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ENTREVISTA a Jorge Coroado no Correio da Manhã...

Started by Freitas, 29 de December de 2006, 00:56

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Freitas

Jorge Coroado colaborou como perito no processo 'Apito Dourado'. Nesta entrevista fala das pressões, dos recados e das ameaças que recebeu ao longo da carreira. Lamenta "a subserviência dos árbitros ao poder" e diz que esteve uma vez em casa de Valentim Loureiro e não gostou. Defende que árbitros e dirigentes envolvidos no 'Apito Dourado' deveriam cessar funções e aconselha Maria José Morgado a estar atenta.

Correio Sport – Depois de mais de 25 anos na arbitragem, o que soube pelo 'Apito Dourado' que não conhecesse já?

Jorge Coroado – De tudo o que saiu até agora, nada foi novidade. São coisas antigas e práticas velhas. A única matéria menos conhecida era a existência de uma relação tão directa entre autarquias e futebol.

– Árbitros arguidos devem continuar a arbitrar?

– Nem árbitros suspeitos devem continuar a arbitrar nem dirigentes suspeitos devem continuar a dirigir. Mas nós em Portugal damos muito valor aos vigaristas.

– Que conselho dá a Maria José Morgado?

– Que esteja atenta, que evite chamuscar-se neste processo.

– Ao longo destes dois anos colaborou no processo...

– Como outros, fui nomeado perito pelo Ministério Público.

– Conheceu casos concretos de corrupção na arbitragem?

– Directamente não. O que sempre notei foi uma enorme subserviência dos árbitros perante pessoas a quem reconheciam autoridade, para progredirem na carreira.

– Esse medo está relacionado com as classificações...

– Exactamente. A postura subserviente partia do próprio árbitro que na hora de decidir um lance encolhia--se. Vou dar-lhe um exemplo: há uns anos, num FC Porto-Benfica, aos 20 minutos de jogo, perante uma falta gravíssima do João Pinto, o árbitro fez de conta que nada viu. Pouco depois, encontro-o: "Olha lá porque é que não mostraste o vermelho?" Diz-me ele: "Expulsar o capitão do FC Porto, aos 20 minutos, nas Antas?! Deves estar maluco". Este medo sempre me incomodou.

– Medo de Pinto da Costa e de Valentim Loureiro...

– Sem dúvida. Esses eram as principais figuras, aquelas a quem se reconhecia maior poder pelos cargos que ocupavam e os árbitros temiam-nos. O Benfica e o Sporting também tinham o seu peso, mas não como os outros dois casos.

– Tentaram comprá-lo?

– Não. Mas quando discordei publicamente da integração da arbitragem na Liga de Clubes, o director executivo, José Guilherme Aguiar, teve uma conversa comigo, muito curiosa, no seu gabinete, a 2 de Dezembro de 1996, em que contou o seguinte: quando era vice-presidente do FC Porto disse um dia ao Paulo Futre que ou cumpria as regras ou não podia jogar naquele clube. "E olhe que o Futre era a estrela da companhia", rematou. Percebi o recado: ou me calava ou me punham à margem.

– Foi posto à margem?

– Não. Calei-me. E no ano seguinte até fui o primeiro.

– E pressões em jogos?

– Citei numa pessoa do FC Porto, conto agora um caso com alguém ligado ao Benfica. Em 87 ou 88, Porfírio Alves, do Conselho de Arbitragem, disse-me que na parte final dos campeonatos certos clubes não me queriam a arbitrar nos jogos em casa. Foi claro que se tratou de uma tentativa de me explicar que se fosse mais flexível poderia apitar mais jogos.

– Voltou a ceder?

– Durante uns tempos procurei rectificar um ou outro comportamento mas não consegui. Não estava a ser eu e voltei ao meu caminho.

– Algum dia um colega lhe confessou um suborno?

– Não. Os meus colegas não morriam de amores por mim e eu não morria de amores por eles. Um dia disseram- -me que um dos meus fiscais-de-linha tinha recebido uns bens. Não sei se foi verdade ou não. Mas comecei a notar-lhe um comportamento estranho.

– O que lhe fez?

– Corri com ele da minha equipa.

– Viu árbitros a enriquecer?

– O que sempre vi foi uma enorme vontade de agradar ao poder. Nos anos 80 contava-se a história de um árbitro que se afastou da arbitragem após o pagamento de uma verba do conselho de arbitragem.

– Ficou surpreendido com o envolvimento de Pinto de Sousa no 'Apito Dourado'?

– Pinto de Sousa é um homem afável, pouco disponível para confrontos, dado a consensos. Tendo em conta este perfil, acredito que é muito capaz de se ter deixado envolver em situações pelas quais está indiciado. Mas não o vejo a fazê-lo para tirar proveitos pessoais, mas sim para não se aborrecer.

– Conhece árbitros que vivam acima das suas possibilidades?

– Há situações que sempre estranhei, mas há quem faça milagres com o dinheiro. Vi quem ganhasse menos do que eu ter carros muito melhores do que o meu, viajar muito mais do que eu, frequentar restaurantes acima da média. Mas não vou fazer juízos.

– Alguma vez entrou em casa de um dirigente?

– Duas vezes. Na de Adriano Pinto, onde almocei e onde não se falou por um segundo de futebol. E, a convite do sr. Pinto de Sousa, acompanhado por mais dois árbitros, na de Valentim Loureiro. Foi após um Boavista-Benfica, no final da década de oitenta, um jogo arbitrado por Carlos Valente, que o Boavista perdeu. Foi muito constrangedor. Não gostei do comportamento de Valentim Loureiro e muito menos da maneira como ele tratou as pessoas que estavam ao seu serviço, os empregados da casa.

– Nunca esteve em casa de Pinto da Costa?

– Nunca. Nem faço ideia onde mora.

– Como eram as vossas relações?

– Em 1993, no dia 28 de Dezembro, num Boavista-FC Porto, expulsei 3 jogadores do FC Porto e dois do Boavista e ainda ficou por marcar um penálti contra o FC Porto que, por estar de costas, não vi. No final, o Pinto da Costa entra na cabine dos árbitros de forma muito agreste que não me agradou. Tive que lhe lembrar que aquela era a minha cabine e, portanto, o melhor que ele tinha a fazer era sair.

– Como é que ele reagiu?

– Pinto da Costa reconhece quem o enfrenta.

– Leu o livro de Carolina?

– Não conheço a senhora nem privei com ela. Se se tratasse de um homem diria que estava ali um corno atraiçoado. Como é uma mulher, trata-se do testemunho de um coração traído.

– Ofereceram-lhe serviços de prostitutas?

– Na Roménia, foi-me oferecida a companhia de uma senhora, lindíssima, que não era prostituta mas que estava obrigada a fazê-lo sob pena de despedirem o marido. Foi uma situação terrível e degradante. Mas em Portugal também não era nem é uma novidade.

– Foi ameaçado?

– Fui, no Estádio da Luz, em 1991, no final de um Benfica-Torreense, pelo sr. Gaspar Ramos. Em 1995 o mesmo dirigente disse aos berros que iria fazer de tudo para acabar com a minha carreira.

– De que clube recebeu mais pressões?

– Do Benfica e dos seus dirigentes. Inquestionavelmente. Estou convicto de que se mais carreira não tive foi por influência de gente do Benfica. De Gaspar Ramos a Luís Filipe Vieira, que vetou o meu nome, em 2002, para vice-presidente do Conselho de Arbitragem.

– Mas fez uma carreira longa.

– Só por duas vezes fui o melhor árbitro. Quando confrontei Pinto de Sousa, ele disse que a Associação do Porto dava cabo dele se, em dois anos consecutivos, o primeiro da lista fosse um árbitro de Lisboa.

– Algum dia duvidou das suas classificações?

– No ano em que fiquei em 22.º lugar achei estranho.

– Vítor Pereira, como presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, pode melhorar o sector?

– Se não fizer o que sempre fez, ou seja, a permanente procura de distinções pessoais.

– Sempre foram rivais. Falam-se?

– Institucionalmente cumprimento toda a gente. Como também faço festas aos animais.

– Qual foi o presente mais caro que já recebeu de um dirigente?

– Um serviço de porcelana da Vista Alegre, que o então presidente do Beira-Mar, Silva Vieira, mandou entregar em casa de minha mãe. Pedi-lhe que fosse levantar o embrulho porque não o queria e comuniquei o caso ao Conselho de Arbitragem. A notícia saiu num jornal, Silva Vieira resolveu insultar-me e foi responder a Tribunal. Ao fim de dez anos foi condenado e indemnizou-me. Com esse dinheiro e um bocadinho mais comprei um carro, um Citroën C 3.

– Tem apitos dourados?

– Seis. Um que recebi do Sporting, no tempo de Sousa Cintra, e os outros foram-me dados por jornais.

– E relógios?

– Cerca de 50 relógios que me foram oferecidos pelos clubes, dos mais variados valores. A minha regra para aceitar estes presentes foi sempre simples: apenas aceitava ofertas que eu pudesse comprar e só as recebia depois dos jogos. Porque muitos dirigentes apareciam antes dos jogos e no final, se a equipa perdia, esqueciam-se.

– Havia quem aceitasse ou oferecesse carros?

– Havia quem os comprasse com muitas facilidades de pagamento.

UM ÁRBITRO GARRIDO (OPINIÃO DE ANTÓNIO TADEIA, JORNALISTA)

Para o último jogo da sua carreira, a final da Taça de Portugal de 2001, entre o FC Porto e o Marítimo, Jorge Coroado apareceu de preto. Numa altura em que aos árbitros estava aberta a hipótese de escolherem toda uma panóplia de cores berrantes – vermelho, amarelo – o mais garrido juiz de campo da história do futebol português voltou ao negro. Uma forma de lembrar a tradição ou mais uma tentativa de ser diferente, de se constituir como protagonista de um jogo onde, por norma e se tudo correr bem, são os futebolistas quem monopoliza as luzes da ribalta?

Coroado nunca teve medo de ser a notícia. Pelo contrário: enfrentou sempre as câmaras com um misto de dever e satisfação – e talvez por isso consiga hoje ser comentador de arbitragem com presença regular numa estação de rádio, duas de televisão e um jornal desportivo e tenha colocado o nome nos tops de vendas de livros em Portugal, através da edição pela Prime Books de 'O Último Cartão', escrito a meias com o jornalista Jorge Baptista.

Nesta obra, o bancário de Carnaxide denuncia a podridão que encontrou nos 26 anos em que andou pela arbitragem activa (de 1975 a 2001), chama "chico-esperto" a Valentim Loureiro, diz que Pinto da Costa é "intratável", regressa ao caso da polémica expulsão de Caniggia num Benfica-Sporting, que lhe valeu até hoje a má vontade do Benfica, ao episódio da "azia" que disse sentir depois de se ter apercebido dos erros cometidos num Chaves-Sporting, em prejuízo claro dos 'leões', ou à recusa de um valioso serviço de louça oferecido pelo então presidente do Beira-Mar, Silva Vieira.

No livro, pode ver-se Coroado como ele é: egocêntrico ao ponto de quase parecer desequilibrado, mas ao mesmo tempo desassombrado e honesto, sem qualquer sentimento corporativo de defesa de classe ou instinto político virado para o tráfico de influências.

A maior prova encontra-se logo no ano em que subiu a internacional (1990), quando recusou participar numa homenagem a Lourenço Pinto, então presidente da Comissão de Arbitragem, por nela encontrar resquícios de um condenável "beija-mão". "De cardeais Richelieu já tenho a minha conta", disse então o homem que, já depois de abandonar os relvados, reagiu com um "Não sei quem é" à notícia de um processo que lhe tinha sido movido pelo ex-colega Vítor Pereira ou que provocou o seu próprio veto para dirigente dos árbitros com mais uma provocação aos poderes instituídos: "No futebol português há majores, mas há muitos com vontade de serem promovidos a coronéis sem jagunços".

Por estas e por outras mostras de radicalismo – como as cenas de pancadaria protagonizadas em Julho com o árbitro Paulo Costa, no funeral do ex-árbitro Vítor Correia –, este confesso adepto do Belenenses, onde chegou a praticar atletismo, ainda hoje divide os adeptos de futebol em Portugal. E não admira que assim seja. Findo o seu último jogo, perguntaram-lhe o que ia fazer a seguir. Coroado disse que talvez tentasse tirar um curso de Direito. "Assim, da próxima vez que me chamarem aldrabão, serei um aldrabão licenciado". Mas nunca consensual.

Alexandra Tavares-Teles
ORGULHOSAMENTE  BRACARENSE

lipe

A podridão do futebol está bem patente nesta entrevista. Os 3M é que mandam no futebol e repito o que já disse num outro tópico :
3 primeiros lugares com acesso á champions são para os 3M e "mai nada".

Haja juiz, ou procurador, ou poder politico, ou Maria da Fonte ou quem quer que seja para limpar, para arrasar esta escumalha.
Em Braga, só baixamos a cabeça para beijar o símbolo.

Miguel Portela

Isto podia ser um excerto de um livro de ficção onde os seres rastejantes mandam.
É pena ser realidade e estar ao virar da esquina.
Não podemos aceitar isto mais estes senhores tem de uma vez por todas ir para a prisão ponto final. Portugal não pode ser a republica das bananas.
Saudações Desportivas,
Miguel Portela
[url="https://mipmed.com/"]https://mipmed.com/[/url]

Kilo

 Ao ler isto, são demasiados os sentimentos, muitos deles contraditórios, para que os possa exprimir em palavras... :-\ :-\ :-\

disco infiltrator

Futebol para mim é a bola, jogadores, público, beber umas cervejas com os amigos, mandar umas car**das nos jogos, etc

Dirigentes, empresários, arbitragens etc ...é melhor nem pensar muito nisso se não nem vejo mais futebol....Tento fazer de conta que nem existem...

Enquanto os clubes médios/ pequenos não se unirem contra os 3 do costume nada disso vai mudar...Aos 3 do costume junto o Boavista que é dos clubes mais detestáveis, quem tem os dirigentes mais detestáveis e que foi campeão da maneira que foi....Nunca mais prendem esse majorzeco traficante de batatas que agora parece ter um herdeiro à altura....

Paulodebraga



       Isto tudo é apenas mais uma história veridica passada por quem lá esteve, e muitas outras virão...nda disso  é novidade pra mim, pois sei o quanto o futebol foi, é, e será corrupto se algo de radical não vier a acontecer, espero que agora a Dr.Morgado coloque os verdadeiros culpados ondes eles bem mereçem, no xadrex,cadeia neles já...pois só assim, poderemos voltar a acreditar no nosso futebol de betão...

   SAUDAÇOES BRACARENSES E FORÇA BRAGA OLÉ...
Saudações Braguistas e Força Braga olê...

El Che

è com estas coisas que cada vez eu me revolto mais, e pensar eu que podemos vir um dia a ser campeoes....

jaimec

Este coroado é mesmo um passado ... e fala como se não fosse nada com ele .Há gajos com uma lata do C@t@no !!!!!!

maquiavel

Quote from: jaimec on 29 de December de 2006, 15:54
Este coroado é mesmo um passado ... e fala como se não fosse nada com ele .Há gajos com uma lata do C@t@no !!!!!!

É que, se calhar, não é mesmo nada com  ele. Já colocaram a hipótese de haver por acaso um ex-árbitro honesto? Pode ou não ser o caso do Coroado?

rucac

Este senhor que reveja o jogo da final da taça entre o BRAGA e o porto,,no Jamor que tenho em VHS, em que perdemos por 3-1.. E mais não digo...........

jaimec

Quote from: maquiavel on 29 de December de 2006, 16:13
Quote from: jaimec on 29 de December de 2006, 15:54
Este coroado é mesmo um passado ... e fala como se não fosse nada com ele .Há gajos com uma lata do C@t@no !!!!!!

É que, se calhar, não é mesmo nada com  ele. Já colocaram a hipótese de haver por acaso um ex-árbitro honesto? Pode ou não ser o caso do Coroado?

Mas leste a entrevista do coroado ? Não ? Mas devias ... umas linhas acima ele admite ter cedido a pressões .Quem terão sido os clubes prejudicados nesse período de tempo ? Porque é que não falou na altura ? Eu sei que mais vale tarde que nunca, mas soa a oprtunismo e a falsa honestidade .Ai isso cheira .

jeba


miguel

O Sr. Coroado devia era ter vergonha na cara, e no mínimo remeter-se ao silêncio!
Se a Maria José Morgado estiver mesmo atenta... vai ser bonito, vai!

Freitas

O conteúdo da entrevista não me surpreendeu, a única coisa que me questiono é se o mesmo não dá direito a uma abertura de um processo( para o Jorge Coroado e para as pessoas referidas na entrevista) ??????














ORGULHOSAMENTE  BRACARENSE

Brigada253

Acredito em quase tudo que li.... mas o coroado????  esse gajo foi o maior porco que ja vi a arbitrar...

Para nao falar que já fez gestos obscenos para os adeptos do Braga pelo menos duas vezes...

Uma foi na mata real (naquele jogo que perdemos 4-2, dia de grande tempestade) em que fez " pissos" para a bancada dos bracarenses com os delegados da liga atraz mas o guarda chuva tapava, ainda antes de começar o jogo, quando verificava as balizas.

O outro foi no bessa num jogo que ganhamos e o quim fez grande exibição, ele marcou prai 10 faltas á entrada da area nos ultimos 15 minutos, pois o boavista tinha bons marcadores de livres. No fim, ao ouvir os protestos dos bracarenses ria-se ironicamente e fez o mesmo gesto que fez na mata real....

Tenho uma duvida: Não foi ele que expulsou o Toni para não poder jogar a final da taça contra os andrades?
LAMPIÕES, LAGARTOS E TRIPEIROS...SÃO TODOS [red]*****[/red]!!!

www.brigada253.blogspot

Bracarus

estou com o Brigada253
esse rabeta do coroado sempre nos gamou forte e feio
vem agora, fazer figura de honesto e santinho, quando foi mais um dos mafiosos que por lá passou.
quase que lembra o octávio quando este dizia que eu bem avisei

o futebol ficou mais rico com a saida do coroado, ainda que se tenha de novo emprobrecido pelos reles que o susbtituíram

Rita

Agora que o caso anda a ser investigado querem todos dar uma de santinhos... ::)

Manuel Pereira

Muito elucidativo!
Alguém disse que há três metralhas no futebol português? Os quais regateiam e repartem o bolo entre eles?
Alguém duvida que o crescimento do S C Braga É um espinho cravado nesta paz de botas cardadas que é o futebol português?

FORÇA ENORME SPORTING CLUBE DE BRAGA!



disco infiltrator

a esses 3 acrescentem o Boavista..clube do major contrabandista de batatas que foi campeão da maneira que foi...