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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 19/02

Started by JotaCC, 19 de February de 2018, 08:12

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JotaCC

Guerreiros do Minho arrasam na Cidade Berço com goleada histórica

SC Braga gelou o D. Afonso Henriques, ao golear o Vitória SC, no dérbi minhoto que animou a 23.ª jornada. Dyego Sousa abriu caminho ao triunfo, escrito com golos de Hassan, Vukcevic, Wilson Eduardo e Esgaio. Exibição de classe e números históricos.

Noite de gala para os Guerreiros do Minho no Estádio D. Afonso Henriques. O SC Braga goleou o Vitória SC, com uma mão cheia de golos, no dérbi minhoto que animou a 23.ª jornada da I Liga. Exibição avassaladora dos bracarenses, num palco tradicionalmente difícil, tal a rivalidade existente entre os dois clubes - resultado iguala, aliás, a maior goleada de sempre da história do SC Braga em Guimarães, na década de 1950 - a reagirem da melhor forma à derrota a meio da semana para a Liga Europa, em Marselha.
Tremenda eficácia do SC Braga, com três golos nos primeiros 45 minutos a expressarem a reacção forte dos Guerreiros do Minho perante um Vitória desnorteado, que perdeu o rumo com a expulsão de Wakaso.

Num duelo que começou com cautelas de parte a parte - naturais num dérbi com contornos emotivos como este - os bracarenses chegaram cedo à vantagem, com um golo de Dyego Sousa. Perda de bola de Rafael Miranda, Vukcevic ganhou o esférico e lançou o avançado. Dyego Sousa arrancou com velocidade para a área e bateu Douglas, num bonito golo. Festejos do brasileiro acabaram por durar pouco, com o avançado a ficar lesionado na coxa, na sequência do lance. Dyego acabou por deixar o relvado de maca.

O golo embalou os guerreiros para uma noite de sonho em Guimarães. Wilson Eduardo atirou por cima, na cara de Douglas, e, aos 30 minutos, foi derrubado por Wakaso, quando seguia isolado para a área. Bruno Paixão expulsou o médio ganês com vermelho directo e apontou para a marca dos onze metros. Confirmado pelo VAR o penálti, Hassan não desperdiçou e com frieza fez o segundo.
A jogar com menos um, o Vitória sentiu dificuldades em reagir - tal a pressão e organização dos homens de Abel Ferreira - e um tiro de Vukcevic que só parou no fundo das redes, com a bola a bater ainda em Pedrão e a trair Douglas, complicou ainda mais a tarefa dos conquistadores. Golo do médio montenegrino foi festejado de forma efusiva por todo o banco arsenalista.

No segundo tempo, o domínio avassalador do SC Braga manteve-se e o quarto golo gelou ainda mais o D. Afonso Henriques. Arrancada de Jefferson na esquerda, a cruzar para Esgaio, que assiste Wilson Eduardo para um potente remate. Golaço a coroar a grande exibição.
Perante um Vitória incapaz de chegar com perigo à baliza de Matheus, a equipa de Abel foi gerindo o jogo e chegou ao quinto golo com naturalidade, após uma subida de Hassan, pela esquerda, que serviu Esgaio para um remate certeiro. Mão cheia de golos para a história.

Abel Ferreira: "Recuperámos a nossa identidade, o nosso Braga e a nossa confiança"

A goleada é histórica - igualando o recorde da época 1956/57, na altura na II Liga - mas Abel Ferreira lembra que são apenas três pontos. Técnico não escondeu o orgulho pelo triunfo e dedicou a vitória aos adeptos.
"Para nós são apenas três pontos. Respeitámos muito o adversário, fomos muito sérios em todos os momentos do jogo e trabalhámos muito para conseguir este resultado, que para os nosso adeptos é fantástico. Devíamos isto a eles e a nós próprios. Disse aos jogadores que tínhamos de respeitar o adversário e manter uma identidade muito forte, personalizada. Esta equipa é uma verdadeira equipa no sentido da palavra e isso prova-se pelas constantes alterações que faço, como hoje, com seis jogadores diferentes, resultante da análise dos adversários e da escolha da estratégia para cada jogo. Prova que acredito em todos", frisou Abel Ferreira no final da partida, considerando que "tudo correu bem" ao SC Braga.

"Tinha dito que precisávamos de ser eficazes a atacar e a defender. Recuperámos a nossa identidade, o nosso Braga e a nossa confiança. As nossas missões estavam muito claras na cabeça dos jogadores, deu-nos muito trabalho, mas foi um jogo que correu muito bem", realçou.
Uma das imagens marcantes do jogo é a de Abel a pedir calma aos adeptos quando a claque gritava 'olés' e o treinador lembrou a importância "de respeitar o adversário e dar o melhor dentro das quatro linhas, desfrutando do jogo". "A minha função é promover o espectáculo e contar com o apoio da nossa massa adepta, esta vitória é para eles".
O treinador abordou ainda a lesão de Dyego Sousa, que saiu de maca logo após o golo. "Foi dois em um, a felicidade de fazer o golo e sentiu um problema muscular. Foi o primeiro esta época no plantel, temos um departamento fantástico, o GOD, e não tínhamos tido nenhuma lesão muscular. Infelizmente, no momento do golo sentiu uma dor na coxa, esperamos que seja apenas uma contractura. Se na quinta não jogar o Dyego, jogará outro. A força da nossa equipa está na equipa. Mexo, troco e a minha satisfação é perceber que cada um que entra cumpre. É um orgulho tremendo", rematou.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Uma goleada em cheio no coração
Cidade-Berço Erros e expulsão de Wakaso fazem pender dérbi

Wilson Eduardo causou muitos calafrios à defensiva local. O extremo coroou o excelente jogo com um belíssimo golo, num lance de grande inspiração. Rafael Miranda voltou a cometer um erro infantil. O Vitória até tinha entrado melhor, mas a displicência do médio deu vantagem ao Braga e abalou o coletivo. No lance mais difícil, Bruno Paixão falhou. Transformou uma falta fora da área em penálti e exagerou no vermelho direto a Wakaso.
O V. Guimarães sofreu um duro golpe na luta pelo acesso às competições europeias, ao ser goleado (5-0) diante do Braga. Os arsenalistas permanecem na quarta posição, mas na expectativa de um possível deslize do Sporting, para encurtar a distância para o pódio. O dérbi tinha tudo para ser um bom espetáculo, só que a polémica expulsão de Wakaso e a marcação de uma grande penalidade, quando o Braga vencia por 1-0, condicionaram os visitados.
Os vitorianos entraram a dominar, mas a estratégia começou a ruir com um erro grave de Rafael Miranda, que permitiu a Dyego Sousa inaugurar o marcador. Os donos da casa acusaram o golo e o Braga foi inteligente a gerir a vantagem. Wilson Eduardo desperdiçou o 2-0, mas foi numa arrancada do avançado que surgiu o lance capital do desafio. Hassan não tremeu e, de penálti, fez o 2-0. Antes do descanso, Vukcevic, graças a um desvio involuntário de um adversário, assinou o 3-0.
Em inferioridade numérica e sem soluções para travar a velocidade do Braga, Wilson Eduardo fez magia. Um golo que deixou o Vitória com o estatuto de pior defesa da Liga, apesar de o tormento ainda ter prosseguido com um golo de Ricardo Esgaio.


Tiros, oito adeptos feridos e 52 detidos
Violência Incidentes antes, durante e depois do jogo

Cinquenta e dois adeptos afetos ao Sporting de Braga foram detidos e oito simpatizantes, de ambas as equipas, sofreram ferimentos ligeiros, na sequência de confrontos ocorridos cerca de uma hora antes do início do jogo de Guimarães.
Os desacatos começaram quando mais de meia centena de adeptos do Braga se deslocavam para o estádio sem acompanhamento policial. À passagem por um café, perto do quartel dos Bombeiros de Guimarães, iniciaram-se os confrontos com adeptos do Vitória e, depois, com a PSP, que, inclusivamente, chegou a recorrer a tiros de "shotgun" para tentar acalmar os ânimos.
A PSP intercetou 52 adeptos envolvidos nas agressões, todos afetos ao Braga, que foram encaminhados para a esquadra de Guimarães, sujeitos a "processos de averiguações e identificações", confirmou à agência Lusa o comissário da PSP local, João Pinheiro.
Os adeptos do Braga foram levados em escolta para as instalações da PSP de Guimarães, onde foram identificados. Três desses apoiantes receberam assistência na esquadra e outras três pessoas, todas afetas ao Vitória de Guimarães, foram assistidas no quartel dos Bombeiros Voluntários de Guimarães. Entretanto, mais dois adeptos, um de cada clube, foram transportados para o hospital da cidade minhota.
Durante o jogo, nas bancadas, os incidentes registados estiveram relacionados com a expulsão de Walkaso, muito contestada pelos vimaranenses. Depois da partida, cerca das 23 horas, um autocarro com adeptos do Braga foi apedrejado, junto à rotunda de Silvares, mas não se registaram ferimentos.

JN

JotaCC

Troca Egípcio Hassan encarnou Dyego Sousa e ajudou à festa

O que parecia ser uma contrariedade incontornável para o Braga tornou-se rapidamente em pouco mais do que um apontamento de reportagem: a saída forçada de Dyego Sousa, devido a lesão. O brasileiro seria substituído por Hassan logo aos 13 minutos e a equipa não se ressentiu minimamente da alteração. O egípcio encaixou perfeitamente ao lado de Wilson Eduardo e deu fluidez ao ataque, assinando de penálti o segundo golo e fazendo a assistência para o 5-0, fixado por Esgaio.


FILME DO JOGO

4' Susto para o Braga. Heldon desarma Ricardo Esgaio e escapa pela esquerda. Em aceleração, flete para o centro e remata na passada, acertando num defesa.
8' Heldon arranca pela esquerda e abre para Sturgeon. O segundo remata forte, mas Marcelo Goiano consegue desviar para canto.
13' 0-1. Numa bola dividida, Rafael Miranda perde para Vukcevic. O montenegrino serve de imediato Dyego Sousa e este arranca em velocidade pelo centro para rematar decidido para o fundo das redes.
21' Vigário tira um cruzamento largo e quase surpreende Matheus. A bola vai direta à baliza, com o guarda-redes a sacudir para canto.
26' Wilson Eduardo, no mano a mano com João Afonso, leva a melhor e dispara forte. A bola sobrevoa a baliza com perigo.
27' Num livre à direta, João Aurélio levanta para a área. Pedro Henrique recolhe ao segundo poste e atira de pé direito, muito por cima.
34' 0-2. Na conversão de um penálti (ver Momento), a castigar um derrube de Wakaso a Wilson Eduardo, Hassan amplia a vantagem.
44' 0-3. Atento a um mau alívio de Sturgeon, Vukcevic recolhe à entrada da área e, livre de marcação, bate forte, tirando partido do desvio de um defesa vitoriano.
49' 0-4 Um corte incompleto de Vigário é fatal. Num espantoso remate de primeira, Wilson Eduardo leva a bola à gaveta.
62' 0-5 Hassan foge pela esquerda, cruza rasteiro e Ricardo Esgaio, ao segundo poste, faz a emenda.
74' Num canto à esquerda, Mattheus Oliveira levanta para a área. Marcos Valente desvia de cabeça, ligeiramente ao lado.
75' Em boa posição à entrada da área, Xadas dispara cruzado com colocação. Erra o alvo por muito pouco.


Abel Ferreira "Fomos sempre fiéis à estratégia"
Derrota em Marselha teve reação no D. Afonso Henriques. Pagou o Vitória e Abel promete responder aos franceses na segunda mão

Treinador do Braga reconheceu que lance do primeiro golo desbloqueou o jogo, mas elogia compromisso dos seus jogadores, que foram competentes e respeitaram o adversário
Venceu por números expressivos, mas Abel não entrou em euforias e lembrou que esta vitória "vale exatamente três pontos". "Cada vitória que temos tem o lado positivo, nós gostamos, é fantástico para os adeptos, mas traz um acréscimo de responsabilidade. Traz mais exigência, responsabilidade e mais foco", vincou o treinador do Braga, acrescentando que "o difícil não é ganhar, é ganhar constantemente". Este triunfo vai permitir ao Braga continuar a lutar pelo objetivo "de ficar nos quatro primeiros lugares". E apesar de ir dizendo que este "não foi um jogo perfeito" – "Mas correu-nos tudo bem, fomos eficazes, criámos oportunidades e fomos sérios" –, Abel estava satisfeito por terem feito "o maior número de golos mantendo a baliza a zero".
Não esquecendo que venceram na sequência de uma derrota em Marselha, para a Liga Europa, Abel deixa elogios à forma como os seus jogadores interpretaram a estratégia que lhes deu, tirando ensinamentos e percebendo que "para ser melhores, têm de enfrentar os melhores". "Entrámos bem no jogo, de forma organizada, conseguimos intercetar uma bola para jogo interior – no lance do primeiro golo – e a partir daí ficou tudo muito mais fácil. Respeitámos o adversário e do primeiro ao último minuto fomos fiéis à estratégia de jogo ", declarou. Quanto à segunda mão da Liga Europa e ao novo confronto com os franceses do Marselha, o treinador bracarense promete lutar "até ao último segundo" para vencer a eliminatória. "Na minha vida, não gosto de perder duas vezes. Independentemente do adversário, seja amador ou o Barcelona, é preciso ter coragem e tê-los no devido sítio para o enfrentar", declarou.

O JOGO

JotaCC

Wilson Eduardo
"Estamos de parabéns"

Wilson Eduardo não escondeu a alegria após a histórica goleada no Afonso Henriques. "Sabíamos que seria um jogo complicado depois do resultado menos favorável de 5ª feira [0-3 com o Marselha]. Tínhamos de dar a volta no dérbi. O público foi fantástico, esta vitória é para eles. Trabalhámos imenso para conseguirmos tão bom resultado. Estamos de parabéns!", sublinhou o autor do quarto golo dos arsenalistas, solicitando ajuda aos adeptos para o duelo da Liga Europa: "Como o míster diz, aprendemos com as derrotas! Pedimos aos adeptos que não desistam, contamos com eles na 5ª feira. Não vamos desistir!" Entretanto, Danilo não jogou, devido a gripe. Já Dyego Sousa foi substituído depois de ter feito o 0-1, aparentemente com queixas nos adutores. Será reavaliado no regresso aos trabalhos.


Pediu para que 'olés' parassem

A goleada em casa do maior rival levou os adeptos do Sp. Braga a um clima de euforia. De tal forma que, ainda a goleada não ia a meio, já os simpatizantes dos arsenalistas gritavam 'olés'. Essa atitude, no entanto, não foi bem aceite nem por parte dos responsáveis do próprio clube. Num gesto de grande fair play, foi Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, a pedir aos seus adeptos para pararem.


Tiros antes do dérbi

A PSP teve de disparar mais de uma dezena de tiros para colocar termo aos confrontos físicos entre adeptos antes do dérbi. Mais de cinco dezenas de adeptos dos bracarenses, que viajaram para a Cidade Berço fora da caixa de segurança, provocaram desacatos junto de duas esplanadas nas imediações do estádio. As cenas de pancadaria obrigaram a uma pronta intervenção da PSP, que acabou por reter os bracarenses na esquadra, impedindo-os de assistir ao encontro. Do incidente resultaram oito feridos, sendo que apenas dois chegaram a ser transportados para o hospital.

RECORD

JotaCC

Chapa 5 no Minho

O Sporting de Braga conseguiu ontem a maior goleada de sempre no terreno do Vitória de Guimarães em jogos da primeira divisão, ao vencer por 5-0, na 23.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
No Estádio D. Afonso Henriques, Dyego Sousa inaugurou o marcador (13 minutos), Hassan ampliou de grande penalidade (34), num lance de que resultou a expulsão do vimaranense Wakaso, e Vukcevic fixou o resultado ao intervalo (44). No segundo tempo, Wilson Eduardo (49) e Ricardo Esgaio (61) completaram a goleada.
Com este triunfo, o Braga consolida o quarto lugar, com 49 pontos, mais 13 do que o Rio Ave, enquanto o Vitória de Guimarães encaixou a segunda derrota seguida e está no nono lugar, com 29.

DN MADEIRA

JotaCC

Goleada histórica do Sp. Braga no terreno do grande rival
A equipa de Abel Ferreira foi a Guimarães vencer por uma diferença como há 61 anos não se via. Fora do estádio houve confrontos

Dizer que uma equipa jogou sozinha é uma metáfora para o quão pouco o adversário dessa equipa fez. Se essa equipa tivesse realmente estado sozinha em campo, não teria havido jogo, como é evidente. Ontem, em Guimarães, houve jogo. Mas o Sp. Braga jogou sozinho. No derby do Minho, a equipa de Abel Ferreira teve uma noite perfeita e venceu com goleada: 0-5, um resultado como há 61 anos não se via — os dois emblemas estavam então na II Divisão.
Com o ambiente inflamado antes do jogo (foi necessária a intervenção da polícia devido aos confrontos entre adeptos dos quais resultaram vários feridos), o Vitória de Guimarães entrou em campo decidido a vingar a derrota sofrida em Braga, na primeira volta do campeonato (2-1), e nos minutos iniciais a equipa de Pedro Martins foi muito pressionante. Só um grande corte de Marcelo Goiano impediu que o remate de Sturgeon ameaçasse a baliza de Matheus aos 7'. Mas foi escasso o trabalho que o guarda-redes do Sp. Braga, que cumpriu o 100.º jogo pelo clube, teve depois disso.
A partida tomou um sentido único a partir daí, com os golos a sucederem-se na baliza vimaranense. Dyego Sousa inaugurou o marcador após um desarme de Vukcevic, que roubou a bola a Rafael Miranda e lançou a corrida do avançado. Dyego Sousa acelerou e, perante Douglas, fez o 0-1. O brasileiro sairia lesionado na sequência deste lance, mas isso não mudou um milímetro na atitude da equipa de Abel Ferreira.
Wilson Eduardo teve o 0-2 nos pés após bom passe de Jefferson, mas isolado perante o guarda-redes errou o alvo. Porém, seria ele a proporcionar o segundo golo a Hassan: foi derrubado por Wakaso, num lance que começou fora da área mas levou Bruno Paixão a assinalar penálti, após consulta ao videoárbitro. O egípcio não perdoou, e a expulsão do ganês deitou por terra qualquer reacção que o V. Guimarães pudesse vir a ter. A equipa de Pedro Martins terminou a primeira parte sem qualquer remate enquadrado com a baliza adversária, e ainda viu Vukcevic fazer o 0-3 antes do intervalo, num remate à entrada da área que desviou em Pedro Henrique.
O segundo tempo abriu com mais um golo do Sp. Braga, num remate portentoso de Wilson Eduardo sem hipóteses para Douglas. E as contas da noite ficaram fechadas por intermédio de Ricardo Esgaio, que só teve de encostar após o passe de Hassan no lado esquerdo.
A goleada deixa o V. Guimarães com 43 golos sofridos, o que faz da equipa de Pedro Martins a pior defesa do campeonato. E, talvez mais humilhante do que isso, com 29 pontos, a 20 do grande rival na classificação.

PUBLICO

JotaCC

BRAGA VEIO PARA FICAR

O Braga provou que já consegue intrometer-se entre os grandes ao ser terceiro nos dois géneros, quando há um ano só fora ao pódio nos homens. Ontem, atirou de novo o Vidigalense para quarto em masculinos, enquanto no feminino foi o Benfica a ficar de fora, pois o Vidigalense foi segundo e as minhotas terceiras. O Benfica não falhava o pódio desde 2011.

O JOGO

JotaCC

Oito feridos, uma goleada e um treinador demitido
Desacatos entre adeptos antes do triunfo mais gordo de sempre dos bracarenses em casa do rival. Pedro Martins deixa o V. Guimarães

O Sp. Braga foi ontem ao Estádio D. Afonso Henriques golear o vizinho V. Guimarães por 5-0, naquela que foi a vitória mais gorda de sempre que os bracarenses alcançaram em casa dos vimaranenses em jogos a contar para o campeonato.
A ensombrar este dérbi minhoto ficaram os confrontos entre adeptos dos dois clubes ainda antes do apito inicial do árbitro Bruno Paixão, dos quais resultaram oito feridos. De acordo com a agência Lusa, a PSP de Guimarães intercetou 52 pessoas, todas elas adeptas bracarenses, que estiveram envolvidas nos desacatos. Segundo o comissário João Pinheiro, foram todos transportados para a esquadra onde estiveram sujeitos a "identificação e processos de averiguação", que podem mesmo dar origem a detenções.
Ainda segundo o mesmo responsável policial, os desacatos tiveram início cerca das 18.30, quando cerca de cem adeptos sem adereços mas com cânticos de apoio ao Sp. Braga surgiu junto do edifício dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, uma zona onde não era suposto estarem.
Esse grupo cruzou-se com adeptos do V. Guimarães que estavam num café próximo do local onde, segundo João Pinheiro, os confrontos tiveram lugar, com "arremesso de cadeiras" que causou danos no mobiliário do estabelecimento. Estes incidentes terminaram com a intervenção das forças da PSP, que tiveram mesmo de recorrer a tiros de shotgun.
De acordo com uma fonte dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, citada pela Lusa, dois dos feridos foram transportados para o Hospital da Senhora da Oliveira, enquanto outros três ficaram a ser tratados nas instalações dos bombeiros. Pedro Martins deixa o Vitória Foi já com a confusão no exterior do Estádio D. Afonso Henriques dominada que Bruno Paixão deu início a mais um dérbi minhoto, que terminou com um resultado anormal para aquilo que tem sido o equilíbrio nos jogos entre as duas equipas. Foi logo aos 13 minutos que o Sp. Braga abriu o marcador através de Dyego Sousa, que na sequência dos festejos se lesionou e acabou por ser substituído.
Só que à meia hora um derrube de Wakaso a Wilson Eduardo dentro da área desequilibrou a partida, uma vez que o médio vimaranense foi expulso e Ahmed Hassan transformou o penálti. Em cima do intervalo, foi Vukcevic a aumentar para 3-0. O resultado avolumou-se depois com mais dois golos marcados por Wilson Eduardo (49') e Ricardo Esgaio (61').
O final da partida originou uma autêntica revolução no Vitória de Guimarães, com o presidente Júlio Mendes à ir à sala de imprensa queixar-se da atuação do árbitro no lance que deu origem ao penálti e expulsão de Wakaso, mas também informar que Pedro Martins deixava de ser o treinador do clube, isto depois de o técnico ter assumido "todas as responsabilidades" pela derrota.
Outra das vítimas desta goleada foi o avançado Junior Tallo, que por causa de um gesto obsceno na direção dos adeptos vimaranenses, quando foi substituído, irá ser alvo de um processo disciplinar.

DN

Bruno3429

V. Guimarães-Sp. Braga, 0-5 (crónica)
Guerreiros letais aplicam goleada histórica ao rival
Bruno José Ferreira
   
Goleada bracarense em pleno D. Afonso Henriques. No dérbi que põe o Minho a fervilhar, a equipa de Abel Ferreira teve uma noite de sonho e conseguiu o resultado mais desnivelado de sempre dos bracarenses em Guimarães em jogos da Liga (0-5). Cinco golos sem resposta, tentos para todos os gostos e um Sp. Braga com um sorriso rasgado em casa do rival.

Os bracarenses apresentaram-se em Guimarães com dezassete pontos de vantagem, esta noite ampliaram essa diferença para duas dezenas. Um dado que, à semelhança do resultado, expõe a diferença atual entre as duas equipas. Para lá da rivalidade, o conjunto de Abel cimentou ainda mais o quarto lugar, aumentando os pontos para o Rio Ave. Noite de sonho para o Sp. Braga, pesadelo para o V. Guimarães.

As dores de cabeça de Pedro Martins começaram ainda antes do encontro. Raphinha lesionou-se e não foi a jogo, deixando o V. Guimarães órfão da sua principal unidade. Para além do extremo, também Konan não foi a jogo, igualmente devido a problemas físicos. No lado bracarense, depois da derrota em Marselha, Abel Ferreira fez a habitual rotação da equipa, alterando seis elementos.

Três de vantagem e mais um elemento em campo

Dificilmente o técnico bracarense poderia imaginar a tranquilidade com que se deparou na Cidade Berço. Em apenas quarenta e cinco minutos o Sp. Braga marcou três ao eterno rival e foi para o descanso com mais um elemento em campo. Aproveitamento máximo dos bracarenses, passando ao lado da rivalidade e respondendo com eficácia.
O triunfo começou a construir-se com um erro de Rafael Miranda, que perdeu o esférico em zona proibida e permitiu a Dyego Sousa encaminhar-se para a baliza deforma rapidíssima, batendo Douglas sem mácula ao minuto treze. Com o futebol incaracterístico, a muita crença do Vitória não serviu para contrariar a superioridade do Sp. Braga, que fez o segundo ao minuto 34.

Falta de Wakaso sobre Wilson Eduardo junto à quina da área, o extremo cai no interior da área e Bruno Paixão foi perentório a apontar para a marca dos onze metros, expulsando o médio do Vitória. Hassan, lançado entretanto para substituir Dyego Sousa, ampliou a vantagem e simplificou ainda mais a tarefa arsenalista. Lance muito contestado pelos vimaranenses, que acabou por ter um peso decisivo para o desfecho do jogo.

A um minuto do intervalo, Vukcevic carimbou o terceiro com um remate feliz que ainda embateu num adversário antes de parar no fundo das redes. Para além da intensidade, dos muitos duelos travados de forma musculada e da efervescência do jogo, sobrou um Sp. Braga letal e com aproveitamento quase máximo das oportunidades que criou.

Parou nos cinco de forma histórica

A resposta do V. Guimarães adivinhava-se como difícil. Animicamente a equipa sucumbiu, a desvantagem numérica era um forte entrave e o desnivelamento do resultado dava pouco espaço para grandes ousadias.
Se é que ainda havia alguma espécie de esperança Wilson Eduardo tratou de enviar o pesadelo vimaranense ainda mais para as profundezas. Remate cheio de classe com o pé direito na ressaca de um corte de Vigário. Tudo saiu bem aos arsenalistas e logo nos instantes iniciais da segunda parte o resultado assumiu contornos ainda mais humilhantes para a turma de Pedro Martins.

O resultado continuou a volumar-se e Esgaio fechou a contagem a passe de Hassan. Tudo simples no sonho bracarense, que parou nos cinco mas até podia ter sido ampliado. Letal e cínico o Sp. Braga atirou para trás das costas a derrota em Marselha com resultado saboroso. Porventura, um dos mais saborosos da sua história.
O comboio europeu apresenta-se cada vez mais como uma miragem para um V. Guimarães que depois de perder no Bessa, frente ao Boavista, outro rival, foi humilhado em casa pelo Sp. Braga. O jogo terminou com lenços brancos para Pedro Martins.

V. Guimarães-Sp. Braga, 0-5 (destaques)
Wilson Eduardo com velocidade e talento
Bruno José Ferreira

FIGURA: Wilson Eduardo

Assinou o golo da noite. Remate de fora da área, de primeira, a entrar no ângulo superior esquerdo da baliza de Douglas. Talento do extremo de 27 anos a apontar o terceiro golo da época. Antes disso já tinha cavado a grande penalidade que deu o segundo à turma de Abel Ferreira. Desequilibrou com a sua velocidade e fez a diferença com talento.

MENÇÃO HONROSA: Hassan

Entrou aos vinte minutos devido à lesão de Dyego Sousa e ainda foi a tempo de deixar a sua marca. Marcou o segundo dos bracarenses de grande penalidade e fez a assistência para Esgaio fazer o quinto arsenalista.

MOMENTO: grande penalidade e expulsão de Wakaso (34m)

Lance entre Wakaso e Wilson Eduardo a terminar com Bruno Paixão a apontar para a marca dos onze metros. O médio do V. Guimarães travou o extremo do Sp. Braga, fica a dúvida quanto ao local da falta e também quanto à expulsão do médio, uma vez que aconteceu em zona lateral. Hassan fez o segundo e deu luz verde à goleada bracarense.

OUTROS DESTAQUES
Vukcevic

Estreia a marcar esta época. Exibição discreta, mas preponderante a manter o equilíbrio da equipa quando o evoluir do resultado. Jogou sempre com o mesmo ritmo, tranquilo e sem se desviar das suas tarefas.

João Aurélio
Lutou sempre, não se deu por rendido e mesmo com pouco a fazer tentou remar contra a maré e lutar pela honra. No início da segunda parte assinou uma jogada de perigo ao chegar à área bracarense depois de ultrapassar vários adversários.

André Horta
Não foi um dos cinco que marcou, mas rubricou uma exibição de classe na distribuição de jogo. Fez várias aberturas milimétricas, essencialmente para Jefferson aparecer em posição privilegiada no lado esquerdo.

Abel Ferreira: «Foi um jogo em que tudo nos correu bem»
V. Guimarães-Sp. Braga, 0-5 (reportagem)
Bruno José Ferreira

Declarações de Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, depois da goleada histórica (0-5) sobre o rival V. Guimarães:

«Senti que tinha de acreditar naquilo que se faz e mostrar aos jogadores que o caminho é este e que pelo caminho teremos pedras. Depois do jogo [Marselha] disse que olhámos para a derrota de forma séria. Mastigámos a derrota e já disse várias vezes que os jogadores são jovens, o treinador também e querem crescer a cada jogo e a cada treino. Entrámos bem no jogo, de forma organizada. Conseguimos intercetar o jogo interior e ficou tudo mais fácil. Fomos muito sérios, respeitámos muito o adversário e fomos fieis ao plano de jogo. Na minha opinião fomos uns justos vencedores».

[Dimensão da vitória] «Tenho de ser sincero, verdadeiro e frontal: vale três pontos. Cada vitória é boa para os adeptos, mas acresce-nos a responsabilidade, traz-nos mais exigência e mais foco. O difícil não é ganhar, é ganhar constantemente, aprender constantemente e ser capaz de olhar para os momentos menos bons percebendo que o caminho é este. Esta vitória vale continuar a lutar pelos nossos objetivos, vale a valorização dos jogadores, do clube e do espetáculo, foi a isso que me comprometi».

[Rivalidade] «Não sei qual vai ser o resultado, não o controlo. Portanto, o que lhes pedi é o que peço em todos os jogos. A minha missão enquanto treinador é analisar o adversário de forma a tirar a melhor estratégia. Hoje foi um jogo, não diria perfeito, mas foi um dos jogos em que nos correu tudo bem. A estratégia era esta, o plano era este. Respeitámos o adversário do primeiro ao último segundo. Não acontecem resultados destes todos os dias, mas para nós vale exatamente isto. Dissemos aos adeptos que nos foram visitar que tudo iriamos fazer para vencer este jogo. Esta vitória é também para os adeptos, que nos apoiou mesmo após uma derrota. Dentro da rivalidade os adeptos souberam-se comportar, como já disse anteriormente é mais o que os une do que os separa».

[Marselha] «Na minha vida só gosto de perder uma vez, não gosto de perder duas. Não quero perder a identidade. Seja uma equipa amadora ou o Barcelona quero é não perder a nossa identidade. Até podemos perder, mas não quero perder a identidade. Daremos o melhor de nós e lutaremos pela eliminatória até ao último segundo».

Maisfutebol

Bruno3429

Gverreiros goleiam Vitória SC no D. Afonso Henriques

No jogo grande da 23ª jornada da Liga Nos, o SC Braga brindou o seu público com uma goleada no dérbi minhoto. A formação liderada por Abel Ferreira espalhou perfume no Estádio D. Afonso Henriques e venceu de forma categórica o Vitória SC por 0-5.

O encontro começou com extremo equilíbrio, com as duas equipas a conhecerem-se muito bem. A primeira oportunidade da partida pertenceu à formação vimaranense. Aos 7', Sturgeon, após uma boa incursão pela esquerda, colocou a bola a passar muito perto do poste da baliza defendida por Matheus. Cinco minutos depois, Vukcevic, depois de uma enorme recuperação de bola, serviu Dyego Sousa que fez as delícias dos adeptos do SC Braga com uma finalização notável, abrindo o marcador. O SC Braga não se remeteu a defender e foi à procura do segundo golo. À passagem do minuto 24', Wilson Eduardo teve nos pés a oportunidade de aumentar a vantagem, mas na cara de Douglas atirou uns centímetros acima da trave. A vontade do conjunto arsenalista era tanta que o segundo golo tinha mesmo de acabar por existir. Aos 29', Wakaso fez falta sobre Wilson Eduardo dentro da grande área e Bruno Paixão apontou para a marca da grande penalidade e expulsou o atleta do Vitória SC. Na conversão, Hassan, com classe, não desperdiçou e provocou nova explosão de alegria dos vermelhos e brancos no Estádio D. Afonso Henriques. Os Gverreiros contra 10 unidades não relaxaram e dominaram ainda mais o encontro. A um minuto dos 45, Vukcevic atirou forte à entrada da área para culminar uma primeira parte de luxo da formação liderada por Abel Ferreira e colocar o placar em três bolas a zero.

O segundo tempo não poderia ter começado melhor para os Gverreiros do Minho. Aos 48', Wilson Eduardo disparou uma bomba para o fundo das redes – um golo que ficará, certamente, na história do clube arsenalista. O SC Braga não abrandou e continuou a carregar. À passagem da hora de jogo, Hassan, após romper a linha defensiva do Vitória SC, ofereceu o golo a Ricardo Esgaio que encostou o esférico para a mão cheia de golos do conjunto bracarense. O Vitória SC só conseguiu reagir ao minuto 68', através de Tallo que, na sequência de um pontapé de canto, cabececou perto do poste da baliza defendida por Matheus. Seis minutos depois, Xadas, com a magia que já nos habituou, driblou dois adversários do Vitória SC e colocou o esférico a sair a centímetros do poste. Até ao final da partida, o SC Braga dominou o encontro a seu belo prazer e confirmou a maior goleada de sempre na casa do rival no primeiro escalão do futebol português.

Abel Ferreira: "Tudo nos correu bem"

Abel Ferreira, após o encontro frente ao Vitória SC, mostrou-se naturalmente satisfeito com o resultado e com a prestação dos seus atletas. O técnico dos Gverreiros do Minho aproveitou para dedicar este triunfo a todos os adeptos do conjunto arsenalista pelo apoio incansável que têm prestado à sua equipa.

Análise da partida: "Somos uma equipa muito personalizada, uma verdadeira equipa no sentido da palavra. É verdade que hoje tudo nos correu bem, mas trabalhámos muito por este resultado. Tinha dito, no final do último jogo, que tínhamos de ser mais eficazes a defender e a atacar. Conseguimos fazer isso e recuperámos o nosso SC Braga. Deu-nos muito trabalho, mas correu tudo bem".

Respeitar o adversário em todos os momentos: "Ao intervalo disse aos jogadores que tínhamos de ser sérios e respeitar o adversário. É um jogo onde conquistámos apenas três pontos. Respeitamos muito este adversário e todos os outros, e a forma de fazermos isso é darmos o melhor dentro das quatro linhas. Para os adeptos é um resultado fantástico e devíamos isto a eles e a nós próprios".

Gverreiras apuram-se para os quartos de final com tranquilidade

O SC Braga apurou-se, este domingo, para os quartos de final da Taça de Portugal Allianz. As Gverreiras do Minho exibiram-se a bom nível e golearam a UR Cadima por 0-5.
Desde cedo o SC Braga jogou praticamente no meio-campo do adversário. Contudo, a formação local mostrou-se sempre muito bem colocada defensivamente, anulando as investidas da formação bracarense até aos 30 minutos. No entanto, o fator Laura veio novamente ao de cima. A ponta de lança do SC Braga confirmou o seu bom momento de forma e fez dois golos (30′ e 39′) até ao término do primeiro tempo.
Na segunda parte as Gverreiras entraram mais confiantes e mais assertivas, encontrando, por sua vez, um adversário mais desgastado. Aos 55′, Regina, de livre direto, fez o terceiro do conjunto arsenalista. 15 minutos depois, eis que nasce o golo da tarde, Ágata Filipa após uma excelente incursão pelo lado esquerdo atirou ao ângulo, criando um momento para ver e rever. O SC Braga continuou a carregar e o quinto golo já se ia esperando tendo em conta o número de oportunidades criadas. Contudo, o mesmo só viria a acontecer em cima em cima do minuto 90, num lance de pura inspiração de Francisca.

SCBraga

Bruno3429

Humilhação... Inesquecível!
Texto por Luís Rocha Rodrigues

Exibição cheia de sabedoria, erros em doses extra, eficácia, história, humilhação. Este dérbi teve tudo isto e foi daqueles que fica para ser contado por muitas décadas. Em Guimarães, para nunca mais repetir. Em Braga, para lembrar até à exaustão, sobretudo em alturas de amargura.

Muito deste 0x5 se explica pelos erros a meio-campo dos vimaranenses, que até foram a equipa que entrou melhor no jogo, mas que se revelou muito mais vulnerável. Experientes, os bracarenses precisaram de muita concentração, de talento natural e de... bem, e de mais nada.

Após uma entrada forte de um conjunto que não tem tido época feliz, mas que olhava para este jogo como uma boa hipótese de dar algum brilho a 2017/2018, o conjunto arsenalista teve que se encolher no campo. Nada a que a equipa de Abel não esteja habituada e que rejeite.

Baixou as linhas e esperou o momento certo para atuar. A primeira vez foi ao minuto 13, quando Rafael Miranda perdeu uma bola no círculo central e Dyego Sousa foi lançado para a baliza, onde acertou. O avançado festejou a coxear e teve de sair logo depois, visto ter tido consequências musculares, mas nem por isso a equipa alterou a postura.

Wilson Eduardo também teve a sua hipótese, desperdiçou, só que o jogo estava destinado a ter brindes vitorianos e Wakaso, num verdadeiro desastre, deu o maior: deixou Wilson tirar-lhe a bola e seguir para a área e travou-o em falta. Bruno Paixão assinalou penálti, deu vermelho e Hassan fez o segundo.

Se esperanças pudessem existir, essas acabaram num pontapé de Vukcevic que teve a sorte de desviar num adversário. Ainda não tinha sido intervalo e o encontro já tinha vencedor. Ainda não tinha havido descanso e já se viam lenços brancos vindos de uma bancada atónita com o que estava a acontecer.

Lento avolumar

No segundo tempo, antes que os de Pedro Martins tentassem limpar a imagem, Wilson Eduardo fez mais uma obra de arte no quadro que estava a ser pintado no D. Afonso Henriques.

Eufóricos na bancada, os cerca de dois mil arsenalistas foram fazendo uma festa que, na totalidade, fez esquecer a má exibição de Marselha e que chegou, com toda a naturalidade, ao quinto golo: Esgaio também o merecia.

Deu para ver os vimaranenses estrearem Welthon, deu para os arsenalistas desperdiçarem uma série de oportunidades de chegar à meia dúzia. E deu para ver como um dérbi mexe tanto com a paixão dos adeptos.

Destaques do jogo de Guimarães
Excesso de velocidade de Wilson e miolo sóbrio deram multa pesada ao Vitória
Texto por Redação

A brilhar

Avançado
27 anos
Wilson Eduardo

Sempre em velocidade de cruzeiro até gastar o depósito
A lesão já faz parte do passado e que melhor exemplo para ilustrar o seu crescimento exibicional do que estes 73 minutos no D. Afonso Henriques. A sua velocidade desmanchou por completo o setor central do Vitória: desde os médios aos defesas, ninguém teve pernas para acompanhar o avançado português (e Wakaso que o diga), que coroou as suas ações ofensivas de desequilíbrio com um golaço aos 49 minutos.

Médio
26 anos
Nikola Vukcevic

Desmascarou todas as intenções do adversário
Já não é novidade, mas Vukcevic quando está em dia 'sim' faz isto: subido no terreno, a recuperar bolas e a pressionar as saídas dos seus oponentes. O médio varreu toda a zona central, deixando o seu companheiro de setor liberto para construir jogo. Ainda fez o gosto ao pé, num remate. com alguma sorte à mistura, à entrada da área do Vitória, a passe de Ricardo Esgaio.

Médio
21 anos
André Horta

Cultivou um bom futebol na sua Horta
'Com as costas quentes' e seguras por Nikola Vukcevic, André Horta teve espaço e liberdade para pegar no jogo dos bracarenses a seu bel-prazer. À frente, à esquerda, à direita, o médio, que esteve nas coagitações do Los Angeles FC, colocou a bola redonda nos pés dos seus colegas e foi o principal dinamizador do jogo e das transições ofensivas dos guerreiros.

Avançado
24 anos
Ricardo Esgaio

Esgueirou-se pelo lado direito e ainda participou na festa
Uma assistência e um golo. Com a chegada de Diogo Figueiras e também com Marcelo Goiano, Esgaio regressou à sua posição de origem e o seu rendimento manteve-se (ou aumentou). Ataques meticulosos, a jogar pela certa e cruzamentos perigosos fizeram parte do menu que Esgaio serviu ao Vitória. Assistiu Vukcevic e, no segundo tempo, correspondeu da melhor forma um cruzamento de Hassan. Mais uma boa exibição para juntar a tantas outras que já fez esta época.

No bolso

Médio
26 anos
Alhassan Wakaso

Castelo começou a ruir por aqui...
O que dizer da exibição de Wakaso? Incapaz de acompanhar Wilson Eduardo e de ser o primeiro tampão do meio campo, viu a equipa sofrer um golo logo aos 12 minutos, após uma perda de bola de Rafael Miranda. Antes da meia hora de jogo, acabou por cometer uma falta sobre o avançado do Braga, que o árbitro puniu com expulsão e penálti. No decorrer do lance, a equipa de Pedro Martins sofreu o 0x2 e começou o descalabro...

Avançado
25 anos
Junior Tallo

O maior reflexo de um Vitória desnorteado
Pedro Martins manteve a aposta no avançado marfinense, mas, à semelhança dos seus colegas, esteve bastante desinspirado. Acumulou más ações, bastantes perdas de bola e remates sem perigo para a baliza de Matheus. Esteve envolvido num lance 'quentinho' com André Horta, que lhe ia custando a expulsão, desentendeu-se com alguns adeptos e, como anunciou o presidente na confrência de imprensa no pós-jogo, vai ser alvo de um processo disciplinar. De cabeça totalmente perdida...

Abel: «Recuperámos a nossa identidade, recuperámos o nosso Braga»
Texto por Redação

Melhor resposta era impossível. O Sporting de Braga, depois da derrota para a Liga Europa, regressou aos triunfos ao golear o seu principal rival, o Vitória. Abel, no final da partida, demonstrou toda a sua satisfação pelo resultado e pela exibição da sua equipa, deixando vários elogios aos seus jogadores e uma mensagem de confiança no grupo.

«Para nós são apenas três pontos. Quero dizer que respeitamos muito o adversário, fomos muito sérios, trabalhámos muito para conseguir este resultado. Entendo que para os nossos adeptos é fantástico, devíamos isto a eles. A nossa equipa, em termos de campeonato, tem mantido uma identidade muito forte, é uma verdadeira equipa no sentido da palavra. Isso prova-se pelas constantes alterações que vou fazendo, pela estratégia de analisar o adversário e criar a fórmula para cada jogo. Isso viu-se na equipa, prova de que acredito em todos, prova de que contamos com todos. Foi um jogo difícil, hoje tudo nos correu bem, mas trabalhámos muito para conseguir este resultado, respeitando muito o nosso adversário», contou, em declarações à SportTv.

Os adeptos bracarenses tiveram um período em que cantaram «olés». Abel explicou porque pediu para os seus adeptos pararem os cânticos e apelou ao respeito aos adversários.

«Nós temos de respeitar o adversário dando o melhor dentro das quatro linhas. De fora esperamos este apoio, é assim que eu vejo o espetáculo. Não é nada de novo que a minha função enquanto treinador é valorizar este espetáculo. A forma de respeitar todos os adversários é dar o melhor dentro das quatro linhas. Os mais importantes somos nós e quanto mais nos desgastarmos com os nossos rivais, menos focados estamos na nossa tarefa. Esta vitória é para a nossa massa associativa, mas para nós também, deu-nos muito trabalho», respondeu.

O treinador dos bracarenses relembrou o jogo com o Marselha e espera um Braga igual, na segunda-mão da eliminatória.

«Eu tinha dito que precisávamos de ser eficazes e competentes, quer a atacar quer a defender. Recuperámos a nossa identidade, recuperámos o nosso Braga, focamo-nos nas nossas tarefas. As missões estavam muito bem definidas e tenho de reconhecer, deu-nos muito trabalho e foi um jogo que nos correu muito bem. E é isso que espero na quinta-feira, que o jogo nos corra tão bem como este», atirou.

Zerozero

Bruno3429

A Chave

Pressão do Braga na zona intermédia ao longo da primeira parte, o que forçou o erro do adversário e permitiu inúmeras oportunidades, num jogo que aí se decidiu.

O Árbitro

Jogo de extrema dificuldade e no qual a equipa de arbitragem passou um mau bocado, nem sempre tendo decidido bem. Benefício da dúvida para a opção do penálti em vez de livre direto no lance de Wakaso (Wilson acabou de sofrer a falta dentro da área), mas pareceu exagerada a cor do cartão ao médio vimaranense. Bem ao retirar o vermelho a Tallo.

O Melhor

Experiência bracarense
Sem precisar de jogar de forma a encher o olho, e mesmo tendo maior desgaste, a turma de Abel soube perfeitamente o que fazer. É verdade que também teve alguma felicidade (veja-se o terceiro golo), mas podia, no fim das contas, ter conseguido uma goleada ainda mais histórica.

O Pior

Zona medular vimaranense
Wakaso colecionou disparates até ser expulso, Rafae Miranda foi o primeiro a errar de forma fatal, Mattheus voltou a não ter a capacidade para pegar na batuta (talvez um pouco por culpa dos seus colegas). Em suma, mais um jogo onde, se não fossem as bolas paradas, os vimaranenses quase não criavam perigo.

Zerozero

Bruno3429

Bragão cínico assina filme de terror no Castelo
Redação Bancada 

Goleada histórica dos bracarenses em Guimarães diante um Vitória SC que colapsou depois do 2-0
Ninguém diria após a entrada muito forte do Vitória na partida, sempre a jogar no meio-campo adversário em busca do golo, que iria acontecer uma goleada histórica no D. Afonso Henriques favorável ao SC Braga. Mas foi isso mesmo que aconteceu. Um filme de terror no Castelo assinado por um Bragão cínico e tremendamente eficaz a construir uma goleada de sonho no dérbi do Minho. A equipa de Abel Ferreira, de uma eficácia tremenda, marcou cinco golos sem resposta, com o Vitória reduzido a 10 desde o minuto 31, com a expulsão de Wakaso, e recuperou a confiança abalada com a derrota em Marselha à conta do velho rival que teve uma noite para esquecer, tantos foram os erros defensivos que cometeu num só jogo. Depois do que aconteceu nesta noite de pesadelo, não vai ser fácil a Pedro Martins recuperar as tropas.

Desde que se viu a perder, com um erro infantil de Rafael Miranda a deixar-se antecipar por Vukcevic, e depois de ter ficado reduzido a dez jogadores, que levou ao 2-0, o Vitória SC nunca mais conseguiu reagir e acabou mesmo colapsar ante um SC Braga que esteve numa noite em que tudo lhe saíu bem. Mas não foi só isso. Foram também os erros defensivos da equipa de Pedro Martins, que nunca se deu bem com os lançamentos para as costas dos defesas. Um SC Braga manhoso foi aquele que surgiu no Castelo. Aceitou o domínio do adversário, deixou-lhe ter a bola, mas através de uma boa pressão a meio-campo, com Vukcevic e André Horta em bom plano, recuperava rapidamente a bola e lançava perigosos lançamentos a servir Wilson Eduardo e Dyego Sousa.

A ganhar por 3-0 ao intervalo, o SC Braga tinha o jogo controlado, e ainda por cima a jogar em superioridade numérica dominou por completo as operações no segundo tempo onde marcou mais dois golos, e outros mais podia ter feito, tal foi o apagamento dos vitorianos no segundo tempo. O 4-0, da autoria de Wilson Eduardo, foi o melhor de todos. Após mais um erro individual, desta vez de Vigário a fazer um corte incompleto, a bola sobrou para o avançado bracarense, uma das apostas de Abel Ferreira para este jogo, que rematou de primeira com classe ao ângulo da baliza de Douglas. Um golo que gelou o Castelo, cujos adeptos do Vitória SC só poderiam estar atónitos com o que se estava a passar tal era a incapacidade da equipa vitoriana reagir. E quando surgiou o quinto golo, por Esgaio, que não surpreendia face ao domínio total dos bracarenses, começaram a surgir os primeiros lenços brancos.
Os números da segunda parte são assustadores para o Vitória SC, e reveladores da diferença entre as duas equipas. O SC Braga teve 82 por cento de posse de bola contra apenas 18 por cento dos vimaranenses que não tiveram nenhum remate enquadrado à baliza de Matheus durante todo o jogo.

O SC Braga reagiu assim da melhor maneira à derrota em Marselha, a mais pesada sofrida esta época, e recuperou a confiança logo num dérbi do Minho. Em sentido contrário, o Vitória de Guimarães sai deste jogo com o espírito abalado não só pela copiosa goleada que sofreu como, sobretudo, pela forma como sucumbiu após o 2-0. Um colapso coletivo que o SC Braga aproveitou para construir um resultado histórico, o mais desnivelado de sempre dos bracarenses em Guimarães em jogos da Liga.

Bancada.pt

rpo.castro

Autocarro com adeptos do Braga apedrejado
Depois dos confrontos antes do jogo em Guimarães, o final do dérbi também não foi pacífico.

Um autocarro que transportou adeptos do Braga até Guimarães, para assistirem ao dérbi do Minho foi apedrejado depois do jogo, quando fazia a viagem de regresso a Braga.

O incidente aconteceu perto da rotunda de Silvares, mas não causou feridos entre os ocupantes da viatura.

Recorde-se que antes do jogo também aconteceram incidentes entre adeptos dos dois clubes, que provocaram oito feridos e levaram a detenções da polícia.

JN
Quem não sente não é filho de boa gente.