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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 08/12

Started by Bruno3429, 08 de December de 2014, 09:01

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Bruno3429

Dérbi do Minho: equilibrado, quezilento e sem golos
Sp. Braga-V. Guimarães, 0-0 (crónica)
Germano Almeida     

O Sp. Braga-V. Guimarães há muito que já não é «apenas mais um jogo do campeonato».
   
Não é só a questão de ser um dérbi regional. Trata-se de uma partida com carisma próprio, histórias antigas e recentes, rivalidade à flor da pele.
   
Será, até, o duelo mais apetecível de uma partida da Liga em que não entrem os três grandes.
   
Acresce, a tudo isto, que bracarenses e vimaranenses se encontraram esta noite em momento muito positivo para ambos.
   
O Braga, em franca recuperação, vinha de três vitórias e um empate nas quatro jornadas anteriores na Liga (com triunfo em Guimarães pelo meio para a Taça, ainda por cima); o Vitória aparecia na casa do rival com o lastro de cinco triunfos seguidos no campeonato.
   
Primeira parte promissora
   
Foi uma bela primeira parte. Bem jogada, com duas equipas a procurarem o golo.
   
O Braga entrou muito bem, com intenção, assentando o seu jogo ofensivo nas movimentações de Rafa e Éder, pela esquerda.
   
O V. Guimarães chegou a ter dificuldades em travar o caudal atacante nos primeiros dez/quinze minutos.
   
Mas apareceu, finalmente, pelo quarto de hora, sobretudo a partir de um remate de Alex, que obrigou Matheus a grande defesa.
   
Os dados estavam lançados: ia mesmo haver jogo aberto.
   
O Braga não se assustou com o lance e retomou a iniciativa.
   
Mas um episódio, pelos 17 minutos, tirou ritmo a um jogo que, até aí, estava a ser praticado em intensidade elevada. Choque violento entre Alvez e Tiba. O avançado vimaranense tentou prosseguir em campo, mas teve mesmo que sair, pelos 24.
   
Passado esse episódio, o jogo voltou a animar.
   
André André rápido, pelo meio, dá certeiro para Hernâni que remata cruzado, Santos, de cabeça, salva por pouco. O V. Guimarães esteve pertíssimo do 0-1.
   
Uma vez mais, o Braga não se ficou: em dois minutos, conseguiu três cantos. O Vitória replicou, Berard e Hernâni quase marcavam.

E assim se manteve o jogo até ao intervalo, em ritmo de toada e resposta, entre duas equipas que queriam muito marcar, mas que acabaram por, essencialmente, saber defender-se.
   
A tensão a subir

   
O segundo tempo não começou bem: menos jogadas de interesse, mais picardias, muitas paragens.
   
O que de bom tínhamos visto na primeira parte parece ter ficado nos respetivos balneários.

0-0 a desenhar-se

 
Se até ao intervalo o empate teria sido mais justo se tivesse golos (1-1 ou até 2-2), no segundo tempo o 0-0 começava a impor-se como resultado provável. 

O Braga deixou de conseguir jogar em ataque continuado. Rafa só pontualmente aparecia a desequilibrar. Eder praticamente desapareceu. 

O  V. Guimarães também quase deixou de conseguir sair com perigo para a zona defensiva bracarense. 

Do inconformismo mútuo da primeira parte, passou-se para um empate que até chegou a parecer conveniente para os dois. 

Final a ferver

 
Os últimos minutos não tiveram futebol. Foram uma explosão de nervos, protestos, expulsões. Saiu a perder o dérbi, o espetáculo e as três equipas.

Era escusado, mas tem a ver com o tal carisma muito próprio que este duelo já tem. 


Sp. Braga-V. Guimarães, 0-0 (destaques)
Rafa e Éder ameaçaram, André André liderou

O MOMENTO
 
A primeira expulsão

O jogo aproximava-se do final, a segunda parte não estava a corresponder, o 0-0 desenhava-se, mas ainda havia a ideia de que o dérbi podia voltar a ter futebol. Mas Bruno Gaspar vê o segundo amarelo aos 88. A partir daí, o que era um jogo quezilento passou a ser um final a ferver. Mais dois vermelhos (Agra e Hernâni), tudo a discutir. Futebol, já muito poucos, só aquele remate de Rafa às malhas laterais.

   
A FIGURA
André André

Que jogador! Um líder. Bravo, raçudo, bom tecnicamente. Assinou passes de grande qualidade, lutou, defendeu, cortou lances ao adversário. E esteve lá, quase sempre, nos momentos em que era preciso dar o corpo
   
OUTROS DESTAQUES
 
Rafa Silva


De longe, o melhor bracarense. Desequilibrador, esteve perto da felicidade no primeiro quarto de hora. Demorou a regressar ao jogo, mas voltou a causar calafrios ao adversário. E quase marcou, já nos descontos. 

   
Éder

Muito bem nos primeiros 20 minutos, depois foi desaparecendo, à medida que o jogo ofensivo bracarense também diminuía.

Hernâni e Bernard

Enorme entrega, criação de perigo em alguns momentos. Mas fica a ideia de que ambos precisam de mais experiência para enfrentar jogos desta agressividade. Hernâni acabaria por ver segundo amarelo nos 90, no auge da «chama» final entre as duas equipas. 

Maisfutebol

Bruno3429

Guerreiros do Minho e Conquistadores anularam-se no dérbi minhoto
Carlos Costinha Sousa

Guerreiros do Minho e Conquistadores anularam-se, ontem, no dérbi que animou a jornada 12 da I Liga. Sp. Braga e Vit. Guimarães não foram além de um empate sem golos, numa partida bem disputada, equilibrada, mas com duas partes de distinta qualidade, que existiu mais na primeira do que na segunda.

A promessa de jogo grande em Braga começou a cumprir-se logo no primeiro tempo, com duas equipas endiabradas em campo, em busca dos golos que permitissem somar os três pontos. Foram uns primeiros 45 minutos de qualidade, em que os golos não apareceram, mas que viu o perigo rondar as duas balizas por diversas vezes.

Os Vitória de Guimarães entrou melhor e, aos 23 minutos, Alex cabeceou muito bem para resposta de Matheus com uma excelente defesa, à queima-roupa, que evitou o primeiro golo da partida. O Sp. Braga dominava a posse de bola, mas foi novamente a equipa de Guimarães que assustou, com Santos a cortar um remate de Hernâni que levava a direcção da baliza. Os números, no entanto, indicava, nesta fase do jogo, que o Sp. Braga tinha mais ataques que os vimaranenses.

As duas equipas foram obrigadas a mexer, aos 23 e 35 minutos, por lesão de Alvez e Tiago Go-mes, que saíram para as entradas de Tomané e Pedro Santos.
Aos 31 minutos, os dois lances mais perigosos da primeira parte, um para cada lado. Primeiro o Sp. Braga com Rafa a cabecear muito bem após cruzamento de Pardo e Assis a fazer uma defesa do outro mundo para evitar o golo arsenalista. Na resposta, Bernard 'estourou' de muito longe e levou a bola a embater no poste da baliza de Matheus.

O golo estava frenético, enérgico e muito disputado, mas até ao intervalo o marcador não sofreu alterações, com a partida a deixar, no entanto, no ar a promessa de mais bons momentos para o segundo tempo.
No entanto, essa promessa não se cumpriu, uma vez que na etapa complementar o jogo acabou por perder alguma da qualidade que tinha sido demonstrada no primeiro tempo e as situações de perigo foram raras.

O Sp. Braga dominou o jogo a nível estatístico, com mais ataques, mais remates e mais posse de bola, mas não conseguiu concretizar esse domínio em eficácia na hora do remate.
Por sua vez, o Vitória de Guimarães tentou sempre aproximar-se com perigo da baliza defendida por Matheus, mas neste segundo tempo não conseguiu criar situações incómodas para o guarda-redes Matheus.

Nos segundos 45 minutos, a melhor ocasião de golo pertenceu aos Guerreiros do Minho, com um lance individual de Rafa, que ganhou a linha na esquerda do ataque e cruzou com conta peso e medida, levando o esférico a percorrer, praticamente, a linha de golo, mas sem que aparecesse qualquer companheiro para empurrar a bola para o fundo das redes vimaranenses.
E faltando a eficácia, a partida terminou com o nulo com que tinha começado, mas com menos unidades em campo, já que Bruno Gaspar, Salvador Agra e Hernâni foram expulsos.

Sérgio Conceição: "No fim da época com certeza estaremos à frente do Guimarães"


"No fim da época com certeza estaremos à frente do Guimarães". Foi desta forma que o treinador do Sp. Braga, Sérgio Conceição, finalizou a análise ao jogo realizada no final da partida, em que considerou também que os Guerreiros do Minho fizeram mais, ao longo de todo o encontro, para merecer o triunfo e os três pontos em disputa.

Para o técnico, o Sp. Braga entrou bem no jogo, conseguiu colocar em prática o que tinha planeado para a partida nos minutos iniciais, mas, com o decorrer do encontro, foi amolecendo e baixando de rendimento, permitindo, nos instantes finais do primeiro tempo, que o adversário causasse alguns calafrios.

"Não falo de estatísticas. Diz-me pouco. Se tivesse que haver um vencedor seriamos nós. Entrámos bem no jogo. Nos primeiros 10/15 minutos colocámos em campo o que tínhamos planeado para o jogo. Depois fomos caíndo perante um Guimarães bem organizado e causaram-nos alguns apertos. No entanto, tivemos oportunidades para marcar, como a do Rafa, mas penso que o 0-0 se justifica ao intervalo", referiu o técnico, que fez uma análise bem diferente quanto ao segundo tempo da partida: "na segunda parte foi bem diferente. Entrámos bem melhor, conseguimos estar por cima do jogo durante toda a segunda parte e penso que o Guimarães praticamente não chegou à nossa área, não fez um remate na segunda parte. Considero que o resultado se aceita, mas tínhamos tudo para conseguir vencer. Fomos a melhor equipa, mas não fomos tão esclareciados como queríamos. Somos superiores, tanto individual como colectivamente".

Correio do Minho

Bruno3429

Dérbi do Minho ditou um empate a zero entre Braga e Guimarães.

O Vitória de Guimarães empatou este domingo a zero no reduto do Sporting de Braga, que seguia 100 por cento vitorioso em casa, em encontro da 12.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

A formação vimaranense passou a somar 27 pontos e perdeu o segundo lugar para o FC Porto (28), deixando o Benfica mais líder (31), enquanto os "arsenalistas", que contam 22, caíram para quintos, ultrapassados pelo Sporting (23).

O encontro terminou com os locais reduzidos a 10 unidades, por expulsão de Salvador Agra, e com os vimaranenses apenas com nove, após os vermelhos a Bruno Gaspar e Hernâni, todas ocorridas na parte final do encontro.

Correio da Manhã

Bruno3429

Empate no clássico do Minho dá 2.º lugar ao F. C. Porto
José Pedro Gomes

Ao empatar a zero no terreno do Sporting de Braga, o Vitória de Guimarães perdeu o segundo lugar no campeonato para o F. C. Porto, que passa a ter um ponto de vantagem sobre os vimaranenses. Veja os lances do jogo.

Os dois rivais minhotos anularam-se ao longo dos 90 minutos de um jogo disputado com muita intensidade, mas durante o qual ambas as equipas não conseguiram encontrar o caminho do golo.

O Vitória de Guimarães dispôs de melhores oportunidade no primeiro tempo, os bracarenses foram mais afoitos na etapa complementar, embora com pouca inspiração na finalização.

A partida terminou envolta em polémica, com o árbitro Carlos Xistra a expulsar os vitorianos Bruno Gaspar e Hernâni, e também o arsenalista Salvador Agra.

JN

Bruno3429

Sérgio Conceição: «Não sou papagio, sou objetivo»
Treinador do Sp. Braga deixa críticas a Rui Vitória
Por Germano Almeida   

Sérgio Conceição, treinador do Sp. Braga, deixou críticas, após o dérbi minhoto, às declarações de Rui Vitória.

«Não sou papagaio, sou objetivo. Sou frontal. digo o que penso. Acho que o empate é justo. Não vou dizer que a haver um vencedor seríamos nós. Não vou em discursos bonitos», comentou Conceição, em referência implícita a Rui Vitória. 

Questionado sobre se tem algum diferendo com Rui Vitória, Conceição enquadrou: «Não, não é nada pessoal. Acho que ele é um bom treinador, está a fazer um bom trabalho em Guimarães. Mas na antevisão deste jogo disse que na partida da Taça a equipa dele tinha sido melhor e isso não foi verdade. Essa mensagem parece que passa, mas não é verdadeira. Estou em desacordo com isso». 

Sobre a arbitragem, Conceição observou: «Este jogo não foi fácil de dirigir. Ele estava a fazer um bom trabalho até aos 90. Depois das expulsões, dar quatro minutos de descontos e acabar aos três e tal não foi correto, com as paragens, as expulsões que houve neste jogo. O V. Guimarães estava com nove elementos, podíamos nesses minutos finais explorar algumas situações de perigo».

Maisfutebol

JotaCC


JotaCC


JotaCC

DÉRBI AOS SOLAVANCOS E CASTIGO PARA AMBOS
Ocasiões claras de golo sorriram ao Vitória, mas foram demasiado desgarradas para o jogo ser descrito como intenso

O desfecho do dérbi foi ajustado mas inútil tanto para o V. Guimarães como para o Braga, que continuam a ter cinco pontos a separá-los mas agora uma posição abaixo, atrás de FC Porto e Sporting

Apetece começar por perguntar se estes eram (praticamente) os mesmos jogadores que há 15 dias deram um grande espetáculo de futebol no D. Afonso Henriques. Seria do frio, ou da ausência do carácter decisivo que teve essa eliminatória da Taça de Portugal? Ontem ,em Braga, houve um jogo com ocasiões de golo para ambos os lados mas os golos não apareceram; houve lances que empolgaram a assistência mas muitos mais erros e jogadas perdidas como consequência destes. E, é verdade, também houve momentos quentes característicos deum dérbi entre eternos rivais, mas aconteceram já no fim e sem efeitos práticos no resultado. Foi como olhar para o negativo do anterior confronto entre estas duas equipas...
O empate teve tanto de justo como de castigador para ambas as formações, que caíram um lugar na tabela – o V. Guimarães ultrapassado pelo FC Porto e o Braga pelo Sporting. No caso dos vitorianos, este ponto significou ainda o esfumar do sonho de voltar ao topo caso se conjugassem resultados favoráveis na receção ao Rio Ave e no clássico do Dragão.
Feito o balanço dos 90', permanece a ideia da reposição de um filme... ao contrário: desta vez foi o Braga que começou por ter mais bola e ao Vitória cabia o papel de apostar na surpresa. E surpresas, das desagradáveis, tiveram os dois treinadores ainda na primeira parte, com Álvez e Tiago Gomes a terem de ser substituídos por lesão. Até aí já tinha havido três claras oportunidades de golo, com vantagem (2-1) para os visitantes. Hernâni e Rafa assumiam-se como as mais-valias das equipas, com o internacional luso a acrescentar às arrancadas pelo flanco umas oportunas incursões pela área para tentar o golo... de cabeça!
Se as entradas de Tomané e Pedro Santos no primeiro tempo foram forçadas, as movimentações dos bancos que se seguiram, já na etapa complementar, obedeceram a imperativos estratégicos: Conceição mexeu primeiro, trocando um "desbotado" Pardo por Agra, aos 67', e depois, aos 81', mudando mesmo o desenho do ataque, com a entrada de Sami para a esquerda a fazer de Rafa um verdadeiro 10, a tentar rentabilizar as bolas ganhas por Éder. Um minuto antes, Vitória recorrera a Cafu, que colocou no miolo, ao lado de Bouba, avançando André André para o meio-campo ofensivo. E, nesse posicionamento, o médio esteve na origem de um lance que poderia ter s i do perigoso s e Tomané apresentasse a mesma visão de jogo do colega e tivesse correspondido ao pedido do empreendedor Hernâni. Não foi assim e, minutos depois, a confusão precipitou-se, com Agra a ver o vermelho e Hernâni a segui-lo para os balneários por duplo amarelo, numa altura em que o V. Guimarães já tinha perdido Bruno Gaspar, que Rafa fizera expulsar. E foi mesmo o bracarense a protagonizar o último lance, inspirando a ilusão de golo com um remate às malhas laterais, um anticlímax, qual metáfora de tudo o que sucedera anteriormente.



Árbitro Final apoteótico

Passou 88 minutos a navegar ao sabor do jogo, mostrando os amarelos que se impunham (terá faltado um a Bouba, aos 50'), até que no mesmo minuto puxou três vezes do vermelho. Bruno Gaspar, Agra e Hernâni saíram mais cedo, e todos justificadamente.



A FIGURA Rafa: 7 O furacão que levou quase tudo à frente

De pé a fundo no acelerador, Rafa foi o diabo à solta, com dribles de encantar, diagonais imprevisíveis e remates perigosos. Em boa forma, não deu descanso a ninguém, especialmente a Bruno Gaspar, expulso por acumulação de amarelos, na sequência de desarmes à margem da lei ao internacional português. Por três vezes tentou o golo e só não o conseguiu logo à primeira, num bom golpe de cabeça (32'), porque Assis respondeu com uma defesa espetacular. Ao cair do pano ainda fez os adeptos do Braga gritarem golo, mas tratou-se de pura ilusão de ótica, porque o desvio (outro de cabeça) fez a bola passar simplesmente rente às malhas laterais.



DISCUSSÃO EXPULSOS PEGAM-SE NO TÚNEL

Depois de se terem envolvido na situação que resultou na expulsão de ambos, já no fim do jogo, Salvador Agra e Hernâni deram sequência à discussão no túnel de acesso aos balneários, com uma acesa troca de insultos e o bracarense a afirmar que não encostou a cabeça ao adversário. Os dois jogadores não chegaram a vias de facto porque foram separados por seguranças.



AMBIENTE POLÍCIA DETEVE UM ADEPTO

Sem registo de incidentes entre adeptos rivais, apesar da habitual troca de insultos à chegada dos autocarros vimaranenses, um elemento de uma claque do Braga foi detido ao intervalo, numa zona em que durante a primeira parte arderam várias tochas. De resto, destaque para a presença de 25 clubes estrangeiros, entre os quais Barcelona, Milan, Dortmund e Mónaco.


O JOGO

JotaCC

Nulo do derby do Minho não faz jus a um bom jogo
Vitória de Guimarães empata (0-0) na casa do Sporting de Braga e cai para terceiro na Liga, ultrapassado pelo FC Porto. Insultos racistas vindos das bancadas marcaram a partida negativamente

Dos ingredientes com que se fazem os jogos de futebol mais emocionantes, só faltam golos ao derby do Minho que opôs, ontem, o Sporting de Braga e o Vitória de Guimarães. Os dois rivais da região empataram a zero, num resultado que se ajusta a um jogo de oportunidades divididas, mas que desaloja os visitantes do segundo lugar, perdido para o FC Porto.
Os jogadores de Sp. Braga e V. Guimarães desesperaram por não marcarem qualquer golo
As melhores ocasiões do primeiro tempo pertenceram ao Vitória. Aos 13 minutos, Alex recebeu ao segundo poste um cruzamento vindo da direita por Hernâni, mas atirou contra os pés do guarda-redes Matheus. Aos 27', André conduziu o contraataque, deixou na direita para Hernâni, que puxou para o pé esquerdo e atirou para golo, evitado, quase sobre a linha, pela cabeça de Santos.
A primeira parte foi preenchida em acontecimentos — ambas as equipas tiveram que fazer alterações forçadas: Tiago Gomes na equipa da casa, Álvez, nos vimaranenses —e o Sp. Braga a equipa que mais quis ter a bola, mas o Vitória a que melhor soube o que fazer com ela.
Antes do intervalo, o jogo entrou numa fase frenética. No melhor lance do ataque do Sp. Braga na primeira parte, Alan cruzou para a cabeça de Éder. A bola saiu com selo de golo, mas o guarda-redes Assis fez uma defesa impressionante.
No contra-ataque imediatamente a seguir, Bernard, após lance individual rematou ao poste. Na recarga, com o guarda-redes batido, Bruno Gaspar atirou ao lado.
No regresso ao relvado, as duas equipas apareceram mais abertas e a bola andou mais perto das balizas e menos no meio-campo. Nesta fase do encontro, o Sp. Braga foi a equipa que esteve mais perto do golo. Primeiro (57') Rafa — o melhor em campo da equipa da casa — apareceu em posição de finalização, servido por Éder, mas rematou por cima. O mesmo Rafa (72') aproveitou a passividade da defesa contrária, entrando na área e rematando cruzado. A bola saiu muito perto, mas o nulo não foi desfeito.
E como um clássico não parece clássico sem expulsões, Carlos Xistra mostrou o segundo cartão amarelo a Bruno Gaspar (88') num lance em que o lateral parece ganhar posição sem falta. No lance imediatamente a seguir, também parece forçada a opção por expulsar Agra por suposta agressão a Hernâni. E também o extremo, suposta vítima, foi tomar banho mais cedo. Mas estes lances acabaram por não ter grande implicação num jogo que chegou ao seu final pouco depois.



Positivo/Negativo

Rafa
Depois do grande golo marcado no derby minhoto de há duas semanas para a Taça, o extremo fez uma boa exibição, sempre em ritmo muito alto, protagonizando os lances de maior perigo da sua equipa. Parece estar de volta a um bom momento, depois do início de temporada titubeante.
Traoré
Foi o elemento mais regular na defesa vitoriana, responsável por anular Pardo (cedo substituído face ao fraco rendimento) e mostrando qualidade.
Racismo
Um jogo que envolve uma rivalidade histórica como a de Braga e Guimarães presta-se a excessos, mas há alguns que estão para lá do tolerável. Os urros racistas dirigidos a Hernâni no momento em que marca pontapés de canto junto de uma das claques do Sp. Braga (que atingiram logo de seguida Bernard) estão a mais num estádio de futebol.



REACÇÕES
Fomos melhor equipa mas não tão esclarecidos como queríamos. O resultado aceita-se, mas tínhamos tudo para vencer Sérgio Conceição Sp. Braga

Tivemos melhores oportunidades para marcar mas não as concretizámos. A haver um vencedor, seríamos nós Rui Vitória V. Guimarães

PUBLICO

JotaCC

DÉRBI INTENSO SCORE ESTÉRIL
Duelo minhoto foi rijo e alérgico às balizas. Vitória esteve perto, mas continua sem ganhar na "pedreira"

No duelo pela supremacia regional, os primos minhotos neutralizaram-se. O dérbi não teve golos, mas não foi insosso. Foi rijamente disputado. O Vitória jogou mais, mas o Braga não desmereceu o empate.

O jogo entre os estimados inimigos do Minho dava ao Braga a oportunidade de igualar o saldo das refregas com o Vitória. O empate mantém o emblema de Guimarães à frente nestas contas (51-50) e também no campeonato, com cinco pontos de vantagem sobre o vizinho. E a equipa de Sérgio Conceição até pode dar-se por satisfeita, porque o rival teve as melhores oportunidades para chegar ao triunfo que nunca obteve em 12 anos de deslocações à "pedreira".
Alex teve a primeira ocasião para abriu o marcador, mas o minuto 13 foi o do azar para o extremo vimaranense, que viu o remate ser muito bem defendido por Matheus. Depois, o guarda-redes do Braga já só pôde desviar com os olhos um tiro de Bernard, a uns trinta metros da baliza, que fez estremecer o poste. A bola ressaltou para a entrada da área e Bruno Gaspar, com as redes à mercê, atirou ao lado (28 m).
Aturdido, o Braga tentou soltar-se, mas raramente conseguiu chegar com perigo à baliza vimaranense. Éder, muito marcado, Pardo, muito apagado, e Alan, sem bola nem espaço, não conseguiram impor-se. Rafa bem tentou sacudir o jogo e foi ele que teve a melhor oportunidade do Braga para faturar, mas o remate de cabeça, já na pequena área, foi parado por uma bela defesa de Assis. O segundo tempo mudou muito pouca coisa. O Braga até melhorou a produção de jogo, com mais bola, mas, tirando uma outra situação de maior aperto na área adversária, não conseguiu construir uma única ocasião para rematar com êxito à baliza dos vimaranenses. O Vitória também não conseguiu criar mais nenhum lance de ataque que pudesse assustar a "pedreira", mas foi sempre a equipa mais esclarecida e com melhor fio de jogo.
O desafio, sempre rijo, no limite do litigioso, não havia de acabar sem que, no espaço de dois minutos (88 e 90), se verificassem três expulsões. O Vitória acabou com nove: Bruno Gaspar e Hernâni foram para a rua, por abuso de cartões amarelos, e o Braga ficou com dez (Salvador Agra encostou a cabeça a Hernâni e o árbitro Carlos Xistra decidiu mostrar-lhe o cartão vermelho direto).
Um final de tumulto que foi, afinal, o resumo perfeito do jogo: muito luta, muita entrega e futebol truncado, que neutralizou as equipas, com faltas atrás de faltas, frequentemente usadas como instrumento tático.



CARTÕES AUSÊNCIAS NAS EQUIPAS PARA A PRÓXIMA JORNADA

Os vermelhos mostrados causaram baixas nas duas equipas para a próxima jornada. Bruno Gaspar e Hernâni falham o jogo do Vitória com o Rio Ave, enquanto Salvador Agra fica de fora na deslocação do Braga ao Belenenses.



"No fim estaremos à frente do V. Guimarães"

SÉRGIO CONCEIÇÃO tem uma certeza: o Braga vai terminar o campeonato à frente do V. Guimarães, mesmo que, ontem, não tenha conseguido bater o rival minhoto, apesar de, segundo o técnico, o merecer em absoluto.
"Fica bem dizer que se houvesse um vencedor seríamos nós. Entrámos bem no jogo, tivemos 10/15 minutos em que fizemos o que tínhamos planeado. O Guimarães estava bem organizado, nós fomos caindo e o nosso adversário conseguiu uma ou duas oportunidades. Mas, ao intervalo, justificava-se o 0-0", comentou o treinador dos bracarenses, destacando as diferenças no segundo tempo.
"A segunda parte não teve nada a ver, porque o Guimarães não chegou à nossa baliza, nem rematou, uma única vez. No geral, o resultado aceita-se, apesar de não estar satisfeito, porque fomos superiores", realçou Conceição, elogiando o trabalho do árbitro "mas só até ao minuto 90". "No fim da época, estaremos à frente do V. Guimarães", garantiu o técnico.


JN

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