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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 20/09

Started by JotaCC, 20 de September de 2012, 07:37

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JotaCC

'Guerreiros' sem chama traídos no contra-golpe

Tal como na primeira vez - derrota há dois anos, por 6-0, em Londres com o Arsenal - a equipa do Sp. Braga entrou, ontem, com o pé esquerdo na fase de grupos da Liga dos Campeões. Desta vez, uma derrota caseira, inesperada, frente ao Cluj da Roménia, por 2-0. Nada de desprestigiante, pois pela frente estava o campeão romeno, mas claramente um adversário ao alcance da maior qualidade do Sp. Braga, mas que ontem quase não existiu, estando muitos furos abaixo do esperado.

Sonhador, o Braga até entrou bem no jogo, com dinamismo, vontade, e a impor respeito ao Cluj. Nas bancadas também reinava a confiança entre os milhares de adeptos arsenalistas, mas também cedo se percebeu que os romenos não eram o patinho feio que muitos apontaram. Muito concentrados e solidários na defesa, e montados para disparar no contra-ataque, foi com essa arma que surpreenderam os arsenalistas numa primeira parte para esquecer dos 'guerreiros'.
O descalabro minhoto começou aos 19 minutos, com Rafael Bastos a aproveitar a auto-estrada que, de repente, se abriu no meio campo e na defesa do Braga, e disparou para a baliza, batendo o desamparado Beto. Tremenda eficácia do Cluj, a contrastar com a falta dela por parte dos jogadores bracarenses, que um minuto antes tinham visto Éder desperdiçar uma boa oportunidade criada por Mossoró.
A reacção dos 'guerreiros' até não foi má, mas os tiros no ata-que continuaram a ser de pólvora seca. Primeiro, por Mossoró, aos 21 minutos, a seguir foi Éder, à boca da baliza, a tentar surpreender Mário Felgueiras de calcanhar, após cruzamento de Alan, mas sem sucesso.
Quem não marca, arrisca-se... e aos 34 minutos, mesmo num lance algo aos trambolhões, o Cluj conseguiu ampliar a vantagem, num contra-golpe mais um vez finalizado pelo irrequieto Rafael Bastos.
Soou o alarme na legião, mas a verdade é que o Braga, pese o domínio do jogo, continuou sem chama até ao intervalo.
Para salvar a honra da estreia na champions, era preciso um Sp. Braga 'super-guerreiro' na segunda parte, e acima de tudo finalizador, nada impossível, mas a verdade é que não estava escrito nas estrelas, e nem com as mexidas arrojadas de Peseiro - com as entradas de Hélder Barbosa, Zé Luís e Paulo César - se alterou o marcador.
O enorme desperdício dos minhotos repetiu-se, a par da grande exibição do ex-bracarense Mário Felgueiras entre os postes, e apesar do domínio do jogo quase total do Sp. Braga, o Cluj, que tinha entrado de mansinho no AXA, saiu em bicos de pés.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Jogador dispensado pelos minhotos brilha no cluj
Rafael arrasa Pedreira

Um bis de Rafael Bastos surpreendeu o Sp. Braga de José Peseiro, num duelo em que os minhotos tiveram posse avassaladora de bola, mas pouca arte para enganar Mário Felgueiras. Com o triunfo de ontem, o Cluj somou a segunda vitória em seis participações na fase de grupos da Champions. Já os minhotos entram com o pé esquerdo na prova, diante do adversário com menos pergaminhos do Grupo H.
Esperava-se mais do Sp. Braga na defesa e um pouco menos do Cluj no ataque. A partir daí, é fácil perceber o triunfo dos romenos. A equipa do Cluj jogou quase sempre nos seus domínios, e sem futebol de encher o olho, mas soube aproveitar os erros que os minhotos cometeram, marcando dois golos nas primeiras oportunidades de que dispuseram, ainda antes do intervalo.
O jogo até faz lembrar uma fábula de queda e ascensão. Depois de ter sido dispensado e pouco apreciado em Braga, onde jogou de Janeiro a Julho de 2010, o criativo Rafael Bastos puxou dos seus galões de vingador e gelou a 'Pedreira' em noite de 30 graus. Primeiro, o brasileiro deu a melhor resposta a uma assistência de Sougou, que tinha fugido como uma flecha na direita. Depois, deu o golpe final no orgulho dos minhotos, ultrapassando vários jogadores e deixando Nuno André Coelho colado ao chão, antes de rematar para o 2-0. RúbenMicael, sobretudo ele, tentou contrariar a vantagem romena e combater a intranquilidade que se apoderou dos colegas. Fez de tudo para alimentar a gula de Éder. Também rematou e testou os reflexos de Felgueiras, assim como Custódio, incansável a lançar 'bombas' do meio-campo. No fim, Hélder Barbosa também disparou com força. Em vão, porque o guardião luso do Cluj esteve sempre atento.n

ANÁLISE

MAIS

Rafael Bastos deu uma bofetada de luva branca à equipa que não o aproveitou em 2010. Matou o jogo com dois golos.

MENOS
José Peseiro equivocou--se ao apostar em Nuno Coelho para o lugar de Douglão. Lento a pensar, o central facilitou muito a vida aos romenos.

ÁRBITRO
Actuação positiva do dinamarquês Peter Rasmussen, apesar dos protestos minhotos. Só um reparo: nem sempre aplicou bem a lei da vantagem.

CORREIO DA MANHA

JotaCC

Cluj usou a arma de sempre, Braga respondeu com tiros de pólvora seca

Rafael Bastos e Mário Felgueiras, ex-bracarenses, foram decisivos. Minhotos remataram muito, mas criaram pouco perigo

A arma não era secreta, mas o Sp. Braga não se soube proteger e caiu na estreia da fase de grupos da Liga dos Campeões de 2012-13. Depois de surpreender o Basileia, no playoff de acesso à prova, o Cluj decalcou para Braga a mesma fórmula e acertou novamente no jackpot. Com uma estratégia que apostava em rápidos contra-ataques, onde Sougou era o jogador-chave, o campeão da Roménia aproveitou os espaços oferecidos para alcançar uma vitória por 2-0, com dois golos de Rafael Bastos, um ex-bracarense.
Pela primeira no "onze" de José Peseiro houve lugar para Hugo Viana, Rúben Micael e Mossoró. O treinador não resistiu à tentação de tentar encaixar os três médios no puzzle inicial, mas a aposta falhou. Com a entrada de Micael, Mossoró deslizou para a esquerda, ficando o internacional português com a responsabilidade de jogar no centro, nas costas de Éder. No entanto, os dois jogadores acabaram por pisar quase sempre os mesmos terrenos. O futebol minhoto perdeu profundidade e, principalmente na primeira parte, a anarquia imperou na táctica bracarense.
Com oito jogadores no "onze" que já passaram por Portugal, metade deles portugueses, o Cluj mostrou ter a lição muito bem estudada. O treinador Ioan Andone reforçou a segurança defensiva no lado esquerdo com a entrada do ex-benfiquista Sepsi que, juntamente com Camora, tapou os caminhos à dupla Salino/ Alan, e confiou na velocidade de Rafael Bastos e Sougou para desequilibrar no ataque.
Os primeiros 10 minutos foram de ascendente dos romenos, mas aos 15', quando o Sp. Braga já parecia ter o controlo do jogo, Kapetanos deixou o primeiro aviso. Quatro minutos depois, surgiu o primeiro golo na sequência de um rápido contraataque: bola para Sougou, que em Portugal jogou no V. Setúbal, U. Leiria e Académica, o senegalês ganhou em velocidade aos desorganizados defesas bracarenses e assistiu Rafael Bastos, que não teve dificuldade em inaugurar o marcador.
A perder, o Sp. Braga mostrou-se pela primeira vez aos 21', mas Mossoró foi egoísta e tentou um remate de ângulo quase impossível. Depois, foi a vez de Éder entrar no jogo. O avançado, que tem a árdua tarefa de substituir Lima, tentou de calcanhar (25') e com um remate cruzado (26'), mas Mário Felgueiras mostrou competência na baliza do Cluj. Com o jogo muito afunilado pela zona central, o Sp. Braga revelava dificuldades para furar a competente defesa dos romenos que, sempre que tinham espaço, lançavam venenosos contra-ataques. Num deles, aos 33', Kapetanos voltou a ter o golo nos pés, mas o grego rematou ao lado. Os bracarenses respiraram de alívio, mas por pouco tempo: no minuto seguinte, Rafael Bastos deixou para trás Nuno André Coelho, Salino e Custódio, colocou a bola no ângulo esquerdo da baliza de Beto e fez o 2-0.
Para a segunda parte, Peseiro trocou Alan por Hélder Barbosa, mas o congestionamento na zona central manteve-se. A melhor notícia para os portugueses era, no entanto, a saída do lesionado Sougou. Sem o senegalês, o Cluj perdeu o principal trunfo e deixou de contra-atacar, mas, do outro lado, o Sp. Braga mostrava pouca inspiração. Aos 49' e 60', Micael esteve perto do golo, já perto do final foi Éder que podia ter reduzido. Apesar de terem terminado o jogo com 35 remates, os bracarenses tiveram quase sempre de pólvora seca e, após a convincente exibição em Udine, os minhotos acabam por sofrer a segunda derrota consecutiva.

Sp. Braga
É difícil encontrar algo de positivo na exibição dos bracarenses. O ataque foi praticamente inofensivo, no meio-campo imperou a confusão e a defesa deu demasiados espaços aos romenos. Uma entrada com o pé esquerdo na fase de grupos da prova.

Rafael Bastos
Em Portugal jogou no Belenenses, no Nacional e no Sp. Braga, mas sem grande sucesso. De regresso ao Minho, o médio brasileiro de 27 anos mostrou que tem qualidade e marcou os dois golos da vitória do Cluj.


PUBLICO

JotaCC

Dupla traição de Rafael Bastos na noite de sonho de Mário Felgueiras

Dois ex- bracarenses foram fundamentais para o triunfo do Cluj em Braga, que tem agora as contas mais complicadas

O Sp. Braga começou esta edição da Champions com o pé esquerdo, saindo ontem derrotado da "pedreira" pelo Cluj. Do lado dos romenos brilharam os ex- arsenalistas Mário Felgueiras e Rafael Bastos, este último autor dos dois golos da partida.
O resultado fez- se durante a primeira parte. Os romenos trouxeram a lição bem estudada, até porque tinham do seu lado muitos jogadores que passaram por Braga, e deram o controlo da partida à equipa de Peseiro. O arsenalistas, contudo, apesar de maior posse de bola e mais remates, mostraram- se sempre muito atabalhoadas, sobretudo no centro do terreno, onde haviam jogadores em demasia.
Percebendo também as fragilidades que ontem o Sp. Braga demonstrou na zona defensiva, o Cluj aproveitou para marcar dois golos em apenas 15 minutos. Rafael Bastos bisou, primeiro num contra- ataque aos 20', e depois aos 35' após lance individual pelo centro do terreno.
Era um castigo algo pesado para os bracarenses ao intervalo, mas nesta competição não se podem cometer erros defensivos como os de ontem.
No segundo tempo, o Sp. Braga fez tudo para dar a volta ao resultado e mais uma vez voltou a provar ter melhor equipa. Teve sempre a bola do seu lado, deu menos espaços ao Cluj e rematou mais à baliza. Só não contava com a noite inspirada do ex- bracarense Mário Felgueiras, que realizou defesas de outro mundo, garantindo quase só ele os três pontos para a formação romena.
A tarefa dos arsenalistas para seguir em frente na prova ficou mais complicada. O Sp. Braga terá agora de tentar roubar pontos ao Manchester United ou ao Galatasaray, teoricamente equipas mais poderosas que o Cluj.
No final da partida, o treinador José Peseiro mostrou- se desiludido, mas ainda assim confiante para os jogos que faltam nesta fase de grupos da Liga dos Campeões. "Cometemos erros e acabámos por pagar com dois golos ainda na primeira parte. A equipa revelou algumas tensão e desequilíbrio emocional e penso que foi por aí que acabámos por perder. Vamos analisar, mas há muitos jogos pela frente", revelou o treinador.

DN

JotaCC

Nivaldo confiante num bom resultado em Braga

Peça preponderante no eixo defensivo, Nivaldo está confiante na conquista de um bom resultado na deslocação a Braga ( domingo, 1 8 horas, SportTv). "É um adversário com jogadores de grande qualidade e temos de estar ao melhor nível para não sermos surpreendidos. Garanto que estamos bem preparados para defrontar o Braga", assegura o central brasileiro, agradado com o início de época da equipa. Entretanto, o avançado inglês Tope já participou nos trabalhos junto dos companheiros, podendo, em breve, ser opção para Nuno Espírito Santo. Ukra continua em tratamento e dificilmente jogará em Braga.

JN

JotaCC

VAMPIRO CAUSA ANEMIA

Apesar dos 35 remates, apesar dos 65 por cento de posse de bola e apesar de Super-mário Felgueiras ter defendido tudo, a verdade é que o Braga desiludiu no regresso à Champions. Não lidou bem com o peso do favoritismo e exagerou na ingenuidade e este Braga – lento, a fazer do relvado uma espécie de Caracolândia – não soube. Dito isto, salta já a pergunta que vale um milhão de euros: não terá sido tudo isto tambémumreflexo da pausa competitiva de 17 dias ditada pelo calendário?
A resposta fica para depois Voltando ao jogo, o primeiro golo do Cluj é também bom ponto de partida para explicar o resultado: nasceu de um contragolpe desenhado por Sougou, após canto que favoreceu o Braga e que ditou desequilíbrios defensivos inexplicáveis. Aliás, é uma simpatia chamar-lhe desequilíbrio, porque o que houve ali foi mesmo ingenuidade pura. Com veneno na ponta da bota, Sougou estendeu uma passadeira que Rafael Bastos desenrolou até à cara de Beto. Depois, foi só escolher o lado e marcar.
Esse susto não terminou com o futebol soluçante de um Braga em que Hugo Viana era menos maestro do que o costume, sendo ele a face mais apagada de um meio-campo supostamente criativo que, sobretudo na primeira parte, teve dificuldade em engolir a nova fórmula que conjugava de início Mossoró, Viana e Micael. Faltava ainda inspiração a Alan e, pior do que isso, acumulavam-se sinais de que a equipa não sabe jogar com e para Éder, a maior parte das vezes corpo estranho a entrar e a sair da área para evitar o papel de figura de corpo presente.
Pior do que um golo, só mesmo dois. Há quem não aprenda com os erros e se no primeiro tinha havido ingenuidade, no segundo houve ingenuidade ao quadrado de Nuno André Coelho, o trunfo lançado por Peseiro para garantir estabilidade defensiva. O central perdeu a bola e ainda foi sentado por Rafael Bastos, ex-bracarense que bisou.

A perder, Peseiro trocou Alan por Hélder Barbosa. O Cluj, já de si poupadinho nas subidas, aproveitou a vantagem folgada para se entrincheirar na defesa. Rúben Micael parecia querer pegar no jogo, mas o Braga continua sem saber sair do labirinto. Tentava remar contra a maré, mas o melhor que conseguia era rematar. Quase sempre de longe. Uma equipa que não sabia jogar para aproveitar Éder na área, continuou a não saber fazê-lo quando lhe juntou Zé Luís. Peseiro tentou corrigir com Paulo César, mas, em vez de cruzamentos para aproveitar o facto de ter mais gente na área, continuaram os remates de meia distância. Muitos para coisa nenhuma, porque continuou também o show de Mário Felgueiras.


Rúben Micael a pregar num deserto de ideias

Beto 5 Entregue à sua sorte e ao apetite voraz de Rafael Bastos perante a apatia geral dos centrais, pouco ou nada poderia fazer para evitar o bis do brasileiro. Atento aos cruzamentos para a área, foi anulando os que podia com segurança.
Salino 4 Uns furos abaixo da dinamismo habitual, poucas vezes causou desequilíbrios peladireita, subindoligeiramente de forma após a entrada (tardia) de Paulo César. Figurou, como ator secundário, nos lances dos golos sofridos.
Nuno A. Coelho 3 Umdesastre. Sem velocidade e noção do tempo e espaço, foi o principal responsável pelo segundo golo de Rafael Bastos ao perder de forma infantil uma bola proibida. Numlivre, testou a atenção de Mário Felgueiras.
Paulo Vinícius 4 Outra torre irreconhecível, especialmente durante o primeiro tempo. Sem pernas para Rafael Bastos, deixou-se ultrapassar em velocidade para assistir ao segundo golo.
Ismaily 6 Mais acertado nas manobras defensivas do que os companheiros do sector, teve pulmões até ao fim na construção de lances ofensivos, combinando quase na perfeição com Rúben Micael.
Custódio 5 O seu futebol fluido e cerebral foi apanhado em contrapé, como o resto da equipa, por dois contra-ataques. Foi dos poucos a não acusar a desvantagem, mantendo um rendimento pendular, com grande precisão no passe.
Hugo Viana 4 Quando não dispõe de extremos bem definidos como referências, perde-se em campo. O suposto futebol curto e apoiado não beneficia o esquerdino, que num bom disparo de longa distância, ainda assustou o guardião do Cluj.
Alan 4 Por vezes dá argumentos aos que teorizam que caminha para o ocaso. Mesmo sem a velocidade de outros tempos, é sempre uma caixa de surpresas desagradáveis para quem o vigia e mais de uma vez tricotou bons lances com Mossoró. O pior é manter o ritmo...
Mossoró 5 Atravessa mais uma crise de identidade de começo de época. Já não é novidade, mas também não se pode queixar de não atuar na posição 10. Quando o génio soltou amarras, foi o diabo à solta, mas a pontaria não ajudava.
Paulo César 3 Refrescou o flanco direito.
Éder 4 Alternou o bom com o sofrível, denotando falta de sincronização com os extremos. A herança de Lima continua a pesar, e o tema só se irá dissipar quando o atual avançado marcar o primeiro de muitos golos. Por aí, as ameaças devem ser entendidas como sinais prometedores.
Hélder Barbosa 4 Trouxe alguma velocidade à esquerda, permitindo ao mesmo tempo que Rúben Micael pudesse explorar as zonas interiores do terreno de jogo.
Zé Luís 3 Demasiado tenro e trapalhão, não conseguiu ser a arma secreta desejada.


Um peregrino com máscara

Mascarado de ala-esquerdo durante uma boa parte deste filme de terror, fintou os potenciais constrangimentos posicionais e, depois, uma data de adversários, desbravando caminhos desconhecidos, convidando os companheiros a dispararem à vontade com passes de mestre e assistências de encantar. Nesse capítulo tão complicado de acertar no alvo, manteve durante muito tempo um diálogo interessante com Mário Felgueiras, como se verificou no suspirar da partida: remate e defesa do guardião, com Micael já agarrado à coxa.


Baliza cheia de Felgueiras

Com a devida vénia ao português Mário Felgueiras, um ilustre colecionador de defesas (foram 24), o Cluj cumpriu à risca o que já tinha sido testemunhado pelo scouting do Braga: uma defesa de aço auxiliada bem de perto por médios que não pensam duas vezes. A ofensa do "autocarro" só não serve a esta surpreendente equipa, porque não falta gente de ataque a desequilibrar e a meter velocidade. Sougou e Rafael Bastos foram os "assassinos" da noite.


"Não fomos uma equipa equilibrada na primeira parte"

A derrota ante o Cluj não dilui a esperança de José Peseiro em levar o Braga até aos oitavos de final da Liga dos Campeões. "Temos capacidade para lutar contra qualquer equipa. Só perdemos um jogo. Quem cria tantas oportunidades de golo tem de marcar... os golos vão aparecer", garante o treinador, reconhecendo um certo gosto a "injustiça no resultado".

Lapsos José Peseiro detetou erros infantis dos jogadores arsenalistas nos dois golos

Além dos "erros pontuais e infantis nos dois golos", José Peseiro retirou outras importantes ilações. "Não conseguimos gerir bem as expectativas. Éramos favoritos, e até o Cluj aproveitou-se disso ao considerar-nos candidatos ao segundo lugar no Grupo. O Braga não é inferior a este Cluj, mas hoje [ontem] perdemos. É um grande castigo, porque não merecíamos este resultado. Estivemos sempre mal posicionados quando perdíamos a bola. Queria dizer que também criámos oportunidades de golo para não estar a perder por 0-2. Na segunda parte, o domínio acentuou-se mas perdemos na mesma. Fazer 23 remates à baliza e não fazer um golo é sintomático. Embora deva dizer que o guarda-redes Mário Felgueiras fez uma grande exibição", comentou, avisando que o Braga "está na guerra e não vai abandonar". "Perdemos porque estivemos sem
pre mal posicionados quando perdíamos a bola
Naturalmente, admite, "este resultado complica as contas mas só perdemos um jogo. Era um jogo importante, em casa, (e deveríamos estar na frente empatados com o Manchester), mas temos de partir para o próximo jogo sem abandonar a Champions. Resta ainda outra lição signif i cativa. "Não fomos uma equipa equilibrada, quer em termos de organização, quer em termos emocionais, principalmente na primeira parte. Assumimos que tínhamos de ter exigência a jogar com uma equipa que defende bem e tem boa transição ofensiva."
Apesar de tudo, José Peseiro continua a acreditar na equipa. "Este resultado, não põe em causa o valor da equipa. Os jogadores deram tudo o que tinham dentro do campo". "Mas umaequipa na Champions tem de estar equilibrada no ataque e na defesa, as coisas foram diferentes do que poderíamos fazer. Não interessa dizer que fizemos mais remates, que tivemos mais posse de bola, os números não nos dão conforto nenhum. Para jogar contra este Cluj, nos momentos da perda da bola, tínhamos de estar na recuperação", apontou e não quis acrescentar mais nada sobre a saída de Lima. "Os jogadores que temos são estes. Os golos vão aparecer. E se quiserem ver o jogo friamente, pelo lado dos remates, foi um bom jogo.

Estar 17 dias sem competir "não é desculpa". "É um contratempo, sem dúvida, mas não vamos por aí, até porque é um orgulho ter jogadores na Seleção", concluiu.


Micael culpa paragem

Para o médio, o campeonato não deveria parar tanto tempo e isso notou-se na falta de ritmo na primeira parte

Rúben Micael não se conteve no final do jogo. O médio apresentou a longa interrupção verificada no campeonato como principal razão para a falta de andamento do Braga na primeira parte e apontou o dedo à Liga de Clubes. "Sou sincero, esta paragem, infelizmente, só acontece em Portugal. Nós olhamos para os outros campeomou o internacional português, vincando, no entanto, que "fisicamente o Braga está bem, como provou a forma como jogou na segunda parte". O problema está, defende, na ausência de ritmo competitivo. "Para quem não esteve na Seleção, são três semanas sem competir. A Liga devia pensar nisso", frisou. Rúben Micael reconheceu também que "toda a gente esteve mal na primeira parte" e que o Braga "podia passar a noite toda a tentar que não ia conseguir marcar". "Na primeira parte, eles tiveram três ocasiões e marcaram dois golos, e nós tivemos imensas e não conseguimos", disse. "É um resultado injusto.


BALIZAS "TROCADAS" EM NOITE DE TRÊS REGRESSOS

Beto defendeu a baliza do Braga, após uma época no Cluj, onde agora o número 1 é Mário Felgueiras, curiosamente o primeiro guardião arsenalista na Champions, em 2009. Rafael Bastos e Luís Alberto voltaram ao AXA, onde não jogou Diogo Valente, fora dos 18.


GUERREIROS PARALÍMPICOS HOMENAGEADOS

Domingos Vieira e José Carlos Macedo, atletas bracarenses de desporto adaptado foram homenageados durante o intervalo do jogo. Os dois atletas estiveram nos Jogos Paralímpicos que recentemente se realizaram em Londres, onde o segundo conquistou duas medalhas.

O JOGO

brigada da relote


brigada da relote


brigada da relote


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brigada da relote


JotaCC

Carlão fez treino específico

Na ressaca da derrota com o Clujm José Peseiro arrancou esta manhã, à porta fechada, para a preparação do jogo com o Rio Ave, domingo, às 18 horas, no Estádio Axa. Os jogadores que contabilizaram mais minutos no desafio com os romenos uma sessão de recuperação, com corrida e futevólei.

A principal novidade foi a presença de Carlão no palco de treinos. Lesionado na coxa esquerda, o atacante fez corrida e cumpre plano específico de recuperação, mas ainda estará algumas semanas fora das contas do treinador. Yazalde, Manoel e Cristiano, que atuaram pela equipa B, também trabalharam integrados no grupo.

O plantel arsenalista volta a treinar amanhã, às 10.30h, nos relvados anexos ao AXA, à porta fechada.

A BOLA