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A retórica da violência

Started by ric, 20 de February de 2011, 17:48

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ric

Li recentemente um artigo que relatava um acontecimento que abalou os Estados Unidos da América e que ,pela sua analogia me deixou a pensar...
Sarah Pallin, candidata a vice-presidente nas últimas eleições pelo Partido repúblicano, e cujos atributos de inteligências e astúcia politica deixam muito a desejar, colocou no seu facebook um alvo sobre a cara dos senadores que votaram recentemente as reformas da saude.
Uns dias depois, deu-se um tiroteio "à americana" com a morte de uma série de pessoas onde estava incluída a tal senadora entre muitos outros inocentes.
Um Procurador ou Sheriff da policia de Tucson referiu que " a retórica da violência acarreta problemas incontáveis sobretudo nas mentes menos consistentes". Ou seja, referiu implicitamente que aquelas atitudes de Sarah tiveram alguma coisa a ver com a chacina efectuado por um atirador demente...A causa / efeito era evidente para aquele responsável e na América paira uma onde de choque acerca desta constatação...
Mas onde quero chegar com isto?
Também no futebol nacional muitos responsáveis usam dialética e retórica (arte de bem falar) que encapotadamente são verdadeiras declarações de guerra e incentivo á violência. Muitos termos bélicos são usados de forma insensata e sem qualquer contenção- Se para muitos, isto é tido como declarações em sentido figurado e exemplificativo, "esta retórica, para as tais mentes menos sãs, são levadas á letra e podem induzir claramente violência e quebra de fair-play-
Atente-se ao linguajar que antecede jogos de risco e em derbys quentes. Uma retórica demesurada e irresponsável é m,antida por quem deveria ter contenção e sensatez. O belicismo de muitas declarações são evidentes e podem ser o rastilho que necessitam mentes menos serenas.
daí á violência é um mero passo. E os seus verdadeiros impulsionadores , mesmo sobre a capa de pessoas civilizadamente responsáveis , ultrapassam as fronteiras do éticamente decente e politicamente correcto.
Pede-se aos intervenientes que usem a cabeça e pensam no que dizem. Exige-se aos responsáveis pela indústria do futebol que se acautelem e optem por tomar medidas que inviabilizem ter municiadores de violência e ódio.
Em Braga e Guimarães, muitas vezes acontecem estas situações. Até sem culpa dosprincipais intervenientes no espectáculo. Mas a minima alteração no discurso, mesmo em sentido figurado, pode acarretar egeitos de violência sem que a caus/efeito possa ser relacionada.
Só que todos sabemos que alguma coisa de mau faz. Para as tais mentes menos sâs como dizia o procurador americano....

BrunoSCB

Isto não são pessoas. São animais!    :-\

Afonso Matos