NOTICIAS DO ENORME DO DIA 20/05

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Perrichon: "Gostava de ajudar o Sp. Braga nos últimos anos da minha vida"

Miguel Angel ou simplesmente Perrichon. É o nome incontornável na história do Sporting de Braga. O argentino, actualmente com 74 anos, gravou o seu nome na história do clube bracarense naquela tarde em que apontou um golo no Jamor, corria o ano de 1966. Esse golo valeu a conquista da Taça de Portugal. Até ao momento foi a única Taça de Portugal conquistada pelo emblema bracarense. Agora, quase quatro décadas depois, as memórias reacendem-se e os bracarenses voltam a sonhar com a conquista de uma Taça de Portugal.

Num regresso ao passado, Perrichon e os restantes companheiros de 1966 ganham um novo espaço e voltam a torcer juntos... pelo Sporting de Braga. No outro lado da linha, a milhares de quilómetros de distância, Perrichon emociona-se quando o abordam para falar do seu Sporting de Braga. "Foram momentos belos, não tínhamos grandes jogadores mas era uma equipa cheia de força", constatou, enumerando vários nomes que actuaram ao seu lado, sem esquecer o "índio" reportando-se a Zé Maria.

As palavras saem com a voz embargada e a memória brilhante ao ponto de transmitir episódios bélicos, vividos com a camisola do Braga. Perrichon está no México, onde vive na cidade de Irapuato, a cerca de 700 quilómetros da capital daquele país, dedicando-se ao ramo da restauração. Mas, aos 74 anos, continua a fazer planos para a sua vida, gozando de um espírito aventureiro e sempre com a ambição que o caracteriza. Daí partilha, de uma forma aberta, a vontade de se radicar em Braga e servir o seu clube do coração.

"O meu grande sonho é ficar em Braga e ajudar a conduzir este grande clube a um título de campeão. Já há algum tempo que penso nisso e nesta altura em que estão a reunir alguns jogadores de 66, quero viajar definitivamente para Portugal e ficar aí em Braga, nessa terra tão linda e que tanto adoro", atira Perrichon. Na entrevista ao 'Correio do Minho', direcciona o seu apelo ao presidente António Salvador e também ao presidente da Câmara Municipal de Braga.

"Faço questão de falar com o senhor presidente da direcção e também com o presidente do município. Gostaria de ter trabalho no clube e ajudar o Sp. de Braga nos últimos dias da minha vida, para estar perto das pessoas que tanto me acarinharam", contou Perrichon. E salienta que o apelo não se cinge apenas a um gesto de gratidão, mas à vontade daquilo que considera ter para passar ao clube e aos jovens. "Sinto-me muito bem fisicamente e penso que é possível unir todas as pessoas à volta do grande clube que é o Braga e quem sabe lutar por um título nacional, pois penso que o Braga já merece estar entre os melhores clubes nacionais".

Perrichon fala de coração cheio e quer chegar ao coração de quem tem poder de decisão para cumprir o sonho que alimenta de se radicar em Portugal. "Espero que o presidente me dê trabalho, gostava de viver o meu último dia de vida com as pessoas de Braga e acompanhar o clube, trabalhando com o objectivo de lutar pelo título nacional. Já tinha pensado nisso, pois entendo que estão a fazer uma força para juntar todos os jogadores de 1966 e quero passar a mensagem. Acho que posso fazer muitas coisas pelo desporto em Braga", salientou o antigo futebolista do clube bracarense.

Perrichon tenciona viajar para Braga durante a próxima semana, com alguns dias de antecedência ao jogo no Jamor. Naturalmente está ansioso pelo reencontro com a história e sobretudo juntar-se aos eternos companheiros de 1966. Por estes dias salientou que ainda está a tratar de burocracia para ter o passaporte e seguir viagem para Portugal.

"Fui convidado por gente de Braga e falei com algumas pessoas que estão a tentar juntar-me com os companheiros de 1966. Num olhar sobre o presente, está em crer que o Braga pode voltar a fazer história, reiterando que "a força dos adeptos é muito importante e Braga sempre teve gente com força para incentivar o clube, desde os directores aos jogadores. É preciso jogar com muito coração, tal como nós fizemos naquela final com o Vitória de Setúbal", salientou.

O herói arsenalista chegou a Portugal em 1964, então para o Boavista. Rumou a Braga no ano seguinte, o ano da glória no clube minhoto. Partiu para o México, voltou ao Boavista e passou pelo União de Coimbra sem perder as ligações à cidade dos arcebispos.

"Sinto um grande nó na garganta quando recordo aquele golo da final da Taça"

Ao recordar o golo da final da Taça de Portugal em 1966, fruto de um grande passe de Estevão, como conta Perrichon, "foi uma alegria enorme, marquei ao pai do José Mourinho (Félix Mourinho)", salienta, com "um grande nó na garganta que sinto quando recordo aquele golo da final da Taça".

Miguel Perrichon nasceu a 20 de Março de 1941, na cidade de Córdoba (Argentina) e começou a jogar futebol na formação do clube da sua cidade. Cedo começou a despontar, com a camisola número 9 e integrou o Boca Juniores, antes de passar a fronteira. Aliava o futebol com a carreira de militar, mas acabou por apostar tudo no mundo da bola quando se abriram as portas da Europa.

O Sporting de Braga foi o clube que conquistou o seu coração, mas o primeiro emblema que Perrichon defendeu em Portugal foi o Boavista. Consta-se que esteve perto de assinar pelo Real Madrid, mas dado a regra que surgiu em proibir a exportação de jogadores para Espanha deitou o negócio por terra. Fez história em Braga, ao apontar o golo da final da Taça.

Tinha 26 anos quando deixou Braga, ainda prosseguiu no futebol ao atravessar o Atlântico para jogar no Deportico de Irapuato (onde conheceu a sua esposa) e finalmente passou Necaxa. Actualmente vive em Irapuato (México), sem nunca se desligar por inteiro do futebol, mas dedicou-se ao negócio da restauração em Irapuato e Guadalajara.

CORREIO DO MINHO

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JÚNIOR GAMBOA É NOVA PÉROLA DA FORMAÇÃO
APOSTA Em Alvalade foi chamado pela primeira vez à equipa principal, depois de chegar para os juniores e sobressair na equipa B

"Que seja um novo Tiago. Salvo as devidas distâncias, são parecidos" Gamboa Ex-jogador do Braga e pai de Gamboa

Passe do médio-defensivo de 18 anos, filho do antigo arsenalista Gamboa, é partilhado pelo Braga, Benfica e Gestifute. Tem contrato profissional e Sérgio Conceição anda de olho nele há algum tempo

Tem contrato até 2017 Rio Ave, Varzim já representou Currículo: nos juniores B e Benfica. Foi campeão Gamboa, médio defensivo de 18 anos, Ligação: até 2017 assinou contrato profissional válido
Coqueluche da equipa B, Gamboa estreou-se, frente ao Sporting, nas convocatórias da equipa principal. O médiodefensivo, ainda com idade de júnior (tem 18 anos), seria encaminhado para o banco de suplentes, mas é errado pensar que foi chamado à equipa principal, tal como Núrio, Erivaldo e Dolly Menga, para fazer número. Privado de vários titulares, o treinador Sérgio Conceição selecionou, com critério, os melhores bês disponíveis e, no caso de Gamboa, convocou-o não só pelas referências positivas que tem dele como também na perspetiva de que poderá compensar nesta ponta final de época um eventual impedimento de Mauro, o substituto natural de Danilo (já partiu para a seleção sub-20 do Brasil), ainda a recuperar de um problema físico.
A primeira promoção do jogador poveiro, filho do antigo arsenalista Gamboa, a conteceu em abril, pela mão de Abel, após ter jogado, durante a primeira metade da época, pelos juniores, embora já com contrato profissional assinado, válido até 2017.O novo treinador da equipa B viu no jovem centrocampista qualidades especiais e já não abriu mão dele, despertando rapidamente a curiosidade de Sérgio Conceição. Na verdade, Gamboa nunca foi um desconhecido absoluto: produto da formação do Rio Ave e Varzim, em 2012/13 sagrou-se campeão nacional de juniores B pelo Benfica e só não continuou ao serviço dos encarnados devido a uma lesão grave (fratura da tíbia e do perónio). Acabaria emprestado ao Varzim e a transferência para Braga apenas foi possível graças à partilha do seu passe entre os minhotos, Benfica e Gestifute, do empresário Jorge Mendes. O pai Gamboa foi um dos entusiastas da mudança. "Na formação do Braga trabalhas-e ao nível dos grandes e, por isso, aconselhei-o a aceitar", conta.
Encantado com a recente chamada do filho à equipa principal, Gamboa torce agora por novas conquistas. "Que seja um novo Tiago (Atlético de Madrid). Salvo as devidas distâncias, julgo que até são parecidos, mas ele tem de continuar a evoluir", sentencia.



Herdou genes do bisavô "Alemão"

A envergadura física (1,87 metros) é um dos trunfos de João, que, na opinião do pai Gamboa, tem a capacidade de ser uma "extensão do treinador" no relvado. "Interpreta muito bem as ordens que lhe dão", afiança. Treze centímetros mais baixo, Gamboa explica que a elevada estatura foi herdada do bisavô. "Sai ao meu avô paterno, que era conhecido como o Alemão. Media uns 2,02 metros. Só eu é que fiquei pequeno", graceja, certo de que ainda dá aulas a João no "futebol de praia". "Nisso, ainda não chegou aos calcanhares do pai", junta.



WALLACE MÓNACO NEGOCEIA COMPRA

Emprestado ao Mónaco, Wallace deixará de pertencer, em breve, aos quadros do Braga. O central conquistou o treinador Leonardo Jardim e a direção do clube monegasco já negoceia a compra do passe (detido numa pequena percentagem pelos minhotos), segundo avançou o jornal "L'Équipe". O ex-defesa do Cruzeiro foi contratado em julho de 2014 por 9,5 milhões de euros.



ALVO EMPRÉSTIMO DE POTTKER NA MESA

William Pottker está em vias de se comprometer com o Braga, rumo à equipa B. Com 21 anos, o avançado foi alvo de observações no Brasil e os minhotos estão a tentar o seu empréstimo, com opção de compra, junto do Figueirense. "Tivemos a proposta e tudo indica que vamos fazer o empréstimo", assumiu Cleber Giglio, diretor desportivo do clube, à Imprensa brasileira.



Zé Luís e Éder são recuperáveis
REGRESSOCenário de lesões deve ficar mais desanuviado até ao jogo frente ao V. Setúbal, com os avançados na linha da frente

Ainda não treinam a cem por cento, mas há a forte hipótese de os dois pontas de lança recuperarem a tempo do jogo de sábado, no qual o Braga irá procurar o ponto que falta para selar o quarto lugar

Aos poucos, o lote de impedimentos que tem assolado o plantel vai diminuindo. Depois de no último jogo, com o Sporting, não ter podido contar com sete elementos (seis por lesão e um por castigo), Sérgio Conceição vai enfrentar a derradeira jornada do campeonato comum leque de opções muito mais próximo da normalidade.
Depois de ter falhado as últimas três partidas, devido a lesão muscular, Djavan já está apto e pode alinhar frente ao Vitória de Setúbal, assim como Baiano, que em Alvalade cumpriu um jogo de suspensão. À onda de regressos deverão ainda juntar-se, até ao final desta semana, os avançados Éder e Zé Luís. Já os restantes lesionados (Tiago Gomes, Mauro e Rúben Micael) só deverão ser dados como disponíveis para a final da Taça de Portugal, com o Sporting, altura em que os arsenalistas esperam estar na máxima força.
Éder e Zé Luís ainda têm treinado com limitações, mas apresentam condições para recuperarem a tempo do jogo de sábado, frente ao Vitória de Setúbal. Um jogo em que os minhotos querem garantir o quarto lugar – para isso, necessitam de obter pelo menos um ponto – e ganhar um embalo anímico importante para a final do Jamor, a disputar no fim de semana seguinte.
O centro do ataque, a par do lado esquerdo da defesa, foi o sector mais afetado nos últimos tempos. Em Alvalade, de resto, Sérgio Conceição recorreu a jogadores da equipa B para resolver a situação, apostando em Dolly Menga e Núrio, respetivamente. Agora, já não terá essa necessidade. Substituído na primeira parte da receção ao Marítimo, com um traumatismo no pé esquerdo, Éder falhou o Sporting e pode voltar às opções. Há mais tempo afastado (desde a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, fruto de uma lesão muscular), Zé Luís também corre para o regresso.


DADOS
GOLOS
11
Esta época, Zé Luís e Éder estão empatados nos golos marcados

REGRESSOS
2
Baiano, após castigo, e Djavan, recuperado de lesão, são regressos garantidos

4
Para o jogo com o Sporting, Sérgio Conceição chamou quatro bês: Núrio e Dolly Menga foram titulares, Gamboa ficou no banco e Erivaldo na bancada



Salvador envia carta a Vítor Pereira
Nomeação de Ricardo Baixinho para o jogo da equipa B, com o V. Guimarães, ainda dá que falar

O Braga enviou ontem uma missiva, assinada por António Salvador, para Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, com o conhecimento de Fernando Gomes e Luís Duque, presidentes da FPF e Liga, respetivamente. Apesar de ter assegurado a permanência na II Liga e de o jogo não ter registado "casos", o Braga voltou a demonstrar desagrado face à nomeação que considera ter sido "imprudente e incompreensível" de Ricardo Baixinho para o V. Guimarães B-Braga B (1-1), na segunda-feira. O clube deseja que as nomeações, até ao fim da época, reflitam "mérito e competência". O Braga ainda está na luta pelo quarto lugar, com o V. Guimarães, e disputará a final da Taça de Portugal com o Sporting.

O JOGO

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Cinco titulares ainda de baixa

A três dias do último jogo da liga, a disputar no sábado (20.15 horas, na "pedreira"), com o Vitória de Setúbal, a equipa minhota ainda não deverá poder contar com cinco jogadores que têm estado lesionados nas últimas semanas.
O defesa Tiago Gomes, os médios Mauro e Ruben Micael e os atacantes Zé Luís e Éder continuam de baixa. Nenhum deles participou no treino de ontem, todos estão em dúvida para o jogo em que o Braga defenderá o quarto lugar dos avanços do rival Vitória de Guimarães, que corre três pontos atrás mas que tem vantagem no duelo direto. No melhor dos cenários, todos estes lesionados poderão voltar a treinar ainda esta semana, mas nenhum deverá ser escalado para o jogo com os sadinos, porque, após vários dias de paragem, terão de recuperar a forma física.
As ausências do "playmaker" Ruben Micael e dos pontas de lança Éder e Zé Luís são as que mais preocupam o treinador Sérgio Conceição, que, ainda assim, tem a garantia da recuperação dos jogadores para a final da Taça, a disputar com o Sporting, no dia 31.

JN

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[Olho Vivo]

Paços de Ferreira: Nuno Valente tem proposta

Nuno Valente está dividido entre assinar pelo Paços de Ferreira ou renovar pelo SC Braga, como avança a edição de hoje do jornal A BOLA.

O médio, de 23 anos, segundo melhor marcador da equipa B do SC Braga, com 10 golos, recebeu uma proposta do Paços de Ferreira, mas ainda não decidiu qual será o seu futuro na próxima época.

O contrato que o liga à formação bracarense termina esta temporada, e o atleta apenas está interessado em renovar se tiver garantias de uma oportunidade na equipa principal.

A BOLA

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Brincou nas obras, jogou no ataque e está na baliza de Portugal
A história de Tiago Sá, guarda-redes do Sp. Braga B, que está entre os eleitos de Hélio Sousa para o Mundial Sub-20

Tiago Sá é um dos três guarda-redes escolhidos por Hélio Sousa para defender a baliza de Portugal no Mundial Sub-20 que vai decorrer entre 30 deste mês e 20 de junho na Nova Zelândia. O jogador do Sp. Braga B é o guardião mais internacional do trio (21), destacando-se de Guilherme Oliveira (10) e André Moreira (5).

O jovem internacional português começou a jogar aos sete anos, mas antes do futebol se tornar a profissão de sonho, o plano passava por seguir as pisadas do pai. Um caminho que também exige boas mãos.

«O meu pai trabalha no ramo da construção civil, por isso eu podia ter seguido por aí. Às vezes, na brincadeira, ajudava-o. Ia com ele para saber o que fazia e gostava. Mas o futebol começou a ficar sério na minha vida.»

Ainda assim, o guardião não descarta essa hipótese: «Ninguém sabe. Mas o futuro, depois de deixar de jogar, deve passar pelo futebol na mesma. Gostava que assim fosse. Estou a tirar Relações Internacionais na Universidade do Minho, depois de tirar Economia no secundário.»

Tiago Sá já fala no futuro, mas não se preocupa com ele: «Primeiro, tenho de lutar pela minha carreia de futebolista e depois logo vejo.»

Até porque, ainda que queira muito acabar a licenciatura, o guarda-redes tem de fazer as coisas com calma devido ao futebol. «Só fiz duas cadeiras de seis, pois não é fácil de conciliar. Os treinos e as aulas são à mesma hora», justificou ao Maisfutebol.

Mas, agora, é altura de só pensar no Mundial Sub-20, ainda que Tiago Sá tenha admitido que o próximo passo seja chegar «à equipa principal do Sp. Braga» e, um dia, fazer outro tipo de internacionalização: «Gostava de jogar num bom clube lá fora.»


No imediato, na Nova Zelândia, Tiago Sá quer «jogar e fazer um bom Mundial, tanto a nível individual, como coletivo, de forma a levar o nome de Portugal o mais longe possível» e tentar, claro, revalidar o título de Mika no Campeonato de 2011: ser o melhor guarda-redes.

Esse desejo «passa certamente por qualquer guarda-redes presente na competição», mas este guarda-redes até começou a jogar noutra posição.

«Quando entrei para o Sp. Braga jogava na frente. Só que não havia guarda-redes, íamos todos à baliza à vez, até que chegou a minha e gostei. Não me arrependo. Comecei a aprender e, quando assim é, vamos gostando ainda mais.»

O guarda-redes justificou, no entanto, que esta pode ser uma posição mais ingrata, claro: «Se outro jogador falhar e a seguir fizer golo, tudo bem. Nós, se falhamos, é golo da equipa adversária e cai tudo sobre nós. Mas os avançados também falham golos de baliza aberta...»

E, em jeito de conclusão, Tiago Sá até admitiu: «Já dei alguns frangos, mas, quando isso acontece, não podemos pensar mais no lance. Se sofremos um golo aos 10 minutos, ainda temos 80 e ainda podemos ser heróis. Se formos fortes mentalmente conseguimos fazer isso.»

MAIS FUTEBOL

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Alan e mais 39 contra Salgado e BES por gestão danosa
Futebolista do clube bracarense entre clientes queixosos por gestão danosa

Em causa estão perdas com obrigações e ações, entre outros produtos financeiros

O futebolista Alan faz parte de um grupo de 40 lesados da zona de Braga que apresentaram queixa crime contra Ricardo Salgado por alegada gestão danosa. O jogador do Sporting de Braga foi um dos que prestaram declarações, ontem, na Polícia Judiciária, a inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção que se deslocaram desde Lisboa para o efeito.

Alan foi ouvido ontem na PJ de Braga. Ao JN não revelou montante em causa
Alan é o mais mediático do até agora desconhecido "Grupo dos 40", constituído por empresários e particulares, e recusou-se a revelar qual o montante investido que pretende recuperar através da Justiça. Mas a totalidade do grupo queixase de ter ficado sem muitas centenas de milhares de euros.
Os lesados estão já a prepararse para processar civilmente não só o Banco de Portugal como também a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, de acordo com informações recolhidas ontem à tarde pelo JN, junto dos empresários do Minho. Em causa estão também alegações da existência de crimes de burla qualificada e de infidelidade.
À saída da Polícia Judiciária de Braga, o futebolista recusou revelar detalhes da sua queixa, mas o seu advogado, Filipe Pedras, referiu que "Alan é apenas um dos que em comum aqui estão porque acreditaram plenamente no BES, não só pelo prestígio do Banco Espírito Santo, como por causa das declarações dos altos responsáveis deste país, que atestaram publicamente a boa almofada financeira do BES".
Filipe Pedras também não quis pormenorizar as quantias em causa, no caso de Alan e dos outros clientes do BES que representa, limitando-se a considerar "estarem em causa valores de grande monta". Acerca do tipo de investimentos em que os seus clientes se dizem agora lesados, o mesmo advogado revelou haver várias situações, desde casos de obrigações contraídas pelo BES perante depósitos seus neste banco, até outros produtos financeiros, passando por casos de acionistas que "de repente viram-se sem nada daquilo que aplicaram".

JN

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