NOTICIAS DO ENORME DO DIA 28/08

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Guerreiros sem resistência
Amoreira Pouco Estoril, muito Braga e resultado lógico

Vitória da equipa mais madura e taticamente mais cumpridora perante um Estoril que não apresentou um conjunto coeso, evidenciando ainda bastantes momentos de desnorte coletivo, especialmente a seguir aos golos.
Wilson Eduardo remata para o segundo golo. O Braga fez o que quis do Estoril na primeira parte
Num jogo em que houve pouco Estoril e muito Braga, a superioridade arsenalista na primeira parte foi clara: o tento de Pedro Santos foi de fino recorte técnico. E o segundo golo, da autoria de Wilson Eduardo, não lhe fica atrás. Moreira – que sofreu dois golos e nem sequer conseguiu tocar na bola em todo o primeiro tempo... – ainda viu dois cabeceamentos, de Wilson Eduardo (23 m) e de Hassan (25) tirarem tinta ao poste da baliza do Estoril. Após o reatamento, a equipa de Fabiano Soares teve o seu momento do jogo, ao iniciar a segunda parte com um golo logo na primeira jogada, algo que motivou e possibilitou aos jogadores estorilistas acreditarem na conquista de pontos frente ao Braga, depois de 45 minutos horrorosos.
O Estoril abriu o jogo, arriscou tudo desde logo e acreditou que poderia criar mais oportunidades contra um Braga que chegou a ter o duelo controlado.
Os arsenalistas – que não contaram com Rafa, por opção técnica – resistiram ao esforço estorilista, pouco concertado mas muito voluntarioso, e sentenciaram o jogo com um remate do capitão André Pinto, no minuto 85.

JN

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Belenenses arranca vitória, Braga chega à frente da I Liga
Azuis do Restelo venceram em Tondela (0-1) enquanto os guerreiros do Minho triunfaram no Estoril (1-3) e subiram ao topo

3.ª JORNADA O Sp. Braga lançou-se cedo para o topo da tabela da I Liga. O Belenenses esperou pelos minutos finais para assegurar a primeira vitória no campeonato. E ambos somaram vitórias forasteiras, nos outros jogos de ontem da 3.ª jornada da I Liga (além do Nacional-Benfica).
No Estoril, perante uma equipa que se vai afundando no último lugar (zero pontos em três jogos), o Sporting de Braga lançou-se para a liderança provisória da I Liga, com sete pontos. O triunfo minhoto, por 1-3, cedo ficou traçado, com os golos de Pedro Santos (15') e Wilson Eduardo (33'). Lucas Farias ainda reduziu (47') mas André Pinto (85') acabou com as dúvidas – e os estorilistas acabaram reduzidos a dez, por expulsão de Alisson Farias, por acumulação de cartões amarelos. Rafa não foi opção na equipa orientada por José Peseiro.

Na Beira Alta, o duelo entre Tondela e Belenenses foi mais equilibrado – só Fábio Sturgeon o desequilibrou, com um golo aos 81 minutos, que valeu aos azuis do Restelo a primeira vitória na I Liga (somam quatro pontos). A equipa lisboeta ainda acabou reduzida a dez elementos, por expulsão de Domingos Duarte (aos 89'), mas o Tondela já não foi a tempo de evitar a derrota. A equipa tondelense ainda só somou um ponto esta época.

DN

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Com Rafa na bancada, SC Braga vence de forma categória Estoril-Praia

Uma vitória categórica, a dar a liderança provisória. O SC Braga venceu em casa do Estoril-Praia, por claros 1-3, e ascendeu, provisoriamente, ao topo da I Liga, cumpridas três jornadas. Sem Rafa na equipa - que acabou por ver o jogo na bancada - Pedro Santos assumiu o papel principal e levou a equipa a um triunfo mais do que justo e pleno de tranquilidade.

Os Guerreiros entraram determinado na Amoreira, numa exibição de classe na primeira parte, que começou com o aviso de Wilson Eduardo. O extremo - a par de Pedro Santos - esteve em destaque na partida e foi desta dupla que nasceram os golos. Grande passe do avançado a desmarcar Pedro Santos na direita e um trabalho individual brilhante do extremo. Tirou Joel do caminho e rematou de pé esquerdo para um golaço. Foi o segundo golo de Pedro Santos e uma entrada em grande do pequeno gigante esta temporada.

O Estoril tentou responder, mas sem muito sucesso... perante um SC Braga pressionante, a carregar no ataque. Wilson cabeceou a rasar o poste - em mais uma boa combinação com Pedro Santos - e Hassan falhou por pouco o cabeceamento, isolado, depois de mais uma brilhante jogada de Pedro Santos na direita. Abriu o livro o extremo!

Com tanto gás no ataque, era previsível o segundo golo, que surgiu em mais um grande momento de futebol arsenalista: boa combinação entre Wilson Eduardo e Ricardo Horta na área, depois de Goiano entregar pela esquerda. Wilson rematou de pé direito para um bonito golo, o primeiro da conta pessoal esta época.
Era o domínio total dos guerreiros a reflectir-se no marcador ao intervalo, numa grande primeira parte bracarense.

Insatisfeito com a desvantagem, Fabiano Soares fez duas substituições no recomeço da partida, lançando dois homens mais ofensivos, à procura de maior profundidade. E o abanão na equipa teve efeito imediato. Na primeira vez que tocou na bola, Alisson Farias reduziu, na cobrança de um livre lateral, directo às redes da baliza de Marafona.

O golo fez o Estoril acreditar, o jogo equilibrou-se, com os canarinhos a não deixarem o SC Braga sair na primeira fase de construção de jogo. Depois de uma fase mais atordoada, os arsenalistas reorganizaram-se, voltaram a aparece r em campo e esteve à vista o terceiro. Hassan atirou ao ferro... Mas foi André Pinto a matar o jogo, na sequência de um canto. Depois do primeiro cabeceamento, na recarga, o central rematou em cheio para o fundo das redes. Até ao final, houve ainda tempo para Farias ver um cartão vermelho.

"Vitória justa num grande jogo da nossa equipa"

José Peseiro tinha pedido maior eficácia aos jogadores. E a resposta foi uma exibição de gala, no terreno do Estoril-Praia. Atitude que deixou o técnico do SC Braga visivelmente satisfeito no final da partida, que colocou a equipa arsenalista na liderança provisória do campeonato.
"Fizemos um grande jogo. Entrámos muito bem, controlámos e dominámos, praticamente, os 90 minutos. Na primeira parte, até podíamos ter feito mais golos. Mas, quer nos momentos defensivos, quer ofensivos, tivemos uma grande prestação. Quase não deixámos o Estoril criar situações, criámos ocasiões e marcámos em duas delas", começou por explicar o treinador bracarense.

Na segunda parte, prosseguiu, "sofremos um golo logo, mas não perdemos a cabeça": "fomos confiantes, gerimos o jogo com posse, o que não tínhamos conseguido fazer em Guimarães, no outro jogo fora de portas".

Peseiro considera que o adversário "colocou mais perigo na segunda parte", contudo, "era uma injustiça se sofressemos o empate". "Fomos sempre equilibrados e chegámos ao terceiro golo. É uma vitória justa num grande jogo da nossa equipa", destacou o treinador.
Apesar do triunfo e da liderança provisória, o técnico refreia os ânimos. "Mesmo assim, ainda é muito cedo para dizer que estamos fortes, ainda há muito trabalho pela frente", alertou.
Quanto a Rafa, Peseiro explicou a razão de ter deixado o extremo na bancada: "é um excelente jogador e mesmo com o ambiente que se tem criado tem mantido a atitude e o empenho com a equipa. Convoquei-o para avaliar hoje [ontem] se estava disponível ou não para jogar. Achei eu, perante a pressão que tem aumentado, e porque o jogador tem um sonho, que não tinha condições. Escolhi outro. Entendi que não seria bom expô-lo", rematou.

CORREIO DO MINHO

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Rafa em Lisboa para assinar
Jovem dianteiro não voltou a Braga após o jogo no Estoril e espera finalizar hoje a transferência para o Benfica

O internacional luso, que se concentra amanhã com a Seleção – e tem também na agenda a escritura de compra de uma casa na zona norte da capital – não quer esperar mais para reforçar as águias

Divergências entre o Braga e o empresário de Rafa impediram até agora que o jovem dianteiros e confirmasse como reforço do Benfica para cinco épocas, mas o jogador quer fechar a transferência nas próximas horas, tendo ontem dado mais um sinal da sua intenção ao não voltar com a equipa depois do jogo que os bracarenses realizaram no Estoril.
Rafa preferiu gozar em Lisboa a folga de hoje concedida por José Peseiro, que o convocou para o jogo com os canarinhos, mas o deixou depois na bancada, tendo o jogador agendada para amanhã a realização da escritura de compra de uma casa na zona norte da capital. Em paralelo, e como já transmitiu ao seu agente, não quer esperar mais pela resolução do seu futuro e pretende fazes exames médicos e assinar pelo Benfica antes da concentração da Seleção Nacional, prevista para amanhã.
O negócio entre Benfica e Braga foi fechado há semana e meia, com as águias a pagarem 16 milhões de euros aos bracarenses por 90 por cento do passe do jogador, que irá auferir 2,5 milhões de euros brutos/ ano. O seu empresário, António Araújo reclamou o recebimento de 1,6 milhões de comissão de intermediação, recusados pelos arsenalistas.


Na bancada atrás do "sonho"

Apesar de ter sido convocado por José Peseiro para o encontro na Amoreira, frente ao Estoril (ver páginas 40-42), Rafa ficou, como seria de esperar, for adas opções finais do treinador bracarense. O internacional português, que falhou o segundo desafio segui dona Liga, assistiu ao encontro num dos camarotes do Estádio António Coimbra da Mota, na companhia do médio Martinez e de alguns elementos do staff. Mesmo assim, manteve a boa disposição, não se furtando às várias solicitações de que foi alvo no início e no intervalo da partida, principalmente por adeptos da casa. À espera da conclusão do processo de transferência para o Benfica, o atacante conviveu sem problemas com os adeptos da casa, privando também com Rui Fonte, avançado que já foi seu colega de equipa e que está de regresso ao clube minhoto, agora a título definitivo.
José Peseiro apresentaria, depois da partida, a sua versão para a exclusão de Rafa, considerando que "não estavam reunidas as condições" para a utilização do jogador. O treinador confirmou ainda o que se sabia: o atacante quer mudar de ares. "É um excelente jogador e, mesmo com o ambiente que se tem criado, tem mantido a atitude e o empenho. Convoquei-o para avaliar hoje se estava disponível ou não para jogar. Achei eu, perante a pressão que tem aumentado e porque o jogador tem um sonho, que não tinha condições."

O JOGO

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UM BRAGA A JOGAR COMO OS GRANDES
Minhotos entraram a toda a força no jogo, foram sempre superiores; canarinhos deram a resposta possível

Muito cedo o Braga começou a construir a vantagem; muito cedo demonstrou que está no caminho que costuma pisar, vencendo a generosa resistência do Estoril



Foi com uma exibição mandona, cheia de convicção, qualidade e, também, arte individual que o Braga derrotou convincentemente o Estoril na Amoreira, por 2-1, resultado que deixa os minhotos no topo da tabela classificativa. A destacar nesta vitória, duas ou três ideias fundamentais: em primeiro lugar, a vontade da equipa de resolver cedo a partida, somando os três pontos sem passar por sobressaltos; em segundo, um coletivo forte e empenhado; e, em terceiro, uma unidade individual com nível para atuar nas equipas de topo, como foi Pedro Santos, um desestabilizador à solta no relvado canarinho. E foi precisamente ele a desatar o primeiro nó do encontro, trocando os olhos ao defesa Joel e partindo os ossos ao guarda-redes Moreira, que voou em vão, sendo obrigado a ir buscar a bola dentro das redes. O jogo tinha começado quezilento, mas os minhotos impunham o domínio desde o primeiro minuto e foram recompensados por esta atitude autoritária. Nitidamente espantado com esta dinâmica, o Estoril fez o primeiro remate apenas aos 27' e sem perigo, já depois do golo e de duas oportunidades claras por parte do adversário. Foi com uma superioridade esmagadora do Braga que terminou a primeira parte, mas com uma surpresa gigantesca que começou a segunda: ao segundo remate, e quase do meio-campo, o Estoril reduziu para 2-1, reentrando na discussão da partida. A seguir, no entanto, não deu para mais. Os da casa bem queriam chegar ao empate, mas às vezes a vontade não é suficiente, sobretudo quando se tem pela frente uma equipa bem organizada e com unidades individuais de grande valor. O Braga quase nem tremeu e chegou ao terceiro golo já perto do fim, a matar a partida num lance em que, mais uma vez, Pedro Santos participou. Os minhotos jogaram "à grande" e mereceram amplamente os três pontos.


BRAGA

Marafona 5
Podia ter feito melhor no remate/centro que deu o golo ao Estoril, desferido a mais de 40 metros.
Baiano 7
Exibição fulgurante na direita da defesa. Extremamente ativo no ataque e dois cortes decisivos na defesa (4' e 53').
Boly 6
Rigoroso, sem grandes hipóteses para os avançados do Estoril.
André Pinto 6
À boa exibição defensiva acrescentou o golo que matou o jogo, num remate à segunda.
Goiano 6
Filipe Augusto não o deixou ser tão aventureiro na frente como Baiano.
Mauro 6
Sem complicar, foi tampão eficaz aos estorilistas mais ousados.
Vukcevic 7
Muito bem taticamente, jogou sempre simples e com um grande sentido coletivo.
Ricardo Horta 6
Fez a assistência no segundo golo e ainda um remate perigoso. Pedro Santos não o deixou destacar-se mais.
Wilson Eduardo 6
Grande golo, com um remate cruzado de pé direito.
Hassan 4
Lutou, mas pouco se distinguiu. O jogo não puxou por ele.
Bakic 5
Trouxe geometria ao miolo.
Alan
Poucos minutos.



A Figura
Pedro Santos: 8 Personalidade que nunca mais acaba

Está um senhor jogador! Desde o início que foi a unidade que mais se destacou em todo o campo, criando constantes desequilíbrios na ala direita do ataque bracarense. O estorilista Joel ficou de cabeça perdida logo no primeiro golo, que concluiu com um fortíssimo remate cruzado (sem hipóteses para Moreira) após finta a Joel. Iniciou uma outra jogada de perigo com um passe de letra, mais um pormenor a ilustrar a fase de esplendor que atravessa. Cobrou o canto do 1-3. Finta, passe, corrida, empenho e criatividade.



José Peseiro "Vitória reforça a confiança"
Depois de explicar a ausência de Rafa, treinador diz que ainda falta muito caminho

"Rafa tem um sonho neste momento, por isso entendi que ele não tinha condições para jogar"

Satisfeito com o rendimento da equipa, José Peseiro explicou os motivos que o levaram a afastar Rafa do jogo na Amoreira. "O Rafa é um excelente jogador e mesmo com o ambiente criado nos últimos tempos tem mantido a atitude, o empenho e a vontade de treinar com a equipa. Disse antes do jogo que iria avaliar se ele estaria disponível para jogar. A pressão está a aumentar e o jogador tem um sonho neste momento, por isso entendi que ele não tinha condições para jogar", admitiu o técnico do Braga, considerando que o triunfo no terreno do Estoril reforça a confiança da equipa. "Fizemos um excelente jogo para início de temporada. Dominámos e controlámos a primeira parte, não dando possibilidades ao Estoril de sair para o contra-ataque. Após o 2-1, a equipa manteve a inteligência e a capacidade de suportar a reação do adversário. É uma vitória boa que consolida e reforça a confiança da equipa, mas é muito cedo para dizer que estamos fortes. Há muito caminho pela frente", adiantou.



REGRESSO WILSON EDUARDO VOLTOU AOS GOLOS

Wilson Eduardo estreou-se a marcar esta temporada pelo Braga, fazendo o segundo dos arsenalistas na Amoreira. O extremo bracarense marcou pela última vez um golo para o campeonato a 10 de janeiro, abrindo o ativo frente ao Sporting, em Alvalade, numa partida que os leões venceram por 3-2. No entanto, o último golo oficial do extremo tinha sido na Liga Europa.



ENÉRGICO PESEIRO NÃO PAROU UM MOMENTO

Apesar da vantagem de dois golos ao intervalo, José Peseiro manteve-se sempre muito ativo junto ao banco, pedindo à equipa arsenalista para que não perdesse intensidade nos duelos divididos. O técnico do Sporting de Braga não se cansou de fazer retificações, ficando mais tranquilo apenas após o terceiro golo dos arsenalistas, marcado por André Pinto.

O JOGO