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Futebol português em debate

Started by Legião, 23 de October de 2016, 20:12

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RuberAlbus

Acrescentar aí a possibilidade real de muitos jogadores venderem resultados em troca de reforçar as finanças debilitadas.

Lipeste

Operação regresso' pode mesmo passar só por seis estádios (Liga)

Os 90 jogos que faltam para a conclusão da Liga 2019/2020 deverão ser realizados nos estádios com melhores de condições para a acolherem as dez jornadas que ainda restam. Ou seja, Dragão, Luz, Braga, Alvalade, Guimarães e Bessa.

Cairá, assim, a tese de que os jogos ainda em aberto seriam disputados em recintos a meio de Portugal, nomeadamente Coimbra, Leiria e Aveiro, por exemplo. Serão feitas, obviamente, vistorias aos seis estádios e, embora não esteja ainda totalmente fechada a seleção dos palcos dos 90 jogos, é cada vez mais consensual, entre Federação Portugal de Futebol, Liga de Clubes e Direção-Geral da Saúde, que serão estes os estádios utilizados nos dois próximos meses.

Não está em causa, naturalmente, a lotação de cada estádio, variando entre o máximo de 65 642 (Luz) e o mínimo de 28 263 (Bessa), dado que todos os jogos serão, como se sabe, disputados à porta fechada. Ou seja, sem público.

em: https://www.abola.pt/nnh/2020-05-12/liga-operacao-regresso-pode-mesmo-passar-so-por-seis-estadios/844170

Lipeste

Esses clubes jogarão em casa os respectivos jogos caseiros? Se assim for, por menor que seja, terão sempre alguma vantagem, talvez psicológica...

Lipeste

Covid-19: Futebolistas poderão sentir "alguma estranheza" no regresso


Os futebolistas dos clubes da I Liga, que vão voltar à competição no final do mês, poderão sentir "alguma estranheza" e mesmo "alterações no estado emocional de base", disse à Lusa a psicóloga do desporto Ana Bispo Ramires.


Ana Bispo Ramires, especialista em psicologia do desporto, assume que as mudanças que a pandemia de covid-19, que suspendeu os campeonatos, trouxeram "para todos" se estendem aos jogadores, sobretudo àqueles que tiverem "um traço de ansiedade mais marcado" na personalidade.

Esses vão "viver este tipo de situações com mais ansiedade", até porque os atletas poderão considerar que o regresso configura um contexto de risco, no qual devem sentir-se mais ou menos protegidos consoante a resposta institucional e pessoal.

"A forma como este risco é percebido, ou intensificado, também resulta, muitas vezes, da experiência prévia e dos traços de personalidade do atleta. [...] Uma regulação clara, e, acima de tudo, procedimentos de segurança bem explícitos do que é o comportamento individual dos jogadores, do que devem fazer, resultará certamente num retorno à prática percebido como mais seguro", afirma.

Na opinião da psicóloga, "desde que possa ter passado para os atletas o respeito dos clubes" pelas medidas de segurança, será possível ter-se "algum controlo sobre respostas de ansiedade".

Numa situação "anómala", para a qual "ninguém estava preparado", as primeiras jornadas de regresso vão implicar "algum nível de adaptação dos mesmos a estas novas condições", de controlos de segurança e higiene muito mais rígidos a estádios sem adeptos.

"Isso há de causar algum nível de estranheza, que é diferente de atleta para atleta", comenta Ana Bispo Ramires, que explica que a adaptação será tão rápida quanto maiores forem "os recursos emocionais de cada um".

Ainda assim, e com mais de uma dezena de casos positivos, em clubes como Famalicão, Vitória de Guimarães, Moreirense, Belenenses e Benfica, "a perceção de que o vírus já está na classe pode aumentar os níveis de ameaça percebida".

No domingo, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) revelaram o parecer técnico da Direção-Geral da Saúde (DGS) para o regresso do futebol do primeiro escalão depois da suspensão devido à pandemia de covid-19.

Deste parecer constam a realização de dois testes à covid-19, um 48 horas antes do jogo e outro o mais perto possível do encontro, e o dever de se manterem em recolhimento domiciliário, podendo apenas sair para treinar ou jogar.

No primeiro ponto do parecer lê-se que "a FPF, a LPFP, os clubes participantes na I Liga e os atletas assumem, em todas as fases das competições e treinos, o risco existente de infeção por SARS-CoV-2 e de covid-19, bem como a responsabilidade de todas as eventuais consequências clínicas da doença e do risco para a Saúde Pública".

Depois da divulgação deste parecer, pelo menos três jogadores do FC Porto e um do Sporting manifestaram desagrado com o mesmo nas redes sociais.

Sobre este ponto, que prefigura "uma corresponsabilização de todos os atletas", Ana Bispo Ramires explica que esta pode "resultar em mais um elemento de proteção".

"Irei para dentro de campo muito mais tranquila se souber que todos os que ali estão sabem que são responsáveis pelos erros que possam cometer", atira.

A existência de "algum nível de ansiedade caso não haja uma perceção de segurança dentro do balneário" pode, por outro lado, não aparecer, e, no seu lugar, surgir "uma espécie de compromisso ainda mais forte dentro daquele grupo", primeiro em cada balneário e depois enquanto classe profissional.

"Uma coisa quase tribal. 'Vamos todos fazer isto, temos de nos proteger e às famílias'. Isto é algo que os treinadores podem aproveitar. Depois, também um compromisso que deve existir e ser fomentado entre a classe", refere.

em: https://www.noticiasaominuto.com/desporto/1476601/covid-19-futebolistas-poderao-sentir-alguma-estranheza-no-regresso


RuberAlbus

Coitado do nosso relvado, se isso for verdade.

(S)oon(C)hampion(B)raga

BRACARENSES EQUACIONAM ISOLAMENTO NUM HOTEL


No SC Braga, além de todos os cuidados que o departamento médico emprestou aos jogadores e restante staff neste regresso aos treinos, os dirigentes arsenalistas estão a equacionar avançar para uma medida inédita para ser aplicada quando a competição regressar.

Uma medida que passaria por isolar os jogadores numa unidade hoteleira durante todo o período competitivo, que deverá prolongar-se por mês e meio, de forma a minimizar ao máximo o risco de possível contágio.

Ou seja, em vez do habitual estágio de vésperas antes dos jogos, nesta solução que está a ser estudada pelos responsáveis do futebol em coordenação com os responsáveis clínicos, os jogadores regressariam sempre à unidade hoteleira que seria transformada em quartel-general da equipa quer após os treinos, quer após os jogos.



Havendo sempre o receio de que alguém possa contrair o vírus por mais medidas preventivas que sejam aplicadas, esta solução serviria não apenas para proteger o plantel bracarense mas também os familiares dos jogadores, que teriam sempre a oportunidade de manter o contacto com os atletas mas... à distância.



De qualquer maneira, esta é apenas uma de várias possibilidades que estão em cima da mesa, havendo apenas que tomar uma decisão definitiva sobre o assunto mais perto do final do mês, quando está projetado o regresso da equipa à competição para completar as dez jornadas que faltam jogar desta edição do campeonato.


@ https://abola.pt/Clubes/2020-05-12/sc-braga-bracarenses-equacionam-isolamento-num-hotel/844208/471
[url="https://fb.watch/l3N5OntDOI/"]https://fb.watch/l3N5OntDOI/[/url]

RuberAlbus

E não podem ficar na Cidade Desportiva?

rpo.castro

Quote from: Lipeste on 12 de May de 2020, 08:58
Esses clubes jogarão em casa os respectivos jogos caseiros? Se assim for, por menor que seja, terão sempre alguma vantagem, talvez psicológica...
Li num jornal estrangeiro que existem estudos (não os vi) que parte do factor casa não se deveria tanto ao apoio dos adeptos (cujo fervir se foi diluindo com o passar dos anos na europa ocidental) mas com o conforto mental dos jogadores ao jogarem na sua casa, na existência de referências, as próprias dimensões do relvado etc.
Quem não sente não é filho de boa gente.

100%SCB

Quote from: RuberAlbus on 12 de May de 2020, 12:46
E não podem ficar na Cidade Desportiva?
Não há quartos... deverá ser no Melia, se bem que acho que na falperra seria melhor.
FORÇA BRAGA

Lipeste

I Liga "pode não retomar" e há possibilidade "ainda mais dramática" 

João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, não dá como certo regresso do campeonato

Em entrevista ao jornal Económico, nesta terça-feira, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto esclareceu que não é certo que o campeonato nacional regresse.

"Tenho lido e ouvido muitas pessoas a darem como adquirido o regresso da I Liga de futebol. A I Liga pode nem sequer retomar e também acontecer uma possibilidade que pode ser ainda mais dramática, do meu ponto de vista, que é retomar a competição e voltar a interrompê-la", avisou João Paulo Rebelo.

O governante fala em "possibilidade de retoma", agendada para o final deste mês, mas adverte também que, até lá, as autoridades envolvidas vão estar em "constante monitorização e acompanhamento", em virtude da "capacidade de contágio" da covid-19.

João Paulo Rebelo destaca ainda que especialistas da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Direção-Geral de Saúde "estão a trabalhar para garantir um conjunto de condições que implicam a saúde dos participantes e a saúde pública". Por isso, estará sempre em cima da mesa, nas próximas semanas, uma eventual suspensão do campeonato.

Esta entrevista surge num momento em que se levantam dúvidas vozes discordantes sobre uma eventual retoma, que está prevista e que motivou, de resto, uma reunião em São Bento, com o primeiro-ministro, António Costa, os presidentes da FPF e da Liga e os principais dirigentes dos três grandes: Sporting, FC Porto e Benfica.

Esse encontro teve como tema central a "análise aos termos em que pode ser efetuada a retoma dos campeonatos profissionais e o levantamento de restrições na área do desporto". Entretanto, o Governo deu luz verde para o regresso da I Liga.

Porém, com os regressos dos plantéis ao trabalho e a realização de testes, há jogadores que acusaram positivo para covid-19 e não existe consenso sobre a retoma da I Liga.

Na entrevista ao Económico, João Paulo Rebelo revelou que os clubes estão a enfrentar dificuldades, resultantes da paragem das competições e da perda de receitas, pelo que o regresso do futebol se tornou imperioso para as finanças de alguns emblemas mais vulneráveis. 

"Todos sabemos que os clubes têm manifestado, de uma forma geral, as suas dificuldades financeiras por não haver a retoma do campeonato e que isso pode ter impactos financeiros fatais para esses clubes. Por aí, aceita-se o risco existente, por mais baixo que seja. É este equilíbrio que tem de ser encontrado", assinalou o secretário de Estado.

O desafio é diminuir os perigos, sendo que o risco zero "é uma utopia".

em: https://bancada.pt/futebol/portugal/i-liga-pode-nao-regressar-e-ha-possibilidade-ainda-mais-dramatica

Lipeste

Entrevista na íntegra para quem quiser ler:

João Paulo Rebelo: "I Liga pode nem sequer retomar. Mais dramático: pode regressar e ter de parar novamente"

Em entrevista ao "Jornal Económico", o governante mostrou-se cético em relação ao regresso do futebol profissional em Portugal.


(...)

em:
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/joao-paulo-rebelo-i-liga-pode-nem-sequer-retomar-mais-dramatico-podemos-regressar-e-ter-de-parar-novamente-587095

Lipeste

Clubes de futebol "vão reinventar relação com adeptos", realça psicóloga

Futebol voltará em breve aos relvados nacionais mas sem público



O regresso do futebol, após a suspensão devido à pandemia de covid-19, vai levar os clubes a "reinventar também a relação com os seus adeptos", explica à Lusa a especialista em psicologia do desporto Ana Bispo Ramires.

Segundo a psicóloga, o período que a sociedade atravessa devido à pandemia tornou evidente "uma capacidade de adaptação gigante", das pessoas e dos vários setores, o que se estende também ao futebol.

Ainda assim, e se, "no pior dos cenários", como não existir uma vacina ou qualquer tratamento "que traga confiança" para 'enfrentar' a covid-19, espetáculos como jogos de futebol continuarem à porta fechada, os clubes "vão reinventar também a relação com os seus adeptos".

"Alguma forma será feita para os trazer para junto [dos clubes], dentro das ferramentas virtuais que temos", considera.

Para a especialista, o facto de o ser humano ser um "animal de hábitos, para o bem e para o mal", permitirá aos adeptos cumprir o 'slogan' criado por Fernando Pessoa para a Coca-Cola: "primeiro estranha-se, depois entranha-se".

"Se isto se mantiver assim, primeiro estranha-se, mas daqui a três ou quatro meses as pessoas normalizaram, e já não se queixam tanto", atira.

Segundo Bispo Ramires, os laços sociais "estão quebrados em todos os campos", pelo que a ligação dos adeptos aos clubes, e entre si, não é exceção, uma vez que também as próprias relações sociais "precisam de se reinventar".

"Tenho abordado a minha preocupação de como de repente o espaço virtual se assume como uma tábua de salvação para os afetos e as pessoas. A minha pergunta é: o que é que vem a seguir?", questiona.

Para a psicóloga, um "'detox' tecnológico" será necessário após este período em que o espaço virtual substituiu uma necessidade humana básica: "as pessoas precisam de voltar a tocar, a estar, a olhar umas para as outras".

"A minha preocupação é mais: como é que vamos voltar a levar as pessoas a tocarem-se? A beberem um copo... isso precisa de ser pensado", reflete.

(...)

em: https://bancada.pt/futebol/portugal/clubes-de-futebol-vao-reinventar-relacao-com-adeptos-realca-psicologa

Lipeste


Pandemia vai "recentrar a posição do adepto" no futebol

Futebol deverá regressar a Portugal no dia 4 de junho


A pandemia de covid-19, que levou à suspensão generalizada do futebol, e à sua retoma à porta fechada, vai levar a "uma reflexão no sentido de recentrar a posição do adepto", explica à Lusa o antropólogo Daniel Seabra.

"A pandemia vai permitir uma reflexão no sentido de recentrar a posição do adepto. A pandemia mostra que os adeptos são absolutamente essenciais, porque são os consumidores do futebol. E o futebol vai começar a ter só adeptos televisivos, mas isso... os adeptos podem ver só pela televisão, mas se não houver consumidores, adeptos que querem ver o futebol, o futebol perde-se enquanto valor, enquanto atividade orientada para o espetáculo e para o negócio", sustenta.

Entre os adeptos que acaba por seguir em redes sociais ou outros espaços via Internet, impedido que está do contacto direto, tem encontrado "sobretudo dois perfis" de pensamento sobre a atual pandemia e seu impacto no futebol, nomeadamente no regresso, à porta fechada, da I Liga, a partir de 04 de junho.

De um lado, há quem reflita "acerca da importância do futebol nas suas vidas", e como este "não é assim tão importante", e, do outro, existe um grupo que tem "saudades do estádio, de estar com os amigos no estádio e apoiar o clube em conjunto".

Para o antropólogo, que desde 1992 investiga o comportamento de adeptos e claques de futebol - um trabalho plasmado no livro "Claques de Futebol: O Teatro das Nossas Realidades" -, a pandemia torna claro que "o futebol só sobrevive enquanto negócio se houver adeptos que o consomem", não só "pelo espetáculo", mas por os próprios clubes fazerem parte de uma identidade, geográfica e não só.

No lado do negócio, a pandemia veio também "deixar a nu" "uma situação de sobrecapitalização" do jogo e das suas instituições, provada que está "a importância enquanto fenómeno económico", do qual dependem "muitas pessoas, direta e indiretamente".

Dos jogadores, que viram os salários reduzidos em vários casos, à comunicação social especializada e aos negócios que exploram este mercado, como a venda ambulante em torno dos estádios, a paragem faz-se sentir no campo económico de várias formas.

Ainda assim, "quem confere valor ao futebol são os adeptos", sustenta Daniel Seabra, que vê muitos clubes a viverem "acima das suas possibilidades", com antecipação de receitas, capitais próprios negativos e outros mecanismos.

Fica evidente que "quando o espetáculo para, param as receitas, não há quem consuma", e a pandemia deve, então, ajudar a recentrar a maior importância nos adeptos "que vão aos estádios, e não aos interesses televisivos".

"O debate [que se gerou] mostra que o regresso do futebol não é pacífico, mas toda a dimensão comercial e da produção do espetáculo faz obviamente pressão, porque se assim não for está em causa a própria sobrevivência do espetáculo enquanto atividade profissional, de forma direta e indireta", acrescenta.

"Coloca em causa a sobrevivência de uma indústria. O futebol, enquanto jogo, é uma atividade essencial, mas também um fenómeno social total com uma vertente económica, e, em muitos casos, tem também uma vertente ritual e religiosa, e as pessoas sentem-se privadas desse ritual", considera.

O antropólogo vê os adeptos "muito divididos", com alguns a considerarem que, sem público nas bancadas, "o futebol não tem sentido", pela sua "dimensão participativa". "Ninguém olha para o futebol como olha para uma ópera. As pessoas interferem, no estádio, com a forma como decorre o jogo", explica, lembrando os resultados por norma mais favoráveis às equipas da casa do que aos visitantes.

Os laços sociais criados em torno do jogo, das amizades no estádio às claques e ao convívio em cafés, por exemplo, "não estão ameaçados", antes "perturbados no curto prazo", e Daniel Seabra alerta que a própria componente emocional do futebol torna difícil para os adeptos respeitar "as regras de distanciamento social" se surgisse a possibilidade de reabrir ao público.

"O futebol é uma comunidade imaginada. Milhares de pessoas, cada uma com a sua história individual e percursos de vida, com profissões diferentes, estão durante 90 minutos, um pouco mais, [...], numa unidade de espaço que é o estádio, e numa unidade de ação, que é o que o futebol nos propõe enquanto jogo. É um contexto emotivo e de forte identificação. As pessoas projetam no clube uma ânsia de vitória que muitas vezes lhes é negada na sociedade", aponta.

Por essa razão, e porque as pessoas sentem "que a vitória também é delas", numa "procura de uma glória que se reflete em nós", tornar-se-ia difícil manter "o controlo emocional" numa bancada.

Ainda assim, "o futebol não ocupa a vida das pessoas de igual forma". "Para membros de uma claque, é central. Para alguns, não tenho dúvidas de que estes dias foram difíceis. Outros terão descoberto que o futebol não é assim tão importante. Há muitas formas de ser adepto", conclui.

em: https://bancada.pt/futebol/portugal/pandemia-vai-recentrar-a-posicao-do-adepto-no-futebol

Lipeste

Aplicação móvel promete recriar ambiente dos estádios de futebol

Futebol sem público era uma realidade impensável há uns meses, mas agora é a única opção para o futebol voltar aos relvados a 4 de junho. Para que não falte ao jogadores o ruído vindo das bancadas, a empresa Yd Entertainment criou uma aplicação móvel que reproduz os ambientes dos estádios da I Liga portuguesa de futebol e que pode ser usada nos jogos à porta fechada.

Denominado Global Stadium, o produto está ao dispor dos clubes portugueses que o "pretendam disponibilizar aos seus adeptos", segundo o diretor do projeto, José Pedro Rodrigues., nas 10 jornadas que restam do campeonato, com reinício agendado para 04 de junho, sem público nas bancadas, estando prevista uma tendência de maior utilização entre os adeptos mais jovens.

A ferramenta pretende garantir aos jogadores "a sensação de proximidade física", "motivadora para a sua criatividade", e aos adeptos a devolução do "sentimento de pertença", mesmo quando impedidos de irem aos estádios.

O software visa "minimizar os efeitos da ausência física de espetadores", procurando criar nos estádios "uma atmosfera o mais próxima possível da normalidade". A empresa também conta medir "em tempo real" a quantidade de "utilizadores que interagem com os espetáculos ao vivo", informa ainda o documento da Yd Entertainment.

Segundo um documento da Yd Entertainment cedido à Lusa, a aplicação móvel permite a "qualquer espetador que esteja a assistir a uma transmissão ao vivo" de um jogo de futebol escolher uma das equipas em campo como a sua preferida e "transmitir as suas emoções para o recinto de jogo, carregando numa simples tecla".

Graças ao conhecimento de inteligência artificial instalado no produto, os sons escolhidos podem ser "reproduzidos em tempo real" nos estádios sem público, de forma a "transmitirem aos jogadores alguma da emoção dos espetáculos ao vivo com assistência", lê-se na mesma nota.

"É provável que a aplicação seja mais utilizada por uma faixa etária mais nova, mais familiarizada com este tipo de interações. Uma faixa mais antiga provavelmente não a vai utilizar, mas a ferramenta procura devolver a emoção aos estádios nos jogos à porta fechada", disse à Lusa o coordenador para a área do futebol na empresa dedicada às tecnologias, com sede na Caparica, no concelho de Almada.

A aplicação já estava a ser desenvolvida para vários clubes europeus antes do surto do novo coronavírus, principalmente os da Liga inglesa, mas é agora vista com "redobrado interesse" devido à interdição dos estádios, frisou o consultor, tendo avisado que esta conjuntura se pode prolongar no tempo devido a uma eventual segunda vaga da pandemia.

em: https://www.dn.pt/desportos/aplicacao-movel-promete-recriar-ambiente-dos-estadios-de-futebol-12197683.html

Lipeste

Jogadores têm compromisso de honra para assinar

Clubes receberam plano de ação da retoma do campeonato, que inclui um anexo que deve ser rubricado por todos os intervenientes nos jogos.


Apontado para 4 de junho, o regresso do campeonato será feito de acordo com um plano de ação com normas muito rígidas, definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em articulação com a FPF e com a Liga, que os clubes já começaram a receber. O documento, a que o JN teve acesso, inclui um anexo cujo título é "Compromisso de Honra", para ser assinado por todos os jogadores e demais agentes.

Nesse anexo, os intervenientes nos jogos comprometem-se a cumprir a "contenção social" nos termos previstos pelo clube a que pertencem e pelas autoridades de Saúde, a adotar um "comportamento social responsável, nomeadamente o confinamento no domicílio", do qual sairão apenas para "as atividades profissionais essenciais à prossecução da competição" e a "limitar os contactos sociais ao agregado familiar, até ao término da competição". Desta forma, constata-se que não foram aliviadas as regras que motivaram protestos públicos de três jogadores do F. C. Porto e um do Sporting, depois de ter sido tornado público o parecer da DGS para o regresso da competição, no passado domingo.

Num ponto anterior deste plano de ação está, no entanto, escrito que se os jogadores e staff das equipas tiverem de sair de casa, sem ser em dias de treinos ou jogos, só o podem fazer em casos de "força maior", sendo que esse ponto já estava no documento antes da atualização feita na passada terça-feira.

Sempre que solicitados, os jogadores têm de participar em "iniciativas de cariz social e educativo de sensibilização da sociedade para a importância da contenção social como forma de prevenção e controlo à covid-19". No caso de um teste positivo, o jogador é equiparado a "portador de doença, não havendo qualquer exceção". Será sempre aplicada a lei para efeitos de número mínimo de jogadores para jogo (sete), abaixo do qual uma equipa perderá a partida por falta de comparência, conforme afirmou o primeiro-ministro António Costa há alguns dias.

Máximo de 185 pessoas

O documento também estabelece o número máximo de 185 pessoas autorizadas a entrar no estádio nos dias dos jogos: 85 com acesso às zonas técnicas (jogadores, treinadores, delegados da Liga, árbitros, médico anti-doping, técnico VAR); 25 à volta do relvado (apanha-bolas, repórteres, fotógrafos e operadores de câmara); 15 no relvado antes, ao intervalo e depois do jogo; e 60 nas bancadas, entre as quais os órgãos sociais dos clubes e a comunicação social.

em: https://www.jn.pt/desporto/jogadores-tem-compromisso-de-honra-para-assinar-12202388.html

Lipeste

Suspensão da Taça da Liga "está em cima da mesa", diz Sónia Carneiro

Liga atenta a uma "mudança de paradigma" que pode forçar uma alteração dos quadros competitivos

A diretora executiva da Liga de clubes, Sónia Carneiro, admitiu que ainda há muitas incertezas a condicionar o calendário da época em curso e o da próxima, não estando descartada a hipótese da suspensão da Taça da Liga.

Em declarações à Antena 3, lembrou que o calendário competitivo, para além de cumprir as regras sanitárias determinadas pelas autoridades de saúde, tem ainda de ser balizado pelas instâncias internacionais que regulam o futebol.

"Tudo está em cima da mesa, desde alterações aos quadros competitivos a mudança do paradigma de cada competição", afirmou Sónia Carneiro.

"Vamos acabar a época e depois poderemos planear a próxima época", continuou a diretora da Liga, frisando que o futebol deve 'apanhar boleia' da reabertura da economia.

"Estamos com os restaurantes a retomar, as escolas, as creches", exemplificou.

Sónia Carneiro salientou ainda que, apesar das transmissões televisivas não serem "um problema da Liga", os operadores "devem ser protegidos", assim como os clubes que assinaram contratos com as mesmas.

"Existe um plano de ação, com a possibilidade de presença de pessoas nos estádios, até um limite máximo de 185 pessoas, entre os que estão envolvidos na operação do jogo e os demais, como a comunicação social. Todos serão protegidos. Vamos sempre prestigiar a saúde pública", concluiu a diretora executiva da Liga.

em: https://bancada.pt/futebol/portugal/suspensao-da-taca-da-liga-esta-em-cima-da-mesa-diz-sonia-carneiro

Lipeste

Pedro Proença sugeriu jogos em sinal aberto e gerou mal-estar nos clubes e operadoras (Liga)

Foi a 26 de abril, quatro dias antes do primeiro-ministro, António Costa, reunir-se com o Conselho de Ministros e anunciar o regresso do principal escalão do futebol português, que Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes, enviou uma carta ao ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
Ao longo de seis páginas, Pedro Proença falou em nome dos 36 clubes dos campeonatos profissionais, fez as contas às perdas diretas da indústria devido à pandemia e pediu, claro está, que o Governo considerasse o futebol como um dos setores a regressar numa das primeiras fases do desconfinamento.

Nessa carta endereçada a Pedro Siza Vieira, sabe A BOLA, Pedro Proença acabou, porém, por assumir um desejo que caiu mal junto dos operadores que têm contratos assinados com os clubes da Liga, a NOS e a Altice e, consequentemente, junto dos emblemas que dependem diretamente das verbas das transmissões televisivas que, recorde-se, foram suspensas face à paragem do campeonato.

Na tal carta, datada de 26 de abril, Pedro Proença sugeria ao Governo a possibilidade de, mesmo à porta fechada, o futebol regressar e, por ação estatal, os operadores colaborarem para a transmissão dos jogos, ou parte deles, em sinal aberto.

Praticamente uma semana depois, Pedro Proença escreveu também a Marcelo Rebelo de Sousa. Uma carta de conteúdo diferente mas, uma vez mais, manifestando o interesse em oferecer o regresso do campeonato, confirmado que foi à porta fechada, a todos os portugueses, em sinal aberto - neste caso, com recurso ao serviço público de televisão: a RTP.

A intenção de Pedro Proença e, sobretudo, essa manifestação junto de Governo e Presidência da República, caíram mal junto das operadoras e, consequentemente, dos clubes - a NOS, principal patrocinadora da Liga, à qual dá nome, também suspendeu o pagamento à própria Liga de Clubes nos últimos dois meses, tal como fez junto dos clubes.

Tendo tido conhecimento que o conteúdo das duas cartas tinham acabado por chegar junto das operadoras, Pedro Proença acabou, sabe A BOLA, por endereçar diretamente ao Conselho de Administração da Sport TV, no passado dia 18, uma carta, na qual considera que o mau estar e inquietações das operadoras são infundadas e que cabalmente quis esclarecer. Pedro Proença, de resto, citou mesmo parte da carta enviada ao ministro da Economia, quando referiu que é essencial que as operadoras recebam as suas contrapartidas, garantindo ao setor os mais de 50 milhões de euros que fazem toda a diferença para os clubes. Em nenhum local dessa carta enviada à Sport TV, porém, Proença assume que sugeriu e defendeu jogos em canal aberto junto de Governo e Presidente da República.

Ontem, confrontada com toda esta polémica, que motivou mau estar junto dos próprios clubes, a Liga respondeu a A BOLA, através da diretora executiva, Sónia Carneiro.

«A intenção da Liga sempre passou por proteger o futebol, até como fenómeno socialmente importante nesta fase de pandemia, e nunca colocou a possibilidade de as operadoras não serem compensadas pelos jogos que fossem transmitidos em sinal aberto», afirmou a diretora da Liga.

A verdade é que ontem eram vários os dirigentes de clubes do principal escalão indignados com o teor das propostas de Pedro Proença e que, junto da Liga, fizeram ver o seu desagrado. E na reunião de amanhã, com todos os líderes dos clubes do principal escalão, onde será definido o calendários para os 90 jogos e 10 jornadas que faltam, bem como confirmados os estádios aprovados pela DGS, este assunto estará, certamente, em cima da mesa.

em: https://www.abola.pt/nnh/2020-05-20/liga-pedro-proenca-gera-mal-estar-nos-clubes-e-operadoras/845466

Lipeste

Carta de Proença a Marcelo e ao governo gera desconforto entre operadoras

Os clubes e as operadoras de transmissão televisiva estão descontentes com Pedro Proença depois de o presidente da Liga ter enviado uma carta ao governo, para o gabinete do ministro da Economia, e para o Presidente da República onde, entre outras coisas, lançou a proposta de que alguns jogos do campeonato pudessem passar em sinal aberto no contexto da pandemia.

De acordo com o jornal A Bola, a ideia de Proença não caiu bem entre os operadores de transmissão, sendo alguns parceiros da própria Liga, e também entre alguns clubes do principal escalão do futebol.

Deste modo, ainda segundo o referido jornal, Proença entendeu escrever ao Conselho de Administração da Sport TV, que transmite a grande maioria dos jogos da Liga NOS (exceção aos encontros do Benfica na Luz que são passados na Benfica TV), para tentar tranquilizar os responsáveis do canal de desporto sobre a ideia de ter jogos em sinal aberto.

Perante algum desconforto que a ideia de Proença possa ter causado, Sónia Carneiro, diretora da Liga, faz a defesa do organismo e salienta que a ideia é defender o futebol.

"A intenção da Liga sempre passou por proteger o futebol, até como fenómeno socialmente importante nesta fase de pandemia, e nunca colocou a possibilidade de as operadoras não serem compensadas pelos jogos que fossem transmitidos em sinal aberto", referiu a diretora, em declarações ao jornal A Bola.

Recentemente, João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, admitiu que está a ser avaliada uma medida para evitar aglomerações de adeptos quando a Liga recomeçar mas não se quis comprometer com uma eventual ideia de serem transmitidos jogos em sinal aberto.

"Essa é uma questão complexa e temos refletido sobre isso.":
(https://bancada.pt/futebol/portugal/transmissao-dos-jogos-pode-levar-a-ajuntamentos-e-governo-esta-preocupado)

em: https://bancada.pt/futebol/portugal/carta-de-proenca-a-marcelo-e-ao-governo-gera-desconforto-entre-operadoras

AMartins

#999
Aí está a mãozinha estendida. O presente envenenado que estava a caminho. Gostei do falso incómodo das operadoras. A irresponsabilidade só poderia levar a isto, agora vamos todos rir (de uma forma ou de outra) com a resposta estatal...