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Análise à época 2012/13

Started by lezani, 10 de June de 2013, 12:16

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lezani

Numa análise geral à época 2012/13 da equipa de juniores do S.C.Braga podemos considerar como regular.
Uma primeira fase em que se conseguiu o apuramento para a fase final com alguma facilidade antevia uma fase final emotiva. A equipa acabou por ter algum azar em jogos fundamentais e acabou por perder o "embalo" na fase de apuramento. A derrota em Alcochete com o Sporting no último minuto, a derrota no Seixal frente ao Benfica num jogo em que o Braga foi superior e a derrota no Olival oferecida pelo árbitro ao Porto foram os três jogos que decidiram a classificação do Braga.
Quanto à qualidade de jogo acho que deixou muito a desejar. A equipa evidenciou segurança defensiva mas durante toda a época não se conseguiu ver qualquer linha de orientação em termos ofensivos. Os jogos foram quase sempre "semsaborões", poucas oportunidades de golo, pouca posse de bola, poucos mecanismos ofensivos determinados. Ficava sempre a sensação de em termos ofensivos se ficar á espera do que poderia acontecer e não de um futebol trabalhado e pensado.
Não consigo perceber como é que o Braga tem investido tanto na formação e depois apresenta uma equipa de juniores com quase sempre 50% ou mais de jogadores que chegaram este ano ao clube. Acho que está mais do que na hora de se privilegiar quem sente o clube, quem o defende durante muitos anos. A chegada de jogadores no último ano de júnior só se justifica se for de um nível bastante superior aos que estão já no clube. Esta é a minha opinião embora me pareça que existem algumas influências externas nesta questão.
[url="http://carloslezonboucas.blogspot.com"]http://carloslezonboucas.blogspot.com[/url]

easy_scb

Que análise fazes ao treinador Pedro Duarte?

Parece-te que esse futebol pouco atractivo é responsabilidade do treinador ou, por outro lado, diz respeito a alguma falta de qualidade no ataque?

Pensas que o presente treinador significou um passo em frente em relação ao Artur Jorge ou apresenta menos competências?

O que mais me desilude no meio de tudo isto é saber que subirá um valente punhado de ex-juniores à equipa B e que esta está a ser projetada tendo eles pouca relevância.

Quando vejo o Carlos Eduardo a sair do nosso clube desta forma faz-me reflectir ainda mais e ter mais certezas de que as equipas B na 2a liga são um erro caprichoso dos clubes.

Mas isso enfim, é um assunto que já tive oportunidade de discutir e de expor a minha opinião. Pena é que esta secção tenha pouca visibilidade.

vitor scb

Quote from: isi_scb on 11 de June de 2013, 00:45
Que análise fazes ao treinador Pedro Duarte?

Parece-te que esse futebol pouco atractivo é responsabilidade do treinador ou, por outro lado, diz respeito a alguma falta de qualidade no ataque?

Pensas que o presente treinador significou um passo em frente em relação ao Artur Jorge ou apresenta menos competências?

O que mais me desilude no meio de tudo isto é saber que subirá um valente punhado de ex-juniores à equipa B e que esta está a ser projetada tendo eles pouca relevância.

Quando vejo o Carlos Eduardo a sair do nosso clube desta forma faz-me reflectir ainda mais e ter mais certezas de que as equipas B na 2a liga são um erro caprichoso dos clubes.

Mas isso enfim, é um assunto que já tive oportunidade de discutir e de expor a minha opinião. Pena é que esta secção tenha pouca visibilidade.

Para onde vai o Carlos Eduardo?

rpo.castro

Quote from: isi_scb on 11 de June de 2013, 00:45
Que análise fazes ao treinador Pedro Duarte?

Parece-te que esse futebol pouco atractivo é responsabilidade do treinador ou, por outro lado, diz respeito a alguma falta de qualidade no ataque?

Pensas que o presente treinador significou um passo em frente em relação ao Artur Jorge ou apresenta menos competências?

O que mais me desilude no meio de tudo isto é saber que subirá um valente punhado de ex-juniores à equipa B e que esta está a ser projetada tendo eles pouca relevância.

Quando vejo o Carlos Eduardo a sair do nosso clube desta forma faz-me reflectir ainda mais e ter mais certezas de que as equipas B na 2a liga são um erro caprichoso dos clubes.

Mas isso enfim, é um assunto que já tive oportunidade de discutir e de expor a minha opinião. Pena é que esta secção tenha pouca visibilidade.
Erro? Porquê?
Se não tivéssemos equipas B iam para o vizela, o que me parece que não deu grandes resultados.
Por outro lado podes continuar a emprestar ao vizela se quiserem...
Quem não sente não é filho de boa gente.

easy_scb

Quote from: rpo.castro on 11 de June de 2013, 12:11
Quote from: isi_scb on 11 de June de 2013, 00:45
Que análise fazes ao treinador Pedro Duarte?

Parece-te que esse futebol pouco atractivo é responsabilidade do treinador ou, por outro lado, diz respeito a alguma falta de qualidade no ataque?

Pensas que o presente treinador significou um passo em frente em relação ao Artur Jorge ou apresenta menos competências?

O que mais me desilude no meio de tudo isto é saber que subirá um valente punhado de ex-juniores à equipa B e que esta está a ser projetada tendo eles pouca relevância.

Quando vejo o Carlos Eduardo a sair do nosso clube desta forma faz-me reflectir ainda mais e ter mais certezas de que as equipas B na 2a liga são um erro caprichoso dos clubes.

Mas isso enfim, é um assunto que já tive oportunidade de discutir e de expor a minha opinião. Pena é que esta secção tenha pouca visibilidade.
Erro? Porquê?
Se não tivéssemos equipas B iam para o vizela, o que me parece que não deu grandes resultados.
Por outro lado podes continuar a emprestar ao vizela se quiserem...

Critico a equipa B ser inserida numa 2ª Liga, um campeonato tão competitivo que abafa miúdos de 18 anos.

Hoje as equipas B significam muito mais uma porta de entrada para jovens de fora e para recrutar outros em Portugal do que propriamente para os nossos ex-juniores.

Basta ver o caso do Carlos Eduardo. Um jogador que mostrava talento acima da média nos juniores e que agora sai pela porta pequena.

Fazendo uma análise do plantel da equipa B da próxima época vemos que temos um número já considerável e próximo do ideal não contando com os 6/7 ex-juniores que subirão.

Assim sendo que espaço terão esses jogadores?

Numa das minhas participações anteriores sobre este assunto expus duas ideias que me parecem oportunas de voltar a referir:

- A equipa B do Guimarães tendo descido de divisão e baixando o nível competitivo terá uma capacidade muito melhor de enquadrar os seus ex-juniores;

- Os tempos é que são de crise para os clubes porque se não o fossem não se tardava a falar em equipas C para serem o escape dos miúdos de 18 anos saídos dos juniores;

Olho Vivo

Quote from: isi_scb on 11 de June de 2013, 15:02
Critico a equipa B ser inserida numa 2ª Liga, um campeonato tão competitivo que abafa miúdos de 18 anos.

Hoje as equipas B significam muito mais uma porta de entrada para jovens de fora e para recrutar outros em Portugal do que propriamente para os nossos ex-juniores.

Basta ver o caso do Carlos Eduardo. Um jogador que mostrava talento acima da média nos juniores e que agora sai pela porta pequena.

Fazendo uma análise do plantel da equipa B da próxima época vemos que temos um número já considerável e próximo do ideal não contando com os 6/7 ex-juniores que subirão.

Assim sendo que espaço terão esses jogadores?

Numa das minhas participações anteriores sobre este assunto expus duas ideias que me parecem oportunas de voltar a referir:

- A equipa B do Guimarães tendo descido de divisão e baixando o nível competitivo terá uma capacidade muito melhor de enquadrar os seus ex-juniores;

- Os tempos é que são de crise para os clubes porque se não o fossem não se tardava a falar em equipas C para serem o escape dos miúdos de 18 anos saídos dos juniores;

Não concordo nada com esta visão. É importante que os jogadores estejam confrontados com realidades que os ajudem a crescer. Não espero e penso que ninguém deve esperar - que um júnior (a menos que se trate de um jogador muito acima da média) se afirme numa equipa B no seu primeiro ano de sénior. Mas o importante é que esteja no plantel, seja acompanhada a sua evolução e vá tendo alguns minutos. As equipas BB ainda não estão em velocidade de cruzeiro, será preciso que passem três-quatro anos para avaliar convenientemente como a evolução destes jogadores se processa.

Outra coisa diferente é dizer que nós não temos capacidade de, com as nossas camadas jovens, alimentar uma equipa B numa Liga de Honra. Com isto já sou capaz de concordar. Tirando os metralhas, nenhum outro clube consegue produzir jogadores de qualidade em quantidade suficiente para assegurar um nível compatível com a segunda liga. E este é o grande problema que Braga, Marítimo têm de enfrentar. O exemplo do V.Guimarães é paradigmático. Estas equipas precisam de ir buscar a outros clubes jogadores promissores para terem um plantel mais homogéneo, compatível com o nível da segunda liga e que permita aos melhores estarem preparados para darem o salto para a equipa principal. Volto a repetir, é preciso aguentar 3-4 anos até o projecto entrar em velocidade de cruzeiro e, pelo menos até lá, será necessário compor o plantel com jogadores de outras proveniências.

NOTA: eu acompanho pouco as camadas jovens e a equipa B, mas do que já vira nos juniores de Carlos Eduardo não fico nada surpreso por não ter singrado...

easy_scb

#6
Percebeste mal Olho Vivo.

Tenho noção do papel que uma equipa B deve ter e tal como não concordo com as pessoas que defendem que todos os jogadores de uma equipa B devem ser aproveitados nos A, também entendo que haja uma selecção de quem passa aos B vindo dos juniores.

Penso também que seja perfeitamente natural recrutarmos jogadores de fora que sejam boas oportunidades de negócio e até que se procure nas divisões inferiores de Portugal. Dotar a equipa B de jogadores que confiram um equilíbrio em termos de experiência é importante.

A questão trata-se do espaço que estamos a encontrar para os juniores na equipa B. Pegando na ideia que lancei no post que citaste: temos já e aparentemente 25 jogadores sem contar com os ex-juniores Artur Jorge, Mendonça, Erivaldo entre outros que subirão.

Ora assumindo que criamos a equipa B para os nossos ex-juniores terem competição nas pernas penso que o seu espaço está brutalmente reduzido.

A questão de não podermos esperar que um jogador com 18 anos se afirme logo na equipa está intimamente ligada à diferença brutal de grau competitivo a que são sujeitos. Esperar pelos 20 anos significa 2/3 anos de utilização reduzida aliada a apenas treino algo que vai absolutamente contra a ideologia com que as equipas B foram formadas.

Pegando no exemplo do Tomás. Tem 19 anos, começou a 2ª Liga a titular tendo feito algumas exibições onde claramente ficaram a nú as suas dificuldades ao nível de experiência. Devemos esperar que amadureça e atinja os seus 21 anos? Aceito isso com relutância apenas pelo facto de que com 21 anos será provavelmente o mesmo jogador com parca experiência em competição.

É tudo uma questão de degraus. A 2ª Liga e o Campeonato Nacional de Juniores são demasiado diferentes quando não existe nada entre eles.

De resto estou curioso: porque não te admiras com este desfecho do Carlos Eduardo?

brigada da relote

Se estão à espera que todos ou mesmo muitos dos jogadores formados nas melhores equipas nacionais consigam singrar na I ou II Liga nacional no imediato, desinganem-se. É completamente irreal. A qualidade com que se treina esta faixa etária em Portugal é somente mediana. Muitos inclusive aproveitam para colocar uns conhecidos a treinar ou até arranjar um tacho para as velhas glórias. Neste momento a transição do júnior para o sénior é de tal maneira tão grande que nem todos se conseguem adaptar a uma nova realidade.

Por isso tanto jogador, como o C. Eduardo, chega a este patamar e acaba por estagnar. Estagnar, até é um erro, pois ele nunca evoluiu. Jogadores que passam a sua formação a sentirem que podem resolver um jogo sozinho, sem grande interacção com a restante equipa, quando chegam ao futebol profissional, ou entendem a diferença e mudam, ou acabam por andar de clube em clube na tentativa que alguém pegue neles.

Esta é a realidade. Ou começam a ter mecanismos de equipa quando ainda são miúdos ou acabam por ter uma falsa ideia de que o futebol é jogado no 1x1, centrando-se em jogadas individuais e com os focos todos em si. Já para não falar que hoje em dia, nas camadas jovens cada vez se dá mais valor ao aspecto físico do jogador, que à técnica ou inteligência do mesmo. Velocidade e poder de choque, óptimo, para se revolver jogos entre miúdos.

easy_scb

#8
brigada, é exactamente isso de que falo. Ter um lugar onde os miúdos possam realmente ter espaço para crescer e que não sejam trucidados pelo poder competitivo de uma 2ª Liga.

A minha visão de uma equipa B é que seja mais um patamar em termos de formação para os melhores vindos dos juniores.

Entendo o que foi dito acerca do Carlos Eduardo e acredito que o facto de termos disputado a 2ª divisão nacional e de termos enfrentado clubes que para todos os efeitos tinham lugar até na 1ª Liga, conferiu pouca margem de manobra para moldar e trabalhar o jogador EM COMPETIÇÃO*.

Penso que esse é o termo mais importante no meio desta discussão. Formou-se equipa B para dar competição aos jovens e está-se a dar competição sim mas não e também aos nossos.

Por isso falei na equipa B do Guimarães. A redução da exigência competitiva pode ser um revés em determinados pontos do projecto. Admito que não tenham capacidade de ir buscar um jogador ao Portimonense como aparentemente nós vamos...mas por outro lado os seus miúdos de 19 anos terão competição a um nível mais próximo e mais óptimo atentendo ao facto de ano passado estarem nos juniores.

*Acerca deste moldar os jogadores concordo perfeitamente que esse trabalho podia e devia ter sido iniciado ainda nos escalões de formação.

Olho Vivo

Quote from: isi_scb on 11 de June de 2013, 16:44
De resto estou curioso: porque não te admiras com este desfecho do Carlos Eduardo?

Porque não lhe vi descortinei o potencial que muitos diziam que ele tinha. Posso estar a ser injusto, só lhe vi um jogo e meio, na fase final...

De resto, pegando no exemplo do Tomás, fazer 20 jogos numa primeira época de sénior, na segunda liga, não é nada mau. Mesmo que tenha sido menos assíduo na segunda metade da época. E quem diz o Tomás, diz o Piquetti ou o Nikiema. Para primeiro ano de seniores, tiveram uma utilização bastante aceitável. O importante é que época após época, consigam ir progredindo. E época após época, torna-se mais fácil avaliar da capacidade que os jogadores têm de chegar mais além.

Quanto ao plantel da B, não faço ideia de quantos permanecerão. É importante notar a limitação da idade necessariamente levará a que alguns saiam - ainda que aqueles que se considere terem potencial possam ser emprestados (a clubes da primeira). Admito que acabe por se abrir espaço para alguns jogadores juniores. A questão é, quantos jogadores juniores temos verdadeiramente promissores, a quem se alvitre reais possibilidades de chegar à primeira equipa?

De todo o modo, admito que seria uma boa ideia a criação de uma equipa C - que em outras paragens já existem. Mas é evidente que há que ponderar custos...

brigada da relote

isi_scb, mais formação? Errado. O nível competitivo e a exigência na formação é que tem de aumentar de forma a diminuir o fosso. Não se pode exigir que os 11 jogadores titulares dos juniores venham a ser bons jogadores no futuro. Muitos deles cairão por não terem qualidade suficiente e isso já acontece com a passagem para a equipa B. Se eles jogam pouco, o problema será sempre da falta de experiência, mas se a qualidade estiver lá, mais mês, menos mês acabarão por se imporem. E este ano isso aconteceu no Braga. Agora, se chega aí um Ezequiel com mais qualidade que um Tomás... Paciência. Só os melhores vencerão.

Já agora, porque é que a formação está cheia de jogadores de descendência africana?

É que estes miúdos atingem uma maturação física mais precocemente, quando comparados com outros miúdos, o que os deixa em vantagem num processo de selecção não regularizado. A formação, em futebol, deveria ter em conta uma única coisa: o talento. E a selecção do talento, por não ser um atributo tão visível quanto isso, deve ser impermeável às restantes características dos atletas, características que muitas vezes, em determinadas idades, os favorecem "injustamente.

Agora repara. Se são os jogadores negros (quase) sempre os melhores das suas equipas (a maioria dos jogadores são desta etnia), aqueles que fazem a sua equipa chegar às vitórias e até aos troféus, como é possível termos tão poucos jogadores de descendência africana nos melhores 40 ou 50 jogadores nacionais?

Há que repensar uma série de coisas na formação, não duvides. Jovens que fazem a diferença pelos traços físicos, habituam-se a resolver dessa forma as situações de jogo. O mesmo se pode apontar aos brinca na areia, normalmente brasileiros com muito jeito para fintas e fortes no 1x1, mas que não percebem quando e onde deverão utilizar essa qualidade. Não são (ou não querem) ensinados a jogar em equipa, a tomar decisões em função do conjunto. Quando chega o momento em que a diferença física começa a ser atenuada, sobressai o talento. Quem não foi estimulado a definir as situações de jogo pela técnica ou inteligência, acaba normalmente por não conseguir reagir e adaptar-se ao futebol de exigência.

O problema não está na equipa B, está na formação. É na formação que se constroem jogadores e se encorta o fosso entre uma etapa e a outra.

easy_scb

brigada concordo em parte mais não totalmente.

Sou um defensor de que há muito talento que se perde não por falta de qualidade mas sim por falta de oportunidade.

Digo e repito que seria necessário um escape para os jogadores vindos dos juniores. Um espaço onde continuassem a sua formação e fosse um passo mais em direcção ao futebol ao mais alto nível.

Estamos a falar de jogadores de 18/19 anos. Se considerarmos, e penso que é unânime, que um jogador chega à sua total maturidade e diz-se um jogador feito por volta dos 24/25 há ali um espaço 'de ninguém' passível de ser aproveitado.

Penso que nos moldes em que nos encontramos existem todas as condições para perder jogadores com boas perspectivas não por falta de talento mas sim, e mais uma vez, por falta de oportunidade.

Pegando em nomes, quem me garante que jogadores como Bruno Martins, Rúben Freitas, Afonso Figueiredo, Carlos Eduardo etc não teriam feito uma boa época se enquadrados num quadro competitivo mais ajustado? Hoje estão todos, possivelmente, na porta de saída pois o nível da 2ª Liga foi um impacto talvez demasiado forte. Mesmo o próprio Alan teve talvez a 'sorte' de se lesionar pois seria completamente engolido pela veterania dos adversários acrescendo o facto de ser ponta-de-lança e viver de golos.

brigada, estamos a falar de jovens mas não de 1 ou 2. Fui um dos adeptos que acompanhou a equipa B e juro como fiquei absolutamente espantado com as exibições do Santos e até do próprio Mauro na equipa principal.

Quero com isto dizer que uma coisa é pegar num jovem e mete-lo numa equipa com 6/7 jogadores consagrados onde só o ambiente que se respira propicia o jovem a sentir confiança e a fazer o seu jogo. Outra coisa diferente é colocar em campo 11 miúdos sendo pouco claro qual o mais inexperiente contra equipas que têm o mesmo nível de muitas das equipas da 1ª Liga.

rpo.castro

#12
Concordo totalmente com o Brigada, nem por isso com o isi_scb

Há um grande défice de competitividade nos escalões de formação e Fernando Gomes prepara uma grande alteração no modelo competitivo. Durante mais de meia época fazemos 4 jogos de dificuldade alta e uma grande maioria de vitórias anunciadas.
Em Portugal continuamos como há 10 anos: apenas o sporting faz formação como deve de ser, e só o pântano do futebol profissional impede que se assumam como principal clube português. Devem isso à estrutura pensada na formação e níveis altos de competitividade. Não é por acaso que são o clube nacional mais requisitado para torneios internacionais e com provas davas (NextGen por exemplo).

O fosso que separa a equipa A da formação é enorme. A equipa B estando no meio estará mais afastada de uma delas. Penso que deve estar mais encostada à equipa principal para fornecer jogadores à equipa A (2, 3 por ano será bom) que naturalmente serão jogadores a rondar os 23 anos...

Onde vemos jogadores com 18 anos regularmente a representar equipas seniores: sporting (razões apontadas) e badajoz por falta de outros.

Obviamente que nem todos os juniores conseguirão se impor na 2ª liga, por isso devem rodar em equipas onde possam crescer, jogando.

Mas uma equipa B na 2ª B seria pior, pois não se consegue ser competitivo naquela divisão só com juniores (exemplo vizela satélite) nem se consegue formar jogadores devido ao tipo de futebol praticado (duro, chutão pra frente, relvados maus). Considerando que a 2ª B irá mudar completamente, até fará algum sentido, mas até aqui porque é que os clubes colocaram como exigência clubes BB na 2ª Liga?

Já agora Mauro e Santos impuseram-se mas têm 22 e 24 anos e não vinham da equipa de juniores.


EDIT:

Também não nos podemos esquecer que tivemos apenas 1 ano de equipa B e um ano em que nenhuma das equipas estava articulada (A-B) e que a experiência de Artur Jorge não correu bem.
Este ano com Jesualdo a comandar ambas equipas espera-se que seja muito diferente.
Esperemos mais 3 anos para analisar viabilidade/utilidade equipa B.

Quote from: brigada da relote on 11 de June de 2013, 18:25
É que estes miúdos atingem uma maturação física mais precocemente.
Tão precoces que às vezes vão de mota ao registo  ;D
Quem não sente não é filho de boa gente.

Kilo

 E não se esqueçam que é difícil, a uma equipa como o Braga, apresentar uma equipa de juniores forte com jogadores formados no próprio clube.

Tiago Castro, Iuri Ribeiro, Nélson Oliveira, etc, etc, etc demonstram exactamente o que quero dizer. Os três grandes açambarcam o mercado até aos júniores e depois dispensam os que não interessam. Resta ao Braga aproveitar os que foram por cá ficando, os que voltam que são os que os grandes não querem e depois os brasileiros e africanos para compôr e trazer alguma qualidade.

E sim, trabalha-se mal na formação em Portugal (em comparação com a importância que o futebol assume num país como o nosso).

A dimensão física dos jogadores naquela faixa etária é quase nula. Carlos Eduardo, já que se fala nele, tinha muita técnica, sim, mas não tinha nem "cabedal" nem cultura tática para jogar futebol. Jogava bem à bola, sim, mas futebol é outra conversa. A culpa não é, obviamente, só dele.

Os nossos jovens jogadores chegam a profissionais mal preparados em quase todas as áreas de jogo e, ou são realmente foras de série e conseguem impor-se, ou a passagem a sénior é quase o fim da viagem para a grande maioria. A nível tático, leitura de jogo, capacidade física, capacidade mental e maturidade e outras menos visíveis mas não menos importantes, nota-se nos juniores que há poucas bases nesses campos. E o Brigada tem toda a razão: tem que se pôr gente especializada e com competências específicas a orientar as camadas jovens. Tentou-se isso no Braga com a vinda do Luís Martins, mas parece-me que o trabalho foi sendo abandonado. Se não foi, pelo menos é a imagem que transparece.




lezani

Ainda bem que arranjei um espaço para se discutir a problemática da formação.
Estive a ler atentamente as opiniões aqui expressadas e concordo com algumas ideias apresentadas e discordo de outras tantas.
Falando em primeiro lugar dos escalões de formação e respondendo ao isi_scb, não queria entrar na individualização das questões mas posso afirmar que questiono o trabalho efetuado pelo Pedro Duarte. Não me parece que haja falta de qualidade no ataque, aliás o que eu quis dizer na minha análise geral tem muito mais a ver com a visão do jogo que o treinador transmite e treina a equipa. Quem seguiu o campeonato pode facilmente confirmar esta visão, o Braga entrava em campo com grandes preocupações defensivas, grandes preocupações de ocupação dos espaços na fase defensiva, na transição defensiva e isso é trabalho do treinador e foi trabalho com resultados. O Braga sofreu poucos golos. Mas o futebol não é só isso e ao Braga faltou organização ofensiva, nunca se viu a equipa com critério na primeira fase de construção, não se vislumbraram movimentações sistemáticas deixando o processo ofensivo muito dependente de ações individuais e já com a bola no último terço do campo. Ora isto chegou para ganhar muitos jogos mas isto é muito questionável. Há quem diga que a tática mata o futebol, eu digo que a tática pensada pelo medo de perder mata o jogador. Aqui se pode levantar uma questão:  Isto é formação ou apenas competição? Na formação interessa mais a equipa ou o jogador?
Este problema tem que ser esclarecido e num clube como o Braga, que gasta MUITO dinheiro na formação, tem que ser bem definido. Não o é!
BREVEMENTE POSTAREI OPINIÃO SOBRE RESTANTES ASSUNTOS ABORDADOS
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Cmcorreia

De facto esta "discussão" é deveras interessante...

De um modo geral concordo com o brigada, em Portugal "trabalha-se" muito mal a formação. O ojectivo nunca está centrado em desenvolver as melhores capacidades que serão essenciais aos atletas quando forem profissionais. É muito mais importante ganhar do que formar.
O grande problema é que quem gere a formação em Portugal está completamente equivocado quanto aos aspectos que devem ser potenciados na formação. Como disse o brigada e muito bem esses aspectos prendem-se muito mais com a inteligência e o jogo de equipa do que propriamente a capacidade fisica e técnica individual.

Basta ver o exemplo alemão, e a mudança do seu paradigma de formação de jogadores para ver o que deve ser o futuro.

O Braga (e restantes equipas tirando os outros 3) vivve no entanto com outro estigma, a fuga de talentos, no entanto quer-me parecer que se de facto apostassemos como deve ser na formação, a longo prazo essa fuga seria muito menor pois teríamos capacidade (quanto mais não fosse pelo prestigio e qualidade) de manter os melhores.

O que acontece em Portugal, é que tirando praticamente os que actuam nos 3 estarolas, os outros jogadores que vão aparecendo é mais pela sua qualidade do que propriamente pela formação que tiveram, e muitos deles aparecem vindo de outras equipas mas com passagens pelos 3 grandes.

Assim é muito mais dificil os nossos juniores singrarem na equipa b, porque realmente não tem a qualidade competitiva que seria exigida (e não falo de experiência que apesar de achar importante não é essencial para um jogador singrar ao mais alto nivel, e temos muitos exemplos de jogadores de 18/20 anos a jogarem ao mais alto nível).

Para ter sucesso com a nossa formação teríamos de mudar o nosso paradigma, não sei se será possivel, ou se o queremos mudar!!!
Cláudio Correia

Cmcorreia

Para exemplicar um bocado daquilo que o brigada queria dizer e que eu concordo plenamente:

http://lateral-esquerdo.blogspot.pt/2013/06/a-superioridade-de-andres-iniesta-para.html
Cláudio Correia

easy_scb

#17
Estou surpreendido! Acabo de ver esta notícia e fiquei de boca aberta. Não sabia que existia uma equipa C em Portugal. Parabéns ao Marítimo pela perspicácia.

http://abola.pt/nnh/ver.aspx?id=413429

Tentei procurar mais informação nomeadamente em que escalão jogam, há quanto tempo existe entre outros mas a única coisa que pude constatar foi que existiu um dia de treinos de captação. O site do Marítimo está em dificuldades mas em futebol jovem tem uma aba referente à equipa C.

O Marítimo deve merecer a nossa admiração por nunca ter terminado a equipa B. Esta jogava na II B sendo que foi automaticamente promovida à 2ª Liga com a entrada das restantes equipas B. É coincidência que se tenha aberto o projecto de equipa C após esta subida da B à 2ª liga? Parece-me que não.

edit:

O zerozero tem já informação. O Marítimo C em 2012/2013 já competiu sendo que se quedou pelo 4º lugar na AF Madeira Divisão Honra Série A.

http://www.zerozero.pt/equipa.php?epoca_id=142&id=81361

BLTenões03

Se alguém mais informado souber, gostaria de saber quais as saídas e entradas confirmadas para o plantel de juniores 2013-2014. gostaria de saber também se o jogador Néné sempre foi para o Génova...Cumprimentos

lezani

Ainda esta semana reiniciarei a dinamização desta secção.
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