A propósito da reestruturação da estrutura da SAD

[ric]

A imprensa de hoje apresenta os nomes  que abandonam a estrutura da SAD. De uma assentada, foram-se :
BRUNO TIAGO
Responsável pela prospeção, deixou o clube e está a trabalhar com Deco, antigo internacional português.

RIFA
Liderava o gabinete de Análise e Observação, mas rumou ao Sporting no final da última temporada.

JOÃO RUI RODRIGUES
Dirigiu o gabinete de Comunicação e Imagem. Saiu ontem para abraçar um novo projeto.

PEDRO PEREIRA
Promovido a diretor-geral para o futebol, tem uma oferta de um clube espanhol.

Isto para não falar da não renovação co Fernando Couto, para mim um dos maiores disparates dos últimos anos no Braga.

Face a esta situação, parce-me que a equipa principal fica "entregue" ao Rui Casaca apesar de duvidar da autonomia do Pedro Pereira.

Custa-me falar destas situações até porque nutria com alguns destes elementos uma natural simpatia e admiração. Do pedro pereira lembro-me da sua ascensão, a pulso na estrutura do clube. A trabalhar como Leiria no secretariado técnico, subiu depois a este cargo e  catapultou-se para a direção geral. Merecido!

Do Rifa, nutro uma profunda admiração que vem dos tempos de jogador e de membro da equipa de Carlos carvalhal, um amigo de longa data e que tenho enorme prazer em o ter na lista de amigos pessoais.

Mas agora é preciso avançar.

E parece-me que é a altura ideal para reformular alguns cargos. Cargos esses que devem ser assumidos com mérito próprio e se possível, (é sempre possível...) que à excelência profissional aliem o amor pelo clube.

Centro-me agora em dois cargos. E indicarei nomes que me parecem capazes de satisfazer as duas condições acima enunciadas e que permitam criar uma outra envolvência com os valores do clube e o respeito por quem  aqui passou e serviu o clube com honra.

Para director geral de todo o futebol, apontaria o bracarense Carlos Garcia.
Passou por todos os escalões do SCbraga e foi capitão de equipa em todos eles.
Foi treinador adjunto do clube e treinador principal.
Longe dos lobbys tem um percurso como treinador honrado e sustentado no trabalho. Conhece o futebol e os seus vícios.
Alia uma capacidade de comunicação acima da média e uma educação que dignificaria o clube. É um homem da velha guarda, sócio do clube desde o dia que nasceu e um bracarense dos sete costados. Seria um excelente director porque aliaria o seu conhecimento ao amor pelo clube, valor tantas vezes esquecido. Uma escolha certa.

Para Comunicação e imagem, iria buscar tb prata da casa. Um homem que tantas e tantas vezes esteve no centro das crises e que conhece o Braga como poucos. Trta-se do jose Eduardo, jornalista do Diário do Minho e um homem de Braga, com um passado incólume como jornalista e sem ligações aos tentáculos da nova imprensa, tanats vezes presa em falta de valores e êxitos a todo o custo.

Estes dois homens seriam a personificação da aposta de um clube virado para a cidade que o viu nascer e um reencontro com as suas tradições. Como eles, estariamos cada vez "mais juntos".

Mas infelizmente, deve governar o amiguismo e o oportunismo....


PS: Apesar de ter o prazer de os conhecer, não tenho nem nunca tive, procuração para os colocar neste assunto. nem sei se alguma vez estariam " a fim" . mas fica a lembrança porque importa ter alma e ...memória

[magico_scbraga]

Apesar de achar que, ao nível da imagem e comunicação, registamos ligeiras melhorias, penso que é urgente trazer para o clube alguém que saiba verdadeiramente comunicar não só com os adeptos, mas sobretudo com a imprensa.
Alguém que compreenda que, quando compramos lugar anual, não temos "oferta de 17 jogos da Primeira Liga". Porque, na verdade, ninguém nos oferece nada. E esses 17 jogos, que vêm incluídos no lugar anual, são, diria, o seu verdadeiro fundamento e não algo que, por generosidade da direcção, lhe vem associado.
Alguém que tenha dificuldade em lidar com constantes acusações de biclubismo. Alguém que, como nós, sinta o clube e, por isso, a necessidade de defendê-lo. Alguém que sinta a necessidade de se dirigir aos adeptos, fazendo com que estes se sintam parte do clube. Mas alguém que, longe das meras palavras de circunstância ditas apenas para confortar o ego dos sócios, o faça por sentir que estes têm de ser tidos e achados em todos os assuntos que digam respeito ao clube.
Mais do que um sábio eloquente, precisamos de alguém que saiba interpretar os anseios da massa associativa. Alguém que ame o Braga, portanto. E não alguém que, vindo de um jornal desportivo lisboeta (ou portuense, mas o João Rodrigues veio do Record), não faça a mais pequena ideia do que seja o Braga.
É que, por muito que achemos que os nossos vizinhos de Guimarães vivem um pouco das aparências, sabemos reconhecer que eles têm uma relação muito próxima com a imprensa. E, se é verdade que não quero que o Braga seja constantemente bajulado (como eles o são), reconheço que também não gosto de ver o meu clube ser constantemente achincalhado.