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Hugo Viana em entrevista exclusiva ao Record

Started by Ransick, 14 de June de 2013, 08:45

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Ransick

«Em Portugal, aos 30 anos já somos velhos»
MÉDIO EM EXCLUSIVO ANTES DA AVENTURA ÁRABE

A gozar férias fora do país, o médio explicou, em entrevista exclusiva a Record, as razões por que trocou o futebol europeu pela mundo árabe, elege o Sp. Braga como a melhor fase da carreira e admite que o trajeto na Seleção Nacional poderá ter chegado ao fim...

RECORD – O que motiva um jogador profissional, habituado a jogar ao mais alto nível, a aceitar mudar-se para o Al-Ahli, no Dubai, para um futebol menos mediático?

HUGO VIANA – Sempre tive o fascínio de chegar aos 30 anos e ter a possibilidade de experimentar a realidade do futebol nos Emirados Árabes Unidos, neste caso no Al-Ahli, no Dubai. Compreendo que isso possa ser estranho para muita gente, mas sempre tive o fascínio de experimentar uma etapa da minha carreira nos Emirados. Obviamente que as condições financeiras são importantes, mas eu já conhecia o país e sempre me entusiasmou viver uma etapa da minha profissão por aquelas paragens. Por isso, quando fui convidado nem hesitei, vou com muita confiança, consciente de que é uma grande diferença, mas sinto-me preparado para essa experiência.

R – A diferença de mentalidades do futebol português para o futebol árabe é significativa. Essa diferença, juntamente com as questões financeiras, também lhe serviram de motivação?

HV – Sabes que um jogador em Portugal a partir dos 30 anos já é visto de outra maneira.

R – Esse estigma existe?

HV – Claro que sim, sem dúvida. Se calhar em outras ligas como a italiana e inglesa já olham de outra forma, mas em Portugal existe essa cultura. Porém, para além dessa questão, sempre quis experimentar outras culturas, esta em particular não me é desconhecida, pois há 3 anos também tive uma oferta do Dubai, informei-me com a minha família sobre tudo, de forma exaustiva e fiquei fascinado com esta realidade. Na altura declinámos, mas agora proporcionou-se e não hesitei.

R – Recentemente deslocou-se ao Dubai para oficializar a ligação, por duas temporadas, ao Al-Ahli. Com que impressão ficou da realidade que vai encontrar?

HV – Foi muito melhor do que pensei. Já sabia que era uma cidade espetacular, bastante ocidentalizada, evoluída. Se calhar há muitas pessoas que hesitam em ir viver para lá, mas quando lá cheguei fiquei agradavelmente surpreendido, segurança total e tem tudo para uma família ser feliz.

R – Teve oportunidade para observar o ambiente em torno do futebol no Dubai?

HV – Vi dois jogos, um pela televisão e outro ao vivo. Gostei bastante. Não são muitos os adeptos que vão ao estádio, já sabia, mas vivem de forma muita intensa, vibram com o futebol, são muito alegres. Nesse aspeto também fiquei surpreendido, esperava que fossem mais frios.

R – Neste contexto de mudança, o facto de não ser uma presença habitual entre os eleitos da Seleção Nacional pesou no momento de decidir rumar ao Al-Ahli?

HV – Como já referi era uma experiência que eu queria viver, mas o facto é que se fosse uma presença regular na Seleção teria de ponderar de outra forma este convite, ou mesmo declinado a oferta, pois não é habitual um jogador no Dubai seja convocado para a Seleção.

R – Significa que está a colocar ponto final no seu trajeto na Seleção Nacional?

HV – Tenho consciência que não será fácil voltar à Seleção. Olhando para as circunstâncias que têm vindo a acontecer. Penso que fiz quatro boas épocas no Sp. Braga e se nesse trajeto raramente fui chamado, e não estou a dizer que devia ter sido, mas se nesse percurso não fui uma presença regular entre os convocados, então a partir de agora tenho a noção será extremamente difícil ou mesmo impossível ser chamado à Seleção.

R – Existe alguma mágoa ou frustração pelo facto de ao longo dos últimos anos não ter sido chamado, com mais frequência, à Seleção Nacional?

HV – Poderemos chamar-lhe uma frustração, mas é algo com a qual aprendi a viver normalmente. Não há nada melhor que jogar com regularidade no clube e na Seleção. Já passei por isso, nas últimas quatro épocas não foi assim, se calhar merecia mais nestas do que em outras ocasiões. Recordo-me que fui chamado com muita frequência pelo Luiz Felipe Scolari, quando não jogava com regularidade no Valencia e provavelmente havia outras jogadores que estavam melhor do que eu. Acima de tudo, são opções dos selecionadores e eu respeito-as de qualquer forma e não tenho nada contra qualquer selecionador que não me tenha convocado.

R – Já planeou aquilo que será a sua carreira quando terminar o contrato com o Al-Ahli?

HV – Não faço ideia. Ainda não tracei planos nesse sentido.

R – Mas faz parte dos seus planos acabar a carreira no futebol português, ou o V. Setúbal-Sp. Braga pode ter sido o último jogo de Hugo Viana em Portugal?

HV – Pode ter sido. Voltar ao futebol português não faz parte dos meus planos tão cedo e provavelmente nunca mais. Não pretendo estender a minha carreira para além dos 33 ou 34 anos, pois quero dar mais tempo à minha família. Para além disso, não sei como vai correr esta nova etapa, gostava de ficar lá muitos anos e se tivesse tempo gostava de ainda experimentar o futebol nos Estados Unidos da América. Mas não é uma coisa que me passe pela cabeça, acabar a carreira no Sporting ou no Sp. Braga, os dois clubes nos quais joguei em Portugal. Logo se vê o que vai acontecer.
"O que não nos mata, torna-nos mais fortes"...

JotaCC

Não deve estar a entrevista completa porque pouco ou nada fala sobre o Braga, é só seleção e Dubai




Bracarense

Excelente entrevista.

Percebe-se que, independentemente do bom e do mau que possa ter feito em Braga, será um jogador para recordar para sempre. Felizmente serão mais os bons que os maus motivos.

Destaco alguns pormenores:
- a opinião sobre Salvador;
- a honestidade em assumir que considerou vir para Braga um passo atrás do qual não se arrepende felizmente - poucos são capazes de dizer algo tão pouco politicamente correcto;
- a importância dos detalhes para alcançar títulos, considerando a época de Jardim mais próxima que a de Domingos;
- a importância da coesão de balneário e o papel do treinador na mesma, destacando as falhas desta época ainda que de uma forma politicamente correcta;


Boa sorte no Dubai.

rpo.castro

Quote from: Bracarense on 14 de June de 2013, 13:06
Excelente entrevista.

Percebe-se que, independentemente do bom e do mau que possa ter feito em Braga, será um jogador para recordar para sempre. Felizmente serão mais os bons que os maus motivos.

Destaco alguns pormenores:
- a opinião sobre Salvador;
- a honestidade em assumir que considerou vir para Braga um passo atrás do qual não se arrepende felizmente - poucos são capazes de dizer algo tão pouco politicamente correcto;
- a importância dos detalhes para alcançar títulos, considerando a época de Jardim mais próxima que a de Domingos;
- a importância da coesão de balneário e o papel do treinador na mesma, destacando as falhas desta época ainda que de uma forma politicamente correcta;


Boa sorte no Dubai.
E a humildade. "O Braga deu-me mais que eu ao Braga".
Quem não sente não é filho de boa gente.

barinho

Grande Hugo!Já tenho saudades de te ver com a nossa camisola :'(.Para mim tens sempre a porta aberta,este também já é o teu clube.

eduardo_manulo

Ainda custa pensar que foi embora. Penso na época a comecar e ver o 45 no meio campo.

Enorme jogador, excelente pessoa.

Boa entrevista, destaco também a parte que diz que este ano faltou coesão no balneário...
Quem não sente, não entende! SCB1921@

Ransick

Quote from: JotaCC on 14 de June de 2013, 09:15
Não deve estar a entrevista completa porque pouco ou nada fala sobre o Braga, é só seleção e Dubai

De manha, quando eu vi a noticia, era o unico texto que estava disponivel... Mas entretanto ja foi aqui colocada toda a entrevista.
"O que não nos mata, torna-nos mais fortes"...

JotaCC

Quem precisa de ler esta entrevista é o ingrato do Artur Moraes para ver se aprende alguma coisa

Robalo

Bonitas palavras de Gratidao por parte do Hugo é um dos nossos!!

O texto de despedida que o nosso clube colocou no nosso site tambem esta comovente,bom trabalho!!

Mais Norte


Warrior of Minho

Quote from: Robalo on 14 de June de 2013, 15:18
Bonitas palavras de Gratidao por parte do Hugo é um dos nossos!!

O texto de despedida que o nosso clube colocou no nosso site tambem esta comovente,bom trabalho!!

Que texto?
Orgulhosamente Bracarense!

magico_scbraga

Gostei da entrevista e, sobretudo, da gratidão que o Hugo demonstrou ter relativamente ao nosso clube.
E o sentimento de gratidão é, como ele sabe, recíproco.
Foi uma honra e um enorme prazer ver o Hugo jogar com esta camisola. E até fico arrepiado quando me lembro que foi com ele que alcançamos alguns dos momentos mais bonitos da nossa história.
Depois de me custar a habituar ver aquele meio-campo sem a camisola 88, vai agora custar-me olhar para lá e verificar que o nosso 45 já se foi.  :'(
Tudo de bom para ti, Hugo. Que sejas feliz, porque o mereces!
Braga - Uma cidade, um clube, uma só paixão.

vitor scb

Obrigado por tudo gverreiro. Boa sorte. Vai-me custar imenso não te ver nos jogos mas assim é a vida. O que é bom acaba rápido. Quando vi-a um numero 45 lembrava.me logo de ti.

Ate um dia Hugo Viana  ;)

magico_scbraga

Ah .. E obrigado por me teres assinado a camisola do enorme!
Até sempre, Hugo!
Braga - Uma cidade, um clube, uma só paixão.

Trovisco7

Quote from: JotaCC on 14 de June de 2013, 15:08
Quem precisa de ler esta entrevista é o ingrato do Artur Moraes para ver se aprende alguma coisa
Que se pode esperar dum brasileiro destes de má qualidade?
Felizmente nem todos os brasileiros são assim.

A.COSTA

Felicidades HUGO. Fiquei a arder com a camisola prometida esta época em Moreira de Cónegos ...
[b] No S. C. BRAGA só nos baixamos para beijar o símbolo

Sérgio Gonçalves

Boa sorte Hugo. Apesar de me pores os nervos em franja demasiadas vezes, jamais esquecerei dois momentos, o golo ao Benfica em 2009 e as lagrima em Coimbra este ano.

Tudo de bom, esta cidade recordar-te-á sempre!
Sócio nº 2014