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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 08/10

Started by JotaCC, 08 de October de 2017, 09:07

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JotaCC

Sequeira só volta a jogar no próximo mês

O lateral-esquerdo Sequeira contraiu um estiramento no ligamento do joelho esquerdo e só deverá voltar a competir no próximo mês. O futebolista, de 27 anos, irá falhar os próximos cinco compromissos da equipa arsenalista, que entre dia 14 e 29 vai defrontar o São Martinho (Taça de Portugal), Moreirense e Chaves (Liga), Ludogorets (Liga Europa) e Vitória de Setúbal (Taça da Liga).
A realizar um início de época de bom nível, na temporada de estreia em Braga, Sequeira torna-se uma baixa importante para Abel Ferreira, num período em que os guerreiros têm a agenda preenchida. O esquerdino lesionou-se com os turcos do Basaksehir, quando foi substituído aos 20 minutos, e já não foi opção para o encontro com o Estoril, ao ser preterido por Jefferson na goleada (6-0) sobre os canarinhos. O brasileiro e o compatriota Marcelo Goiano são as duas opções para a posição e, a exemplo do que tem sido a filosofia do treinador, vão alternar a titularidade.

JN

Bruno3429

Ainda vai haver maior democracia
Abel tem rodado o plantel, mas há alguns jogadores 'esquecidos' que sonham com a Taça

Em dezasseis jogos oficiais, o Sp. Braga já utilizou 26 jogadores, sendo certo que quatro deles deixaram o plantel ainda no verão. A alta rotação que Abel Ferreira promoveu na nova temporada tem dado bons resultados e até por isso alguns nomes têm sido 'esquecidos'. A Taça de Portugal deve abrir as portas da equipa a alguns deles. Assis, Bakic, Erick e Muric são os quatro elementos de campo que ainda não se estrearam e é bem provável que sejam pelo menos convocados.
O sorteio ditou uma eliminatória diante do desconhecido S. Martinho, com o jogo a ter lugar na Vila das Aves, e num arranque de época com um calendário tão apertado para os arsenalistas passados cinco dias há um duelo importantíssimo diante do Ludogorets. Todo este cenário é propício para que a democracia de Abel se estenda aos tais elementos menos utilizados do plantel. Ricardo Ferreira, Bruno Viana e André Horta são outros jogadores que gostariam de ter mais minutos somados em 2017/18 e que devem ter uma nova oportunidade nesta eliminatória da Taça de Portugal.

Mas a grande expectativa dos adeptos é mesmo ver quem ainda não jogou, a começar por Erick. O antigo jogador de Santos, Cruzeiro e Náutico tinha fama de craque no Brasil e está a atravessar o habitual período de adaptação a uma nova realidade. O avançado tem apenas 19 anos e a estreia na prova rainha do nosso futebol era um enorme voto de confiança do treinador. Muric é outro extremo que ainda não se estreou. Antigo jogador do Ajax, onde foi orientado por Frank de Boer e Bergkamp, é internacional jovem croata e também ele se quer mostrar em Portugal.

Autor: Ricardo Vasconcelos

Record

JotaCC

#2
PAULINHO"Estou no Braga para testar os meus limites"

"Sonhos?
Um deles é chegar à Seleção Nacional. E sei que no Braga estou mais perto" "A minha margem de erro no Gil Vicente era menor do que a dos jogadores que não eram da terra" "Se tivesse ido para o Catar a esta altura já podia estar rico"
"Não me adianta fazer três jogos bons, porque se o quarto for mau, vou para o banco (...) Não são tangas, é mesmo assim" "Recebi uma proposta do Catar e os meus amigos só diziam: 'Oh, estás a gozar?
Vais recusar isso?
Com esse dinheiro não precisas de trabalhar mais'" "Aos 22 anos perdi o prazer pelo futebol. E isso não é normal..." "O dinheiro é importante, mas decidi assinar pelo Braga porque acredito muito em mim"

Abel Ferreira contratou Paulinho ao Gil Vicente e, em pouco tempo, transformou-o na principal referência do ataque do Braga. No entanto, o avançado sente que o melhor ainda está para vir



A "primeira grande entrevista" de Paulinho chegou aos 24 anos. De discurso fácil, o avançado, que está a surpreender neste arranque de época, mostrou que também é descomplexado fora dos campos. Revelou-se um verdadeiro contador de histórias, percorrendo um caminho que começou no pelado do Santa Maria e que, espera ele, vai levá-lo à Seleção Nacional.
Como é que passou tanto tempo "escondido"?
—Bem, vou contar a minha história. A passagem pelo Trofense [primeiro ano de sénior] foi muito boa, guardo, por exemplo, grandes recordações do Tiago, que, aos 37 anos, ainda era um espetáculo. Fui para lá por culpa do professor Neca. Tinha tudo tratado para ir para o Portimonense e, num domingo de manhã, ele ligou-me a dizer que tinha de ir para o Trofense. Pensei: 'Estou no Santa Maria, tenho a Trofa aqui ao lado de casa, um treinador que me quer, por isso tenho mesmo que ir'. E fui.
E depois do Trofense?
—Fiz uma boa época e depois aconteceu o mesmo com o Gil Vicente. O João de Deus queria contratar-me, era o clube da minha cidade, estava na I Liga, e na altura não podia recusar. Se calhar, esse foi o meu erro. Estarei eternamente grato ao Gil Vicente, que é um clube que adoro, mas aquele ditado que diz que "os santos da casa não fazem milagres" é mesmo verdadeiro. Ali, a minha margem de erro era menor do que a dos outros jogadores que não eram da terra. O clube estava a passar por uma fase muito difícil... Apesar disso, aprendi muito. Aprendi, sobretudo, nos tempos em que jogava pouco. Provavelmente, a força mental que sinto agora vem desse período difícil. Aprende-se muito quando não se joga, sobretudo na forma como se é tratado.No ano em que o Gil Vicente desceu de divisão até perdi o prazer de jogar futebol. E estávamos a falar de um miúdo com 22 anos. Não é normal.
Imagino que não...
—Não é. Descemos para a II Liga, tinha propostas para sair, mas o Nandinho [treinador do Gil Vicente na altura] veio falar comigo e disse-me: 'Olha, quero trabalhar contigo e quero que voltes a ter prazer em jogar'. Tinha abordagens de clubes da I Liga e muitas propostas do estrangeiro. Mas pensei: 'Alto, tenho 22 anos; sei que tenho qualidade, mas primeiro tenho é de ter prazer em jogar futebol'. Lá fiquei e passadas duas semanas o Nandinho comunicou-me que ia ser o capitão de equipa. Estamos a falar de um balneário que tinha jogadores experientes como o Cadú, Serginho ou Djamal... Aquilo motivou-me. Foi nessa fase que o míster Abel começou a conhecer-me como jogador e acabámos por fazer uma época muito porreira. No segundo ano na II Liga, na época passada, acabei por me destacar, sobretudo pelos 20 golos que marquei.
E então surge o Braga...
—Antes disso, recebi propostas incríveis... Então do Médio Oriente, nem imaginam! Só me perguntava: como é que isto apareceu? Eu vou rejeitar este dinheiro todo? Recebi uma proposta do Catar que, muito provavelmente, todos os jogadores na minha situação aceitariam. Mas, quando surgiu o Braga, pensei: 'não, não posso recusar. Se não for para o Braga nunca mais me vou perdoar na vida'. E disse aos meus empresários, que até são de Guimarães [Pedro Mendes, Fernando Meira e Nuno Assis], que não ia jogar por dinheiro. Acredito muito em mim e desportivamente quero chegar onde sempre sonhei. Depois falava com a minha família, com os meus amigos, mostrava-lhes as propostas que tinha e eles diziam: 'Oh, estás a gozar? Tu vais recusar isso? Com esse dinheiro tu não precisas de trabalhar mais na vida'. Mas não podia aceitar, tinha que vir para o Braga.
Porquê?
—Porque tinha de testar os meus limites e porque acredito muito em mim. O dinheiro é importante,mas se não fores feliz o dinheiro não vale nada. Se tivesse ido para o Catar, a esta altura já podia estar rico, mas todas as noites, antes de adormecer, ia pensar: 'não fui para o Braga, não fui para o Braga...' Se calhar, quando os três primeiros salários caíssem na conta – e ela ia crescer muito –, nem pensaria muito no Braga, mas sei que chegaria uma altura em que não me ia sentir feliz por não ter perseguido os meus sonhos.
E que sonhos são esses?
—Um deles é chegar à Seleção Nacional. Sei que, estando no Braga, tenho maiores possibilidades. Na II Liga, por exemplo, era impossível lá chegar... Acho que só o Ivan Cavaleiro é que conseguiu e porque jogava no Benfica! Para já, é um sonho, mas depois de lá estar passa a ser apenas mais um objetivo conquistado. Mas também sei que ainda tenho muito pedra para partir. Primeiro, há que conquistar o meu lugar no Braga, o que não é fácil. Vamos ver. O míster ainda não repetiu nenhum onze esta época;aqui não há lugares cativos. Não me adianta fazer três jogos bons, porque se o quarto for mau vou para o banco. É como o míster diz: 'Estatuto é o rendimento, a estrela é a equipa'. Se pensarmos bem, nesta equipa é mesmo assim. Não são tangas, é a realidade. E isso faz-nos pensar que o futebol é o momento. O Braga está muito bem, mas para a semana temos um resultados menos bom e já ninguém se lembra do que ficou para trás. Nos jogadores é igual.


"Abel não é de andar aos berros"

Por terem estado os dois na II Liga na última época, sente-se como uma contratação do treinador?
—O Abel avalizou a minha contratação, mas não me deu absolutamente mais nada. Aliás, deu-me uma grande azia quando me deixou de fora da pré-eliminatória da Liga Europa [risos]. O que tenho foi conquistado. É verdade que ele me deu muita confiança, mas isso dá a toda a gente. Ele não é um treinador de berro; vai ter com os jogadores e explica o que é preciso fazer. Tive alguns que chegavam ao pé de mim e gritavam 'anda lá, tens de correr'. E eu pensava: 'ok, mas tenho de correr para onde?'. Isso eles não diziam. Com o Abel não é assim, sei para onde e quando tenho de correr.
Como tem sido jogar três vezes por semana?
—É ótimo. É jogar, fazer um ou dois treinos e voltar a jogar. Adoro. Aliás, estamos há quatro ou cinco dias sem competir e já sinto falta daquela adrenalina. Além disso, antes jogava com 300 pessoas no estádio, agora jogo com vários milhares e,mesmo fora, temos sempre muito apoio. Fomos ao Tondela e ao Aves e parecia que estávamos a jogar em casa. Isso é muito motivador.
E os assobios afetam-no?
—Os assobios não me dizem nada. Percebo a posição dos adeptos, mas a minha decisão não pode ser influenciada por um assobio. Nos dois primeiros anos no Gil Vicente convivi muito com o assobio e isso deu-me uma grande bagagem. Já o apoio é importante e sinto-o em Braga. Ainda agora, com o Estoril, estava no banco, e quando entrei, com a equipa a ganhar por 5-0, levantou-se tudo a bater-me palmas. Isso é fantástico!
Qual foi a importância de ter jogado a médio-ofensivo no Gil Vicente?
—Curiosamente, e já falamos sobre isso, foi nessa altura que o Abel me começou a ver. Ele disse que gostava de me ver naquela posição. Eu também gostava, mas sinto-me bem mais confortável com esta forma de jogar do Braga. É no ataque que gosto de estar. No entanto, ter passado por aquela posição foi importante para a forma como agora me relaciono com a bola. Também foi importante a nível tático, porque quando não temos a bola tenho a vantagem de pensar como um médio e não como um avançado.
Agora a pergunta habitual: já definiu a meta de golos?
—Não. Ou melhor, até tenho, mas ainda é cedo para falar sobre isso. Façam-me essa pergunta daqui a três ou quatro meses e eu talvez diga [risos]. Mas o meu objetivo é jogar e ajudar a equipa a ganhar"Tive treinadores que chegavam ao pé de mim e gritavam: 'anda lá, tens de correr'. E eu pensava: 'ok, mas tenho de correr para onde?'".
Isso é o mais importante. Não sente que, sendo avançado, se desgasta muito em tarefas defensivas?
—Ora bem, até agora jogámos com o Benfica, FC Porto e também tivemos vários jogos da Liga Europa. Ou seja, desafios muito exigentes. Não é preciso correr à maluco, mas nesses jogos temos de trabalhar muito. Na nossa forma de jogar, os avançados não podem ficar parados na frente. Se não defendermos, a malta que está atrás de nós vai sofrer muito. Enquanto tiver força, vou andar sempre no redline, a correr. A nossa união também vem daí, porque sabemos que o colega do lado está sempre a dar tudo pela equipa.


Em pelados até aos 17

Como começou? Quem é o Paulinho?
—Sou um rapaz de Santa Maria, uma freguesia de Barcelos, e desde miúdo que era escola, campo de futebol e casa. Todos os dias passava horas e horas a jogar, muitas vezes sozinho, a chutar à baliza, a fazer fintas... Às oito da noite, a minha mãe tinha de me ir chamar para jantar, quase a bater-me [risos]. E foi muito isso a minha infância, ao ponto de jogar de manhã pelos infantis e à tarde ir ver os juniores. Às vezes também fugia de casa para ver os treinos dos seniores às 10 da noite. No início, a minha mãe ainda ofereceu alguma resistência, mas depois lá acabou por se conformar [risos].
E o que tem o Santa Maria de especial para revelar jogadores como Paulinho, Nélson Oliveira ou Hugo Vieira?
—Não sei... Até ao último ano de júnior, altura em que comecei a treinar com os seniores, joguei sempre em pelados. Ou seja, nunca tivemos condições que nos levassem a chegar lá acima. É estranho, mas é um clube que, apesar de ser pequenino, é organizado. Depois, claro, também há a personalidade dos próprios jogadores, a vontade, a capacidade de sofrimento, todas essas qualidades fundamentais para se atingir estes patamares.
É conhecido por Paulinho, mas mede quase 1,90m. Não devia ser antes Paulão?
—Por acaso o professor Neca disse o mesmo no Trofense. Até aos juvenis, fui sempre o mais pequeno da equipa e por isso é que as pessoas me chamavam Paulinho. Mas depois cresci rapidamente – deve ter sido dos puxões de orelhas que fui levando [risos] - e quando quis mudar já não havia hipótese.

5
Paulinho é o melhor marcador do Braga com cinco golos, três na Europa, um no campeonato e outro na Taça da liga


14
Realizou 14 jogos pelo Braga, 10 na condição de titular. Curiosamente, só falhou os dois primeiros frente ao AIK Estocolmo


"Adoro a pressão que há neste clube"
Paulinho gosta de se sentir obrigado a ganhar todos os jogos e percebe a ambição de António Salvador de querer ser campeão

"Título? É uma ambição justíssima do presidente. Agora, nós, os jogadores e equipa técnica, temos de olhar para o curto prazo"

Para o avançado, e apesar do excelente arranque de época, a qualidade do atual plantel precisa de ser cimentada com o tempo, e é por isso que se recusa a possibilidade de pensar no título de campeão

A derrota em Setúbal foi o ponto negativo da época?
—Queríamos ganhar, como é evidente, mas não foi por ter corrido mal que ficámos atormentados ou nos desviámos do nosso objetivo. É como estes 6-0 ao Estoril. Valem três pontos, nada mais. A verdade é que a pressão no Braga é diária.
E não estava habituado a esta pressão...
—Mas eu adoro esta pressão! Antes de assinar pelo Braga, disse aos meus empresários que no meu próximo clube tinha de jogar sempre para ganhar. É que um jogador na minha posição acaba por sobressair mais numa equipa que passe a maior parte do tempo no meio-campo adversário. Pessoalmente, adoro esta exigência,porquetambémsemprefui muito exigente comigo. Aos 15/16 anos os meus amigos iam sair e eu dizia-lhes que não podia ir, porque tinha jogo no dia seguinte. Estamos a falar dos juniores do Santa Maria, em que não existia grande pressão. Por isso, identifico-me com a exigência de clube grande, até porque detesto perder.
Aquela vitória na Alemanha foi fundamental para a equipa embalar?
—O grupo tem consciência do seu valor,do que queremos e do que temos de fazer para lá chegar.As dúvidas que podiam surgir eram de fora, não eram nossas. A confiança no colega do lado é a mesma que tenho em mim; é enorme. E isso vê-se no campo. Ainda agora mudámos oito jogadores e ganhámos por 6-0, um resultado que já nem se usa na I Liga. Mas também perdemos em Setúbal. É preciso lembrar que temos um plantel jovem, muitas caras novas, um treinador novo... Ainda há umas semanas o Rui Fonte disse, e bem, que se tinha de dar tempo a esta equipa. O importante é que se sinta a evolução a cada dia que passa.
Aquele objetivo do presidente em ser campeão é mesmo possível?
—Isso é uma ambição do presidente, do clube e dos adeptos. E porquê? Toda a gente assiste ao crescimento do Braga e percebe que é algo sustentado. Ou seja, não é como aqueles clubes que conseguem chegar à Liga Europa e no ano seguinte estão a lutar para não descer de divisão. Tem sido um crescimento enorme e é justo que o presidente e os adeptos sonhem com o título. É justíssimo! Agora, nós, os jogadores e a equipa técnica, temos de olhar para o curto prazo. Não podemos estar a pensar se vamos conseguir ganhar o campeonato daqui a dois ou três anos quando ainda temos tanto para construir no imediato.
E como explica tantas reviravoltas?
—Não sei explicar... Houve vários jogos em que estávamos a jogar bem e, de repente, sofríamos um golo. Nessas alturas, é importante mantermo-nos focados, e não podemos mudar a nossa forma de jogar só porque sofremos um golo. Essa é a grande diferença entre uma equipa que luta sempre para ganhar e as outras. Essas, sofrem um golo e começa tudo a dizer 'ai Jesus, e agora o que vamos fazer?' No Braga isso não acontece. Sofremos um golo e não nos desviamos do nosso plano. Isso é importante, mas depois também é importante haver homens na equipa, gente com carácter... São quantas? Sete reviravoltas? Quase metade dos jogos, e isso mostra a união do grupo. Era fácil a malta abanar um bocadinho depois de sofrer o primeiro golo, mas nós não.

Explicação O atrito com Samaris que valeu um castigo ao médio do Benfica

Samaris foi recentemente castigado com três jogos de suspensão depois de se ter "pegado" com Paulinho no final do jogo da Taça da Liga entre Benfica e Braga. Afinal, o que aconteceu? O avançado do Braga contou a sua versão. "Aconteceu o que toda a gente viu... Não acredito que ele seja mau rapaz, mas aquilo não se faz. Nem era nada com ele [Paulinho estava pegado com Jardel]... Mas, pronto, já passou e não gosto de falar sobre isso. Sei que essas situações por vezes acontecem", disse.

O JOGO

JotaCC

Ter ficado de fora deixou-me chateado"
Paulinho conta como foram as primeiras semanas em Braga

"No final da primeira semana, disse: 'sou jogador para o Braga...'"

Chateou-o ter ficado de fora na primeira pré-eliminatória da Liga Europa?
—Claro que sim! Mas isso não mudou o meu foco. Se não ficasse chateado também estava na profissão errada. Tinha a noção de que fizera uma boa pré-época e, mesmo sabendo que havia muitas opções para o meu lugar, não gostei nada de ter ficado de fora. Mas a primeira coisa que disse quando saiu a lista foi: 'Na próxima vou estar ali'. E estive.
A saída do Rui Fonte facilitou a sua afirmação?
—Se ele tivesse ficado, provavelmente, a minha oportunidade não chegaria tão cedo. Apesar disso, tinha a convicção de que quando ela chegasse, eu iria agarrá-la. Acreditava mesmo nisso.No início,e para além do Rui Fonte, também havia o Stojiljkovic com dois anos de clube, o Dyego, que é muito bom jogador, o Hassan, o Horta, o Wilson Eduardo... Muita quantidade e qualidade, mas sentia mesmo que já estava preparado.
Há três meses, acreditava se lhe dissessem que ia ser o melhor marcador da equipa?
—Não sei se acreditaria,mas sei que ia adormecer todos os dias a pensar nisso [risos]. Isto faz-me lembrar quando cheguei ao Gil Vicente. Na altura, pensei: 'Vim para um dia ser opção'. Estava completamente errado, pensei mal.Quando lá cheguei, devia ter pensado:'Vim para jogar'.Era essa a mentalidade que devia ter tido e não tive. Era novo, as pessoas diziam-me que ia ser uma opção, e eu aceitava, quando devia ter dito que ia lutar para ser mais do que apenas uma opção. E foi com essa mentalidade que cheguei a Braga. Até posso não ser titular, mas vou trabalhar sempre para ser visto dessa forma.
Como foram os primeiros tempos no Braga?
—Quando assinei pelo Braga, disse aos meus empresários que se sentisse, no final da primeira semana, que não tinha qualidade para jogar aqui, lhe pedia para me arranjar outro clube. Passada uma semana ligaram-me e eu disse: 'Não é preciso chatearem-se mais, sou jogador para o Braga'. E aqui estou.


"Achei que ia haver cobras no balneário"

O que mais o surpreendeu no Braga?
—A humildade. Não encontrei ninguém com um ego do tamanho do mundo. Ninguém! Quando vim para o Braga, achei que podia haver cobras no balneário, porque o futebol é muitas vezes assim... Mas, nada, zero. Zero! Não houve um único jogador que me tenha recebido mal, desde aqueles que têm um grande currículo, até aqueles que estão, como eu, a chegar.
Houve alguém que o tenha impressionado em termos futebolísticos?
—Aqui há muita qualidade, mas não há nenhum jogador 20 vezes melhor do que tinha imaginado [risos]. Agora, não tenho dúvidas de que há aqui quatro ou cinco que podem chegar à Seleção Nacional. Salvador disse que este plantel estava ao nível do que chegou à final da Liga Europa.
Isso é uma grande responsabilidade...
—O presidente anda cá há muito tempo e saberá isso melhor do que ninguém. Nós temos a noção da qualidade, mas não sei dizer se este é o melhor plantel dos últimos anos. Nessas palavras não sentimos maior pressão ou responsabilidade, o que sentimos foi uma enorme confiança. Foi importante ter ouvido aquelas palavras, deu-nos ainda mais motivação.

O JOGO

JotaCC

ESGAIO E DYEGO TÊM FARO DE GOLO
Lateral é o jogador que está diretamente ligado a mais golos marcados; Dyego Sousa é o mais eficaz

Apesar de ter jogado a maior parte das vezes a defesa-direito, Esgaio participou em mais de um quarto dos golos. As assistências de Raúl Silva e a eficácia de Dyego Sousa também impressionam



Esta semana, numa entrevista a O JOGO, Pedro Santos incluiu o nome de Esgaio entre os jogadores que mais o têm surpreendido neste arranque de temporada; o extremo, agora a jogar nos Estados Unidos, justificou a escolha com "as várias assistências para golo" do antigo jogador do Sporting, mas também com a "influência" que o lateral tem tido no jogo ofensivo do Braga. A estatística confirma a preferência de Pedro Santos e os recentes elogios de Abel Ferreira ao jogador, isto porque Esgaio é mesmo o elemento do plantel com maior influência nos golos marcados pela equipa. O polivalente jogador – tem alternado entre o lado direito da defesa e a posição de médio-ala – participou diretamente em oito dos 30 golos registados até ao momento nas contas do Braga (cerca de 27 por cento do total da equipa), através de sete assistências, que fazem dele o melhor passador em Portugal, e de um golo marcado, frente ao Aves, curiosamente no único dos 13 jogos em que foi suplente utilizado.
O lateral está em grande, mas não é o único. Curiosamente, os três que se seguem nesta lista de jogadores com maior influência ofensiva na equipa (Paulinho, Raúl Silva e Fransérgio) também chegaram apenas esta época ao Braga, num claro sinal de que os reforços para o plantel foram bem escolhidos. Paulinho é o melhor marcador (cinco golos), Fransérgio o segundo com mais assistências (quatro) e Raúl Silva um verdadeiro caso de estudo entre os defesas-centrais, uma vez que consegue acrescentar três assistências para golo aos três já marcados.
No entanto, o caso mais incrível acaba por ser o de Dyego Sousa, que já participou diretamente em quatro golos,apesar de somar apenas 165 minutos de competição (um a cada 41 minutos de jogo!). O brasileiro marcou por três vezes e assistiu em uma ocasião.


Miguel Pedro

Rotatividade já é a imagem de marca de Abel Ferreira

A democracia do golo no Braga demonstra que todos os jogadores do plantel são imprescindíveis, todos podem marcar e que o que vale mesmo é a equipa e os resultados

Quem leu o comunicado da SAD bracarense sobre a marcação do jogo contra o Estoril, insurgindo-se, e bem, contra a marcação do mesmo sem respeitar o intervalo de 72 horas a que a própria LPFP se autovinculou (sabendo que o SC Braga é a equipa portuguesa mais "massacrada" por jogos sucessivos e de elevado grau de dificuldade), não poderia antecipar a grande exibição e a goleada histórica que o Braga infligiu ao seu adversário. Se existe cansaço, ele não se viu. Bem pelo contrário. Chegou a ser hipnotizante ver a extrema mobilidade dos médios avançados, que pareciam endiabrados, ora na direita, trocando para a esquerda, entrando pelo centro (Xadas, os irmãos Horta, Fábio Martins); enfim, uma espécie de "anarquia tática" que, sendo intencional, se tornou bastante eficaz e se concretizou em muitos golos. Abel Ferreira não parece ligar muito ao facto de termos tido de jogar quase sem descansar: nunca o seu discurso foi de vitimização. É certo que as vitórias ajudam à recuperação. Mas o facto de só ter repetido 3 titulares do jogo de quintafeira contra os turcos do Basaksehir também ajuda. O que parece poder ser um risco (mudar tantos jogadores de um jogo para o outro) torna-se uma vantagem. A tal rotatividade, que começa a tornar-se a marca deste treinador (como foi, há duas épocas, a de Paulo Fonseca), tem-se mostrado eficaz e assenta no pressuposto de que existe uma ideia de jogo perfeitamente definida a qual pode ser concretizada por qualquer um dos intérpretes que o treinador decida utilizar. Neste sistema, assim, não há jogadores imprescindíveis, porque são todos imprescindíveis. E é neste sentimento de que são todos imprescindíveis que Abel está a construir a equipa. E o certo é que os números demonstram isto mesmo. Uma curiosa estatística que foi publicada esta semana neste jornal mostrou que os 30 golos que o Braga marcou em 16 jogos oficiais foram divididos por 14 jogadores, facto que não encontra igual nos grandes clubes europeus. Esta "democracia do golo", como se mencionou na peça jornalística, demonstra a tal ideia de que todos são imprescindíveis, todos podem marcar e que o que vale mesmo é a equipa e os resultados. Se é gestão de cansaço ou estratégia de equipa, o que é certo é que tem resultado. E isso é o que releva, no fim de contas. O ex-guerreiro Pedro Santos, que começou a época com esta equipa e que conhece bem o seu valor, numa recente entrevista a O JOGO, antevê que esta época 2017/18 vai ser de boas surpresas (o que, para nós, bracarenses, significa ficar nos primeiros quatro lugares da Liga, um título (Taça de Portugal? Taça da Liga?) e passarmos a fase de grupos da Liga Europa). Esperemos que tenha razão.

O JOGO

JotaCC

André Moreira volta à baliza

Uma das principais dúvidas no início desta época era saber qual o guarda-redes que Abel Ferreira ia colocar no topo da hierarquia. Matheus ganhou a corrida ao recém-chegado André Moreira, que somou apenas 90 minutos no Estádio da Luz. O internacional jovem português vai voltar a calçar as luvas diante do S. Martinho e o objetivo é claro: seguir em frente, de preferência sem golos sofridos.

RECORD

JotaCC

WILSON EDUARDO NA RETA FINAL DE RECUPERAÇÃO

Wilson Eduardo está já em contagem decrescente para o regresso aos relvados. Na reta final da recuperação, após uma intervenção cirúrgica realizada ao adutor direito, a 15 de agosto, em Londres, deverá ficar à disposição de Abel Ferreira, segundo as estimativas, no final deste mês ou nos primeiros dias de novembro. Mas já faz trabalho de campo - ainda que à margem do plantel -, complementado com exercícios no ginásio e tratamento, escreve A BOLA.

A BOLA