NOTICIAS DO ENORME DO DIA 14/02

[JotaCC]

Sp. Braga: 'Assalto' ao quarto lugar adiado

O Sporting de Braga não foi capaz de contrariar a invencibilidade do FC Porto e saiu derrotado por 2-0, em jogo da 19.ª jornada.
O primeiro golo de Otamendi, mesmo em cima do intervalo, foi um duro golpe nas aspirações dos arsenalistas, quando já se vislumbrava o período de descanso. O FC Porto passou para a frente do marcador, com um golo de Otamendi, numa altura em que o desequilíbrio na defensiva arsenalista tornou-se evidente, dado que Kaká tinha entrado pouco antes para o lugar de Paulão.

O Sporting de Braga manteve o seu sistema habitual, enfrentando o líder do campeonato olhos nos olhos, apesar da turma de André Villas Boas se ter revelado mais afoita em termos ofensivos nos primeiros 45 minutos.
Hulk, sempre muito perigoso, enviou uma bola à barra e o guarda-redes Artur Moraes foi obrigado a uma defesa apertada (40 m) na sequência de um remate de Belluschi.

Na baliza do Porto, Helton quase não mostrou trabalho, sendo notória a falha na ligação entre o meio-campo e o ataque do Braga. Ainda assim, um dos lances de maior registo aconteceu ao minuto 36 quando Mos-soró se encarregava para rematar à baliza portista, mas foi tocado por Bellushci no pé de apoio. Ficou por assinalar uma grande penalidade a favor do Braga.

No reatar da etapa, Domingos Paciência tentou oferecer maior consistência ao meio-campo, com a entrada de Hugo Viana para o lugar de Salino. E foi a única alteração estratégica possível ao treinador do Braga, na medida em que foi ainda forçado a retirar Vandinho, também lesionado, já no segundo tempo. O rol de contrariedades aumentou para o Braga e os portistas aproveitaram da melhor forma.

Pouco depois da saída de Vandinho, a equipa Villas Boas apontou o segundo golo, desta feita na sequência de um livre apontado por Hulk que embateu na barreira, mas na recarga Otamendi, mais rápido que os defesas arsenalistas, aproveitou para empurrar a bola para o fundo da baliza de Artur Moraes.
O central portista, quem diria, ao bisar nesta partida acabou por se tornar numa das principais figuras do jogo.

O jogo ficou arrumado aí, até porque, a equipa arsenalista deixou de ter argumentos para discutir o jogo com o FC Porto. Aliás, o 'dragão' esteve mais perto de chegar ao terceiro golo do que propriamente o Braga ao tento de honra.


CORREIO DO MINHO

[JotaCC]

Kaká: «Faltou concentração nas bolas paradas»
central fala de uma lição que até estava estudada
   

Os arsenalistas voltaram a escorregar na Liga após três jogos sem conhecerem o sabor da derrota. Até que o FC Porto foi ao Axa e mostrou que, afinal, não há lições bem estudadas. "O míster tinha-nos alertado para as situações de bola parada, mas acabou por nos faltar concentração nesses momentos", assumiu Kaká, antes de uma leitura mais abrangente sobre o encontro: "Até entrámos bem na partida e não vamos desistir de ficar nos quatro primeiros lugares. Temos de corrigir estes erros."

Mas agora é tempo para centrar atenções nas competições europeias. Kaká fala de uma equipa moralizada. "Esta derrota contra o FC Porto em nada nos vai abalar. Estamos muito motivados para o encontro da Liga Europa e confiamos que vamos à Polónia conseguir um resultado positivo."


RECORD

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Este é o incrível Otamendi

Se Braga era para o FC Porto uma espécie de teste do algodão na caminhada para o título, não há como enganar nas conclusões: afinal de contas, apesar das dúvidas, o líder está bem e recomenda-se. Além da oitava vitória consecutiva na Liga, Villas-Boas somou ainda outra vitória paralela, tão ou mais importante, no campeonato das pressões que vai alimentando com Jesus. À parada e resposta das palavras de um e outro, num teste à resistência psicológica, vai-se seguindo o devido prolongamento em campo. Ontem também foi assim. O Benfica ameaçou, o FC Porto respondeu, e logo onde era suposto ter um adversário à altura. Não teve, mas isso explica-se já.

Agora, sem mais demoras, é preciso abrir alas a um protagonista improvável. Ou pelo menos, a um protagonista numa área improvável: Otamendi, o defesa que gosta de mandar, que gesticula energicamente nas indicações que vai dando, também sabe ser positivamente discreto na outra área, fugindo, sorrateiro, à vigilância dos defesas. O segundo golo, que até foi menos exuberante do que o primeiro, é bem capaz de ser o exemplo perfeito desse faro de golo que Otamendi vem apurando no FC Porto, ele que chegou a Portugal com apenas um no currículo e que, entretanto, em pouco mais de meia época, já acrescentou mais cinco. Não ter Falcao continua a ser um problema, detectado em movimentações de ataque que emperram, mas as coisas acabaram por se resolver bem. E houve ainda uma novidade perfeita para Villas-Boas: o Super-Fernando está de volta, limpando tudo e disfarçando um meio-campo (ou um Moutinho, se preferirmos...) menos enérgico.

O Braga, ou a sua quase ausência do jogo, não está esquecido. Aliás, é justo dizer que até enganou bem de início. Não só por ter Lima e Salino no onze, mas também porque arrancou a todo o vapor. Era suposto que o resultado do Benfica estimulasse o FC Porto a acelerar, naquela que seria uma descarga de adrenalina lógica para uma resposta sem demoras, e em vez disso surgiu um Braga espevitado. Calmos, calmíssimos, os portistas pareciam interessados em baixar o ritmo. E conseguiram. O problema é que, se isso era mesmo estratégico, faltava corrigir a displicência no passe, facto que foi mastigando o jogo, que correu sem grandes oportunidades e sem remates à baliza durante quase meia hora. Mais precisamente até um de Hulk esbarrar com estrondo na trave.

Enfim, acordaram. Ou, pelo menos, acordou o FC Porto, a tempo de preparar um golpe fatal em cima do intervalo. Duplamente fatal para Domingos: em pouco mais de um minuto, ficou sem Paulão e viu-se em desvantagem.

Lançar Hugo Viana para fazer companhia a Mossoró, abdicando de ter Salino ao lado de Vandinho, acabou por ser uma decisão óbvia cozinhada no balneário. O problema é que, pouco tempo depois, Vandinho também sucumbiu e Domingos esgotou as substituições, privando-se de responder com os argumentos de ataque que tinha no banco. Pior ainda: três minutos depois, o Braga sofria o segundo golo.

Nessa altura, o FC Porto estava, de facto, mais sólido e mais incisivo no ataque, porque Hulk, frágil na área, foi habilidoso na forma como soube fugir dela. Por vezes notou-se a ausência, porque ele não pode criar, ou cruzar, e ainda correr para tentar a finalização. Chama-se a isso a impossibilidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Não estava ele, mas estava Otamendi, como já se disse, para emendar o livre com que Hulk furou a barreira.

Ponto final nas interrogações sobre o destino dos três pontos. Villas-Boas aproveitou para trocar Sapunaru, algo limitado, por Sereno e, sereníssimo, foi contando os minutos. Se calhar, até aproveitou para alinhavar as ideias que usaria depois no tal campeonato psicológico. A bola segue para Jesus, porque o FC Porto já fez, por antecipação do jogo com o Nacional, o que lhe competia na próxima jornada...

Braga-FC Porto 0-2

Estádio AXA

Relvado em bom estado

Espectadores 17478

Árbitro Duarte Gomes (AF Lisboa)

Golos

0-1 Otamendi 45'

0-2 Otamendi 67'
Braga

Artur, Miguel Garcia, Paulão (Kaká, 44), Rodriguez, Sílvio, Vandinho (Custódio, 64), Leandro Salino (Hugo Viana, 46), Mossoró, Alan, Hélder Barbosa e Lima.

Treinador Domingos Paciência
FC Porto

Helton, Sapunaru (Sereno, 72), Rolando, Otamendi, Fucile, Fernando, João Moutinho (Guarin, 85), Bellushi, Varela (Mariano González, 90), James Rodriguez e Hulk.

Treinador André Villas-Boas

Cartões amarelos Belluschi (26 m), Fucile (26), Vandinho (28), Mossoró (59), Sapunaru (59), Hélder Barbosa (63), João Moutinho (69), Otamendi (74), Sílvio (78), Miguel Garcia (91) e Kaká (92).


O Tribunal de O JOGO
Indisciplinados na Pedreira

Duarte Gomes enfrentou algumas dificuldades, numa primeira parte quente do Braga-FC Porto. Aos casos de natureza disciplinar não faltaram os lances duvidosos na área - vistos e revistos na televisão, o possível penálti de Alan e o que foi reclamado por Mossoró continuam a dividir os especialistas de O JOGO.

Momento mais complicado

26'

Belluschi encosta o peito ao árbitro e vê amarelo. Boa decisão?

Jorge Coroado

-

Jamais uma falta de respeito desta natureza pode ser punida com um cartão amarelo. Há apenas uma solução: cartão vermelho. Com gentilezas desta natureza, não se impõe disciplina nem credibilidade perante emblemas menos mediáticos.

Pedro Henriques

+

Belluschi é correctamente advertido por protestar por gestos e palavras a decisão do árbitro. O contacto físico entre árbitro e jogador foi provocado por ambos os intervenientes.

Paulo Paraty

+

Só o árbitro, no momento, poderá avaliar o excesso cometido por Belluschi. Entendeu-o como um comportamento antidesportivo e eu aceito. Belluschi, de imediato, procura justificar e corrigir o seu comportamento.

Outros casos

28'

O amarelo adequa-se à entrada de Vandinho sobre Belluschi?

29'

Ficou por assinalar penálti de Alan?

37'

Mossoró reclama penálti. O juiz esteve bem, ao mandar seguir?

68'

Otamendi está em posição irregular, no lance do golo?

90'+3'

O amarelo é suficiente para a falta de Kaká sobre Guarín?

Jorge Coroado

-

Vandinho foi deliberado, objectivo e previsto na falta cometida, pois foi tirar desforço de uma falta anteriormente sofrida. O amarelo foi pouco.

+

A bola foi rematada próximo e, apesar de Alan ter o braço a ocupar espaço indevido, ela bateu-lhe primeiramente no dorso, ressaltando para o braço. Não houve motivo para penálti.

-

Embora no ângulo cego, Belluschi, com o pé direito, tocou duas vezes em Mossoró, desequilibrando-o. Castigo máximo por assinalar.

+

No momento em que o livre é executado, Otamen-di está em posição regular. A bola, no percurso, ressalta num defesa do Braga e vai encontrá-lo já isolado.

-

Muito insuficiente. Kaká foi demasiado ostensivo na entrada de sola sobre Guarín. Cortesmente, o árbitro ficou-se pelo amarelo.

Pedro Henriques

+

Vandinho, com o pé direito, pisa de forma imprudente Belluschi. É correcta a amostragem do cartão amarelo.

-

Alan, com o braço no ar, fora do plano do corpo e da posição normal, toca deliberadamente na bola. Lan-ce de difícil análise, mas, passível de grande penalidade.

+

Mossoró cai na área, mas sem que se vislumbre qualquer infracção cometida pelos dois jogadores do FC Porto que estão na sua proximidade.

+

Quando o livre é batido, Otamendi está em linha com o penúltimo adversário; os braços não contam para a análise do fora-de-jogo; a decisão foi correcta.

+

Kaká entra de forma imprudente e no limite da falta grosseira, infracção que levou o árbitro a mostrar o respectivo cartão amarelo.

Paulo Paraty

+

É uma entrada nos limites da imprudência. Aceito, pois não terá sido fácil julgar, no momento.

+

Ainda tenho dúvidas. Aceito a decisão do árbitro, pois a bola terá batido mais por baixo do ombro do que propriamente no braço.

+

Muito bem. Mossoró, a um contacto mínimo, arrasta-se, deixando-se cair. Correcta a decisão.

+

Excelente decisão do as-sistente: Otamendi está em linha e o facto de o braço estar para além da posição de fora-de-jogo não invalida a legalidade do lance.

+

Aceitando, como aceitei, a decisão em relação a Vandinho, compreendo a coerência deste juízo, mas, convenhamos que é imprudência excessiva.

Apreciação global

Jorge Coroado

Desempenho à semelhança da atitude típica do árbitro: passivo, monástico no discurso, pouco ou nada cumpridor na disciplina.

Pedro Henriques

Boas decisões, julgamentos certos dos assistentes, controlo férreo nos momentos complicados. Deixou uma imagem positiva.

Paulo Paraty

Tentou controlar algum excessos dos jogadores. Decidiu quase sempre bem. Um lapso de relevo não teve influência no resultado.


O MOMENTO: 45' [0-1]
O azar do Braga que trouxe companhia

Uma desgraça vem sempre acompanhada, diz o povo e Domingos concordará. Um minuto depois de ter sido forçado a substituir Paulão por Kaká, surgiu o primeiro golo do FC Porto. E logo num momento crucial, em cima do intervalo. Um cruzamento de Sapunaru apanhou Varela à entrada da área. O extremo não dominou bem, mas ainda tentou o remate, que bateu em Vandinho e sobrou para Otamendi. O argentino andava por ali depois de ter subido por causa de um canto e deixou-se estar. A defesa do Braga não pressionou e Otamendi não se precipitou no remate, que preparou calmamente. Foi uma combinação perfeita para o FC Porto: Otamendi marcou, em jeito, o quarto golo da época. O quinto viria depois...



Lances-chave

5' Lima combina com Alan, que vê bem a desmarcação de Mossoró. Sem oposição, o brasileiro tira mal as medidas ao cruzamento, que sai por cima da barra da baliza de Helton.

7' Alan desmarca Lima, que foge a Otamendi e entra na área descaído pela direita, procurando a quem passar no meio. Acaba por cruzar contra a defesa portista.

24' De longe, na marcação de um livre, Belluschi testa a atenção de Artur, que, com alguma dificuldade, soca a bola e alivia o perigo.

28' Outro livre de Belluschi a deixar Artur em apuros, que volta a socar para uma zona onde estava Sapunaru. O romeno remata e reclama mão de Alan na área. Duarte Gomes ignora.

29' Finalmente um remate à baliza. E que remate! Bomba de Hulk, de fora da área, estoura na barra.

37' Hulk baila em frente a Miguel Garcia e descobre Varela na área. Este ainda cruza, mas para quem? Não havia Falcao...

38' Contragolpe rápido do Braga, com Vandinho a combinar com Alan, que isola Mossoró. Este sente um toque de Belluschi, cai na área e reclama penálti. Duarte Gomes volta a ignorar.

41' Lançamento de Fucile para James, que cruza atrasado para o remate de Belluschi. O disparo sai forte, mas à figura de Artur.

44' Fernando limpa no meio e dá para Belluschi, que isola Varela. O remate é interceptado por Rodriguez.

45' [0-1] Golo de Otamendi.


51' Toque curto de Hulk para James, que, de muito longe, atira à baliza. Artur estica-se, defende, mas deixa a bola à disposição de Rolando e Otamendi, que tentam a recarga, mas só conseguem ganhar o canto.

57' Hulk varre a defesa do Braga com a bola colada ao pé, percorrendo a área da direita à esquerda na busca de uma abertura para o remate. O corte de Kaká estraga-lhe os planos.

62' Quatro portistas ao ataque para três defesas do Braga. Belluschi conduz mal, o passe para Varela é curto e a devolução de Varela para Belluschi ainda pior. Perde-se uma boa ocasião.

67' [0-2] Livre de Hulk fura a barreira e sobra para Otamendi. Foi só encostar. Quinto golo de Otamendi no FC Porto e sexto da carreira.

74' Livre de Hugo Viana queima as mãos de Helton, que desvia para canto.

77' Lima ganha a Otamendi em velocidade, mas perde tempo e embrulha-se no remate quando deveria ter feito uma assistência para Hugo Viana.

82' Hulk embala, foge a Rodriguez, mas remata à figura de Artur.

86' Outra vez Hulk, de novo isolado, e outra vez Artur a barrar-lhe o golo.

90+3' Guarín queima as mãos de Artur, num livre directo.


História do jogo
Lesões de Paulão e Vandinho complicam vida do Braga em Poznan, onde joga quinta-feira para a Liga Europa.
Restam 14 jogadores para a Europa

Além dos três pontos perdidos, o Braga corre o sério risco de não contar com Paulão e Vandinho para o jogo da Liga Europa, quinta-feira, em casa do Lech Poznan. Ambos sofreram lesões musculares, ressentindo-se de problemas físicos antigos, e mesmo que ainda sejam sujeitos a uma reavaliação médica, Domingos Paciência já está a fazer as contas sem estas duas peças. "Muito dificilmente devem recuperar para o jogo na Polónia", confidenciou. A ser verdade, restam 14 jogadores para a viagem a Poznan. É que Quim, Elderson e Paulo César também estão de baixa. E Marcos, Marco Ramos, Vinícius, Guilherme, Ukra e Keita nem sequer estão inscritos. O satélite Vizela vai contribuir com jovens da Lista B.


O Braga um a um
Só Artur ouviu voz do capitão

Artur 6

Uma excelente defesa aos 41' e outra aos 51' que ia estragando por não ter desviado para canto, mas sim para a frente. Não teve culpa nos golos, mas deve rever as reposições de bola com os pés. Na fase do desnorte, evitou que o melhor marcador do campeonato aumentasse a marca: ganhou duas vezes no 1x1 com Hulk.

Miguel Garcia 5

Atento e muito rigoroso para que Hulk e James não fizessem mossa, abdicou completamente de atacar para concretizar (bem) esse objectivo. Mas Alan ressentiu-se...

Paulão 6

Nem uma falha de marcação e muito menos de concentração. No chão jogou quase sempre na antecipação e no ar foi fundamental. Pena que a coxa direita tenha cedido aos 44 minutos, obrigando à saída. O FC Porto logo a seguir...

Rodriguez 5

Grande intercepção a remate de Varela (44'), num jogo em que não foi chamado muitas vezes a intervir tal a insistência dos dragões em procurarem as alas. Mas sentiu dificuldades quando Hulk ou Varela meteram a quinta velocidade...

Sílvio 5

Faltou o sal habitual num prato que desta vez serviu meio vazio. É certo que os extremos do FC Porto são um perigo, mas o melhor Braga não vive sem o seu espírito interventivo. A um lateral de topo não basta defender, precisa também de saber jogar ao ataque.

Vandinho 6

O capitão foi a voz, a força e o querer do Braga na primeira parte. Uma lesão antiga voltou a traí-lo e a sua saída não só piorou a consistência defensiva como travou qualquer ímpeto ofensivo que restasse.

Leandro Salino 3

Três jogos de paragem não lhe fizeram bem. É verdade que jogou praticamente como um trinco, mas faltou-lhe vigor e espírito de iniciativa.

Alan 3

Amorfo é uma boa palavra para descrever a sua (falta de) acção. Curiosamente, esteve melhor no meio a tabelar e fechar espaços do que na ala, onde geralmente é peixe dentro de água.

Mossoró 5

Foi mais perigoso quando deambulou para a ala, mas faltou quem o conseguisse acompanhar com qualidade. Desistiu depois do 2-0, quando entendeu que nada mais havia a fazer. Aos 36' sofre um toque quando ia fazer golo. Reclamou penálti.

Hélder Barbosa 4

Tão irrequieto como trapalhão, tão aguerrido como perdido. As suas jogadas nunca passaram da (boa) vontade.

Lima 4

A grande dúvida da semana provou aos 77' que estava completamente recuperado. Aquele arranque que faz Otamendi varrer o chão é fantástico, mas faltou perspicácia para oferecer o golo a Hugo Viana em vez de rematar já sem ângulo. Esteve mal? Talvez, mas sozinho é difícil fazer mais do que segurar e dar para trás...

Kaká 5

Para quem se estreou no eixo da defesa não esteve nada mal. Algumas falhas de entrosamento, mas nunca por ter lido mal ou agido pior. Aos 57' fez-se notar ao terminar um ataque brilhante de Hulk.

Hugo Viana 4

Para ele fica o mérito de ter sido o único a obrigar Helton a aplicar-se (74'). Mais solto do que Leandro Salino, mas também sem resultados práticos.

Custódio 2

Entrou com a equipa encostada e não contribuiu em nada para alterar o rumo das coisas.


Domingos Paciência
"O Braga não  conseguiu incomodar"

Para Domingos Paciência "o Braga não jogou nada bem". "Até entrámos bem, mas não conseguimos pressionar e ser agressivos em intensidade de jogo e recuperação. Sentimos muitas dificuldades para sair em transições. Não é que o FC Porto tenha sido superior, na primeira parte tem apenas dois remates fora da área; mas quando Paulão se lesionou a estratégia foi desmantelada". comentou, lamentando a postura da equipa. "Não fizemos um grande jogo, não estivemos dentro do que preparámos. Com o decorrer do jogo fomos baixando linhas sem razão para isso. Como se não bastasse, perdemos na primeira fase de construção, não conseguimos fazer com que o campo se tornasse grande. O FC Porto acaba por aproveitar em dois minutos. Primeiro com a lesão de Paulão e o golo a fechar a primeira parte, e fez com que a segunda parte fosse diferente". O que mais custou ao treinador foi o facto do Braga "não ter conseguido incomodar o FC Porto. "Isso deixa-me triste". Os objectivos, garante, "estão intactos". "Nos últimos quatro jogos fizemos dez pontos, estamos na luta pelo terceiro e quarto.


Mossoró
"É melhor marcar do que reclamar"

Mossoró esteve envolvido num dos lances mais polémicos do jogo, ainda na primeira parte, na grande área do FC Porto. "Senti o toque e perdi o equilíbrio. Estava perto do golo e é melhor marcar do que reclamar o penálti", garantiu. "Mas são coisas que não justificam a derrota", prosseguiu, certo de que o resultado "é justo", porque o Braga não incomodou o FC Porto. "Até entrámos bem, mas aquele golo no final da primeira parte é determinante. Nós não criámos muitas oportunidades. Faltou-nos tranquilidade com a bola nos pés. Se tivéssemos, o FC Porto sofreria mais", explicou.

O criativo sai com a sensação de que a equipa "tinha condições" para ganhar. "O FC Porto é boa equipa, mas não há imbatíveis", frisa. "Agora é pensar na Liga Europa. Temos um jogo importante e condições para passar o Lech Poznan", concluiu.

Kaká
"Domingos alertou para bolas paradas"

Kaká estreou-se como central depois de na Madeira ter jogado à direita. O reforço de Inverno do Braga lamenta a falta de concentração em alguns momentos. "O mister alertou para as bolas paradas. Infelizmente, duas resolveram o jogo", comentou. O brasileiro está convicto de que a derrota "não abala a equipa", pois "a Liga Europa é outra prova e no campeonato o objectivo são os quatro primeiros lugares". Para a Polónia leva motivação: "É um grande adversário. Mas o Braga pode ir lá buscar um resultado positivo."


O JOGO

[JotaCC]

Pinto da Costa ao lado de Salvador

António Salvador e Pinto da Costa assistiram ontem ao jogo lado a lado na tribunal VIP do Estádio AXA. O bom relacionamento entre as duas direcções testemunhado pelos recentes negócios de empréstimo e contratações de jogadores tem contribuído para o entendimento entre os dois clubes, que uma vez mais acabaram por demonstrar em público. O final da temporada poderá confirmar mais algumas movimentações entre os dois emblemas, como a mudança de Lima para o Dragão, que O JOGO já noticiou.


Assistência bateu recorde

A recepção ao FC Porto representou a maior assistência desta época no Estádio AXA, com 17 478 espectadores presentes nas bancadas, três mil dos quais afectos aos azuis e brancos. Estes resistentes ao intenso frio e chuva que se fizeram sentir durante toda a partida de ontem à noite ajudaram mesmo a superar os números registados nos confrontos com o Sevilha e Arsenal, jogos relativos à Liga dos Campeões, que até aqui, tinham sido as melhores casas da temporada para os arsenalistas.

Os cânticos de incentivo às duas equipas foram uma constante ao longo dos 90 minutos, com as normais provocações entre ambas as claques mas sem o registo de incidentes de maior, a não ser o arremesso de algumas cadeiras para o relvado na zona reservada aos adeptos portistas.


O JOGO

[JotaCC]

Crónica de jogo
Otamendi também faz de Falcao



Os portistas ganharam em Braga e seguraram a vantagem para o seu mais directo perseguidor. Na próxima ronda basta-lhes ficar a ver o derby lisboeta

Otamendi vestiu-se ontem, em Braga, de Falcao e deu dois pontapés na anunciada crise do FC Porto. Marcou os golos, um em cada parte, que valeram uma importantíssima vitória num dos testes mais difíceis que os portistas irão ter até ao final da Liga. O jogo foi fraco, mas o FC Porto justificou o triunfo, fazendo jus à tese de que, para vencer, por vezes, é preciso saber esperar. O Sporting de Braga esteve abaixo das expectativas. O líder irá agora observar a próxima jornada sentado no sofá, enquanto o Benfica jogará em Alvalade.

O encontro até começou rápido, mas foi sol de pouca dura. As tropas defensivas não demoraram a impor a sua ordem, fazendo com que, no miolo, se sucedessem os passes errados e as bolas perdidas. Os atacantes não encontravam a baliza. Os do Sp. Braga quase só a viam de longe, enquanto a insistência de André Villas-Boas em colocar Hulk no meio coarcta a sua equipa em termos de profundidade e de poder desequilibrante. O primeiro canto (para o Sp. Braga) aconteceu apenas aos 23" e, durante meia hora, assistiu-se a um jogo fastidioso no gelado estádio dos minhotos. A única excepção foi um remate de Hulk à trave, num lance em que o brasileiro arrancou de trás do meio-campo e passou por vários adversários.

Com superioridade numérica na zona nuclear, o Sp. Braga jogava claramente no erro adversário. A sua principal preocupação passava por tapar todos os caminhos da sua baliza. Para isso, Domingos Paciência repetiu o duplo pivot (ao lado de Vandinho jogou Salino, em vez de Custódio, titular na Madeira), uma medida cautelar que se compreende em quem em Janeiro viu partir, entre outros, Moisés, Luís Aguiar e, principalmente, Matheus. Mas também porque foi com o mesmo desenho (4x2x3x1) que Jorge Jesus foi vencer ao Dragão...

Mesmo que com mais posse de bola, o FC Porto insistiu num "picar de pedra" insípido que não parecia capaz de desmembrar os bracarenses. Andou demasiado tempo enredado em vícios, mas melhorou um pouco no quarto de hora final da primeira parte, altura em que o regressado Belluschi obrigou Artur a uma boa defesa com um remate de meia distância. O Sp. Braga nem isso era capaz de fazer (terminou a primeira parte sem construir uma jogada de perigo) e, para piorar as coisas, teve ainda de trocar Paulão por Kaká, por lesão do primeiro. Instantes depois, Otamendi (que tinha ido lá à frente para tentar disputar um canto), aproveitou um ressalto para marcar com um remate bem colocado. Um golo frio, como a temperatura no estádio.

Hugo Viana regressou do balneário no lugar de Salino, numa tentativa de dar alguma ordem ao miolo bracarense. Mas quem voltou a estar perto de marcar foi o FC Porto, num remate de meia distância de James, valendo ao Sp. Braga estirada de Artur.

As coisas complicaram-se ainda mais para os bracarenses quando Vandinho também se lesionou (entrou Custódio). Até porque, pouco depois, Hulk bateu um livre, a bola ressaltou para o outro lado, surgindo Otamendi, completamente livre, a marcar novamente com enorme frieza.

O Sp. Braga só deu um ar da sua graça perto do fim. Helton foi pela primeira vez posto à prova aos 73", num livre de Hugo Viana. Conseguiu também criar perigo por Lima. Depois rendeu-se por completo e Hulk só não marcou porque não sabe fazer de Falcao


Domingos Paciência

Treinador do Sp. Braga

"A análise é fácil de fazer. Não fizemos um grande jogo, entrámos bem, mas com o decorrer do jogo fomos descendo as linhas sem razão para isso. Contra este meio-campo do FC Porto, se não houver pressão e agressividade, é natural que sintamos dificuldades. Em termos de lesões, isto tem sido demais."

André Villas-Boas

Treinador do FC Porto

"O FC Porto foi a equipa mais forte num dos campos difíceis da liga. As declarações do treinador do Benfica são baseadas num jogo, o da Taça. Não nos podemos esquecer que o FC Porto é mais forte porque tem o melhor ataque, a melhor defesa, é imbatível na Europa, não precisa de contratar um jogador num dia em que vai jogar com o adversário. Não me recordo de ver o Benfica e os jogadores do Benfica assim tão crescidos quando foram salvos da Liga dos Campeões para a Liga Europa."

PUBLICO

[JotaCC]

Vandinho e Paulão ficam em Braga

Depois da derrota por 0-2 com o FC Porto, Domingos Paciência concentra forças para a Liga Europa.

O médio e o central do Sporting de Braga lesionaram-se, último domingo, no encontro com o FC Porto e ficarão de fora da primeira mão dos 16-avos-de-final da Liga Europa, contra o Lech Poznan.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao desafio da 19ª jornada, com a derrota do Sporting de Braga em casa com o FC Porto, Domingos Paciência confirmou as ausências do médio Vandinho e o central Paulão para o encontro com o Lech, na Polónia, esta quinta-feira.

Vandinho e Paulão saíram do desafio deste domingo com problemas musculares, sendo substituidos por Custódio e Kaká, respectivamente.

SAPO NOTICIAS

[Pé Ligeiro]

Apenas 13 do plantel principal disponíveis

Cenário preocupante no arranque da preparação para o jogo da Liga Europa com o Lech Poznan. Domingos Paciência orientou esta tarde um treino com apenas 13 jogadores do plantel principal disponíveis.

Entre lesionados e condicionalismos, o treinador dos bracarenses trabalhou com um grupo bastante reduzido que contou com a presença de seis jogadores do Vizela, clube satélite do SC Braga.

Cristiano e Anibal são certezas na convocatória para a deslocação à Polónia, à qual se poderão juntar Dani, Januário, Toumany e Peterson.

Paulão e Vandinho são baixas confirmadas devido às lesões contraídas no jogo de ontem com o FC Porto, juntando-se desta forma a Paulo César e Elderson.

Rodriguez fez gestão muscular no ginásio e não subiu ao relvado, ao contrário de Ukra que integrou os trabalhos com o restante grupo. No entanto, o médio não é opção uma vez não está inscrito nas competições europeias por já ter jogado pelo FC Porto.

Amanhã o grupo volta a treinar a partir das 15.30 horas mas à porta fechada.

ABOLA