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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 12/02

Started by Pé Ligeiro, 12 de February de 2007, 08:43

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Pé Ligeiro

Chmiest
"Tenho o campeonato e a Taça para me mostrar"


O avançado polaco está em fase de integração e diz tudo correr dentro das melhores expectativas, para a qual têm contribuído os conhecimentos de inglês de Jorge Costa. Pior foi ficar fora da Taça UEFA, porque, na hora de optar, escolheu o Braga precisamente para poder mostrar-se nessa competição. Uma desilusão... já ultrapassada, pela expectativa de brilhar no campeonato e na Taça.
Como está a decorrer a sua primeira experiência no estrangeiro, sendo que para além da diferença de hábitos e costumes, também existe o da língua, uma vez que não fala português e sente algumas dificuldades no inglês?
Está a correr bem, tal como esperava. Estou num bom clube, inserido num grupo de trabalho bom, onde existe uma grande amizade entre todos e todos me ajudam, quer dentro quer fora do campo, o que torna as coisas mais fáceis. O Cesinha e o Davide são os companheiros com quem mais comunico porque falam bem inglês e é mais fácil o entendimento.
Diferente será, por exemplo, compreender as indicações da equipa técnica.
O futebol possui uma linguagem universal, facilmente perceptível através de gestos, e não tenho sentido grandes dificuldades em perceber o que de mim pretende o treinador. Mas se tiver alguma dúvida posso dissipá-la com o Jorge Costa, que fala inglês de forma fluente. De qualquer forma, a partir de segunda-feira vou ter aulas de português com uma polaca que está cá a trabalhar há dois anos e espero ultrapassar essa barreira linguística o mais rapidamente possível.
Na sequência das exibições e golos obtidos ao serviço do Odra suscitou o interesse de alguns clubes estrangeiros, nomeadamente o Bréscia, de Itália, para além do Braga. Por que é que optou por Portugal?
Foi uma escolha fácil e a melhor opção que fiz. O Braga é um clube que disputa os primeiros lugares da Liga portuguesa, que é uma boa Liga, está no quarto lugar e ainda disputa a Taça UEFA...
Uma prova em que não vai poder participar...
Quando assinei pelo Braga esse era um dos meus objectivos, mas infelizmente isso não vai ser possível, o que me deixou triste, mas tenho o campeonato e a Taça de Portugal para mostrar o meu valor.
 
"Vamos superar o Parma"

Na próxima quinta-feira, o Braga vai defrontar o Parma para a primeira mão da próxima eliminatória da Taça UEFA. Quais são as suas expectativas para este confronto?
Vai ser um jogo emocionalmente desgastante, complicado para o Braga. O Parma possui as características do futebol italiano, de grande rigor defensivo, calculista e de muita disciplina táctica, enquanto o Braga é uma equipa que gosta de ter a bola e fazê-la circular entre os seus jogadores. Isto significa que vai ter muitas dificuldades, principalmente dos processos ofensivos, uma vez que os espaços vão ser poucos.
Depreende-se, pelas suas palavras, algum pessimismo em relação ao sucesso da sua equipa...
Não. O que estou a dizer é que vamos sentir muitas dificuldades, mas acredito na qualidade e na capacidade dos meus companheiros para superar este adversário. Acredito que o Braga vai seguir em frente nesta competição europeia.



"Toda a gente vai conhecer o meu nome"

Quando se vinculou recentemente ao Braga, fê-lo por um período de quatro meses e mais três anos de opção. Com que expectativas?
As melhores. Sinto-me bem aqui e vou fazer tudo para que a cláusula de opção seja accionada no final deste primeiro período de contrato.
Em que nível coloca os pontas-de-lança que actuam no futebol português?
A um nível elevado. Pelo que tenho observado, são bons atacantes.
Algum chamou-lhe particularmente a atenção?
De uma forma especial, não.
E o Chmiest, em que nível se coloca?
Acredito que posso estar ao nível deles.
E quais são as suas perspectivas para o resto desta época?
Sou ambicioso e dou sempre o máximo para concretizar os meus objectivos. Não coloco uma fasquia, quer de quatro, seis ou dez golos, mas confio que vou conseguir demonstrar o meu valor. Não prometo um número definido de golos, mas acho que ao fim destes quatro meses toda a gente vai conhecer o meu nome.



"O português é mais competitivo"

Apesar de ainda não estar totalmente identificado com a realidade do futebol português, pelo que já conhece encontra grandes diferenças em relação ao polaco?
A Liga portuguesa é muito mais competitiva. Na Polónia existem três grandes equipas, o Légia de Varsóvia, o Wisla Cracóvia e o Korona Kielce, e as outras são muito fracas, sem capacidade para enfrentar as mais credenciadas, enquanto aqui uma equipa como o Braga pode intrometer-se entre os grandes e as que estão mais abaixo possuem também um nível competitivo semelhante. Por outro lado, na Polónia apenas as três grandes equipas trabalham todos os aspectos do jogo, físicos, técnicos e tácticos, e as outras preocupam-se essencialmente com a condição física, e em Portugal todos os clubes, desde os grandes aos de menor expressão trabalham todas as vertentes e praticamente da mesma forma.
Existem outras diferenças?
Essencialmente, o facto de aqui se jogar de uma forma mais rápida, o que dá menos tempo para pensar e executar.
E a paixão com que se vive o futebol?
Aqui vive-se com uma intensidade mais evidente, pois na Polónia só os três grandes clubes conseguem arrastar alguma gente. Lá, em virtude das condições climatéricas, os desportos de Inverno são os que conseguem ter mais sucesso junto das pessoas.
Nesse contexto, por que é que acabou por seguir a carreira de futebolista?
Por influência do meu pai. Ele jogava numa equipa amadora da cidade e como o acompanhava algumas vezes acabei por começar a gostar da modalidade e, aos 12 anos, iniciei a minha carreira no Grebazolanka, que fica nos arredores de Cracóvia.



"Portugal é favorito na fase de grupos"

Quais são os seus favoritos no grupo A de qualificação para o Euro'2008, onde estão Portugal e Polónia?
Portugal e Polónia são os melhores.
E entre estas duas selecções? Qual a mais forte?
São muito semelhantes, mas Portugal possui mais experiência e, apesar de estar a passar por uma fase de transição, tem rotinas de jogar para lugares de topo. Por outro lado, possui jogadores de excelente qualidade, alguns dos quais jovens - a Polónia também tem -, como o Quaresma e o Cristiano Ronaldo, por exemplo, que jogam em grandes equipas europeias, enquanto o melhor jogador da Polónia, o Smolarek, joga no Borússia de Dortmund... Portugal é, por tudo isto, o principal favorito do grupo, apesar de ter perdido na Polónia.



"Zé Carlos é um bom desafio"

O seu compatriota Saganowski esteve no ano passado em Guimarães. Conversou com ele antes de se decidir pelo Braga?
Não, quando cheguei ao Légia ele estava a sair para Portugal e na altura tive algum contacto com ele, mas não agora. Antes de tomar a decisão, conversei com o Kazmierzach, do Boavista, e o Slusarki, do Leiria, e eles disseram-me que o Braga era a melhor opção, que era a equipa-sensação dos últimos anos em Portugal e que, pelas minhas características e qualidades, não teria dificuldades em me afirmar e marcar golos.
Chegou há pouco tempo e tem a concorrência de Zé Carlos. Como está a encarar a situação?
Com naturalidade. A concorrência é sempre um bom desafio porque estimula e nos transmite uma vontade de trabalhar cada vez mais e melhor. Somos diferentes em alguns aspectos, mas, em termos gerais, somos muito semelhantes na forma de jogar.
Nestas circunstâncias acredita que a sua oportunidade vai surgir?
Essa é a minha expectativa, como acontece com todos os jogadores, mas tudo depende do treinador. Vim para o Braga com uma enorme vontade de jogar e me afirmar, mas consciente, por outro lado, que iria passar por um processo de integração e adaptação. Vou continuar a trabalhar e aguardar com tranquilidade pela minha oportunidade.



"Só olhamos para cima"


Quais são, na sua perspectiva, os objectivos que o Braga deve perseguir no campeonato português?
O Braga possui um bom grupo, constituído por grandes jogadores e por inerência uma boa equipa. Apesar de estar ainda a identificar-me com a realidade do futebol português, pelo que tenho verificado, podemos chegar a um dos primeiros lugares.
Apesar da diferença de pontos que já existe?
Sim! Temos consciência que não vai ser fácil, mas acredito que é possível chegar lá.
Para cima a diferença é de seis pontos e para baixo de três. Não olha para baixo?
Não, só olhamos para cima! Temos uma grande equipa e, mesmo que não consigamos chegar ao terceiro lugar, acredito que ninguém conseguirá tirar-nos o quarto.



"Jogar contra Portugal? Nada é impossível"

A selecção polaca é um objectivo que o Braga poderá ajudar a concretizar?
Quando começar a jogar e a marcar golos, espero ser chamado à equipa nacional, a exemplo do que sucedeu com o Saganowski, que só foi chamado quando veio para o Guimarães. Pena é não poder jogar na UEFA, porque assim seria mais fácil...
Como é que explica o facto de não ter sido chamado apesar de ser o melhor marcador do campeonato polaco antes de se transferir para o Braga?
Não consigo encontrar uma explicação, é opção do seleccionador. O Matusiak, por exemplo, jogou sempre na I Liga antes de se transferir para o Palermo, enquanto o meu percurso vem das divisões inferiores e por isso preciso de me afirmar. Essa foi, aliás, uma das razões por que optei por jogar fora da Polónia.
Apesar de não ter sido convocado até agora, admite a possibilidade defrontar Portugal na fase de apuramento para o Europeu de 2008, quando as duas selecções se defrontarem, em Setembro?
Nada é impossível. Se marcar muitos golos até lá...



Namorada vai ajudar

Marcim Chmiest, que completa hoje 27 anos e chegou à cidade dos Arcebispos, na recente reabertura de mercado, cheio de sonhos e ambições, que pretende concretizar nesta sua primeira aventura fora da Polónia. Consciente das dificuldades, acrescidas pela ausência de conhecimentos de português e com um inglês apenas suficiente para comunicar o essencial, está determinado a triunfar e, dessa forma, garantir o acesso à selecção do seu país. Apesar de dizer já sentir-se bem no Minho, o ponta-de-lança vai passar a sentir melhor a partir de amanhã, quadno receber a companhia da namorada, altura em que ambos iniciarão aulas de aprendizagem de português... porque é intenção de Chmiest obrigar o Braga a accionar a cláusula de opção e permanecer pelo menos por mais três anos no Norte de Portugal.
IN O JOGO
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Manter em respeito um Parma perigoso
ITALIANOS VENCERAM SEMPRE FORA


É um confronto estratégico que promete para o jogo dos 16 avos de final da Taça UEFA agendado para a próxima quinta-feira. O Sp. Braga assenta a sua boa carreira europeia desta época na autoridade em casa, tendo vencido os três encontros disputados no Estádio Municipal contra Chievo, Slovan Liberec e Grasshoppers. O Parma, na sua versão internacional, bem mais perigosa do que a interna, somou triunfos nos encontros que disputou fora de Itália, frente aos russos do Rubin, dinamarqueses do OB e franceses do Lens.

Uma das sequências será quebrada, sendo de adivinhar que o facto da decisão da eliminatória estar reservada para o Ennio Tardini leve o Parma a ser mais comedido. Ontem, em Roma, o "allenatore" Stefano Pioli fez alinhar três centrais (Contini, Fernando Couto e Perna), povoando o meio-campo com quatro elementos e deixando Morfeo entre linhas, atrás dos venenosos Rossi e Budan.

Rogério Gonçalves está limitado pela praticamente certa ausência de Andrade a meio-campo, que se soma à dúvida em relação a Madrid e às baixas de Maciel e Castanheira. O regresso do argentino é desejado para uma partida que se prevê exigente em termos tácticos, e onde a experiência de João Pinto dificilmente será dispensável na eleição da equipa titular.

IN RECORD
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Andrade fora do aguardado jogocom o Parma


O brasileiro Andrade não entra nos planos do Braga para o jogo de quinta-feira à noite com o Parma (19 horas), a contar para a primeira mão dos 16 avos-de-final da Taça UEFA. O médio tem uma pequena rotura muscular na perna esquerda, suficiente para o afastar dos relvados durante os próximos dias e, por isso, da partida com os italianos.

Andrade junta-se, assim, a Maciel e Castanheira no lote dos indisponíveis, numa altura em que a equipa técnica dos bracarenses ainda espera poder contar com o argentino Andrés Madrid. O médio não joga há mais de um mês, mas está recuperado dos seus problemas físicos - e Rogério Gonçalves deverá mesmo arriscar a sua utilização ante o Parma, já que o considera essencial na estratégia da equipa. O plantel minhoto gozou ontem um dia de folga, voltando hoje ao trabalho, com dois treinos, agendados para as 10 horas e 15.30 horas, ambos à porta fechada.

A venda de bilhetes para o importante jogo de quinta-feira tem decorrido num ritmo normal, não se esperando muito mais público do que o registado nos outros compromissos europeus desta temporada (assistência entre as 10 e 12 mil pessoas). Os responsáveis bracarenses esperam, no entanto, que os próximos dias suscitem maior entusiasmo por parte dos adeptos, até porque o Braga passou a ser, com a eliminação do Benfica da Taça de Portugal, o único clube português envolvido em três frentes de competição (Liga, Taça e UEFA).

Recorde-se que o preço dos bilhetes para a recepção ao Parma varia entre os 15 euros (sócios com lugar anual) e os 45 euros (cativos). Há também ingressos a 20 euros (sócios sem lugar anual) e, para os não sócios, há bilhetes a 25, 30 e 35 euros.

IN JN





BRAGA SEMPRE MAIS!

nandes

#1



O PONTAPÉ-CANHÃO DOS MINHOTOS APONTA A ARTILHARIA PESADA PARA ALVOS MUITO AMBICIOSOS


«Se o Braga pensar em grande os títulos vão aparecer»  




Consagrado como o segundo melhor trinco da última edição do Campeonato brasileiro, Andrade podia ter optado por qualquer uma das principais equipas paulistas que lhe acenaram com um contrato de estrela, ou continuar a ser o ídolo do Vasco da Gama, clube que ainda chora a sua saída. Preferiu viajar para Portugal e abraçar uma aventura em Braga, aliciado pela vontade do emblema minhoto de quebrar a hegemonia dos três grandes. Em terras lusas já mostrou a eficácia do seu poderoso remate, um dom que trabalha diariamente e que acredita poder embalar a equipa rumo aos títulos... já este ano.
Andrade tem uma extraordinária capacidade de conquistar rapidamente a simpatia dos adeptos. Não é só o sorriso contagiante, o estilo descontraído ou a forma desabrida como projecta as suas metas desportivas que o tornaram numa figura acarinhada e popular no Minho. É o seu pontapé, arma temível e temida por quem já percebeu que o brasileiro alia à força do remate uma precisão notável.
Os rótulos — pontapé-canhão, bombardeiro, detonador — têm uma conotação bélica que remete o adepto para a imagem de um jogador batalhador, um concentrado de raça e determinação capaz de mover montanhas e resolver um jogo num momento de inspiração, numa fracção de segundo que dura o contacto da parte de fora do pé com a bola.
Há muito que em Braga se suspirava por um novo Barroso. Há imagens que ficam para sempre e Andrade é daqueles jogadores que gostam de assinar momentos de beleza únicos capazes de agitar multidões. Se ele é assim na vida, porque haveria de deixar de pensar em grande no Sp. Braga? O desejo de títulos acompanha a sede de sucessos deste paulista criado em Minas Gerais

— Depois de ter sido eleito o segundo melhor volante (trinco) do campeonato brasileiro, atrás de Mineiro, um internacional, o salto para a Europa tornou-se praticamente inevitável. Trocar o Vasco da Gama pelo Sp. Braga é que surpreendeu muita gente...

— Eu vim para um grande clube. Para o quarto maior clube português. Impressionou-me e entusiasmou-me o projecto que o presidente António Salvador me apresentou e achei que era a altura ideal para dar o salto, depois de uma boa temporada no Vasco da Gama. Hoje estou à vontade para afirmar que fiz a escolha certa, o clube tem uma grande dimensão, uma estrutura excelente, uma massa adepta calorosa e um balneário espectacular, com um ambiente saudável. O que podia pedir mais?

— ... Talvez uma equipa com dinâmica de títulos. Ou isso não teve influência na sua decisão?

— Teve, claro. Eu quero ganhar títulos e posso ganhá-los em Braga. Se o clube pensar pequeno, vai ser pequeno a vida toda. Mas se pensar em grande os títulos vão aparecer com naturalidade. Neste clube pensa-se em grande, portanto... No Brasil todos sabem que no futebol português há três crónicos candidatos ao título. O que me alicia neste projecto é saber que se mantiver as ambições sempre em alta, o Sp. Braga poderá perfeitamente lutar pelo título nacional. Se não pensarmos em ser campeões nunca chegaremos lá.



«Sou um jogador de raça»


— Esteve um ano no Vasco da Gama, o tempo suficiente para os adeptos chorarem a sua despedida como se tivessem perdido um ídolo de infância. Como foi possível criar esta empatia com uma massa associativa tão exigente?

— Quando cheguei ao Vasco da Gama comecei logo a jogar na equipa titular, mas depois houve um período em que saí do onze. Quando voltei, foi em força, com grande dinâmica, a chutar forte e a marcar golos. Chegámos à final da Copa do Brasil e fizemos um bom Brasileirão. Sou um jogador de raça, determinado, que dá o máximo pelo clube, e estas características agradam muito aos adeptos do Vasco. Eles identificam-se com esse tipo de jogadores.

— Em Braga não está a ser muito diferente: teve uma estreia promissora em Paços de Ferreira, onde marcou um golo e saltou para a titularidade no jogo seguinte. Sente o carinho e o apoio do público minhoto?

— Se sinto! É óptimo chegar a um clube onde não se tem raízes e sentir todo este carinho e apoio. Tem sido muito bom, gostoso...

— Provavelmente, essa boa aceitação teve sobretudo a ver com o facto de não ter defraudado as expectativas. Concorda?  

— Acredito que sim. As pessoas gostaram do que viram em Paços de Ferreira, onde em três livres marquei um golo, acertando sempre no alvo. Para mim é importante, é o reconhecimento do trabalho que já fiz no clube até ao momento. Quero continuar assim, sempre a subir e a ajudar a equipa. Uma coisa prometo: da minha parte nunca vai faltar dedicação e profissionalismo. Nunca!






B.I.

Nome

João Henrique Andrade do Amaral

Data de nascimento

13 de Outubro de 1981

Altura

1,74 m

Peso

70 kg

Naturalidade

São Paulo (Brasil)

Posição

Médio defensivo

Trajecto

USIPA, Aciaria, Mirassol, Santos (camadas jovens), Santa Cruz do Recife (2003/2005), Vasco da Gama (2006) e Sp. Braga

Fim do contrato

Junho de 2010




OUTROS PALCOS  — Ao posar ao lado da Taça de Portugal conquistada pelo Sp. Braga em 1966, emergiu em Andrade o desejo de pisar palcos como o Jamor. Queria entrar nas contas da Taça UEFA já esta quinta-feira, mas uma mialgia atravessou-se-lhe no caminho e a recuperação não está fácil. Empenhado em estrear-se em jogos internacionais e cumprir o sonho de actuar nas principais montras europeias, Andrade só deve jogar... em Itália



NASCEU PARA CAUSAR ESTRAGOS...

«Em menino parti muitas janelas»


Foi sensivelmente aos sete anos que Andrade se deixou contagiar pelo entusiasmo do futebol. Primeiro em casa, depois no USIPA, pequeno clube de Ipatinga onde iniciou a sua formação. E cedo percebeu que tinha um dom - a bola saia-lhe dos pés a fumegar, descrevia um efeito estranho no ar e atingia o alvo com violência. E o alvo tanto podia ser «a parede da garagem» como «a janela» que deixava penetrar a luz no seu primeiro campo de ensaios. Na repescagem da história das primeiras bombas caseiras, Andrade não contém o riso: «Eu tinha uma pequena bola verde de futebol de salão com a qual praticava o chuto. De tanto a massacrar ela foi perdendo os gomos e a cor original, até se tornar numa bola muito estranha. Por vezes acertava nas paredes, mas em menino também parti muitas janelas».
Pode nascer-se com um dom, mas Andrade desde muito cedo percebeu que qualquer aptidão necessita de treino e aperfeiçoamento. «O remate sempre foi o meu ponto forte, mas sabia que só me seria útil no futuro se o aprimorasse através da repetição sistemática e do treino. Foi o que fiz e continuo o fazer», esclarece. Na sua ainda curta permanência em Portugal, não há registo de que Andrade tenha feito outros estragos que não na baliza dos adversários do Sp. Braga...



ELE E A CANARINHA

«Sonhar todos sonham»



O bom desempenho no Vasco da Gama na época passada não passou despercebido a Dunga. O seleccionador do Brasil equacionou publicamente a possibilidade de dar uma oportunidade ao agora futebolista do Sp. Braga, por nele reconhecer características passíveis de ajudar os canarinhos a contornar adversários com esquemas tácticos mais cerrados.
Por agora, a porta da Selecção mantém-se fechada, mas não se detecta em Andrade uma ansiosa espera pela chamada. «Sonhar com a Selecção todo o brasileiro sonha e eu não sou excepção», antecipa, sem dar ao assunto a importância que compatriotas no mesmo quadro de expectativa alimentam. «Pode ser que um dia surja a oportunidade, o que é preciso é ter calma mas acima de tudo trabalhar bem no clube que nos paga», remata... com forte convicção.



Não é «curinga»


O português açucarado vai entrando com toda a força no quotidiano linguístico dos lusitanos que se agarram aos enredos das telenovelas brasileiras. No futebol, é fácil traduzir mentalmente zagueiro por central, impedimento por fora-de-jogo ou volante por trinco. Mas o que fazer perante a reacção a uma pergunta inocente: Andrade, já jogou noutra posição que não a de médio? Resposta fulminante: «Olha, eu nunca fui curinga!» Dá-se o recuo: Desculpe, não quisemos ofender. O dicionário da Texto Editores dá uma ajuda preciosa: «Curinga: s. m., Brasil, nome que tem no jogo de poker a carta que muda de valor, segundo a combinação de cartas que o parceiro tem na mão». No plano futebolístico trata-se de um jogador cuja polivalência lhe permite jogar em várias posições. Andrade não é destes...




Três graus foi dose


O choque térmico é sempre um obstáculo difícil de ultrapassar para os brasileiros acostumados ao calor tropical do Rio de Janeiro, mas Andrade já passou pela pior das privações. «Difícil mesmo foi suportar os três graus no jogo de estreia, contra o Paços de Ferreira», solta. A experiência só não foi traumatizante porque o golo que apontou lhe aqueceu a alma. «A adaptação está a ser fácil, o povo de Braga é carinhoso e o presidente Salvador uma pessoa que está sempre preocupada com o bem-estar dos jogadores», garante.


Alma gémea protectora


Numa primeira fase Andrade entrou sozinho em Portugal, mas há cerca de uma semana a sua mulher chegou a Braga para tornar o seu quotidiano mais confortável. «Ela é a minha alma gémea e vai ajudar-me imenso neste contacto com outra realidade. Com ela por perto é outro conforto», celebra.



ÍDOLO JOGOU NO... BARREIRENSE

«Nelinho era o máximo!»



O fogo que por vezes lhe sai do pé direito é tão abrasador como a paixão com que Andrade fala sobre o futebol. Arrebata-se facilmente com a recordação dos petardos que o tornaram famoso no Brasil, as palavras saem-lhe fluídas quando o tema versa a marcação de livres e o tom do discurso torna-se vivo como se vestisse o fato de tutor empenhado em desvendar os seus segredos. Andrade aprendeu com os melhores e seria de supor que encontrasse em Roberto Carlos um ídolo, pela afinidade de estilo com o lateral do Real Madrid. Mas não. Foi outro lateral que o seduziu: Nelinho, jogador «que era fogo a cobrar livres» e que Andrade elege como referência, desde os tempos em que este antigo internacional brasileiro jogava no Cruzeiro e no Atlético Mineiro, onde terminou a carreira em 1987. «Era criança quando o vi jogar e adorava a sua forma de marcar os livres. Era o máximo!» O que Andrade não sabia é que com apenas 20 anos Nelinho jogou em Portugal, ao serviço do Barreirense, na época 70-71. Este planeta é mesmo pequeno...




In A Bola



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