NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 27/10

[Bruno3429]

Guerreiros mostram a sua garra em vitória sobre o Benfica
Carlos Costinha Sousa

Aqui estão os verdadeiros Guerreiros do Minho! Com muita garra, determinação, força de vontade e uma atitude impressionante, o Sp. Braga conquistou, ontem, uma vitória com sabor a ouro na recepção ao Benfica, conseguindo uma reviravolta no marcador depois de ter entrado praticamente em desvantagem na partida. O triunfo difícil por 2-1 foi prémio merecido depois de uma exibição personalizada.

Jogo grande em Braga e começou logo com golos. Aos dois minutos, as águias já festejavam o primeiro da partida, apontado por Talisca. Entrada fulgurante do Benfica, Gaitan desmarca Eliseu que trabalha bem e cruza para Talisca que dentro da área só teve que encostar para o golo.
Início a toda a força dos forasteiros que mantiveram o pé no acelerador e estiveram perto de aumentar a vantagem. Muitas facilidades para o Benfica chegar ao último terço bracarense.

E num desses lances de ataque benfiquista, aos 28 minutos, surgiu o golo do empate do Sp. Braga. Lima chegou com perigo à área bracarense, Pedro Tiba aliviou a bola que foi ter com Rúben Micael que logo desmarcou Felipe Pardo na direita. O colombiano avançou e fez o passe com conta, peso e medida para Éder, no centro da área, rematar para o golo.

Aos 34 minutos, um dos casos do jogo. Pardo é derrubado na área por Eliseu, pede grande penalidade, mas o árbitro nada assinala. O certo é que existe um toque do benfiquista em Pardo e Eliseu não corta a bola, pelo que deveria mesmo ter sido assinalado o castigo máximo
Jogo de parada e resposta no Municipal de Braga, muita vontade, bom futebol, várias oportunidades de golo e um Sp. Braga personalizado e bem recuperado do golo madrugador que sofreu.

Ao intervalo o empate no marcador prometia muito para os segundos 45 minutos.
Segundo tempo começou algo diferente do primeiro, com muito jogo a meio campo e menos bonito, mas com um Sp. Braga a entrar mais dominador e cedo a causar calafrios no sector defensivo das águias.

Aos 52 minutos, novo momento polémico. Pardo arranca em fora de jogo que não é assinalado e, já dentro da área, sofre um toque de Lisandro. Grande penalidade por assinalar e amarelo para Pardo por simular. Segundo caso com o colombiano dentro da grande área benfiquista e que não foi assinalado. Marco Ferreira com uma arbitragem infeliz. Após esse lance, o jogo voltou a esfriar, baixando o ritmo e sem grandes situações de perigo durante largos minutos.

Mas o Sp. Braga continuou em força e a acreditar e, aos 81 minutos, conseguiu mesmo colocar-se em vantagem. Rúben Micael com excelente abertura para Agra que trabalhou muito bem, fintou um adversário e rematou sem hipóteses para Artur, fazendo o 2-1 e completando a volta no marcador. Magia do pequeno Salvador Agra a fazer levantar o estádio com o golo que acabou por encerrar o marcador e dar um importante e saboroso triunfo aos Guerreiros do Minho.

Éder: "Bom jogo de entrega e querer"

Não estava no onze inicial escolhido por Sérgio Conceição para defrontar o Benfica, No entanto, perante uma infelicidade de Zé Luís, que se lesionou durante o aquecimento anterior ao início da partida, acabou por dar-lhe o acesso ao jogo desde o início. Um acaso que acabou por permitir que Éder fosse um dos homens do jogo do Sp.Braga, ao apontar o golo que deu o empate e que permitiu a reentrada dos bracarenses em jogo e deu início também à remontada vitóriosa dos Guerreiros do Minho no marcador.

Éder mostrava-se satisfeito pela vitória e por ter conseguido marcar, apesar de lamentar também a infelicidade da lesão do seu companheiro de equipa. O avançado internacional português louvou a boa exibição da equipa e, principalmente, a atitude demonstrada na partida.

"Fizemos um bom jogo, com muita entrega e querer. Sabíamos que ia ser difícil ganhar os tres pontos ao Benfica, mas com muita atitude, entrega e determinação conseguimos a vitória", considerou o avançado, lembrando que a equipa estava muito bem preparada para este encontro com o actual líder do campeonato: "estávamos preparados mentalmente para este jogo. Sabíamos o que tínhamos que fazer na partida, mesmo depois de termos sofrido o golo tão cedo. Não baixamos os braços, nem perdemos a concentração, nem a vontade de chegar a um resultado positivo e conseguimos dar a volta ao marcador".

Zé Luís saiu do onze titular e deu lugar a Éder. O avançado lamentou o azar do seu companheiro de equipa que se lesionou minutos antes de começar o jogo, afirmando que "a partir do momento em que entrei em jogo dei o meu melhor para conseguir ajudar a equipa e ainda bem que consegui. Com a infelicidade do Zé Luís coube-me a mim jogar e ajudar o clube, já que é para isso que estamos aqui todo. Roubámos três pontos ao líder, mas o mais importante para nós foi mesmo a vitória".

Emoção gera confusão perto do fim

A poucos minutos dos 90, e com a emoção à flor da pele, gerou-se a confusão total, entre bracarenses e benfiquistas, envolvendo tudo e todos junto aos bancos de suplentes. Tudo começou quando Pedro Tiba estava estatelado no relvado e a equipa do Sp. Braga pedia para a bola ser colocada fora para assistência. Depois com o jogo já parado, o médio do Benfica, Enzo, fez uma 'placagem' a Danilo, atirando o médio do Sp. Braga ao chão, suscitando de imediato uma pequena assembleia.

Entre empurrões e tentativas de acalmar os ânimos, o árbitro Marco Ferreira resolveu a situação com cartões amarelos aos dois jogadores, sendo que para Danilo foi o segundo e a expulsão. Desse lance resultou ainda a expulsão do treinador Sérgio Conceição, que teve que assistir aos ultimos minutos do jogo na bancada, e que deixa ainda em risco a sua posição no banco no próximo jogo do Sp. Braga, em Coimbra.

Correio do Minho

[Bruno3429]

Sp. Braga conseguiu ser a primeira equipa a derrotar o campeão
Manuel Assunção   
   
Benfica entrou a ganhar, mas bracarenses deram a volta ao jogo. No final, confusão junto dos bancos de suplentes valeu expulsões para Sérgio Conceição e Danilo, no Sp. Braga, e Raul José, nos "encarnados".

Marcar com menos de dois minutos de jogo não valeu ao Benfica para pontuar no Estádio AXA, porque o Sporting de Braga foi um adversário à altura do campeão num dos melhores jogos do campeonato, com oportunidades para os dois lados. Em Braga, o líder sofreu a primeira derrota na Liga (2-1) e viu os principais concorrentes encurtarem a diferença. O Benfica marcou cedo, continuou melhor no jogo, mas a equipa da casa soube acordar a tempo e aguentar depois a reacção final do adversário.

Nenhum dos dez jogos anteriores entre os dois clubes tinha sido decidido por uma diferença superior a um golo e o de ontem também não foi excepção. Mas foi o Benfica a dar o primeiro golpe. Gaitán encontrou Eliseu na esquerda e este descobriu Talisca para o brasileiro fazer o primeiro golo, o seu sétimo na Liga. Tinham passado apenas 1m19s desde o apito inicial.

O lance marcou o início e o Benfica aproveitou para ser a primeira equipa por cima num jogo com várias alternâncias de domínio e em que terá ficado por marcar uma grande penalidade para cada lado — sobre Pardo, aos 34', e Gaitán, aos 85'. Lima e Talisca desperdiçaram boas ocasiões e isso permitiu ao conjunto de Sérgio Conceição reentrar no jogo.



Positivo/Negativo

Tiba
 Tem uma resistência que nunca mais acaba. Preencheu o corredor central e foi o médio-centro mais destacado do jogo. Ajudou o sector mais recuado da equipa, mas nunca teve falta de força para empurrar o Sporting de Braga para a frente.

Gaitán
 O Benfica pagou caro por não ter conseguido uma vantagem superior nos primeiros 25 minutos. Se isso chegou a ser possível, deveu-se muito ao argentino, o melhor jogador desse período.

Matheus
Num jogo com muito trabalho para os guarda-redes, destacaram-se as defesas determinantes de Matheus no final, quando negou o golo a Salvio (duas vezes) e Enzo Pérez.
   
O Sp. Braga chegou ao empate num lance em que a bola atravessou o campo duas vezes rapidamente. Começou num canto bracarense que o Benfica transformou num contra-ataque, com Lima a falhar a finalização.

A equipa local recuperou a bola e lançou-se também num contra-ataque veloz que terminou com a bola dentro da baliza de Artur, depois de Éder marcar a passe de Pardo.

O golo animou o Sp. Braga e retraiu o Benfica. Até ao intervalo, Pedro Tiba, Salvio e Pardo desperdiçaram o 2-1 para as suas equipas.

O arranque da 2.ª parte foi o período mais morno do jogo, mas com os minhotos mais assertivos. Tiba fez brilhar Artur em dois lances e isso terá levado Jorge Jesus a modificar a equipa, para procurar a vitória. Arriscou, com a saída de Samaris para a entrada de Jonas (62'), que afinal não foi titular. Talisca também desceu para o meio-campo e os visitantes poderiam ter voltado à vantagem no marcador em duas ou três ocasiões.

Contudo, já depois de Éder ter falhado uma oportunidade flagrante, foi o suplente Salvador Agra a decidir tudo a favor do Sp. Braga, aos 81', num lance individual a partir da esquerda culminado com um remate.

O Benfica tentou chegar ao empate, jogou em superioridade a partir dos 90', devido ao segundo amarelo de Danilo num lance em que houve um enorme sururu entre os bancos, mas o guarda-redes Matheus manteve a diferença com duas defesas seguidas no mesmo lance a remates de Enzo e Salvio.

Público

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Encarnados estiveram na frente mas saíram derrotados da Pedreira, o resultado mais comum à águia na... liga milionária

Jorge Jesus avisou que esperava um jogo de Champions na Pedreira, em Braga. E foi mesmo isso que aconteceu. Não muito pelo futebol praticado, mas sim pelos resultados dos encarnados nesta edição da Liga dos Campeões, com duas derrotas e um empate. Ontem, o tal jogo de Champions deu nova derrota, esta a primeira no campeonato e que, de certa maneira, relança o campeonato.
E o Benfica até entrou bem no jo - go, com um golo logo aos dois minutos, por Talisca ( melhor marcador do campeonato com sete golos juntamente com Jackson Martinez e Maazou). O golo deu ânimo aos encarnados que partiram para uns 20 minutos de bom futebol e com excelentes oportunidades para alargar a vantagem sobre os bracarenses. E foi numa dessas oportunidades que o Braga... marcou.
Em rápido contra- ataque Pardo encontra Éder a desmarcar- se e este, que até nem era para ser opção no onze titular ( Zé Luís lesionou- se no aquecimento), atirou de primeira sem hipóteses para Artur. E este golo, contra a corrente, acabou por intranquilizar o Benfica, que nunca mais foi aquela equipa dos primeiros 20 minutos.
Taticamente os bracarenses estiveram melhor a partir daqui e no segundo tempo mostraram também uma melhor condição física. Sérgio Conceição percebeu isso mesmo e a 20 minutos do fim colocou o rapidíssimo Salvador Agra em campo, explorando as limitações dos laterais do Benfica, Eliseu e Maxi Pereira. Este último, aliás, acaba por ficar ligado à derrota dos encarnados, não tendo pernas para Éder no primeiro e depois dando espaço a mais a Salvador Agra no golo aos 81 minutos.
Ânimos exaltados na Pedreira
Com a aproximação do final da partida os ânimos estavam mais exaltados e após um lance mais viril entre Danilo e Enzo Pérez registou- se uma grande confusão junto ao túnel de acesso, com alguns jogadores a trocarem empurrões e a custar dois vermelhos, um para Sérgio Conceição e outro para Danilo, este depois de ter levado segundo amarelo.
Com os ânimos mais calmos houve ainda tempo para Matheus brilhar na baliza da equipa da casa, realizando duas defesas monstruosas a um cabeceamento de Salvio e na recarga a um remate de Maxi Pereira, ambos a poucos metros da linha de golo. Esta defesa acabou mesmo por garantir nova vitória para o Braga em casa, que ainda não conheceu qualquer outro resultado em casa.
O Benfica, esse, continua líder, mas agora apenas com mais um ponto que o mais direto rival, o FC Porto, sendo que o Sporting também se aproximou, estando agora a apenas três do grande rival de Lisboa.



FIGURA DO JOGO MATHEUS

Idade 22 anos Posição Guarda- redes
O brasileiro voltou a provar a razão pela qual é conotado com alguns dos principais clubes europeus. Ontem voltou a maravilhar, só não conseguindo mesmo defender o remate certeiro de Talisca. Tirando isso foi ele o principal inimigo do Benfica na noite de ontem. As duas defesas a cabeceamento de Salvio e a remate de Maxi nos últimos segundos são mesmo de craque.



Marco Ferreira, o pior em campo
Uma palavra para Marco Ferreira, o árbitro que veio da Madeira, que acabou por ser claramente o pior em campo. Nunca soube acompanhar bem os lances, errou no capítulo disciplinar, ficaram cartões vermelhos por mostrar, e depois deixou também duas grandes penalidades por marcar, uma para cada lado, sendo que a dos bracarenses, numa jogada de Pardo, foi precedida de fora de jogo.

"O Benfica continua em primeiro, não temos ninguém à nossa frente. Claro que não é bom perder, mas continuamos em primeiro." JORGE JESUS

"Merecíamos a vitória. Fizemos um bom jogo, mandámos no jogo mas não conseguimos. Por vezes, o futebol é assim, a melhor equipa não ganha." TALISCA

"Sabíamos que ia ser difícil mas com sacrifício, entre - ajuda e qualidade conseguimos. Esta equipa mereceu os três pontos." ÉDER

DN

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ÁGUIA PERDOA BRAGA EXECUTA
Minhotos aplicam a primeira derrota na liga ao Benfica, que vê o F. C. Porto aproximar-se na tabela

Marcar logo aos dois minutos, ter o rival de joelhos e perdoar-lhe a execução foi o pecado do Benfica. O Braga sobreviveu, ergueu-se, foi buscar forças e ânimo e derrubou o campeão. Bravos Guerreiros!

Artur teve muito trabalho e não evitou dois golos na baliza benfiquista
Sem preliminares, assim à bruta, quase egoísta, um orgasmo benfiquista bem precoce, solto em apenas um minuto e 19 segundos. Sem oposição, Talisca apareceu na área do Braga e rematou para o primeiro do serão. Um golo a frio, que logo fez subir o mercúrio da partida, lançada em ritmo frenético pela não menos alucinante máquina ofensiva da Luz.
Com o diabo no corpo, os extremos Gaitán e Sálvio, os laterais Maxi e Eliseu, o mesmo Talisca e todo o carrossel benfiquista lançaram-se ao Braga como gato a bofe. Aturdida por toda aquela vaga, a equipa minhota padeceu e só não sofreu o segundo porque Lima, isoladíssimo, permitiu a defesa a Matheus (10m).
Durante uma vintena de minutos, o Braga foi sufocado. Até que, de repente, quase do nada, surgiu o empate: após mais um falhanço de Lima, no primeiro contra-ataque de jeito, Micael comunicou com Pardo e este serviu Éder para o remate fatal (28m). Um lance simples, prático e utilitário. E que virou o jogo de patas para o ar...
Se outro mérito não tivesse, Éder despertou a equipa da casa e, sobretudo, fez duvidar a lisboeta, de repente acometida de uma estranha apatia. O Benfica não levou o segundo porque Tiba se deslumbrou e chutou de fora da área, quando tinha espaço e tempo para se chegar à baliza e passar a bola às redes. E porque o árbitro Marco Ferreira não viu um penálti, num derrube de Eliseu a Pardo.
O intervalo, quem diria?, foi um alívio para o Benfica. Mas foi o Braga que voltou melhor para o segundo tempo. Pardo logo levou o pânico à área encarnada. Voltou a ser travado em falta, por Lisandro. Penálti ainda mais claro do que o primeiro, que o árbitro também não enxergou.
O Benfica foi uma sombra daquela máquina da primeira meia hora. E sujeitou-se. Tiba e Éder voltaram a ter o golo nos pés. Até que, num lançamento de Micael, Agra arrancou por ali fora e foi feliz. O "speedy gonzalez" da Póvoa chutou à entrada da área e bateu Artur (81m). Uma explosão na "pedreira"!
Os ânimos aqueceram. Danilo foi expulso com segundo amarelo , mas o Braga aguentou-se, também porque Matheus fez duas grandes defesas e porque o juiz voltou a não ver um penálti, desta vez sobre o argentino Gaitán.
Ou como o Benfica, que parecia tão inatacável, caiu com estrondo e sofreu a primeira derrota na liga, permitindo a aproximação do F. C. Porto.



"Dois penáltis por marcar não influenciaram o resultado"

Benfica colocou-me a mão no peito, mas não foi nada de importante. São coisas que acontecem a quente, não foi nada de especial", garantiu Sérgio Conceição, admitindo que a equipa de arbitragem não teve uma noite fácil.
"Foi um trabalho difícil também para o árbitro. As imagens falam por si: foi notório que houve dois penáltis não assinalados para o Braga, mas graças a deus não influenciou o resultado".
O treinador do Braga elogiou a postura e a crença da equipa e garantiu que os arsenalistas vão lutar pelos quatro primeiros lugares: "Não entrámos bem, demos muito espaço ao Talisca. Na segunda parte fomos muito consistentes, sabíamos o que queríamos e toda a equipa fez um trabalho fantástico e a vitória é mais do que justa. O Benfica só conseguiu aquelas duas oportunidades no mesmo lance. Era importante vencer, depois da derrota no Dragão. É este o Braga que quero, com muita dinâmica e com este espírito. Vamos ter um Braga a lutar pelos quatro primeiro lugares".



SÉRGIO CONCEIÇÃO FOI EXPULSO NA CONFUSÃO

3Na sequência de uma grande confusão entre jogadores e técnicos, já nos instantes finais, o treinador do Braga recebeu ordem de expulsão, tal como técnico-adjunto do Benfica Raul José. Tudo começou após uma falta de Sami sobre Eliseu, junto à linha, com Enzo Pérez a dar um empurrão a Danilo para ficar com a bola. O brasileiro respondeu na mesma moeda, incendiando o rastilho para que jogadores, técnicos e restantes elementos dos dois bancos se embrulhassem num esgrimir de argumentos, no qual o árbitro terá deslumbrado uma atitude mais inflamada do técnico do Braga, ordenando que saísse.



Última reviravolta contra a águia foi em maio de 2013

Em Braga, o Benfica começou a ganhar e terminou derrotado. A última vez que tal tinha sucedido foi em maio de 2013, na final da Taça de Portugal, no Jamor, ante o V. Guimarães (1-2). Na época passada, não há registo deste tipo de desaire por parte das águias. Mas, na época anterior, 2012/13, na referida final no Jamor, o Benfica adiantou-se no marcador por Gaitán, acabando por perder, com golos dos vimaranenses Soudani e Ricardo Pereira, num curto espaço de tempo. De registar, ainda, que o resultado de ontem foi o mesmo de 2010/11, na "pedreira". Nessa época, a equipa de Jesus também permitiu a reviravolta bracarense.

JN

[JotaCC]

SÉRGIO LEU O EVANGELHO DA VITÓRIA
Matheus segurou, com defesas quase milagrosas, o que os companheiros à sua frente souberam construir, com muita paciência à mistura e a perícia de artesãos superiormente orientados

Há jogos que se ganham e outros que se perdem do banco. Em Braga, houve um assim, rico nos detalhes que tornam uma partida de futebol empolgante e que, acima de tudo, foi um excelente espetáculo – teve golos, uma cambalhota no marcador, picardias entre jogadores e equipas técnicas e um público (mais de 21 mil almas) completamente entregue às emoções de um duelo que pode ser visto como a enésima versão da história do aluno que supera o mestre. Para este é que não sobrou, no entanto, qualquer satisfação: o Benfica de Jesus sofreu a primeira derrota do campeonato e viu a margem de manobra para os perseguidores reduzirse drasticamente, estando o FC Porto a apenas um ponto.
O xadrez das palavras começara na véspera e as pistas fornecidas por ambos os treinadores dificilmente poderiam ter encontrado maior correspondência no relvado. O alerta de Jesus quanto à dificuldade da deslocação a Braga, elevando - a ao patamar da Champions, teve, ironicamente, um desfecho... europeu, com as águias a saírem da Pedreira com um resultado negativo como a maioria dos que têm colecionado na prova da UEFA. Do outro lado, Conceição prometeu e cumpriu: a atitude e intensidade dos seus jogadores foi de guerreiros, mesmo depois de se verem em desvantagem logo aos 2', quando Talisca transformou uma descida veloz de Eliseu pelo flanco esquerdo no 0-1, o seu sétimo golo na I Liga.
O brasileiro do Benfica apanhara Jackson Martínez, depois do "bis" deste em Arouca, no topo da tabela dos goleadores, ganhava vantagem no confronto direto com o outro convocado pela seleção olímpica do Brasil (o bracarense Danilo), Salvio e Gaitán davam espetáculo e encostavam o Braga às cordas... O cenário parecia estar montado para o campeão nacional repetir o resultado da última época e começar a desmistificar a ideia de que jogar em Braga é um trauma. Foram, contudo, 20 minutos de pura ilusão!
O ponto de viragem começou, curiosamente, num sinal contraditório: Danilo viu um amarelo logo aos 20' por rasteirar Gaitán quando este acelerava perigosamente pela faixa do meio. Ficaria o Braga enfraquecido numa das suas posições-chave? A resposta não tardou, pois o trio do meio-campo dos minhotos acertou as marcações e começou a impor a sua valia técnica e a superioridade numérica no miolo, perante um Enzo Pérez que começou a ter de acorrer a demasiados focos de incêndio e um Samaris (rendeu André Almeida, na única alteração em relação ao onze que iniciou o jogo no Mónaco) demasiado encostado aos centrais.
Da asfixia inicial, depressa o Benfica começou a perder o fôlego e após um rápido contragolpe, iniciado numa ocasião de remate desperdiçada por Lima, o Braga faz o empate. Tiba, Micael, Pardo e Éder foram os artesãos do golo, numa espécie de ironia em duplicado: o ponta de lança que deveria começar o jogo era Zé Luís, mas ficou- se pelo aquecimento; Conceição avisara que ia encarar o Benfica como o Alcains e o golo de Éder deu-lhe razão. Parecia piada mas começava então o festival do técnico do Braga, que, indiferente à única substituição do "mestre", lançou depois Salvador Agra, que dir-se-ia "teleguiado" até ao golo da vitória. Se mais alguém naquele campo poderia ter marcado assim, esse seria Sérgio Conceição!
Antes e depois de tudo isto, com meia dúzia de intervenções divinas, Matheus segurou os três pontos.



Substituições Um apostou para ganhar, o outro na sorte

Empatado no marcador mas por baixo da dinâmica do jogo, Jesus foi o primeiro a mexer: aos 62', lançou Jonas, que não pode jogar na Europa mas vinha de um hat trick na Taça de Portugal. Enzo foi fazer de Samaris e Talisca de Enzo, mas pouco ou nada mudou no Benfica. Já Sérgio Conceição trocou um esforçado e esgotado Rafa pelo fresquíssimo Salvador Agra, que demorou apenas dez minutos a causar um impacto irreversível no resultado. Seguiram-se Sami e Custódio, para segurar a vantagem. Do banco contrário, nem sinal de vida...



LÍDERES SALVADOR VÊ JOGO COM VIEIRA

Amigos há vários anos, não só do futebol mas também do mundo empresarial, Luís Filipe Vieira e António Salvador viram o encontro de ontem lado a lado, na tribuna do Estádio Municipal de Braga. Por perto dos presidentes de Benfica e Braga, respetivamente, esteve também o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que é natural da Cidade dos Arcebispos.



BRAGA - BENFICA 2-1

Pardo cai na área do Benfica num lance com Eliseu. Penálti por ajuizar?
Pardo está em posição regular quando foge pela direita?
Pardo é tocado por Lisandro na área do Benfica? Penálti por ajuizar?
Falta de Rúben Micael sobre Jonas era só para cartão amarelo?
Custódio rasteira Eliseu na área do Braga? Penálti por assinalar?
Árbitro: Marco Ferreira (AF Madeira) Assistentes: Nélson Moniz e Sérgio Serrão Amarelos: Santos (8'), Danilo (20'), Samaris (24'), Tiago Gomes (41'), Éder (49'), Pardo (54'), Rúben Micael (79'), Enzo Pérez (90'), Danilo (90')
Vermelhos: Danilo (90') Lance de muito difícil análise, mesmo vendo as repetições. Aceito a decisão. Pardo estava adiantado em relação ao penúltimo adversário no momento do passe. Lisandro estica a perna e toca em Pardo no interior da área, rasteirando-o. Penálti por assinalar. Rúben Micael entra de sola, usando de força excessiva. Deveria ter sido expulso por falta grosseira. Lance de contacto normal e sem qualquer infração de Custódio sobre Eliseu. Eliseu não conseguiu jogar a bola e cometeu uma rasteira deliberada. Penálti por assinalar. Pardo arrancou em clara posição de fora de jogo, mesmo perto do árbitro assistente. Lisandro nem procurou a bola, apenas quis pontapear a perna de Pardo. Penálti por assinalar. Entrada violenta sobre Jonas. Era vermelho. Erro que um árbitro FIFA não pode cometer. Não há penálti. Eliseu pontapeou a bola, desequilibrou-se e chocou com Custódio.



Matheus mãos de ferro segurou obra de Salvador

Baiano 5 Começou mal e acabou em grande estilo. Muito adiantado, abriu uma avenida pela direita e Eliseu aproveitou, servindo à vontade Talisca. Recuperada a confiança, mostrou-se seguro.
André Pinto 5 Nem sempre varreu o perigo com acerto. Foi o primeiro a atravessar-se no caminho de Talisca e a ser ultrapassado no lance do golo do brasileiro. Com um grande corte, evitou, porém, que Salvio causasse estragos na área (26').
Santos 5 Alternou o bom com o sofrível. Surpreendido com o começo explosivo de Talisca, acertou depois na marcação.
Tiago Gomes 6 A atravessar um bom momento de forma e cheio de confiança, controlou de forma eficaz a movimentação de Salvio, que criou mais perigo noutras zonas. Embrenhado em tantos cuidados, não apoiou tanto o ataque como é costume.
Danilo 6 Foi um "duplo" indispensável para a defesa. Atento às movimentações de Talisca e Enzo, somou uma mão-cheia de desarmes, sempre com a preocupação de sair a jogar com simplicidade.
Pedro Tiba 6 De pé a fundo no acelerador, parecia estar em todo o lado, ora complicando as ações do adversário, ora empurrando a equipa para a frente. Só faltou o golo e até teve ocasiões.
Rúben Micael 6 Chegou a iluminar o jogo de genialidade, tendo sido dos seus pés que partiu o contraataque (o lançamento para Pardo foi precioso) que resultou no golo de Éder. Exagerou, porém, nas fintas.
Pardo 7 Superada a inércia inicial, explodiu em força para desgraça de Eliseu. Além de ter assistido Éder para o 1-1, obrigou Artur a aplicar-se com um perigoso remate cruzado e, antes de ser substituído, ofereceu outra boa ocasião de golo a Éder.
Rafa 5 Bem marcado por Maxi Pereira, bem tentou fazer pela vida, jogando mais para a equipa do que para o espetáculo. Foi rendido por Salvador Agra.
Éder 6 Rendeu à última hora Zé Luís e marcou pontos, sob o olhar do selecionador Fernando Santos. Apareceu no sítio certo a desviar o cruzamento de Pardo para o fundo das redes, no golo da igualdade.
Salvador Agra 7 Trouxe velocidade e o golo da vitória. Depois de ter metido Maxi no bolso, disparou cruzado de forma certeira, não dando hipóteses a Artur. Rica estreia a marcar pelo Braga.
Sami 4 Não se escondeu enquanto esteve em campo.
Custódio 4 Ajudou a segurar a vantagem.



Caíram na teia da tarântula
Matheus: 8

Não é o homem-aranha, mas parecia protegido por uma teia implacável. Na verdade, o guardião brasileiro deu mesmo espetáculo sem qualquer tipo de proteção extra, tornando-se fundamental na vitória arsenalista. Quando se pensou que seria impossível fazer melhor do que defender os tiros de Lima (11'), Salvio (32' e 84'), Jonas (66') e Talisca (67'); nos descontos quase levou Jesus à loucura ao opor-se de forma estupenda a remates sucessivos de Gaitán e Maxi.

O JOGO

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Sérgio Conceição "Dois penáltis para o Braga"

"Compreendo a dificuldade da equipa de arbitragem num jogo como este" "É este o Braga que quero, com grande espírito e qualidade coletiva, a lutar pelos quatro primeiros"

Depois de explicar o que aconteceu quando foi expulso do banco (ver página 10), Sérgio Conceição reagiu às declarações de Jorge Jesus, para quem ficou por assinalar um penálti sobre Gaitán. "Foi um trabalho difícil para o árbitro. Não sei se se refere a um lance em que o André fica embrulhadocom um jogadordo Benfica. Foi notório que houve dois penáltis para o Braga, mas isso, graças a Deus, não influenciou o resultado. Compreendo a dificuldade da equipa de arbitragem num jogo vivo, intenso e dinâmico como este", afirmou o treinador do Braga, para quem a vitória dos arsenalistas não merece contestação. "Não entrámos bem nos primeiros 20/25 minutos, sobretudo porque o Talisca estava a ter muitos espaços, mas quando encaixámos no meio-campo ficámos por cima no jogo e o Pardo até nos poderia ter colocado em vantagem. Havia justiça ao intervalo. Na segunda parte fomos muito consistentes, fantásticos na organização defensiva e muito fortes a sair, com critério; a vitória é mais do que justa", comentou, acrescentando que as melhores ocasiões do Benfica surgiram "já no fim, quando o Braga jogava com dez". Para o técnico, a equipa esteve à sua imagem: "É este o Braga que quero, com grande espírito e qualidade coletiva, a lutar pelos quatro primeiros lugares." Sérgio Conceição lembrou que este é "um Braga novo, que numa fase inicial pode sofrer porque precisa de consolidar processos", mas sublinhou que o importante é "acreditar no que se quer e na estrada que se quer seguir". Por fim deixou uma mensagem de agradecimento aos adeptos e outra de alento a Reko, jogador da equipa B que se lesionou com gravidade.



Éder entrou "cheio de vontade" para marcar
O internacional português ia começar no banco, mas acabou no onze inicial devido a uma lesão de Zé Luís. Resultado: estreou-se a faturar frente ao Benfica

Zé Luís ia ser titular, mas lesionou-se durante o aquecimento e obrigou Sérgio Conceição a lançar Éder, que marcou o primeiro golo do Braga na partida. "Tenho de estar preparado", disse
E ao nono confronto com o Benfica, Éder estreou-se finalmente a marcar ao atual líder do campeonato. Fê-lo numa partida em que até foi titular, devido a uma lesão sofrida por Zé Luís durante o aquecimento. No entanto, o internacional português aproveitou a "infelicidade" do companheiro para marcar o quarto golo da época, o terceiro no campeonato. "É verdade que não ia jogar, entrei e marquei, mas isso é uma situação normal.Temos de estar preparados para tudo. Dei o melhor. Joguei por infelicidade do Zé Luís, mas entrei com muita vontade e uma grande entrega", afirmou o avançado, antes de analisar o jogo: "Fizemos uma boa exibição, com uma grande entrega de todos. Sabíamos que ia ser difícil ganhar, mas conseguimo-lo com muito sacrifício, entreajuda e a nossa qualidade."
Apesar do triunfo, capaz de manter os arsenalistas só com vitórias nos jogos em casa, a partida até começou mal, com o golo de Talisca logo ao segundo minuto. Se ganhar ao Benfica em condições normais já é "complicado", ganhar com uma reviravolta é ainda mais. "Mas, sim, estávamos preparados mentalmente. Sabíamos o que tínhamos de fazer, mesmo depois de termos sofrido o golo. Com atitude e confiança, conseguimos virar o resultado", afirmou.
A finalizar, Éder desvalorizou o facto de a vitória ter sido garantida frente ao campeão nacional e atual líder da competição, embora reconheça a importância dos pontos conquistados. "Tudo bem que foi frente ao Benfica, o primeiro classificado, mas este resultado só vale três pontos, nada mais", rematou.



ROSÁRIO E A "ESTRANHA" EXPULSÃO

Para Jorge Rosário, Sérgio Conceição não teve qualquer conduta imprópria que motivasse a sua expulsão por parte de Marco Ferreira minutos antes do final do desafio, quando os jogadores e elementos de ambas as equipas trocaram mimos. "O míster Sérgio Conceição saiu do banco e foi expulso quando estava a tentar acalmar a situação. Penso que é estranho, muito estranho, mas não sou árbitro", defendeu o treinador adjunto do Braga, que substituiu o técnico principal na "flash interview". Satisfeito com o triunfo, Rosário admitiu que os minhotos mereceram ganhar "contra tudo o que aconteceu". "Parabéns ao público. Não jogámos com dez, mas com quinze", atirou.

O JOGO

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LESÃO DE REKO MARCA O JOGO
O jogador arsenalista de 19 anos fraturou a perna esquerda já nos descontos e vai ser operado hoje

"Reagimos bem ao golo do Braga e a nossa vitória seria o mais justo"
Vítor Oliveira Treinador do União da Madeira

"Não tenho cabeça para falar... Só quero que o Reko recupere rápido"
Fernando Pereira Treinador do Braga B

A lesão grave de Reko, médio do Braga B, marcou negativamente o jogo entre o União da Madeira e a formação minhota. No período de compensações, uma entrada imprudente de Jota, que viu o vermelho direto, atirou com o futebolista de 19 anos para o Centro Hospitalardo Funchal, com uma fratura na perna esquerda.

Reko, campeão nacional de juniores, foi levado de urgência para o hospital
Quanto ao jogo, a primeira parte revelou um União insípido e pouco agressivo, mas mais determinado após o intervalo. Contudo, foi o Braga B a adiantar-se no marcador à passagem dos 54 minutos, num livre distante de Nuno Valente que enganou Pedro Trigueira.
Após o golo, os madeirenses passaram a exercer uma forte pressão e, aos 71 minutos, Talles obrigou Tiago Sá a uma defesa apertada. A igualdade chegou no minuto seguinte, por Mendy, que concluiu um lance de contra-ataque. Na parte final, o jogo ficou repartido, com oportunidades para as duas equipas.Aos 83', Nuno Valente disparou à entrada da área, mas a bola saiu ligeiramente por alto. Dois minutos volvidos, após centro de Miguel Fidalgo, Mendy, sem oposição, não acertou na baliza.

O JOGO

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Sorteio da 4.ª eliminatória

Já é conhecido o resultado do sorteio da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, agendada para 23 de novembro.

Benfica e Sporting pediram a antecipação dos respetivos jogos para dias 21 ou 22, sexta-feira e sábado, em virtude dos compromissos de águias e leões na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Sorteio:

Nacional (L) - Ribeirão (CNS)
Famalicão (CNS) - Fafe (CNS)
Feirense (L2) - Chaves (L2)
P. Ferreira (L) - Riachense (CNS)
Penafiel (L) - Aves (L2)
SC Espinho (CNS) - Sporting (L)
V. Guimarães (L) - SC Braga (L)
Atlético (L2) - Marítimo (L)
Oriental (L2) - V. Setúbal (L)
Trofense (L2) - Belenenses (L)
Vieira (CNS) - Freamunde (L2)
Benfica (L) - Moreirense (L)
Gil Vicente (L) - Varzim (CNS)
Santa Maria (CNS) - Santa Eulália (CNS)
Vizela (CNS) - Operário dos Açores (CNS)
Rio Ave (L) - Oliveirense (L2)


A BOLA