NOTICIAS DO ENORME DO DIA 29/07

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Mauro e Ferreira de baixa para jogo com Rio Ave

O defesa central Ricardo Ferreira e o trinco Mauro continuam a recuperar de lesões musculares e não poderão ser chamados para o jogo de hoje (19 horas, em Vila do Conde), no qual a equipa minhota apadrinhará a apresentação do Rio Ave.
Paulo Fonseca, treinador do Braga, tem todo o restantes plantel à disposição para o quarto desafio de pré-temporada, primeiro com equipas da primeira liga portuguesa. Nos três testes anteriores, todos realizados durante o estágio de pré-época decorrido no Algarve e todos com rivais ingleses, a equipa minhota somou dois empates, com o Aston Villa e com o Bristol City, e uma vitória, com o Sheffield Wednesday.
O plantel braguista ainda tem treino marcado para esta manhã, à porta fechada. Por volta das 17 horas, parte para os Arcos, que terá entrada livre para os adeptos dos dois clubes. No sábado (20.15 horas), será a vez de o Braga se apresentar aos sócios, em jogo com o Lille.


A Melinha só tem olhos e sorrisos para o Braga


Amélia Morais, a popular Melinha, a adepta mais famosa do Sporting Clube de Braga, tem 79 anos e nunca falta um jogo. Viúva e sem filhos, Melinha só conhece uma realidade: o clube da sua cidade. "A minha família é o Braga. Não tenho filhos e é o clube que me dá as alegrias, dá-me méritos, dá-me amor", diz. A sorrir.
Tinha apenas 10 anos quando começou a ir aos jogos, com o irmão. "Era muito novinha. Ainda fui ver muitos jogos do Braga na 2.ª Divisão e por aí fora... Então, quando fomos para a 1.ª Divisão, jogámos com o Covilhã, no campo velho. Aquilo foi a coisa mais linda, que riqueza do Mundo". Não mais bonito que a Taça de Portugal conquistada em 1966, e que Melinha recorda com saudade: "Aquilo foi uma alegria, um pagode até às tantas da manhã. Não houve momento mais lindo do que esse".
Para onde vá, seja em Portugal ou no estrangeiro, muitos são os que a reconhecem. Os que mais vibram são os ingleses. "Amelie!" – assim é tratada – e Melinha responde com beijos e "I love you, bye bye, thank you". Nas deslocações, tudo sai do seu bolso e a única coisa que o clube disponibiliza é um motorista, que a leva ao estádio e, depois, a casa. Melinha gosta de agradecer com "rebuçadinhos" e faz questão de oferecer sempre uma gorjeta "bem dada".
A vida nem sempre foi fácil para esta senhora dos estádios. Perdeu o marido e, nessa altura, o Braga passou para segundo plano. Mas o tempo cura tudo e onde o os arsenalistas jogarem, Melinha vai. Até com temperatura. "Já fui com 39 de febre ao Nacional da Madeira, há dois anos", conta, mas continua sempre "forte" para apoiar. "Enquanto o meu Braga continuar a andar para a frente, mais à frente eu estarei", garante. Foi também na Madeira, contra o Marítimo, há dois anos, que Melinha carimbou ainda mais a reputação, ao invadir o campo para "dar proteção" às claques. "Era tanta pedra, tanto ferro em cima dos rapazes, que não podia ficar parada", recorda.
A simpática adepta tem apenas um sonho: festejar o título de campeão pelo Braga. Seria a "maior alegria". E mal se pergunta "porquê o Braga?", a resposta sai com a ligeireza de quem a tem na ponta da língua: "Porque eu sou da Ponte de S. João [Braga], nascida e criada cá. Não podia ser de outra maneira. E sou feliz".

JN

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