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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 19/11

Started by Pé Ligeiro, 19 de November de 2006, 09:42

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Pé Ligeiro

Rogério Gonçalves empolgado
"HOJE TUDO CORREU BEM"



O técnico Rogério Gonçalves não escondeu o sorriso de satisfação pela vitória averbada, mas "principalmente pela forma clara como ela foi conseguida".

"Tenho de reconhecer que hoje tudo correu bem, mas também tenho de salientar que foi uma vitória inteiramente justa", começou por afirmar o técnico, tecendo elogios ao comportamento dos seus jogadores: "Estiveram bem, desenvolveram um bom jogo e souberam agarrar a partida quando foi preciso. Merecem o meu elogio."

Em relação ao estilo de jogo, tendo em conta que só está no comando há uma semana, Rogério Gonçalves reclamou algum mérito pessoal pela forma como os processos ofensivos se desenrolaram, mas não se esqueceu de mencionar o trabalho desenvolvido por Carlos Carvalhal: "Esta equipa já apresentou um cunho pessoal no ataque, mas, sou sincero, é óbvio que ainda tem muito da equipa técnica anterior."



SP. BRAGA-BENFICA, 3-1 (Zé Carlos 8', Maciel 41' e Paulo Jorge 82'; Ricardo Rocha 31')
MINUTO A MINUTO, JOGADA A JOGADA


23:26 - Final da partida.

90'+4 - Remate de Cesinha que volta a colocar sérios problemas a Quim.

90'+2' - CARTÃO AMARELO para ANDERSON por ter jogado a bola com a mão.

86' - Substituição no Sp. Braga. Sai Ricardo Chaves e entra FRECHAUT.

85' - Miccoli protesta e vê o CARTÃO AMARELO.

82' - GOLO DO SP. BRAGA... PAULO JORGE. Livre de Castanheira, com o central a subir mais alto e desviar de cabeça. A bola bate primeiro no poste e ressalta para dentro da baliza.

81' - CARTÃO AMARELO para PAULO JORGE, por derrubar Cesinha.

80' - Simão, de cabeça, atira perto da trave. Cruzamento de Karagounis do lado direiro e o capitão, bem posicionado, a errar o alvo.

79' - CARTÃO AMARELO para RICARDO CHAVES por falta sobre Paulo Jorge.

75' - Cabeçada de Cesinha ao lado, na sequência de um canto do lado esquerdo.

71' - Substituição no Sp. Braga. Entra CASTANHEIRA para o posto de Zé Carlos. O Benfica responde com PAULO JORGE a ocupar o lugar de Nuno Assis.

69' - Remate de Maciel, com Quim a defender para canto. O lance surge num veloz contra-ataque, após Simão ter sido "tocado" por Luís Filipe. O árbitro nada assinalou.

66' - CARTÃO AMARELO para PETIT por pretensamente ter simulado uma falta à entrada da grande área dos arsenalistas.

65' - Remate de Cesinha que vai à figura de Quim.

56' - CARTÃO AMARELO para CESINHA por falta sobre Nélson.

56' - Nélson antecipa-se a Cesinha, quando este se aprestava para visar a rede encarnada.

53' - Substituição no Sp. Braga. Entra WENDER para o lugar do lesionado João Pinto.

22:37 - Começa a segunda metade. No Benfica entra KARAGOUNIS para o lugar do compatriota Katsouranis.
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Partida emotiva, mas recheada de "ofertas". Nos lances dos golos, as defesas foram sistematicamente mal batidas. O Sp. Braga, por ter sido a equipa mais ofensiva e que maior número de vezes rematou, merece estar na frente. Aliás, o Benfica só apareceu cerca da meia-hora, aquando do golo de Ricardo Rocha. Quim, com dois deslizes graves, volta a não estar feliz no regresso à sua anterior casa.

22:19 - Intervalo em Braga.

44' - CARTÃO AMARELO para CARLOS FERNANDES, por falta cometida sobre Simão.

41' - GOLO DO SP. BRAGA... MACIEL. Excelente passe de João Pinto, beneficiando de uma bola perdida por Nélson, com o brasileiro a rematar rasteiro. Quim volta a ficar mal na fotografia, pois o remate estava longe de ser indefensável.

39' - Na resposta, João Pinto leva a bola a tocar na trave da baliza de Quim.

39' - Grande defesa para Paulo Santos, a desviar cabeçada de Nuno Gomes já dentro da pequena área.

31' - GOLO DO BENFICA... RICARDO ROCHA. Livre de Simão, com Katsouranis a rematar de cabeça. Paulo Santos defendeu para a frente, tentou segurar a bola, mas não o conseguiu, deixando a "redondinha" para o central que empurrou para a baliza.

26' - Primeiro lance de perigo para o Benfica, mas Nuno Gomes optou pelo passe para Miccoli quando podia e devia ter tentado alvejar a rede bracarense.

24' - Cruzamento de João Pinto e Zé Carlos, mais uma vez, a antecipar-se aos defesas benfiquistas. O desvio passa muito perto do poste.

22' - Mais um bom lance ofensivo dos minhotos, com Zé Carlos a surgir em boa posição, mas a "disparar" ao lado.

21' - CARTÃO AMARELO para MACIEL, devido a entrada dura sobre Simão.

O Benfica entrou mal no jogo e a partir do momento em que sofreu o golo ainda ficou pior. Fernando Santos já se levantou várias vezes do banco para dar indicações aos seus jogadores, mas a verdade é que as águias não acertam...

GOLO DO SP. BRAGA... ZÉ CARLOS. Má reposição de Quim que, num pontapé de baliza, ofereceu a bola ao dianteiro dos locais. O brasileiro, de primeira, rematou para a baliza onde... ainda não estava o guardião encarnado.

6' - Bom lance de Luís Filipe pela direita, com cruzamento para a cabeça de Maciel. O remate do brasileiro passa por cima da trave.

4' - Canto para o Sp. Braga, cedido por Anderson que impediu o desvio de cabeça de Cesinha. Do lance não resulta perigo para a baliza à guarda de Quim.

21:33 - Começa a partida. Sai o Benfica.
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Liga BWin, 10.ª jornada

Estádio Municipal de Braga

Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)

SP. BRAGA
Paulo Santos; Luís Filipe, Irineu, Paulo Jorge e Carlos Fernandes; Madrid; Ricardo Chaves, Cesinha e João Pinto; Zé Carlos e Maciel

Suplentes: Dani, Paíto, Castanheira, Wender, Frechaut, Gama e Matheus

Treinador: Rogério Gonçalves

BENFICA
Quim; Nélson, Anderson, Ricardo Rocha e Miguelito; Petit, Katsouranis, Nuno Assis e Simão; Miccoli e Nuno Gomes

Suplentes: Moreira, Léo, Mantorras, Alcides, Paulo Jorge, Karyaka e Karagounis

Treinador: Fernando Santos



Bracarenses vaiam Rocha
NOITE RECHEADA DE INCIDENTES


Ricardo Rocha viveu uma noite recheada de incidentes no regresso à cidade onde cresceu com jogador de futebol. Ainda antes de ter marcado o seu primeiro golo de águia ao peito, o central benfiquista começou por ser vaiado pelos adeptos bracarenses, aos quais Rocha fez questão de responder quando empatou a partida à passagem do minuto 31.

Desde então, o defesa passou a ser o alvo predilecto dos adeptos do Sp. Braga. Sempre que o camisola 33 das águias tocava na bola foi assobiado pelos adeptos arsenalistas.

Outro dos pormenores do encontro foi registado nos últimos minutos, quando os apoiantes da equipa comandada por Rogério Gonçalves começaram a cantar "olés" em cada troca de bola efectuada pelos jogadores arsenalistas, com os encarnados a tentarem recuperá-la.

IN O JOGO

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Benfica volta a perder em Braga
E eis que se repete o filme da época passada. O Benfica volta a sair derrotado de Braga, desta feita por 3-1, num jogo fraco da equipa de Fernando Santos, que teve pela frente adversário forte e personalizado no dia de estreia de Rogério Gonçalves no comando técnico dos «arsenalistas».

E o argumento do filme desta noite teve cenas em tudo idênticas ao triunfo minhoto de 2005/2006 (3-2), em que a exibição de Quim mereceu alguns reparos. Com efeito, o guarda-redes do Benfica «ofereceu» o primeiro golo ao Sp. Braga, quando logo aos sete minutos colocou a bola nos pés de Zé Carlos, permitindo o remate de longe, de muito longe para o fundo das redes. O Sp. Braga entrava determinado, dominava a seu bel-prazer e encostava o Benfica ao seu último reduto. Zé Carlos poderia ter aumentado a vantagem em dois lances consecutivos, aos 22 e 23 minutos.

O Benfica só a partir dos 25 minutos começou a despertar para o jogo, dando sinais de querer soltar-se do marasmo que tornava previsível o seu futebol. A reacção seria premiada num lance de bola parada, à passagem da meia hora, com o golo do empate apontado por Ricardo Rocha, após defesa incompleta de Paulo Santos – parecia ter a bola controlada – a cabeceamento de Katsouranis. A equipa de Fernando Santos empolgou-se com o golo e o certo é que poderia ter passado para a frente se Nuno Gomes, com um cabeceamento em zona privilegiada aos 38 minutos, tivesse logrado bater o guarda-redes bracarense.

O Sp. Braga não se atemorizou e respondeu de imediato por João Pinto, que num remate colocado levou a bola a tirar tinta à barra. Estava dado o mote para o segundo dos «arsenalistas»... brindados com nova oferta do adversário. Desta feita foi Nélson a perder-se em fintas e a possibilitar contra-ataque rápido aos minhotos, concluído com remate certeiro de Maciel.

Em desvantagem no marcador no final da primeira parte, Fernando Santos trocou Katsouranis por Karagounis para a etapa complementar, numa tentativa de emprestar maior profundidade ao fraco jogo ofensivo produzido até então. A alteração surtiu efeito, uma vez que os «encarnados» chamaram a si o domínio do jogo, instalaram-se no meio campo do Sp. Braga mas, diga-se, sem nunca revelar acutilância e agressividade para construir as necessárias ocasiões de golo que permitissem inverter o resultado.

A equipa de Rogério Gonçalves, matreira, «fechava-se» bem lá atrás, tapava os caminhos da sua baliza, mas sempre com os olhos postos na partida para o ataque – Maciel esteve perto do golo aos 69 minutos. O jogo arrastava-se para o seu final, e já aos 80 minutos o Benfica desperdiçou soberana ocasião para chegar ao empate. Karagounis tirou um cruzamento da direita, Simão surgiu ao segundo poste livre de marcação, mas o cabeceamento do «capitão» saiu por cima. E como quem não marca arrisca-se a sofrer, Paulo Jorge confirmaria o triunfo do Sp. Braga no lance imediato, num lance em que o «central» minhoto foi ao «segundo andar» cabecear sem hipótese de defesa para Quim.

Ficha do jogo:

Estádio Municipal de Braga, em Braga

Árbitro: Olegário Benquerença, de Leiria

Sp. Braga: Paulo Santos; Luís Filipe, Paulo Jorge, Irineu e Carlos Fernandes; Ricardo Chaves (Frechaut, 86m), Madrid e João Pinto (Wender, 53m); Maciel, José Carlos (Castanheira, 71m) e Cesinha

Benfica: Quim; Nélson, Anderson, Ricardo Rocha e Miguelito; Petit, Katsouranis (Karagounis, ao int.), Simão e Nuno Assis Paulo Jorge (71m); Nuno Gomes e Miccoli

Ao intervalo: 2-1

Disciplina: Cartão amarelo para Maciel (20m), Carlos Fernandes (44m), Cesinha (56m), Petit (66m), Paulo Jorge (81m), Ricardo Chaves (78m), Miccoli (84m) e Anderson, 90m)

Marcadores: 1-0, Zé Carlos (7m); 1-1, Ricardo Rocha (31m); 2-1, Maciel (41m); 3-1, Paulo Jorge (82m);

Resultado final: 3-1.




«Merecemos a vitória» (Rogério Gonçalves)
Dificilmente Rogério Gonçalves poderia desejar estreia mais auspiciosa no comando técnico do Sp. Braga, consumada com triunfo sobre o Benfica, por expressivos 3-1. «Merecemos inteiramente esta vitória», frisou.

«Sabia que o adversário seria difícil, num relvado escorregadio e que o jogo não seria fácil. Tivemos momentos nossos, como o Benfica também teve os dele. Mas por tudo o que fizemos, e pelo futebol que desenvolvemos, penso que merecemos inteiramente esta vitória», afirmou Rogério Gonçalves.

Com apenas uma semana de trabalho à frente dos destinos dos «arsenalistas», o técnico considera ainda assim que o jogo de hoje já espelhou algumas das ideias que preconiza. «Introduzi uma ou outra ideia, tentámos fazer um jogo ambicioso de forma a poder surpreender o Benfica. Passei as minhas ideias em termos do jogo ofensivo e penso que resultaram», observou.



«Foi a noite do Braga» (Zé Carlos)
Zé Carlos voltou a mostrar esta noite a razão pela qual é conhecido pelo «Zé do golo». O avançado brasileiro abriu caminho à vitória do Sp. Braga, desfecho que atribui à «dedicação de todos os jogadores».

«O Benfica é uma grande equipa mas hoje foi a noite do Braga. Conseguimos esta vitória com a dedicação de todos os jogadores. Vamos agora festejar para depois começar a pensar no próximo jogo», afirmou, recordando o golo: «Foi uma saída de bola infeliz do Quim e tive a sorte de acertar o remate».


IN A BOLA


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Sp. Braga-Benfica, 3-1 (crónica)


Braga já não é, definitivamente, uma casa feliz para o Benfica. Talvez tenha algo a ver com a mudança de estádio (já lá vai o tempo em que os encarnados festejaram o título no 1º de Maio), mas a verdade é que o Municipal transporta um outro peso para os jogos, impelindo os próprios arsenalistas a terem necessidade de vincar a sua identidade. A vitória deste ano, tal como a da época transacta, só servem para fazer crescer o espírito próprio num clube com vontade de dar o salto. Como disse o presidente António Salvador na sua última entrevista, «o Braga será campeão quando os adeptos quiserem».
Com os adeptos inequivocamente do lado da equipa, o Braga deu um pontapé na crise, que o relança no campeonato, ultrapassando o Benfica (embora os lisboetas tenham menos um jogo). Perante um adversário quase sempre à deriva e vazio de ideias, que só marcou o golo de honra devido a uma oferta do guarda-redes, a formação orientada por Rogério Gonçalves foi aquilo que todos esperam para esta época: grande e merecidamente vencedora. Para bem do campeonato, que pode continuar a contar com uma quarta equipa na luta pelos lugares de cima.
Caras novas e prendas estranhas
Rogério teve a melhor estreia possível, dificultando a vida ao Benfica numa semana em que as coisas continuaram a correr mal. Depois da saída de José Veiga, os jogadores denotaram algum nervosismo e uma alarmante falta de entusiasmo, que os impediu de reagir à adversidade. Os próximos dois dias serão muito importantes para que na terça-feira o F.C. Copenhaga possa «pagar as favas».
Sem Luisão, a dupla de centrais foi formada por Ricardo Rocha e Anderson, que até então sempre que tinham alinhado juntos no campeonato nunca tinham sofrido um golo. Pois bem, numa só partida estragaram a média e não saem isentos de culpas, embora o português tenha apontado o golo, que não apagou a atitude estranhamente irascível, que lhe terá tolhido o discernimento na hora de abordar os lances que resultaram no segundo e terceiro golos do Braga. Maciel e Paulo Jorge foram-lhe superiores e acabou por sair do estádio com menos amigos do que quando entrou.
Nesta noite de incidências mais ou menos felizes, apetece fazer a pergunta: O Natal já começou e ninguém avisou? Basta considerar os três primeiros golos, surgidos na sequência de inesperadas ofertas dos guarda-redes. Aos sete minutos, Quim marca livre lateral junto à área e coloca a bola nos pés de Zé Carlos, que estava um pouco à frente da linha de meio-campo, o avançado remata de pronto e marca (1-0); livre no lado esquerdo do ataque do Benfica, Petit cruza, Katsouranis cabeceia, Paulo Santos tem o lance controlado mas deixa fugir a bola e Ricardo Rocha empurra para o fundo da baliza (1-1); aos 41 minutos Cesinha rouba uma bola, João Pinto lança Maciel que vê o poste mais próximo completamente disponível, disparando para o 3-1, enquanto Quim não conseguia chegar ao lance por má colocação.
Depois de tantas prendas estranhas esperava-se algo ainda melhor do segundo tempo, mas este acabou por ser amorfo, com os da casa a controlarem a partida, adormecendo-a, dando a bola ao adversário e jogando na expectativa. Nem mesmo com a lesão de João Pinto e as mexidas no meio-campo do Benfica (Karagounis para o lugar de Katsouranis) algo mudou. Aliás, o mérito vai todo para Rogério Gonçalves, que perante a ausência de JVP apostou em Wender, nunca abdicando de atacar.
Simão ainda esteve perto de marcar aos 79, mas cabeceou ao lado quando estava sozinho, desperciçando a derradeira oportunidade para empatar. Algo que Paulo Jorge corrigiu, mas na outra área, aproveitando um livre de Castanheira para bater Ricardo Rocha nas alturas e fazer o 3-1.


Sp. Braga-Benfica, 3-1 (destaques)


Zé Carlos

A rábula em torno de Marcel, avançado cedido pelo Benfica que acabou por ficar de fora do embate com a formação encarnada, tem outra personagem central: Zé Carlos. Rogério Gonçalves apostou no avançado que deu nas vistas na pré-época e teve a resposta desejada: Zé do Gol protagonizou o melhor momento da noite, ao aproveitar uma cobrança defeituosa de um livre, por parte de Quim, para interceptar a bola e rematar de pronto em direcção à baliza do Benfica, conseguindo um golo de bandeira, o segundo na época 2006/07, em sete jogos. Autência carraça na frente de ataque do Sp. Braga.


Quim

Na época passada, numa altura em que jogava com nítidas limitações físicas, foi impotente para travar o bis de Maxi Bevacqua que deu a vitória à formação local (3-2). Este ano, em que é primeira aposta de Fernando Santos e totalista do Benfica, regressou à «Pedreira» para nova noite de pouco acerto. Com dose de responsabilidade nos dois primeiros golos do Sp. Braga, começou por bater um livre em zona proibida (não deveria ser o guarda-redes a pontapear o esférico naquela zona), não conseguindo recuperar a tempo de travar o remate de Zé Carlos. No golo de Maciel, parece ter feito um erro de avaliação, em termos de posicionamento. Culpas que se alargam a todo o sector recuado do Benfica.

Maciel/Miguelito

O sucesso de um começa onde acaba o infortúnio do outro. Duelo individual com vencedor claro: o brasileiro aproveitou a falta de ritmo do lateral contratado ao Nacional e teve corredor aberto para fazer estragos à direita. À enésima investida pelo flanco, com Miguelito sem pernas para acompanhar a sua velocidade, Maciel aproveitou um passe de João Vieira Pinto e, antes de Ricardo Rocha fazer a compensação, atirou para o poste mais próximo, batendo Quim. Primeiro golo da época para o extremo.


Andrés Madrid

Portentosa exibição do médio mais defensivo do Sp. Braga, a varrer todo o sector com uma tranquilidade impressionante. Sentido posicional apurado, a permitir a compensação aos companheiros do sector mais recuado. Primeira parte de grande nível, anulando todas as investidas dos elementos criativos do Benfica. Na etapa complementar, teve mais apoio para suster o fluxo ofensivo da formação visitante, diluindo-se entre o bloco defensivo do Sp. Braga.


Irineu e Paulo Jorge

Boa mistura de características na dupla em estreia no eixo defensivo do Sp. Braga. Se é verdade que o Benfica, em termos ofensivos, teve uma noite apagada, é importante não esquecer a exibição dos dois centrais arsenalistas. Irineu, mais lesto, ficou livre, chamando Carlos Fernandes para a marcação a Miccoli, e teve um punhado de cortes providenciais. O capitão Paulo Jorge, que passou grande parte do encontro na marcação a Nuno Gomes, compensou a falha no golo adversário (deixou fugir Katsouranis para o cabeceamento do médio grego) com uma subida à área do Benfica, para corresponder, de cabeça, ao livre cobrado por Castanheira.


Simão Sabrosa

Não pegou no jogo com a frequência desejada, mas surgiu nos momentos decisivos para o Benfica. Arrancou cartões amarelos ao adversário, sofreu a falta que resultou no golo de Ricardo Rocha e procurou provocar desequilíbrios num sector ofensivo pouco inspirado. Não conseguiu aproveitar a melhor oportunidade da formação encarnada na etapa complementar: cabeceamento por cima da trave após cruzamento de Karagounis, no derradeiro esforço do Benfica para fugir a um destino amargo. Quando apareceu, a equipa acelerou. Fê-lo poucas vezes.


Césinha


Em nítida curva ascendente, em termos exibicionais, tem conseguido conquistar o seu espaço no onze do Sp. Braga, resistindo à mudança de treinador e à sombra de Wender. Mais um festival de bom futebol pelo flanco esquerdo, de forma ininterrupta.

IN MAISFUTEBOL



BRAGA SEMPRE MAIS!

Pé Ligeiro




Águia abatida no Minho


Rogério Gonçalves estreou-se com uma vitória no comando técnico do Braga, e logo sobre o Benfica, que assim perdeu mais três pontos para o F. C. Porto na luta pelo título. Os bracarenses deram um safanão na crise de resultados no campeonato que levou à saída de Carlos Carvalhal e subiram alguns lugares na tabela. Dois golos "made in" Brasil, apontados na primeira parte por Zé Carlos e Maciel, e outro do capitão Paulo Jorge chegaram para superar o de Ricardo Rocha, que ontem marcou ao clube de onde se transferiu para o Benfica.

O Braga teve o início de jogo com que o seu novo treinador deve ter sonhado durante toda a semana. Um golo aos sete minutos, num lance em que Quim ofereceu a bola a Zé Carlos num mau alívio e o avançado acertou na baliza com um fantástico remate de longuíssima distância, deu ao Braga a tranquilidade necessária para fazer uma primeira meia-hora de qualidade. Neste período, o Benfica foi uma equipa apática, sem fio de jogo, com um meio-campo confuso e um ataque inexistente. Depois de Zé Carlos ter desperdiçado duas boas oportunidades para aumentar a vantagem bracarense, os visitantes chegaram à igualdade de forma inesperada, contando com a colaboração de Paulo Santos, que largou uma boa aparentemente fácil e permitiu a Ricardo Rocha empurrar para as redes.

A partida mudou depois desta jogada, tornando-se mais nervosa e equilibrada.Os lances de perigo passaram a aparecer nas duas áreas e o Benfica cresceu - Nuno Gomes esteve à beira de colocar as águias em vantagem, com um cabeceamento perigoso - mas seria o Braga a colocar-se de novo vantagem, ainda antes do intervalo. João Pinto fez uma daquelas aberturas que só estão ao alcance dos predestinados, e Maciel deu-lhe a melhor das sequências, com um remate colocado.

Fernando Santos mudou a táctica ao intervalo, abandonando o 4x4x2 que só lhe dera resultados por acaso. Simão, que esteve perdido no meio-campo no primeiro tempo, passou para o seu lugar natural, encostado à ala esquerda, mas o extremos continuou sem brilhar e a equipa da Luz não conseguiu superiorizar-se a um Braga bem organizado, sempre mais tranquilo.

Ao longo da segunda parte, os anfitriões estiveram sempre mais parte de alargar a vantagem do que de sofrer novo empate, e conseguiram-no num cabeceamento certo de Paulo Jorge, perante um adversário que fez uma exibição bem abaixo das anteriores e revelou uma incapacidade ofensiva que chegou a ser gritante.

IN JN


BRAGA SEMPRE MAIS!

Pé Ligeiro

#2
Esta manhã o jornal O JOGO ainda não tinha disponibilizado a edição electrónica do dia, por isso só agora a colocar.



Gigante arsenal até abrandou...

Quim começou por precipitar a derrota das águias ao cometer um erro infantil
Braga fantástico, com Zé Carlos a desequilibrar. Águias só remataram à meia hora

Tudo simples para o Sporting de Braga: primeiro um erro inadmissível de Quim, na marcação de um livre fora da grande área – embora os médios encarnados também estivessem desatentos –; depois o golo de Ricardo Rocha, numa altura em que os comandados de Fernando Santos pouco ou nada tinham feito para merecer a sorte divina; e, por fim, a continuação do recital bracarense (... até se ouviram olés no estádio), que valeu mais dois golos. Justiça? Com um maior acerto na finalização, até poderia ser mais impiedosa a derrota do Benfica. Portanto, não houve surpresa nenhuma para quem assistiu ao jogo.
O Braga, que estreou Rogério Gonçalves no comando técnico e Jorge Costa como adjunto, infligiu ao Benfica o quarto desaire por três golos da temporada – aconteceu em três jogos para o Campeonato e num para a Liga dos Campeões. A estranha apatia encarnada foi reveladora: um remate na primeira meia hora – que, curiosamente, até deu em golo.
À falta de energia para neutralizar a cortina imposta pelo meio-campo arsenalista – que não deixou o Benfica "pegar" no jogo, impedindo que os encarnados chegassem às imediações da área defensiva da casa –, a equipa de Fernando Santos, nitidamente sem capacidade e sem fôlego para acompanhar o adversário, foi adiando o inevitável, mais pelo desacerto bracarense na zona de finalização do que propriamente pela capacidade técnica demonstrada ontem pelos seus jogadores.
Fernando Santos voltou a apostar num 4-4-2 em losango, com Miguelito a manter-se como lateral-esquerdo e Anderson a regressar à titularidade, depois de um mês e meio de jejum, mas viu a equipa engolida pela dinâmica adversária. O técnico encarnado ainda tentou, durante a segunda parte, dar outra consistência ao meio-campo, colocando Karagounis em cena e, um pouco mais tarde, Paulo Jorge. As alterações não tiveram o efeito desejado (o internacional grego a revelar-se muito preso nos seus movimentos e a perder algumas bolas no meio-campo, e Paulo Jorge a jogar sempre em esforço), e os encarnados voltaram a cair em Braga, já depois de aí terem perdido na última temporada. Numa noite de falta de acerto da linha atacante, sobretudo de Miccoli e Nuno Gomes, justificava-se a presença de Mantorras para tentar agitar um pouco as hostes. Só que essa não foi a resposta do banco... e a defesa de Rogério Gonçalves resolveu, com aparente calma, os poucos problemas que foram aparecendo – foram mesmo muito raros, diga-se.
O Braga, a jogar em 4-3-3, demonstrou sempre maior realismo – e quis vencer o jogo. A equipa foi mais combativa, mais solidária, e ganhou com toda a justiça.
 
Braga 3 - Benfica 1

Estádio Municipal de Braga
relvado Bom
22 mil espectadores
Olegário Benquerença [AF Leiria]
José Cardinal + Luís Marcelino
Braga
Treinador Rogério Gonçalves
1 |Paulo Santos GR
20 |Luís Filipe LD
3 |Paulo Jorge DC
22 |Irineu DC
13 |Carlos Fernandes LE
23 |Madrid MD
21 |Ricardo Chaves MD 86'
10 |João Pinto MO 53'
19 |Maciel AD
11 |Cesinha AE
77 |Zé Carlos AV 71'
-
12 |Dani Mallo GR
8 |Paíto LE
17 |Frechaut MD 86'
14 |Castanheira MO 71'
87 |Bruno Gama AD
15 |Wender AE 53'
99 |Matheus AE
GOLOS
1-0|8'
µ Zé Carlos
2-1|42'
µ Maciel
3-1|82'
µ Paulo Jorge
Amarelos
21' Maciel, 44' Carlos Fernandes, 56' Cesinha e 79' Ricardo Chaves.
Benfica
treinador Fernando Santos
24 |Quim GR
22 |Nélson LD
3 |Anderson DC
33 |Ricardo Rocha DC
11 |Miguelito LE
6 |Petit MD
8 |Katsouranis MD
25 |Nuno Assis MO
20 |Simão MO
21 |Nuno Gomes AV
30 |Miccoli AV
-
1 |Moreira GR
5 |Léo LE
13 |Alcides DC
19 |Karyaka MO
26 |Karagounis MO
15 |Paulo Jorge AD
9 |Mantorras AV
GOLOS
1-1|31'
µ Ricardo Rocha
Amarelos
65' Petit, 81' Paulo Jorge e 84' Miccoli.

 
Estatística do jogo

Braga
13 remates
0 pequena área
6 grande área
7 fora da área
0 poste
7 fora
3 golos
3 baliza
23,07% Eficácia remate|golo
8 Cantos
18 Faltas cometidas
0 Foras de jogo
Benfica
6 remates
1 pequena área
4 grande área
1 fora da área
0 poste
3 fora
1 golos
2 baliza
16,66 % Eficácia remate|golo
6 Cantos
10 Faltas cometidas
0 Foras de jogo



O Braga um a um

Zé Carlos vestiu a pele de conquistador

4 Paulo Santos
Não foi submetido a grande trabalho. Com culpas no golo de Ricardo Rocha, impediu, poucos minutos depois, aos 38', que o Benfica se colocasse em vantagem, ao desviar uma cabeçada de Nuno Gomes...

6 Luís Filipe
Explorou bem o seu corredor durante a primeira fase do jogo e efectuou alguns cruzamentos, a um dos quais, logo aos 6', Zé Carlos não conseguiu dar a melhor sequência. Sentiu apenas algumas dificuldades quando Simão se colocou no seu flanco.

6 Paulo Jorge
Concentrado e determinado, não permitiu que os atacantes contrários usufruíssem de oportunidades para brilhar. Aos 82', "matou" o jogo com um excelente desvio de cabeça.

6 Irineu
Uma boa exibição, a confirmar o seu potencial. Está a afirmar-se como uma séria opção para a defesa arsenalista. Complementou, com confiança, a acção do seu companheiro de sector, com o qual reparte o mérito pela consistência no eixo da defesa arsenalista.

6 Carlos Fernandes
Mais comedido do que o seu companheiro do lado, mas sem se coibir de apoiar o ataque, o lateral-esquerdo bracarense teve alturas em que privilegiou, também, o apoio mais próximo aos centrais.

7 Madrid
Um jogo em cheio. Disciplinado, determinado e com boa percepção do jogo, actuou como médio de maior cobertura e foi um filtro intransponível no meio-campo arsenalista, anulando invariavelmente a organização ofensiva contrária...

6 Ricardo Chaves
Outra boa exibição, na esteira de Madrid, com o qual colaborou de forma eficaz, quer no retirar de espaços aos centrocampistas contrários, quer na pressão exercida. Ainda se integrou, por vezes, em iniciativas ofensivas.

7 João Pinto
Um regresso às grandes exibições. Actuou como elo de ligação entre o meio-campo e o ataque e, além da dinâmica ofensiva que transmitiu, protagonizou alguns das melhores iniciativas da sua equipa, como a assistência perfeita para o golo de Maciel. Antes, aos 39', tirou tinta à baliza de Quim num remate de fora da área.

7 Maciel
Endiabrado. Encontrou na estratégia montada por Rogério Gonçalves um modelo apropriado às suas características e não deixou fugir a oportunidade. Além do golo obtido e da oportunidade desperdiçada aos 69', foram várias as aflições que causou à defesa contrária.

6 Cesinha
Possui características idênticas às de Maciel e também beneficiou da forma como a sua equipa abordou o jogo. Não marcou, mas esteve igualmente em grande evidência, colocando Nélson, amiúde, em dificuldade. Importante a sua acção a fechar o flanco.

5 Wender
Entrou aos 53' e integrou-se no espírito do jogo, transmitindo à equipa maior capacidade para controlar os acontecimentos.

5 Castanheira
Na sequência de um livre, colocou a bola na cabeça de Paulo Jorge – para este arrumar o jogo.

4 Frechaut
Entrou aos 86'...


A ESTRELA: Zé Carlos ( 8 )

Determinado e de uma enorme disponibilidade, o ponta-de-lança arsenalista mostrou desde cedo o seu espírito de conquista. Irrequieto, batalhador e sem se dar por vencido na disputa de nenhum lance, o brasileiro aproveitou um deslize de Quim para abrir o marcador com um pontapé fenomenal. Antes e depois, enquanto as forças lhe permitiram, deu água pela barba aos defesas da equipa da Luz e por pouco não conseguiu aumentar a sua conta pessoal. Saiu esgotado, aos 71', com o sentido do dever cumprido.
 

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Depois de um golo obtido na primeira jornada, frente ao Paços de Ferreira, o atacante arsenalista voltou ontem a sentir a alegria de marcar
 

Oportuno

Marcel regateou, e Zé Carlos aproveitou. Independentemente de Marcel ter ou não razão nas declarações que prestou recentemente – de que o treinador o ia tirar da equipa –, a verdade é que Zé Carlos aproveitou a ocasião para superar a concorrência... de Marcel.




Rogério Gonçalves
"Tivemos períodos brilhantes"

Na sua estreia em Braga, o técnico sublinha a organização da equipa

Rogério Gonçalves era um homem feliz depois da sua estreia como técnico principal do Braga. A vitória sobre os encarnados foi, na sua opinião, inteiramente merecida. "A estreia correu bem. Foi um jogo difícil, num relvado muito escorregadio, mas com um desfecho inteiramente justo. Houve momentos em que o Benfica comandou o jogo, mas grande parte do mesmo foi nosso, com períodos em que estivemos brilhantes", começou por analisar Rogério Gonçalves, acrescentando que não foi o Benfica que esteve aquém das suas possibilidades. "Não foi o nosso adversário que esteve mal. Nós é que fomos organizados e soubemos atacar a baliza a preceito, por isso esta vitória assenta-nos bem. Ganhámos, em suma, com mérito."
Numa análise à partida, o sucessor de Carlos Carvalhal enalteceu a atitude da equipa, mesmo depois da saída forçada de João Pinto. "Com a saída do João, a equipa continuou disponível e organizou-se. Espero que esta atitude se repita noutros jogos. Sevilha? Acredito que seja recuperável para esse jogo, ao contrário do Marcel, que está sob alçada disciplinar e que, por isso, não conta. Vai ser um jogo complicado para o Braga, mas acredito na capacidade dos meus jogadores para alcançar a vitória."
Rogério Gonçalves, humildemente, não quis deixar de repartir grande parte dos louros da vitória com a anterior equipa técnica, liderada por Carlos Carvalhal. "Penso que esta vitória tem pouco de mim e muito do anterior treinador", concluiu o técnico.

 
FRASE

"Fomos organizados e soubemos atacar (...) Esta vitória assenta-nos bem. Ganhámos, em suma, com mérito"
 
RECONHECIMENTO

"Penso que esta vitória tem pouco de mim e muito do anterior treinador [Carvalhal]"
 
SEVILHA

"Vai ser complicado, mas acredito na capacidade dos meus jogadores para alcançar a vitória"

IN O JOGO

BRAGA SEMPRE MAIS!