a quem tudo correu mal.

Sporting "empedrado" em Braga O Sporting nunca conseguiu ser superior ao Braga e sofreu três golos com isso
Estela Silva/Lusa
O Sporting nunca conseguiu ser superior ao Braga e sofreu três golos com isso

Há dias em que tudo corre mal. Ou, vendo as coisas por outro prisma, há dias em que tudo sai bem. Pode ser esta uma forma muito sucinta de analisar o jogo entre Sporting de Braga e Sporting, que os minhotos venceram por 3-0.

O Sporting chegou a Braga depois de um empate a dois frente à Roma, com uma exibição unanimemente elogiada. O Sporting de Braga vinha de uma derrota por 3-0 com o Leixões, e tinha a equipa comandada por um técnico interino, António Caldas, sinais evidentes de um começo de época conturbado. Este cenário poderia antever vida mais facilitada para o Sporting. Mas a verdade é que no futebol a lógica nem sempre impera.

Em Braga, o Sporting fez uma exibição cinzenta, desgarrada. Foi uma equipa desligada, em que nada saiu bem. Pelo contrário, o Sporting de Braga protagonizou a melhor exibição da época. Resultado: 3-0, e podiam ter sido mais, não fosse o poste, na primeira parte, e Tiago, já à beira do final. Do lado do Sporting, contam-se apenas algumas oportunidades, quase sempre fruto de acções individuais.

Um, dois, três, a conta de o Braga fez

O primeiro golo do Sporting de Braga surgiu apenas aos 26 minutos. Apenas, porque antes já os minhotos podiam ter inaugurado o marcador, algo que Tiago, primeiro, e o poste, depois, negaram. O 1-0 ao intervalo pecava por escasso, e Paulo Bento tentou mudar o rumo do jogo, tirando Ronny e lançando Purovic.

E a verdade é que o Sporting entrou melhor, mais pressionante, e equilibrou o jogo, chegando mesmo a ter o domínio do mesmo. Mas, na altura em que os leões passavam pelo seu melhor período, o Braga marcou, e logo por duas vezes, no espaço de dois minutos.

Primeiro foi Linz, aos 63 minutos. Bola perdida na área leonina, Tiago aos papéis, Stélvio assiste para o meio e o austríaco faz o segundo. Em completo desnorte, o Sporting sofreu o terceiro aos 65 minutos, por Jorginho, num grande remate de primeira após pontapé de canto.

Até final, a história do jogo conta-se com o passar dos minutos. E com a expulsão de Tonel, por acumulação de amarelos, após falta sobre João Pinto. Do livre quase saía o quarto dos bracarenses, não fosse uma extraordinária defesa de Tiago.

Com este resultado, o Sporting desce para o quarto lugar, com 18 pontos, a quatro do Benfica, a um do Vitória de Guimarães e em igualdade com o Vitória de Setúbal.

Paulo Bento irritado, António Caldas dedica vitória aos adeptos

No final do encontro, Paulo Bento estava visivelmente irritado com a atitude da equipa. O técnico disse que "o Sporting está no lugar que merece porque não tem feito um bom campeonato".

"Não encarámos o jogo como tinha de ser encarado. Logo de início, a forma como entrámos levou a que o Braga tomasse conta do jogo desde o início. Tivemos uma falta de agressividade tremenda, a jogar a passo. Acima de tudo, com todos os erros que cometemos é um resultado justo, uma vitória sem qualquer tipo de contestação do Sporting de Braga", disse o técnico leonino.

Analisando a exibição do Sporting, Paulo Bento disse que "não há nenhum período do jogo que se possa aproveitar", acrescentando que a equipa "não foi digna de representar o Sporting".

Paulo Bento concluiu o seu discurso dizendo que é necessário mudar de atitude: "isto não pode acontecer nem deve acontecer", disse.

Do lado contrário, António Caldas, que orientou a equipa pela última vez, passando agora o testemunho a Manuel Machado, quis "dedicar a vitória a toda a massa associativa e a toda a equipa", deixando pedidos de apoio, "não só aos atletas mas também à nova equipa técnica". O treinador acrescentou que o Sporting de Braga "tem equipa para atingir os objectivos", mostrando-se crente que o plantel "ainda vai dar muitas alegrias aos adeptos".

Expresso

[JotaCC]

Sporting goleado em Braga
O Sp. Braga conseguiu, este domingo, em casa, impor uma goleada ao Sporting por 3-0. Frechaut abriu o activo ainda na primeira parte, com Linz e Jorginho a marcar os outros golos dos bracarenses na etapa complementar.


   

O Sp. Braga impôs, este domingo, uma goleada ao Sporting, ao vencer por um claro 3-0, numa partida em que os leões voltaram a rubricar uma má exibição.

A equipa orientada interinamente por António Caldas, bastante modificada após a derrota frente ao Leixões na última jornada, entrou bastante na partida.

Aos nove minutos, Carlos Fernandes foi o primeiro a testar a atenção de Tiago, que voltou a substituir Stojkovic na baliza do Sporting, com um remate a que os guardião leonino respondeu com uma defesa apertada.

No minuto seguinte, o Sp. Braga voltou a aproximar-se com perigo da baliza do Sporting, perigo que regressou ainda com um remate ao lado de Wender e outro de Brum que Tiago ainda conseguiu deter.

Contudo, o guarda-redes do Sporting já nada pôde fazer aos 27 minutos, quando os bracarenses marcaram mesmo por intermédio de Frechaut, que deu início à goleada que se iria confirmar no segundo tempo.

A equipa sportinguista respondeu com um remate de fora da área de Yannick Djaló, aos 29 minutos, e depois por um livre de Ronny que saiu à figura de Paulo Santos.

Num jogo observado por Manuel Machado, que assume a liderança dos bracarenses na segunda-feira, depois do despedimento de Jorge Costa, a equipa local precisou apenas de dois minutos para chegar à goleada.

Primeiro, foi o austríaco Linz a marcar, aos 63 minutos, com Jorginho a fixar o resultado final, aos 65 minutos, num remate forte que o guardião Tiago não conseguiu parar.

Com a sorte do jogo decidida, a equipa sportinguista ainda teve a oportunidade de reduzir por Purovic, aos 83 minutos, num remate que saiu ao lado.

Aos 86 minutos, Tonel acabou por ser expulso por acumulação de amarelos, depois de uma entrada dura sobre João Pinto, deixando assim a sua equipa reduzida a dez eleimentos.

A um minuto do final, o Sp. Braga poderia ter mesmo chegado ao 4-1, mas Tiago impediu o sucesso do livre directo do lateral esquerdo Carlos Fernandes.

Com este resultado, o Sporting baixou à quarta posição com 18 pontos em igualdade pontual com o V. Setúbal e com menos um ponto do que o V. Guimarães, que empatou no sábado com o P. Ferreira.

Por seu lado, o Sp. Braga subiu por agora à sétima posição da Liga, com 14 pontos, respondendo com uma goleada ao Sporting ao mau resultado somado na última jornada, onde perdeu no reduto do Leixões por 3-0.

Sob a arbitragem de Carlos Xistra, de Castelo Branco, no Estádio Municipal de Braga, com a assistência de 12171 espectadores, as equipas alinharam da seguinte forma:

Sp. Braga: Paulo Santos, João Pereira, Rodriguez, Paulo Jorge, Carlos Fernandes, Frechaut, Roberto Brum, Jorginho, Zé Manel (Stélvio Cruz, 60), Linz (João Pinto, 85) e Wender (Hussaine, 72).

Suplentes: Dani Mallo, Hussaine, João Pinto, Castanheira, Jaílson, Madrid e Stélvio Cruz.

Sporting: Tiago, Abel, Polga, Tonel, Ronny (Purovic, 46), Miguel Veloso, João Moutinho, Romagnoli, Izmailov (Pereirinha, 60), Liedson e Yannick (Martin Had, 68).

Suplentes: Rui Patrício, Marian Had, Purovic, Farnerud, Rui Pereirinha, Gladstone e Celsinho.

Acção disciplinar: cartão amarelo para Tonel (28 e 86), Polga (48), Frechaut (57), Paulo Santos (67), João Pereira (67), Purovic (68), Hussaine (90) e Stélvio (90). Cartão vermelho por acumulação para Tonel (86).

TSF

[JotaCC]

O Sporting de Braga parte amanhã de manhã para Melgaço, para um estágio de cinco dias.

A equipa que tem agora como treinador Manuel Machado aproveita a paragem no campeonato para um estágio que vai servir para a preparação dos próximos encontros (União de Leiria e Bayern de Munique) e também para o novo técnico conhecer melhor o plantel que tem à sua disposição.

A partida de Braga para Melgaço está marcada para as 10h30 de amanhã, no ultimo dia deste estágio em Melgaço ,o Sporting de Braga tem agendado um jogo treino com o Gil Vicente.

Depois da vitória ontem por 3/0 frente ao sporting os arsenalistas cumprem hoje um dia de folga.

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Sporting de Braga venceu o Sporting por 3-0 


O Sporting de Braga venceu o Sporting com três golos sem resposta, realizando a melhor exibição da temporada. O conjunto minhoto teve um domínio absoluto e não deu hipóteses à equipa leonina.

Frechaut na primeira parte, Roland Linz e Jorginho na segunda etapa, foram os autores dos golos arsenalistas, num triunfo justo e que marcou a despedida de António Caldas.

O técnico interino dos bracarenses mostrou-se bastante satisfeito com o triunfo e dedicou-os aos adeptos.

ANTONIO CALDAS (VITORIA)


Com Manuel Machado nas bancadas do Estádio AXA, os adeptos bracarenses deliraram com a vitória sobre o Sporting e coloca o Sporting de Braga no sexto posto da Liga BWIN, em igualdade pontual com o Marítimo, ambos com catorze pontos.

Antena Minho

[JotaCC]

Sporting derrotado em Braga, perde terreno para Benfica

O Sporting sofreu hoje uma pesada derrota em Braga (3-0), a segunda na Liga portuguesa de futebol, protagonizando à passagem da 10ª jornada uma das piores exibições da temporada.

Enquanto o treinador interino do Braga, António Caldas, se despeia da melhor maneira, sob o olhar atento do sucessor Manuel Machado, Paulo Bento via o Sporting cair para o quarto lugar, em favor do Vitória de Guimarães.

Um justificado triunfo que começou a desenhar-se a partir dos 25 minutos, quando Frechaut inaugurou o marcador, e se consolidou na segunda parte, aos 63 e 65 , com tentos de Roland Linz e Jorginho.

Depois de um empate com sabor a derrota na Liga dos Campeões frente à Roma (2-2), na passada quarta-feira, o Sporting foi discutindo o jogo, mesmo a perder (1-0), mas os dois golos sofridos em apenas três minutos, deitaram por terra a ambição colocada em campo por Paulo Bento quando, ao intervalo, tirou um defesa (Ronny) e fez entrar o avançado Purovic.

Acusando algum desgaste físico devido ao jogo europeu, o Sporting teve ainda ''contra si'' uma verdadeira revolução operada na equipa pelo técnico António Caldas, que acabou por dar os seus frutos.

Depois das críticas sofridas no final do jogo de Matosinhos e ainda durante a semana em curso, pelos adeptos, os atletas do Sporting de Braga fizeram hoje as pazes com o seu público e, para além da vitória, ''ofereceram-lhe'' uma boa exibição, que certamente terá agradado ao novo técnico.

O Braga, que entrou em campo com uma verdadeira ''revolução'' - Madrid, Castanheira e Jaílson ficaram no banco, Vandinho cumpriu castigo e César Peixoto está lesionado - surgiu com uma dinâmica ofensiva mais forte que o Sporting e, aos nove minutos, ameaçou pela primeira vez a baliza de Tiago, quando tocou para o lateral esquerdo Carlos Fernandes rematou para uma defesa apertada.

Galvanizados por este lance, os bracarenses voltaram a ameaçar no minuto seguinte, com Jorginho, pela esquerda, a fugir e a rematar à base do poste direito da baliza leonina. O Sporting, com dificuldades iniciais em sair para o ataque, só aos 14 minutos surgiu com algum perigo na área bracarense, com Yannick a atirar fraco e ao lado.

Com um meio-campo mais seguro, onde pontuavam Brum e Frechaut, o Braga continuava a ser a equipa mais organizada em termos ofensivos. Aos 21 minutos, Wender fez a bola passar muito próximo da baliza de Tiago e de seguida o guarda-redes do Sporting ainda evitou que o remate de Brum resultasse em golo, mas já nada conseguiu fazer aos 25 minutos quando Frechaut, de cabeça, atirou para o fundo da baliza, na sequência de um livre.

A perder, a reacção do Sporting foi ténue e só aos 29 minutos, Yannick, em zona frontal, e ainda fora da área, tentou a ''meia distância'', mas a bola saiu sobre a barra.

O Braga ia segurando a vantagem e ia discutindo o jogo na zona do meio-campo, não se estranhando que o Sporting só aos 36 minutos, e na cobrança de um livre, tenha tido um remate à baliza de Paulo Santos, com Ronny a atirar à figura do guarda-redes arsenalista.

Para a segunda parte, Paulo Bento arriscou ao tirar o lateral esquerdo Ronny e fazer entrar o avançado Purovic, ficando a jogar apenas com três defesas, mas a estratégia não mostrou virtudes, uma vez que o Braga se resguardava bem na defesa e partia com segurança para o ataque.

Ainda assim, João Pereira evitou o golo do Sporting, desviando um remate de João Moutinho, antes de António Caldas dar mais força ao meio-campo, com a entrada do possante Stélvio para o lugar de Zé Manel. Pouco depois, no espaço de dois minutos, viu a sua equipa acabar com o jogo.

Aos 63 minutos, a defesa do Sporting deixou Linz completamente solto para fazer o 2-0 no coração da área, aos 65, na sequência de um canto de Wender, Jorginho surgiu sem marcação e atirou de pé direito, forte, estabelecendo o resultado final.

Era o fim do jogo... e do Sporting, uma equipa que passou a andar à deriva até final e ainda viu Tiago negar o quarto golo a Carlos Fernandes, ao desviar o livre directo do lateral esquerdo bracarense, aos 89 minutos.

Pouco antes (83), Purovic ainda teve oportunidade para reduzir para 3-1 mas o remate, desferido na área, saiu ao lado, registando-se depois a expulsão de Tonel, que viu o segundo cartão amarelo aos 86 minutos, por entrada dura sobre João Pinto.

LUSA

[João-Braga]

Renascidos para as vitórias
O Sporting de Braga efectuou ontem a melhor exibição da época, levando de vencida o Sporting por um concludente resultado de 3-0. Eficiente a defender, rápido a construir e eficaz a atacar. Assim se explica esta categórica vitória.

O Sporting de Braga foi "gigante" em tudo no duelo com o Sporting e renasceu para as vitórias e bilhantes exibições. Os "leões" mais pareciam uns "gatinhos", perante a forma como foram "domesticados" por um arsenal cheio de magia e imaginação. Para a história fica o resultado (3-0), é certo, mas aquele golo de Jorginho — o terceiro — também merece ser recordado. Com a vitória de ontem fica relançado o Braga Europeu e Manuel Machado — o senhor que se segue — tem razões para sorrir...

António Caldas deixou a sua marca nesta curta passagem pela equipa principal. Procedeu a uma ligeira reformulação na equipa, depois da pesada derrota com o Leixões, promovendo quatro jogadores para o "onze" inicial: Rodriguez, Roberto Brum, Carlos Fernandes e Zé Manuel. E ganhou a aposta. No fundo, o Braga ganhou consistência e eficácia no desenvolvimento do jogo, sobretudo no meio-campo onde Frechaut — que substituiu Madrid — foi pau para toda a obra.
O Sporting, provavelmente a acusar a fadiga do jogo com a Roma a meio da se-mana, foi uma "sombra" do seu melhor. E nem Liedon valeu aos "leões".

Com a mensagem de António Caldas bem encaixada, a equipa minhota mandou em todo o jogo. O guarda-redes leonino, Tiago, não teve mãos a medir para as solicitações. Efectuou uma grande defesa a remate de Frechaut (8 m), viu um remate de Jorginho embater no poste e foi buscar a bola ao fundo da baliza, aos 26 minutos, depois de um excelente cabeceamento de Frechaut, na resposta a um cruzamento de Zé Manuel.

Na segunda parte, o Braga acabou por "matar" o jogo em pouco tempo. Paulo Bento ainda tentou abanar com a estrutura do Sporting, apostando em Purovic ao intervalo, mas sem efeitos.
Foi o Braga quem matou o jogo. Linz (62 m) aumentou a contagem para 2-0 e pouco depois Jorginho marcou um golo de eleição, ao rematar na sequência de um canto, sem deixar cair a bola.
O Sporting acabou sair rendido no Estádio AXA, sem argumentos para mais.

in CM

[João-Braga]

Adversários europeus marcaram presença
Os compromissos europeus de Braga e Sporting aproximam-se, e, por isso, Bayern de Munique e Manchester United, adversários dos minhotos, para a Taça UEFA, e dos leões, para a Liga dos Campeões, respectivamente, estiveram ontem representados no Estádio AXA, na Cidade dos Arcebispos. Presentes estiveram, igualmente, espiões do Leiria, próximo adversário do Braga na Liga, e do Atlético de Madrid.

Todos à hora marcada sem atraso pela UEFA
Ao contrário do solicitado, a maioria dos adeptos do Braga sentou-se nas bancadas antes do primeiro apito do árbitro, não correspondendo, assim, à ideia de entrar no estádio já com o jogo a decorrer, como forma de protestar contra o preço dos bilhetes para a partida da Taça UEFA, diante do Bayern de Munique, que suscitou forte consternação entre os adeptos dos arsenalistas.

Minhotos pediram mais
A época parece não estar a decorrer de acordo com as expectativas dos adeptos bracarenses, insatisfeitos com as recentes exibições da equipa. Com o objectivo de espicaçar os jogadores, uma das claques do Braga apresentou cartazes onde se podiam ler frases como "Nós damos 10 080 minutos por semana e exigimos noventa por jornada" ou "Onde está a garra, o empenho, a vontade e o respeito?"



O Tribunal de O JOGO
Yannick Djaló deveria ter sido penalizado

Os especialistas de O JOGO são unânimes em considerar que Yannick Djaló teve um comportamento violento num lance que envolveu João Pereira, no qual o árbitro Carlos Xistra não sancionou disciplinarmente o jogador do Sporting. E reagem da mesma forma, com a excepção de António Rola, em relação à maneira como o central Tonel derrubou João Pinto num lance que poderia criar grande perigo para a defesa sportinguista. A maioria considerou que o cartão amarelo foi pouco, António Rola aceitou-o. Já o lance de Frechaut na área do Braga não gerou polémica, pois não viram intenção de desvio da bola com a mão.

O CASO
86' O derrube de Tonel sobre João Pinto justificava apenas o cartão amarelo?

JORGE COROADO
-
Com o pé direito, Tonel atingiu João Vieira Pinto na cabeça sem qualquer possibilidade de jogar a bola. O jogador teve conduta violenta, e o cartão vermelho era o adequado, não o amarelo.

SOARES DIAS
-
Não. Pelas imagens, vê-se que há, de facto, uma entrada que justificava, sem dúvida, que Carlos Xistra mostrasse o vermelho directo.

ROSA SANTOS
-
Tonel teve uma entrada violenta - para vermelho. Foi outra situação de branqueamento. O jogador entra com a sola na frente, o que entendo ser uma falta de respeito pela integridade física do adversário.

ANTÓNIO ROLA
+
O jogador teve uma entrada pouco ortodoxa. O árbitro poderia mostrar o cartão vermelho, mas, como a bola estava jogável, aceito que o árbitro se tenha ficado pelo segundo amarelo.

OUTROS CASOS
25' Romagnoli merecia ser sancionado disciplinarmente por entrada sobre João Pereira?

38' Rodriguez entra de carrinho sobre Izmailov: Carlos Xistra fez bem ao assinalar só falta?

66' Yannick Djaló teve gesto violento sobre João Pereira. Como deveria ser penalizado?

76' O jogador do Braga Frechaut desvia intencionalmente, com a mão, a bola dentro da área?

JORGE COROADO
-
Sem dúvida que a falta protagonizada pelo jogador do Sporting justificava que o cartão amarelo fosse exibido.

+
A falta foi bem assinalada, e, como a infracção foi feita em bola jogada, não exigia sanção disciplinar. Carlos Xistra esteve bem.

-
Djaló projectou o pé direito sobre o joelho de João Pereira, protagonizando, sem dúvida, conduta violenta. Impunha-se a exibição de cartão vermelho.

+
Não há intenção, pois é uma jogada muito próxima do jogador, não havendo qualquer intenção ou gesto deliberado que impusessem o assinalar de grande penalidade.

SOARES DIAS
-
É, de facto, uma entrada perigosa sobre o jogador do Braga, e justificava-se o cartão amarelo. Carlos Xistra não a considerou perigosa, mas penso que ficou por mostrar um amarelo.

+
Sim, ele procura jogar a bola, pelo não há falta que justificasse uma penalização. Carlos Xistra esteve bem ao ignorar uma acção disciplinar.

+
Penso que Yannick entra com o pé em riste, mas julgo que não se justificava um vermelho, pois não tem contacto com o jogador do Braga. O cartão amarelo foi o mais adequado.

+
Não há intenção do jogador de desviar a bola com a mão. A bola vai-lhe ao braço, e não vi qualquer intencionalidade. Carlos Xistra esteve bem.

ROSA SANTOS
-
É um cartão vermelho que o árbitro branqueou. Foi uma entrada muito dura, sem dúvida, e que não poderia ter sido ignorada.

-
Não houve falta nenhuma. O árbitro deveria ter mostrado, isso sim, o cartão amarelo a Izmailov, que tentou simular a falta. Não houve nada.

-
A entrada de Djaló é violenta, é para cartão vermelho e mais nada. O árbitro ignorou o que não deveria. Estas situações não podem passar impunemente.

+
Não vi nada de anormal neste lance, por isso Carlos Xistra ajuizou bem o lance ao não considerar que houve grande penalidade.

ANTÓNIO ROLA
-
Sim. Dado que a falta foi feita com algum perigo sobre o adversário, ajustava-se o cartão amarelo.

+
Sim. Dado que o jogador do Braga entrou de sola na frente, atingindo o adversário, o árbitro ajuizou bem técnica e disciplinarmente .

-
O jogador do Braga chuta a bola, e o jogador do Sporting eleva a bota sobre a perna do adversário. É entrada em que o jogador do Sporting deveria ter visto apenas o amarelo.

+
Ao ver as imagens, é um remate feito muito perto do jogador do Braga, e a bola embateu no corpo sem que houvesse intenção de desviar a bola. Carlos Xistra esteve bem.



A ESTRELA: Jorginho (4)
Quase perfeito! Na segunda vez em que lhe foi permitido jogar na posição que lhe é mais cara - com um apoio defensivo à altura das suas necessidades de criativo -, partiu a loiça toda, contornando, a alta velocidade e com dribles de trocar os olhos, a anunciada competente primeira linha defensiva leonina. Pena foi que, a partir da entrada de Stélvio, tivesse derivado para a ala direita, onde pagou o cansaço da muita luta que protagonizou.

Enorme... 1
Na sua sétima aparição na equipa principal do Braga, chegou finalmente ao golo, no mais belo momento do jogo. É "carrasco" de leões!

Impressionante
A quantidade de remates perigosos de Jorginho na partida de ontem. No primeiro, acertou no poste direito, no segundo "acertou" em Tiago, e no terceiro fez o golo da noite. Pelo meio, assistiu Stélvio no lance do terceiro golo.



Lances-chave
9'
Carlos Fernandes combina com Linz e, com o pé direito, atira forte, obrigando Tiago a desviar para canto com uma boa defesa.

11'
Wender ganha sobre Ronny no flanco direito do ataque visitante e entrega a Zé Manel, que cruza ao segundo poste, onde surge Jorginho a rematar de pronto - contra o ferro da baliza leonina.

15'
Na sequência de uma tentativa de combinação com Izmailov, a bola sobra para o pé direito de Ronny, que, contudo, atira torto.

21'
Recebendo um passe de Jorginho no lado direito do seu ataque, Wender flecte para dentro e ensaia um cruzamento/remate que quase engana Tiago.

27'
[1-0]
Zé Manel aponta o livre sobre a meia-direita do ataque bracarense para o coração da área verde e branca, onde Frechaut se antecipa a Miguel Veloso para, de cabeça, fazer o golo, sem hipóteses para Tiago.

37'
Na cobrança de um livre, Ronny dispara forte, mas à figura de Paulo Santos.

45'+1'
Izmailov recebe o passe de Miguel Veloso no flanco direito dos leões, procura espaço interior e remata, com o pé esquerdo, fraco e à figura de Paulo Santos.

48'
Jorginho solicita a entrada de Linz, que, junto à linha, procura Wender, que só por milímetros não consegue desviar para o golo.

52'
Sobre a direita, Zé Manel arranca um cruzamento para o coração da área do Sporting, onde, livre de marcação, Wender erra o alvo.

53'
Boa oportunidade para Moutinho, em posição frontal, mas João Pereira pára o remate oferecendo o corpo à bola.

59'
Do meio da rua, Romagnoli atira forte e colocado, obrigando Paulo Santos a desviar para canto.

65'
[3-0]
Wender aponta um canto no lado esquerdo, e Jorginho surge no espaço vazio, de primeira, a fazer o terceiro golo do Braga.

70'
Num lance individual, Liedson ultrapassa dois adversários, entra na área e... atira ao lado.

80'
Pereirinha recebe de Romagnoli e cruza rasteiro, mas Paulo Santos é mais rápido que Purovic.

83'
Purovic trabalha bem na área contrária e, com o pé esquerdo, remata com perigo.

89'
Com extrema dificuldade, Tiago evita o quarto, após livre batido por Carlos Fernandes.



O MOMENTO: 63'
Esperança... em falso
O Sporting procurava chegar ao empate recorrendo ao seu sistema alternativo, mas o Braga continuava a dominar as operações, quando, num lance aparentemente inofensivo, o desfecho do encontro foi sentenciado: Jorginho solicita a desmarcação de Stélvio, e Tiago julga mal o lance, abandonando a sua baliza; o bracarense consegue servir Linz na zona central, e este, sem dificuldades, atira para o fundo das redes do Sporting.



Árbitro
Demasiado permissivo

Carlos Xistra quis evitar sanções disciplinares no primeiro tempo, poupando Polga, Brum e Rodriguez, apenas para as adoptar em catadupa no segundo tempo. Ainda assim, foi simpático na cor da cartolina exibida a Djaló (68'). No plano técnico, dúvidas num lance na área do Braga, mas sem influência no resultado.

in OJOGO

[João-Braga]

O treinador do Braga, António Caldas, que passa, agora, o testemunho a Manuel Machado, mostrou-se satisfeito, com o resultado "Dedico a vitória à massa associativa. Quero pedir o máximo apoio, pois o Braga ainda vai jogar melhor. A equipa tinha necessidade de fazer um bom jogo, como aconteceu hoje, e vai dar mais alegrias aos adeptos".

Jorginho-  Médio do Sporting de Braga
"Graças a Deus, tive a oportunidade de poder marcar neste jogo. Mas o mais importante de tudo foi o grupo, que conseguiu fazer uma boa partida e conquistar a vitória que tanto precisava para levantar o astral da equipa. Mais do que ao novo treinador, queríamos mostrar a nós próprios o valor que temos. E, todos muito unidos, conseguimos uma boa vitória frente a uma grande equipa."


in JN

[João-Braga]

SPORTING DE BRAGA, 3 – SPORTING, 0
ARSENALISTAS HUMILHAM «LEÕES»
Frechaut, Linz e Jorginho foram os autores dos três golos de ontem que derrotaram o Sporting. A equipa de Alvalade teve uma noite para esquecer, que culminou com a expulsão de Tonel. Paulo Bento foi crítico.

"Não encarámos o jogo como tínhamos de ter encarado. Logo de início, a forma como entrámos levou a que o Braga tomasse conta do jogo desde o iníco", foi desta forma que o técnico do Sporting, Paulo Bento, começou por comentar a derrota de ontem à noite, em Braga.
A equipa de Alvalade regressou a casa com uma goleada e deixou uma má imagem, sobretudo por que, como disse ainda o treinador "faltou agressividade" e "jogaram a passo". E adiantou: "Não se pode jogar a passo, muito menos com uma equipa da qualidade do Braga. Sabíamos que, depois da última derrota e com a mudaça detreinador, seria uma equipa com uma atitude forte. Não a tivemos. Acima de tudo, com todos os erros que cometemos é um resultado justo, uma vitória sem qualquer tipo de contestação".
Uma revolta que não merece contestação, sobretudo pela falta de atitude dos «leões», que estiveram irreconhecivéis.
Frechaut abriu o marcador à passagem do minuto 27, correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de Zé Manel. Um golo que motivou a «turma» de António Caldas que ontem se despediu de técnico principal dos arsenalistas para dar lugar a Manuel Machado, ele que vem substituir Jorge Costa. O resultado manteve-se até ao intervalo, com o Braga a controlar as operações e, ao contrário do que era esperado, assim se manteve no segundo tempo.
A reentrada na partida não mudou o rumo dos acontecimentos e logo aos 48 minutos, Wender falhou o 2-0. Linz furou pela esquerda, abriu para o meio mas Wender chegou tarde e não conseguiu a emenda. Aos 53 foi a vez do Sporting estar perto do empate, mas João Moutinho rematou contra João Pereira. E o ataque do conjunto «verde e branco» ficou por aí. Depois só deu Braga. Linz dá o melhor seguimento a uima excelente jogada construída por Wender e Stélvio, enquanto o golo de Jorginho, que fechou a contagem, surge na sequência de um canto na esquerda, que o ex-FC Porto não perdoou e chutou para o fundo das redes defendidas por Tiago.

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Ficha
Braga
Paulo Santos, João Pereira, Paulo Jorge, A. Rodriguez e Carlos Fernandes; Brum, Frechaut, Jorgeinho e Zé Manel (Stélvio, 60); Linz (João Pinto, 86) e Wender (Hussain, 72). Treinador: António Caldas.

Sporting
Tiago, Abel, Tonel, Polga e Ronny (Purovic, 46); Miguel Veloso, Izmailov (Pereirinha, 60), Romagnoli e João Moutinho; Djaló (Had, 68) e Liedson. Treinador: Paulo Bento.

Árbitro: Carlos Xistra, de Castelo Branco. Jogo disputado no Estádio Municipal de Braga. Ao intervalo: 1-0. Marcadores: Frechaut (26), Linz (63) e Jorginho (65). Cartões amarelos: Tonel (28 e 87), Polga (46), Frechaut (58), Paulo Santos (68), João Pereira (68), Purovic (68), Hussain (90) e Stélvio (90). Cartão vermelho: Tonel (87).

in O Norte Desportivo Online

[João-Braga]

"Leões" sentiram o verdadeiro Braga

Um Braga ao seu melhor apresentou, ontem, ao Sporting, a "factura" de Matosinhos, e os "leões" pagaram-na com uma pesada derrota por 3-0.
Ficaram feitas as pazes com os adeptos, e António Caldas entregou a equipa vitoriosa a Manuel Machado, que hoje começa a trabalhar com os arsenalistas.

in DM

[João-Braga]

Por fim um super-Braga na noite dos minileões

Uma noite de pesadelo valeu ao Sporting a derrota mais expressiva do Sporting na era Paulo Bento. Na despedida de António Caldas, como novo técnico, Manuel Machado, a ver na bancada, o Sp. Braga conseguiu a exibição perfeita, confirmando, finalmente, à 10.ª jornada, todas as qualidades que lhe tinham valido, no início da época, o estatuto de outsider na luta com os grandes.

Se há jogos que demoram a explicar-se, este não foi um deles: repetindo o onze que tão bem jogara diante da Roma, Paulo Bento não demorou a perceber que o filme estava talhado para sair todo ao contrário. Os primeiros dez minutos foram de sentido único, rumo à baliza de Tiago, e traduziram-se em dois avisos sérios, com remates de Carlos Fernandes e Jorginho a anunciarem o golo. Jogando com lentidão, incapaz de ligar uma jogada com pés e cabeça, o Sporting retardou o inevitável durante 27 minutos, até Frechaut se antecipar a Miguel Veloso para concluir de cabeça um livre de Zé Manel, na direita.

Nada de fortuito no golo: nem a marcação permissiva dos leões, nem o facto de o perigo ter vindo da direita, onde João Pereira e Zé Manel coziam em lume brando a paciência de Ronny e Polga. Com 57 por cento de posse de bola, o Sp. Braga recolhia às cabinas com o moral em alta. Paulo Bento, pelo contrário, deve ter sentido necessidade de mexer em tanta coisa, que acabou por mexer mal onde não devia: abriu totalmente o flanco esquerdo, tirando Ronny para lançar o ineficaz Purovic para o apoio a Liedson.

O Sp. Braga encolheu-se, apostando ainda mais declaradamente no contra-ataque e, depois de acertar marcações, entreteve-se a chamar a si aquela terra de ninguém. Quando Wender e o recém-entrado Stélvio (63 m) cozinharam lentamente o segundo golo, para uma finalização ainda mais lenta e segura de Linz, percebeu-se que o jogo tinha entrado num caminho sem retorno. Tanto mais que dois minutos mais tarde, sem marcação, Jorginho entrava de rompante a concluir um canto na esquerda e a oficializar a humilhação dos leões. Nos 25 minutos finais, o Sporting já só queria sair dali sem mais estragos, mas nem isso foi conseguido, com a expulsão de Tonel a ser expressão ainda mais evidente de uma equipa perdida em campo.|

in DN