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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 12/11

Started by JotaCC, 12 de November de 2017, 13:06

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JotaCC

Sequeira tenta regressar em Vila do Conde

Entre o quarteto de jogadores que tem estado lesionado, Nuno Sequeira é o que tem mais hipóteses de regressar à competição no próximo sábado (20. 30 horas, Sport TV), em Vila do Conde, no jogo frente ao Rio Ave, da quarta eliminatória da Taça de Portugal.
O defesa esquerdo, de 27 anos, já trabalha no relvado e tem acelerado a recuperação, após se ter lesionado num joelho, a 28 de setembro, na receção aos turcos do Basaksehir, em desafio da Liga Europa.
Sequeira, recorde-se, magoou-se quando tinha ultrapassado Jefferson na luta pela titularidade, sendo, entre os quatro jogadores que estão indisponíveis por lesão, o que está há menos tempo sem competir (um mês e meio).
A necessidade de fazer a gestão do plantel quando se aproxima novo ciclo exigente para os bracarenses poderá abrir a porta da titularidade a Sequeira, em Vila do Conde. Já Wilson Eduardo e Marafona, que também estão na fase final de recuperação de lesões, a possibilidade de regresso imediato é menos provável, até porque o encontro com o Rio Ave não se antevê fácil para os minhotos. Por isso, Abel Ferreira não deverá fazer muitas alterações no onze inicial, em comparação com o último jogo (empate, a dois golos, no reduto do Sporting).
De resto, Wilson Eduardo está sem competir há mais de três meses e a inatividade de Marafona vai para meio ano. Fora de cogitação continua Rosic, que ainda nem sequer treina na relva.
De folga neste fim de semana, o Braga retoma amanhã os treinos.

JN

JotaCC

#1
TURCOS E ITALIANOS SEGUEM PAULINHO
Avançado já despertou atenções no estrangeiro. Está blindado por uma cláusula de 20 milhões de euros

Oriundo da II Liga, o jogador de Barcelos conquistou rapidamente Abel Ferreira, tornando-se numa das atrações dos arsenalistas. Antes de rumar a Braga, era cobiçado pelo Levski Sofia


Paulinho, 25 anos, marcou cinco golos esta temporada e só lhe falta marcar na Taça de Portugal

Incansável, dono de um pé esquerdo acima da média e voluntarioso no jogo aéreo, Paulinho começa a conquistar admiradores no estrangeiro. O avançado tem características especiais e a projeção do Braga abriu-lhe os horizontes – uma situação que não se verificava há um ano, quando ainda representava o Gil Vicente na II Liga –, sendo nesta altura regularmente observado por clubes turcos e italianos. Em nome de uma época proveitosa, a SAD do Braga descarta, porém, negociá-lo em janeiro, na reabertura do mercado de transferências, depois de ter vendido Rui Fonte aos ingleses do Fulham ainda no verão, por nove milhões de euros. A sociedade desportiva não quer ouvir falar sequer em propostas e, caso alguma avance, apontará de imediato para os 20 milhões de euros que constituem o valor da cláusula de rescisão.
Atual segundo melhor marcador dos arsenalistas, com cinco golos em 20 partidas, o ponta de lança português de 25 anos estreou-se como titular frente ao Hafnarfjordur, na primeira mão do play-off de apuramento da Liga Europa, logo após a saída de Rui Fonte, e depressa mostrou serviço, abrindo alas (com um tiro certeiro) para um precioso triunfo na Islândia. A partir daí, passou a ser aposta frequente de Abel Ferreira, que sempre viu nele potencial para vingar ao mais alto nível. Quando o Braga avançou para a contratação, o antigo jogador do Santa Maria, o mesmo clube que lançou Hugo Vieira (Yokohama Marinos) e Nélson Oliveira (Norwich City), estudava uma proposta do Levski Sofia (Bulgária).


Egípcio
Mundial é "presente de Deus" para Hassan

Hassan volta hoje a entrar em ação pela seleção do Egito contra o Gana. Os egípcios já estão apurados para o Mundial da Rússia e, em declarações ao "King Fut", o avançado do Braga manifestou-se encantado. "Essa qualificação (há 28 anos que não acontecia) foi um presente de Deus", comentou. Sem marcar pela seleção desde 2015, Hassan diz que trabalha sempre para "ajudar os companheiros".


Miguel Pedro
Três grandes: causa do mal no futebol

Domínio dos três grandes não é um domínio desportivo, mas um domínio sistémico

Corria o minuto 38' do jogo Sporting CP-SC Braga de domingo passado e é assinalado uma falta contra o SC Braga por uma entrada de Danilo sobre Bruno César. A repetição televisiva mostra que o corte do jogador bracarense é limpo e que é o jogador leonino que pisa Danilo. Mesmo assim, Carlos Xistra marca o livre para Bruno Fernandes, especialista em remates, marcar. Na sequência do livre, Matheus faz uma excelente defesa, evita o golo e o meu telefone toca. É o meu pai, que me diz o seguinte: "Que ingénuos somos, ao pensarmos e termos a esperança de que vamos para estes jogos (entenda-se, os jogos contra Benfica, Porto ou Sporting) para jogar de igual para igual." Os lances polémicos ainda nem sequer tinham começado, mas o meu pai, que vê futebol há mais de 70 anos, já tinha percebido tudo: este iria ser mais um jogo daqueles em que, sempre os ditos grandes precisam, os poderes estão lá para os ajudar. O jogo foi aquilo que todos vimos e deu origem a muita "tinta" ao longo da semana. A SAD bracarense reagiu, e bem, ao colocar o cerne da questão não na arbitragem em si (isso é o que fazem os crónicos grandes), mas no facto de esta ser mais um sintoma de um problema estrutural: o domínio dos três ditos grandes não é um domínio desportivo, em sentido estrito, mas um domínio sistémico, quase corporativo: os grandes, no fundo, querem ser sempre só os três e mais nenhum. As arbitragens tendenciosas (há exceções, claro) nos jogos entre grandes e "não-grandes" são um dos aspetos deste domínio sistémico, desta espécie de "aliança tácita" entre os grandes, um sintoma de uma doença de que padece o nosso futebol. Este domínio sistémico, que se acentua cada vez mais, dos três grandes está, paralelamente, a ser o fenómeno suicidário do futebol português: não só por reduzirem a competitividade do futebol português (é ver como usualmente estão despidas as bancadas na maior parte do jogos do nosso campeonato), mas principalmente pelas suas lutas autodestrutivas (os emails, as buscas da judiciária em sedes dos clubes, etc.). Ou seja, os que são verdadeiramente beneficiados por sistema (os três grandes) são a causa última de tudo o que de mal padece o nosso futebol: descredibilização dos resultados, falta de competitividade, grande diferença de orçamentos, etc. A análise deste fenómeno profundamente "desigualitário", que é estrutural no nosso futebol, terá de ser feito em crónica posterior, pois não cabe no espaço desta. Mas ele é completamente sentido por qualquer adepto de futebol, seja do Aves, do Vitória, do SC Braga, do Setúbal, do Paços de Ferreira, ou outro. Os esforços dos poderes federativos, de quem se espera que seja um fator de reequilíbrio de forças, não têm sido frutíferos. O mecanismo do VAR, que é, em abstrato, um fator de reequilíbrio, por diminuir a eventual margem de discricionariedade no julgamento de facto do árbitro, não tem sido muito bem-sucedido (o SC Braga tem, aliás, muitas queixas do seu funcionamento). Exige-se, assim, como tem sido, aliás, o apelo da SAD bracarense, um reforço da autoridade dos poderes federativos (incluindo Liga, claro), uma posição firme para que se perceba, de uma vez por todas, qual é o papel dos "não-grandes" neste nosso futebol e se nos é permitido (e legítimo) sonhar.

O JOGO

JotaCC

TAEKWONDO JÚLIO FERREIRA COM OURO NO OPEN DA CROÁCIA

Júlio Ferreira, do Sporting de Braga, fez em Zagreb uma das suas melhores exibições, vencendo a categoria de -74 kg do Open da Croácia e somando mais dez pontos no ranking olímpico, onde tinha 165,7 e era 20.º. O atleta de Joaquim Peixoto superou um bielorrusso (24-4), dois alemães (por 22-1 e 24-3) e um espanhol (10-3). Nuno Costa, do Benfica, venceu um combate em -68 kg e foi nono, enquanto Joana Cunha, também do Braga, foi eliminada à primeira em -57 kg.


FEMININO BRASIL CONVOCA GABY

A média do Braga, Gaby, é uma das 33 convocadas por Vadão para o estágio do Brasil, de 13 a 20 deste mês. Gaby esteve oito meses sem jogar até assinar pelo clube minhoto, por isso, considera que "o trabalho no Braga" a ajudou a "evoluir" e foi "determinante". O emblema bracarense somou ontem mais uma vitória na Liga feminina, em casa do Valadares, por 4-1.

O JOGO

JotaCC

"É TRISTE O SPORTING DESCER TÃO BAIXO"
"ERA O QUE FALTAVA AGORA QUE FOSSE UM QUALQUER DIRIGENTE DE OUTRO CLUBE A DIZER-ME O QUE DEVO FAZER..."

institucional dos leões ou apenas de um ato individual?
AS - A reação do presidente do Sporting deixou bem claro que aquela era a voz do dono. Disse e repito: tenho pela instituição o máximo respeito, mas tirei as minhas conclusões sobre as pessoas que neste momento estão à frente da grande instituição que é o Sporting e a partir daqui vamos ajustar o nosso comportamento. Este é um episódio triste e lamentável na história do Sporting e do futebol português, é difícil descer-se tão baixo.
Além da queixa ao CD da FPF, pretende pedir indemnização no processo judicial que vai interpor em nome pessoal e no do Sp. Braga?
AS - O Sp. Braga vai até às últimas consequências na defesa do seu bom nome e do bom nome dos seus profissionais. É só por isto que nos batemos.
Acha que tem mesmo um comportamento diferente quando está em causa o Sporting do que sucede quando o Sp. Braga tem queixas frente a Benfica ou FC Porto?
AS - Reparem numa coisa: ao longo destes anos, já tentaram colar o Sp. Braga e o presidente do Sp. Braga a todos esses clubes. Essa é a prova maior que somos capazes de os afrontar a todos, porque não é o Sp. Braga que anda pelos bastidores a combinar guerras ou a promover alianças com este ou com aquele.
Na Luz ponderou ir à sala de imprensa após o golo anulado a Ricardo Horta esta época?
AS - Era o que faltava que agora fosse um qualquer dirigente de outro clube a dizer-me o que eu devo ou não fazer. Mas era só o que faltava. É preciso estar muito mal informado ou ser-se muito mal intencionado para sugerir que o Sp. Braga nada disse quanto ao golo anulado ao Ricardo Horta. Aliás, eu próprio voltei a referi-lo no final do jogo de Alvalade.
Comentou os lances polémicos com Bruno de Carvalho na tribunal presidencial?
AS - Nunca o faço, seja com que presidente for.
Consegue, nestes tempos revoltos, manter uma postura equidistante em relação aos três grandes?
AS – Ouçam, as tentativas de colagem vão existir sempre, para distrair e condicionar. Quem for sério percebe que o Sp. Braga defende os interesses do Sp. Braga. Se em algum momento esses interesses forem comuns, sentamo-nos e falamos seja com quem for, chame-se Benfica, Chaves, FC Porto ou Belenenses. A postura de que falam, tenho-a em relação aos ditos grandes como em relação a todos os outros clubes.
Após os negócios com o Sporting neste defeso, normalizou a relação que chegou a ser tensa com o seu homólogo leonino?
AS – As relações com o presidente do Sporting sempre foram boas, não percebo a pergunta. Entre clubes que são muitas vezes concorrentes e adversários, é normal que haja momentos em que os interesses são diferentes, mas insisto que até aqui as relações foram sempre boas, antes até dos tais negócios de que fala.


"Era bom todos terem a visão de Fernando Gomes"
"A REFLEXÃO E A ATUAÇÃO DEVEM ENVOLVER TODAS AS ENTIDADES. O GOVERNO NÃO SE PODE COLOCAR À MARGEM"

Responsabiliza diretamente os principais clubes pelo ambiente de conflito permanente no futebol português?
AS – Toda a gente sabe que é assim. Vocês, comunicação social, também o sabem. Mas se calhar até convém que seja assim. O Sp. Braga está farto da vassalagem que todas as instituições do futebol português prestam a três clubes. E por isso é hora de decidirmos se queremos competições a três com mais uns quantos figurantes ou se queremos competições a sério, que respeitem por igual todos os clubes e que não estejam inclinadas por natureza. É isto que está em causa. Quando houver coragem no futebol português, o nosso campeonato será muito melhor. Basta é de hipocrisia.
Concorda com a forma como Fernando Gomes colocou o dedo na ferida no Parlamento?
AS – Concordo. O presidente Fernando Gomes é um dirigente à frente do seu tempo. Percebe a responsabilidade do cargo que desempenha. Seria muito fácil, para ele, ficar à sombra da bananeira dos resultados das Seleções e andar a vender, entre aspas, o seu modelo de gestão a nível internacional. Mas o presidente Fernando Gomes está verdadeiramente preocupado como futebol que teremos no futuro, porque sente que, tal como estamos, não haverá futuro. Era bom que todos os dirigentes tivessem a sua coragem e a sua visão.
Pode dizer-se que a sua intervenção caiu em saco roto?
AS – Eu acredito que, daqui a uns anos, estaremos todos a dizer que o presidente Fernando Gomes teve razão antes do tempo. Se bem o conheço, não o vejo deixar cair este tema em saco roto.
Quem deve definir uma regulamentação que penalize quem entre no que qualificou como "onda de crispação"?
AS – Ninguém se pode demitir de responsabilidades. No limite, eu acho que até o Governo deve meter mão nisto. Estamos a falar de um sector de atividade que movimenta muito dinheiro e que tem uma grande força mediática. O que se tem passado causa danos ao país.
Um murro na mesa como o que deu contribui para o clima tenso ou os dirigentes estão obrigados a um voto de silêncio?
AS - Quem não estiver preparado para ser avaliado está a mais. Concordo que há demasiado ruído no futebol português, mas quem for sério sabe identificar perfeitamente a origem desse ruído e percebe que ele vem sempre dos mesmos e sempre com a intenção de favorecer os mesmos. O Sp. Braga manifestou-se porque, como eu disse, tinha de dar conta da sua apreensão e tinha de apresentar as suas questões. Infelizmente, os vários responsáveis sacudiram, como é costume, a água do capote e não tiveram a coragem de contribuir para um futebol mais transparente. Desperdiçaram uma excelente oportunidade, porque as nossas perguntas foram honestas e se as respostas também o fossem, de certeza que teriam sido dadas.
O Governo deve continuar a assistir a este estado de coisas sem ter intervenção?
AS – Como lhes disse, entendo que a reflexão e a atuação deve envolver todas as entidades. O Governo não se pode colocar à margem. Se for preciso, e eu acho que é preciso, o Governo tem de atuar.
A morte de um adepto italiano do Sporting, perto da Luz, foi devidamente entendida como um sinal de alerta?
AS - Acha que foi? Mudou alguma coisa? Quem nos garante que hoje ou amanhã não se repita e se calhar até dentro de um estádio de futebol?


"Méritos de Conceição nunca estiveram em causa"

Tendo em conta a forma como se processou a saída de Sérgio Conceição do Sp. Braga, após a derrota na final da Taça de Portugal, projetava uma evolução de sucesso como o que está a ter atualmente no FC Porto?
AS - O Sérgio Conceição é um treinador com méritos que nunca estiveram em causa. Quando apostámos nele e o trouxemos para um patamar onde ainda não tinha estado, sabíamos que podia construir uma carreira como construíram o Jorge Jesus, o Domingos Paciência, o Leonardo Jardim ou mais tarde o Paulo Fonseca. Temos o hábito de projetar grandes treinadores, o Sérgio é mais um.

RECORD

JotaCC

ANTÓNIO SALVADOR



"ACHO QUE O VAR NÃO DEVIA SER DESEMPENHADO POR ÁRBITROS NO ATIVO, MAS POR UMA ELITE DE EX-ÁRBITROS. E TEMOS MUITOS"

Passado algum tempo, já consegue encontrar uma justificação para o que se passou no relvado de Alvalade?
ANTÓNIO SALVADOR – Alguém consegue? Alguém fez esse esforço? O Sp. Braga lançou questões muito diretas, mas os responsáveis ou se calaram ou desconversaram. Desculpem, mas não é assim que o nosso futebol vai evoluir. Vocês acham aceitável, por exemplo, que todo o país veja um golo que é limpo, que quem está no VAR a ajudar o árbitro a decidir bem também veja que o golo é limpo, mas o jogo segue com 0-0? Isto admite-se em 2017? Algo falhou e falhou de forma evidente. Não acha que alguém devia dizer porque é que falhou e garantir que não vai voltar a falhar? Admite-se este silêncio?
Decidiu assumir a revolta de viva voz para proteger o grupo?
AS – Estarei sempre na linha da frente a defender o grupo, mas o grupo não precisa de ser defendido, porque toda a gente viu que merecemos vencer em Alvalade. Quem joga com a qualidade e com a garra comque nós jogamos não precisa de ser defendido.
Sente que errou ao não tomar posição sobre a nomeação de Carlos Xistra antes do jogo?
AS – Não. É uma questão de princípio. O Sp. Braga não comenta nomeações antes dos jogos. Os árbitros precisam de serenidade e tranquilidade para fazerem o seu trabalho. A nossa luta não é contra o Carlos Xistra nem contra os árbitros, disse e repito que temos bons árbitros em Portugal. Aliás, infelizmente nós temos tido arbitragens fraquíssimas na Liga Europa e o que sentimos é que a UEFA respeita e valoriza o árbitro português e é isso que lhes permite ter um rendimento superior na Europa do que têm cá dentro.
Pediu o áudio do diálogo entre Xistra e Rui Costa nos lances críticos mas acredita que, por casos anteriores, obterá algum resultado?
AS – Já se percebeu que não. A postura do Conselho de Arbitragem é de quero, posso e mando, por isso os áudios que vão ser divulgados são aqueles em que o VAR aparece bonito e bem apresentado. É o VAR no País das Maravilhas.
A seu ver, houve intenção clara em beneficiar o Sporting?
AS – Não me ouvirá dizer isso. E lamento que o nível da discussão seja esse. Vamos lá a ver: houve erros. Muitos. Claros. Queremos perceber porque se errou para que não se volte a errar. E achamos que as nomeações não protegeram nem o árbitro nem o VAR. E quando as pessoas estão mais expostas, o erro surge mais facilmente.
Está descontente com o funcionamento do VAR?
AS – O Sp. Braga foi dos primeiros clubes a mostrar o seu apoio. Passados todos estes meses, mantemos cada palavra. O Sp. Braga quer o VAR. A ferramenta é útil, mas é operada por homens. O que queremos é que os homens estejam cada vez mais preparados para a usar. Acho que o VAR não devia ser desempenhado por árbitros no ativo, mas por uma elite de ex-árbitros, e temos muitos com qualidade. Estou convencido de que era a melhor solução e acho que se deve discutir isto. Esta confusão de papéis, ora sou eu o árbitro e tu o VAR, ora és tu o VAR e eu o árbitro, não é boa para a eficácia do vídeo-árbitro.

É NECESSÁRIA UMA REVOLUÇÃO. OS OUTROS 14 CLUBES E OS SEUS ADEPTOS TAMBÉM SENTEM QUE ESTE MODELO ESTÁ ESGOTADO"

Também acreditou, no início da época, que graças ao VAR, polémicas como esta no Sporting-Sp. Braga não se iriam repetir?
AS – Lances como o do Fransérgio são inadmissíveis. Há algum problema em dizer isto com estas palavras? Porque é que o Sr. Fontelas Gomes não o diz? Porque é que o Sr. Luciano Gonçalves não o diz? Porque é que o árbitro não foi ver as imagens da falta do Doumbia sobre o Ricardo Ferreira? O VAR não lhe disse que havia ali uma falta? Estas perguntas não podem ficar no ar.
Entende que a Liga e a FPF se precipitaram ao garantirem a continuidade do VAR em 2018/19?
AS – Não. Estou com a Liga e a FPF nessa decisão. A 100 por cento.
Acha que os clubes deveriam ter sido especificamente ouvidos na Liga a este propósito?
AS – Estou convencido de que há consenso absoluto quanto a isso.
Como reage quando ouve Pedro Proença dizer que o VAR já é "um projeto de sucesso"?
AS – Sinto que temos de ter a coragem de dizer que é preciso fazer mais e melhor. A ferramenta é boa, tem de ser mais bem aplicada e operacionalizada. Entendo que a Liga pode, e deve, ter um papel importante aqui. Olhem, desde logo ao exigir, e era fundamental que isto avançasse já, que todos os estádios tivessem exatamente o mesmo número de câmaras. Tem de haver igualdade, não pode haver transmissões preparadas para cobrir linhas de baliza e fora-de-jogo e outras não. Quem avalia não pode ter mais meios de análises nuns jogos do que noutros. Isto é inclinar a competição. É papel da Liga combater isto. A Liga tem de ser exigente neste ponto.
O quadro de árbitros está desajustado face ao maior número de nomeações imposto pela utilização das imagens?
AS – Percebo a pergunta e mais uma vez lhes digo que a solução podia estar em criar uma elite de ex-árbitros para assumir a função de VAR.
A elite dos árbitros em atividade não garante o nível de excelência necessário para tantos jogos e tantas funções.
Aceita que o seu clube está aser vítima de uma guerra com a qual nada tem a ver?
AS – Isso é inaceitável. Mas todos sabemos que há em Portugal uma vassalagem a três clubes. Não é de agora, tem décadas. O sistema é esse e o sistema é um poder instituído que é obediente perante três clubes e é tirano perante os outros.
O Sp. Braga vai passar a ser mais interventivo em tudo o que diga respeito à arbitragem?
AS – Não atacamos um sector em particular. Entendemos até que o problema não está na arbitragem, mas no que rodeia a arbitragem e a impede de ter um melhor rendimento. O nosso ataque é às estruturas do futebol português que querem que isto continue como sempre foi, entregue a três clubes, ora mandas tu, ora mando eu. É isso que tem de acabar.
Como acumular de polémicas, a credibilidade do campeonato pode ser colocada novamente em causa?
AS – Se as pessoas continuarem a assobiar para o lado e a chutar responsabilidades, é isso que vai acontecer. Mas ainda vamos a tempo...
O que pode fazer o Sp. Braga?
AS – Aquilo que estamos a fazer e vamos continuar a fazer. Expor problemas e lançar perguntas. Pedir coragem. Este é um tempo em que é necessária coragem. Eu diria até que é preciso uma revolução e as revoluções só se fazem com coragem. Os adeptos do Sp. Braga têm essa coragem e por isso contamos com eles, mas acredito que vamos contar também com muitos adeptos de muitos clubes, porque o verdadeiro adepto do futebol em Portugal não se revê naquilo que temos atualmente. Se o Sp. Braga tiver de fazer este caminho sozinho, vai fazê-lo, contra quem for. Mas não tenho dúvidas de que os outros 14 clubes e os seus adeptos também sentem que este modelo está esgotado e que querem uma regeneração de todo o futebol. Chega de injustiça e de discriminação.


"Diretores de comunicação são parasitas"

A força da máquina de comunicação dos grandes mudou em definitivo, e para pior, a forma como o futebol é encarado em Portugal devido às constantes picardias em que se envolvem?
AS - As máquinas de comunicação só são fortes porque contam com a colaboração dos media. Você vê mais algum país onde isto aconteça? Acha normal que não haja um órgão nacional numa conferência do treinador do Aves, mas que as redações vão a correr se um diretor de comunicação levantar um dedo? Tenho de ser muito frontal nesta questão: os diretores de comunicação são uma criação dos media, são parasitas dos media, porque se alimentam deles e vivem à sua custa.

RECORD

JotaCC

"Gostaram do Leicester porque não foi cá..."

"ESTÁ A AQUI A BASE DA GRANDE EQUIPA QUE O SP. BRAGA ESTÁ A CONSTRUIR. O TEMPO JOGA A NOSSO FAVOR"

Estando a nove pontos do FC Porto, admite que o sonho do título ainda não é para já?
AS - Não cheguei ontem ao futebol português. Sabe que nós gostamos todos de histórias como a do Leicester, mas é nos campeonatos dos outros. Quando se mexe no nosso a coisa muda de figura.
Face à sua confiança, acreditava que estaria mais perto do 3.º lugar do que a atual distância de 4 pontos para o Benfica?
AS - O Sp. Braga não vai fazer o seu percurso em função dos outros. Não olhamos para cima nem para baixo, olhamos para dentro. E olhando para dentro, eu sei e sabemos todos que esta equipa precisa de tempo. Quando digo que temos um dos melhores plantéis de sempre, sei que está aqui a base da grande equipa que o Sp. Braga está a construir não apenas para esta época, mas para um ciclo. E que o tempo joga a nosso favor, porque quanto mais tempo nos derem, mais fortes estaremos.
O rendimento do Sp. Braga, resistindo a baixas importantes como a de Marafona ou Wilson Eduardo, ou vendas como a de Rui Fonte, agrada-lhe ou ainda pode crescer?
AS - Como digo, pode e vai crescer. Repare que temos um dos plantéis mais jovens de Portugal e da Europa. Apostamos no talento e estamos a dar todas as condições para que ele se desenvolva. Depois, temos também um grupo de grande caráter e muito ambicioso, é por isso que digo que temos reunidas todas as condições para que esteja aqui o futuro do Sp. Braga para muitos anos e vamos ver se este grupo não entra na história como o melhor de sempre do clube.
AS - A 100 por cento, não tenha a menor dúvida disso. O Xadas é jogador do Sp. Braga, é um excelente jogador, tem 19 anos e uma enorme carreira pela frente. Mas o Xadas sabe muito bem o que é melhor para ele e que este é o lugar dele. Estou convencido que o será ainda por muitos anos.


"Rafa tem tudo para se afirmar"

Surpreende- o o fraco rendimento de Rafa no Benfica,que dá a aparência que vendeu'gato por lebre', ou não sabem na Luz tirar partido das suas qualidades?
AS - Desculpe mas não me vou meter na casa dos outros. Não admito que o façam em relação ao Sp. Braga, não o farei também. O que sei é que o Rafa é um enorme jogador, dos melhores que já tivemos neste clube e dos melhores que temos no futebol português, aliás, se assim não fosse não tínhamos tido Benfica, FC Porto e Sporting a tentar contratá-lo. Sem saber o que se passa na casa dos outros, sei, porque trabalhámos com ele três anos, que o Rafa tem tudo para ser um jogador de primeiríssimo nível. E vai muito a tempo disso, não tenho a menor dúvida.

RECORD

JotaCC

Atletismo Braga com 17 caras novas

O atletismo do Braga iniciou, ontem, a temporada 2017/18 com um plantel bem reforçado. Em masculinos, Jorge Paula (ex-Sporting), Hugo Almeida (ex-Sporting) e João Fontela (ex-Juventude Vidigalense) são as novidades. Já em femininos, 14 caras novas foram recebidas, com destaque para Shaina Mags (ex-Sporting), Marlene Araújo (ex-Benfica) e Joana Santos (ex-Benfica).

JN

JotaCC

DANILO EM ALTA CRIA DILEMA A ABEL
Brasileiro destacou-se em Alvalade mas num sistema de três médios que foge ao guião normal

Danilo foi o destaque do Sp. Braga na grande exibição realizada em Alvalade, segundo a avaliação realizada pelo nosso jornal, mas o seu protagonismo crescente no seio da equipa cria um dilema que irá desafiar a abordagem tática de Abel Ferreira. O internacional jovem brasileiro completou o seu 3º encontro consecutivo como titular, mas perante os leões a sua presença no onze em simultâneo com Fransérgio foi viabilizada por um sistema com três médios que foge ao guião habitual. ferir maior consistência estratégica. Por algo a utilização ao mesmo tempo de Fransérgio e Danilo aconteceu logo nos dois primeiros encontros oficiais da temporada, perante o AIK na Liga Europa, mas a partir daí, no esquema de duplo pivô, apenas se repetiu nos embates com Boavista e Benfica para a Taça CTT. Nos compromissos do campeonato e da fase de grupos da Liga Europa a alternância direta tem sido uma realidade, até finalmente surgir o 'trivote' que causou tantas dificuldades a Jorge Jesus. Após a deslocação a Vila do Conde, para a Taça de Portugal, seguem-se quatro partidas consecutivas em casa.

Ousadia permite colher dividendos

No seu melhor registo finalizador da carreira, também ao serviço do Sp. Braga, em 2014/15, Danilo marcou dois golos. Esta época, quando ainda estamos em novembro, já alcançou o mesmo registo e, contra o Sporting, provou que pode ser importante tanto a encher o meio-campo como a dar-lhe profundidade. Nas Aves até marcou de livre direto, enquanto com os leões também arrancou o penálti.

RECORD

JotaCC

Minhotas com eficácia

O Valadares Gaia perdeu, em casa, com o Sporting de Braga, por por 4-1, no arranque da sétima jornada. Um resultado demasiado castigador para o esforço das gaienses. Com efeito, defendendo bem e apostando forte no contra ataque, as locais viram Micas inaugurar o marcador com um golo de belo efeito. Até aí, as bracarenses mantiveram-se em ataque continuado, porém sem acerto no rema- te, entretanto retificado pelo pontapé de Dolores para o empate. Após o intervalo,a maior pressão do trio Francisca, Dolores e Viana resultou em dois lances de bola parada que resultaram na cambalhota no marcador, com os golos de Francisca e, um minuto depois, de Vanessa (excelente cabeçada). Pouco depois, Pauleta desfazia as ilusões gaienses.

JN

JotaCC

Salvador e a ditadura

António Salvador não se ficou pelas queixas sobre a arbitragem na sala de imprensa de Alvalade. Na entrevista que publicamos, o presidente do Sp. Braga vai mais longe. Muito mais longe. Salvador tem razão em várias coisas que diz. É um facto que o nosso futebol é dominado pelos grandes com tudo o que de perverso traz essa realidade. Quando Salvador fala da vassalagem que é prestada ao Benfica, FC Porto e Sporting está apenas a ter a coragem de expor publicamente apenas uma convicção geral. Já na edição de ontem, outro presidente, o da SAD do Belenenses, Rui Pedro Soares apelava à necessidade de união dos restantes clubes para fazer face ao controlo dos grandes. Salvador usa expressões mais fortes: tirania, injustiça e discriminação.
As queixas dos pequenos avolumam- se. Torna-se evidente que se sentem mais condicionados. São vítimas colaterais de uma guerra sem quartel. Não é preciso fazer profundas reflexões para verificar esse facto. Basta olhar para as classificações das últimas épocas para concluirmos que, apesar de dizermos que o campeonato é muito competitivo – subscrevo a tese de que se trabalha cada vez melhor em todos os clubes e por isso tem sido possível atenuar um 'gap' que, se assim não fosse, seria bem maior –, a ilusão de que um dia fugiremos à ditadura dos grandes é isso mesmo: pura ilusão.

RECORD

JotaCC

Braga ascende ao pódio
Futsal Arsenalistas vencem e destronam Modicus do terceiro lugar

Bruno Cintra, com três golos, e André Machado, com dois, estiveram em evidência no triunfo (6-3) do Braga na quadra do Modicus, que permitiu aos arsenalistas destronarem os gaienses do terceiro lugar.
Nas Aves, o Futsal Azeméis sofreu para confirmar o favoritismo (3-2), com dois golos de Paulinho Roxo e um de Tiago Sousa. O Fundão venceu na quadra da Quinta dos Lombos, por 30, com golos de Couto, Gui e Eddy, este na própria baliza.
O Belenenses foi surpreendido e sofreu a quarta derrota consecutiva, desta vez no Barreiro, com o Fabril, por 4-3. Grácio, no último minuto, deu o triunfo à equipa de Naná. O Leões de Porto Salvo esteve a vencer por 2-0, com golos de Teka e Cherif, mas não foi além de um empate (2-2) diante do Burinhosa. Marquinhos e Nino, a 23 segundos do fim, marcaram pela equipa de Alex Pinto.

JN

JotaCC

FRENTE A FRENTE
António Salvador, líder do Sp. Braga, tem razão ao defender que o VAR devia ser composto por ex-árbitros?
A ideia pode parecer 'estranha', mas a verdade é que, ao colocar ex-árbitros nesta função, o VAR ganharia responsáveis com mais experiência do que os que agora têm essa missão e pessoas mais bem preparadas para lidar com as mais diversas situações. E, de certa forma, esta mudança acabaria também por libertar os atuais árbitros dessa pressão adicional que agora têm, podendo estes focar-se apenas e só na tarefa de arbitrar...

RECORD