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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 31/10

Started by JotaCC, 31 de October de 2010, 07:37

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JotaCC

Sp. Braga ainda não sabe ganhar fora

A dureza do vermelho às portas da primeira meia hora, acabou por ser determinante no embate dos guerreiros do Minho com o lanterna vermelha da prova (0-2). O destino da equipa de Domingos Paciência esteve sempre colocado à prova, qual último classificado transformado em predador, em animal faminto a querer engolir uma presa com outro peso na cadeia alimentar.

O Rio Ave, com respeito, foi sentindo o pulso ao Sporting Clube de Braga, foi medindo os prós e contras do risco, e, mesmo com mais uma unidade durante um largo período, só aumentou a corrente após ter desgastado fisicamente o conjunto minhoto. A sina arsenalista fora de portas continua a ser madrasta...

Houve sabedoria de Yazalde no lance da grande penalidade, lançando a ratoeira a Moisés, que não conseguiu fugir ao contacto, acabou por existir uma dura penalização, com a expulsão, mas na verdade o avançado vilacondense estava cara-à-cara com Felipe e nesse prisma o cartão vermelho era o único destino para o central do Sporting Clube de Braga.

O lance deu outro cenário ao jogo, tirou capacidade aos minhotos e Domingos Paciência ainda procurou estancar o caudal vilacondense e, num plano aparente, as mudanças operadas do banco de suplentes deram maior equilíbrio táctico aos minhotos. Contudo a formação bracarense acabaria por cair ao tapete, por ser levado pela corrente já perto da recta final e numa altura que, depois de uma luta intensa pelo resultado, veio de lá de trás o lateral Zé Gomes e abriu o caminho para a vitória, a primeira na liga.

O destino nada quis com o conjunto arsenalista nos minutos finais, com Elderson a ver o ferro negar-lhe o golo. Um lance que podia ter escrito outro guião, que podia ter transformado o jogo para a recta final, mas acabaria por ser o killer instint de João Tomás a selar o final da história, com um golpe seco e frio e ditar mais uma jornada onde os guerreiros perderam nova batalha.
Do lance capital já se falou. À parte disso, João Capela sentiu algumas dificuldades, teve um ou outro erro, mas acabou por sair com nota positiva.


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Moisés: «Expulsão decidiu»
dúvidas quanto à justiça do lance que condicionou partida
   
"O lance do penálti e expulsão decidiu o jogo." Está assim, nas palavras de Vandinho, resumida a história da derrota de ontem dos arsenalistas. O capitão confessa não ter visto qualquer repetição da jogada, mas a impressão com que ficou fá-lo duvidar da justiça da decisão de João Capela: "Acho que não era falta para expulsão. Até então, tínhamos o jogo controlado e podíamos ter marcado, mas depois tudo se complicou. Estamos tristes."

Com menos um elemento desde a primeira parte, o desgaste físico foi ainda maior para os homens de Domingos. Contudo, Vandinho acredita que a fadiga não se fará sentir no duelo com o Partizan de Belgrado. "Vamos ter tempo para recuperar. Somos todos profissionais e esta derrota não faz mossa. Vamos lá fazer o nosso melhor, tentar pontuar, e continuar na luta pelo apuramento", sublinhou, acalentando esperanças na continuidade na Liga dos Campeões.

Muitos jogos

A nível interno, no campeonato, o Sp. Braga desacelerou na perseguição aos lugares de topo da tabela.

Um facto que Vandinho reconhece, mas desvaloriza: "Ao contrário do que queríamos, não foi possível vencer. Restam-nos agora muitos jogos para triunfar no futuro."


RECORD

JotaCC

Lei do mais forte na segunda ronda da Taça de Portugal

Realizaram-se este sábado os jogos da 2.ª eliminatória da Taça de Portugal.

Uma ronda sem surpresas de maior e em que prevaleceu a lei do mais forte.

Nos jogos entre equipas da 1.ª Divisão, foi emocionante o que opôs a Fundação Jorge Antunes ao Freixiero, com a formação de Matosinhos a cair no desempate por grandes penalidade, após empate a três golos no final do tempo regulamentar e a nova igualdade, desta vez a quatro bolas, no final do prolongamento.

O Mogadouro, em casa, não foi capaz de suplantar o Alpendorada e continua assim sem vencer nesta temporada.

Recorde-se que o Mondim de Basto-Chaves Futsal não se realizou devido à desistência da equipa anfitriã.

Eis os resultados desta segunda ronda:

Zona Norte

Piratas de Creixomil, 2-Boticas, 5
Macedense, 2-Modicus-Sandim, 4
Esc. Prof. Braga, 6-FC Foz, 5
ABC Nelas, 1-Rio Ave, 5
Monte Pedras, 2-CRECOR, 3
Fundação Jorge Antunes, 4-Freixieiro, 4 (9-8, após gp)
Póvoa Futsal, 6-Lameirinhas, 2
COHAEMATO, 2-Académica, 4 (2-4, após gp)
Futsal Azeméis, 6-Covão Lobo, 2
Paredes, 2-SC Braga, 5
Mogadouro, 2-Alpendorada, 4

Hoje
Viseu Futsal-Fundão 16 horas
Ossela-Boavista 17 horas
FARLAB-Junqueira 17 horas

Zona Sul

Torpedos, 1-Benfica, 7
Fabril, 1-São João, 5
Vinhais, 5-Quinta dos Lombos, 1
Albufeira, 0-AMSAC, 2
Externato da Benedita, 4-Loures, 6
Amarense, 1-Operário, 1 (5-6, após gp)
Instituto D. João V, 6-Vitória Olivais, 1
Eléctrico, 1-SL Olivais, 5
Ereira e Benfica, 2-Sporting, 9
Vilaverdense1, -Sassoeiros, 6
Portela, 3-Belenenses, 4
Inter Vivos, 7-Sapalense, 5
Ladoeiro, 4-Nacional, 6
Dramático de Cascais, 1-Leões de Porto Salvo, 3


A BOLA

JotaCC

A besta negra foi finalmente bestial

Em véspera de noite das bruxas, Domingos Paciência não podia ter desejado pior fantasma. Ele, que na época passada caçou quase todos os que assombravam o histórico minhoto, continua sem acelerador nuclear capaz de engolir o maior de todos: o Rio Ave de Carlos Brito. Na época passada perdeu nos Arcos os primeiros pontos do campeonato (à oitava jornada) e, mais tarde, foi eliminado no Estádio AXA da Taça de Portugal. Na época anterior, os vila-condenses também não foram meigos contra a equipa então orientada por Jorge Jesus: duas vitórias, uma delas a valer o afastamento de outra Taça, a da Liga. Bestiais nessas ocasiões, os homens do mar voltaram ontem a sê-lo. Finalmente e pela primeira vez este campeonato, isto quando a última vitória aconteceu a 28 de Fevereiro deste ano, dia em que venceu em Coimbra. A estreia a vencer vale desde já a entrega da lanterna-vermelha, ainda que à condição, à Naval. E confere oxigénio e confiança para que a recuperação prossiga. Qualidade há. E muita.

Apesar da derrota, o treinador do Braga fez de tudo para que fosse desta a exorcização. Montou uma equipa de ataque e depois da expulsão de Moisés rejeitou a solução mais fácil e manteve Lima em campo. Após o intervalo também foi hábil mentalmente. Tirou o dito avançado (era um a menos), lançou Paulo César e, sem alterar o figurino, recuou a linha de ataque para convidar o Rio Ave a assumir o jogo e contra-golpear nas costas da improvisada defesa adversária. Com um a menos, a jogar em casa e sem vitórias na Liga, era obrigatório.

Apesar disso, Carlos Brito recusou arriscar. Isto sem que, com um jogador a mais, a sua equipa tivesse, até então, sido melhor. Curiosamente, o lance que ajuda a definir o jogo até ajudou, nessa fase, o Braga. A defesa de Felipe é fantástica e restituiu confiança após uma primeira hora de excelente futebol e muitos golos (de parte a parte) desperdiçados. Na segunda parte é que foram elas. Um a menos fez mesmo toda a diferença.

Sem Mossoró (sacrificado para Rodriguez refazer a defesa), Luis Aguiar esgotou-se para acumular posições. Teve de sair, mas Salino, estranhamente em baixo, não o conseguiu substituir. Sem meio-campo e com o entendimento entre o novo quarteto da retaguarda muito longe do ideal, a equipa encolheu-se e levou com a avalanche de três homens endiabrados: Bruno Gama, Yazalde e João Tomás. Curiosamente, foi um lateral que desfez a muralha edificada por Felipe com excelentes intervenções. A resposta bracarense foi célere, mas esbarrou na trave. E, como nestas coisas do futebol as máximas continuam a valer, quem não marca sofre a seguir. Estava consumada a surpresa que deixa o Braga com o título muito longe e o segundo lugar já sem dependência própria. Com Moisés tudo podia ter sido diferente...


O Tribunal de O JOGO
Queda polémica

O lance que teve como consequência a expulsão do central bracarense Moisés e um penálti que uma grande defesa de Felipe deixou sem expressão no marcador não tem leitura unânime entre os especialistas de O JOGO, mas, a maioria concorda com a decisão de João Capela, a quem são apontados outros erros, numa noite de temporal, em Vila do Conde, que foi deixando o terreno cada vez mais adverso, para todos os protagonistas do desafio.

Momento mais complicado

26' É bem ajuizado o lance em que é assinalada grande penalidade sobre Yazalde, com expulsão de Moisés?

Jorge Coroado

-

Não houve qualquer infracção de Moisés sobre Yazalde. Este soube aproveitar bem a proximidade do adversário para ludibriar ou ajudar o árbitro a enganar-se.
Pedro Henriques

+

Yazalde, que parte de posição legal, isola-se e, já dentro da área, é carregado nas costas pelo braço direito de Moisés. Grande penalidade e expulsão, por destruir uma clara oportunidade de jogo.
Paulo Paraty

+

Após considerar faltosa a intervenção de Moisés, João Capela só tinha uma opção disciplinar, o cartão vermelho. É evidente que Moisés coloca o braço sobre as costas de Yazalde, com força suficiente (ou não) para o fazer cair, pelo que aceito a decisão do árbitro.

Outros casos

8' Elderson comete falta passível de grande penalidade sobre Bruno Gama?

30' Gaspar escapa a sanção disciplinar, no lance em que derruba Mossoró?

57' Ficou por assinalar falta de Bruno Gama sobre Sílvio?

83' Paulo Santos cometeu alguma irregularidade ao agarrar a bola, depois de a ter largado?

Jorge Coroado

+

Não houve qualquer infracção. O contacto foi normal e, desta vez, em excepção à regra, o árbitro não entendeu faltoso o contacto havido.

-

Gaspar foi objectivo e deliberado na falta cometida por trás, justificando advertência com cartão amarelo e livre directo. Sem pára-brisas para limpar a chuva da frente, o árbitro não terá visto.

-

Bruno Gama carregou Sílvio à margem das regras, empurrando-o vigorosamente. Falta a justificar livre directo, que não foi assinalada.

-

Paulo Santos segurou a bola, fez condução da mesma, largou-a e voltou a agarrar. Livre indirecto deveria ter sido apontado e não foi. Esta parte da regra o árbitro não deve ter lido.

Pedro Henriques

+

Bruno Gama cai por acção de um contacto físico normal com Elderson, sem motivo para qualquer tipo de sanção.

+

Gaspar, ao tentar tocar a bola, toca no pé de Mossoró, de forma negligente. Infracção passível, apenas, de livre directo.

+

Carga de ombro correcta, sem infracção, num lance que ocorre fora da área.

+

O árbitro interpretou que Paulo Santos não controlou a bola, por estar escorregadia. Caso não fosse esse o entendimento, teria de marcar livre indirecto.

Paulo Paraty

+

Não me parece. Trata-se mais de um choque do que de uma falta. Creio ter estado bem João Capela.

+

Atendendo à gestão disciplinar que estava a fazer do jogo, parece-me normal a não exibição desse cartão amarelo, considerando a intervenção de Gaspar apenas negligente.

+

O lance ocorre fora da área, mas, mesmo assim, Bruno Gama não comete falta. Com a bola jogável, apenas ganha a posição a Sílvio, que choca com ele.

-

Não se trata de uma defesa incompleta. Paulo Santos jogou a bola a dois tempos: controlou-a, deixou-a cair no relvado e voltou a agarrar; livre directo por assinalar.

Apreciação global
Jorge Coroado

Chuva, vento e terreno não ajudaram. O árbitro, com presunçosa atitude de superior sapiência, também desajudou. Dificuldade no entendimento dos contactos, baralhação na interpretação técnica e acção disciplinar.

Pedro Henriques

O árbitro adoptou a conduta disciplinar em virtude dos inúmeros choques e contactos físicos, devido ao estado do terreno. Esteve tecnicamente bem, em boa condição física e bem auxiliado pelos assistentes.

Paulo Paraty

Em ascensão de carreira, João Capela aplicou-se para conseguir um bom desempenho. Uma ou outra dúvida, com mais ou menos importância, não invalidam o trabalho positivo.


O Braga um a um
Um grande Felipe, foi muito pouco

Felipe 7

Fez o que lhe competia. Para além de ter defendido o penálti, conseguiu ir adiando o golo do Rio Ave.

Sílvio 5

Defendeu com a garra habitual, mas o acerto nem sempre foi o melhor. A atacar ainda deu um ar da sua graça, conseguindo ir à linha e cruzar.

Moisés 1

Deixou-se antecipar por Yazalde em duas ocasiões. Na primeira viu o avançado rematar ao poste, na segunda derrubou-o na grande área e foi expulso.

Léo Fortunato 5

Na estreia como titular cortou alguns lances perigosos, mas faltou-lhe calma para sair a jogar com a bola.

Elderson 4

Esteve perto de marcar, mas com a baliza praticamente aberta fez o mais difícil e acertou no poste. A defender comprometeu em algumas ocasiões, perante a técnica de Bruno Gama ou a força de Yazalde.

Luis Aguiar 5

Começou por ser o organizador e até esteve perto de inaugurar o marcador, mas aos poucos foi desaparecendo do jogo até ser substituído.

Vandinho 5

Trabalhou muito, sobretudo na recuperação. Pena foi que tivesse falhado alguns passes na saída para o ataque.

Alan 6

Rápido e objectivo, criou alguns dos lances mais perigosos, que não foram aproveitados pelos colegas.

Mossoró 4

Sem arte nem engenho para desequilibrar. Insistiu em demasia nos lances individuais e perdeu muitas bolas.

Matheus 5

Ainda deu que fazer à defesa contrária, mas a exibição fica marcada pelo golo que falhou, depois de correr meio-campo com a bola.

Lima 4

Previsível nas movimentações, foi bem anulado pela defesa contrária.

Rodriguez 4


Bem no jogo aéreo, sentiu dificuldades para suster a velocidade dos avançados adversários.

Paulo César 3

Sem possibilidades para brilhar. Não foi o trunfo do costume que saiu do banco.

Leandro Salino 2

É certo que ofereceu frescura ao meio-campo, mas fora isso nada acrescentou em termos criativos.


Domingos Paciência

"Mais noites assim e será difícil ganhar"

Desolado, no final do encontro Domingos Paciência destacou a falta de eficácia da sua equipa e ainda o lance do penálti, na sua óptica inexistente, para justificar o desaire da sua equipa em Vila do Conde. "Se tivermos mais noites assim, como estas, será difícil ganhar", começou por declarar o treinador do Braga, nada satisfeito, logicamente, pela forma como o jogo decorrera. "Há aspectos marcantes, como a ineficácia da nossa parte, depois de termos criado as melhores oportunidades de golo na primeira parte, em que podíamos ter marcado, por intermédio do Matheus, mas não o conseguimos. Depois, o lance do penálti acabou por decidir o jogo, pois jogar com 10 obviamente que torna as coisas bastante mais difíceis". Se nas primeiras declarações Domingos confessava muitas dúvidas sobre o penálti de Moisés sobre Yazalde, depois de visionar as imagens televisivas ficou com a certeza de que o árbitro João Capela se equivocara. "Já vi o lance e vê-se que o Yazalde se lança na frente do Moisés, cai e não há penálti. Claro que [Yazalde] tirou partido da situação, ganhou a frente e lançou-se ao chão. O árbitro assinalou penálti e esse lance acabou por marcar o desfecho do jogo. Os árbitros têm que medir melhor este tipo de lances. Aliás, o Sílvio teve um lance idêntico e nada foi assinalado".

O técnico bracarense recorda que com menos um jogador em campo, o Braga viu aumentarem as suas dificuldades perante um adversário em busca da primeira vitória no campeonato.

"Claro que a partir do momento em que ficámos reduzidos a 10 passámos por maiores complicações e o Rio Ave na primeira vez que chegou à nossa baliza fez um golo. Isso mudou o jogo, que foi bastante ingrato para nós, até porque também falhámos no momento da concretização". Em relação ao futuro, o técnico revela-se confiante, referindo, a propósito: "Mantendo o nosso trabalho e com a persistência de sempre, tenho a certeza que, com este grupo forte e coeso, conseguiremos manter intactos os nossos objectivos de fazer um bom campeonato".


Felipe
"O penálti foi duvidoso"


"É verdade que defendi o penálti, mas o mais importante era sairmos de Vila do Conde com os três pontos e isso não conseguimos", declarou, no final, o guarda-redes do Braga. Aliás, fez questão de confessar as suas dúvidas relativas ao castigo máximo. "Sabíamos que o jogo ia ser difícil e que o Rio Ave ia tornar a nossa tarefa muito complicada. Quanto a mim, o penálti foi duvidoso e com um jogador nosso expulso, as coisas pioraram bastante. De qualquer modo, a nossa equipa está de parabéns pela forma determinada como se bateu e agora há que levantar a cabeça, pois na quarta-feira teremos outro jogo", disse Felipe. Quanto ao rumores sobre uma eventual saída em Janeiro, rumo ao Brasil, comentou: "Não, a minha cabeça está no Braga e só penso em trabalhar para ajudá-lo a fazer o melhor possível nas competições em que está envolvido. Só estou cá há dois meses e ainda tenho muito a demonstrar..."


Vandinho
"Expulsão não me pareceu correcta"


Vandinho considerou que o lance protagonizado por Yazalde e Moisés foi determinante. "O momento-chave foi o penálti assinalado contra nós, quando controlávamos o jogo. Não vi as imagens, mas, independentemente disso, a expulsão não me pareceu correcta". Agora, o pensamento está centrado na Champions. "Temos um grupo de grandes profissionais e com um trabalho forte de recuperação, vamos conseguir um bom resultado em Belgrado. Esta derrota em Vila do Conde em nada compromete o nosso campeonato e os nossos objectivos. Vamos trabalhar forte para regressar às vitórias", disse.



Moreira marca Partizan lidera

O Partizan, equipa que o Braga vai defrontar quarta-feira, em jogo da quarta ronda da Liga dos Campeões, venceu em casa o FK Jagodina, por 3-0, em partida a contar para a 10ª jornada, e assumiu a liderança do campeonato sérvio. O português Moreira inaugurou o marcador, aos 51 minutos, sendo a vantagem ampliada por Iliev, aos 81'. Petrovic, nos descontos, fechou a contagem, através de um penálti. Depois deste triunfo, o Partizan lidera com 25 pontos, mas tem mais um jogo disputado do que o Estrela Vermelha (22 pontos), que visita hoje o Hajduk Kula.

Emprestado pelo Sporting ao Partizan, o guarda-redes Stojkovic voltou a ser titular, realizando algumas boas defesas.


Energia aos saltos

Não faltaram ingredientes para atraírem a atenção no jogo de ontem. Houve períodos de muita chuva, trovoada, mas junto ao mar (só deu para perceber os relâmpagos à distância), e cortes de energia. As quebras de electricidade foram constantes, a ponto de comprometer a transmissão da Sport TV, que por momentos ficou em suspenso. Pelo menos, não faltou a luz nos holofotes do estádio, permitindo o desenrolar do espectáculo sem sobressaltos, isto é, para o Rio Ave.


Ex-roupeiro homenageado pelo Rio Ave

António Pires Rodrigues, depois da homenagem da autarquia de Vila do Conde, voltou a ser reconhecido pelos 61 anos de dedicação ao Rio Ave. O antigo roupeiro e sapateiro foi agraciado com uma camisola do clube autografada pelos jogadores.



Centrais com quinta dupla e menos um totalista

Moisés e Felipe eram, até ontem, os únicos totalistas no campeonato bracarense. Com a expulsão do primeiro, o treinador tem de improvisar na próxima jornada, contra o Beira-Mar, como ontem fez. Rodriguez/Fortunato foram a quinta dupla de centrais já usada esta época.


Vítor Baía ao lado de Fernando Couto

O ex-director das relações externas do FC Porto, Vítor Baía, chegou ao estádio quase em cima da hora do jogo e sentou-se na tribuna ao lado de Fernando Couto, director-desportivo do Braga, relembrando os tempos em que ambos eram titulares dos dragões.


O JOGO

JotaCC

Crónica de jogo
A primeira vitória caiu para o lado do Rio Ave de Yazalde e Bruno Gama

O Sporting de Braga continua sem vencer fora, enquanto a equipa vila-condense ganhou pela primeira vez na Liga

Não houve empate, portanto alguma estreia teria de acontecer - e não foi a primeira vitória fora do Sporting de Braga. Foram precisos nove jogos para o Rio Ave conseguir o primeiro triunfo no campeonato. O sucesso contra o vice-campeão (2-0), que jogou mais de uma hora com menos um, permite que o clube vila-condense respire um pouco melhor e escape, à condição, ao último lugar da classificação. Para a equipa de Domingos Paciência as contas são outras: era difícil fazer melhor em Vila do Conde dada a expulsão de Moisés, mas o topo da tabela está mais longe.

A chuva e o vento complicaram as coisas às duas equipas, mas se se tivesse que apontar um problema principal para os bracarenses - para lá de jogarem em inferioridade numérica, claro -, esse seria a velocidade de Yazalde, um jogador que pertence ao clube minhoto, mas está cedido ao Rio Ave.

As dificuldades com o jovem avançado começaram cedo, quando Felipe teve de sair aos seus pés, continuaram quando Moisés e o guarda-redes hesitaram e só o poste os salvou (11") e extremaram-se quando o árbitro João Capela considerou que o defesa-central o travou ilegalmente na grande área (27"). Felipe defendeu a grande penalidade de João Tomás e o Rio Ave, que jogou com nove portugueses no "onze", parecia que estava mesmo condenado a só marcar de cabeça.

Mas o lance desequilibrou o jogo. Domingos certamente não queria perder um dos melhores centrais da Liga e também não queria usar Rodríguez antes do jogo com o Partizan, mas teve que o fazer.

A capacidade de o Braga criar perigo praticamente terminou aí, mas antes tinha-se feito notar, quando Vandinho isolou Matheus (Paulo Santos defendeu) e quando o avançado protagonizou um contra-ataque simultaneamente brilhante e egoísta (Alan sprintou para se colocar em posição privilegiada, mas não recebeu a bola), que terminou com o salvamento de Wires.

Na segunda parte, os locais foram-se aproximando da baliza e o golo acabou por surgir por onde menos se esperava, obra do lateral-direito Zé Gomes, que rematou cruzado após passe de Bruno Gama (72"). Já depois de Sidnei ter falhado o 2-0, o Braga teve tudo para chegar ao empate - menos a pontaria de Elderson, que atirou ao poste. Na resposta, João Tomás, novamente após assistência de Gama, fez o seu terceiro golo nesta Liga, o primeiro com o pé, e sentenciou o triunfo.

Perfeito em casa, o Braga sofreu a terceira derrota em cinco jogos realizados como visitante. "O Rio Ave venceu o Sporting de Braga em juniores por 2-0", lembrava-se na instalação sonora do estádio antes do jogo. Os adultos não lhes ficaram atrás.

PUBLICO

JotaCC

Rio Ave confirma estatuto de besta negra do Braga

Mau ensaio do Braga e noite feliz para o Rio Ave, com golos de Zé Gomes e de João Tomás, na primeira vitória vila-condense na Liga. Depois das diabruras da época passada, o Rio Ave voltou a ser a besta negra dos arsenalistas, que perderam terreno para os lugares da frente e levam na bagagem uma derrota antes da partida de quarta-feira, com o Partizan, para a Champions.

A expulsão de Moisés, por falta sobre Yazalde, obrigou o Braga a jogar dois terços do desafio com menos uma unidade. E este pequeno grande pormenor fez diferença, pois se até esse lance, aos 27 minutos, era a equipa de Brito quem mais fazia pela vida, para chegar ao golo, a tendência acentuou-se com os arsenalistas em inferioridade numérica.

A primeira parte resume-se às escapadelas de Matheus e de Yazalde. Este último esteve muito mexido. "Tirou" Moisés do jogo e enviou uma bola ao poste. Do lado contrário, o "ciclista" Matheus, numa jogada de contra-ataque, fez uma maratona desde o meio-campo, mas finalizou mal.

As equipas foram para o intervalo com o resultado em aberto, perante a observação atenta de Vítor Baía, que fez companhia ao bracarense Fernando Couto na tribuna.

O reatamento trouxe um Rio Ave afoito e transformou Felipe numa das figuras do jogo. O guarda-redes brasileiro defendeu até onde pôde, mas já não conseguiu deter o remate cruzado de Zé Gomes. Estava aberto o caminho, mais tarde alargado com o segundo tento, podendo o Braga, pelo meio, queixar-se da falta de sorte, numa bola no poste, de Elderson. Mas, um espectador imparcial, dirá que o Rio Ave venceu bem.


JN