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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 24/12

Started by JotaCC, 24 de December de 2011, 07:26

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JotaCC

Leonardo Jardim: "Gostaríamos de ter mais pontos"



O ano de 2001 fecha com o Sp. Braga no quarto lugar da Liga e com mais oito pontos do que na época passada. Mas Leonardo Jardim rejeita comparações e aponta a uma ambição sem limite, à imagem do clube arsenalista. Para o técnico, a meta no novo ano será escalar a tabela classificativa.

"Nunca podemos dizer que estamos conformados com aquilo que temos. Gostaríamos de ter mais pontos neste momento, sempre falei numa média de dois pontos por jogo, era importante, mas não conseguimos. Mantemos 25 pontos e agora é perspectivar o campeonato para consolidar a conquista de pontos e a subida na tabela classificativa", referiu, em entrevista de balanço da temporada.

Mesmo rejeitando comparações, o Sp. Braga soma mais oito pontos do que há um ano e tem mais quatro golos marcados, praticamente com o mesmo número de jogos. "Essas comparações são vocês [jornalistas] que devem fazer. Para mim é pouco importante, importante é rentabilizar ao máximo os meus atletas e os activos do Sp. Braga".

E explicou. "Em primeiro lugar, não é fácil fazer comparações com a equipa do ano passado para esta equipa, porque grande parte dos atletas não são os mesmo e estamos a falar de um número acentuado, como o Artur, quatro centrais, dois laterais, o Vandinho, Luís Aguiar, o Matheus, é um plantel um pouco diferente, por isso, é difícil estarmos a fazer comparações. A equipa deste ano teve a dificuldade inicial de se organizar, porque havia muita gente nova e depois o factor das lesões limitou-nos. Não é por acaso que o Sp. Braga tem uma fase inicial muito boa em termos defensivos e organização ofensiva menos boa e agora inverteram-se os papéis. A equipa começou a finalizar melhor, mas a organização defensiva piorou, já tivemos onze jogadores utilizados na estrutura defensiva", frisou.

Jardim aponta ao título de campeão a curto prazo

O título de campeão nacional será uma realidade a curto prazo em Braga. A opinião foi deixada por Leonardo Jardim, que aponta à conquista, brevemente, tendo em conta o crescimento sustentado do clube nos últimos anos, na era de António Salvador.

Questionado sobre se é possível ao Sp. Braga festejar um título a curto prazo, o técnico foi peremptório: "acredito. Eu acredito no trabalho sustentado e acredito na evolução. Se não acreditasse, como treinador nunca estaria na primeira Liga. Acho que o Sp. Braga está no bom caminho para crescer e, por isso, tem a ambição diária de ser mais competitivo e de ganhar cada vez mais. Neste clube, a exigência é uma palavra de ordem", confessou, deixando claro que não falta nada ao clube para conseguir atingir o topo do futebol nacional.

"Não está a faltar nada, está num processo de crescimento em que não existe limite. Tem muito a ver com esta estrutura que tem sido montada nos últimos seis, sete anos. E o limite é sempre chegar mais longe", destacou o técnico. Jardim lembra que o presidente "mais do que ninguém é o responsável por todo o crescimento da instituição" e diz trabalhar em conjunto com a direcção "para que o clube continue a crescer".

A par da ambição de atingir o topo do campeonato, Jardim gostava de ver novamente o Sp. Braga na final da Liga Europa. "Quem não gostaria de estar outra vez numa final europeia. Para isso, temos que ultrapassar primeiro este adversário, o Besiktas, uma equipa recheada de bons jogadores, muitos deles internacionais. Mas o Sp. Braga tem ambições de passar esta eliminatória", revelou, traçando ainda como objectivo lutar pelo acesso à Liga dos Campeões.
"O Sp. Braga é quarto classificado, não está satisfeito, porque ambiciona mais. Neste clube ambicionamos sempre mais, não podemos estar inconformados. Se estamos em quarto, queremos chegar ao terceiro".

"Equipas B são uma necessidade para o futebol português"

Leonardo Jardim considera fundamental a criação das equipas B para o desenvolvimento dos clubes e do futebol português. O técnico madeirense deixou o exemplo do Marítimo, como um caso de sucesso, para reforçar o agrado pela aprovação das equipas B.

"Acho que é fundamental para o Sp. Braga e para o futebol português. As equipas B podem permitir duas coisas importantes: primeiro, maior espaço para toda a nossa formação em termos de Portugal; segundo, o mercado. Temos tido um aproveitamento grande dos estrangeiros jovens que têm aqui uma fase de lapidação para depois serem vendidos para mercados com maior poder financeiro. As equipas B são uma necessidade para o futebol português e temos bons exemplos, como o Marítimo, por onde passou o Dani o Pepe, é um exemplo nesse sentido e é um espaço a aproveitar", referiu.

Em termos de actualidade desportiva e selecção nacional, o técnico arsenalista está confiante num bom Europeu. "Portugal tem tantas hipóteses como as outras equipas, são equipas fortes, com passado e presente, e todas desejam passar a fase de grupos. Portugal, se tem ambição de querer chegar perto da final, tem que superar dois destes adversários. Acredito que temos capacidade para isso", destacou, considerando que um bom campeonato europeu "é sempre chegar às meias-finais". "Um excelente campeonato, é ser campeão", rematou.

"Comparo ser treinador a político"

Há alguns cépticos no seio dos adeptos bracarenses, quanto ao trabalho de Leonardo Jardim. Algumas críticas e insatisfação já foram tornadas públicas, mas o técnico garante que esses comentários não o desviam da atitude e ambição que tem desde que assumiu o comando do Sp. Braga.

"Um treinador tem que saber lidar com a crítica. Faço uma comparação entre ser treinador e ser político. Às vezes temos que criar adeptos no desporto e, na política, temos de criar votantes e, para isso, é preciso fazer campanha. Normalmente, invisto pouco na minha campanha e prefiro apostar na campanha dos atletas, do grupo e no rendimento de trabalho, foi isso que me trouxe até cá", confessou.

Jardim compara as críticas que lhe são dirigidas com a vida de um político, que tem de cativar pessoas para ganhar votos, contudo, não irá mudar de atitude.
"É a minha estratégia e têm que perceber que foi o caminho que tracei na minha carreira, é a minha forma de estar. Se fui sempre reconhecido nos clubes onde passei pelo trabalho, pelo empenho e pelo rendimento desportivo, não foi pelas campanhas que fiz para gostarem mais ou menos do treinador", frisou.

Jardim revelou também não ter ficado indiferente aos elogios de Pinto da Costa, presidente do FC Porto e aos rumores que apontam o seu nome como futuro técnico azul e branco.
"Quando somos criticados não nos passa ao lado e quando somos elogiados também não nos passa ao lado. Tem sido engraçado, ainda esta semana estive a fazer uma análise da minha história. Há quatro anos, em Dezembro, tinha chegado ao primeiro lugar da II divisão; há três anos, à segunda Liga; no ano passado, ao sétimo lugar da Liga e, este ano, estamos no quarto e estamos próximos dos lugares da frente. Tem sido um bom percurso baseado no trabalho, dedicação exaustiva e naquilo que são as minhas ideias e da minha equipa técnica", recordou.

Visivelmente satisfeito pelo crescimento em termos de carreira - em apenas quatro anos - e com um discurso ambicioso, Jardim diz compreender as críticas recentes a Vítor Pereira, treinador do FC Porto, situação pela qual já passou.

"Os problemas são os que toda a gente tem quando vem de baixo. Todo o treinador que tem um trajecto ascendente em termos de carreira é sempre posto em dúvida a cada patamar que sobe. É uma situação normal. Eu melhor do que ninguém tenho passado, anualmente, por esse tipo de situação. Mas temos que superar e mostrar com trabalho o rendimento de cada um", realçou o jovem treinador, de 37 anos, que chegou a Braga esta época proveniente do Beira-Mar.

"Nuno Gomes como profissional tem sido exemplar"

Em Olhão, no último jogo do campeonato, Leonardo Jardim optou por apostar em Carlão, uma situação que, segundo o técnico, não coloca Nuno Gomes em terceiro lugar nas opções.
"O Carlão e o Nuno Gomes são dois jogadores diferentes, a nossa aposta em Olhão foi em dois jogadores mais rápidos para conseguir retrair a falta de velocidade dos centrais do Olhanense e o Nuno Gomes é um jogador mais de apoios e, por isso, a opção foi Carlão. Os três têm tido oportunidade", referiu o técnico.

Nuno Gomes saiu do Benfica com ambição de jogar com mais frequência, objectivo alcançado, na opinião de Jardim. "O Nuno disse isso e conseguiu concretizar, porque já jogou muito mais esta época do quem nas duas últimas no Benfica. É um jogador que acredito que gostaria de ter mais utilização, mas tenho que gerir as necessidades do clube. Como profissional tem sido exemplar, em termos de atitude e comportamento".

Leonardo Jardim revelou ainda que em termos ofensivos não será necessário reforçar o ataque na reabertura do mercado de Inverno, apesar de algumas notícias que deram conta do interesse em alguns homens mais avançados.

"Gostaria de experimentar outros campeonatos"

É o rosto da ambição do clube. Mas também de um treinador cujo limite não existe. Depois de ter chegado à Liga principal, em apenas quatro anos, Leonardo Jardim assume o desejo de treinou em outros campeonatos para além do português. Aos 37 anos, o jovem treinador revela ambição de conhecer novas culturas.

"Neste momento estou num bom clube. Um dos objectivos da minha vida é crescer na carreira, é ser cada vez mais competente em Portugal e depois, se tiver essa possibilidade, também conhecer outras culturas, outros campeonatos, outras ideias e formas de pensar. É importante perceber que o futebol é universal, pensa-se de formas diferentes", revelou Jardim.
"Gostaria de, no futuro, experimentar outros campeonatos", acrescentou.

Quando se fala em outros campeonatos, habitualmente "pensa-se em Espanha e Itália, como de topo", mas para Jardim a experiência seria bem mais alargada: "quando falo de outros países tem a ver com questões culturais. Gostava de, no futuro, sentir e conseguir trabalhar em países com outras culturas e onde o futebol tenha outra dimensão. Desde o Brasil à China há muitos países diferentes", disse, sem adiantar em particular qual o destino que mais agrada.

Jardim aproveitou a conversa para abordar ainda a temática de reforço do plantel. O técnico deixou clara a necessidade de reajuste no grupo agora em Janeiro, sobretudo a nível defensivo.
"É importante o clube, neste momento, reforçar os sectores que estão mais débeis, como o sector defensivo por existirem muitas lesões. Tenho tido já reuniões com o departamento de scouting do clube e a direcção para reforçar o melhor possível o quadro de atletas para nos dar mais estabilidade e opções", frisou.

A urgência passa por um central e um lateral, já que ainda é cedo para contar com Nuno André Coelho. Já Custódio, será uma espécie de reforço de Inverno. Com o Djamal na CAN em Janeiro, Jardim diz confiar em Custódio e Vinicius: "são dois excelentes jogadores que estão à espera de uma oportunidade, confio, plenamente, no desempenho daquela função".


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Transferência de Elderson já está em marcha

Elderson poderá tornar-se numa fonte de receitas para o SC Braga. A janela de transferências reabre em Janeiro e o nigeriano surge na bolsa de apostas de alguns clubes europeus. O Club Brugge (Bélgica) foi o primeiro a entrar na corrida, mas nos últimos dias houve emblemas franceses e espanhóis a manifestar interesse no lateral.

A história volta a repetir-se: apesar da crise financeira não largar a Europa, o clube liderado por António Salvador tem, nos últimos anos, conseguido ficar à margem do cenário de aperto que sufoca vários emblemas do Velho Continente, mérito de negócios vários relacionados com a venda de jogadores, que contribuíram para um ano excepcionalmente rentável - a SAD teve um lucro histórico de 5,2 milhões de euros na época 2010/2011.

Ora, a mais do que provável transferência de Elderson, na abertura do novo ano, será um exemplo suplementar da capacidade dos arsenalistas em gerar rendimentos extraordinários.


A BOLA

JotaCC

Uma consoada bem recheada
EQUIPA ACIMA DA MÉDIA DESDE A CHEGADA DE SALVADOR

Podia o Sp. Braga ter mais pontos quando o campeonato pára por causa do Natal e do Ano Novo? Podia mas o que tem na mesa da consoada corresponde à média pontual conseguida desde que em, no início de 2003, António Salvador assumiu a presidência do clube.

"Nunca podemos dizer que estamos conformados com o que temos e gostaríamos de ter mais pontos mas agora é preciso conquistar cada vez mais pontos e subir na tabela classificativa", disse Leonardo Jardim antes de apanhar o avião para Madeira, onde vai gozar este curto período de férias.

RECORD

JotaCC

Pape Sow desperta interesse

O previsível desaparecimento de Djamal em meados de Fevereiro, altura em que arranca a Taça das Nações Africanas (CAN'2012) no Gabão e na Guiné Equatorial, terá uma resposta à altura na reabertura do mercado. Antes de partir para férias, Leonardo Jardim alertou a SAD para a necessidade de procurar um substituto para o meio-campo e o senegalês Pape Sow integra o leque de possibilidades, enquadrando-se na premissa de dar preferência aos jogadores mais utilizados esta época na I Liga. O objectivo é errar o mínimo possível nesta fase especial de recrutamento de novos jogadores e o "trinco" da Académica, de grande compleição física, oferece uma margem de confiança considerável, pois foi utilizado por Pedro Emanuel nas 13 jornadas já decorridas, sempre como titular.

Cobiçado pelo Vitória de Guimarães, Montpellier (França) e pelos belgas do Malines e Brugge; o "trinco" da Académica possui características muito semelhantes às do líbio Djamal e tem sido motivo de conversas exploratórias, sem ligar muito à especulação que gravita em torno do jogador de 26 anos. Até ser dado o tiro de partida para as novas inscrições há tempo suficiente para descobrir outras opções disponíveis no mercado, mas o Braga já sabe que Pape Sow apenas será possível por um preço igual ou superior a 350 mil euros. Atendendo à sua boa época, nem se trata de uma fasquia elevada para o Braga. O médio-defensivo está em fim de contrato e, por isso, a Briosa não está em condições de regatear.

A (aparente) ausência de pressa em contratar Pape Sow ou outro jogador semelhante justifica-se pelo facto de o Braga não estar propriamente descalço de opções para a posição 6: Vinícius permanece às ordens de Leonardo Jardim e Custódio já soma algumas semanas de treinos livres, depois de ter ultrapassado, em definitivo, um problema físico que o afastou da competição desde o começo da época. E nesta equação só não entra, nesta altura, Leandro Salino, porque o brasileiro tem funcionado (e bem) como lateral-direito adaptado. Em princípio, trata-se de uma situação provisória, tanto mais que o Braga está na disposição de contratar um novo lateral de raiz para o corredor direito, outrora preenchido por Baiano, daí que o raciocínio mais lógico será prever um surpreendente cenário de abundância.

Na verdade, e partindo do princípio de que Salino voltará a ser opção para o meio-campo, continua a justificar-se a contratação de um médio de combate, dotado de recursos idênticos aos de Djamal e especializado a absorver ataques contrários. Colocado no lote dos jogadores a ceder ainda no Verão (lesão de Custódio foi a salvação), Vinícius continua a prazo e só não lhe foi comunicada a dispensa, como aconteceu com Galo, Mérida e Meyong, pois o clube não se quer precipitar na escolha do potencial substituto do internacional líbio, embora Custódio parta em clara vantagem.


Miguel Lopes receptivo a juntar-se aos guerreiros

Mal se confirmou a longa paragem de Baiano, forçada por uma grave lesão num joelho, o nome de Miguel Lopes foi dos mais badalados como alternativa credível. Nos bastidores do Braga, não se trata de uma novidade e o próprio jogador já se manifestou disponível para ser cedido aos Guerreiros do Minho, por empréstimo do FC Porto, depois de ter estado muito próximo da Pedreira no Verão. A transferência só não aconteceu, porque Miguel Lopes apostava forte na Liga espanhola, onde se estreou em 2010/11 ao serviço do Bétis de Sevilha, e preferiu esperar pelo desfecho das negociações com o Saragoça, que já havia assegurado os portugueses Rúben Micael e Hélder Postiga. Fechado o acordo mesmo em cima do prazo-limite, a inscrição não avançou por atraso no envio do certificado internacional e o lateral-direito já não foi a tempo de procurar outro clube, sendo autorizado a frequentar as instalações do FC Porto para manter a forma.


Vinícius floresce e cai no Inverno


Saídas à parte, as necessidades actuais do Braga (central, lateral-direito e médio) não diferem muito daquilo que Domingos Paciência pediu há quase um ano à SAD presidida por António Salvador. Antes de acelerar para a final da Liga Europa, a equipa estava deficitária de um central, um lateral, um trinco e um avançado, e as vagas foram preenchidas por Kaká (Hertha de Berlim), Marco Ramos (Lens), Vinícius (Olhanense) e Ukra (FC Porto), respectivamente. Deste quarteto, o único resistente à disposição de Leonardo Jardim é o médio Vinícius (Ukra continua entregue ao departamento médico) e, atendendo à sua pontual utilização, tudo leva a crer que deixará o clube em Janeiro. Será esse o mesmo destino, dentro de um ano, de quem chegar na reabertura do mercado?

Se assim for para todos, já se poderá falar numa passagem relativamente duradoura. Quem chegou em Janeiro de 2011 não conseguiu mais do que aspirar ao estatuto de suplente utilizado ou de alternativa para compensar castigos ou lesões, e o próprio clube não caiu na tentação de esbanjar fortunas em busca de foras-de-série, capazes de roubar a titularidade a quem compunha a espinha dorsal da equipa. Kaká chegou por empréstimo do Hertha de Berlim, Marco Ramos veio como jogador livre, e Ukra foi cedido, num quadro de empréstimo válido por época e meia, pelo FC Porto. Até por aqui se percebe o lucro recorde nas contas de 2010/11.

A excepção, em termos de investimento, foi o médio Vinícius, contratado por três épocas e meia ao Olhanense, a troco de 200 mil euros. Sempre atento ao último grito da moda em matéria de trincos, Manuel Machado bem tentou que o brasileiro tomasse o caminho de Guimarães, mas o eterno rival ganhou a corrida por ter outra disponibilidade financeira. A pouco mais de uma semana da reabertura das inscrições, Olhão surge agora (outra vez) no horizonte como destino provável.

No tocante a dispensas, a lógica desta época também está em linha com o que se verificou em 2010/11. Para já é certo que Rodrigo Galo, Mérida, Meyong e Marcos deixam de contar para Leonardo Jardim, mas é possível que o lote de excedentários suba pelo menos mais um degrau, aproximando-se da lista traçada por Domingos Paciência, com a anuência da SAD, composta por Mário Felgueiras, Felipe, Léo Fortunato, Luis Aguiar, Andrés Madrid e Élton. Por outras palavras, Janeiro significa, para o Braga, uma preciosa oportunidade para se ver livre de "calorias" desnecessárias, que, na prática, quase passa despercebida pelo "glamour" dos chamados reforços. Em Espanha, por exemplo, o regresso de Mérida ao Atlético de Madrid foi uma surpresa.


Milhões de Moisés e Matheus

O que fazer com jogadores bons e em fim de contrato? O Braga seguiu o caminho mais aconselhável do ponto de vista desportivo e a meio da época de 2010/11 transformava o risco em lucro. Titulares indiscutíveis num Braga surpreendente na Liga dos Campeões, Moisés e Matheus encantaram os recônditos Al-Rayyan (Catar) e Dnipro (Ucrânia), e o Braga não perdeu tempo mal apareceram propostas concretas pelo central e avançado. Juntos renderam 1,5 milhões de euros, e a verdade é que a equipa não se ressentiu muito com a saída dos dois brasileiros, recuperando lugares perdidos na segunda volta do campeonato e atingindo a final da Liga Europa.

Como ninguém é intocável num clube habituado a capitalizar jovens valores, é previsível que António Salvador tenha na manga mais um importante negócio para rechear os cofres do clube. Contratado esta época, o central Ewerton, que tem sido seguido atentamente pelo Dnipro (Ucrânia), é um dos candidatos a ser vendido antes do fim da época, assim como Lima, o eurogoleador da época passada, também poderá saltar para a mesa de negociações a qualquer momento. Com contrato válido até 2013, o avançado alimenta a esperança de renovar contrato e esse passo até poderá ser abreviado, no sentido de blindar um pouco mais o seu passe.


Marco Ramos mantém-se irredutível e sem clube


Posto a trabalhar à parte do grupo desde o fim da pré-época, Marco Ramos é uma pedra no sapato do Braga que teima em não sair. O luso-francês chegou há quase um ano para reforçar o lado direito da defesa, mas não conseguiu convencer Domingos Paciência, alinhando apenas contra o Arouca, em jogo a contar para a Taça da Liga. Com Leonardo Jardim, não teve melhor sorte. Se, por um lado, as contratações de Baiano e Rodrigo Galo já não auguravam nada de bom, tudo se complicou ao longo dos jogos da pré-época, com o novo treinador a ser suficientemente explícito quanto à sua (residual) utilidade.

Convidado a procurar clube, Marco Ramos refugiou-se na vigência de uma ligação até 2013 e foi alegando que nenhum outro clube se predispunha a oferecer-lhe um contrato com as mesmas condições. Com passagens por Mónaco, Créteil, Châteauroux e Lens, o lateral, de 28 anos e natural de Levallois-Perret, terá interesse em regressar a França num futuro próximo, mas é pouco crível que o faça já. É um filme já antes visto até há bem pouco tempo, com o argentino Andrés Madrid no papel principal de renegado... até aceitar a rescisão para poder assinar pelo Nacional como jogador desempregado.


Garantida remodelação significativa do plantel

O mês de Janeiro irá trazer muitas novidades para o plantel do Rio Ave. A Direcção do clube vila-condense estuda as alterações a introduzir nos diferentes sectores, estando garantida uma remodelação significativa. A prioridade nesta altura centra-se na linha defensiva da equipa, sendo que um central e um lateral-direito deverão chegar em breve a Vila do Conde, contratações que não implicam obrigatoriamente dispensas de atletas. O ataque perdeu o brasileiro Dinei e também será reforçado, até porque Saulo e Jorginho, que raramente foram opções para Carlos Brito, podem negociar a rescisão de contrato. Com a inscrição do avançado júnior Hassan e mais duas contratações, caso se confirmem estas saídas, o ataque do Rio Ave terá assim uma nova cara para atacar a segunda fase da temporada. Confrontado com eventuais saídas do plantel e com a possibilidade de assegurar o empréstimo do avançado Meyong, do Braga, o presidente do Rio Ave, António da Silva Campos, revelou que "as decisões serão tomadas em conjunto" com o treinador Carlos Brito.


O JOGO

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Alan ainda acredita no título

O brasileiro Alan admite que o SC Braga perdeu pontos em jogos que não devia mas mostra-se confiante de que o clube minhoto vai continuar na luta pelo título até ao fim.

«O início do campeonato podia ter sido melhor. Perdemos pontos em jogos que não devíamos mas o importante é que estamos a dois pontos do terceiro lugar», disse Alana em declarações ao Lancenet, frisando a intenção da equipa lidera por Leonardo Jardim em lutar pelo título até ao fim: «A ambição é sempre essa. O campeonato é competitivo, estamos próximos e, enquanto der, vamos lutar. Mostramos há dois anos, contra o Benfica, que podemos lutar pelo título.»

A jogar em Portugal há dez anos, Alan diz que o domínio de FC Porto, Benfica e Sporting faz parte do passado: «Antigamente, isso existia, hoje, nem tanto. O campeonato é difícil. O Olhanense endureceu contra o FC Porto, contra nós, o Marítimo faz um campeonato brilhante.»

O capitão do SC Braga deixou ainda elogios a Nuno Gomes, avançado que chegou esta época ao clube: «É uma pessoa exemplar, dá alguns conselhos para os mais novos. Admiro-o muito pela tranquilidade, é um grande profissional. Mesmo entrando pouco, está sempre com a equipa.»

Por fim, o extremo descarta um regresso ao futebol brasileiro, pelo menos para já: «Agora é difícil voltar, tenho família aqui, os meus filhos nasceram aqui. Dizem que eu até virei português! Mas nunca descartaria uma proposta.»

JotaCC

Elderson pode deixar SC Braga em Janeiro

Elderson deve deixar o SC Braga na reabertura do mercado de transferências, situação que a concretizar-se pode significar um bom encaixe financeiro por parte do emblema bracarense.

O internacional nigeriano tem sido apontado a vários clubes na Europa, nomeadamente ao Club Brugge, mas os belgas não estão sozinhos na corrida pelo jogador de 23 anos e que chegou ao SC Braga na época passada, proveniente do Rennes.

Elderson é internacional pela selecção principal da Nigéria, tendo estado presente no Campeonato do Mundo na África do Sul, e estreou-se com um golo nos minhotos, na vitória por 3x0 frente ao Celtic, que foi o primeiro momento alto da excelente campanha protagonizada pelo SC Braga nas competições europeias.

No entanto, não deixa de ser algo paradoxo que Leonardo Jardim fique privado de um jogador da defesa, sector que mais tem sofrido com lesões e que já levou António Salvador a admitir que vai ao mercado em Janeiro.

ZEROZERO