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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 15/03

Started by Pé Ligeiro, 15 de March de 2007, 09:05

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Pé Ligeiro

O inevitável adeus europeu

O Braga entrou receoso na partida e o facto de ter chegado cedo à vantagem, num autogolo de Huddlestone após um livre de Andrade, não altera a incapacidade para travar os velozes ingleses, com Frechaut e Andrade a nunca conseguirem parar o que lhes aparecia pela frente nem tão pouco dar sequência ao jogo quando os minhotos recuperavam a bola. Tudo parecia correr demasiado depressa para a equipa portuguesa e, prova disso, foi o golo do empate três minutos depois, em mais uma falha defensiva. Era o princípio da despedida da Taça UEFA, embora no segundo tempo o Braga voltasse a acreditar.
Os minhotos ainda levantaram a cabeça quando ganharam vantagem – a equipa esticou-se no campo e tentou ser mais competitiva –, mas depressa isso acabou e as dores de cabeça voltaram, tal como as desconcentrações, única explicação para a tremenda falha de marcação que conduziu ao bis de Berbatov, já perto do intervalo, na pior notícia da noite para uma equipa portuguesa que queria continuar a acreditar na qualificação, mas via desvanecerem-se as previsões mais optimistas.
Mas, se ainda antes do intervalo se imaginou o Braga "morto", Andrade repôs a confusão na eliminatória aos 60', num livre traiçoeiro que a experiência de João Pinto arrancou no local... certo. Ou seja, na zona frontal da área dos "spurs". Com o 2-2 importava, pela segunda vez, atrasar o jogo e enervar os locais.
Do banco saltaram então Maciel e Cesinha, procurando dar mais velocidade e frescura a um ataque onde deixou de estar Zé Carlos como referência. Contudo, do lado esquerdo – e já depois de o árbitro ter perdoado a Frechaut uma falta na área sobre Berbatov –, o búlgaro recebeu de Malbranque e devolveu-lhe a bola para um golo muito parecido com o primeiro dos "spurs". Até final, os ingleses não tiraram o pé do acelerador, na lógica de que a melhor defesa é o ataque, mantendo sempre o Braga longe da sua área – apenas de livre ainda alvejava a baliza de Cerny – e obtendo um triunfo justo. Este Tottenham é mesmo de outro campeonato. Daquele que pode valer a conquista da Taça UEFA...
 
Tottenham 3 - Braga 2

Estádio White Hart Lane, em Londres
relvado em bom estado
33.761 espectadores
Laurent Duhamell [França]
Vincent Texier + Stéphane Duhamell
Peter Mikkelsen
Tottenham
treinador Martin Jol
12 | Cerny GR
7 | Stalteri DC
2 | Chimbonda LD
20 | Dawson DC
3 | Lee LE
15 | Malbranque AD
22 | Huddlestone MD
4 | Zokora MD
25 | Lennon AE 80'
10 | Keane AV 65'
9 | Berbatov AV
-
17 | Alnwick GR
38 | Charlie Lee DC
19 | Taarabt MO
6 | Tainio MD
14 | Ghaly AD 80'
18 | Defoe AV 65'
11 | Mido AV
GOLOS: 1-1|27'Berbatov; 2-1|42' Berbatov; 3-2|75' Malbranque
Amarelos: 30' Berbatov | 88' Malbranque
VERMELHOS: Nada a assinalar
 
Braga
treinador Jorge Costa
1 | Paulo Santos GR
20 | Luís Filipe LD
3 | Paulo Jorge DC
28 | Rodriguez DC 40'
13 | Carlos Fernandes LE
23 | Madrid MD
17 | Frechaut MO
16 | Andrade MO
10 | João Pinto MO 73'
15 | Wender AE
77 | Zé Carlos AV 73'
-
12 | Dani Mallo GR
5 | Nem DC 40'
21 | Ricardo Chaves MD
14 | Castanheira MO
11 | Cesinha AE 73'
19 | Maciel AE 73'
87 | Bruno Gama AD
GOLOS: 0-1|24' Huddlestone p.b.; 2-2|60' Andrade
Amarelos: 69' João Pinto | 85' Luís Filipe
VERMELHOS: Nada a assinalar




O Braga um a um
Andrade explodiu à inglesa


5
Paulo Santos

Vítima outra vez dos falhanços dos companheiros do sector, ficou isento de culpas nos dois golos de Berbatov e ainda no tento de Malbranque. Mas lutou, estrebuchou e, com uma palmada excelente, ainda conseguiu tirar algum pão da boca do avançado búlgaro.

3
Luís Filipe

Sempre batido em velocidade por Lee, teve uma noite para esquecer. Além de ter arrancado cruzamentos sem nexo para a área contrária, facilitou muito a vida a Berbatov.

4
Paulo Jorge

Revelou-se exuberante no começo do jogo, mas rapidamente se deixou diluir pela velocidade dos londrinos. Quando Berbatov ampliou a vantagem do Tottenham, encontrava-se muito longe do objectivo...

4
Rodriguez

Durou pouco mais do que meia hora em campo, devido a um problema muscular. Enquanto esteve em cena, fez frente às setas apontadas pelos londrinos, Berbatov e Keane. A equipa ressentiu-se com a sua saída forçada.

6
Carlos Fernandes

Foi o mais seguro do sector defensivo. Mesmo ameaçado por Lennon, um dos melhores dos "spurs", resguardou bem o flanco esquerdo e até tentou a sorte, com um remate de longe.

5
Madrid

Lento e sem ritmo de jogo, chegou a denotar algumas dificuldades. Compensou a falta de frescura física com um bom posicionamento em campo e até subiu de rendimento após o descanso.

6
Frechaut

Fez valer a sua experiência em jogos internacionais, tendo filtrado uma montanha de ataques contrários com uma eficácia tremenda. Sempre muito preciso na distribuição de jogo, foi dos últimos a aceitar a rendição.

5
João Pinto

Depois de ter primado pela discrição no primeiro tempo, despontou após o descanso. O seu futebol curto e imprevisível chegou a ser um problema para o adversário, embora por pouco tempo.

4
Wender

Correu muito, lutou, fez pela vida, mas nunca dispôs de espaço ou de oportunidades para armar o remate.

4
Zé Carlos

Sempre muito abandonado pelos companheiros do meio-campo, perdeu-se em correrias e apenas ofereceu vontade e garra. Saiu esgotado a meio do segundo tempo.

4
Nem

Chamado de urgência para render o azarado Rodriguez, arregaçou as mangas... e acabou por ser apanhado também pela enxurrada ofensiva dos britânicos.

3
Maciel

Pouco fez de relevante.

3
Cesinha

Também não trouxe a estrela da sorte.



Jorge Costa
"Respeito exagerado"


Jorge Costa reconheceu que o adversário foi superior no cômputo geral da eliminatória. "Sabíamos que era difícil, mas não era impossível. Sempre tivemos a esperança de dar a volta à eliminatória. Houve uma fase do jogo, quando o resultado estava 2-2, em que toda a gente acreditou que seria possível chegarmos lá", disse.
O treinador do Braga não precisou de pensar muito para explicar o que faltou para dar a volta à eliminatória: "Faltou um bocadinho de experiência e não termos do outro lado uma equipa tão forte como a do Tottenham, que tem jogadores de grande qualidade, pelo que há que reconhecer a sua superioridade".
Por último, o comportamento dos seus jogadores. Jorge Costa gostou, mas não deixou de reconhecer que inicialmente a sua equipa podia ter estado um bocadinho mais desinibida: "Por muito que se queira tirar a pressão aos jogadores e motivá-los, houve um respeito exagerado pela equipa do Tottenham. Particularmente, acreditei que era possível passar à fase seguinte quando ficámos a um golo de empatar a eliminatória".
ESPERANÇA
"Houve uma fase do jogo, quando estava 2-2, em que toda a gente acreditou que seria possível chegarmos lá"
EXPERIÊNCIA
"Faltou um bocadinho de experiência e não termos do outro lado uma equipa tão forte como a do Tottenham"



Rodriguez vai parar semanas

Substituído aos 39 minutos com queixas na coxa direita, Rodriguez vai manter-se afastado da competição durante várias semanas. Quem o confirmou foi o técnico Jorge Costa, dando conta ainda de que o central sofreu uma lesão muscular. Rendido em Parma precisamente por Rodriguez, devido a uma lesão muscular, Nem recuperou assim o lugar ainda em plena Taça UEFA.


IN O JOGO

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TOTTENHAM-SP. BRAGA, 3-2 (Berbatov 27', 42', Malbranque 76'; Huddlestone [pb] 24', Andrade 61')
MINUTO A MINUTO, JOGADA A JOGADA



22:07 - Final da partida. O Sp. Braga fica-se pelos oitavos-de-final da Taça UEFA.

90' - Mais três minutos para jogar em White Hart Lane.

88' - Malbranque mergulha na área e vê o CARTÃO AMARELO.

87' - Livre descaído na esquerda para Andrade, que remata por cima da barra.

85' - CARTÃO AMARELO para Luís Filipe, depois de uma falta sobre Chimbonda

81' - No Tottenham, Lennon dá o lugar a GHALY.

76' - GOLO DO TOTTENHAM... Grande assistência de Berbatov a isolar Malbranque na área e o internacional francês nascido na Bélgica a levar a melhor sobre Paulo Santos, recolocando os "spurs" de novo na frente do marcador.

75' - Dupla substituição no Sp. Braga. Saem João Pinto e Zé Carlos, entram CESINHA e MACIEL.

71' - Canto na direita para Huddlestone e a gerar-se uma grande confusão na pequena área, com Frechaut a aliviar e Berbatov a cair. O árbitro assinala mão do avançado búlgaro, perante o protesto dos jogadores e adeptos do Tottenham.

70' - CARTÃO AMARELO para João Pinto, após uma entrada sobre Lennon.

65' - Primeira alteração no Tottenham. Sai Robbie Keane, entra JERMAIN DEFOE.

61' - GOLO DO SP. BRAGA... Livre directo para ANDRADE, que atira forte e colocado para o fundo das redes de Cerny. A eliminatória está relançada, com a equipa portuguesa a apenas um golo do prolongamento.

58' - Livre directo para Andrade, com a bola a passar muito perto do poste direito de Cerny.

Está melhor o Sp. Braga na segunda parte, dominando na posse de bola e incomodando a defesa dos "spurs" nos lances de bola parada.

54' - Andrade atrasa a reposição de bola e vê o CARTÃO AMARELO.

49' - Berbatov, em posição frontal, não consegue o remate, mas, de qualquer forma, o búlgaro estava em posição irregular.

47' - Remate de Carlos Fernandes à entrada da área, com a bola a bater em Huddlestone e a sair pela linha de fundo.

47' - João Pinto marca o canto na esquerda. Cerny alivia a soco.

21:18 - Recomeça a partida em Londres. Não qualquer alteração nas duas equipas.

................................................

21:03 - Intervalo.

42' - GOLO DO TOTTENHAM... Após um livre a meio-campo de Tom Huddlestone, BERBATOV, sem marcação, recebe no peito e fuzila autenticamente a baliza de Paulo Santos.

40' - Alteração forçada no Sp. Braga. Sai Rodriguez, lesionado, entra NEM.

38' - Rodriguez está lesionado no relvado, depois de uma entrada de Keane.

33' - Malbranque assiste Berbatov que, só com Paulo Santos pela frente, não consegue marcar. O guarda-redes evita o golo com uma palmada providencial.

30' - CARTÃO AMARELO para Berbatov.

28' - GOLO DO TOTTENHAM. Grande jogada de Robbie Keane, a desmarcar na área BERBATOV, que remata cruzado para o fundo das redes de Paulo Santos.

27' - Remate de Robbie Keane, ao lado da baliza bracarense.

24' - GOLO DO SP. BRAGA... Andrade cobra um livre da esquerda e HUDDLESTONE marca na própria baliza. Está inaugurado o marcador em White Hart lane.

Os "spurs" dominam totalmente a partida sem terem criado, no entanto, uma oportunidade flagrante de golo. Vida difícil para a equipa portuguesa...

13' - Robbie Keane entra na área pelo lado esquerdo com muito perigo e remata contra Paulo Jorge. Os jogadores do Tottenham pedem grande penalidade.

3' - Aaron Lennoncruza da direita e Robbie Keane não consegue o desvio à boca da baliza. Paulo Jorge afasta o perigo.

20:18 - Início da partida. Sai o Tottenham com a posse de bola.

.............................................

Taça UEFA, oitavos-de-final, 2.ª mão

Estádio de White Hart Lane, Londres

Árbitro: Laurent Duhamel (França)

TOTTENHAM
Cerny; Stalteri, Dawson, Chimbonda e Lee; Lennon, Huddlestone, Zokora e Malbranque; Keane e Berbatov

Suplentes: Alnwick, Tainio, Mido, Ghaly, Defoe, Taarabt e Charlie Lee

Treinador: Martin Jol

SP. BRAGA
Paulo Santos; Luis Filipe, Paulo Jorge, Rodriguez e Carlos Fernandes; Frechaut, Madrid, Andrade, Wender e João Pinto; Zé Carlos

Suplentes: Dani Mallo, Nem, Cesinha, Castanheira, Maciel, Ricardo Chaves e Bruno Gama

Treinador: Jorge Costa




João Pinto: «O Braga aprendeu e ganhou experiência»
AVANÇADO CONFORMADO COM O ADEUS À UEFA


João Vieira Pinto estava conformado com a despedida da Taça UEFA porque o Sp. Braga perdeu com o Tottenham, que classifica como uma "grande equipa", sublinhando que os minhotos ganharam experiência e nome a nível internacional na prova europeia.

"Ainda há bem pouco tempo o Tottenham empatou com o Chelsea, que é um candidato ao título. Na primeira mão não se falou de velocidade. Não podemos esconder que eles impõem um ritmo muito forte, que nos cria algumas dificuldades, até porque a nossa condição física é inferior. Somos, por natureza, jogadores mais pequenos e no confronto directo perdemos e às vezes é isso que define os jogos", afirma João Pinto.

E prosseguiu: "O Tottenham foi uma boa equipa, não só em termos físicos como também tácticos. O Braga deu uma boa resposta. Se formos comparar a experiência de uma equipa de outra, é completamente diferente."

O internacional português sublinha que ficou a experiência:
"Foi a primeira vez que clube chegou aos oitavos-de-final da taça UEFA. O Sp. Braga aprendeu e ganhou experiência, ganhou nome a nível internacional e acho que, por aquilo que fizemos, estamos de parabéns. Não pela derrota mas porque fomos eliminados por uma grande equipa."



Jorge Costa: «Faltou experiência»
DESTACA QUALIDADE DO ADVERSÁRIO


Jorge Costa estava conformado no final do encontro com o Tottenham, que ditou o afastamento do Sp. Braga da Taça UEFA.

"Nós sabíamos que seria muito difícil, mas não era impossível. Existiu uma fase do jogo, em que o resultado era de 2-2, onde penso que toda a gente acreditou que seria possível chegarmos lá", começou por dizer o técnico dos bracarenses.

"Faltou um pouco de experiência. Demonstrámos que não temos a experiência internacional do Tottenham e por outro lado eles têm jogadores de grande qualidade", disse ainda Jorge Costa.

"Este é o Braga que eu quero, com esta atitude. Vai ser muito difícil a alguém vencer o Braga se continuarmos assim", considerou, desresponsabilizando os jogadores pelo desaire: "Houve coisas que falharam neste jogo, claro, mas não se pode exigir tudo aos jogadores. O importante é que estivemos bem e não passámos uma vergonha, dignificámos a cidade e o País."

Para Jorge Costa, o resultado poderia ter sido diferente: "Se não tivéssemos respeitado tanto o adversário no jogo de Braga e por isso ficou uma pontinha de frustração pelo resultado final."

"A verdade é que esta noite estivemos muito perto de um sonho e perdemos para um Tottenham que é um sério candidato a vencer esta taça UEFA", analisou o treinador, que aponta agora baterias para a Liga: "O mínimo que o Braga pode pedir é o quarto lugar no campeonato nacional."

IN RECORD


BRAGA SEMPRE MAIS!

Pé Ligeiro

#1
Chegou a parecer possível

O Braga terminou a aventura europeia desta época em White Hart Lane, ao perder com o Tottenham, novamente por 3-2. A equipa portuguesa ficou- -se pelos oitavos-de-final da Taça UEFA, mas não tem razões para se envergonhar da campanha realizada, nem do jogo de ontem, porque foi derrotada por um adversário que lhe é superior e tem condições para ir longe nesta prova. A classe de Berbatov destruiu as pretensões bracarenses, com dois golos de enorme qualidade técnica e uma assistência perfeita para Malbranque, depois de os portugueses terem estado em vantagem na primeira parte.

Jorge Costa tinha pedido um golo do Braga no início da partida, para enervar os ingleses e colocar a eliminatória em aberto, e o certo é que o destino lhe fez a vontade. Depois de um começo de jogo muito difícil, em que raramente conseguiram segurar a bola a meio-campo, os minhotos abriram mesmo o marcador, de forma completamente inesperada, aos 24 minutos. Um livre bem batido por Andrade foi desviado para a própria baliza pela cabeça de Huddlestone, deixando a sonhar os adeptos bracarenses presentes em White Hart Lane.

O problema é que a equipa londrina nem teve tempo para se enervar. Três minutos depois do golo do Braga, o Tottenham chegou ao empate, numa jogada que é a sua autêntica imagem de marca. Robbie Keane ganhou a bola no meio-campo a toda a velocidade e, de forma sensacional, libertou Berbatov, que não falhou na cara de Paulo Santos. O avançado búlgaro, cuja contratação ao Bayer Leverkusen no Verão passado custou 16 milhões de euros aos "spurs", continuou a justificar a fama na primeira parte, pondo a cabeça em água aos centrais arsenalitas. Foi já com Nem no lugar do lesionado Rodriguez que o Braga sofreu o segundo golo, novamente marcado por Berbatov, que teve tempo para controlar a bola com o peito à entrada da área e desferir um remate sem hipóteses de defesa para o guarda-redes português.

A segunda parte foi mais equilibrada e a verdade é que o Braga teve sempre a eliminatória viva. Andrade restabeleceu a igualdade a meia hora do fim, num livre directo convertido de forma notável, e o sonho de um eventual prolongamento chegou a parecer possível durante 15 minutos. O Tottenham não é, no entanto, equipa para se atemorizar facilmente e, apoiada por um público fantástico, que praticamente lotou as bancadas, voltou a encostar os portugueses às cordas.

O terceiro golo dos londrinos surgiu, por isso, de forma natural, num lance em que Berbatov descobriu Malbranque com um passe soberbo, e o francês não teve dificuldades para marcar o 13.º tento dos "spurs" nos últimos quatro jogos. Estava, assim, encontrado o vencedor da partida e de uma eliminatória em que o Braga cumpriu o objectivo de dignificar o nome do clube e de Portugal, mas não teve argumentos para bater uma das melhores equipas do futebol inglês.



"No 2-2, pensámos que era possível"


Jorge Costa foi a imagem do realismo no final do jogo. O treinador do Sporting de Braga diz que faltou "um bocadinho de experiência" à equipa para derrotar o Tottenham em White Hart Lane. Apesar de tudo, admitiu que sonhou muito alto no momento em que Andrade disparou um míssil à baliza de Cerny. "Houve uma fase em que tivemos esperança, altura em que conseguimos empatar a 2-2. Todos pensamos que seria possível alcançarmos o nosso objectivo. Mas aí o Braga acusou inexperiência face a uma das melhores de Inglaterra, muito mais habituada a isto do que nós. Há que reconhecer que tem óptimos jogadores", salientou.

O responsável técnico reconheceu todavia que os jogadores nunca acreditaram que seria possível afastar os britânicos. "Por muito que tenha tentado tirar a pressão aos futebolistas, houve um respeito demasiado grande pelo opositor. Quando percebemos que o podíamos eliminar, pois estávamos a actuar de igual para igual, já era demasiado tarde. Mesmo assim, demostrámos que o Braga também podia causar problemas a qualquer equipa da Europa visto que estávamos a apenas um tento do empate", frisou.

Tranquilo, voltou a focar alguns dos pontos mais fortes do Tottenham. "Faltaram-nos argumentos para disputar um lugar nos quartos-de-final da Taça UEFA. Berbatov, por exemplo, mostrou enorme qualidade e acabaria por ser ele a marcar o terceiro golo da sua equipa". O que faltou? "Faltou essencialmente ter uma formação tão forte como a deles. E ter mais capacidade para acreditar! Se pudéssemos, teríamos somados as duas segundas partes da eliminatória e teríamos, se calhar, aí um Braga mais competitivo".

Provas internas

A partir de agora, o Sporting de Braga deixou de ser a única equipa lusa em todas as frentes (UEFA, Taça de Portugal e Liga), estando agora apenas focado nas provas internas. "Vamos continuar a trabalhar para que estejamos fortes nessas competições".


IN JN


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Por duas vezes o braga teve razões para sonhar, mas a genialidade do superberbatov roubou a esperança


Tão perto do escândalo... 

LONDRES — O Sp. Braga despediu-se desta edição da Taça UEFA de cabeça bem erguida, depois de cair aos pés de um adversário muito, muito forte. Já todos sabíamos que a tarefa dos minhotos teria contornos de enorme dificuldade, mas a equipa de Jorge Costa surgiu em White Hart Lane sem medo, assumindo uma estratégia corajosa, nada subserviente.

A formação portuguesa encarou o Tottenham olhos nos olhos, até esteve a ganhar, renovou a esperança com um tiraço de Andrade, mas o sonho de uma qualificação manifestamente imprevista  foi travado por um Super Berbatov, ponta-de-lança de enormes recursos.

A vantagem do Sp. Braga durou, apenas, quatro minutos. Após o empate, a missão voltou a parecer (quase) impossível, mas a alma bracarense chegou para que o 2-2 reavivasse, por mais algum tempo, a chama da qualificação. E nem o 3-2 final retira brilho a um Sp. Braga de peito feito e sem complexos.

Com argumentos ofensivos muitíssimo poderosos, os spurs confirmaram a ideia de que são reais candidatos a vencerem a Taça UEFA: quem tem Berbatov, Robbie Keane e Lennon (e quem se dá ao luxo de deixar Jermain Defoe e Mido no banco, já agora) pode, de facto, aspirar a chegar longe numa prova como esta.

O jogo foi intenso, vivo e muito interessante de seguir. O estádio repleto ajudou a construir uma envolvência fantástica, na qual o Sp. Braga participou com honras de convidado especial.

Desde cedo se percebeu que o perigo de humilhação nem sequer se colocava para o Sp. Braga: o Tottenham sabia que tinha pela frente um conjunto organizado, com os seus trunfos, que poderia surpreender, apesar da diferença de qualidade futebolística entre os dois conjuntos.

Este foi, por isso, um daqueles casos em que contra factos não houve argumentos. Deve, no entanto, dar-se a Jorge Costa o mérito de ter ensaiado a arte do possível: minimizar estragos perante uma dupla simplesmente letal (Berbatov-Robbie Keane, claro) e tentar fazer dois golos. A segunda premissa foi conseguida, só faltou cumprir a primeira.

O Sp. Braga voltou  à eliminatória com o auto golo de Huddlestone e chegou a cheirar a escândalo. Mas a ordem natural das coisas foi reposta pela tal dupla mortífera. Ainda o Braga estava a tentar refazer-se do golo do empate quando Berbatov repetiu a dose, num lance que define a qualidade de um ponta-de-lança: execução perfeita, remate indefensável. Contra isto, caros amigos, pouco ou nada haveria a fazer. 




Andrade repôs  a esperança

Quando muitos pensavam que a segunda parte seria um passeio do Tottenham, um tiraço de Andrade reanimou a eliminatória. Voltou a haver razões para sonhar, mas lá reapareceu o estilo de alta voltagem do jogo de ataque dos spurs e o 3-2 acabou por se justificar. Numa exibição corajosa e positiva, o Sp. Braga foi digno na hora do adeus.

Laurent Duhamel (5) — Bem a permitir que o jogo fluísse a intensidade elevada, mas ficam dúvidas em dois lances na área baracarense: Paulo Jorge terá cortado a bola com a mão e Luís Filipe pode ter feito penalty sobre Malbranque.   



Adeptos viajaram no dia do jogo

Braga com 300


LONDRES — Não eram muitos, mas ainda deu para os ouvir no White Hart Lane: o Sp. Braga recebeu o apoio de cerca de 300 adeptos, que chegaram ontem a Londres para gritar pela sua equipa. O facto de a viagem oficial ter sido feita dois dias antes do jogo pode ter pesado nesta opção. Carlos Coutada, o presidente da AF Braga, juntou-se aos convidados anteontem à noite. Santana Carlos, embaixador de Portugal na capital inglesa, fez questão de desejar boa sorte à equipa, no jantar de terça-feira.



Jorge Costa elogiou segunda parte

«Quando empatámos acreditei em tudo»


LONDRES — O golo de Andrade alimentou a esperança de Jorge Costa de eliminar o Tottenham. «Acho que quando empatámos todos acreditaram. Eu acreditei em tudo, que podíamos chegar lá, mas há que reconhecer que este Tottenham é servido por um lote de grandes jogadores e que se perfila como o mais forte candidato a vencer a Taça UEFA», referiu o treinador do Sp. Braga, resignado com o poderio inglês mas agradado com a réplica que a equipa que comanda deu ao Tottenham na segunda parte, depois de um primeiro período «no qual houve demasiado respeito pelo adversário.» «No conjunto dos dois jogos conseguimos fazer duas segundas partes de bom nível. Neste jogo, reentrámos muito bem. Ao intervalo, libertei os jogadores da pressão do jogo, jogámos de igual para igual e provámos que o Sp. Braga também sabe e pode jogar ao nível do Tottenham», resumiu Jorge Costa.

«Tive vontade  de entrar»

Entre elogios a Berbatov — «neste momento é o ponta-de-lança em melhor forma na Europa» — e um olhar pela «intensidade» do jogo, Jorge Costa reconheceu que ainda o prendem ligações fortes ao relvado: «Admito que na manhã do jogo tive vontade de estar no relvado, de entrar no jogo...». Mas foi no banco que viu o Sp. Braga discutir activamente a eliminatória, num adeus à Taça UEFA que não retira mérito nem brilho à campanha minhota na competição. Agora, as atenções concentram-se na Taça de Portugal e no Campeonato. «Tentaremos consolidar o quarto lugar. Estamos longe do terceiro posto, mas podemos muito bem conquistar o lugar imediatamente abaixo. Desperdiçámos muitos pontos até agora, mas é preciso ter em atenção que até hoje (ontem), o Sp. Braga era a única equipa portuguesa a evoluir em três frentes», recordou Jorge Costa, apesar de tudo um técnico confiante no futuro. E com razões.

IN A BOLA


BRAGA SEMPRE MAIS!

nandes

#2


(continuação de A Bola)


Andrade repôs a esperança







ESTIRAMENTO NA COXA

Rodriguez pára duas semanas



LONDRES — Rodriguez é baixa do Sp. Braga para a recepção à Naval, jogo que se disputa na próxima terça-feira. O peruano lesionou-se sozinho e saiu do campo quando faltavam cinco minutos para o intervalo. Examinado nos balneários, foi-lhe diagnosticado um estiramento numa coxa que implicará paragem, no mínimo, de cerca de duas semanas. Hoje o plantel goza folga, mas Rodriguez vai apresentar-se no departamento médico para fazer exames complementares.



CANADIANO TEM MULHER LUSITANA

Stalteri «português»  


LONDRES — O encontro com o Sp. Braga não terá sido indiferente ao canadiano Paul Stalteri: é que o jogador do Tottenham é casado com Isabela, uma portuguesa filha de emigrantes lusos no Canadá.
Esta história de amor começou ainda em terras canadianas prosseguiu depois do ingresso de Stalteri no futebol europeu —quando o actual número 7 do Tottenham assinou pelo Werder Bremen. «Quando o meu marido foi jogar para Bremen, eu ainda estava a estudar e decidi inscrever-me numa universidade alemã. Depois, ele veio aqui para Inglaterra e mudámo-nos para Londres...», conta Isabela a A BOLA, no seu português ainda fluente, embora influenciado pelo sotaque britânico.



OS JOGADORES DO TOTTENHAM

Berbatov é de outra galáxia!  


LONDRES — Noite mágica do avançado Berbatov, que colocou em sentido a defensiva do Sp. Braga. Quem tem jogadores deste calibre sujeita-se a ver golos de verdadeira antologia. (5) Cerny Sem culpas nos dois golos sofridos. O adversário não o obrigou a ter de sujar o equipamento... (6) Stalteri
Não permitiu grandes veleidades a Wender, ainda que o brasileiro o tenha impedido de se aventurar pelo flanco direito.
(6) Dawson
O único central de raiz disponível do Tottenham comandou com precisão a defesa.
(6) Chimbonda
Um lateral-direito adaptado a central. Não sentiu o peso da responsabilidade e cumpriu.
(6) Young-Pio Lee Uma agradável surpresa este sul-coreano. Certinho nas marcações, não deu espaço a Andrade
(6) Lennon Sem o fulgor da primeira mão, acabou por desequilibrar na altura em que o Sp. Braga esteve na iminência de empatar.
(6) Zokora Joga simples e é eficaz. Um poço de energia no miolo.
(6) Huddlestone
Infeliz no autogolo, acabou por se redimir com a assistência para o segundo de Berbatov.
(7) Malbranque
Actuação bastante positiva. Causou problemas pela esquerda e fez o 3-2.
(8 ) Berbatov Um avançado de classe mundial. Tem talento de sobra e foi de forma subtil que marcou os dois primeiros golos.
(6) Robbie Keane
Excelente na assistência para o 1-0. A experiência ainda é um posto.
(5) Defoe Deu trabalho a Nem e Paulo Jorge na zona central.
(—) Ghaly A eliminatória já estava decidida.



OS JOGADORES DO SP. BRAGA

Pé-canhão de Andrade abriu caminho da ilusão  



LONDRES — Quando Andrade encheu o pé para, de livre, empatar o jogo, renasceram as ilusões bracarenses, desfeitas mais tarde por Malbranque em mais uma triangulação mortífera com Berbatov. Foi um remake da primeira mão: os minhotos entraram apáticos mas reagiram muito bem no segundo tempo. Se a última imagem é sempre a mais forte, então o Sp. Braga não ficou nada mal na fotografia.
Paulo Santos (6) — Nenhuma responsabilidade nos golos sofridos, foi, sobretudo durante a primeira parte, a unidade bracarense mais serena, sacudindo muito bem o perigo da sua pequena área. Apenas um lapso em todo o jogo,quando calculou mal uma saída dos postes (72)
Luís Filipe (6) — Partida de elevadíssimo grau de exigência, apanhou pela frente, em cada uma das partes, os dois extremos do Tottenham, ganhou e perdeu duelos, mas, no essencial, foi sempre um jogador combativo e empenhado em proteger os interesses do colectivo.
Paulo Jorge (7) — Brilhou intensamente nos primeiros 45 minutos, emergindo como o bracarense mais activo e aquele que mais riscos correu, cortando pela raiz imensas iniciativas criadas pelos ingleses. Manteve o nível após o intervalo, apesar da quebra física na recta final que o impediu, por exemplo, de travar Malbranque no terceiro golo.
Rodriguez (6) — Quarenta minutos muito produtivos, nos quais revelou toda a sua classe e talento. Corte precioso a atalhar perigoso ataque de Keane antes de sair do campo derrotado por uma lesão.
C. Fernandes (6) — Acompanhou os ciclos negativos e positivos da equipa, ou seja, subiu imenso de produção no segundo tempo após uma entrada tímida. Um remate perigoso (47) deu-lhe confiança e embalou-o para um registo francamente positivo.
Madrid (6) — Não está ainda ao nível a que habituou as plateias mais exigentes, mas o argentino nunca foi um jogador encolhido e muito menos alheado das incidências do desafio. Perante concorrência de respeito, deu o corpo ao manifesto e foi a bússola que orientou a equipa no ataque à área de Cerny.
João Pinto (6) — As artes mágicas do cérebro bracarense não pulverizaram o jogo inglês, esteve bastante retraído na fase de maior expansão ofensiva do Tottenham, mas recuperou a aura quando arrancou a falta que permitiu a Andrade apontar o golo do empate.
Frechaut (6) — Tacticamente esteve muito bem, apesar de ter sido desviado para a esquerda, com a missão de apoiar Carlos Fernandes. Uma mudança que não o confundiu e muito menos o inibiu de abrir linhas de passe no segundo tempo.
Zé Carlos (7) — Atirado para missão de sacrifício, tentou, através de uma notável capacidade de entrega, reduzir as distâncias em relação ao meio-campo. Apesar de não ter criado situações de perigo para a baliza inglesa — registo apenas para um remate ao lado aos 67 — foi sempre uma referência vigiada e perseguida pelos defesas do Tottenham.
Wender (6) — A imensa pressão que o Tottenham injectou para arrumar depressa com a questão da eliminatória atirou-o, frequentemente, para um quadro de difícil equilíbrio, mas o brasileiro nunca resvalou para a mediocridade e soube sempre ocupar o seu espaço no relvado.
Nem (6) — Nada ficou a dever a Rodriguez. Entrada decidida para uma actuação imaculada.
Maciel (4) — Não conseguiu criar desequilíbrios.
Cesinha (4) — Dois passes e pouco mais.





LONDRES PRIMAVERIL

Onde está o «smog»?  



LONDRES — Para quem ainda tem dúvidas de que as alterações climáticas são uma realidade, basta fazer um breve registo atmosférico da capital londrina desde que o Sp. Braga chegou, na passada segunda-feira: nunca choveu, durante o dia os termómetros rondavam os 20 graus (por vezes mais) e, nos últimos dois dias, o sol brilhou em Londres, a smoke city, até ao final da tarde. Alguém falou em... smog (nevoeiro)?



JOÃO PINTO REAGIU COM «FAIR PLAY»

«O nosso futebol é inferior ao inglês»  



LONDRES — Foi com grande fair play que João Pinto reconheceu a superioridade do Tottenham no conjunto das duas «mãos» dos oitavos-de-final da Taça UEFA. O médio do Sp. Braga chegou, apesar de tudo, a acreditar que seria possível eliminar o poderoso emblema da capital inglesa a partir do momento em que Andrade marcou o 2-2.
«A partir do empate, cheguei a acreditar que era possível seguir em frente, pois estivemos a um golo de continuar em prova, mas convém não esquecer que defrontámos uma grande equipa que, seguramente, será um dos finalistas da Taça UEFA», vaticinou o experiente jogador, para quem o terceiro golo «acabou por decidir a eliminatória para o lado do Tottenham».
«Eles venceram de forma justa e nós apenas nos podemos queixar do resultado de Braga. Tornou-se difícil segurar uma equipa como o Tottenham», acrescentou ainda.
O número 10 dos arsenalistas reconheceu ainda que existe um grande desnível entre o futebol português e o inglês: «O futebol português, tanto a nível de clubes como de Selecção, não é tão grande como pensamos, se compararmos com o inglês. O Tottenham, por exemplo, empatou recentemente a três golos com o Chelsea, que é uma equipa recheada de estrelas e hoje [ontem] pura e simplesmente não se notou qualquer quebra física. Tivemos muitas dificuldades, é normal. A nossa condição física é inferior à deles. Somos mais baixos e nas bolas pelo ar eles tiveram bastante superioridade».


«Estamos tristes!» (Andrade)


Marcou um golão, na conversão de um livre directo, e ainda esteve na origem do primeiro tento, pois dos seus pés saiu um remate que acabou por encontrar Huddlestone no caminho para as redes inglesas. Andrade foi dos que mais se destacaram no Sp. Braga mas saiu triste. «O 2-2 fez crescer a nossa equipa, estamos tristes, mas nada há a apontar à entrega dos jogadores. O Jorge Costa está de parabéns pela estratégia que montou. Estamos tristes pela eliminação, pois um terceiro golo empatava a eliminatória. Deixámos uma boa imagem».

É claro que, à hora do jogo, o frio fez-se sentir, mas dentro de parâmetros perfeitamente aceitáveis.



BOA RÉPLICA

Ficou demonstrado em Londres que o Sp. Braga tem valor para andar nas competições europeias. Demos excelente réplica ao Tottenham, mas infelizmente não conseguimos o nosso grande objectivo, que era seguir em frente na UEFA.FRECHAUT



SUPERCOMPLICADO

Foi um jogo supercomplicado. Não saímos com o dever cumprido, pois queríamos passar a eliminatória mas deixámos uma boa imagem. Temos de pensar no campeonato. Não saí aborrecido e o treinador é quem manda na equipa...ZÉ CARLOS



O 2-2 fez crescer a equipa, estamos chateados, mas nada há a apontar à entrega dos jogadores. Deixámos uma boa imagem ANDRADE



SP. BRAGA AVESSO A INGLESES

Saldo agravado



LONDRES — A eliminação do Sp. Braga agrava o saldo negativo que os minhotos averbam com equipas inglesas nas provas europeias. Este foi o terceiro fracasso, juntando-se ao duelo de há 22 anos, também com o Tottenham (com um total de 0-9 para os spurs) e à eliminatória com o West Bromwich Albion, em 1978/79, que redundou num total de 0-3 para os britânicos.
No plano oposto, o Tottenham — nunca foi eliminado por uma equipa portuguesa em provas europeias — enriqueceu o seu historial, que já era bem positivo em duelos com formações lusas: com a vitória de ontem, os spurs somam agora seis triunfos. Até agora, o Tottenham só cedeu um empate e uma derrota frente a conjuntos portugueses.
Como se esperava, o ambiente no White Hart Lane foi fantástico: estádio cheio, público entusiasta, clima de festa aumentado pela enorme proximidade física entre todos os intervenientes.



In A Bola




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Berbatov arrumou com o sonho     



O Sp. de Braga despediu-se ontem da Taça UEFA, depois da derrota com o Tottenham (3-2), repetindo o resultado da primeira mão. Berbatov foi o "carrasco" dos arsenalistas, apontando dois golos. 


O Sporting de Braga disse ontem adeus à Taça UEFA. A tarefa dos arsenalistas, à partida, já se revelava complicada, depois do resultado no jogo da primeira mão (2-3), e ficou ainda mais difícil com os dois golos assinados por Berbatov — o verdadeiro "carrasco" dos arsenalistas — ainda na primeira parte.
Jorge Costa, uma vez mais, revelou coragem ao arriscar nas apostas em Zé Carlos, Wender, João Pinto para furar o "muro" de-fensivo do Tottenham, mas da teoria à prática ainda se notou uma grande diferença.


O sonho dos arsenalistas, todavia, chegou a ser fortalecido, na altura em que chegou a ter vantagem nesta eliminatória. À pas-sagem do 24.º minuto, Huddlestone fez auto-golo, depois de um livre apontado por Andrade. Mas a alegria dos bracarenses foi sol de pouca dura, já que passados três minutos Berbatov causou estragos, ao empatar a contenda, depois de um trabalho notável de Robbie Keane.


O Tottenham imprimiu maior velocidade na partida, aproveitando algum desnorte dos arsenalistas. Bebatov — sempre muito oportuno — acabou por fazer o segundo golo (41 m), com tempo para dominar a bola no peito e desfeitear o guarda-redes Paulo Santos. Nem (tinha entrado para o lugar de Rodriguez) e Paulo Jorge foram completamente levados neste lance.
Durante o segundo tempo, o Braga jogou muito com o coração, mas nunca perdeu a concentração.

Os laterais — Luís Filipe e Carlos Fernandes — tiveram maior liberdade para subir no terreno, com a partida a ficar mais equilibrada. João Pinto a assumiu-se como o "maes-tro" e "arrancou" algumas faltas perigosas junto da área do Tottenham. E foi na sequência de um desses lances que surgiu o golo do empate (2-2). O brasileiro Andrade (61 m) lançou uma autêntica bomba para a baliza de Radek Cerny, ele-vando a emoção na con-tenda.
A equipa arsenalista obteve a proeza de marcar dois golos no White Hart Lane, mas de pouco valeu. Sobretudo quando foi "apanhado" a frio, com o terceiro golo dos "spurs" — desta feita assinado por Malbranque, uma vez mais com Berbatov em destaque, dado a primorosa assistência que efectuou para o terceiro golo, arrumando com o sonho bracarense.



In Correio do Minho




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nandes





UEFA CUP - Fase Final / UEFA CUP - Fase Final - Tottenham ( 3-2 ) SCBraga


Tottenham 3-2 SCBraga: Despedida europeia de cabeça erguida     

2007-03-14 23:12

Foi mais um jogo de ritmo alucinante!
Quem viu os dois jogos desta eliminatória da Fase Final da Taça UEFA, assistiu esta noite a uma continuação do que se passou em Braga há uma semana atrás.
O SCBraga não começou o jogo da melhor forma, com o Tottenham a dominar os acontecimentos, mas Andrade deu um pontapé que "gelou" Londres... Foi a nossa equipa que "acordou" o jogo e fez com que esta fosse mais uma grande partida de futebol, em especial na segunda parte. Os elogios são muitos para um SCBraga que teve muita personalidade num Estádio muitíssimo difícil, diante uma das melhores equipas da actualidade do futebol europeu. Os nossos jogadores saíram de White Hart Lane de cabeça erguida pois disputaram a eliminatória até ao fim, mesmo com a desvantagem com que saiu do primeiro jogo.

O SCBraga começou o encontro numa postura táctica claramente de "espera" para ver a forma de jogar do adversário. Foram necessários 23 minutos para a nossa equipa chegar à baliza do Tottenham, mas quando o fez foi para valer! Andrade transformou um livre na esquerda do meio-campo inglês, a bola saiu forte e tensa, apenas bastou um desvio de um defesa do Tottenham para que os bracarenses presentes no White Hart Lane festejassem e sonhassem com o apuramento. Infelizmente, os cerca de duas centenas e meia de adeptos presentes do Estádio, não puderam fazer a festa por muito tempo, pois cinco minutos depois o Tottenham empatou a partida. Os ingleses jogavam em casa e queriam de uma vez por todas resolver a eliminatória, mas Paulo Santos mostrou-se implacável à passagem da meia-hora com duas fantásticas defesas. Andrade ainda deu outra vez trabalho ao guarda-redes Cerny com um bom remate do meio da rua. Uma grande contrariedade para o SCBraga aconteceu quando Rodriguez foi obrigado a deixar o terreno de jogo devido a lesão, entrando Nem para o seu lugar. Uma mudança defensiva numa altura crucial acabou por dar vantagem aos ingleses, que aos 42 minutos fizeram o 2-1.

A segunda parte viu um SCBraga mais ofensivo e sem demasiado respeito pelo Tottenham. Aos 57 minutos o pé-quente da noite, Andrade, apontou um livre a cerca de 35 metros da baliza e a bola passou um pouco ao lado do poste direito dos ingleses. Foi um aviso, pois três minutos depois, João Pinto ganha um livre em zona frontal e o mesmo Andrade atirou directo para um golo fabuloso, repondo a igualdade. Era o melhor momento da nossa equipa e Jorge Costa sentia isso. O treinador entrou em cena para fazer entrar dois homens rápidos, Maciel e Césinha, retirando os trabalhadores João Pinto e Zé Carlos. Mas uma vez mais, a hora das substituições foi madrasta para o SCBraga, pois pouco tempo depois o Tottenham, através de um contra-ataque fulminante, fez o 3-2 que entristeceu os bracarenses, mas sem que os nossos jogadores baixassem os braços. Até ao final os de Londres limitaram-se a gerir o resultado e a tentar controlar um SCBraga que mostrou sempre determinação e raça.

Foram 10... DEZ grandes jogos europeus disputados pelo SCBraga esta temporada na UEFA. Desde o primeiro jogo com o Chievo em Braga, passando por uma inesquecível vitória sobre a melhor equipa da República Checa por 4-0 (Liberec), ganhar 2-0 ao Grasshopper, a gloriosa vitória em Parma e, apesar dos resultados negativos, esta eliminatória com o Tottenham que se resumiu a dois grandes jogos de futebol, com o resultado de 6-4 favorável aos ingleses. Representamos superiormente uma cidade e um país e a Europa do futebol fixou o nosso nome, VIVA O SCBRAGA!!!


SCBraga.com
Foto: WAPA (em Londres)

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