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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 23/05

Started by JotaCC, 23 de May de 2016, 10:30

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JotaCC

Guerreiros do Minho conquistam a Taça de Portugal

O Sporting de Braga conquistou ontem a sua segunda Taça de Portugal de futebol, ao vencer o FC Porto no desempate nas grandes penalidades, por 4-2, depois do empate 2-2 no prolongamento.
O guarda-redes Marafona defendeu as grandes penalidades dos portistas Herrera e Maxi Pereira, enquanto Pedro Santos, Stojiljković, Hassan e Marcelo Goiano converteram os castigos máximos dos bracarenses, de nada valendo os penáltis marcados por Layún e Rúben Neves.

O Sporting de Braga, que não vencia a Taça de Portugal há 50 anos, desde 1965/66, esteve a vencer por 2-0, com golos de Rui Fonte, aos 12 minutos, e Josué, aos 58, mas André Silva empatou para os 'dragões', aos 61 e 90+1.
As bancadas do Jamor ficaram pintadas de vermelho, com a emoção a contagiar os largos milhares de adeptos bracarenses que acompanharam a equipa.
A festa foi rija na cidade e estendeu-se pela noite dentro, com o presidente da Câmara Munici-pal de Braga a fazer questão de receber os jogadores na Praça do Município, já altas horas da madrugada.

Eis os novos heróis ao fim de 50 anos

O SC Braga conquistou a Taça de Portugal, a 22 de Maio de 2016, precisamente 50 anos depois da primeira e última conquista até então. Ontem, no Estádio do Jamor viveram-se momentos que ficam eternizados, uma vez mais numa final dramática em que a equipa bracarense chegou a ter a vantagem de dois golos, mas o FC Porto recuperou (2-2) e obrigou à decisão através da marcação de grandes penalidades. Foi então que Marafona se agigantou na baliza dos bracarenses, de-tendo dois remates e na decisiva grande penalidade Goiano correspondeu com sucesso e proporcionou a explosão de alegria aos milhares de adeptos bracarenses que marcaram presença no Jamor, estendo-se até à cidade minhota.

O jogo foi épico e com emoção desde o primeiro ao último minuto. Foram necessários 11 minutos apenas para a primeira explosão de alegria dos adeptos do SC Braga, com Rui Fonte a colocar a bola no fundo da baliza de Helton, depois de um desentendimento clamoroso dos centrais com o guarda-redes portista.

De regresso à titularidade, Rui Fonte foi mais célere que os adversários, num lance de insistência, aproveitando a falha de Chidozie, colocando a bola por cima de Helton e depois empurrou-a para a baliza com a cabeça. Estava assim lançado o triunfo dos Guerreiros do Minho, com uma entrada auspiciosa na contenda. Ainda antes de abrir o activo, a equipa bracarense já tinha lançado o aviso (8 m), na sequência de um livre de Josué, com Mauro e Hassan a chegarem um pouco atrasados ao segundo poste.

A entrada dos Guerreiros do Minho com todo o fulgor, indubitavelmente, deixou transparecer uma enorme confiança... mas também algumas cautelas, na medida em que saltou à memória as recordações da final com o Sporting na época passada.
A jogar no esquema táctico habitual de 4x4x2, Paulo Fonseca apenas surpreendeu com a entrada de Rui Fonte na equipa inicial, formando dupla com Hassan, que muito trabalho deram à defesa portista.

Marafona foi o herói dos guerreiros nos penáltis

Apesar da presença do SC Braga na final da Taça de Portugal pelo segundo ano consecutivo, foi notória na edição deste ano as profundas transformações no plantel dos Guerreiros do Minho. Começa logo na liderança da equipa, com Paulo Fonseca — uma estreia na final do Jamor — a liderar a equipa minhota, quando na época transacta a liderança da equipa estava entregue a Sérgio Conceição. Numa comparação com o 'onze' dos arsenalistas na final do ano transacto foram apenas cinco jogadores que repitaram a chamada. Foram os casos de Baiano, Mauro, Luíz Carlos, André Pinto e Rafa. Ou seja, mais de 50% da equipa inicial do SC Braga no jogo de ontem estava renovada em comparação com a final do ano anterior.

A vantagem ao intervalo conferia alguma tranquilidade, tudo parecia de feição. No arranque para a segunda parte, apostado em recuperar da desvantagem (0-1) José Peseiro procedeu a alterações na equipa, com a entrada de Rúben Neves para o lugar de Chidozie, com Danilo Pereira a recuar para a posição de central, passando a jogar ao lado de Marcano.

De facto, a equipa portista reentrou na partida com uma nova atitude, na tentativa de surpreender os bracarenses, mas foram os Guerreiros a facturar um novo golo, fruto de um novo lance de desentendimento da defesa portista, desta feita com Marcano a ficar mal na fotografia, uma vez que deixou escapar um passe de Helton e Josué aproveitou da melhor forma para fazer o segundo golo da equipa minhota.

O SC Braga apanhava-se a vencer, uma vez mais, por dois golos de diferença... mas longe dos festejos, sempre com máximas cautelas. Paulo Fonseca não hesitou e optou por refrescar o ataque com a entrada de Stojiljkovic para o lugar de Rui Fonte. Ainda soavam os ecos do segundo golo nas bancadas onde estavam os adeptos do Braga, quando o Porto reduziu a diferenla (1-2), com André Silva a surgir ao segundo poste na resposta a um cruzamento de Brahimi. Faltava ainda meia hora para o final do jogo e os corações dos bracarenses palpitavam sem des- canso, numa final recheada de emoções.

Nas jogadas dos bancos, Peseiro decidiu arriscar com as entradas de André André e Aboubakar, enquanto Fonseca viu-se forçado a retirar Ricardo Ferreira (lesionado) para dar lugar a Boly. O jogo estava relançado, com os portistas a ganhar um novo fôlego, sobretudo com o pulmão que André André oferecer à equipa, ao ponto de carregar a equipa em ombros e o Braga foi aguentando a pressão até... ao minuto 90.

André Silva bisou e devolveu a esperança aos portistas. Fez um golo fantástico, com um pontapé acrobático, num lance confuso na área do Braga. Tal como há um ano, houve necessidade de recurso a tempo extra. O empate subsistiu até à marcação de grandes penalidades e aí surgiu Marafona a encher a baliza, detendo os remates de Herrera e Maxi. O SC Braga, destas vez, segurou com tudo o troféu e fez a festa no final.

Paulo Fonseca: Acreditei sempre até ao fim


Um treinador para a história do SC Braga. Paulo Fonseca deixa o seu nome escrito num dos momentos de maior glória no historial do clube bracarense. Emocionado, o treinador do clube minhoto confessou nem ter palavras para expressar a alegria, depois da vitória no jogo de ontem com o FC Porto. No concluir de uma época recheada de sucessos, Paulo Fonseca salientou que "este era o nosso maior objectivo, sem nunca o assumirmos", reportando-se à conquista da Taça de Portugal.

"Chegámos aqui com muitos jogos, os nossos jogadores fizeram muito, o encontro foi difícil e o FC Porto nunca se rendeu. Este grupo merece este momento, pelo o que se passou no ano passado. Sempre acreditei que este ano seria diferente", apontou o treinador, depois de assistir ao filme do jogo muito parecido com a final da época passada. Acontece que o desfecho foi diferente, pois neste jogo o clube bracarense acabou por segurar o troféu, enquanto na época passada perdeu para o Sporting na marcação de grandes penalidades.

"Apesar de estarmos a vencer 2-0, o FC Porto acaba por ter o domínio do jogo e empatar. Mas acreditei até ao fim. O mérito é de toda a gente, começando no presidente, que tem grande ambição, e deste grupo de trabalho, sobretudo dos jogadores. Foi uma época muito desgastante, chegámos aqui muito desgastados, e há que dar mérito aos jogadores. Não ia deixar de ser uma época muito boa. Com uma vitória aqui (Jamor) é fantástico o que fizemos. É verdade que nestes últimos tempos a equipa, talvez fruto do desgaste e porque esteve sempre confortável, tenha quebrado, mas acabámos", analisou assim o treinador do SC Braga, no final da partida de ontem.
Paulo Fonseca não quis falar sobre se o seu futuro passa ou não pelo SC Braga, sendo apontado ao Shakhtar Donetsk na próxima temporada. "Não é tempo de falar do meu futuro, é tempo de festejar", disse.

O treinador teve tempo ainda para elogiar o trabalho desenvolvido pelo presidente António Salvador, comungando de um trabalho colectivo que se reflecte no sucesso do clube minhoto. "Termos conquistado esta Taça é o espelho da evolução que o Braga tem tido, principalmente desde que o presidente chegou ao clube", mencionou Paulo Fonseca foi, de resto, muito saudado pelos adeptos do SC Braga que reconheceram o feito histórico alcançado nesta final da taça. No final de uma época ao serviço do SC Braga, Paulo Fonseca deixa marca de registo com o quarto lugar no campeonato, conquista da Taça de Portugal, presença na meia-final da Taça da Liga e ainda a disputa dos quartos-de-final da Liga Europa.

António Salvador: "Finalmente conseguimos"

Com as emoções à flor da pele e algumas lágrimas nos olhos, António Salvador, presidente do Sporting Clube de Braga, era a cara bem visível do contentamento e enorme felicidade que os bracarenses viviam após a marcação das grandes penalidades. Em pleno relvado do Jamor, com a tão desejada Taça de Portugal nas mãos, António Salvador não escondia as emoções e afirmava que após 50 anos se cumpriu um desígnio há muito procurado.

"Finalmente, na data em que se celebram 50 anos sobre a conquista da Taça de Portugal de 1966, conseguimos repetir esse feito. Muito lutámos, muito procurámos e finalmente conseguimos", começou por afirmar o presidente arsenalista, acrescentando que esta é uma vitória muito merecida por todo o clube: "este clube merece, a estrutura, os jogadores, os treinadores, directores e estes adeptos merecem esta conquista. Já no ano passado merecíamos e acabámos por sair com um amargo de boca muito grande. Mas este ano conseguimos levar até ao fim as nossas ambições e conquistámos a Taça".

O presidente fez ainda questão de lembrar o crescimento do clube nos últimos anos: "recordar que este clube, nos últimos cinco anos marcou presença em quatro finais [uma da Taça da Liga, duas da Taça de Portugal e uma da Liga Europa] e conquistou duas delas [Taça da Liga e Taça de Portugal], o que demonstra o crescimento que temos vindo a conseguir".

Sem esquecer toda a estrutura que ajudou a conquistar a Taça de Portugal, o presidente deu os parabéns ao plantel e a todos os elementos do clube, lembrando que foi uma vitória da raça, crença, esforço e sacrifício.

"Foi uma conquista fruto de muito trabalho, muito esforço e dedicação e uma crença enorme no que sabíamos que podíamos fazer", referiu António Salvador, dedicando também a vitória na Taça de Portugal à cidade de Braga, que considerou ser mais do que merecedora de um São João antecipado, principalmente depois do amargo de boca que tinha ficado bem marcado em todos os bracarenses na temporada passada: "é uma emoção muito grande finalmente conseguirmos conquistar esta Taça de Portugal e agora é preciso que toda a cidade festeje porque esta conquista não é só do clube, é de toda a cidade. A nossa cidade de Braga já merecia esta Taça de Portugal".



Marafona: "Momento inesquecível"

A tranquilidade com que abordou o momento decisivo da final, e a forma como parou dois remates de Herrera e Maxi (F.C. Porto) no desempate das grandes penalidades, tornaram Marafo-na no herói do SC Braga nesta conquista da Taça de Portugal. Guarda-redes confessa que esta final do Jamor ficará para sempre na sua memória.

"Este é um momento inesquecível. Vencer a Taça de Portugal é único, e fico feliz por ajudar o SC Braga a dar esta alegria às gentes do Minho. É uma felicidade tremenda", afirmou Marafona, agradecido ao treinador Paulo Fonseca pela oportunidade de defender a baliza do SC Braga neste jogo. "O mister foi alternando entre mim e o Matheus durante a temporada, por isso já estava à espera de jogar esta final. Tive a felicidade de poder jogar e ajudar um grande clube a conquistar este troféu importante que andava a perseguir já há 50 anos", destacou o guardião arsenalista, um dos novos heróis dos Guerreiros do Minho pela reconquista da Taça de Portugal após 1966.
Antes da marcação das grandes penalidades foi visível uma longa conversa entre Marafona e Jorge Vital, treinador dos guarda-redes do SC Braga. Quais foram as indicações preciosas? "Falamos apenas do que ia acontecer a seguir, sobre as possíveis formas como iam bater os adversários, mas disse-lhe apenas para estar com uma grande alma. Decisivo foi ele. Ele é que teve a capacidade de estar concentrado depois de 120 minutos intensos", afirmou Jorge Vital.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Festa do Braga meio século depois
Chegou a parecer uma reedição da final de há um ano, em que o Sp. Braga esteve a vencer o Sporting por 2-0, deixou-se empatar e perdeu no desempate por penáltis. Mas a história não se repetiu ontem com o FC Porto, com Marafona a defender os remates de Herrera e Maxi Pereira.

Há coincidências impressionantes. O Sp. Braga conquistou ontem a Taça de Portugal precisamente 50 anos depois da última vez que ergueu o (único) troféu no Jamor. E este precisamente significa no mesmo dia – a 22 de maio de 1966, um golo de Perrichon valeu o triunfo sobre o V. Setúbal; ontem, após o empate a dois golos, a decisão aconteceu nos penáltis, com Marafona a defender os remates de Herrera e de Maxi.
Três anos depois, a equipa minhota voltou a ganhar um troféu, depois da Taça da Liga na época 2012-13, mas este é o maior feito da história do clube na era do presidente António Salvador, que nos últimos anos se assumiu como o quarto grande do futebol português e chegou inclusivamente a uma final da Liga Europa, em 2010-11, perdida para o... FC Porto.
Paulo Fonseca, 43 anos, foi o treinador que guiou a equipa a esta conquista e nesta semana deverá anunciar a sua saída rumo aos ucranianos do Shakhtar Donetsk. Mas ontem fugiu ao tema, não contendo a emoção: "Não é tempo de falar do meu futuro, é tempo de festejar." Depois da festa no Jamor, a comitiva seguiu de autocarro até Braga, onde tinha milhares de adeptos à espera e já a festejar há muitas horas.
No FC Porto, os semblantes carregados diziam tudo. A Taça era vista como o troféu que podia salvar, ou pelo menos suavizar, uma época para esquecer a vários níveis (terceiro lugar no campeonato, três treinadores...). Se José Peseiro não tinha o lugar seguro, agora é praticamente certo que vai deixar o Dragão (Marco Silva surge como o sucessor provável), apesar de ontem no final ter dito que está a preparar a próxima época.
Pinto da Costa atravessa o maior jejum de títulos do seu reinado – a última conquista foi uma Supertaça, em 2013, precisamente com Paulo Fonseca no comando da equipa. A derradeira Taça de Portugal foi ganha na temporada 2010-11 e o último título de campeão em 2012-13. Sinais de que, como o próprio presidente já anunciou, este é um tempo de mudança no Dragão... muito provavelmente a começar pela escolha de
treinador.


Quatro golos portugueses
Os quatro golos apontados durante o jogo foram todos da autoria de jogadores portugueses, algo que não se via em finais da Taça de Portugal há 23 anos. O último jogo com três ou mais golos lusos foi a final ganha pelo Benfica ao Boavista em 1993.


Marafona acabou como grande herói no jogo de André Silva
Sp. Braga vence a segunda Taça de Portugal da sua história num jogo marcado pelos erros da defesa do FC Porto nos dois golos sofridos

O Sp. Braga ganhou ontem a Taça de Portugal pela segunda vez na sua história, 50 anos depois da primeira, ao bater o FC Porto no desempate por grandes penalidades, marcando quatro, enquanto os dragões falharam duas depois do 2-2 no tempo regulamentar. Goiano foi o autor do remate que selou o resultado final e que permitiu a Marcelo Rebelo de Sousa entregar a taça ao clube a que está ligado.
Uma tarde em que mais uma vez ficou evidente a forma errada como o FC Porto defende, oferecendo dois golos e conseguindo depois recuperar de 0-2 para 2-2 com golos de André Silva, o segundo extraordinário, aos 91', de bicicleta. Merecia ser o homem do jogo, mas acabou por ser Marafona porque defendeu os penáltis de Herrera e Maxi. É uma final mais perdida pelo FC Porto do que ganha pelo Sp. Braga, pela forma como a equipa deixou o adversário chegar à vantagem de dois golos. Os minhotos chegaram a deixar pairar a ideia da repetição do que sucedera na época passada, em que também estiveram a ganhar 2-0 ao Sporting e acabaram por perder nos penáltis.
Quando o adversário não consegue criar problemas, a defesa do FC Porto cria ela própria o golo na sua baliza. Já aconteceu tantas vezes que ontem nem foi surpresa: aos 12' um passe de Hassan para a frente estava controlado – Helton saiu da área, Chidozie estava próximo da bola, Marcano tinha Rui Fonte nas suas costas e podia bloqueá-lo. Mas Rui Fonte conseguiu intrometer-se e só com a baliza na frente marcou de cabeça. Um desastre que o Sp. Braga agradeceu e lhe permitiu jogar confortavelmente quase todo o jogo, ou seja, atacando só pela certa.
A equipa de Peseiro passou a primeira parte com 60% de posse de bola) mas sem conseguir uma oportunidade e o primeiro remate aconteceu aos 27'. O que diz muito. Não tinha havido oportunidades de golo e o FC Porto já perdia ao intervalo, permitindo o 0-2 em outro erro que nem nos juniores, neste caso de Marcano a deixar Josué marcar o golo que não festejou, ele que pertence ao FC Porto mas pôde jogar porque a proibição de emprestados não vigora na Taça.
Paulo Fonseca tinha apostado finalmente em Marafona e não em Matheus, que jogou sempre nas taças, e os dois pontas-de-lança foram Rui Fonte e Hassan, com Rafa e Josué nas alas. Peseiro deu a titularidade a Chidozie ao lado de Marcano, manteve André Silva como ponta-de-lança e preferiu Varela a Corona.
Ao intervalo Peseiro tirou Chidozie, recuou Danilo para central e colocou Rúben Neves. Fez diferença, embora não eliminasse os erros defensivos, como se veria no segundo golo. André Silva reduziu logo a seguir ao segundo do Braga, depositando na rede depois de Marafona ter desviado um remate de Brahimi. E se o FC Porto tinha sido a melhor equipa, conseguiu aos 91' chegar ao empate, quando Herrera em esforço cruzou a bola e André Silva fez o golo de bicicleta.
No prolongamento a grande oportunidade foi de André Silva, ele que fez um jogo muito bom, ao ponto de a partir de agora se poder dizer que merecia estar no Europeu – se Peseiro vai sair pela porta pequena, fica a seu crédito a aposta num jovem com muitas qualidades. Para a mudança do jogo contribuiu também a entrada de Aboubakar. Paulo Fonseca demorou a reagir ao facto de o FC Porto jogar com dois pontas-de-lança e por pouco não perdeu o jogo no prolongamento.
Não foi uma grande final do Braga, que passou muito tempo a defender e a renunciar ao jogo, mas teve a força para conseguir não cometer erros no desempate. Mas é óbvio que foram os portistas que mais contribuíram para isso – Helton, Marcano e Chidozie são responsáveis por aquilo que foi a final. Oferecer um golo já é mau, mas dois é não querer ganhar. E seguramente não merecer mesmo.


Figura do Jogo
MARAFONA

Idade 29 anos Posição Guarda-redes
Fez uma grande exibição, sem um erro, porque só entraram as que não tinham defesa. E defendeu dois penáltis no desempate. O homem que o Braga foi buscar a Paços em dezembro por 400 mil euros para substituir Kritchiuk fez o milagre de evitar a segunda queda do Braga na final da Taça.



Paulo Fonseca: "Jogadores, equipa e a cidade merecem viver este momento"

SP. BRAGA "Não consigo falar!", gritou, eufórico, Paulo Fonseca, depois de cumprir um sonho de menino ao conquistar a Taça de Portugal. "Este era o nosso principal objetivo, sem nunca o assumirmos publicamente. O jogo foi difícil, o FC Porto foi uma equipa que nunca se rendeu. Lutámos e sofremos muito mas os jogadores, a equipa e a cidade mereceram viver este momento. Sempre acreditei", sublinhou o técnico do Sp. Braga.
Depois, mais calmo, e já na sala de imprensa, disse que sempre pensou que a história de 2015 não se ia repetir: "Disse aos jogadores que estava a sentir que a história ia ser diferente. Não é fácil sofrer um golo aos 90 minutos, quando tínhamos o jogo praticamente ganho. Foi preciso fazê-los ver que ainda não tinha acabado e que eu acreditava que a história ia ser diferente."
Este foi o segundo troféu de Paulo Fonseca, depois da Supertaça com o FC Porto. Mas o treinador preferiu dividi-lo. "É de toda a gente, começando no presidente, que tem uma grande ambição, mas é principalmente dos jogadores. Termos conquistado esta taça é o espelho da evolução que o Sp. Braga tem tido, principalmente desde que o presidente chegou ao clube", elogiou. Já Josué marcou o segundo golo do Sp. Braga e foi apupado e insultando quando foi substituído. Uma atitude "normal", segundo o médio emprestado pelo FC Porto.



Marcelo voltou ao Jamor para entregar a Taça ao seu clube
Líder do Sp. Braga lembrou que o agora Presidente da República esteve na final ganha há 50 anos

Final antecedida de uma homenagem ao azulejo português

AMBIENTE Há coincidências felizes. No dia 22 de maio de 1966, o Sp. Braga conquistou a primeira e única Taça de Portugal do seu historial (até ontem). Marcelo era então um rapaz de 18 anos e já de ideias fixas e paixão vincada pelo "pequeno" Sp. Braga, mas ainda longe de saber o que a vida lhe reservaria para 22 de maio de 2016. Ser Presidente da República e entregar o troféu ao seu clube do coração, 50 anos depois. "É um momento único. Há 50 anos esteve [Marcelo] cá e queria invadir o campo. Hoje é Presidente da República e veio cá entregar-nos a Taça", lembrou no final António Salvador, presidente do Sp. Braga.
Antes do jogo, Marcelo Rebelo de Sousa, que em 99% das aparições públicas aparece de gravata azul, explicou que é "presidentes de todos os portugueses" e por isso nada de gravata azul ou vermelha. Para a história fica a gravata verde com que entregou o troféu a Alan, o capitão bracarense que em 2015 viu Rui Patrício roubar-lhe a honra de receber a Taça.
Ontem, mal acabou a partida, o Presidente da República foi saudado pelos presentes como se de um elemento da comitiva bracarense se tratasse. Depois esperou pela marcha dos vencidos e o desfile dos vencedores até à tribuna. Os portistas levaram para casa a medalha de participação, enquanto os guerreiros fizeram a festa da conquista da segunda Taça de Portugal da sua história, numa final decidida nas grande penalidades.
Pouco antes do início da final, o relvado virou calçada portuguesa, com a ajuda de 500 dançarinos. Uma forma da 76.ª edição da prova rainha homenagear o azulejo português, candidato a Património da Humanidade da UNESCO. Foi assim, sob o signo da "portugalidade", que as duas equipas subiram ao relvado e as 35 mil vozes ecoaram num apoio único, antes do hino nacional.
Do lado portista deu nas vistas uma tarja gigante com o "12", o número do adepto e de Casillas, que, ontem, "cedeu" a baliza a Hélton e viu o capitão oferecer o golo a Rui Fonte, para contentamento dos adeptos do Sp. Braga e do irmão, José Fonte, que assistiu na primeira fila.
Os adeptos portistas pareciam resignados à sorte de ter uma equipa pálida e Peseiro deu nas vistas pela ausência de indumentária adequada, leia-se fato, e pelo ar de frustração no segundo golo bracarense. Uma traição de Josué, que fez o técnico levar as mãos à cabeça e pontapear o banco. O orgulho portista foi depois resgatado pelo jovem André Silva. O golo do miúdo, que todos apontam como o futuro do FC Porto e da seleção, fez soar os alarmes nas bancadas do Sp. Braga, talvez por recordarem a final perdida em 2015 frente ao Sporting. Com o aproximar do fim do jogo, os adeptos portistas iam perdendo a paciência com a equipa. "Joguem à bola, palhaços, joguem à bola", ouviu-se na bancada, antes de brindarem o autor do segundo golo do Sp. Braga: "Ó Josué, vai para o cara **** ."
Numa altura em que todos se preparavam para o apito final, André Silva, o puto-maravilha, levou o jogo para prolongamento e, muito provavelmente, deixou Fernando Santos a pensar que se calhar anunciou os 23 para o Euro 2016 cedo demais. Dez detidos e três expulsos Chegar em cima da hora não é a forma de estar de quem espera um ano para ver a equipa jogar no Estádio Nacional, por isso os adeptos do FC Porto e os vizinhos de Braga fizeram-se à estrada, rumo ao Jamor, por voltas das 05.00. Vieram carregados. O farnel foi essencial para matar o tempo até à entrada no estádio. A ansiedade pelo começo do jogo aliado a alguma impaciência gerou alguma confusão na hora de entrar. Depois de mostrarem os bilhetes e de serem revistados, alguns adeptos do FC Porto envolveram-se numa acesa de troca de palavras com um steward, que rapidamente evoluiu para os confrontos físicos, o que obrigou à intervenção rápida da polícia de choque. No total foram dez adeptos detidos e ainda três expulsos do estádio ainda antes do início da final.

DN

JotaCC

Desta vez, os penáltis deram a Taça de Portugal ao Sp. Braga
Minhotos estiveram a vencer por dois golos de vantagem, deixaram-se empatar nos descontos, mas acabaram por bater o FC Porto na decisão pelas grandes penalidades

A história esteve muito perto de se repetir, mas o destino não castigou desta vez o Sp. Braga. Exactamente meio século depois, os "arsenalistas" voltaram a levar a Taça de Portugal para o Minho, depois de derrotarem o FC Porto na decisão por grandes penalidades. E, para ajudar à festa, receberam o troféu das mãos do presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, sócio do clube.
Maria Amélia da Silva Morais, ou Amelinha, a mais carismática adepta bracarense, estava no Jamor a 22 de Maio de 1966, para assistir ao maior feito desportivo da sua equipa, até ontem. Tinha 30 anos. Agora, com 80, voltou a marcar presença em mais um momento histórico. Desta vez, teve de sofrer mais e chegou a temer o pior, tal como no ano passado, quando os minhotos deixaram escorregar o troféu das mãos e entregaram-no ao Sporting, também na decisão por penáltis.
A única diferença entre estes dois jogos decisivos foi mesmo o epílogo. Tal como em 2015, o Sp. Braga esteve a vencer, por 2-0, deixou-se apanhar no marcador já nos descontos, manteve a compostura no prolongamento, mas soube, desta vez, ter nervos de aço na decisão da marca dos 11 metros.
É verdade que o FC Porto contribuiu decisivamente para o sucesso "arsenalista" com dois golos literalmente oferecidos pela sua defesa, mas teve força psicológica para reagir ao empate dos "dragões" e aguentar o tempo extra, com o adversário moralizado animicamente e já com muitos elementos a acusar um acentuado desgaste físico.
Para os portistas, esta foi a confirmação de mais uma temporada sem êxitos desportivos. Já são quase três anos sem troféus, naquela que é a pior seca da era Pinto da Costa. E podem, acima de tudo, queixar-se de si próprios. Mais uma vez, o elo mais fraco do conjunto da Invicta foi a sua defesa, que protagonizou uma espécie de síntese do que foi a temporada.
Logo aos 12', uma falha de comunicação entre Helton e os seus defesas centrais colocaram o FC Porto em desvantagem. O guarda-redes saiu da sua área, parecia ter o lance controlado, mas acabou por não atacar a bola, pensando que o faria Chidozie. Rui Fonte, a surpresa de Paulo Fonseca no ataque bracarense, é que não fez cerimónia, ultrapassou o dono da baliza adversária e marcou de cabeça.
A depender excessivamente das iniciativas de Brahimi para provocar desequilíbrios ofensivos, os "dragões" foram inofensivos no primeiro tempo. Mas a atitude da equipa mudaria radicalmente após o intervalo, muito por mérito da entrada de Rúben Neves para o meio-campo. Os lances de perigo foram surgindo na área bracarense com cadência e, quando o golo do empate parecia iminente, a defensa voltou a fazer das suas, aos 58'.
Helton recebeu um atraso de Danilo, colocou a bola em Marcano e este deixou-a escapar para Josué que não perdoou. E tudo no melhor momento portista na partida. Mesmo assim, a equipa de Peseiro reagiu prontamente e, em três minutos (61'), reduziu a desvantagem e regressou ao encontro, com um golo de André Silva. O jovem avançado assumiria mesmo o estatuto de herói, já nos descontos, quando o FC Porto carregava com tudo, ao empatar o encontro com um bonito pontapé de bicicleta.
O prolongamento foi uma espécie de anticlímax face às emoções nos instantes finais do tempo regulamentar. Mesmo assim, André Silva teve três oportunidades para impedir os penáltis, mas valeu, mais uma vez, a defesa bracarense para adiar a decisão. Nos pontapés da marca de castigo máximo, Marafona impôs-se com duas grandes defesas que travaram os remates de Herrera e Máxi Pereira. A Taça de Portugal foi mesmo para Braga.


Positivo/Negativo

Durante a partida impediu vários golos do FC Porto, mas reservou o ponto alto da sua exibição para os penáltis. Foi um dos trunfos da segunda Taça de Portugal dos bracarenses. Dois golos seus recolocaram o FC Porto na luta pela final. O segundo é para ver e rever, com um vistoso pontapé de bicicleta a permitir o empate nos descontos.
Paulo Fonseca
Encerra a sua passagem por Braga com um feito histórico e deu uma bofetada de luva branca ao clube onde passou os piores dias da sua carreira.
José Peseiro
É um treinador que não deve nada à sorte, mas perante os erros defensivos grosseiros dos seus jogadores não pode fazer milagres.



Paulo Fonseca acreditava que "a história iria ser diferente este ano"
"Este era o nosso principal objectivo. Sem nunca o assumirmos claramente, este era o principal objectivo"

Paulo Fonseca chorou após vencer a Taça de Portugal no Jamor. "Este era o nosso principal objectivo. Sem nunca o assumirmos claramente, este era o principal objectivo. Fazia 50 anos que o Sp. Braga ganhou a Taça de Portugal, os nossos jogadores queriam muito repetir este triunfo, lutámos muito, sofremos muito. Estes jogadores e a cidade de Braga merecem viver este momento", admitiu o treinador "arsenalista".
O trauma do que acontecera frente ao Sporting na época passada parecia esquecido, mas "o golo aos 90 minutos veio trazer à memória aquilo que foi a final do ano passado", confessou Paulo Fonseca. "Apesar de estarmos a vencer 2-0, o FC Porto acaba por ter o domínio do jogo e empatar. Mas acreditei até ao fim", disse. "Sempre pensei que a história não se ia repetir", acrescentou. Sp. Braga
"Aquilo que eu lhes disse, foi o que estava a sentir: que a história se ia repetir. Não é fácil levar um golo aos 90 minutos quando temos o jogo ganho. Tenho um grupo muito equilibrado, transmiti-lhes que o jogo não tinha acabado", explicou Fonseca.
O técnico minhoto referiu que "não ia deixar de ser uma época muito boa" se não tivessem ganho a Taça e que "o mérito é de toda a gente, começando no presidente, que tem grande ambição, e deste grupo de trabalho, sobretudo dos jogadores". No entanto, reconheceu que a equipa, "nestes últimos tempos, talvez fruto do desgaste e porque esteve sempre confortável, tenha quebrado", mas acabou da melhor forma.
"Foi uma época muito desgastante, chegámos aqui muito desgastados, e há que dar mérito aos jogadores", disse, deixando em aberto a sua continuação no clube: "Acho que não é tempo de falar do futuro do Paulo Fonseca, é tempo de festejar."



Braga na rua a festejar um feito de que poucos se lembram

Não é preciso relembrar o ponto de encontro. Em dia de festejos futebolísticos em Braga, o final da Avenida Central, entre a arcada e o edifício do Banco de Portugal, é o local marcado para levantar cachecóis e soltar os cânticos de apoios. Foi assim novamente ontem, quando a cidade saiu para festejar a conquista da Taça de Portugal, exactamente meio século volvido desde a última vez que o Sporting de Braga levantou o troféu.

Os adeptos do Sp. Braga encheram as ruas da cidade minhota após o final do jogo no Jamor
No local em que aquela artéria da cidade faz uma curva, a reunião de muitas dezenas de adeptos tornava obrigatória a paragem dos automóveis e das motos. A cada novo veículo repetia-se um mesmo ritual: o condutor era obrigado a sair do seu lugar e juntar-se por um momento àquela massa humana. E em conjunto gritava-se: "Salta Braga olé!"
Menos dado a pulos, Paulo Silva, 41 anos, encostava-se a um poste de iluminação enquanto fumava um cigarro. Mas o facto de não estar no meio dos saltos não significa que estão esteja feliz com a conquista do clube da cidade. Os olhos brilham quando se lhe pergunta pela emoção daquele momento. "É uma alegria muito grande", diz.
Paulo nasceu nove anos depois da primeira e última vez em que o Braga tinha ganho a prova rainha do futebol nacional. Desse tempo só tem a memória das fotografias e do troféu nas sala de recordações do clube. Acontece o mesmo com a maioria dos bracarenses que falaram com o PÚBLICO, demasiado novos para terem visto a final de 1966.
Paulo Silva lembra-se, porém, da conquista recente da Taça da Liga ou dos apuramentos para a Liga dos Campeões para comentar que, ainda que os automóveis sejam abanados, a ritmo frenético no final da principal rua de Braga, a festa "ainda é pouca" naquelas primeiras horas da noite.
Ainda assim, o ambiente na cidade preenche-se de um coro de buzinas, umas dos carros, outras vermelhas, vendidas por vendedores ambulantes, que soam quando sopitadas. Além da Avenida Central há um outro epicentro da festa bracarense ontem, em frente à Câmara Municipal, onde foi instalado um ecrã gigante onde alguns milhares tinham assistido à partida durante a tarde. A acompanhar a transmissão de um canal nacional, por ali permaneciam ainda, mais de uma hora depois de terminada a partida. E por ali prometiam ficar, até que os heróis do Jamor regressassem à cidade.
Na praça do município, Tânia Vilaça, 16 anos, telefona a uma amiga. "Então o Braga ganhou e tu estás em casa?", diz-lhe em tom reprovador. Viu a partida em casa, mas mal terminou saiu para festejar com outros colegas da mesma idade. "É um dia muito importante para nós".
Luis Antunes tem o dobro da idade mas um pensamento semelhante. "O dia é historiador há que celebrar". Viu o jogo casa, nos arredores da cidade, com a mulher. No sofá sofreu, especialmente quando André Silva, empatou o jogo a dois golos, sobre o minuto 90, fazendo-o "ver o filme todo do ano passado" quando os braguistas viram o Sporting empatar a final da Taça de 2015 também em cima da hora, acabando por cair nas grandes penalidades. Desta vez a história foi diferente.

PUBLICO

JotaCC

Taça de Ouro
Taça de Portugal Clube minhoto triunfa no Jamor e repete vitória de há 50 anos. Fantasma da derrota da época passada com o Sporting chegou



S. C. Braga vence F. C. Porto nas grandes penalidades e conquista troféu ao fim de 50 anos Festa na capital minhota até de madrugada Hoje, foto e percurso da equipa Quarta-feira, grátis poster gigante dos heróis bracarenses A data não podia ser mais simbólica. O dia 22 de maio é, definitivamente, feliz para o Sporting Clube de Braga e ontem, 50 anos depois de ter conquistado aquela que era a única Taça de Portugal do palmarés, o clube minhoto voltou a levantar o troféu no Jamor. A festa dos milhares de adeptos arsenalistas que estiveram no Estádio Nacional estendeu-se até à capital do Minho, onde o sofrimento de cinco décadas de espera deu lugar a uma celebração até às tantas.
O filme da terrível derrota na final da época passada com o Sporting chegou a parecer em vias de se repetir, perante o desespero da multidão que assistiu ao jogo na Praça da República. Como há um ano, o Braga marcou primeiro, chegou aos dois golos de vantagem, mas permitiu a igualdade ao F. C. Porto nos minutos finais do tempo regulamentar. Seguiu-se, novamente, um prolongamento em branco e um desempate por grandes penalidades de pôr os nervos em franja. Só que, desta vez, a sorte sorriu aos minhotos. Escrito nas estrelas, o cenário de ver Marcelo Rebelo Sousa, adepto assumido do clube, entregar a Taça de Portugal ao capitão Alan tornou-se realidade o presidente António Salvador sentiu dificuldades para controlar as lágrimas.
Depois de duas finais perdidas que lhe custaram imenso a digerir, a da Taça do ano passado e a da Liga Europa em 2011, o líder dos "Guerreiros do Minho" pôde, finalmente, deitar as frustrações para trás das costas e não demorou a ser atirado ao ar pelos jogadores. O principal objetivo da época para a equipa de Paulo Fonseca estava concretizado e o Braga pode começar a concentrar-se em novas façanhas, talvez mesmo já em agosto, quando defrontar o Benfica na Supertaça, troféu que o clube minhoto nunca conquistou. Nas horas que se seguiram ao jogo, cerca de 3000 mil pessoas acorreram ao centro da cidade, à famosa arcada, para festejar um título tão ansiado e houve quem, de crucifixo em punho, amarrado com o cachecol do Braga, benzesse todos os carros que passavam.

A receção à equipa no edifício da Câmara Municipal estava prevista para o início da madrugada, já depois da hora de fecho desta edição, após 350 quilómetros em festa desde Oeiras até ao Minho.


Braga celebra fim do jejum
Taça de Portugal Clube minhoto triunfa no Jamor e repete vitória de há 50 anos. Fantasma da derrota da época passada com o Sporting chegou

A data não podia ser mais simbólica. O dia 22 de maio é, definitivamente, feliz para o Sporting Clube de Braga e ontem, 50 anos depois de ter conquistado aquela que era a única Taça de Portugal do palmarés, o clube minhoto voltou a levantar o troféu no Jamor. A festa dos milhares de adeptos arsenalistas que estiveram no Estádio Nacional estendeu-se até à capital do Minho, onde o sofrimento de cinco décadas de espera deu lugar a uma celebração até às tantas.
O filme da terrível derrota na final da época passada com o Sporting chegou a parecer em vias de se repetir, perante o desespero da multidão que assistiu ao jogo na Praça da República. Como há um ano, o Braga marcou primeiro, chegou aos dois golos de vantagem, mas permitiu a igualdade ao F. C. Porto nos minutos finais do tempo regulamentar. Seguiu-se, novamente, um prolongamento em branco e um desempate por grandes penalidades de pôr os nervos em franja. Só que, desta vez, a sorte sorriu aos minhotos. Escrito nas estrelas, o cenário de ver Marcelo Rebelo Sousa, adepto assumido do clube, entregar a Taça de Portugal ao capitão Alan tornou-se realidade o presidente António Salvador sentiu dificuldades para controlar as lágrimas.
Depois de duas finais perdidas que lhe custaram imenso a digerir, a da Taça do ano passado e a da Liga Europa em 2011, o líder dos "Guerreiros do Minho" pôde, finalmente, deitar as frustrações para trás das costas e não demorou a ser atirado ao ar pelos jogadores. O principal objetivo da época para a equipa de Paulo Fonseca estava concretizado e o Braga pode começar a concentrar-se em novas façanhas, talvez mesmo já em agosto, quando defrontar o Benfica na Supertaça, troféu que o clube minhoto nunca conquistou. Nas horas que se seguiram ao jogo, cerca de 3000 mil pessoas acorreram ao centro da cidade, à famosa arcada, para festejar um título tão ansiado e houve quem, de crucifixo em punho, amarrado com o cachecol do Braga, benzesse todos os carros que passavam.



António Salvador Presidente eufórico

No final do jogo, o presidente do S. C. Braga irradiava felicidade por todos os poros. Eufórico, António Salvador foi de poucas palavras e preferiu festejar a conquista da Taça de Portugal com a equipa e os adeptos. "É uma felicidade enorme ver estes jogadores darem tudo para conseguir o troféu, cinquenta anos depois. Estas pessoas mereciam", disse António Salvador, salientando a coincidência de a taça ter sido entregue por Marcelo Rebelo de Sousa. "Há cinquenta anos esteve cá e queria invadir o campo. Hoje é presidente da República e veio entregar-nos a Taça", concluiu, sorridente, o líder bracarense.



Tiros nos pés e foguetes no Minho
Estádio do Jamor Sporting de Braga ergue Taça de Portugal após ganhar, nos penáltis, ao F. C. Porto: Herrera e Maxi falharam, Goiano não tremeuno último castigo máximo. No aproveitamento dos erros defensivos dos dragões esteve a chave do êxito dos arsenal

A festa da Taça sorriu ao Braga. Cinquenta anos depois, voltou a ganhar o troféu, sendo mais forte do que o F. C. Porto nos penáltis, depois de 120 minutos de jogo que terminou com um empate (22). No momento chave, Herrera e Maxi Pereira falharam os castigos máximos, enquanto Goiano, na última grande penalidade, não tremeu. A equipa de Paulo Fonseca conseguiu vingar a grande desilusão da última época no mesmo palco, em que perdeu para o Sporting, também nos penáltis. Por seu lado, os dragões apenas podem queixar-se de si próprios. Sofreram golos infantis e puseram-se a um jeito que a sorte acabou por castigar duramente.
Nos minutos iniciais da longa maratona de ontem, a equipa de José Peseiro nem entrou mal. No entanto, percebeu-se, aos 12 minutos, que a sua defesa era feita de papel. Um erro dos centrais, Chidozie e Marcano, a que se acrescentou uma saída péssima de Helton, deixaram aberto o caminho do sucesso para Rui Fonte que, sem dificuldades, marcou o primeiro golo. O nível de confiança do dragão caiu nesse instante a pique e não mais se encontrou até ao intervalo. Nesse período, não conseguiu efetuar um remate enquadrado com a baliza de Marafona. Brahimi teve lances interessantes no lado esquerdo, mas nunca conseguiu assistir os colegas. Inconformados, os adeptos assobiavam o F. C. Porto.
Peseiro emendou, no descanso, alguns erros e fez uma substituição feliz, com a entrada de Rúben Neves para o lugar do desinspirado Chidozie. Houve outra intensidade ofensiva, mais acerto no passe e, finalmente, capacidade para rasgar o muro minhoto. No entanto, ninguém consegue resistir a tiros nos pés. Num lance absolutamente disparatado, Helton passou a bola a Marcano e este deixou-se antecipar por Josué, que fez o 2-0.
Desta vez, o F. C. Porto não se deixou cair e agarrou os minutos que restavam com unhas e dentes. André Silva foi a figura. Reduziu a desvantagem e, em cima do minuto 90, num remate acrobático, conseguiu o 2-2. Prémio, nessa altura, amplamente justo. A equipa conseguiu encostar o Braga às cordas, muito por ação de André André – outra boa entrada em campo – e da enorme pressão em todo o campo.
No entanto, no prolongamento, o F. C. Porto baixou, inexplicavelmente, o ritmo, o que interessou sobretudo ao Braga. As equipas estavam muito mais preocupadas em não sofrer golos do que em marcar. Sempre certinho nas suas linhas, os centrais André Pinto, Ricardo Ferreira e, mais tarde, Boly, foram mais do que suficientes para travar os últimos sustos.

JN

JotaCC

Marafona volta a ser herói na roleta das grandes penalidades
O guarda-redes do Sp. Braga voltou a ser decisivo no desempate em grandes penalidades. Ontem, defendeu os penáltis de Herrera e Maxi Pereira e assegurou que a Taça de Portugal da época 2015/16 fica na Cidade dos Arcebispos.

Não foi, no entanto, a primeira vez que o guardião teve um papel determinante nesta fase de um desafio. Em 2014/15, na sua segunda temporada no Moreirense, o guarda-redes assegurou a continuidade da equipa de Moreira de Cónegos na Taça da Liga, após uma eliminatória muito complicada frente ao Trofense, no dia 29 de outubro de 2014, ao defender o penálti de Simãozinho. Uns meses antes, no dia 31 de agosto, parou o castigo máximo de Juan Quintero, mas não evitou a derrota dos cónegos no Estádio do Dragão (0-3).
No entanto, as defesas de ontem ganham outro desta- que. Além de terem sido dois golos evitados no momento de maior pressão do desafio, Marafona elevou-se ao esta- tuto de herói do Braga na conquista de um troféu que escapava aos minhotos há meio século e afastou o fantasma da final do ano passado, perdida pelo conjunto bracarense para o Sporting.
O guarda-redes natural de Vila do Conde começou a temporada no Paços de Ferreira e acabou a festejar no Jamor com a camisola do Sporting de Braga. Custou 400 mil euros, no mercado de janeiro, e a SAD arsenalis- ta não poderá estar mais satisfeita com o investimento feito. O treinador Paulo Fonseca nunca tinha dado minu- tos a Marafona em provas a eliminar, até ontem. Substituiu Matheus e aposta foi mais do que ganha.



Presidente Sócio Marcelo dá o troféu

O presidente da República, de gravata verde para não ferir suscetibilidades, entregou a Taça de Portugal ao Braga, clube do qual é o sócio n.º 2253. Na foto, vêse o pequeno Marcelo Rebelo de Sousa no momento em que se tornou associado dos minhotos.



Tempo Vukcevic "trava" portistas

Enquanto esteve a aquecer – acabaria por não entrar em jogo –, o bracarense Vukcevic deixou Sérgio Oliveira e Brahimi furiosos, pois o médio dos arsenalistas atrapalhou várias vezes a reposição da bola em jogo e fez perder tempo aos portistas.

JN



JotaCC

BRACARA FELIZ
EUFORIA Festa de Oeiras a Braga. A cidade não dormiu à espera dos novos heróis. Valeu a pena esperar 50 anos por esta glória

Valeu a pena esperar 50 anos certinhos por uma alegria assim. Perrichón já não está sozinho na história dos heróis da Taça de Portugal. Uma nova geração impôs-se



O troféu que faltava ao Braga para assinalar o crescimento que esvaziou de sentido a discussão à volta do quarto grande português chegou num dia que costumava ser de nostalgia: nos 50 anos da até ontem única vitória na Taça de Portugal, a equipa de Paulo Fonseca conquistou o troféu e deu uma série de novos heróis a Perrichón, Canário e companhia. Varreu ainda das memórias mais recentes e dolorosa afinal perdida para o Sporting, na época passada, num jogo que se escreveu nos limites da emoção. Do Jamor a Braga, onde a Praça do Município foi bancada e depois palco de arraial, milhares de adeptos do emblema que no arranque do século decidiu conquistar os bracarenses – dantes havia outro vermelho que vinha em primeiro lugar, mas, hoje, isso parece coisa de antigamente–suportaram,primeiro com aquela fé alegre da Taça de Portugal, depois com a tensão de quem se vê diante do fantasma da época passada, uma tarde histórica, que explodiu em felicidade e durou até de madrugada, até a cidade que se dividira entre os que foram ao Jamor e os outros voltar a unir-se, na praça do povo, a saudar os vencedores, já noite dentro. Para trás ficou o FC Porto, enterrado numa época desastrosa – sobrou o alento do futuro, que mora na raça de André Silva e dos bês campeões, e esse é realmente bom. Uma nova geração é suposto ser sinal de esperança, mesmo quando são precisos 50 anos para voltar a saborear um momento de felicidade. Ontem, no centro de Braga, havia gente que se lembrava dessa primeira Taça de Portugal. José Sousa, 72 anos, era então emigrante, "sócio emigrante". Voltou por essa altura, fez a festa "na avenida central" e ontem, acompanhado do filho, reviveu e sobreviveu na praça ao que mais temia, por causa do que "aconteceu no ano passado" – o 0-2 ao Sporting que virou 2-2 nos descontos e a derrota nos penáltis. Desta vez, porém,foi ele a erguer os braços na vitória. Ele e muitos milhares que saudaram a chegada dos novos heróis do Braga, já noite dentro.



Pela terceira vez na Supertaça
Vencedor da Taça de Portugal, o Braga vai defrontar o campeão Benfica na Supertaça Cândido de Oliveira, em data e local a definir. O jogo marcará oficialmente o início da época 2016/17, naquela que será a terceira vez que os minhotos vão disputar a Supertaça: perderam em 1982 com o Sporting e em 1998 com o FC Porto.



Curto Prolongamento sem opções, sem frescura

Vendo-se a ganhar por dois golos aos 58', o treinador do Braga abriu o leque das substituições, acreditando que era possível guardar a vantagem. Paulo Fonseca lançou Stojljkovic (por Rui Fonte), Boly (por Ricardo Ferreira, tocado) e, por fim, Pedro Santos (por Josué). Do outro lado, José Peseiro mexeu logo ao intervalo, trocando Chidozie por Rúben Neves, e depois forçou um resultado diferente com André André (por Sérgio Oliveira) e Aboubakar (por Varela). O prolongamento (2-2), garantido no limite, foi prémio para o FC Porto, mas castigou ambas as equipas, sem frescura para evitar o desempate por penáltis.



A FIGURA Marafona: 8 Mãos de ferro e raça "made in" Caxinas

Surpresa na baliza, Marafona meteu as duas mãos na Taça ao defender, de forma notável, os penáltis de Herrera e Maxi Pereira. Para trás havia ficado uma longa final, cheia de sobressaltos e de grandes intervenções, durante a qual mostrou de que massa é feito, mesmo quando André Silva parecia estragar-lhe os planos. Natural do bairro das Caxinas (Vila do Conde), enfrentou as sucessivas tempestades com coragem e segurança.



TOCADO RICARDO SAIU COM QUEIXAS

Ricardo Ferreira cedeu o lugar a Boly, já em dificuldades, aos 77 minutos. O defesa-central do Braga não disfarçou o desconforto na coxa direita, num lance ocorrido minutos antes, que levara o médico da formação arsenalista a intervir em campo. Foi o tempo de o central francês Boly fazer exercícios de aquecimento para entrar, de modo a que a defesa do Braga pudesse ficar recomposta até ao final.



JORNALISTA JOSUÉ PROVOCOU ALAN

De herói no relvado, Josué passou a jornalista no balneário. O médio pegou no microfone e começou a fazer perguntas aos companheiros. Um deles, o capitão Alan, de 36 anos, teve direito a uma questão bem-humorada. "O Braga venceu a Taça de Portugal 50 anos depois. Há 50 anos também foi o Alan que levantou a taça. O que sentiu?". Os dois riram. A festa prosseguiu com Pedro Santos a substituir o médio na função de jornalista...



Paulo Fonseca "Era o principal objetivo"
Treinador do Braga chorou de alegria e admitiu que a Taça de Portugal era a prioridade da equipa nesta época

"As pessoas estavam traumatizadas pela época passada, mas havia expectativas elevadas" "Não é fácil levar um golo aos 90 minutos, mas tenho um grupo muito equilibrado do ponto de vista emocional e acreditei sempre" "Crescimento notável do clube, daí termos chegado a um título como este"

Apesar de o FC Porto ter empatado ao cair do pano, Paulo Fonseca acreditou sempre que a história iria ser diferente da do ano passado. Nada avançou sobre o seu futuro

Ainda no relvado, pouco depois da conquista, Paulo Fonseca estava tão emocionado que não conseguia descrever o sentimento. "Não consigo falar", soltou, a chorar. Depois, o treinador do Braga respirou fundo, concentrou-se e enalteceu a importância do feito alcançado. "Este era o nosso principal objetivo, sem nunca o assumirmos publicamente. Chegámos aqui com muitos jogos, a equipa muito desgastada, faz hoje [ontem] 50 anos que o Braga ganhou a Taça. Os jogadores quiseram muito este momento. Foi um jogo difícil, o FC Porto foi uma equipa que nunca se rendeu ao resultado, lutámos muito, sofremos muito, mas este grupo de jogadores merece viver este momento, assim como a cidade, pelo que passou na época passada. Sempre acreditei que a história iria ser diferente este ano. Este grupo é fantástico ", elogiou o técnico.
Para Paulo Fonseca, "o mérito é de todos, a começar pelo presidente, que é muito ambicioso", mas a "vitória é inteiramente dos jogadores". O treinador considera que independentemente do sucesso de ontem, "a época não ia deixar de ser muito boa", mas, face ao triunfo sobre o FC Porto, passoua ser"fantástica ". Admitindo que"inconscientemente os jogadores, acerta altura da época, face ao conforto no campeonato, tinham o pensamento nesta final ", Paulo Fonseca destacou que a "equipa acabou da melhor maneira e conseguiu dar esta alegria aos adeptos".
O Braga deu mais um passo importante na afirmação no futebol português, mas Fonseca considera "difícil" reduzir a diferença para os grandes. "Desde que o presidente entro uno clube, o Braga tem evoluído deforma acentuada, temo sé de perceber que não é fácil chegar ao nível dos três grandes. O presidente do FC Porto falou em 150 milhões, são dez vezes mais do que o Braga gasta", registou o treinador.
Quanto ao seu futuro, Paulo Fonseca foi evasivo ."Não é o tempo de falar do futuro do Paulo Fonseca;é tempo de festejar e é isso que vou fazer com este grupo de trabalho fantástico e os adeptos", atirou, brincando depois com a insistência dos jornalistas.




"Contra tudo e todos"
Guarda-redes admite que o estudo que fez das marcações de penáltis dos jogadores portistas foi determinante para os dois pontapés que defendeu nesta final do Jamor

"Hoje em dia estudamos a forma dos adversários marcarem. Vemos o lado para onde batem mais vezes" Marafona
Guarda-redes do Braga


Aos 29 anos, Marafona chegou pela primeira vez na carreira a uma final. E ganhou-a, em grande parte graças a si próprio. Ter feito os trabalhos de casa, segundo conta, ajudou-o a ter o êxito pretendido

Ao defender dois remates no desempate por grandes penalidades, Marafona acabou por ser um dos grandes responsáveis pela vitória bracarense. O guardião, apesar de tudo, prefere destacar o trabalho de toda a equipa, que, segundo disse, remou contra a corrente geral.
"Se eu fui o herói? O herói foi a equipa toda, que sonhou e acreditou, contra tudo e contra todos", destacou, após uma partida em que o melhor (na ótica dos minhotos) estava guardado para o fim. Primeiro foi o penálti de Herrera a ser desviado por Marafona, que voou para o sítio certo e logo a seguir o de Maxi, igualmente defendido pelo guarda-redes.
Marafona admite que foi um momento psicologicamente muito denso, explicando que o estudo que fez dos adversários na cobrança deste tipo de lances foi decisivo para o sucesso que acabou por ter – e, consequentemente, toda a equipa do Braga. "O penálti foi um momento difícil. Temos de acreditar e eu acreditei. Hoje em dia estudamos a forma dos adversários baterem, vemos o lado para onde eles marcam mais vezes ou menos vezes", afirmou o guardião que, aos 29 anos, acabara de vencer a primeira final da carreira. "São momentos únicos nas nossas carreiras. Foi a minha primeira final como jogador, acabar desta forma é realmente magnífico", assinalou o antigo jogador do Varzim, Marítimo, Aves, Moreirense e Paços de Ferreira antes de, já esta época, ter ingressado nos arsenalistas.
Matheus tem sido muitas vezes titular, mas Paulo Fonseca acabou por manter a rotatividade, conforme explicou Marafona: "O míster foi alternando entre mim e Matheus. Foi uma escolha, a nós cabe trabalhar e acatar decisões".
Marafona deixou bem claro a importância da vitória. "Para um clube que procura esta taça há 50 anos é um momento inesquecível. O que esta gente sonhou para chegar a este dia... É de uma felicidade tremenda."

O JOGO

JotaCC

Arraial minhoto aqueceu o Jamor
O verdadeiro piquenique do futebol é já um sucesso tradicional, com direito a bifanas e música q.b.

O ponto alto da abertura da festa do futebol surgiu com um espetáculo inspirado no azulejo português, ao qual 500 dançarinos deram vida em pleno relvado



Um verdadeiro arraial minhoto invadiu o recinto que envolve o Estádio Nacional, com grelhados, vinho e música para todos os gostos, como jáé tradição, tudo num ambiente tranquilo. Aliás, o esquema de segurança montado pela PSP funcionou em pleno, não se registando incidentes relevantes entre adeptos das duas equipas. Cada vez que uma câmara de televisão abordava alguém, o povo juntava-separa aparecerem andara boca da praxe, enquanto mastigava uma bifana. Um dos pontos altos da tarde surgiu na abertura, inspirada no azulejo português, a que 500 dançarinos deram expressão em campo.



PENÁLTIS JOSUÉ LAVADO EM LÁGRIMAS

Mal a bola de Marcelo Goiano entrou na baliza de Helton, no último penálti cobrado pelo Braga, Josué deixou-se cair junto à linha lateral, à frente do banco de suplentes onde todos os elementos minhotos se concentraram. O médio ficou lavado em lágrimas e foi o último a juntar-se à festa do plantel, que já comemorava no centro do terreno a conquista do troféu, 50 anos depois.



"Sempre acreditei nestes jogadores"
Presidente do Braga sofreu com o 2-2 mas não tremeu. Sobre Marcelo Rebelo de Sousa, falou em "ironia"

Líder dos arsenalistas não escondeu a emoção por uma conquista que o Braga perseguia há 50 anos. "Uma ironia do destino", assim definiu o facto de a taça ter sido entregue por Marcelo Rebelo de Sousa

"O crescimento do Braga está à vista de todos. Nos últimos cinco anos estivemos em várias finais, fomos duas vezes à Liga dos Campeões e isso mostra o quanto este clube tem crescido"

"Não há muito a dizer, é uma felicidade enorme ver estes jogadores a ganhar o troféu 50 anos depois. Esta gente toda merece isto, não merecia o sofrimento da época passada. Emocionado? Um pouco", estas foram as primeiras palavras de António Salvador depois de cumprir um dos seus principais sonhos enquanto presidente do Braga. Marcelo Rebelo de Sousa, sócio e adepto do Braga, entregou a Taça de Portugal na qualidade de Presidente da República. Para Salvador, tratou-se um "momento único". "Ele esteve aqui há 50 anos, queria invadir o campo quando o Braga venceu, é um bracarense, e 50 anos depois veio entregar-nos a taça. Foi uma ironia do destino", enalteceu, sorridente.
"É evidente que não ficámos indiferentes ao sofrer o empate aos 90 minutos, mas sempre acreditei nestes jogadores. Sempre disse que para superar uma grande equipa como o FC Porto, era preciso união, superação, e acreditei sempre, mesmo depois do empate aos 90 minutos ", prosseguiu António Salvador, visivelmente comovido e orgulhoso.


O JOGO

joaomf

El Oporto se queda sin Copa en los penaltis; Iker fue suplente

El Sporting de Braga conquistó la Copa de Portugal en los penaltis ante un Oporto que forzó la prórroga en los últimos 30 minutos tras ir perdiendo 0-2.

El Sporting de Braga conquistó este domingo la Copa de Portugal en la tanda de penaltis ante un Oporto que forzó la prórroga en los últimos 30 minutos después de ir perdiendo 0-2, una final en la que no pudo estrenar su nuevo palmarés un Iker Casillas que fue suplente.

El Oporto fue condenado por los errores en defensa y de un Hélton que sustituyó con poco acierto al guardameta español. Una mala salida suya propició el tanto a los 12 minutos de Rui Fonte. Ya en la segunda mitad, una mala transición atrás trajo el tanto de Josue.

El Braga puso contra las cuerda a un Oporto que buscaba consuelo en la Taça, después de quedarse en tercera posición en la pelea por el título liguero y fuera de la 'Champions' en la fase de grupos. Un doblete de Andre Silva, el segundo ya con el tiempo cumplido, dio al Oporto la opción de ganar su 21ª Copa en la prórroga.

El Oporto, que fue mejor pese a los errores, terminó hincando la rodilla en la tanda de penaltis, después de que la prórroga no moviera el marcador. Casillas animó a Helton pero los fallos de Herrera y Maxi dieron la Copa al Braga, equipo que el año pasado cedió en la final ante el Sporting de Lisboa precisamente en los penaltis.

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El Braga gana la Copa a un Oporto sin Casillas

El día que se cumplían 50 años de la primera y única Copa de Portugal conquistada por el Sporting de Braga, el club luso volvió a llevarse a casa el trofeo al superar al Oporto en los penaltis tras empatar a dos en el tiempo reglamentario y dejó a los "dragones" sin títulos esta temporada.

A pesar de dejarse empatar en el minuto 91 tras ir ganando 0-2, el Braga supo aguantar la prórroga e imponerse en la tanda de los once metros, donde el guardameta luso Marafona paró dos penaltis, lanzados por el mexicano Héctor Herrera y el uruguayo Maxi Pereira.

Los de Braga lograron dar la vuelta a la pesadilla vivida el año anterior, cuando también se dejaron empatar tras ir ganando 2-0 al Sporting de Lisboa y acabaron cayendo en los penaltis.

Tras adelantarse el Braga gracias a los goles anotados por los portugueses Rui Fonte (minuto 12) y Josué (minuto 58), el Oporto consiguió empatar 'in extremis' con dos tantos del luso André Silva (minutos 61 y 91), pero no fueron suficientes para intentar salvar una decepcionante temporada, la tercera seguida sin títulos.

El español Iker Casillas vio el partido desde el banquillo, ya que dejó la portería al brasileño Helton, que ya había sido titular en todos los partidos de Copa de esta temporada y que acabó siendo protagonista del encuentro debido a sus errores.

Los primeros minutos del partido se jugaron en el área del Braga, con un claro dominio del Oporto, que consiguió lanzar tres saques de esquina en apenas 7 minutos.

Sin embargo, fue el Braga el que abrió el marcador. Tras avisar con un lanzamiento de falta que pasó rozando el palo izquierdo del brasileño Helton -tras una escapada a la contra de Rafa, que sólo pudo ser detenido por sus rivales con una falta-, los 'bracarenses' aprovecharon un malentendido en las filas del Oporto en el minuto 12 para ponerse por delante.

En un balón que parecía fácil, Helton salió de su portería pero no logró entenderse con el nigeriano Chidozie, permitiendo a Rui Fonte superar las líneas rivales y marcar gol ante una meta vacía.

Rui Fonte había sido precisamente una sorpresa en el once titular del Braga, ya que el luso no jugaba desde febrero.

Con el marcador en contra y un Sporting de Braga bien plantado sobre el césped, el Oporto se dedicó a acercarse al área rival por las bandas y a encadenar lanzamientos de córner, aunque sin crear excesivo peligro.

Un remate de Maxi Pereira en el minuto 35 en el que el balón cogió efecto y que Marafona despejó no sin cierta dificultad fue la acción más destacada de los "dragones".

A pesar de que el Oporto atacaba con más frecuencia, la defensa blanquiazul no generaba demasiada seguridad y cada vez que el Braga se acercaba a la portería rival hacía temblar a la grada de los "dragones".

Ya en la segunda parte, con el joven Rúben Neves en el lugar de Chidouzi -"villano" tras su fallo en el gol-, el Oporto se mostró más consistente en el centro del campo y llegó con más claridad a la portería contraria.

Los "dragones" estuvieron cerca del gol en el 57, con un remate de Herrera tras un córner lanzado por Sérgio Oliveira que pasó rozando la portería del Braga.

Sin embargo, otra vez fueron los de Braga los que consiguieron sumar al marcador un minuto después, nuevamente por un error del Oporto.

El español Iván Marcano recibió mal un pase aparentemente sencillo de Helton y dejó el balón en los pies de Josué, que aprovechó para hacer el segundo ante el equipo al que pertenece, ya que está cedido por los "dragones".

Esta vez el Oporto consiguió reaccionar con rapidez y recortar ventajas apenas tres minutos después, cuando Marafona despejó a medias un remate del argelino Brahimi y André Silva enganchó el rechace y marcó gol.

Con algunos sustos atrás, especialmente cuando Helton casi perdió el balón ante el marroquí Hassan y volvió a hacer temblar a su propia grada, el Oporto se lanzó a buscar el empate con ahínco, pero el premio no llegó hasta el minuto 91.

Tras un saque de córner en el que Helton sorprendió a su propio banquillo al decidir subir al área contraria, André Silva puso el empate en el marcador con un puntapié de chilena y forzó la prórroga.

En la media hora extra el Oporto siguió dominando el juego pero no aprovechó sus ocasiones y el partido se fue a los penaltis, en los que Marafona fue decisivo.
- Ficha técnica:

2 - Oporto: Helton; Maxi Pereira, Chidozie (Rúben Neves, m.46), Iván Marcano, Miguel Layún; Sérgio Oliveira (André André, m.77), Danilo Pereira, Héctor Herrera; Varela (Aboubakar, m.79), André Silva y Brahimi.

Entrenador: José Peseiro

2 - Sporting de Braga: Marafona; Baiano, Ricardo Ferreira (Boly, m.76), André Pinto, Marcelo Goiano; Luiz Carlos, Mauro; Josué (Pedro Santos, m.84), Rui Fonte, (Stojiljkovic, m.59) Rafa; Hassan.

Entrenador: Paulo Fonseca

Goles: 0-1, m. 12: Rui Fonte; 0-2, m. 58: Josué; 1-2, m.61: André Silva; 2-2, m.90: André Silva.

Tanda de penaltis: 1-0: Layún. 1-1: Pedro Santos. 1-1: Herrera, parada de Marafona. 1-2, Stojiljkovic. 2-2, Rúben Neves. 2-3, Hassan. 2-3, Maxi Pereira, para Marafona. 2-4, Goiano.

Árbitro: Artur Soares Dias. Amonestó a André Silva en el Oporto y a André Pinto y Marafona en el Braga.

Incidencias: Final de la 76º edición de la Copa de Portugal disputada en el Estadio Nacional do Jamor, en Oeiras, a las afueras de Lisboa. El presidente de la República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, presidió el encuentro.

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