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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 26/12

Started by JotaCC, 26 de December de 2015, 10:02

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JotaCC

Alan bate recorde de 2013 de Quim

Alan, 36 anos, deve estabelecer, depois de amanhã (20 horas, Sport TV1), na receção ao Belenenses, para a Taça da Liga, o feito histórico de ser o primeiro futebolista a disputar 300 jogos pelo clube minhoto.
Na última segunda-feira, o médio brasileiro igualou, no jogo em casa com o Paços de Ferreira (1-1), o recorde que o guarda-redes Quim alcançara a 11 de maio de 2013, altura em que fez o último de 299 jogos pelos bracarenses. O agora guardião do Aves foi titular na derrota em casa com o Nacional (1-3). Se Alan não for utilizado pelo técnico Paulo Fonseca frente ao Belenenses, então adiará o possível recorde para o jogo seguinte, no sábado, no Bonfim, com o Vitória de Setúbal, na 15.ª jornada da Liga.
Entretanto, após a folga de ontem, o Braga volta aos treinos esta tarde. Entre hoje e amanhã espera-se a integração do lateral esquerdo Ringstad, primeiro reforço de inverno, que foi passar o natal à Noruega.

JN

JotaCC

RICARDO FERREIRA

"Ibrahimovic dava cabo de mim..."
Rafa é de "outro nível" e Alan um "capitão exemplar"
"Paulo Fonseca desenvolveu o meu jogo de uma forma que eu nunca pensei ser possível. Devo-lhe quase tudo" "Abordei o Ibrahimovic, falámos e ele deu-me alguns conselhos que, naquele momento, foram importantes" "É óbvio que gostávamos de estar mais perto dos três grandes na classificação. E vamos fazer por isso"


Ricardo Ferreira é uma das grandes revelações da época; titular na melhor defesa do campeonato, o central conta a O JOGO como chegou até Braga. No caminho, até conviveu com... Ibrahimovic

Tranquilo, simpático e de palavra fácil. Ricardo Ferreira é um bom entrevistado e traz com ele uma excelente história de vida. Tudo começou há 23 anos em Mississauga, no Canadá.



Nasceu no Canadá, acabou a formação no FC Porto e ainda esteve no Milan antes de regressar a Portugal em 2013. Como é que tudo isto aconteceu?
—Os meus pais são emigrantes e eu vivi no Canadá até aos 15 anos. Comecei a jogar numa equipa local (Dixei), por diversão, mas aos poucos tudo começou a ficar mais sério; fui para o Toronto FC, um clube maior, e ainda representei, em alguns torneios, as seleções jovens do Canadá...

Mas depois aparece a jogar no FC Porto...
—É verdade. Vínhamos passar férias a Portugal todos os anos e houve um verão em que os meus pais decidiram ver se havia captações no FC Porto, Sporting ou Benfica. Na altura, surgiu a hipótese de ir fazer uns treinos ao FC Porto. Fui, porque não tinha nada a perder, mas, para meu espanto, consegui ficar. Os olheiros nesses treinos foram o André e o Bandeirinha; foram eles que decidiram que eu devia ficar.

E depois?
—Depois vim para o FC Porto aos 15 anos e fiquei a viver sozinho durante um ano, na Casa do Dragão, porque os meus pais tiveram de regressar ao Canadá para continuar a vida deles. No segundo ano, a minha mãe veio trabalhar para cá e foi mais fácil.

Acaba a formação no FC Porto e depois vai para o Milan de Nesta, Thiago Silva, Gattuso, Seedorf, Inzaghi, Ibrahimovic...
—O meu último ano nos juniores do FCPorto correu muito bem e acabou por surgir, de forma algo surpreendente, essa hipótese. Fui para a equipa de reservas do Milan, onde estavam o Cristante [Benfica] e o Pelé [Paços de Ferreira], mas treinava uma ou duas vezes por semana com o plantel principal.

Então teve de enfrentar algumas vezes o Ibrahimovic?
—Sim, sim. Muitas vezes... Ele tem aquele ar perigoso...

Ricardo Ferreira diz que encontrou em Braga um grupo de jogadores de "grande qualidade", mas não teve grandes dúvidas na hora de escolher apenas um. "Fiquei surpreendido com o Rafa. Já o conhecia, mas só quando se trabalha todos os dias com ele é que se percebe que é, de facto, um jogador para outros patamares. E vai lá chegar rapidamente", afirmou o central, que também distribuiu elogios por Alan. "Tem uma classe fora do normal. O que ele faz, aos 36 anos, é incrível. É um exemplo para todos e como capitão sabe escolher sempre as palavras certas para nos motivar", acrescentou.

Alguma vez teve problemas com ele por ter tido uma entrada mais dura?
—Eu, entrada mais dura? Ele é que dava cabo de mim [risos]... Ele passa uma imagem arrogante e muito fechada, mas não é assim para quem realmente o conhece. É uma pessoa muito acessível. Na altura, eu ainda era um miúdo, lembro-me de ter ganho coragem para ir falar com ele. Abordei-o, falámos um pouco e ele deu-me alguns conselhos que, naquele momento, foram muito importantes para mim.

No segundo ano foi emprestado ao Empoli, mas não jogou muito...
—Infelizmente, quando conquistei a titularidade tive duas lesões muito graves e passei mais tempo a recuperar do que a treinar e jogar. E sem a possibilidade de jogar foi mais difícil impor-me. Decidi regressar a Portugal, para jogar no Olhanense, mas o clube também tinha imensos problemas e aquilo não correu muito bem.

Vai para o Paços na última época, mas até já tem mais jogos pelo Braga este ano...
—Mais uma vez, tive muitas lesões e foi um ano frustrante. Esperava ter jogado muito mais. Felizmente, encontrei um treinador fantástico, que me ajudou em todos os aspectos. Desenvolveu o meu jogo de uma forma que eu nunca pensei ser possível. E agora aqui estou eu novamente com o Paulo Fonseca...

Como aconteceu a mudança para o Braga?
—Foi o míster que me ligou. Não estava nada a contar, foi uma grande surpresa. Ele disse-me que me queria em Braga e eu nem hesitei. Devo quase tudo a Paulo Fonseca, em todos os aspectos. Ajudou-me imenso e é um ser humano fantástico. Estarei eternamente grato por tudo o que ele já fez por mim.


GOLOS
2
Marcou ao Belenenses, em 31 de outubro, para a I Liga, e ao Slovan Liberec, em 26 de novembro, para a Liga Europa.


26
Aos 23 anos, Ricardo Ferreira já somou 26 jogos no campeonato, entre Olhanense (7), Paços (10) e Braga (9). Esta época, contabiliza 16 partidas em todas as competições


300
O Braga pagou 300 mil euros por 70% do passe do defesa, ainda que parte desse valor esteja dependente do cumprimento de objetivos desportivos. O central tem contrato até junho de 2019



"Um dia, o Braga pode ser campeão"

O Braga está confortavelmente no quarto lugar – os quintos seguem a quatro pontos –, mas Ricardo Ferreira assume que gostava de estar mais perto dos três grandes. Quanto ao futuro, tudo é possível...

O atual quarto lugar está dentro dos objetivos traçados no início da época para o campeonato, mas não esperava estar mais perto dos três grandes?
—Parece que o quarto lugar já não é suficiente para o Braga e isso acaba por ser bom para os jogadores, porque é com a exigência que crescemos. Não gostamos de elevar as expectativas, pelo menos em público, até porque sabemos que os três grandes têm condições e algumas vantagens que nós ainda não temos... Independentemente disso, é óbvio que gostávamos de estar, nesta altura, mais perto dos três grandes na classificação. E vamos fazer por isso.

Sente que há da parte dos adversários, e pela forma como jogam, um grande respeito pelo Braga?
—As equipas jogam muito fechadas contra nós e assim o nosso trabalho fica mais difícil. Somos uma equipa ofensiva, tal como os três grandes, e encontramos dificuldades para criar espaços, mas teremos de arranjar forma de contornar esses obstáculos. Se queremos ficar mais próximos dos três grandes, temos de nos habituar a isto. No fundo, é o reconhecimento da nossa qualidade. As equipas têm algum receio de jogar contra nós e entendem que assim estão mais próximas do sucesso.

E como explica que o Braga, que se anuncia como uma equipa de ataque, seja mais eficaz a defender? —Temos tido algum azar na finalização, mas criámos muitas oportunidades em todos os jogos. A eficácia vai aparecer, não é uma situação preocupante. Em termos defensivos, estamos bem porque também passamos a maior parte do tempo com a bola e assim fica mais fácil. Corremos alguns riscos, mas somos uma equipa muito competente do ponto de vista tático.

Acredita que o Braga pode ser campeão num futuro próximo?
—Espero que sim, de preferência comigo no clube. Não é impossível, mas é difícil. Teria de haver uma série de circunstâncias; o Braga estar muito bem, os grandes menos bem... Mas já chegamos perto no passado, e se conseguirmos acrescentar alguns detalhes à qualidade que já temos um dia podemos vencer o título.




"Jogo com o Sporting foi épico"
Ricardo Ferreira assume que o sorteio na Taça de Portugal foi favorável ao Braga

Já percebeu o que aconteceu com o Sporting?
—Foi o melhor da minha vida, as emoções estavam no pico. Apesar das duas desvantagens no marcador, senti sempre que podíamos vencer. Já mostrámos que temos muita qualidade, individual e coletiva, e que nunca desistimos. Foi um jogo épico, com duas equipas que só estavam preocupadas em atacar. Para os adeptos, é uma pena que não haja mais jogos entre equipas com esta atitude.

E agora o sorteio afastou o FC Porto até à final...
—Foi um bom sorteio. Apesar disso, para ganharmos um troféu teremos sempre de eliminar grandes equipas. O FC Porto é sempre um adversário difícil e, por isso, preferimos encontrá-los apenas na final.

Será uma grande desilusão se não chegarem à final?
—Sim, é possível que seja... Mas temos de respeitar as equipas que ainda vamos defrontar, a começar pelo Arouca, que já mostrou ser um adversário bem complicado. Já jogaram no nosso estádio e empatámos a zero... Mas queremos chegar à final a todo o custo.


CURTAS
Seleção é mais do que um sonho

A boa forma de Ricardo Ferreira, que tem sido fundamental na melhor defesa do campeonato, tornam legítima a aspiração a um lugar na Seleção Nacional, sobretudo depois do Euro'2016. Mais do que um sonho, esse é um objetivo assumido pelo central. "Tenho a ambição de atingir o topo do futebol e para isso acontecer tenho de passar pela Seleção. Sei que não é fácil, temos dos melhores defesas-centrais do mundo, mas se continuar assim acho que posso ser chamado".


Caminho longo na Liga Europa

Depois de uma fase de grupos exemplar, segue o Sion nos 16 avos de final da Liga Europa. "O sorteio foi nosso amigo. O Sion é uma equipa muito perigosa, mas acabou por não ser mau tendo em conta as equipas que nos podiam calhar", explicou. E será possível repetir a presença na final? "Nesta fase, a final é apenas um sonho, nada mais. Para já, só pensamos na eliminatória seguinte, que será difícil. Se passarmos, o sonho e a ambição vão crescendo, mas ainda é cedo para pensar na final".

O JOGO

JotaCC


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