NOTICIAS DO ENORME DO DIA 16/01

[JotaCC]

No pódio com classe



No pódio com toda a classe. O Sporting de Braga Braga fecha a primeira volta no terceiro lugar do campeonato, depois da vitória frente ao Sporting, por 2-1, com golos de Hélder Barbosa e Lima. Os 'guerreiros' aproveitaram da melhor forma a confiança que tinham na bagagem fruto de três triunfos consecutivos e somaram o quarto com uma demonstração de alma, raça e personalidade.

Leonardo Jardim já tinha confessado o desejo que subir cada vez mais na tabela classificativa. E a prova da ambição guerreira está à vista. No horizonte está agora o sonho da luta pelo título, depois de abatido um adversário directo.

Sem perder desde Novembro — e ainda sem sofrer em casa — o Sporting de Braga entrou forte no jogo, com garra e por pouco não abriu o marcador logo aos dois minutos. Uma grande jogada de Mossoró, a centrar para o remate de primeira de Hugo Viana. A todo o gás, os arsenalistas tomaram conta do jogo e Hélder Barbosa obrigou Rui Patrício a grande defesa.

Depois de o primeiro quarto de hora de controlo bracarense, os 'leões' reagiram, com Matias a assumir o papel de destaque no ataque verde e branco. O médio obrigou Quim a aplicar-se e, pouco depois, foi a vez de Insúa cabecear para grande intervenção do guardião arsenalista.
O ritmo de jogo acabou por cair à medida que o relógio caminhava para o intervalo, mas Hugo Viana teve ainda tempo dar voltar a assustar a baliza leonina, com uma bomba ao lado. Matias atirou também a rasar a trave.

No segundo tempo, os arsenalistas voltaram a entrar em campo com atitude guerreira e fizeram esquecer o frio gélido da pedreira com o golo de Hélder Barbosa. O extremo aproveitou um erro da defesa leonina, roubou a bola, ofereceu a Lima, que cruzou para a área onde apareceu Hélder Barbosa a rodar sobre a bola e a atirar em cheio para o fundo das redes.

O golo deu ânimo extra à equipa arsenalista, que soube aproveitar os erros dos 'leões'. Hugo Viana testou novamente Rui Patrício, mas foi Lima a descobrir de novo o caminho para o golo. Grande passe de Mosso-ró, a isolar o avançado brasileiro. Lima foi mais forte no duelo com João Pereira e rematou certeiro para o segundo golo.

Numa toada mais equilibrada, o Sporting reagiu à desvantagem e reduziu na sequência de um pontapé de canto. Quim falha o soco na bola e, na recarga, Carrilho aproveitou da melhor forma o falhanço do guardião para atirar para golo.

Com o golo, o Sporting intensificou a pressão na tentativa de chegar ao empate, mas até ao final, o Sporting de Braga geriu da melhor forma a vantagem. E até poderia ter feito o terceiro. Já nos descontos, Hugo Viana ainda desperdiçou o terceiro, a num livre indirecto na linha limite da pequena área, depois de um erro incrível de Rui Patrício num atraso de Evaldo.

CORREIO DA MINHO

[JotaCC]

António Salvador: «Estamos onde queríamos estar»
presidente satisfeito com triunfo

O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, criticou quem vaticinou a desagregação do grupo de trabalho após a final de Dublin e garante que atualmente a equipa está "onde queria estar", no pódio da Liga portuguesa de futebol.

"Depois da final da Liga Europa disse que o Sporting de Braga iria continuar a ser grande, que o clube iria lutar pelos quatro primeiros lugares. Obviamente que temos sido injustiçados. Agora estamos onde queríamos estar", vincou.

Após o triunfo 2-1 sobre o Sporting, que vale o terceiro lugar isolado, o dirigente deixou o elogio aos futebolistas: "Estamos onde estamos devido ao esforço, à vontade e ao querer dos jogadores. Agora vamos pensar jogo a jogo".

RECORD

[JotaCC]

Tudo querer mudar, deitar tudo a perder

A derrota imposta pelo Braga ao Sporting, no regresso de Domingos Paciência ao AXA, ditou mais do que o desempate entre adversários que se equivaliam nos pontos, vitórias, empates, derrotas e golos marcados - passaram a partilhar os sofridos: definiu não só a troca de posição, ficando os arsenalistas na partida para a segunda metade do campeonato a defender o terceiro lugar que dá acesso à terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões da próxima época - com milhões de euros a dar peso à importância desse último posto no pódio da Liga -, como deixou os leões na dependência do milagre de recuperar onze pontos para o Benfica, nove para o FC Porto e três para o Braga, em simultâneo, para manter acesa a esperança de ainda lutar pelo título que, salvo esse milagre, vai fugir pela décima época consecutiva.

Era um jogo do tudo ou nada para Domingos e a sua equipa em construção. O técnico que ficou na história em Braga arriscou muito no seu regresso, mudou quase tudo - figurino táctico, jogadores e posições, perfazendo oito mudanças (só Rui Patrício, João Pereira e Onyewu se mantiveram nos seus lugares) - e não ganhou nada. Perdeu, de resto, quase tudo. A remota hipótese de ir até ao fim na luta pelo título e até, mesmo que à condição, o terceiro posto com janela para a Champions. Conhecedor profundo das características dos jogadores do Braga e da sua articulação e no primeiro jogo sem Van Wolfswinkel, a grande referência do ataque, Domingos reconfigurou a equipa e apostou no conhecimento dos ex-companheiros de João Pereira, Rodriguez e Evaldo. Inverteu o triângulo do meio-campo, abdicando do único pivô defensivo para colocar Matías Fernández no corredor central, no apoio ao estreante Ribas, recuando Elias e Schaars e apostando nos canhotos Insúa à esquerda e Capel à direita - escolha sustentada pelo estado febril de Carrillo nos últimos dias.

Do lado contrário, Leonardo Jardim não jogou na surpresa e manteve a identidade da equipa. O Braga entrou mais forte e a intenção de Domingos em "colar" Elias a Hugo Viana e Schaars a Mossoró, minando a construção de jogo arsenalista não foi bem sucedida, de início - até porque o esquerdino orquestrava desde terrenos mais recuados e o brasileiro apoiava o ataque de forma mais efectiva, fintando as marcações.

Rodriguez, que "sentou" Polga no banco, depois do Nacional, era vaiado com estrondo, mas ia mostrando porque fora recrutado no defeso como reforço pelos leões, enquanto Schaars, pelo sentido posicional e capacidade de construção de jogo, e Matías Fernández, o elemento mais influente na equipa de Lisboa, eram excepções à mediocridade que pautava a actuação dos crónicos candidatos ao título que acabariam por se ver demitidos dessa condição no final. Do outro lado, eram Viana e Mossoró a dar cartas, e Custódio a ganhar a luta a meio-campo. Era aí, de resto, que se disputava grande parte do jogo, com muita pressão, sobretudo do Braga, a impedir que as jogadas se definissem para criar perigo junto de qualquer das balizas. Foi nesta toada de equilíbrio e incerteza, configurando-se o nulo como mais provável resultado final, que se chegou ao intervalo.

Matías sacudiu o jogo logo a abrir a segunda parte, ao sentar dois defesas e atirar ao poste. O criativo chileno viu, então, o solitário e desamparado Lima fintar a marcação, fugir para a direita e cruzar para o corte fácil de Onyewu ou João Pereira... que deixam passar para Hélder Barbosa agradecer a oferenda e castigar os leões com o golo que os forasteiros acusaram em demasia. A tímida reacção esboçada foi traída em definitivo pouco depois, quando Mossoró ganha a bola a Rodriguez no seu meio-campo e lança Lima, imparável sobre João Pereira "matar" o jogo e arrumar com a discussão do vencedor.

Ainda entrou Carrillo, para acompanhar Matías a fazer estragos na defesa bracarense - e marcar o golo do Sporting, também nascido de um erro crasso (no caso, de Quim). Foram erros de palmatória que fizeram o resultado, aproveitados com propriedade pelos autores dos golos, mas ainda houve tempo para retomar alguns antigos, como Rui Patrício ao cair do pano. Esquecendo as lições de Paços de Ferreira, Zurique e Vila do Conde, agarrou um atraso - que, ontem, como os do passado, também suscitava dúvidas - de Evaldo e sujeitou a equipa a novo livre indirecto na área, que não deu golo... porque defendeu o remate de Hugo Viana.

O Sporting repete os 28 pontos da época passada por esta altura, o Braga vira o meio do campeonato com mais 11. Nada e... tudo mudou.


O Tribunal de O JOGO
Dúvidas no critério disciplinar

Num jogo sem lances muito polémicos, os especialistas em arbitragem de O JOGO consideram que o juiz de Lisboa teve algumas falhas disciplinares, nomeadamente na disputa de bola entre Insúa e Custódio, aos 50'. Para Jorge Coroado, a acção do lateral merecia cartão vermelho, opinião que não é partilhada por Pedro Henriques e Paulo Paraty. Também não há unanimidade no alegado atraso de Evaldo a Rui Patrício.

Momento mais complicado

50' Insúa acerta em Custódio e vê cartão amarelo. Decisão certa?
Jorge Coroado

-

Insúa chegou atrasado ao lance e efectua gesto deliberado com o pé na direcção de Custódio, atingindo-o com a sola da bota. Conduta violenta objectiva. O cartão vermelho era o adequado.

Pedro Henriques

+

Insúa é imprudente na forma como aborda o lance, tocando de raspão com os pitons em Custódio. Infracção passível de exibição de cartao amarelo.

Paulo Paraty

+

Ambos os jogadores cercam a bola, causando jogo perigoso. A imprudência de Insúa é devidamente punida com livre directo e o cartão amarelo.

Outros casos

30' Ribas reclama grande penalidade. Douglão fez falta sobre o atacante leonino?

36' Justifica-se a exibição de cartão amarelo a Rodriguez?

42' Rodriguez joga a bola com o braço. Deveria ter visto cartão amarelo?

90'+3' Evaldo atrasa a bola para Rui Patrício? Livre indirecto bem assinalado?
Jorge Coroado

+

Não existiu qualquer infracção. O lance decorre de contacto normal e é natural que o jogador peça aquilo a que não tinha direito. Esteve bem o árbitro ao deixar o jogo prosseguir.

+

Rodriguez comete a infracção derrubando o adversário. Falta simples, mas porque, depois, atira a bola para longe (comportamento antidesportivo) o cartão amarelo justificou-se.

+

Jogada muito próxima em que Alan pica a bola e esta é travada pelo braço direito de Rodriguez. Justificava-se cartão amarelo, se o árbitro não tivesse assinalado a rasteira que Alan sofreu, cometida por outro sportinguista.

-

Interpretou erradamente o lance, eventualmente ludibriado pelo movimento do pé esquerdo de Evaldo. A bola bateu na coxa, acima do joelho direito deste, sendo por isso correcta a acção de Rui Patrício, ao segurar o esférico.
Pedro Henriques

+

Não há motivo para grande penalidade. Douglão tem a posição ganha e é Ribas que se desequilibra e derruba o jogador bracarense. Correcta a decisão da equipa de arbitragem.

+

Rodriguez foi correctamente advertido por comportamento antidesportivo, ao retardar o recomeço do jogo, tirando a bola do local da infracção.

-

Um lance tipicamente de televisão. Rodriguez toca a bola com o braço de forma deliberada, cortando dessa forma uma linha de passe entre dois adversários. Lance para cartão amarelo.

+

Aceita-se a decisão, porque efectivamente a bola foi tocada com a perna na direcção do guarda-redes que a agarrou com as mãos. Livre indirecto bem assinalado.
Paulo Paraty

+

Ribas, Douglão e outro jogador do Sporting convergem para a bola acabando Ribas e Douglão por chocarem e estatelarem-se. É um lance físico que me parece de circunstância da busca de bola.

+

Correctíssima a interpetação de João Capela. Rodriguez tem apenas vontade de impedir a colocação da bola em jogo.

+

Rodriguez joga de facto a bola com a mão, mas Capela considera a primeira falta (rasteira) de um seu colega sobre Alan. Livre directo é suficiente.

-

Deficiente a interpretação de João Capela num lance sem consequências. Não é um passe deliberado, antes um controlo deficiente de Evaldo que acaba por fazer a bola chegar a Rui Patrício.

Apreciação global
Jorge Coroado

Num jogo que não criou problemas de maior, acompanhou com facilidade, até demais, cometendo lapsos de interpretação técnica e disciplinar, com ânsia visível de querer deixar fluir.
Pedro Henriques

Arbitragem globalmente positiva e sem influência no resultado, com a boa colaboração dos seus árbitros assistentes.
Paulo Paraty

Um trabalho personalizado, competente e seguro permitiu a João Capela mais um momento de afirmação. Pode melhorar a comunicação com os seus colegas e o trabalho de equipa.


O MOMENTO: 64' [2-0]
Erro a sair para o ataque é a morte do artista

A toada de equilíbrio e alguma incerteza no resultado fora traída por um erro de palmatória 13 minutos antes, quando Onyewu e João Pereira se desentenderam e deixaram a bola passar para um isolado Hélder Barbosa. O leão acusou a desvantagem, mas quando ensaiava a reacção, dá-se o golpe decisivo: Rodriguez perde a bola ao sair para o ataque, no meio-campo do Braga, Mossoró conduz o contragolpe e solta em Lima, que foge a João Pereira e atira a contar. Estava encontrado o vencedor.


Lances-chave

2' Mossoró ganha a linha à direita, cruza atrasado para o remate de primeira de Hugo Viana, com selo de golo, mas desviado por... Lima, que não consegue sair do caminho da bola, que sai pela linha de fundo.

4' Custódio atira de fora da área, ao lado.

10' Capel é servido por João Pereira, consegue flectir para o meio e dispara, à entrada da área, de pé esquerdo, às malhas laterais.

14' Hugo Viana, solto no meio, liberta em Mossoró que, sobre a esquerda, remata cruzado, para a defesa para canto de Rui Patrício.

20' Matías Fernández, de livre, na extrema esquerda, atira forte para boa defesa de Quim.

21' Capel cruza da direita, Ribas salta com Douglão, mas é Insúa quem surge de trás a cabecear para grande defesa de Quim.

29' Hugo Viana, de muito longe, cobra livre em força, falhando por pouco o alvo, com Patrício a controlar a trajectória.

45' Matías recebe de Schaars ainda fora da área, roda e fuzila falhando por muito pouco.

48' Matías recebe no peito passe de João Pereira, senta dois adversários na rotação e atira de pé esquerdo, à base do poste!

51' [1-0] Lima ganha a direita, cruza, dá-se o desentendimento geral entre João Pereira, Onyewu e Rodriguez, a bola sobra para Hélder Barbosa, que bate facilmente um desamparado Patrício.

54' Hélder Barbosa conduz o contragolpe e solta em Alan, que atira em arco, falhando por pouco.

56' Lima deixa passar para Hugo Viana que, à entrada da área, atira para golo, negado por boa defesa de Patrício.

59' Matías, de livre, da esquerda, quase trai Quim, atirando directo.

64' [2-0] Golo de Lima

74' [2-1] Canto de Matías, Quim soca mal a bola, que sobra para Carrillo: golo.

77' Carrillo dá em Matías no eixo para o remate pronto, sustido no chão por Quim.

82' Carrillo simula à entrada da área da área e liberta Bojinov, que remata de pronto... ao lado.

90'+3' Patrício agarra atraso de Evaldo. No livre indirecto na área, Custódio toca para Hugo Viana que remata forte para defesa do número um dos leões.


A ESTRELA: Lima 7
Veneno dura há sete jogos consecutivos

O que soava a pensamento tresloucado começa a fazer todo o sentido. Estabelecer 30 golos como meta seria, quanto muito, demagogia política, mas o avançado vai muito além das promessas: cumpre. Foi o que se viu mais uma vez num duelo em que se pedia máximo aproveitamento ao ponta-de-lança. Além de ter cruzado para o golo de Hélder Barbosa, o que significou a sua quarta assistência da época, ampliou a vantagem com uma frieza surpreendente, após ter sido lançado por Mossoró, deixando para trás João Pereira. Contas feitas, já leva 13 golos marcados em 2011/12, dos quais nove contam para o campeonato. Poção mágica para o Braga ou veneno letal para os adversários, o que importa é que não pára de facturar há sete jogos consecutivos.


O Braga um a um
Lima é um escorpião

Quim 5

À excepção do lance do golo de Carrillo, facilitada por uma saída mal calculada a soco; conferiu a segurança habitual. Bem colocado entre os postes, segurou bem dois livres de Matías Fernández (20' e 59') e outro disparo de bola corrida do chileno (77'). Pelo meio, voou para defender um perigoso desvio de cabeça de Insúa (60') e teve o poste do seu lado em mais um disparo... de Matías Fernández (48').

Salino 6

Atento à movimentação de Evaldo e Insúa, vigiou bem o flanco direito e ainda conseguiu "amarelar" Elias, condicionando-lhe bastante as suas acções defensivas posteriores. Rápido e sempre muito oportuno no plano ofensivo, combinou bons lances com Alan.

Douglão 5

A sua falta de elegância em campo contrasta com uma saudável eficácia no desarme. Com simplicidade de processos, reduziu Ribas quase à insignificância com a ajuda de Ewerton, com quem começa a entender-se às mil maravilhas. Num livre de Hugo Viana, apareceu na área a desviar de cabeça com algum perigo.

Ewerton 5

Mais frio do que a temperatura ambiente, teve o condão de congelar vários avançados leoninos. A meias com Douglão, deu cabo de Ribas e teve sempre disponibilidade para dobrar Elderson na marcação a Capel.

Elderson 5

Mais acertado do que noutras ocasiões, controlou bem a movimentação de Capel, concedendo poucos espaços ao espanhol. Complicou, porém, no plano ofensivo.

Custódio 6

Com uma frescura física notável, pouco habitual em jogadores sujeitos a longas paragens, como foi o seu caso, desempenhou quase na perfeição a missão de pivô defensivo do meio-campo, travando um duelo interessante com Matías Fernández. Excelente na ocupação dos espaços, distribuiu jogo com grande facilidade.

Hugo Viana 6

Outro motor do meio-campo arsenalista em alta rotação. De volta à equipa, após castigo, revelou grande dinamismo, ora assistindo os companheiros, ora aparecendo na linha fogo recuada a disparar com potência. Num livre directo, ao cair do pano, acertou na barreira.

Mossoró 6

Agradável surpresa. Numa repetição praticamente fiel dos bons velhos tempos, o "playmaker" brasileiro perfumou a equipa de grandes lances e criatividade. Assistido por Hugo Viana, disparou cruzado com perigo, obrigando Rui Patrício a aplicar-se para evitar o pior; mais tarde, com um passe sensacional, desmarcou Lima para o 2-0.

Alan 5

Teve o condão de desgastar Evaldo e travar as investidas de Insúa. De pé a fundo no acelerador, engrenou bons lances pela direita.

Hélder Barbosa 5

Andava apagado em campo... até aproveitar um cruzamento de Lima e o desatino total da defesa do Sporting. Isolado, na cara de Rui Patrício, teve calma e discernimento para rodar na área e atirar para o sítio certo, inaugurando o marcador. Era o terceiro golo no campeonato e o oitavo da época.

Luís Alberto 4

Ajudou a segurar a vantagem.

Carlão 4

Deu algum trabalho na ponta final.

Paulo César -

Simulou uma falta e ainda foi a tempo de ver um amarelo.


História do Jogo
Rodriguez ajudou a tirar "potência"

Central foi recebido com assobios e acusou a pressão cometendo erros atrás de erros. Lima agradeceu.
Vários foram os elementos do plantel leonino e do staff técnico que regressaram ontem a Braga, mas Rodriguez, central peruano que saiu do Minho sem deixar lamentos dos adeptos para trás, foi o único a gerar animosidade nas bancadas do AXA. Os adeptos não esqueceram o facto de Rodriguez ter dito repetidamente, enquanto esteve no clube, que queria sair para "um clube grande" e toca de assobiar cada vez que o central cheirava a bola, ele que acusou o toque - e de que maneira! -, dando azo a que as claques dos bracarenses lembrassem Domingos Paciência com um cântico que virou moda: "Ó Domingos tem Paciência, que para o Braga não tens potência!"

E como Rodriguez ajudou à festa, em particular no lance do segundo golo, em que ele ofereceu a bola a um adversário, num dos muitos passes errados após vigorosos assobios, dando origem ao golo de Lima, no consequente contra-ataque. O nervosismo já tinha dado sinais há muito e só o cartão amarelo aos 36' ajudou a colocar um interregno nos aplausos. E quando, aos 77', viu Alan a mostrar-lhe a sola da bota, de pitons com olhos para a canela, Rodriguez lá soltou um pouco da raiva acumulada, respondendo à entrada com uma resposta que João Capela não viu. O central, que não jogava desde o encontro com o Vaslui, na Liga Europa, na Roménia, a 3 de Novembro, não fez esquecer os erros de Polga e o Braga agradeceu a quebra face à pressão, numa defesa que tinha, em quatro elementos, três ex-bracarenses: João Pereira, Evaldo e Rodriguez. Domingos Paciência nem a sentiu (a pressão), mas abandonou o AXA de semblante carregado, tal como os seus pupilos, que, tirando Capel, João Pereira e Schaars não agradeceram o apoio dos adeptos em Braga.


O JOGO

[JotaCC]

Leonardo Jardim
"Se chegar ao segundo lugar... melhor"

Leonardo Jardim defendeu a justiça da vitória. Para o treinador do Braga, a sua equipa foi a mais dominadora. E se "o objectivo traçado para a temporada era conseguir um lugar entre os quatro primeiros", agora, roubado o terceiro lugar ao Sporting na classificação, "se chegar à segunda posição será ainda melhor", disse Leonardo Jardim.

"Cumprimos o nosso objectivo que era vencer e com um bom jogo. Durante a primeira parte, o Braga foi mais dominador e criou mais situações de golo. Tivemos as melhores duas situações de golo na primeira parte, com duas boas intervenções de Rui Patrício. Só houve Sporting quando um erro permitiu reduzir para 2-1, foi só aí que houve alguma emoção no jogo. Soubemos reagir e sofrer", analisou.

"Este é um Braga à sua própria imagem, com jogadores que trabalham diariamente para mostrar bons jogos ao fim-de-semana. E foi isso que aconteceu", comentou, adiantando ainda que o objectivo do Braga é "ganhar estabilidade nos primeiros lugares da tabela".


Hélder Barbosa
"Vamos lutar até onde pudermos"

Hélder Barbosa, autor do primeiro golo do jogo, elogiou a postura da equipa e a justiça do triunfo. "Foi mais uma vitória frente a um grande adversário. Sabíamos que era difícil, mas praticámos bom futebol e fomos objectivos. Saímos com os três pontos e estamos todos de parabéns por isso", referiu, dando voz à vontade do grupo. "Estamos com confiança e ela só vem com vitórias. Queremos sempre mais e vamos lutar ao máximo pelos nossos objectivos jogo a jogo. Queremos chegar onde pudermos", concluiu.

Mossoró
"Fomos inteligentes na circulação de bola"

Depois de ter chegado aos 2-0, o Braga defendeu com unhas e dentes a vantagem e fê-lo, segundo Mossoró, da melhor maneira, sendo "inteligente na circulação de bola". Os três pontos permitiram à equipa arsenalista terminar a primeira volta no terceiro lugar, mas Mossoró não entra em euforias. "Era fundamental ganhar este jogo para ficarmos em vantagem no confronto directo. Agora vamos trabalhar da mesma forma, para chegarmos ao final da época nos quatro primeiros lugares", prometeu.


Salvador fala em análises injustas

A dualidade de tratamento que António Salvador considera existir entre o Braga e os grandes levou ontem o presidente dos arsenalistas a sair em defesa do plantel. "Temos sido injustiçados. O Sporting é um grande clube, tem bons jogadores e um grande treinador. Agora, não podem é dar todo o mérito a um e demérito aos outros. Mas a partir de agora terão de reflectir o que disseram no passado", criticou, lembrando que a equipa está onde sempre perspectivou. "Contratámos grandes profissionais, um grande treinador e com a vontade e querer de todos os jogadores vamos lutando por ficar entre os quatro primeiros lugares", referiu.


Salvador, Godinho Lopes e Figueiredo juntos

O jogo do Estádio AXA era o grande motivo de atracção da jornada que encerrou a primeira volta da Liga ZON Sagres e, como tal, teve honras de representação ao mais alto nível. Na tribuna, lado a lado, estiveram os presidentes de Braga e Sporting, António Salvador e Godinho Lopes, respectivamente, mas junto deles marcou presença, também, Mário Figueiredo, recentemente eleito como novo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Os referidos dirigentes seguiram o jogo atentamente, mas de forma cordial, sem grandes manifestações de emoção.

Viana fez a festa a duplicar

Melhor aniversário (completou 29 anos) não poderia pedir Hugo Viana. De volta à equipa, após um jogo de castigo, o médio de ataque depressa foi homenageado pelas claques oficiais do Braga, que fizeram questão de cantar os parabéns no decorrer do jogo, e fez por merecer uma prenda em forma... de golo, o que não aconteceu por obra do destino e também por mérito de Rui Patrício. Em noite duplamente festiva para Viana, Luís Alberto foi a grande novidade na dança das substituições, tendo entrado no segundo tempo para o lugar de Mossoró. O ex-jogador do Nacional estreou-se pelos arsenalistas e ajudou a garantir uma preciosa vitória.

Recusados M€ 2 por Yazalde

O desejo do Bordéus em ter Yazalde levou o clube francês a apresentar uma proposta de dois milhões de euros pelo atacante cedido ao Rio Ave, mas António Salvador recusou-a. Por isso, os girondinos decidiram apontar baterias para outros alvos economicamente mais acessíveis, embora o interesse de outros clubes no internacional sub-21 português ainda seja alto.

Jogo com o Rio Ave à borla

O Braga festeja quinta-feira o 91º aniversário e decidiu presentear os adeptos com entradas gratuitas para o jogo com o Rio Ave, da próxima jornada. Quem quiser um ingresso grátis só terá de depositar nos pontos de vendas de bilhetes espalhados pela cidade um género alimentar, que posteriormente será entregue a instituições de caridade.


Maratona levou tudo

Sem... espinhas! Quatro títulos em disputa, quatro vitórias no bornal do Maratona, ontem de manhã, na 19ª edição do Campeonato Nacional de estrada que se disputou em Benavente. Nunca na história da prova uma equipa conseguiu tamanha superioridade, reduzindo a cinzas a esperança das opositoras, a Conforlimpa (masculinos) e o Sporting de Braga (femininos). Em termos individuais, Manuel Damião, em estreia, e Dulce Félix, pelo segundo ano consecutivo, sagraram-se campeões.

Em masculinos, a Conforlimpa foi literalmente cilindrada. De campeões nacionais por oito vezes nos últimos nove anos, a equipa das "limpezas" terá realizado a sua pior exibição de sempre, colocando o seu primeiro homem (Tiago Costa) em quinto lugar e depois dos quatro primeiros do Maratona. Ou seja: já o Maratona festejava o título e a Conforlimpa ainda esperava pelo primeiro atleta. Manuel Damião confirmou a boa forma, primeiro aguentando as investidas de Youssef el Kalai e José Rocha e, depois, a 300 m do fim, desferindo um ataque tão forte que ninguém o susteve (no fundo, os seus adversários pagaram a imprudência de deixar para resolver a contenda nos metros finais com alguém que é rápido a acabar corridas). As surpresas foram o duatleta Sérgio Silva (quarto) e o "apagão" de Hermano Ferreira que, de favorito ao triunfo, acabou por ficar em... 10º lugar.

A corrida feminina quase não teve história. Ana Dulce Félix impôs-se facilmente sobre as restantes adversárias. Ana Dias foi segunda e aproveitou o dia do seu 38º aniversário para anunciar o final de carreira após os Jogos Olímpicos.

Classificações
Masculinos

1º Manuel Damião (Maratona) 44.09

2º José Rocha (Maratona) 44.12

3º Youssef el Kalai (Maratona) 44.13

4º Sérgio Silva (Maratona) 44.19

5º Tiago Costa (Conforlimpa) 44.21

6º Paulo Gomes (Individual) 44.23

7º Rui Teixeira (Maratona) 44.36

8º Marco Morgado (Conforlimpa) 44.51

Equipas: 1º Maratona, 10; 2º Conforlimpa, 34; 3º Maia, 56
FEMINinos

1ª Dulce Félix (Maratona) 49.45

2ª Ana Dias (Maratona) 50.37

3ª Leonor Carneiro (Maratona) 50.56

4ª Anália Rosa (Maratona) 51.30

5ª Mónica Silva (Maratona) 51.32

6ª Inês Monteiro (Maratona) sem tempo

7ª Filomena Costa (Sporting de Braga) sem tempo

8ª Daniela Cunha (Sporting de Braga) sem tempo

Equipas: 1º Maratona, 10; 2º SC Braga, 43; 3º ADERCUS, 60


O JOGO

[JotaCC]

Desaire: Sporting perde em Braga num mau regresso de Domingos à 'Pedreira'
Leão apático diz adeus ao título

O Sporting despediu-se ontem da luta pelo título com uma derrota em Braga (justíssima), mas agravada por mais uma exibição desoladora, sem chama nem fibra. Domingos tinha dito antes da partida que conhecia bem o Sp. Braga e que o jogo dos bracarenses assentava nas referências da época passada, entre as quais Hélder Barbosa e Lima, que curiosamente foram os marcadores dos golos dos minhotos, muito facilitados pela permissividade de João Pereira, sem pernas nem sentido posicional para evitar os remates que deram os golos dos anfitriões.

Mas, para quem estava obrigado a ganhar para se manter na luta pelo título, o Sporting ficou bastante abaixo do exigido. A táctica inicial de Domingos - com Insúa a extremo-esquerdo - não resultou, e a equipa voltou a mostrar dificuldades para pegar no jogo, só com Matías em bom plano. O Sp. Braga manietou muito bem a formação de Alvalade, tapou bem os espaços e saiu rápido para o ataque. No primeiro tempo, as oportunidades foram repartidas, com Patrício e Quim a defenderem remates perigosos de Mossoró e de Insúa. Na segunda parte, o jogo abriu mais, e o Sporting ameaçou, por Matías Fernández, num remate ao poste. Mas veio ao de cima a falta de velocidade da defesa de Alvalade, castigada com dois golos em contra-ataque.

Domingos era o espelho da frustração e, apesar de Carrillo(entroubem) ainda ter reduzido (erro de Quim), nunca se percebeu capacidade do Sporting para chegar ao empate. Os leões já estão atrás do Sp. Braga na Liga e só lutam pelo 3º lugar.

SP. BRAGA: JOGO FELINO DE BARBOSA

Hélder Barbosa - Lutou muito e inventou como nunca. O golo que apontou premeia uma exibição muito acima da média do extremo bracarense.

Quim - Evitou golos de Matías e Insúa. Borrou a pintura no golo.

Salino - Pulmão prodigioso. Fez o que quis no corredor direito, apesar de não ser lateral de raiz.

Ewerton - Seguro no desarme, com excepção feita a um lance em que é ludibriado por Carrillo.

Douglão - Exibição autoritária e concentrada, a deixar em sentido todos os jogadores do Sporting.

Elderson - Transportou o jogo para a frente. Rápido e confiante.

Custódio - Varreu o seu sector com a precisão de um relógio suíço. O segundo golo do Sp. Braga nasceu de uma recuperação dele.

Hugo Viana - 'Bombas' ameaçadoras e passes cirúrgicos ajudaram a desgastar a paciência aos leões. Está num momento feliz.

Mossoró - Foi dele o contra-ataque que deu o golo a Lima.

Alan - Um jogo à sua imagem, com correrias e fintas.

Lima - Pontaria e mérito na forma como se antecipou a João Pereira antes de marcar.

Luís Alberto - Entrou com garra.

Carlão - Animou o ataque.

Paulo César - Trouxe experiência.

SPORTING: SÓ CARRILLO GELOU OS MINHOTOS

CARRILLO - Voluntarioso e sem oscilações de comportamento. Entrou bem e soube aproveitar da melhor maneira um 'brinde' de Quim.

Patrício - Exibição convincente. Negou o golo a Mossoró com uma defesa espectacular, aos 13'.

João Pereira - Muito mal nos dois golos bracarenses.

Onyewu - Com culpas no 1-0, já que se desentendeu com João Pereira, deixando Barbosa isolado.

Rodríguez - Acusou a hostilidade dos adeptos do Sp. Braga. Exibição muito intermitente.

Evaldo - Explorou bem o corredor esquerdo. Melhor a atacar do que a defender.

Elias - Jogou livre, mas os seus passes e as arrancadas não surtiram o efeito desejado.

Schaars - Teve momentos muito acertados na 1ª parte, mas não foi a sua melhor noite. Discreto.

Capel - Causou um par de desequilíbrios com os seus cruzamentos e insinuações.

Matías - Foi uma seta apontada à baliza de Quim, a quem deu muito trabalho. Sem sorte.

Insúa - Muito activo, cheirou o golo na primeira parte.

Ribas - Bons pormenores e muitas correrias que não disfarçam uma estreia apenas sofrível.

André Martins - Alternou momentos de lucidez com momentos de egoísmo.

Bojinov - Remates sem nexo.

DOMINGOS: "HÁ MUITA GENTE QUE TEM DE FAZER MAIS E MELHOR"

"Ainda há mais 15 encontros para realizar, e para ganhar jogos temos de fazer muito mais. Há muita gente que tem de fazer mais e melhor, porque às vezes não chega aquilo que se faz", disse ontem Domingos Paciência, após a derrota do Sporting frente ao Sp. Braga, por 2-1. "Entrámos bem na segunda parte, podíamos ter marcado, mas não conseguimos. Depois houve perdas de bola da nossa parte e o Sp. Braga ficou por cima", analisou o treinador leonino, de 43 anos.

"Temos de jogar com os jogadores que temos cem por cento disponíveis. As soluções eram poucas", concluiu.

FICHA DE JOGO

LIGA - 15.ª Jornada

Estádio Municipal de Braga - Assistência: 16802

SP. BRAGA: Quim, Leandro Salino, Ewerton, Douglão, Elderson, Custódio, Hugo Viana, Alan, Mossoró (Luís Alberto 68'), Hélder Barbosa (Carlão 80'), Lima (Paulo César 87').

Treinador: Leonardo Jardim

SPORTING: Rui Patrício, João Pereira, Onyewu, Rodríguez, Evaldo, Elias (A. Martins 72'), Schaars, Diego Capel, Matías Fernandéz, Insúa (Carrillo 54'), Sebastián Ribas (Bojinov 68').

Treinador: Domingos Paciência

Golos: 1-0 Hélder Barbosa (51'), 2-0 Lima (64'), 2-1 Carrillo (74')

Árbitro: João Capela (Lisboa) 7

Disciplina: AMARELOS: Elias (29'), Rodríguez (36'), Insúa (50'), Hugo Viana (53') e Paulo César (90').

Figura do jogo: Hélder Barbosa, extremo, 24 anos

CORREIO DA MANHA

[JotaCC]

Domingos foi único leão aplaudido em Braga
jogadores assobiados
   
Rodríguez muito contestado.

O público de Braga dividiu-se na forma como recebeu os seus antigos homens – Domingos Paciência, Alberto Rodríguez, Evaldo e João Pereira.

Como havia sido prometido, o treinador foi aplaudido, especialmente quando o seu nome e fotografia surgiram nos ecrãs gigantes do estádio, na apresentação das equipas, mas no caso dos jogadores a receção foi diferente, pela negativa.

Rodríguez foi o alvo especial da contestação dos adeptos bracarense, já que o defesa peruano foi fortemente assobiado cada vez que participou numa jogada ou tinha a bola em seu poder.


RECORD

[JotaCC]

[JotaCC]

António Salvador: «Disse que o SC Braga ia continuar a ser grande»   

António Salvador falou aos jornalistas no final do encontro entre o SC Braga e o Sporting e aproveitou para dizer que tinha razão quando afirmou que os bracarenses iam continuar fortes esta época, depois da participação na final da Liga Europa e da saída de vários jogadores.

«Depois da final da Liga Europa disse que o SC Braga iria continuar a ser grande, que o clube iria lutar pelos quatro primeiros lugares. Estamos onde queríamos estar», afirmou o presidente dos arsenalistas, que acredita na conquista de um título em breve.

«Estamos onde estamos devido ao esforço dos grandes profissionais que contratamos, aos que cá ficaram e à equipa técnica. Este grupo luta para ser conseguir um troféu e no campeonato vamos pensar jogo a jogo», continuou.

ZEROZERO

[JotaCC]

Jardim cortou as garras ao leão

O Sporting de Braga venceu ontem o Sporting por 2-1 e terminou a primeira volta do campeonato no terceiro lugar, ao passo que o Sporting ficou mais longe da luta pelo título nacional. Hélder Barbosa e Lima selaram os golos arsenalistas, enquanto Carrilho reduziu para os leões.

DIARIO DO MINHO

[Bruno3429]

Sporting. Um jogo de erros deu o resultado certo
Por Rui Catalão

Vitória justa do Sp. Braga, que dobra a primeira volta em terceiro. Há um ano, o Sporting de Paulo Sérgio tinha os mesmos pontos (28) de Domingos com uma equipa mais fraca

Os sorteios são momentos de sorte ou azar, acasos ou coincidências. Aqui vai uma: em 2008/09 e 2009/10, Sporting e Sp. Braga encontram-se à segunda e à 17.ª jornada; em 2010/11 e 2011/12, as duas equipas defrontam-se na 15.ª e na 30.ª jornada. Parece feito de propósito, mas calhou ser assim. Menos sorteadas são as opções de cada equipa. Mesmo assim, não deixa de ser curioso ver Hugo Viana e Custódio – ambos ex-Sporting – a criar os dois primeiros lances de perigo para uma defesa leonina com Evaldo, Rodríguez e João Pereira – três ex-Sp. Braga.

Coincidência ou não, a última vez que os sportingues jogaram na Pedreira estava em causa o terceiro lugar. Nessa altura era definitivo, o campeonato acabava logo ali. Desta vez o jogo tinha metade do peso, era só o fim da primeira volta. E para sair de Braga com a melhor posição possível Domingos apostou em Sebastián Ribas no lugar de Van Wolfswinkel. As mudanças no Sporting não ficaram por aí – Evaldo também entrou para o onze (Insúa avançou para ala).

A entrada do Sp. Braga obrigou os leões a uma postura mais protectora, com outros cuidados. Mas aos poucos Matías Fernández e Capel foram carregando o Sporting às costas até perto da baliza de Quim. Tanto de livre como de bola corrida, o médio chileno dava razões de sobra ao guarda-redes minhoto para estar atento (aos 48' acertou no poste depois de receber no peito e tirar Ewerton do caminho).

Do outro lado, a atenção de Rui Patrício foi inútil quando, aos 51 minutos, a bola chegou a Hélder Barbosa. Podia ter sido milagre, podia também ser mérito do cruzamento de Lima. Na prática, foi uma falha incrível de Evaldo, Onyewu e João Pereira. Sim, porque a bola passou entre os três até encostar nos pés de Barbosa – desviá-la de Patrício foi a parte mais fácil.

Tal como na primeira parte, o Sp. Braga entrava com mais força, com mais vontade. Hugo Viana disparou mais uma bomba, que Patrício defendeu para canto. O guarda-redes do Sporting fazia o que lhe competia, ao contrário dos colegas da defesa. Aos 64 minutos, Rodríguez (assobiado durante todo o jogo) perdeu a bola para Custódio. O médio entregou-a a Mossoró, que depois desmarcou Lima. Em velocidade, o brasileiro deixou João Pereira para trás e marcou.

O Sporting perdia outra vez por dois golos, num descalabro que só chegou na segunda parte. Ao contrário do jogo com o Nacional, não houve a inspiração de Elias no apoio ao ataque nem a energia de Insúa na esquerda, por exemplo. Domingos foi ao banco para lançar Carrillo, o suspeito do costume quando é preciso fazer algo diferente.

O miúdo pegou na receita do Sp. Braga e imitou o que os adversários tinham feito para marcar: aproveitar um erro do adversário. Quim saiu à toa para socar a bola, mas deixou-a a jeito para o peruano rematar. Quando deu conta já o Sporting tinha feito o 2-1. Pouco depois compensou com uma boa defesa – a remate de Matías, para variar.

De erro em erro chegaríamos a Rui Patrício, que foi ingénuo ao pensar que um corte falhado de Evaldo (na direcção do guarda-redes) não ia ser encarado como atraso. João Capela assinalou a falta e pôs a bola em cima da linha da pequena área. Com Hugo Viana a jeito, o terceiro golo podia ter aparecido ali, em cima do minuto 90. Patrício também se redimiu, mas o Sporting já não se salvou da derrota.

O terceiro lugar ficou em Braga. Leonardo Jardim acaba a primeira volta com mais 11 pontos do que Domingos tinha na época passada por esta altura. No Sporting as contas também dão que pensar. Com Paulo Sérgio e um plantel mais pobre, os leões tinham 28 pontos, nem mais nem menos do que agora – à 15.ª jornada estavam a 13 pontos do primeiro (FC Porto) e cinco do segundo (Benfica). Agora são 11 para os encarnados e nove para os dragões.

Jornal I

[Bruno3429]

Jardim de 'bronze' para o Sp. Braga
Braga 2-1 Sporting

Sporting perde em Braga e terá dito adeus ao título; equipa de Jardim é agora terceira.

Um Sp. Braga mais experiente venceu ontem um Sporting muito frágil defensivamente (2-1), na 15.ª jornada da Liga, e deverá ter afastado em definitivo os leões da luta pelo título. 

Com este resultado, o Sporting caiu para quarto lugar, ultrapassado pelos minhotos (agora com mais três pontos), e fica a 11 pontos do líder Benfica e a nove do segundo, o FC Porto, ficando com apenas dois pontos de vantagem sobre o Marítimo, quinto classificado.   

Nos últimos cinco jogos para o campeonato, o Sporting só venceu um (em casa, com o Nacional, a 10 de Dezembro de 2011), somando ainda dois empates e duas derrotas, ou seja, fez apenas cinco pontos em 15 possíveis. 

O Braga entrou muito forte em jogo, desorientando por completo a defesa sportinguista, e logo aos dois minutos Mossoró fugiu pela direita e centrou para Hugo Viana que, sem qualquer oposição, só não fez golo porque o companheiro Lima fez a vez de defesa.   

O Sporting respondeu com uma boa jogada de envolvimento atacante, culminada com um remate de Capel às malhas laterais que deu sensação de golo aos adeptos leoninos, situados maioritariamente na bancada contrária (10). 

Logo depois, servido por Hugo Viana, Mossoró rematou cruzado com o pé esquerdo para boa defesa de Rui Patrício (14). 

A partir dos 20 minutos e de um livre directo em jeito de canto mais curto, que Matias Fernandez cobrou com força, obrigando Quim a defesa apertada, o Sporting passou a ter a iniciativa de jogo e um minuto depois Ínsua, de cabeça, a centro de Capel, obrigou o guarda-redes internacional português a nova defesa difícil. Ainda antes do intervalo, um grande remate de Matias Fernandez passou muito perto da baliza (45). 

Logo após o reinício, o internacional chileno enviou a bola ao poste após grande trabalho individual na área, mas seria a equipa da casa a chegar ao golo, por Hélder Barbosa, que, com muita calma, aproveitou um desentendimento entre João Pereira e Onyewu e rematou para o fundo da baliza após cruzamento de Lima da direita (51).  Cinco minutos depois, grande defesa de Rui Patrício a remate de Hugo Viana, evitando o segundo golos dos minhotos, que surgiu pouco depois, aos 64, com Lima a concluir um rápido contra-ataque, que teve origem numa perda de bola de Rodriguez. 

Contudo, e quando o Braga parecia ter o jogo controlado, um erro de Quim (má saída a um canto) permitiu ao Sporting reduzir, por Carrillo (74), e voltar ao jogo, lançando-se à procura do empate.   

Aos 77 minutos, Matias Fernandez rematou fraco, em boa posição, para defesa de Quim, e aos 82 foi Bojinov a rematar cruzado com algum perigo, mas o Braga acabaria o jogo na área leonina, dispondo de um livre indirecto, e por vencer justamente.

Leonardo Jardim já olha para os dois primeiros lugares

Claramente satisfeito com a vitória, o técnico do Sp.  Braga, o madeirense Leonardo Jardim, disse que o objectivo do jogo passava por vencer. "Cumprimos o que era  o nosso objectivo, que era vencer, com um bom jogo e com domínio. O Sporting  de Braga foi sempre a equipa mais dominadora e que mais situações de golo  criou".

À frente, analisou o golo do Sporting. "O Sporting relançou o jogo com o 2-1, mas fê-lo num momento em que o  Sporting de Braga estava mais perto do 3-0. Acho que a vitória assenta bem  à melhor equipa em campo".   

Leonardo Jardim mostrou-se depois ambicioso. "O Sporting de Braga tem como objectivo jogar para os primeiros quatro  lugares. Neste momento, chegámos ao terceiro e a nossa missão é conquistar  pontos jogo a jogo. Se der para chegar ao segundo ou ao primeiro lugar,  melhor. Mas o nosso objectivo é claro", afirmou.   
Hélder Barbosa, autor do primeiro golo, disse que esta foi "uma vitória frente  a um grande adversário. Vencer era o nosso objetivo e praticar bom futebol".

Domingos quer jogadores a "dar mais"

O técnico do Sporting, Domingos Paciência, considerou que a sua equipa teve uma má entrada no jogo: "O Sporting de Braga marcou  dois golos e o Sporting um. Entrámos mal no jogo e, a partir dos 10 minutos,  conseguimos pôr-nos no jogo e tivemos oportunidades".   

Domingos explicou a derrota com as transições fortes do Braga. "Na segunda parte, o forte do Sporting de Braga, que são as transições,  resultou e sofremos os golos. A partir do 2-0, a equipa do Sporting conseguiu  reagir, marcou e procurou o 2-2".   

O técnico quer o jogadores a darem mais. "Acabou a primeira volta. Há mais 15 jogos. Temos de fazer muito mais  e ganhar jogo a jogo. Há muito trabalho pela frente. Há muita gente [jogadores]  que tem de fazer mais e melhor".

João Pereira, não atira a 'toalha ao chão':  "A partir dos 20 minutos equilibrámos  e, na segunda parte, voltámos a entrar mal e o Sporting de Braga marcou  dois golos. Temos de melhorar e o título é matematicamente possível, mas está muito  difícil".   

Destaques

Hugo Viana (7)
Está num excelente momento de forma e é dos melhores médios portugueses da actualidade. Justifica a atenção de Paulo bento. Executou bem tudo o que fez e só lhe faltou o golo... para a noite ser perfeita.

Leandro Salino (6)
Leonardo Jardim encontrar um lateral direito de luxo. O brasileiro foi impiedoso na marcação e não se cansou de descer no corredor. Teve uma actuação extremamente positiva.

João Pereira (3)
Directamente envolvido nos dois golos do Sp. Braga. No primeiro ficou a olhar para a Onyewu, em vez de despcahar a bola, no segundo foi batido em velocidade e concentração por Lima. Noite para esquecer.

Ribas (4)
O último reforço não justificou a titularidade. Fruto da lesão de Van Wolfswinkel  e da falta de pontaria de Bojinov, foi lançado por Domingos mas demonstrou dificuldades e alguma lentidão.

Diario de Noticias da Madeira

[Bruno3429]

Guerreiros à espera do Penafiel
Por Pascoal Sousa

Leonardo Jardim orienta nesta altura o primeiro treino após a vitória sobre o Sporting , que confirmou os Guerreiros do Minho no terceiro lugar no final da primeira volta do Campeonato.

Debaixo de muito frio, a sessão à porta fechada marca o pontapé de saída na preparação do desafio frente ao Penafiel, quarta-feira, às 18 horas, no Estádio Axa, a contar para a 2.ª jornada do Grupo C da Taça da Liga.

Da partida de ontem não resultaram lesões, mas é provável que Leonardo Jardim faça descansar alguns dos habituais titulares, até porque domingo o SC Braga recebe o Rio Ave, adversário que costuma ser um osso duro de roer no Axa. Um tema a esclarecer terça-feira, quando o treinador projetar o jogo em conferência de Imprensa.

A Bola

[Bruno3429]

Salvador e um Braga que vai continuar a «ser grande»
Presidente dos minhotos sente-se injustiçado e acredita que a equipa continuará na mesma linha
Por João Tiago Figueiredo

António Salvador, presidente do Sp. Braga, em declarações na zona mista, no final do triunfo sobre o Sp. Braga por 2-1

«Parabéns aos jogadores do Braga pelo campeonato fantástico e por este jogo que aqui fizeram. Estamos onde disse que queríamos estar. Quando toda a comunicação social previu que depois da final da Liga Europa, esta equipa ia sair em debandada e não se sabia o que ia acontecer, eu sempre disse que o Sp. Braga ia continuar a ser um grande clube e a lutar pelo objectivo de ficar nos quatro primeiros lugares. Contratámos grandes profissionais e um grande treinador. E já tivemos de reconstituir toda a defesa. Mas estes jogadores sentem que estão perto de ganhar algo e lutam para que isso seja possível. Se acho que o Braga tem sido injustiçado? Obviamente.»


Liga: a análise da jornada 15

Um título de Inverno como há dezoito anos, e o «leão» a fazer contas.
Por Redacção

A última jornada da primeira volta confirmou o Benfica como campeão de Inverno, após goleada ao Vitória de Setúbal (4-1). A equipa de Jorge Jesus ainda apanhou um susto, já que esteve a perder, mas depois garantiu nova vitória folgada e chega a meio da Liga na liderança isolada, algo que não acontecia desde 1993/94. Óscar Cardozo marcou dois golos que o deixam no topo da lista de melhores marcadores (onze tentos), mas foi novamente expulso.

Menos exuberante do que o rival, mas igualmente eficaz, o F.C. Porto manteve os dois pontos de atraso para o Benfica, ao vencer o Rio Ave poucas horas depois (2-0). Hulk saiu lesionado ainda na primeira parte, e acabou por ser o jovem James Rodríguez a fazer a diferença, com um «bis».

A primeira volta fechou com a subida do Sp. Braga ao terceiro lugar, destronando o Sporting, que derrotou por 2-1. A equipa leonina chega a meio do campeonato com os mesmos pontos que tinha um ano antes (28), e realisticamente afastado do título, tendo em conta os onze pontos de atraso para o líder.

Ultrapassagem vimaranense e olhanense

E bem perto do Sporting está também o Marítimo, que ainda assim só conseguiu um empate em Paços de Ferreira (1-1). Baba, o segundo melhor marcador do campeonato, evitou a derrota da formação madeirense e roubou dois pontos ao «lanterna vermelha» da prova.

No sexto lugar houve uma troca, com o Vitória de Guimarães a ultrapassar a Académica com um triunfo em Coimbra (0-2). Um jogo que fica marcado pela lesão grave de Orlando, capitão da Briosa, que regressava à competição após treze meses de paragem.

Situação idêntica na luta pelo oitavo lugar, com o Olhanense a ultrapassar o Beira Mar, equipa frente à qual Sérgio Conceição conquistou a primeira vitória como técnico principal (2-1).

Em igualdade pontual com os aveirenses estão agora Gil Vicente e Nacional. A equipa treinada por Paulo Alves empatou em Santa Maria da Feira (0-0), mas desperdiçou uma grande penalidade, enquanto que Pedro Caixinha foi travado pela União de Leiria, equipa em que iniciou a época (2-2), e que continua em zona de despromoção.

Maisfutebol

[Bruno3429]

Fernando Couto deixa cargo de manager e vai treinar para a Índia
Por Pascoal Sousa

Fernando Couto já não é manager do SC Braga. O antigo internacional português e a SAD decidiram hoje terminar uma ligação que teve início a 19 de Junho de 2010, quando Couto foi anunciado oficialmente como sucessor de Carlos Freitas.

O futuro de Fernando Couto passa pela recém-criada Premier League Soccer (PLS), a Liga profissional de futebol da Índia, que arranca oficialmente no próximo dia 25 de Fevereiro, e por uma das equipas de Calcutá.

O ex-manager do SC Braga fará parte de um lote de técnicos de eleição, no qual se incluem Peter Reid, John Barnes e Colin Todd (Inglaterra), Samson Siasia (Nigéria), Marco Etcheverry (Bolívia), Teitur Thodarson (Islândia) e Milos Rus (Eslováquia).

A PLS é um projeto milionário destinado a tornar o futebol no desporto de eleição dos indianos – o críquete é a modalidade rainha no País – e no qual se anuncia a chegada de jogadores de classe mundial e bem conhecidos do público em geral, como Sorin, Crespo, Robert Pires, Cannavaro e Robbie Fowler. O português Maniche também tem em mãos uma proposta tentadora para se mudar para a Índia.

Entre Maio e Junho, Fernando Couto tirou o IV nível no curso de treinadores UEFA Professional, no Luso, que o habilita a orientar qualquer equipa ou seleção. Enquanto manager do SC Braga, Fernando Couto sempre se pautou por uma conduta discreta, funcionando na sombra como braço direito de António Salvador. Foi ele quem sugeriu a contratação do guarda-redes Artur à Roma, a custo zero, naquela que terá sido a sua melhor descoberta.

Do ponto de vista desportivo, a entrada da equipa bracarense na fase de grupos da Liga dos Campeões e a chegada à final da Liga Europa, em Dublin, constituíram os momentos mais gratificantes na passagem do dirigente pelo SC Braga.

SAD deseja sucesso a Fernando Couto
Por Pascoal Sousa

A SAD do Sporting Braga divulgou há momentos um comunicado, confirmando a saída de Fernando Couto para a Índia. A Administração elogia o papel que o manager desenvolveu no último ano e meio no clube, numa aposta que se revelou «acertada».

"O SC Braga foi informado por Fernando Couto da sua pretensão em seguir um rumo novo e abraçar um desafio diferente e que para teria que partir. Em 2010 Fernando Couto foi convidado a integrar a estrutura deste Clube, no desempenho das funções de "Manager". A aposta, que surpreendeu, muita gente, veio a provar ter sido a acertada. No desempenho das suas funções deixou vincadas as virtudes que lhe foram e serão sempre reconhecidas: o empenho, o profissionalismo e a determinação.Fernando Couto faz parte da história do SC Braga e de uma das páginas mais brilhante dos mais de 90 anos de existência deste Clube. O SC Braga quer, por isso, agradecer o trabalho desenvolvido por Fernando Couto, ao longo destes quase dois anos de esforços, vitórias e conquistas.Desejamos também, e estando certos que tal acontecerá, que o novo desafio que lhe é colocado e a realização deste sonho sejam premiados com o sucesso.


«Treinar na Índia é um desafio enorme e prestigiante» - Fernando Couto
Por Pascoal Sousa

Através de comunicado enviado às redações, Fernando Couto explicou as razões pelas quais decidiu agarrar a oportunidade de treinar na Índia. «É um desafio enorme e tenho vontade de ajudar a desenvolver todas as estruturas de base do futebol indiano. Trata-se de um convite prestigiante e uma oportunidade de aplicar no terreno todos os conhecimentos que adquiri ao longo da minha carreira», disse o antigo manager bracarense.

A saída do SC Braga está consumada, faltando apenas definir questões mínimas para o fim da ligação ser oficialmente anunciada. De resto, é de esperar nos próximos minutos um comunicado da SAD sobre este processo. «Passei dois anos fantásticos em Braga, tendo participado na construção das páginas mais prestigiantes da história do clube. Quem sabe, talvez um dia possa regressar a Braga, noutras funções», declarou Fernando Couto.

A Bola