NOTICIAS DO ENORME DO DIA 18/09

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A goleada que doeu não faz mais mossa
DOMINGOS SEM REVOLUÇÃO À VISTA

A goleada de Londres doeu mas não vai fazer mais mossa! Domingos Paciência não vai operar uma revolução no onze para Paços de Ferreira, como muita gente podia estar a prever, e tudo por uma razão muito simples: tem de ser o coletivo a assumir o desaire inesperado e convém não esquecer que o adversário se chamava Arsenal...

É verdade que o treinador tinha agora uma boa oportunidade para provar a profundidade do seu plantel em qualidade, pois é longa a fila de espera de jogadores credenciados que anseiam entrar no núcleo duro (como se destaca na peça ao lado). Mas a equipa que vai subir ao relvado da Mata Real terá alterações pontuais que são umbilicalmente ligadas ao jogo em si e ao novo adversário e não por aquilo que aconteceu no Emirates na última 4.ª feira.

O óbvio Salino

Parece lógico, por exemplo, o regresso de Leandro Salino ao meio-campo. O brasileiro estava castigado na Champions e tem sido uma das figuras de destaque neste início de época, aliando a regularidade exibicional a uma utilidade ao coletivo difícil de igualar pelos seus concorrentes mais diretos. Em relação ao jogo de Londres, vai sair um dos acompanhantes de Vandinho, mas entre Luís Aguiar e Hugo Viana é este último que deve voltar ao banco de suplentes, tal como no último jogo da Liga, no Dragão.

Elderson, por seu turno, também volta a estar disponível, mas neste caso não há crédito acumulado, como se viu no confronto com o FC Porto. De qualquer maneira, o nigeriano pode regressar ao seu posto, obrigando Sílvio a voltar à direita da defesa de onde sai Miguel Garcia.

Nas tais alterações pontuais, a frente de ataque também pode ter novamente Lima como referência. Matheus tem sido aposta nos jogos da Champions, como foi com o Arsenal e já tinha sido em Glasgow e em Sevilha, mas até está a necessitar de gerir o esforço acumulado.

Ou seja, no máximo serão três entradas, todas estratégicas e plenamente justificadas.



Rodríguez sem lugar no boletim
EDUARDO ESTÁ LESIONADO

Rodríguez está bem e só falta saber se se recomenda a sua utilização em Paços de Ferreira. O peruano acusou queixas ao nível dos gémeos antes do jogo de Londres, onde alinhou os 90 minutos, mas ontem nem sequer vem referenciado no boletim clínico. Está clinicamente apto e só não joga na Mata Real se Domingos optar por uma medida de gestão de esforço.

Eduardo é o novo cliente do departamento clínico dos minhotos. O defesa sofreu uma contratura na face posterior da coxa esquerda.



Meyong volta ao local do crime?
marcou nas duas últimas visitas a p. ferreira

Será que Meyong vai voltar ao local do crime? O camaronês é um caso paradigmático neste início de época. Renovou o seu contrato por mais duas, depois de uma longa novela no defeso, mas acabou por ser vítima do excesso de estrangeiros no plantel que obrigou Domingos a abdicar de várias elementos na lista da Champions.

Meyong não será opção para os jogos europeus, mas continua com crédito nas outras batalhas e a visita a Paços de Ferreira até encerra a curiosidade de um registo histórico que joga em favor do avançado camaronês. Foi Meyong que decidiu a vitória da época passada na Mata Real (0-1 na 14.ª jornada) e foi também ele que marcou um dos golos (o outro foi Paulo César) do triunfo de há dois anos. O Sp. Braga, de resto, não perde em Paços de Ferreira desde janeiro de 2007 (3-2 na ronda 16) e há três anos também venceu com golos de Vandinho e Roland Linz.

Meyong até afinou a pontaria no jogo-treino com os juniores realizado anteontem. O camaronês marcou um dos golos da vitória de 3-0, tendo os outros dois sido da autoria de Keita, avançado que (des)espera por uma oportunidade...

Domingos Paciência divulga hoje ao final da tarde a convocatória para o jogo de amanhã e aí já se saberá se Meyong vai continuar entre os eleitos nos jogos "caseiros", dado que o camaronês foi chamado para o encontro da última ronda no Dragão.

Conferência e treino

O treinador promove esta tarde (15 e 30) a conferência de imprensa da antevisão do jogo na Mata Real, mas naturalmente a noite negra da Champions será ainda tema de conversa. A equipa não é vista desde Londres. Hoje há novo treino fechado, tal como ontem.



RECORD

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Reacção feroz às desilusões

Há uma temível tendência do Braga para reagir furiosamente às derrotas ou às desilusões que proporciona aos adeptos. Tome-se como exemplo o que aconteceu na temporada transacta, na qual os bracarenses se revelaram implacáveis para os adversários que apanharam pela frente logo após uma decepção. Em sete jogos, a equipa de Domingos Paciência obteve outros tantos triunfos, o primeiro dos quais depois da enorme surpresa (pela negativa) que foi o afastamento na pré-eliminatória da Liga Europa, na sequência de dois desaires com o Elfsborg. A Académica, então ainda treinada por Rogério Gonçalves, foi a vítima dos minhotos e, tendo em conta o que viria a acontecer a partir daí, nem se pode dizer que tenha sido atropelada, pois perdeu apenas por 1-0. É que os arsenalistas apontaram, em média, 2,4 golos nos encontros que se seguiram às tais desilusões.

Um dos piores momentos do Braga em 2009/10 foi a pesada derrota averbada em Fevereiro no Estádio do Dragão, contra o FC Porto, que atirou definitivamente com a equipa para trás do Benfica na classificação da Liga. Eduardo sofreu cinco golos, mas na jornada seguinte viu os companheiros marcarem três ao Olhanense, tantos quantos encaixou o arqui-rival Guimarães, que surgiu no caminho dos Guerreiros do Minho depois de estes terem saído derrotados do Estádio da Luz. Aliás, este foi o resultado que mais vezes Alan e companhia conseguiram, já que Setúbal (décima jornada) e Belenenses (18ª) também foram despachados com uma "minigoleada".

Ora, é precisamente esta tendência para reagir positivamente às desilusões que o Braga vai querer confirmar amanhã, contra o Paços de Ferreira, na Mata Real. Afinal de contas, já foi com a intenção de despertar os jogadores que António Salvador, presidente do clube minhoto, disparou algumas críticas para o interior do balneário após a noite de pesadelo de Londres e que Domingos tem vindo a trabalhar.

RESPOSTA ÀS DESILUSÕES

DESAIRE REACÇÃO

Elfsborg (D, 2-0)* Académica (V, 1-0)

Guimarães (D, 1-0) Setúbal (V, 3-0)

Sporting (D, 2-1) Nacional (V, 2-0)

Trofense (D, 1-0) Académica (V, 2-0)

Rio Ave (E, 0-0)** Belenenses (V, 3-1)

FC Porto (D, 5-1) Olhanense (V, 3-1)

Benfica (D, 1-0) Guimarães (V, 3-2)

* Eliminação na pré-eliminatória da Liga Europa

** Eliminação nos quartos-de-final da Taça de Portugal, após grandes penalidades (6-5)


No palco ideal para a ressurreição

Se há estádios que dão garantias a Domingos Paciência na obtenção de um resultado positivo depois da pesada derrota sofrida pelo Braga contra o Arsenal, na jornada inaugural da fase de grupos da Liga dos Campeões, é o da Mata Real. É que desde que se estreou no principal escalão português, na época de 2006/07, o agora treinador dos Guerreiros do Minho nunca perdeu no recinto do Paços de Ferreira para o campeonato. Nas duas primeiras ocasiões saiu de lá com um empate, ambos conseguidos ao serviço da Académica, enquanto na última, já com o emblema arsenalista no bolso do casaco, alcançou mesmo a vitória. Foi uma cabeçada certeira de Meyong, que esta temporada até não tem sido muito utilizado - apareceu apenas em dois encontros, num total de 46 minutos jogados -, que deu ao técnico natural de Leça da Palmeira o triunfo num dos estádios tradicionalmente mais complicados do futebol português. Aliás, o próprio Braga tem-se dado bem nas últimas visitas à capital do móvel, uma vez que regressou a casa com os três pontos nas últimas três temporadas.

DOMINGOS NA MATA REAL

ÉPOCA EQUIPA RESULTADO

2007/08 Académica 1-1

2008/09 Académica 1-1

2009/10 Braga 1-0


Rodriguez apto para a Mata Real

Foi um Rodriguez praticamente sem limitações que se apresentou na sessão de trabalho de ontem, realizada novamente longe dos olhares mais indiscretos, e na qual alguns dos titulares do jogo contra o Arsenal efectuaram trabalho específico. O internacional peruano, que apresentou algumas queixas musculares na sequência do embate de Londres, está recuperado e poderá, assim, alinhar no encontro de amanhã (18 horas), na Mata Real, contra o Paços de Ferreira.



Elderson também recupera lugar no onze

Apesar da exibição fraca contra o FC Porto, Elderson regressará ao onze bracarense na Mata Real. Miguel Garcia, que o substituiu em Londres, também não foi nada feliz. Sem vantagem exibicional para nenhum, o nigeriano voltou então a ganhar vantagem porque Domingos Paciência prefere ver Sílvio do lado direito da defesa. De regresso à titularidade está ainda Leandro Salino, como já demos conta ontem. Hugo Viana é a hipótese mais provável para saltar fora. O português está mais atrasado na preparação e, para já, Luis Aguiar oferece outro tipo de garantias ao treinador.


Vazio defensivo dispara encaixe


A imagem de uma defesa de ferro está a descolar-se do Braga, infelizmente para Domingos Paciência. Em nove jogos disputados esta época, a equipa já sofreu mais de metade (15) do total de golos encaixados nas 39 partidas da época transacta (29). Como desculpa pode usar-se o facto de nem Arsenal nem Sevilha terem feito parte do cardápio de adversários de 2009/10. Mas, em qualquer circunstância, os 12 golos dos últimos quatro jogos são excessivos face ao habitual rigor que pautava a equipa.

A quebra defensiva explica-se, em parte, pelas perdas de uma época para a outra, que implicam quebra de rotinas e procedimentos. No ataque isso não aconteceu, pois António Salvador só mexeu no sector mais recuado: vendeu Eduardo e Evaldo, não renovou com Filipe Oliveira.

No campeonato, a média é bem melhor: um golo por jogo. Ainda assim pior do que os 0,67 da temporada transacta.


AXA à prova de roubo numa dicotomia gigantesca

Quatro jogos em casa, quatro vitórias. Cinco jogos fora, apenas um triunfo, embora na ocasião mais importante (em Sevilha). A dicotomia casa/fora tem sido gritante neste início de temporada e revela-se essencialmente no número de golos sofridos: um no AXA (contra o Portimonense), 14 fora dele (só seis foram em Londres). No que respeita aos golos marcados, equilíbrio absoluto: oito no AXA, sete repartidos por Glasgow, Sevilha e Dragão.



Eduardo junta-se a Quim e volta a adiar estreia

A lesão de Eduardo é novidade no boletim clínico arsenalista, deixando Quim de ser o único impedido do grupo por motivos físicos. O lateral-esquerdo sofreu uma contractura da face posterior da coxa esquerda e vê novamente adiada a estreia em jogos oficiais.



Sevilha oferece-se para pagar estragos do AXA

As várias cadeiras arrancadas pelos adeptos do Sevilha e os outros estragos adjacentes vão ser pagos por aquele clube andaluz. O Sevilha assumiu responsabilidades, "condenou" os actos e informou o Braga que procederá à respectiva indemnização.


O JOGO

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Reacção com Salino de volta ao onze

A reacção ao 'pesadelo' de Londres é obrigatória em Paços de Ferreira e será com um onze diferente do que se viu no Emirates Stadium. De volta à titularidade vai estar Leandro Salino, depois de ter ficado de fora da Liga dos Campeões devido a castigo. A ausência do médio foi evidente e revela-se mesmo como a principal nota de destaque na equipa que irá atacar a quinta jornada da Liga, amanhã, na 'capital do móvel'.

Salino tem sido um dos joga-dores mais influentes no meio-campo arsenalista - e tinha jogado, praticamente, todos os minutos esta época - e será novamente aposta para o miolo juntamente com Luís Aguiar e Vandinho.

No duelo com o Arsenal, Domingos Paciência apostou em Hugo Viana, no entanto, o médio falhou em termos de organização de jogo, devendo ser o candidato mais forte à alteração.
Com a missão clara de gerir as emoções e minorar os danos colaterais sofridos após o desaire londrino, Domingos vai mexer na equipa, que deverá ter novamente Sílvio no lado direito da defesa e Elderson (regressado após castigo) na esquerda.

CORREIO DO MINHO

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O melhor e o pior de Domingos

Tantas partidas como Jorge Jesus. Mais triunfos. Nove golos sofridos em dois jogos é novidade.

O Arsenal, sempre o Arsenal. Há todo o interesse por parte do clube e, especialmente, de Domingos Paciência em apagar rapidamente da memória colectiva bracarense o pesadelo de Londres, mas a desastrada e desastrosa estreia do Sp. Braga na Champions teima em manter-se demasiado fresca, terrivelmente vivificada no imaginário minhoto.

Ainda por cima, a visita ao Emirates Stadium foi o jogo n.º 48 de Domingos ao serviço do Sp. Braga e essa marca adquire relevo suplementar por ser idêntica ao somatório total de partidas realizadas por Jorge Jesus, há duas épocas, na liderança da equipa bracarense. É, pois, altura perfeita para comparar registos, para pesar prós e contras, para conferir quantas vitórias, quantas derrotas e empates foram coleccionados pelos dois últimos técnicos arsenalistas.

Deste comparativo emerge, com clareza absoluta, um pormenor que pode servir de estímulo ou hipotético lenitivo para o treinador bracarense, após viagem profunda, duríssima e aterradora à densa escuridão londrina. É que as 31 vitórias conquistadas pelo Sp. Braga neste reinado de Domingos Paciência colocam-no num patamar incontestavelmente superior ao do actual treinador do Benfica, que somara menos sete vitórias em igual número de desafios. Logicamente, os empates (7) e as derrotas (10) consentidas na era de Domingos são em dose inferior às verificadas na passagem de Jorge Jesus pela cidade dos Arcebispos (empatou 13 vezes, perdeu 11).

A BOLA

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Três alterações para a Mata Real

Domingos Paciência promoveu três alterações na lista de convocados do Sp. Braga para o jogo com o Paços de Ferreira, na Mata Real.

Recuando aos eleitos para o encontro com o Arsenal, ficaram de fora Léo Fortunato, Hélder Barbosa e Elton. Em sentido inverso, foram chamados Elderson, Salino e Meyong.

O defesa-central Rodriguez, que apresentou queixas na sequência do compromisso na Champions, foi um dos 19 jogadores convocados para a deslocação à capital do móvel.

Lista de convocados: Artur, Felipe, Miguel Garcia, Sílvio, Moisés, Rodriguez, Paulão, Elderson, Vandinho, Andrés Madrid, Salino, Luís Aguiar, Hugo Viana, Mossoró, Alan, Paulo César, Matheus, Lima e Meyong.


«Só tem de haver uma reacção positiva» - Domingos

Domingos Paciência diz que o jogo com o Arsenal deixou uma única opção ao Sp. Braga, que passa por vencer na Mata Real. «Só tem de haver uma reacção positiva», argumenta, aludindo à pesada derrota averbada em Londres, na estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões.

«Só tem de haver uma reacção positiva. Compete-me escolher quem vai jogar, mas todos devem reagir convenientemente», disse o técnico dos arsenalistas, este sábado, na projecção do jogo com o Paços de Ferreira.

E ditará a derrota europeia muitas mudanças no "onze"? Domingos foi peremptório: «Não! Não é um resultado negativo que vai retirar a confiança que deposito nestes jogadores. O que fizeram no passado leva-me a confiar totalmente neles».

De regresso à Liga, o Sp. Braga vai ter pela frente o Paços de Ferreira, adversário que, na opinião de Domingos, «está mais forte que na última época». «Tem uma cultura própria de jogo, que faz com que as dimensões do terreno pareçam mais curtas», argumentou, identificando ainda «jogadores rápidos nas transições e de remate fácil fora da área».

«Estamos no início»

Domingos Paciência reconhece que o FC Porto tem sido dominador neste início de época, atribuindo mérito à equipa de André Villas Boas por «passar a imagem de que está mais consistente».

«A equipa mais regular vai sagrar-se campeã. O FP Porto tem quatro jogos e quatro vitórias. A nós, compete-nos recuperar os pontos que perdemos precisamente com os adversários que nos roubaram pontos na época passada [V. Setúbal e FC Porto]. Estamos no início», atirou.

A BOLA