NOTICIAS DO ENORME DO DIA 06/02

[JotaCC]

Sp. Braga vence na Madeira


O Sporting de Braga vive, actualmente, um momento em que a vitória em todos os jogos é de uma necessidade vital para a obtenção do objectivo dos lugares que garantam uma presença europeia na próxima temporada.

Muito prometeu o jogo de ontem. Na primeira jogada da partida, o Sporting de Braga chega à vantagem. Passe longo, Lima corre para a área, cruza e Hélder Barbosa faz o golo. Que início para o Braga! Mas a resposta não se fez esperar.
O Marítimo, numa bola perdida do meio campo do Braga (!!!), chega ao empate com um golo de Baba. O jogo prometia mas por aqui se ficou na primeira parte e rapidamente se voltou ao normal do pobre futebol lusitano.

O Marítimo com ligeiro ascendente sobre o Sporting de Braga, um maioritariamente disputado no miolo. Talvez o técnico do Sporting de Braga esperasse isto ao colocar no terreno um 4x2x3x1, apostando no mobilidade dos homens mais avançados e deixando, inicialmente, Alan como "playmaker". E nisto falhou, pois o brasileiro nunca foi aquilo que o seu treinador pretendia.

A equipa e o técnico também rapidamente se aperceberam dessa situação e mudou com Alan a passar para o lado direito e Ukra ou Hélder Barbosa a ficarem com os desígnios da criação. Maior atrapalhação passava-se um pouco atrás. Os dois médios defensivos sentiam alguma dificuldade com a mobilidade dos médios ofensivos do Marítimo. De resto, estes pressionavam sempre o homem que inicialmente poderia lançar as jogadas de ataque do Sporting de Braga e os minhotos sentiram alguma dificuldade em resolver este problema.

A verdade é que o Braga, no decorrer do primeiro período, só foi capaz de através se uma remate de Ukra, aos catorze minutos, é que conseguiu criar perigo para a baliza do Marítimo. Já a equipa madeirense por duas vezes podia ter passado para a frente no placard: primeiro por Tchô que, na grande área do Braga, rematou por cima e, depois, por intermédio do Djalma, aos 35 minutos, que isolado atirou ao lado depois de uma mau passe de Vandinho na zona intermediária.

Domingos percebeu que tinha de dar maior criatividade no seu meio terreno, olhou para o banco e escolheu Mossoró. A equipa surge, então, diferente. Mossoró coloca-se mais perto de Lima e procurando descair para as faixas laterais no sentido de criar mais espaço e desequilibrar a defensiva contrária. Era um Braga no seu melhor período de jogo, mais pressionante e acutilante, a equipa minhota foi empurrando o seu adversário para trás, foi criando oportunidades de golo e, por isso, não se estranhou quando chegou à vantagem com o golo de Custódio.

Faltava ainda muito tempo, mas o Marítimo só mesmo na parte final do jogo é que conseguiu criar situações de golo claras e aí o desacerto de Kléber, o poste e a barra da baliza e Artur evitaram o mal menor para o Sporting de Braga.
Ah! E o borrego parece que foi mesmo morto! O Braga volta a triunfar nos Barreiros pelo mesmo resultado da época transacta.



ABC afastado da Taça de Portugal

Numa partida que se esperava muito equilibrada, tal foi o que aconteceu com as formações do ABC de Braga e Madeira SAD a debaterem-se pela continuação na Taça de Portugal.
No final da partida foram mais felizes os madeirenses que, nos últimos minutos, conseguiram desbloquear um resultado que parecia destinado ao empate e asseguraram um triunfo por equilibrados 24-26 que lhes permite assegurar um lugar na 'final four' da prova, que se disputa em Tavira.

O equilíbrio foi, no entanto, a nota dominante da partida, como se viu no resultado que o marcador registava ao intervalo e que se fixava na igualdade a 15 golos.
O ABC, uma equipa que, como o próprio treinador afirmou no final do encontro, tem muitas dificuldades em conseguir rematar da primeira linha, teve que criar praticamente todo o seu jogo pelo meio do terreno, canalizando-o para o pivot que, muito marcado, apenas conseguiu facturar por três vezes.

Em destaque na partida, duas exibições. Rui Lourenço, do lado do ABC que conseguiu marcar por dez golos, e José Coelho do Madeira SAD que com onze tentos apontados foi mesmo o melhor marcador do encontro.
No final, depois de uma segunda parte em que o equilíbrio voltou a ser a nota predominante, o Marítimo foi mais forte e conseguiu vencer, com o ABC a poder queixar-se de alguns critérios da arbitragem.

Exibição menos conseguida

No final da partida, o treinador do AB C, Jorge Rito, mostrava-se muito agastado com o resultado e com a consequente eliminação da Taça de Portugal, fruto de uma exibição menos conseguida e das poucas opções do plantel academista.

"Contava ganhar, mas sabíamos que o Madeira SAD ia fazer o jogo que fez. É uma equipa que mostrou o seu valor (no campeonato e na Supertaça) e sabíamos que ia ser muito difícil, apesar de jogarmos em casa, perante o nosso público. Previa que ia ser um jogo equilibrado e assim foi, mas infelizmente não tivemos capacidades para resolver a partida nos últimos minutos", referiu o treinador minhoto, acrescentando que o trabalho da arbitragem também acabou por ter alguma influência no resultado: "Uma equipa como a nossa, que já tem muitas limitações no jogo exterior, quando o trabalho que fazemos para levar a bola ao pivot não é permitido pela dupla de arbitragem as coisas tornam-se muito mais complicadas. Houve algumas situações em que os critérios dos árbitros não foram iguais para os dois lados".

Para o treinador academista a derrota e eliminação da Taça de Portugal também lembrou que a falha de opções do plantel, principalmente a nível de rematadores da primeira linha. "Pagámos a factura de jogar o jogo todo praticamente com os mesmos jogadores e nós não podemos fazer isso. Não temos atiradores de primeira linha que obriguem as defesas a sair e isso limita-nos muito o nosso tipo de jogo", finalizou Jorge Rito.


CORREIO DO MINHO

[JotaCC]

Na rota acertada

Por vezes vale a pena rumar um pouco mais a Ocidente para ganhar balanço até ao destino traçado. É uma prática antiga e os portugueses, um nobre povo que chegou a dar cartas na arte de bem navegar, fizeram-no durante anos a fio na época dos Descobrimentos. Chamava-se a isso bolinar e, na prática, consistia em ziguezaguear com vento lateral, de modo a avançar por zonas onde o vento não é favorável. O Braga fez algo idêntico na Madeira e deu-se bem, ascendendo, provisoriamente, ao quinto lugar do campeonato, a última posição a dar acesso às competições europeias. Protagonista do golo mais rápido do campeonato (logo aos 22 segundos!), Hélder Barbosa materializou as intenções dos minhotos, mas foi preciso esperar pelo segundo tempo para a vitória se tornar mais clara para os visitantes, porque o Marítimo, que ainda sonha com a Europa, depressa repôs a igualdade, por intermédio de Baba, num lance trabalhado por Djalma e Kléber (dois alvos perdidos para o Sporting), que estão na rota do FC Porto. E se por um lado a resposta do Marítimo surgiu com eficácia, também deve ser dito que o Braga se pôs realmente a jeito, com um onze inicial pouco ortodoxo. O caso mais gritante era o estreante Kaká, que, na posição de lateral-direito, teve uma noite desastrada, especialmente na vigilância a Baba.

Sem pernas para o senegalês, o central de raiz despertou rapidamente a atenção das gazelas do Marítimo, uma equipa que se revela venenosa quando consegue transpor o meio-campo, e o Braga passou por um mau bocado, praticamente toda a primeira parte. Por mais que Alan (este na posição 10), Hélder Barbosa, Ukra e Lima tentassem disfarçar o problema com ataques, que, no fundo, mais não eram do que correrias desenfreadas; ele estava lá, demasiado às claras e mesmo à mão de semear, especialmente para Kléber. Era preciso mudar, corrigir aquilo e fez-se luz ao intervalo com a entrada de Mossoró, o mesmo que há algumas semanas contestou a substituição. Pois bem, o brasileiro fez por provar, com actos, o quanto tinha razão, porque de repente o Braga transfigurou-se, funcionando por fim como equipa. À excepção de Kaká, cuja titularidade terá razão directa com os quatro cartões amarelos de Miguel Garcia; a casa arsenalista apresentava-se arrumada, posição por posição (Alan, por exemplo, já era outra vez extremo), e as até então inexistentes transições defesa-ataque passavam a ser interpretadas, na perfeição, por Mossoró. O regresso à vantagem, assinado por Custódio, até aconteceu no seguimento de um canto, com Lima a obrigar Marcelo a responder com uma defesa incompleta a um remate potente de meia-distância, mas por essa altura o Marítimo já estava realmente em dificuldades, despachando como podia as vagas ofensivas, quase sucessivas, dos arsenalistas. O pior foi depois. Houve reacção e até uma bola no poste. Era a deixa para Artur entrar em cena, com brilhantismo.


O Tribunal de O JOGO
Unanimemente positivo

Os juízes do tribunal O JOGO partilham opinião na análise dos lances mais complicados e duvidosos. O Braga viu mal assinalado um fora-de-jogo e nada mais.

Momento mais complicado

90+3'

Artur defende o cabeceamento de Rafael Miranda depois de a bola ter ultrapassado a linha de golo?

Jorge Coroado

+

As imagens permitem aferir que a bola jamais ultrapassou completamente a linha de baliza. Esteve bem o árbitro em não validar o golo e mostrar amarelo a Djalma por reclamar.

Pedro Henriques

+

Correcta a decisão da equipa de arbitragem. A bola não entrou na baliza do Braga. Para ser golo, teria de transpor totalmente e não foi o caso. Djalma é bem advertido por protestar a decisão.

Paulo Paraty

+

É claro pela televisão e não terá sido muito difícil no campo perceber que a bola não entrou. Entendo o desespero de Djalma, mas nada justifica a discussão, pelo que o cartão é legítimo.

Outros casos

10'

Vandinho isola Alan, mas o assistente assinala fora-de-jogo. Decisão correcta?

64'

O cartão amarelo a Alan depois de entrada por trás sobre Rafael Miranda ajusta-se?

84'

Artur discute com Paulão segurando a bola na mão algum tempo. Livre indirecto bem apontado?

Jorge Coroado

-

Fora-de-jogo indevidamente assinalado. Precipitação do assistente, por dificuldade a acompanhar o penúltimo defensor.

+

Alan faz falta no movimento de tesoura e é bem advertido com o cartão amarelo. Não se justificava nada mais.

+

Artur entreteve-se a discutir com Paulão. Demorou 13 segundos e só tem seis para libertar a bola. Decisão correcta.

Pedro Henriques

-

Incorrecta a indicação do assistente, pois no momento do passe o defesa-central do Marítimo está a colocá-lo em jogo.

+

O jogador do Braga é correctamente advertido por entrada imprudente e fora de tempo sobre Rafael Miranda.

+

Artur esqueceu-se que tem apenas seis segundos para a repor em jogo e como tal foi punido com livre indirecto.

Paulo Paraty

-

A televisão ajuda a perceber que é uma má decisão. Importante seria que o assistente (terá tido dúvida) não interferisse.

+

Tackle despropositado de Alan, com ele próprio consciente que a consequência da sua acção seria livre e cartão amarelo

+

Os jogadores, no desespero, ter-se-ão esquecido de cumprir com uma regra. Hugo Miguel não tinha segunda alternativa.

Apreciação global

Jorge Coroado

Jogo com incidências a exigirem atenção e concentração, às quais Hugo Miguel correspondeu, efectuando acertado controlo da partida.

Pedro Henriques

Jogo que se tornou fácil por mérito da equipa de arbitragem. Excelente trabalho, muito concentrada, segura e competente.

Paulo Paraty

Uma ou outra falha de importância menor permitiram a Hugo Miguel garantir um trabalho criterioso de muito bom nível.


O MOMENTO
22''  [0-1]
Este é o novo golo mais rápido da Liga Sagres

Longe de se tratar de um fenómeno do Entroncamento, do estilo abóbora a pesar uma tonelada; o golo de Hélder Barbosa não deixou de merecer destaque e admiração... pela pressa. Mal Hugo Miguel apita para o começo, Lima rompe pela direita e ganha a linha de fundo para tirar o cruzamento, que Robson não consegue cortar. O extremo, ao segundo poste, encosta para o fundo das redes. Marcelo ainda tenta defender e toca na bola, mas sem sucesso. Estava feito o golo (do Braga) mais rápido do campeonato, quando o cronómetro ainda não tinha sequer chegado ao primeiro minuto.



A ESTRELA

Lima 7

Duas assistências e muito trabalho

A principal referência do ataque arsenalista, surgiu pela primeira vez em campo para fazer a assistência que ditou o golo madrugador de Hélder Barbosa. Na segunda metade, mais do mesmo, a oferecer novo tento, desta feita a Custódio. Mas fez mais, sobretudo quando lançado em velocidade, fazendo estragos na defensiva madeirense.



O Braga um a um
Lima desbastou o caminho

Artur 6

Mostrou-se precipitado na forma como abordou o lance do golo maritimista, mas depois foi vital. Fez três defesas soberbas nos minutos finais e teve larga participação na vitória. Foi ele quem a segurou!

Kaká 4

Estreia absoluta com a camisola bracarense e numa posição a que não está rotinado, mas que dizem poder cumprir. No entanto, não deixou tal imagem: viu escapar Baba para o golo e teve outros lances em que revelou estar fora do seu habitat. Falhou também muitos passes.

Paulão 6

Imperial nos lances aéreos, o central brasileiro foi pedra basilar. Esteve em bom plano, sobretudo na hora de dobrar os laterais, especialmente Kaká. Ontem, foi bombeiro.

Rodriguez 5

Não teve velocidade para apanhar Kléber na jogada do primeiro golo dos madeirenses. Depois, acertou as pontas e deu pouco espaço aos atacantes verde-rubros.

Elderson 5

O esquerdino subiu pouco no terreno, privilegiando as cautelas defensivas face à velocidade de Djalma.

Vandinho 6

O primeiro tampão às investidas madeirenses, mas com audácia para criar alguns desequilíbrios atacantes. Correu muito em prol do colectivo.

Custódio 6

A grande surpresa no onze inicial. Fez uma exibição certinha, qual pêndulo, premiada com um golo.

Ukra 6

Titular pela primeira vez com a camisola do Braga, o jovem extremo passou algo distante do encontro na primeira metade. Depois, na etapa final, subiu de rendimento e criou os melhores lances da equipa.

Alan 6

O extremo começou a 10, mas derivou para os flancos na segunda metade. Não teve um papel brilhante, mas sempre apareceram alguns momentos em que a sua velocidade fez alguns estragos. Teve na cabeça o segundo golo, mas falhou clamorosamente.

Hélder Barbosa 6

Aos 21 segundos (!) fez de pé esquerdo o primeiro tento do encontro, feito que deu uma embalagem para um jogo muito positivo. Foi rematador e deu muitos problemas à defensiva insular, mas saiu ao intervalo.

Mossoró 6

Deu vivacidade e inconformismo à equipa, e foi a chave para a transformação do onze de Domingos Paciência. O Braga pós-Mossoró foi muito melhor.

Hugo Viana 4

Procurou jogar de forma simples e guardou a bola quando a equipa precisava.

Guilherme 4

Entrou para tapar o lado esquerdo, corredor em que Djalma estava a criar muitos problemas.


Domingos Paciência
"Tivemos sorte"

Para conseguir duas vitórias consecutivas fora, Domingos Paciência diz ter "sentido que teria de mudar em termos competitivos", de modo a tornar a equipa "mais competitiva e agressiva". "Foi esse o grande segredo para conseguirmos esta vitória. Em vários momentos mostrámos qualidade de jogo, durante os quais poderíamos ter feito golo", disse o técnico do Braga, referindo que "na primeira parte o Marítimo teve só uma situação de golo". "Na segunda parte o Marítimo entrou bem, mas o Braga tomou o controlo do jogo e podia ter marcado, no mínimo, dois golos. O resultado é justo até aos 90'. Depois tivemos sorte, porque podíamos ter sofrido o empate", disse o técnico, comentando o incidente entre Artur e Paulão. "Há uma falta de comunicação entre Artur e Paulão, gerando-se discussão no calor do jogo que o árbitro considerou falta - embora não me parecesse que tivessem passado os seis segundos regulamentares, por isso, sinceramente, não percebi o que foi aquilo", rematou.


Braga com três casos

O defesa Elderson, com uma lesão muscular, o médio Vandinho e o avançado Lima, estes com traumatismos nos joelhos, são os casos clínicos decorrentes do jogo com o Marítimo, sendo submetidos hoje a nova avaliação médica. A comitiva do Braga chega esta manhã ao Porto (9h00), proveniente do Funchal, já com treino em agenda duas horas depois.



Artur zangou-se com Paulão

Artur explicou que o desentendimento com Paulão se deveu "à pressão do jogo", o que, na altura, custou ao Braga um livre perigoso. "Às vezes, exaltámo-nos; mas não temos problemas, somos amigos, tanto que nos abraçámos no final", contou o guardião do Braga, garantindo ter pressionado a bola contra o poste" no lance (90'+3') em que Djalma reclamou golo.


Djalma não será moeda de troca por Lima

À falta de Djalma, foi Pedro Martins, treinador do Marítimo, quem carimbou formalmente a notícia avançada por O JOGO. "Sim, Djalma já me confirmou que vai para o FC Porto", disse o treinador, sem reservas, na conferência de Imprensa que se seguiu ao jogo com o Braga. Pedro Martins, que tinha confrontado o jogador com a informação assim que tomou conhecimento, entendeu não haver motivos para alterar os planos: tal como estava previsto, e apesar de a mudança lhe ter sido confirmada, o avançado acabou mesmo por ser titular, num jogo que os madeirenses perderam.

No final, Djalma geriu como pôde a notícia da transferência a custo zero. "Sobre isso não falo", avisou, em declarações à Sport TV, mantendo a mesma resposta quando foi convidado a explicar a recusa em mudar-se para o Sporting em Janeiro.

Já com contrato assinado para as próximas cinco temporadas, e com uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros, o internacional angolano sabia que seria alvo inevitável de atenções e foi aconselhado a manter-se em silêncio nos próximos tempos, de forma a cumprir sem sobressaltos os pouco mais de quatro meses de contrato que o prendem ao Marítimo.

Curiosamente, Djalma cruzou-se ontem em campo com Lima, e o destino de ambos andou entrelaçado nos rumores que se seguiram à notícia divulgada por O JOGO. De acordo com esses rumores, o angolano poderia ser envolvido num futuro entendimento entre FC Porto e Braga para facilitar a contratação de Lima. Esse cenário, pelo menos no que toca à parte de Djalma estar em trânsito para o Minho, não está nos planos portistas, que pretendem integrar o jogador no plantel. Aliás, e ainda que seja incontornável ver neste golpe de mercado dos dragões um ataque ao Marítimo, com quem têm desentendimentos públicos por causa de Kléber, a verdade é que Djalma já tinha sido alvo de cobiça em tempos mais pacíficos entre os dois clubes.


Lima
"FC Porto é grande"

Também dado como alvo do FC Porto para a próxima época, como O JOGO escreveu, e apesar de Villas-Boas ter dito que não faz parte dos planos, o brasileiro foi confrontado com a notícia. "Só sei o que saiu na Imprensa. O FC Porto é um grande clube, mas acho que não há nada de concreto. Estou tranquilo", disse o brasileiro, também em declarações à Sport TV, no final do jogo com o Marítimo, que os bracarenses venceram.


O JOGO

[JotaCC]

Sp. Braga aprendeu a ganhar fora e subiu à zona europeia

O campeonato iniciou-se a 13 de Agosto e durante cinco meses o Sporting de Braga não conquistou qualquer triunfo fora. A malapata foi quebrada há duas jornadas, em Portimão. Ontem, a equipa de Domingos repetiu uma vitória longe de casa, desta vez no terreno do Marítimo (2-1), e subiu provisoriamente ao quinto lugar.

Garantir os três pontos na Madeira, no entanto, esteve longe de ser fácil. Apesar de ter marcado o golo mais rápido do campeonato (Hélder Barbosa fez o 1-0 aos 23 segundos), o Braga sofreu (e muito) para ganhar. Só nos descontos, o Marítimo acertou duas vezes nos postes e viu o guarda-redes Artur Moraes fazer duas grandes defesas, uma delas mesmo em cima da linha - os madeirenses reclamaram golo, mas pareceu que a bola não ultrapassou totalmente a linha de baliza.

Na Madeira, Domingos fez algumas alterações importantes: colocou o central Kaká como lateral-direito, lançou Custódio ao lado de Vandinho e deu a titularidade ao reforço Ukra, deixando Alan atrás do avançado. Mas o treinador nem teve tempo de verificar se os jogadores estavam a cumprir as ordens. Os bracarenses deram o pontapé de saída, a bola foi até aos centrais, daí chegou a Lima num lançamento longo, com o brasileiro a cruzar para a área, onde Hélder Barbosa fez o seu terceiro golo na Liga.

A vantagem bracarense, porém, durou pouco. O tridente ofensivo do Marítimo mostrou qualidade: Djalma (que não quis confirmar se é reforço do FC Porto) desmarcou Kléber (também apontado como futuro jogador dos portistas) e este centrou para Baba empatar. Estavam jogados apenas quatro minutos e o encontro prometia emoções fortes.

E a verdade é que, embora com alguns momentos de confusão, o encontro foi bem jogado e houve muitas oportunidades de golo. Durante a primeira parte, foi o Marítimo quem esteve mais perto de marcar. Djalma, por exemplo, falhou quando estava isolado (35").

Ao intervalo, Domingos trocou Hélder Barbosa por Mossoró e o Braga melhorou. Depois de uma primeira ameaça, Custódio estreou-se mesmo a marcar, com um cabeceamento, após um remate de Lima defendido por Marcelo (65").

A perder, o Marítimo carregou e podia mesmo ter empatado. Aos 85", o guarda-redes Artur começou a discutir com o companheiro Paulão e demorou a repor a bola em jogo. O árbitro assinalou livre indirecto e o remate de João Guilherme andou aos ressaltos até parar nas mãos do guarda-redes. "A bola não quis entrar", lamentou o treinador Pedro Martins, especialmente depois de, nos descontos, a sua equipa ter acertado uma vez no poste, outra na trave e obrigado o guarda-redes adversário a fazer duas grandes defesas. O dia era do Braga, que voltou à zona europeia, que é cada vez mais uma miragem para o Marítimo.



Djalma assina por cinco anos com o FC Porto, André Villas-Boas volta a deixar cair Walter

O angolano está em final de contrato com o Marítimo, já está comprometido com os portistas, mas pode rumar a Braga na próxima época

O angolano Djalma assinou um contrato de cinco anos com o FC Porto. O jogador termina contrato com o Marítimo no final da época e, por já estar comprometido com os portistas, inviabilizou no final de Janeiro um acordo entre os madeirenses e o Sporting para se transferir de imediato para Alvalade. Apesar do compromisso com os "azuis e brancos", não é certo que Djalma fique no plantel portista na próxima temporada.

A notícia foi avançada ontem pelo jornal O Jogo: o jogador de 23 anos assinou um contrato válido até 2016 e terá uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros. O acordo entre o angolano e o FC Porto coloca um ponto final num namoro com mais de ano e meio. Em Junho de 2009, chegou a ser anunciada a transferência de Djalma para o Dragão e existiram contactos entre os dois clubes, mas não houve acordo e a direcção portista emitiu mais tarde um comunicado a afirmar que não estava "interessada na contratação de Djalma". Em Janeiro de 2010, na reabertura do mercado, voltou a ser noticiado o interesse portista e Abel Campos, ex-jogador do Benfica e pai do atleta, confirmou a existência de "negociações" que, mais uma vez, falharam.

Desta vez, estando as direcções portista e maritimista de relações cortadas e Djalma em final de contrato, o FC Porto apenas teve que negociar com o jogador e o acordo foi, finalmente, conseguido. No último mês, o Marítimo ainda tentou transferir o extremo e chegou a acordo com o Sporting, mas Djalma rejeitou a proposta dos "leões" por já estar comprometido com o FC Porto.

Apesar do acordo, ao que o PÚBLICO apurou, não é certo que Djalma fique no plantel portista: o extremo pode rumar, por empréstimo, para Braga, como contrapartida na contratação de Lima, uma das apostas do FC Porto para a próxima temporada.

Quem faz parte do plantel mas parece, cada vez mais, contar pouco para Villas-Boas é o brasileiro Walter. O treinador portista deixou o ponta-de-lança fora dos convocados para a partida de hoje frente ao Rio Ave, apesar de Falcao continuar ausente por lesão. Sem Walter e Falcao, é certo que Hulk vai voltar a jogar no centro do ataque e que no banco "azul e branco", tal como aconteceu na partida contra o Benfica, não haverá nenhum ponta-de-lança.

Se Walter "cai" por opção, Belluschi não joga por ter que cumprir um jogo de castigo. O médio argentino deixa um lugar vago no meio-campo, para o qual há dois candidatos: Ruben Micael e Guarín. A má forma do português e o bom momento do colombiano colocam Guarín em vantagem. Na esquerda da defesa está uma das principais dúvidas: mantém-se a aposta em Sereno ou Fucile ganha o lugar? Otamendi, que não defrontou o Benfica por estar com problemas físicos, vai relegar Maicon para o banco.


PUBLICO

[JotaCC]

Braga sofre nos descontos
'São' Artur segura três pontos

Duas grandes intervenções do guarda-redes Artur, já nos descontos, permitiram ontem ao Sp. Braga segurar três pontos na deslocação ao terreno do Marítimo (1-2), em partida da 18ª jornada da Liga.

O encontro teve um início fulgurante: Hélder Barbosa, aos 22 segundos, marcou o golo mais rápido da competição e adiantou os bracarenses. A resposta dos insulares surgiu 2' depois, com Baba a encostar após cruzamento de Kléber. Artur não ficou bem na fotografia, mas acabaria por se redimir perto do fim. Depois de uma primeira parte marcada pelo domínio dos locais, o Sp. Braga equilibrou as contas. Aos 65', Custódio colocou os minhotos em vantagem, num lance em que o guarda-redes Marcelo foi batido de forma infantil.

A pontaria de João Guilherme (acertou no poste) e a atenção de Artur impediram o Marítimo de igualar. Hugo Miguel esteve mal no capítulo disciplinar.

FICHA DE JOGO

LIGA - 18.ª Jornada

Estádio dos Barreiros - Assistência: 3500

MARÍTIMO: Marcelo, Ricardo Esteves, Robson, João Guilherme, Alonso,  Rafael Miranda, Sidnei (Héldon 72'), Tchô (Benachour 66'), Djalma, Baba, Kléber (Edinho 81').

Treinador: Pedro Martins

SP. BRAGA: Artur, Kaká, Paulão, Rodríguez, Elderson (Guilherme 78'), Vandinho, Custódio (Hugo Viana 68'), Ukra, Alan, Hélder Barbosa (Mossoró 46'), Lima.

Treinador: Domingos Paciência

Golos: 0-1 Hélder Barbosa (1'), 1-1 Baba (3'), 1-2 Custódio (65')

Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa) 4

Disciplina: amarelos: Hélder Barbosa (44'), Robson (58'), Alan (64'), Artur (70'), Paulão (81'), Alonso (87'), Vandinho (88') e Djalma (90'+3).

Classificação do jogo 6

CORREIO DA MANHA

[Bruno3429]

Elderson e Lima devem falhar recepção ao FC Porto
Por Pascoal Sousa

O Braga regressou esta manhã da Madeira, depois da vitória sobre o Marítimo, e Domingos Paciência orientou um treino de imediato nos relvados secundários do estádio Axa.

A sessão, que precede uma dia de folga, ficou marcada por muitas ausências. Elderson, com uma lesão muscular numa coxa, deverá faltar a recepção ao FC Porto na próxima jornada, tal como Lima, que na partida de ontem sofreu um golpe profundo no joelho esquerdo, tendo sido suturado com 5 pontos.

O guarda-redes Artur faz ainda gestão de esforço, Vandinho também não se treina devido a lesão muscular, e Paulo César está também em reabilitação.

Vinicius continua a cumprir um programa específico e a única boa notícia é a reintegração progressiva de Sílvio.

O lateral deverá treinar com mais intensidade quando a equipa voltar aos treinos, na terça-feira de manhã.

A Bola