NOTICIAS DO ENORME DO DIA 12/01

[JotaCC]

Sp. Braga derrotado em casa pelo Sporting

No melhor pano cai a nódoa. Num balde de água fria que gelou as bancadas da pedreira. O Sp. Braga cedeu a primeira derrota em casa, diante do Sporting, com um golo de Tanaka, nos últimos instantes da partida. Depois de uma exibição brilhante, Matheus acabou manchar a actuação ao sair mal da baliza e, de forma infantil, atingiu o avançado e ofereceu de bandeja o golo ao japonês, na cobrança do livre. Pelo excelente espectáculo, era previsível que fosse um pormenor a desequilibrar o nulo que persistiu até aos descontos. O Sporting foi mais feliz e ganha, assim, a luta pelo terceiro lugar.
Num jogo muito táctico, intenso, rápido e competitivo, que obrigou a um grande equilíbrio em termos de pensamento, viram-se duas equipas encaixadas uma na outra e um rigor táctico que saltou à vista na primeira parte.
Houve mais Sp. Braga no primeiro quarto de hora e Pardo deu o primeiro aviso da irreverência logo aos cinco minutos, com a bola na barra, depois de uma saída em falso de Rui Patrício. O colombiano foi um dos homens fortes do ataque bracarense, numa dupla perfeita com Rúben Micael, a maior dor de cabeça dos leões.
Numa luta intensa e duelos individuais, o Sporting sentiu dificuldades perante a organizada defesa dos guerreiros. Sempre com espaço para as transições, o Sp. Braga manteve o domínio e só perto da meia-hora a equipa leonina cresceu, com Nani em destaque a libertar o Sporting.
O jogo foi numa toada de resposta contínua e o Sp. Braga só não foi para o intervalo em vantagem, porque Rui Patrício negou o golo num cabeceamento de Baiano, após livre de Pardo.
A resposta leonina foi imediata, mas André Pinto, impecável, cortou um remate de Carrillo e depois foi Matheus a brilhar na baliza. Nani atirou ao lado e, na jogada seguinte, o brasileiro, com uma enorme defesa, negou o golo ao internacional. Na outra baliza, Éder atirou às malhas laterais e Rafa só não marcou, porque Patrício travou o remate e, na recarga, Tiba atirou por cima.
O ritmo frenético voltou para o segundo tempo, com oportunidades em catadupa para os dois lados: Pardo viu o guardião leonino travar um remate com selo de golo; Adrien e Montero atiraram ao lado; Carrillo rematou ao ferro e Matheus foi decisivo ao negar o golo a João Mário.
Sérgio Conceição reagiu à fase de enorme pressão do Sporting com a entrada de Agra e Pedro Santos, para refrescar os flancos, e Marco Silva arriscou, lançou Tanaka e Carlos Mané, e viu frutos. Quando se esperava pelo empate, já nos descontos, Matheus decidiu sair da baliza, travou Tanaka e ofereceu o livre que deu os três pontos aos leões.

Sérgio Conceição: "Perder desta maneira é tremendamente injusto"

Durou apenas um dia o blackout de Sérgio Conceição. Expulso no final do jogo com o Sporting, o técnico bracarense não falou na zona de entrevistas rápidas, mas apareceu na sala de imprensa para falar aos jornalistas. Visivelmente incomodado com a derrota e expulsão, considera ter sido uma injustiça o resultado.
"Perder desta maneira é tremendamente injusto para aquilo que os jogadores fizeram. Num pormenor e num erro, sofremos esse golo que deu a vitória ao Sporting. Fizemos uma primeira parte muito boa, de grande qualidade, tivemos três ou quatro ocasiões e, se fossemos para o intervalo com vantagem no marcador, era absolutamente normal por aquilo que se passou nos primeiros 45 minutos", referiu o treinador.
Na segunda parte, prosseguiu na análise, "entrámos com ambição, mas o Sporting criou algumas dificuldades". "Depois de vinte minutos mais fortes do sporting, a partir daí equilibrámos outra vez e conseguimos criar mais oportunidades. O resultado justo, no mínimo, seria o empate para o Sp. Braga", frisou, admitindo ter sido "um bom jogo, intenso, competitivo entre duas grandes equipas". "Foi um bom espectáculo, mas é muito injusto, tremendamente injusto.
Existe uma desilusão e uma frustração grande no balneário, mas o futebol é mesmo isto, os jogos resolvem-se num pormenor, num erro individual".
Quanto à expulsão, Conceição defendeu-se e deixou a pergunta: "já estou habituado, protestei, mas tenho alguma dificuldade em perceber porquê. Não ofendo ninguém, já disse mais do mil vezes, sobretudo pelo meus filhos. Sou um apaixonado pelo futebol, não sei o porquê, muito sinceramente, alguns treinadores fazem o que eu faço e não lhes acontece nada. A facilidade que têm em me expulsar é demais. Não me sinto perseguido, mas sinceramente não entendo".

CORREIO DO MINHO

[JotaCC]

TANAKA FUROU O BLACKOUT AOS GOLOS
EMPOLGANTE Mais Braga nos 90 minutos mas melhores ocasiões do Sporting, agora terceiro. E um guarda-redes que borrou a pintura e um japonês que o puniu, de livre

Sporting ultrapassa V. Guimarães e ca em terceiro – pela primeira vez no pódio esta época . Tanaka cumpriu a promessa feita após a vitória sobre o Famalicão e marcou mesmo!
Noventa minutos de um jogo empolgante e disputado nos limites não chegaram para se encontrar um vencedor. E não foi por falta de oportunidades, que as houve em número e qualidade, tal como a resposta que lhes deram ambos os guarda-redes, sobretudo o do Braga, Matheus, tendo em conta o maior perigo das ocasiões do Sporting. O brasileiro foi herói a maior parte do tempo mas, como se verá, acabou inconsolável por ter ficado a pensar, certamente, que se transformara no vilão de uma partida que, a ser um, seria daqueles com ação do princípio ao último suspiro. E, como se disse, não bastaram 90 minutos porque foi já no quinto dos descontos que surgiu o único golo, qual golpe de teatro, a punir a saída extemporânea de Matheus da área. Tanaka, alvo da falta do guardião e que rendera Montero aos 79 minutos, teve então um momento de inspiração, fazendo a bola voar sobre a barreira até ao fundo das redes, levando à euforia os leões e mergulhando os bracarenses em depressão – depois de tanto e tão bom trabalho, acabaram por sofrer a primeira derrota em casa esta temporada!
Num confronto entre equipas com o blackout como denominador comum – o do Sporting imposto pela Direção, o do Braga auto-imposto por Sérgio Conceição! –,mas também a aspiração do terceiro lugar, foram os donos da casa que começaram a "falar" mais e melhor em campo. Na guerra dos meios-campos, o do Braga ganhou a primeira parte pelo rigor de Danilo e Tibana marcação a Adrien e João Mário e pelo modo como Rúben Micael
flutuava" entre uma posição defensiva sem bola, ajudando à superioridade na zona nevrálgica do campo, e subia rapidamente para fazer a ligação ao ataque, lançando quase sempreo velocista Pardo, a maior fonte de perigo dos arsenalistas. Houve mais Braga neste período, boas defesas de Patrício, mas também um par de remates perigosos dos leões, por Carrillo e Nani, a esbarrarem na que poderia (deveria?) ter sido a
figura do jogo, Matheus.
O regresso dos balneários trouxe um Sporting e um jogo transfigurado.
Marco Silva deve ter falado ao ouvido dos jogadores, que entraram com uma agressividade e vontade de marcar como não se vira nos primeiros 45 minutos. João Mário e William, mais adiantados e dinâmicos, empurraram a equipa e o golo só não surgiu porque os remates de Montero, Carrillo e João Mário entre os 56 e os 59 minutos encontraram um monstruoso e imparável Matheus.
O Braga reassumiu, então, o comando das operações e, após um remate com selo de golo de Tiba, desviado por Paulo Oliveira para canto, e uma obra de arte do ex-V.Setúbal e de Pardo que Micael, ingloriamente, chutou para as nuvens, começaram a mexer os bancos. Conceição trocou o colombiano, tocado, e um Rafa inoperante, pelos mais frescos e velozes Agra e Pedro Santos. Mas foi Marco Silva quem acertou em cheio, ao mudar o sistema (ver caixa) e refrescar o posto de ponta de lança: Tanaka, após três assistência para golo contra o Famalicão, cumpriu a promessa e marcou mesmo com um requinte, dir-se-ia, só ao alcance de um japonês.


FILME DO JOGO

30' Matheus salvador: primeiro a socar um cruzamento de Carrillo da direita e depois a reagir rápido e a impedir o golo a Nani num remate na área.
40' Bomba de Éder às malhas laterais, após jogada entre Rafa e Pardo.
41' Pardo conduz ataque na direita e assiste Rafa cujo remate obriga Patrício a grande defesa. Na recarga, Tiba fuzila mas Adrien desvia para canto.
44' Nani, de livre direto, proporciona mais uma boa intervenção a Matheus, que soca. João Mário recarga mas desviado.
46' Pardo tira da frente Paulo Oliveira, depois de Maurício falhar o corte, remata mas Patrício defende. Éder falha a recarga.
48' Cruzamento de Montero e João Mário cabeceia para grande defesa de Matheus, o que repete no lance imediato, face ao mesmo protagonista.
56' Montero dispara do meio da rua, Matheus defende para a frente e João Mário chega mais rápido mas chuta ao lado.
58' De novo o Sporting quase a marcar: diagonal e remate de Carrillo, com a bola a desviar em André Pinto e a sair ao lado depois de bater no poste.
59' Carrillo desembaraçase de Djavan e cruza, Montero cabeceia e Matheus responde com grande defesa.
72' Tiba remata na área mas Paulo Oliveira evita o golo, dando o corpo à bola. Canto.
75' Rúben Micael envia para as nuvens um lance magistralmente desenhado por Tiba e Pardo.
87' Éder cabeceia para fora, após cruzamento de Djavan na esquerda.
90'+ 5' Tanaka marca

O JOGO

[JotaCC]

Um livre exemplar de Tanaka permite ao Sporting subir ao pódio
Japonês fez um grande golo no último lance de um jogo intenso e equilibrado com o Sp. Braga, garantindo o triunfo dos "leões". Lisboetas ganharam ascendente com adiantamento de João Mário na segunda parte

O Sporting voltou a vencer no terreno do Sporting de Braga (0-1) com um golo nos instantes finais da partida, tal como já tinha acontecido na época passada. Desta vez foi Junya Tanaka, na execução exemplar de um livre directo, quem garantiu os três pontos para a equipa de Alvalade, que assim alcança um lugar no pódio do campeonato.
O último lance do encontro no Estádio Municipal de Braga teve ingredientes de sabor asiático. O guarda-redes Matheus saiu da baliza, abalroando Tanaka ao estilo de artes marciais. Na cobrança do livre, o japonês, que entrara aos 79' para o lugar de Montero, atirou colocado para o ângulo superior direito da baliza, fazendo um grande golo. Um golo que premiou o Sporting que, num jogo repartido e bem jogado, acabou por ser a equipa que mais fez para marcar, sobretudo durante a segunda parte.
Desde os primeiros minutos que o encontro assumiu as duas características que o marcariam até final, com muitas entradas duras a meio-campo e uma postura ofensiva dos dois conjuntos. Uma vez ganha a bola, os médios rapidamente a faziam chegar aos homens da frente, proporcionando vários lances de futebol aberto.
O Sp. Braga foi a equipa que andou mais perto da baliza nos minutos iniciais, mas sem conseguir rematar com especial perigo. Os primeiros lances de alguma emoção junto à baliza do Sporting aconteceram na sequência de dois erros de Rui Patrício, mas, em ambos os casos, o árbitro sancionou faltas dos atacantes bracarenses. O guarda-redes do Sporting acabaria por se redimir destes deslizes aos 21', lendo bem o movimento de uma bola cabeceada por Baiano, na sequência de um livre lateral, que caiu sobre o segundo poste, evitando o golo.
Antes do intervalo, o Sp. Braga teve ainda duas boas oportunidades para se colocar em vantagem, no período de dois minutos: Éder (40') rematou à malha lateral, Rafa (42') viu a sua tentativa acabar nas mãos de Rui Patrício.
O melhor lance (30') de futebol de toda a primeira parte foi, porém, do Sporting: William Carvalho ganhou a bola no meio-campo e fez uma arrancada forte, conseguindo encontrar André Carrillo sobre a direita com um passe magistral. O guarda-redes Matheus desviou o centro do extremo peruano e conseguiu recompor-se a tempo de defender, com reflexos felinos, o remate forte de Nani.
Se, na primeira parte, o Sp. Braga teve algum ascendente, a segunda foi quase toda do Sporting. Ao intervalo, Marco Silva corrigiu o posicionamento da sua equipa, fazendo avançar João Mário para mais perto de Montero e recolocando as restantes unidades do meio-campo. A primeira ocasião da segunda metade foi, porém, da equipa da casa, através de Pardo (46'). O colombiano aproveitou um erro de Maurício e, depois de tirar Paulo Oliveira do caminho, rematou para boa defesa de Rui Patrício.
A partir de então o Sporting acumulou várias ocasiões de golo. João Mário foi o primeiro a poder abrir o activo. Em lances consecutivos, teve duas oportunidades, mas o cabeceamento à entrada da pequena área e o remate acrobático com o pé direito tiveram resposta à altura de Matheus. O médio-ofensivo do Sporting teve uma nova ocasião, sete minutos depois, falhando, com a baliza à sua mercê, a recarga a uma defesa incompleta do guarda-redes bracarense.
O Sporting acelerou nesta fase, com Carrillo a aparecer no jogo. Num lance individual (58'), rematou cruzado, mas André Pinto desviou para canto. No lance seguinte, o peruano, deixando para trás com facilidade Djavan, cruzou com precisão para a cabeça de Montero. Matheus fez mais uma boa defesa, mas o ponta-de-lança poderia ter feito mais, até porque se encontrava liberto de marcação.
A partida foi perdendo intensidade na fase final, à medida que as duas equipas começavam a acusar algum cansaço — ambas tinham jogado na quarta-feira, para a Taça de Portugal. E foi numa altura em que o empate começava a desenhar-se que Tanaka apareceu a resolver, quatro minutos para lá do tempo regulamentar. Nani e o japonês aproximaram-se da bola, os dois recuaram para rematar e o resto é história.



Positivo/Negativo

Rui Patrício entrou mal e teve dois deslizes já pouco habituais, mas redimiu-se rapidamente e evitou o golo contrário num par de ocasiões na primeira parte. Do outro lado, Matheus esteve mais activo e foi o homem em destaque na melhor fase do Sporting, após o intervalo, evitando as ocasiões de João Mário, Carrillo e Montero.
Tanaka
Em Guimarães, no jogo para a Taça da Liga, já tinha mostrado que pode resolver de bola parada. De regresso ao Minho, fez um grande golo, que resolveu um encontro importante para a sua equipa.
Montero
O colombiano não terá deixado os sportinguistas descansados quanto à garantia de golos enquanto Slimani estiver ausente. Dois remates de longe e um cabeceamento fraco são os únicos registos de um avançado desaparecido.

PUBLICO

[JotaCC]

[JotaCC]

[JotaCC]

[JotaCC]

[JotaCC]

[JotaCC]

[JotaCC]