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CD Tondela 0-4 SC Braga - Sábado 03/10, 21h00 - Pré e pós-jogo

Started by Legião, 26 de September de 2020, 15:50

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LeonelP

Nem parece que o Braga ganhou e por 4, tanta picardia por aqui por coisinhas de nada.

Grande jogo, inclusive dos "cepos".



Lipeste

Vitória importantíssima devido ao mau arranque, à paragem e acima de tudo porque para estarmos na luta pelo podium sem contarmos com a prestação de terceiros, temos que vencer cerca de 14 jogos em casa (já perdemos um que tínhamos obrigação de vencer) e cerca de10 fora, basicamente teremos que apontar para uma pontuação a rondar os 70 pontos.

Fizemos uma primeira parte bastante boa, com alguma intensidade, boa ocupação de espaços e dinâmicas que baralharam o adversário que ao querer dividir o jogo também ajudou à demonstração da nossa  superioridade.

Carvalhal e alguns posts que li apontam a eficacia como a grande diferença entre este jogo e os outros dois mas, em minha opinião, tal como alguns foristas tambem já referiram, a grande diferença esteve na colocação de Iuri na ala direita... Iuri até nem foi dos melhores em campo mas essa alteração (não "inventar" e não insistir na colocação de um médio centro na ala direita) permitiu-nos ter mais largura sem obrigar Paulinho a fugir constantemente de posições mais centrais e enquadradas com a baliza, permitiu também que Iuri, quando Esgaio entrava na profundidade, fugisse para zonas interiores e num ápice passarmos a ter três jogadores a jogar entre linhas no últimos terço (Horta, Paulinho e Iuri) que até eram quatro quando Galeno também fugia para dentro ou até quando um médio aí surgia, dessa forma baralhamos as marcações do adversário e criamos muitos espaços em zona frontal...dinâmicas muito interessantes que não se viram nos outros dois jogos e que contra equipas mais fracas (são 80% da Liga) irão continuar a fazer estragos...serão tão mais eficazes quão melhor trabalhadas e enraizadas estiverem, mesmo contra equipas mais fechados porque a forma de as superar irá exigir mais jogo interior e menos largura, algo que essas dinâmicas permiten fazer muito bem.

Na segunda parte não esperava muito mais para além da gestão da goleada mas esperava certamente uma gestão diferente dos jogadores, esperava substituições mais atempadas para dar minutos aqueles que Carvalhal diz ainda estarem em pré época (por exemplo Schettine) e a outros que também precisam de mais minutos nas pernas e na cabeça.

Sérgio Gonçalves

So vi a 1a parte e tivemos um aproveitamento extraordinário. A equipa soltou - se depois do 1o golo e apareceu sempre confiante. Não sofremos golos, algo que merece ser relevado pois é um defeito nosso. É visível a qualidade do nosso plantel quando somos capazes de ter jogadores com Medeiros, Galeno ou Castro fora dos titulares. Nota, não percebi porque Fransergio perdeu a braçadeira de capitão.

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Sócio nº 2014

bstrider

Uma questão para todos os foristas que me anda a moer a cabeça: o Braga joga em 3-4-3 ou em 4-4-2, no processo ofensivo? Supostamente o Galeno seria simplesmente um ala, tal como Esgaio, certo? A diferença é que na esquerda o Galeno e o Sequeira avançam mais no terreno, de acordo com as suas caracteristicas, certo?

RuberAlbus

Notei que defendíamos normalmente em 4-4-2, com o Horta a fazer parelha com o Paulinho na frente. Normalmente inicíavamos a construção a 3, com o Sequeira a juntar-se aos 2 centrais, ficando Galeno mais colado à linha, com Horta no interior.

andromeda123

O Iuru é que foi a chave para a vitória.  ;D ;D De qualquer forma continuamos a ter muitos passes falhados, o Viana fez dois passes na queima para o Matheus e a coisa com um avançado mais veloz podia ter corrido mal. A vitória foi muito boa, mas existe muita coisa a melhorar e estou confiante que o Carvalhal consiga encontrar a formula de fazer evoluir muito mais a equipa, já agora, se aparecesse um Lucas Veríssimo qualquer para entrar até dia 6 era optimo.


NightHawk

Quote from: bstrider on 04 de October de 2020, 11:20
Uma questão para todos os foristas que me anda a moer a cabeça: o Braga joga em 3-4-3 ou em 4-4-2, no processo ofensivo? Supostamente o Galeno seria simplesmente um ala, tal como Esgaio, certo? A diferença é que na esquerda o Galeno e o Sequeira avançam mais no terreno, de acordo com as suas caracteristicas, certo?
O Braga ataca em 3-4-3 e defende em 4-4-2. Por vezes, em algumas situações de jogo, defende em 5-3-2.

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bstrider

Quote from: andromeda123 on 04 de October de 2020, 11:41
O Iuru é que foi a chave para a vitória.  ;D ;D De qualquer forma continuamos a ter muitos passes falhados, o Viana fez dois passes na queima para o Matheus e a coisa com um avançado mais veloz podia ter corrido mal. A vitória foi muito boa, mas existe muita coisa a melhorar e estou confiante que o Carvalhal consiga encontrar a formula de fazer evoluir muito mais a equipa, já agora, se aparecesse um Lucas Veríssimo qualquer para entrar até dia 6 era optimo.

Por acaso, acho que foi um bom jogo do Viana. Todos os centrais falharam passes, mas ele, para além desses dois passes, creio que não falhou mais nenhum e esteve bastante competente no posicionamento. Claro que isto foi contra o Tondela, veremos no proximo jogo com uma equipa mais forte nos ataques rapidos e contra-ataques como é o Nacional. O nosso lado esquerdo vai ter muito trabalho com o Riascos...

NightHawk

Porque é que foi o Esgaio capitão e não o Fransérgio? Houve alguma mudança na hierarquia dos capitães?

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Sérgio Gonçalves

Quote from: NightHawk on 04 de October de 2020, 13:56
Porque é que foi o Esgaio capitão e não o Fransérgio? Houve alguma mudança na hierarquia dos capitães?

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Também questionei isso no meu comentário mas a malta das inside informations é só para outras coisas, tipo divórcios, problemas de peso, ordenados, etc.

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Sócio nº 2014

Lipeste

CARVALHAL RENDIDO AOS ALAS DE RAIZ

Iu­ri Medeiros e Ga­le­no con­ven­ce­ram o téc­ni­co e, pe­la pri­mei­ra vez, nes­ta épo­ca, fo­ram ti­tu­la­res. Em Ton­de­la, o ata­que ga­nhou efi­cá­cia e di­na­mis­mo, ace­le­ran­do pa­ra uma go­le­a­da

Adap­ta­ções de Fran­sér­gio e Fran­cis­co Mou­ra à po­si­ção de ex­tre­mo pas­sa­ram pa­ra se­gun­do pla­no. No no­vo de­se­nho tá­ti­co do Bra­ga (4x2x3x1), Ri­car­do Hor­ta sur­giu ain­da nas cos­tas do pon­ta de lan­ça Pau­li­nho


(...)

em: https://www.pressreader.com/portugal/o-jogo/20201005/282179358540823

Lipeste

47,06%

FOI A PER­CEN­TA­GEM DE EFI­CÁ­CIA DO BRA­GA NA FI­NA­LI­ZA­ÇÃO, DI­AN­TE DO TON­DE­LA. DE UM TO­TAL DE 17 RE­MA­TES, OI­TO FO­RAM À BA­LI­ZA

em:
https://www.pressreader.com/portugal/o-jogo/20201005/282196538410007

Lipeste


Lipeste

Para quem gosta de analisar os jogos também com a ajuda de dados estatísticos (jogadores e equipa) pode encontrar neste site algumas bastante interessantes, desde ofensivas, defensivas, erros, etc..:

https://www.footballcritic.com/primeira-liga-cd-tondela-sporting-clube-de-braga/player-stats/2157807#general

Fernando Marques

#156
Adoro a estatística. Só falta os passes de rotura tentados/conseguidos. Se repararmos as equipas têm a mesma posse e passes. Era interessante saber quem arriscou e o sucesso dessas iniciativas (se bem que na eficácia de passe vertical está algo que não esperaria e não tinha visto quando escrevi isto) . A estatística é tudo para quem faz disto profissão. Acredito que no futuro ainda teremos mais detalhe acerca de tudo o que se passou no jogo. Para além disto tudo a taxa de sucesso a nível individual como na NBA seria espetacular.

Como o Galeno foi a discussão no outro tópico, aqui mostra estatisticamente os seus pontos fortes:
Capacidade física, Ataque, criatividade.

E claro o que tem a melhorar:
Decisão, Jogo Aéreo (neste caso penso que nem é muito mau tendo em conta a posição em campo), Passe.

O que vai de encontro, penso eu, há generalidade das opiniões no outro tópico.

Lipeste

Dois ou três defesas? Com que médios e extremos? A análise profunda ao SC Braga

O clima entre Braga e Carvalhal começou de forma intensa. «O céu é o limite», foram as palavras do treinador quando foi apresentado como novo treinador do clube. Prometeu que iria apresentar uma proposta de jogo ousada, e que iria fazer dois excelentes anos no SC Braga. Porém, nem tudo foi um mar de rosas no início do campeonato, pelo menos até à terceira jornada, em que os arsenalistas se deslocaram a Tondela. Observámos, com muita atenção, que equipa se está a montar. E estas foram as conclusões...

O contexto

Carvalhal vinha de uma grande época em Vila do Conde e encontrou uma equipa que, no meio de um grande rebuliço (foram cinco treinadores num ano), conseguiu resultados bastante aceitáveis, com a conquista da Taça da Liga e com a obtenção do último lugar no pódio.

Em termos de sistemas (que é disso que queremos falar), alguém teria de ceder. Carlos Carvalhal vinha de um sistema de 4x3x3, que já era seu hábito, ao passo que os bracarenses passaram a época a mexer e mudar, embora com o desenho de três defesas a dar melhores resultados. E foi este último o que prevaleceu - ou, pelo menos, foi isso que a pré-época indicou.

Voltando a Tondela... O SC Braga ainda não tinha pontuado na Liga NOS e apenas tinha marcado um golo na primeira jornada. Carlos Carvalhal iniciou o campeonato a jogar com uma linha de três defesas (3x4x3). Raúl Silva meteu água no Dragão, cometeu uma grande penalidade e ainda foi expulso a partir do banco por protestos, o que fez com que Carlos Carvalhal tenha repensado o sistema da equipa sem o brasileiro.

Na segunda jornada, os minhotos receberam o Santa Clara e apresentaram um sistema em 4x4x2, com dois homens na frente: Ricardo Horta e Paulinho. Os bracarenses dominaram o jogo, com quase 70 por cento de posse de bola e com 23 remates (ver estatísticas no quadro), porém, não concretizaram nenhum com sucesso.

O técnico natural de Braga gostou do caudal ofensivo da equipa e manteve as renovadas ideias de jogo em Tondela, mesmo que mudando peças do xadrez: Fransérgio passou do corredor direito para o corredor central para fazer dupla com André Castro e entregou as alas a Galeno e Iuri Medeiros, mantendo na frente Ricardo Horta e Paulinho. A dinâmica do Braga, principalmente nos primeiros 45 minutos, foi extraordinária e tem uma explicação muito mais profunda do que números de jogadores e sistemas.

O ataque...

Em termos ofensivos, é um regalo observar a química da turma de Carvalhal, seja com bola ou sem bola. Quando a posse de bola estava no lado esquerdo, era Esgaio quem dava profundidade ao corredor direito, com Iuri Medeiros a jogar mais por dentro ao lado de um dos avançados, enquanto o outro homem da frente recuava para dar uma linha de passe no centro do terreno. Quando a construção ocorria do lado direito era Galeno quem dava essa mesma profundidade a bombordo da navegação bracarense. Sequeira apenas subia no terreno em situações de risco muito reduzido.

Na frente de ataque jogaram Ricardo Horta e Paulinho, que foram autênticas dores de cabeça para a defesa beirã pelas suas movimentações. Ambos com capacidade técnico-tática para recuarem no campo e participarem na construção de jogo, iam variando os seus movimentos de forma a confundir a defesa adversária. Quando um descia, o outro procurava colocar-se nas costas dos centrais para atacar a profundidade.

Nas alas, Carvalhal promoveu uma dupla inédita ao onze titular - Galeno e Iuri Medeiros - e foram eles os jogadores mais decisivos nesta vitória folgada dos guerreiros do Minho, participando em todos os golos da equipa bracarense.

Mais que a assistência de Iuri e os dois golos e uma assistência de Galeno, importa realçar as movimentações destes dois jogadores. Com bola, a ordem foi sempre de procurar jogo interior e combinações com os dois colegas da frente. Foi assim que Galeno fez um excelente golo (o segundo do Braga em Tondela) e que Iuri criou várias jogadas de perigo para os companheiros, com passes teleguiados a sair do seu pé esquerdo. Muito raramente, se é que alguma vez o fez durante os noventa minutos, o Braga tentou ganhar a linha de fundo.

O meio-campo

No meio-campo, Fransérgio fez uma exibição de grande classe. O papel do médio que esteve mais encostado às alas nas duas primeiras jornadas foi o de médio mais recuado, com indicações para jogar rápido e simples. Foi assim que o brasileiro controlou o ritmo do jogo do Braga, gerindo perfeitamente os timings com uma leitura de jogo muito boa, variando entre jogar simples e rápido ou lançar a bola rapidamente nas alas quando sentia que o jogo necessitava de velocidade.

André Castro foi o parceiro de meio-campo e ficou com o papel de média área a área, o chamado box to box, que cumpriu na perfeição, mostrando um grande pulmão ao longo de todo o encontro. Tanto estava disponível para apoiar o ataque, como estava no sítio certo defensivamente para cortar lances perigosos.


A defesa

Em termos defensivos, o Braga demonstrou mais uma vez que nada neste jogo aconteceu por acaso e que todos os processos têm sido trabalhados ao pormenor durante a semana. Apesar do sistema do Braga ter sido claramente um 4x4x2 com bola, sem ela o Braga defendeu a maior parte dos lances com uma linha de cinco homens, com Galeno a juntar-se aos quatro defesas e Sequeira a jogar ao lado dos outros dois centrais.

Precisamente os dois homens de que ainda nos falta falar, Bruno Viana e David Carmo, fizeram exibições imperiais sem qualquer erro a apontar, incluindo um golo por parte do brasileiro.

Com uma linha de cinco homens atrás, Ricardo Horta descaía para a esquerda para ajudar na pressão alta e em todo o campo do Braga com os restantes membros da equipa.

A mudança definitiva

Carlos Carvalhal mostrou-se extremamente satisfeito com a exibição da sua equipa no final do jogo. Não confirmou, naturalmente, a permanência de Galeno e Iuri no onze quando questionado sobre o assunto, mas, depois dta grande exibição, dificilmente vai tirar ambos os jogadores do onze. O mesmo se pode dizer da dupla de centrais, sendo que Raúl Silva terá de lutar para regressar à equipa após uma primeira jornada desastrosa para o brasileiro.

O 4x4x2 de Carvalhal veio para ficar, mas, como explicámos neste artigo, esta equipa é muito mais que números. Foi uma perfeita harmonia produzida pelo SC Braga no estádio João Cardoso e dificilmente o técnico vai deixar de querer ouvir o tom dela nos próximos tempos.

em: https://www.zerozero.pt/news.php?id=299551