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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 16/09

Started by JotaCC, 16 de September de 2010, 07:34

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JotaCC

Sp. Braga vive pesadelo no Emirates

Para a estreia do Sporting de Braga na fase de grupos da Liga dos Campeões esperava-se um trabalho hérculeo para o vice-campeão português. O adversário, na sua nova casa, Emirates, só por uma vez tinha conhecido o sabor da derrota.
Trabalho hérculeo não porque o Sporting de Braga ter de fazer alguma penitência tal como o herói da mitologia grega realizou, mas sim por ter de enfrentar um dos colossos do futebol mundial. Mas foi com ambição que os minhotos se apresentaram no reduto do adversário. Domingos havia prometido não abdicar dos seus princípios e assim o fez.
Mas valha a verdade é que os trabalhos do Braga triplicaram. A equipa portuguesa entrou algo nervosa e a consequência disso foi o erro de Felipe ao cometer a grande penalidade que deu o primeiro golo. A formação orientada por Domingos não se encontrava e à meia hora já perdia por três golos. A espaços deu um ar da sua graça, como a arrancada de Alan pela direita, mas era muito pouco. Os ingleses tinham o jogo completamente à sua mercê até porque o Sporting de Braga permitia, com grande à vontade, que o Arsenal fizesse o tipo de jogo que mais gosta - jogar entre linhas - com Fabregas a pautar toda a movimentação ofensiva.
A zona central do Braga revelava grande permeabilidade e diante de uma equipa como a de Arsène Wenger isso é fatal.
Se, inicialmente, o trabalho já se previa hérculeo pelo colosso que estava pela frente, agora também a equipa minhota tinha de na segunda parte, ser capaz de se penitenciar do que fizera no primeiro período do jogo e deixar ficar outra imagem. Tinha, primeiramente de matar o jogo logo nos pés do "monstro Fabregas". Depois havia que matar as deambulações dos alas do Arsenal das faixas para o interior, caindo na entre linha defensiva dos bracarenses. Posteriormente, tinha de chegar mais rápido até. perto da baliza de Almunia.
Ora, eram estes, entre outros trabalhos, que o Sporting de Braga tinha de fazer para limpar um pouco a sua imagem e quiçá discutir o jogo.
A verdade é que a equipa de Domingos não foi capaz disso, pelo contrário, até o baixinho Fabregas fez um golo de cabeça, o quarto. O Arsenal continuou a controlar o jogo a seu belo prazer e o Braga completamente incapaz de dar um ar da sua graça.
A catadupa de futebol ofensivo do Arsenal continuou, Fabregas mostrava porque é um dos melhores do mundo e a verdade é que este Arsenal é uma equipa de outra constelação, de outro campeonato.
O Braga foi... a imagem invertida daquilo que tem mostrado nesta temporada e na época passada. Quando se pedia cerrar fileiras perante os argumentos do adversário fez precisamente o contrário. Foi uma equipa desunida, nervosa, um exemplo daquilo que não se pode fazer. A verdade, e se serve de consolação, na época passada o FC Porto saiu daqui goleado, mas o Braga viveu, ontem, um verdadeiro pesadelo. Agora o mais importante é levantar a cabeça, reflectir sobre os erros para que não se voltem a cometer.
A arbitragem foi a possível, sem casos, e na dúvida apitava para o lado do mais forte.

Moisés: "Há que levantar a cabeça"

O Sp. Braga sofreu um forte abalo em Londres, na estreia da Liga dos Campeões, mas Moisés afirmou no final do jogo que "é preciso levantar a cabeça". Domingo há jogo em Paços de Ferreira, para o campeonato, e é para vencer. O central brasileiro reconheceu, todavia, que tudo correu mal ao Sp. Braga no Emirates Stadium.
"Ninguém esperava esta derrota. Foi uma partida muito dura, onde não estivemos nada bem e pagamos muito caro por isso. Estamos tristes e algo frustrados porque não foi isto que tínhamos em mente fazer. Podíamos ter feito muito melhor, mas no futebol estas coisas acontecem", afirmou, com tristeza, o central do Sp. Braga.
"Perdemos por números pesados, mas defrontamos uma grande equipa, uma das principais candidatas a vencer a champions. Outros clubes portugueses também vieram cá e não foram felizes. Isto não é desculpa, mas serve apenas para demonstrar que o Arsenal não é uma equipa qualquer", acrescentou Moisés. O central não atira, porém, a toalha ao chão na Liga dos Campeões, e lembra que ainda faltam mais cinco jogos para o Sp. Braga reescrever esta história. "Temos mais cinco jogos pela frente e há que recuperar a moral e lutar pelas vitórias que todos desejamos", frisou.
Agora segue-se o Paços de Ferreira e Moisés quer uma vitória para ajudar a sarar as feridas. "Somos uma equipa madura, e não acredito que este mau jogo nos vai afectar. Vamos dar a volta a este mau momento e procurar a vitória já no domingo", asseverou o jogador.

Domingos Paciência lamentou os muitos erros do Braga na goleada frente ao Arsenal

O treinador do Sporting de Braga lamentou os "muitos erros" da equipa na goleada (6-0) sofrida em Londres frente ao Arsenal, na estreia na Liga dos Campeões de futebol, em jogo do Grupo H.

"Não conseguimos sair, nem ter posse de bola, ao que se juntaram vários erros defensivos e um muito mau encurtamento do espaço. Perante uma grande equipa, isto pode acontecer. Deixou-nos tristes porque não conseguimos ser o que normalmente somos", frisou Domingos Paciência, em declarações no 'flash interview'.

O técnico disse que "há que ter consciência das coisas más" que a equipa fez, mas garantiu ter "confiança nos jogadores" e lembrou que, apesar do "resultado volumoso", foram apenas três pontos perdidos.

Para o resto da prova, Domingos assegurou que "tudo vai ser diferente, a equipa não vai estar tão nervosa e não vai acusar a responsabilidade", mas avisou: "Não é com tantos erros que podemos pensar em ganhar jogos".


CORREIO DO MINHO

JotaCC

Sonho vira pesadelo

A estreia do Braga na Liga dos Campeões pendeu, naturalmente, para o superfavorito Arsenal, por muito que a equipa de Domingos Paciência e os adeptos sonhassem com um resultado que ficasse na história. Ficou, mas, infelizmente, pela negativa. Uma goleada por 6-0 - os mesmo números da pior derrota de sempre do Braga nas provas europeias, em 1983/84, frente ao Tottenham, o grande rival do Arsenal - estava fora dos planos dos mais pessimistas, mas a verdade é que espelha a diferença existente entre as duas equipas, não só no jogo de ontem. Com uma formação recheada de estrelas - Fàbregas foi a que mais cintilou, ao ponto de cegar toda a defesa do Braga - e a jogar num palco espremido entre bancadas onde os adeptos dão uma tremenda força à sua equipa e intimidam o adversário, o Arsenal entrou pronto a resolver rapidamente o desafio desta primeira jornada do grupo; se servir de algum consolo ao Braga, neste estádio só o Manchester United conseguiu derrotar a equipa de Wenger em partidas da Champions.

A relva curta e a rega de que foi alvo pouco antes das equipas entrarem em campo pressupunha um jogo rápido e a verdade é que os ingleses entraram com o pé no acelerador. Pressionantes no meio-campo defensivo português, os gunners começaram a desenhar cedo a ameaça de um resultado pesado, sustentando o conceito de que mais importante do que qualquer táctica é a dinâmica imposta. O 4x2x3x1 do Braga foi uma brincadeira para o carrocel ofensivo dos ingleses, servido pelo brilhantismo e a visão de jogo de Fàbregas, os toques de classe de Arshavin, as investidas rápidas de Nasri, as movimentações de Wilshere e o poderio físico de Song na luta pela posse de bola.Tudo somado, o resultado foi a completa desorientação bracarense. As bolas metidas pelos homens do Arsenal para as costas da defesa, em lances com trocas de posições rapidíssimas, colocando-as no espaço entre os laterais e os centrais foi o trunfo que rendeu a goleada e para o qual o Braga nunca encontrou solução.

Foi de um destes lances que nasceu o penálti que ajudou os britânicos a embalar para a goleada. Felipe derrubou Chamakh, isolado à sua frente, e começou aí a derrocada do Braga. A defesa foi caindo, desmoralizando a cada desfeita do adversário e acabou em ruínas, incapaz de um assomo de segurança. Com o meio-campo completamente anulado pelos londrinos, o ataque, praticamente, desapareceu. Almunia bem se esforçou por brilhar para os repórteres fotográficos, às vezes ameaçando cair no ridículo, tão poucos foram os lances de perigo dos portugueses.

Os golos foram-se acumulando ao ritmo das acelerações dos arsenalistas originais, face à incapacidade bracarense em parar as tabelas e as triangulações, num estilo de futebol em que a geometria é desenhada pela imaginação.

Arsenal, 6 - Braga, 0

Emirates Stadium, em Londres

Árbitro: Alain Hamer (Luxemburgo)

Assistência: cerca de 50 000 espetadores

Arsenal: Almunia, Sagna, Koscielny, Squillaci, Clichy, Song (Denilson, 63), Wilshere, Fabregas, Nasri, Arshavin (Eboué, 69) e Chamakh (Vela, 63)

(Suplentes: Fabianski, Eboué, Djourou, Gibbs, Denilson, Rosicky, Vela

Braga: Felipe, Miguel Garcia, Moisés, Rodriguez, Sílvio, Vandinho, Hugo Viana (Mossoró, 55), Luís Aguiar, Alan, Paulo César (Hélder Barbosa, 70) e Matheus (Lima, 59)

(Suplentes: Artur, Paulão, Léo Fortunato, Madrid, Mossoró, Hélder Barbosa, Elton, Lima)

Ao intervalo: 3-0

Marcadores: 1-0, Fabregas, 09 minutos (g.p.); 2-0, Arshavin, 30 minutos; 3-0, Chamakh, 34 minutos; 4-0, Fabregas, 53 minutos; 5-0, Vela, 69 minutos; 6-0, Vela, 84 minutos

Acção disciplinar: cartão amarelo para Felipe (08), Rodriguez (20), Sagna (64)



ARBITRAGEM

Não foi por ele que passou a derrota

Alain Hamer não foi o problema do Braga. A falta de Felipe sobre Chamakh pareceu evidente, naquele que seria o princípio do fim do Braga neste jogo, e ter apontado à marca dos onze metros foi a decisão correcta. Antes, aos dois minutos, Paulo César deu a ideia de ter tocado Fàbregas em falta na área bracarense, mas o árbitro não entendeu assim.



Braga um a um
Alan e Moisés salvaram-se

Felipe 3

Foi a pedra que fez cair o dominó bracarense com um penálti escusado - Chamakh ia para a linha de fundo e ficaria sem ângulo de remate - que, apesar dos esforços, não foi capaz de evitar. A partir limitou-se a vê-las passar, até porque os buracos na defesa foram demasiados. Teve uma noite para esquecer.

Miguel Garcia 3

A vontade de ajudar Moisés a tapar um buraco no coração da área fez com que deixasse Arshavin sozinho e este castigou-o com a obtenção do 2-0. Aliás, o russo foi um quebra-cabeças ao longo de todo o jogo e o lateral nunca encontrou solução para o travar.

Moisés 5

O Xerife foi um autêntico tapa buracos e, se não fosse ele, o resultado poderia ter sido ainda mais volumoso. Literalmente. É que o brasileiro não só cortou inúmeras situações de perigo dos gunners, como substituiu Felipe quando este foi completamente batido por Fàbregas (57').

Rodriguez 3


Noite problemática para o peruano, que acumulou muitos erros ao longo dos 90 minutos - viu um amarelo por uma falta desnecessária sobre Chamakh, o homem que devia marcar - e foi incrivelmente batido por um toque de calcanhar de Wilshere no terceiro golo dos gunners.

Silvio 4

O regresso ao lado esquerdo da defesa não correu como desejava, até porque teve de seguir com uma das principais fontes de perigo dos londrinos: Nasri. Mas se a marcação ao francês até nem foi complicada, ficou a ideia que podia ter feito mais no lance do 3-0.

Vandinho 3

Foi uma sombra do Vandinho habitual, realizando uma das piores exibições da carreira desde que chegou à Cidade dos Arcebispos. Preso de movimentos, deixou os centrais entregues a sua sorte em vários momentos e ainda sentiu muitas dificuldades para estancar o cérebro do Arsenal (Fàbregas).

Hugo Viana 3

Opção para render o incansável Leandro Salino, revelou-se pouco agressivo a pressionar e acabou engolido no carrossel. Tentou compensar no ataque utilizando a sua capacidade de passe a longa distância, lançando várias vezes Matheus, mas nem aí fez a diferença antes de sair aos 55'.

Luis Aguiar 4


Exibição intermitente. Aparecia a espaços com vontade em pegar no jogo, mas no instante seguinte eclipsava-se e parecia mais um espectador a ver o Arsenal jogar. Nota para um remate muito disparatado ainda na primeira parte.

Paulo César 4

Parece ironia, mas, apesar de Sagna o ter controlado na maior parte do tempo, terminou como o bracarense com mais remates efectuados à baliza. O problema é que foram todos sem grande perigo para a baliza de Almunia. Acabou substituído a cerca de 20 minutos do fim.

Matheus 3

Convidado por várias vezes a aparecer no espaço vazio, procurou utilizar a velocidade para escapar a Koscielny e Squillaci, mas estes tiveram-no sempre debaixo de olho. Fez apenas um remate (33'), de cabeça, antes de ser rendido por Lima (60').

Mossoró 4

Aproveitou o encontro com o Arsenal para ganhar mais algum ritmo, pois, pelo que se provou, nada que fizesse melhoraria a noite de pesadelo da equipa. Por isso, limitou-se a integrar-se num ou outro ataque.

Lima 3

Chamado para render Matheus, foi presa fácil para os centrais dos ingleses. Fez um remate à baliza (85'), mas a bola quase foi parar ao segundo anel do Emirates Stadium.

Hélder Barbosa 2

Viu o seu nome ser associado à pior noite europeia da história do Braga ao ser lançado por Domingos Paciência aos 69'.


Domingos Paciência
"Demasiados erros para um jogo só"

Errar é humano, mas tantas vezes, e ainda por cima contra o Arsenal, só podia resultar numa goleada das antigas. Domingos Paciência sonhava com uma estreia bem diferente na fase de grupos da Liga dos Campeões e, naturalmente, foi crítico na medida certa em relação aos lapsos cometidos pelos seus jogadores. "Cometemos muitos erros, e tudo se tornou mais fácil para o Arsenal. Há que ter a noção das coisas muito más que fizemos, mas continuo a confiar na minha equipa, nos meus jogadores. Tenho a certeza de que conseguimos fazer muito mais. A derrota foi volumosa, mas, na prática, foram três pontos perdidos", precisou.

Entre a defesa e o ataque, o treinador do Braga nem sabia ao certo por onde começar no levantamento dos piores momentos. "Não conseguimos sair para o ataque, ter posse de bola, e depois cometemos vários erros defensivos. Por outro lado, encurtámos mal os espaços e a equipa jogou sem confiança. Raramente esteve junta. Estamos tristes, porque não conseguimos ser nem sequer um bocadinho daquilo que normalmente somos", observou, aludindo a glórias recentes, como aconteceu contra o Sevilha, e até, eventualmente, ao último jogo com o FC Porto, no Estádio Dragão, disputado a um ritmo espectacular.

Com Hugo Viana e Mossoró na plenitude das capacidades, eventualmente o resultado poderia ter sido outro. Domingos Paciência prefere concentrar-se apenas no que aconteceu e nas armas que tinha ao dispor. "A partir do momento em que perdemos o Salino e o Elderson, tínhamos de procurar alternativas. Só que não conseguimos ter posse de bola nem sair com espaços", desabafou, embora deixando bem claro que esta goleada não fará do Braga mais tenro aos olhos do Shakhtar Donetsk e do Partizan. "Tenho a certeza de que tudo será diferente daqui para a frente. O Braga não vai estar tão nervoso no próximo jogo da Liga dos Campeões nem vai acusar tanto a responsabilidade", vincou. Por entre promessas de um futuro melhor, Domingos lembrou que até o FC Porto foi cilindrado no Emirates Stadium. "É sempre relativo contra uma grande equipa como o Arsenal. Não é fácil jogar contra uma grande equipa. Uma equipa como o FC Porto também perdeu 4-0 e 5-0. É a prova de que não é fácil jogar aqui. Há que lamentar e levantar a cabeça", propôs.


António Salvador

"Equipa entrou e saiu morta"

Desiludido com a derrota, António Salvador falou no final como se estivesse à saída de um velório. "Eu nunca vi um morto a ressuscitar. O Braga entrou morto e acabou morto", ironizou o presidente do clube, entrando de seguida em detalhes. "Neste jogo, a equipa não esteve à altura do que é capaz de fazer e ao mais alto nível é necessário jogar com paixão e alma. Hoje (ontem) o Braga não teve nada disso e aconteceu este resultado", suspirou.

Incrédulo perante o que assistiu no Emirates Stadium, António Salvador estranhou do princípio ao fim a actuação da equipa minhota. "O que aconteceu? Se foi por sofrermos o primeiro golo muito cedo? Não sei. Vocês (jornalistas) viram. Infelizmente, o Braga não foi aquilo que costuma ser, nem o que costuma fazer. Agora há que levantar a cabeça e pensar no próximo jogo", sugeriu. Durante a revista da praxe às tropas, já depois da consumação da derrota, o dirigente partilhou o mesmo sentimento de frustração e não perdeu tempo em lançar um repto especial. "É claro que os jogadores não estão satisfeitos. Há que levantar a cabeça e preparar bem o próximo jogo", repetiu.



Alan
"Perdemos a batalha mas não a guerra"


Alan estava naturalmente desiludido com o resultado do Braga em Londres, no jogo de estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões. Na "flash interview" da Sport TV, o avançado começou por concordar que "foi uma noite horrível".

Alan foi um dos poucos não-estreantes na Liga dos Campeões - os outros foram Miguel Garcia, Moisés e Hugo Viana - e garantiu que este resultado não servirá para desanimar uma equipa que tem dado muitos sinais de qualidade. "Perdemos com um candidato à conquista do título da Liga dos Campeões, mas isso não chegará para nos abater", prometeu, lembrando com pragmatismo: "Perdemos uma batalha, mas não perdemos a a guerra."

Um dos mais experientes jogadores do plantel do Braga adiantou que, "quando a equipa entrou no jogo", foi naturalmente com a ideia de que tinha condições "para ganhar". Só que os golos sofridos muito cedo foram contrariando as intenções iniciais. "O resultado dessa partida não é condizente com o que fizemos em campo. Podíamos ter marcado, mas o futebol ao mais alto nível é isto mesmo: não permite erros."

Alan confessou que, como se compreende, o ambiente no balneário não era o melhor. "Todo o grupo está muito triste, mas sabemos do nosso valor e não vamos baixar a cabeça [no que falta para cumprir nesta fase de grupos da Champions]. Perdemos três pontos, mas este campeonato tem seis jogos para disputar e vamos continuar na luta, porque esta derrota não nos vai, de certeza absoluta, deitar abaixo."

Moisés
"Aqui não se pode dormir"


Como seria de esperar, Moisés estava desolado com o resultado sofrido no Emirates Stadium. "Ninguém esperava esse resultado, mas temos que levantar a cabeça", começou por dizer, optando por um discurso de esperança: "É uma derrota dura, a equipa não esteve bem, mas temos mais cinco jogos e esperamos estar melhor".

Moisés defendeu que, acima de tudo, este jogo com o Arsenal "serviu de lição": "Podíamos ter feito um pouco mais, perdemos contra uma equipa com muita qualidade e com esse tipo de adversários não se pode dormir. Foi o que aconteceu neste jogo com a nossa equipa".

A partir de agora, Moisés acredita que "tudo será diferente". A começar já pelo próximo jogo, a 28 de Setembro, com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. "Vamos tentar recuperar, na próxima partida, no nosso campo, para que possamos ter condições de passar à próxima fase", explicou.

Moisés garantiu que este resultado não terá consequências negativas no rendimento da equipa, domingo, em Paços de Ferreira. "Cada jogo tem uma história, infelizmente hoje (ontem) fizemos uma partida muito má, mas no próximo jogo do campeonato será diferente".

Matheus já só pensa no próximo

A estreia de Matheus na Liga dos Campeões foi, como para todos os seus companheiros de equipa, claramente para esquecer.

O jogador brasileiro não encontrou muitas palavras para justificar a pesada derrota sofrida no Emirates Stadium. "O Arsenal entrou muito bem no jogo", começou por dizer, adiantando: "Fora do ritmo a que estamos habituados, demorámos a entrar no jogo", o que acabou por ser "determinante" para o desfecho.

Como é perfeitamente natural, Matheus preferiu abordar o que está para cumprir no grupo H da fase de grupos da Liga dos Campeões. "Agora, o mais importante é esquecermos rapidamente este resultado e pensar já no próximo jogo", para o campeonato, em Paços de Ferreira.

Matheus recusou linearmente a ideia de que o medo traiu a sua equipa. "Não entrámos com medo. Os jogadores do Braga não têm medo de ninguém, simplesmente não tivemos sorte", argumentou.

Mossoró
"Não é a altura de crucificar"

Não obstante o mau resultado averbado em Londres, Mossoró acredita que o Braga ainda tem mais páginas gloriosas para escrever na Liga dos Campeões. "Temos qualidade para chegar à próxima fase", anunciou o médio que ontem voltou às opções de Domingos no Braga, relativizando a fúria do presidente António Salvador. "Está chateado, mas está com a equipa. Não é depois de um resultado destes que se vai crucificar toda a gente".


Braga igualou o pior registo europeu
BRUNO RODRIGUES

A expressiva derrota sofrida pelo Braga na estreia na Liga dos Campeões entra para o top das maiores goleadas sofridas por equipas portuguesas nas provas europeias, atrás dos célebres 7-0 do Benfica frente ao Celta de Vigo, e do Setúbal contra o Roma. O Braga acabou por igualar também o seu pior registo europeu, com os mesmos seis golos sem resposta, diante dos ingleses do Tottenham, em Londres, em 1984/85. Aliás, o Braga dá-se mal com adversários ingleses, pois esta foi a sétima derrota em nove jogos, tendo ganho um e empatado outro.

A falta de experiência do Braga - estreia na prova - não explica tudo, mas até essa pode ser quantificada. Os 14 jogadores lançados por Domingos somavam 42 jogos de experiência na LC, ao passo que do lado do Arsenal esse valor era de 333!

A estatística de jogo foi tão desequilibrada quanto o resultado. O Arsenal mandou nos destinos da bola (61% de posse de bola) e o diabólico carrossel de Wenger conseguiu entrar na área bracarense a bel-prazer, com 53 ataques, cerca de um por cada minuto de tempo útil de jogo (61%).

Um pouco atordoados, os portugueses foram incapazes de encravar a máquina de futebol inglesa, nem com o recurso à falta: apenas 12 (o Arsenal somou 19).

As maiores goledas sofridas por equipas portuguesas na Europa

Época Jogos


1999/00 Celta de Vigo 7-0 Benfica

1999/00 Roma 7-0 Setúbal

2008/09 Bayern 7-1 Sporting

2010/11 Arsenal 6-0 Braga

1984/85 Tottenham 6-0 Braga

1978/79 AEK Atenas 6-1 FC Porto

1972/73 Hibernians 6-1 Sporting

1970/71 Dínamo Zagreb 6-1 Barreirense

1988/89 PSV 5-0 FC Porto

1983/84 Aston Villa 5-0 Guimarães

1966/67 Vasas 5-0 Sporting

1965/66 Hannover 5-0 FC Porto

1977/78 Roma 5-0 Boavista


O JOGO

JotaCC

Revista de imprensa

BBC Sport

O Braga deu por si limitado a afastar onda atrás de onda atacante do Arsenal e se, por momentos, ainda chegou a parecer perigoso, a verdade é que tanto Koscielny como Squillaci foram sempre capazes de resolver os problemas que a equipa portuguesa ia apresentando. Foi um início perfeito do Arsenal na Liga dos Campeões, goleando o Braga.

Marca.com

O Arsenal estreou-se na nova temporada da Champions com uma goleada por 6-0 iniciada
pelo seu capitão, o espanhol Fàbregas, depois de um penálti madrugador que marcou o fim da resistência do Braga. Depois do primeiro quarto de hora, a equipa portuguesa parecia acordar quando começou o festim de golos do Arsenal.

L'Équipe

O Arsenal estilhaçou completamente o Braga esta noite [ontem] no Emirates Stadium. Cesc Fàbregas foi brilhante, e os jogadores liderados por Arsène Wenger não deram qualquer hipótese aos portugueses, totalmente ultrapassados durante o primeiro jogo na Liga dos Campeões da história do clube.

UEFA.com

A começar a 13ª época seguida na principal competição de clubes da Europa contra o estreante português, o Arsenal abriu o activo logo aos nove minutos, num penálti convertido pelo capitão Cesc Fàbregas. A desorientada equipa de Domingos Paciência sofreu mais dois tentos no espaço de quatro minutos da etapa inicial.


História do jogo
Armador juntou-se ao "arsenal"

Terminou o longo cativeiro de Mossoró. Ausente da competição desde finais de Março, depois de se ter lesionado com gravidade (fractura no perónio e rotura de ligamento do tornozelo direito) na visita ao Benfica, num lance dividido com Carlos Martins, o médio-ofensivo do Braga saltou do banco de suplentes aos 54 minutos para substituir Hugo Viana e aguentou bem o ritmo elevado da partida, sinal de que está mais do pronto para as próximas batalhas. Curiosamente, o brasileiro retomou a competição num cenário arquitectónico em tudo semelhante ao Estádio da Luz, já que o Emirates Stadium foi construído e idealizado pela mesma empresa. Por aí, não chegou para intimidar.




Mil adeptos a sofrer

Eram esperados 1500, mas foram apenas mil os adeptos do Braga. A maioria chegou ontem a Londres e não demorou a dar nas vistas, passeando-se equipados a rigor por algumas das famosas zonas da capital inglesa, como Picadilly Circus. No estádio foi mais difícil notarem-se, tendo em conta a semelhança dos equipamentos das equipas.

Fernando Gomes apoiou

A comitiva do Braga chegou ao Estádio Emirates às 18h20, um pouco mais de uma hora antes do início da partida. Numa viatura que seguia atrás do autocarro da equipa viajavam, entre outros, Fernando Gomes, presidente da Liga, e Joaquim Oliveira, da Controlinveste e Mesquita Machado, presidente da Câmara Municipal de Braga.

Benfica único em Londres

Continua de pé o feito alcançado pelo Benfica em 1991/92. Sob o comando do sueco Eriksson, foi uma época sem títulos para o clube da Luz, mas teve como ponto alto uma vitória sobre o campeão inglês Arsenal, em Highbury Park, por 3-1, em jogo da Taça dos Campeões Europeus. Desde então, nenhuma outra equipa portuguesa conseguiu vencer em Londres.

Dupla limpa de amarelos

O leque de opções de Domingos fica ligeiramente mais alargado após o duelo com o Arsenal. Cumprido um jogo de castigo, o médio Salino e o lateral Elderson encontram-se novamente limpos de amarelos e poderão ser utilizados na próxima jornada da Champions, ante o Shakhtar. Já o central Léo Fortunato foi o eleito para assistir ao jogo na bancada.


A saudável "naturalidade" das goleadas

JOSÉ MANUEL RIBEIRO

Não, não se faz justiça ao Braga aceitando uma goleada em Londres como natural, ao contrário do que ouvi ontem do comentador da Sport TV e já tinha ouvido há uns meses quando o então campeão nacional foi ao Emirates levar uma valente sinfonia (5-0). Parece impossível, mas a verdade é que o Arsenal não goleia em casa, na Liga dos Campeões, tantas vezes como isso. Tirando o FC Porto, nestes trágicos dois anos em que os portugueses lá sofreram quinze golos, só o AZ Alkmaar saiu com quatro e abaixo disso apenas um 3-0, ao Villarreal. Muita gente, de facto a maioria, arranja forma de voltar ao avião com a dignidade intacta, por isso natural, natural, não é, muito menos quando está em causa a mais consistente equipa portuguesa desse período. Podemos, eventualmente, farejar o esturro a que cheira o ponto em comum entre Braga e FC Porto - as "transições", a que Wenger achou tanta graça - e alvitrar que, se calhar, o francês está mais do que calejado a lidar com o tipo de problemas que Jesualdo e Domingos decidiram colocar-lhe. Mas dar ao Braga uma palmada paternalista nas costas é assumir que os elogios destes últimos meses foram um bocadinho fajutos: "Eh pá, vocês são grandes, mas a gente já contava que levassem a segunda maior goleada de sempre pelo Arsenal na Liga dos Campeões". Eu não contava.


O JOGO

JotaCC


O Sp. Braga sentiu em Londres as dores do crescimento

Estreia terrível para os minhotos na Liga dos Campeões após goleada frente ao Arsenal por 6-0, igualando o seu pior resultado na Europa

Até chegar ao Emirates, era só flores na época de estreia do Sporting de Braga na Liga dos Campeões. O vice-campeão português teve duas demonstrações de força ao eliminar, sucessivamente, Celtic de Glasgow e Sevilha, ultrapassando mais uma etapa no seu percurso de afirmação como equipa de topo. O primeiro jogo tinha a carga símbolica de defrontar uma equipa com o equipamento igual e da qual ganharam a alcunha graças à devoção de um treinador do clube, Josef Szabo, ao clube inglês. O Arsenal foi o anfitrião da sua fotocópia minhota - que teve de jogar com o equipamento alternativo - e deu para ver que a equipa de Domingos Paciência ainda não tem tudo o que precisa para se bater com a elite europeia, saindo de Londres com uma derrota por 6-0 e com a lição aprendida.

Não quer dizer que o Sp. Braga não tenha argumentos para chegar mais longe na Liga dos Campeões, mas não será, seguramente, à custa do Arsenal, uma equipa de topo da Premier League, habituada a lutar por títulos em Inglaterra e na Europa. No papel, era este o jogo mais difícil num grupo em que surgem ainda o Shakhtar Donetsk e o Partizan Belgrado. O Arsenal, que costuma ser feliz em casa frente a formações portuguesas, é uma equipa com uma filosofia especial em Inglaterra, de matriz ofensiva e de aposta em jovens jogadores, e não de bolsos fundos como o Chelsea ou o Manchester City, enquanto mantém o mesmo treinador, Arsène Wenger.

Fàbregas, melhor em campo

Uma das grandes novelas do Verão foi o "vai/não vai" de Cesc Fàbregas para o Barcelona, mas Wenger resistiu e manteve o seu capitão, apesar das ofertas catalãs de várias dezenas de milhões. Depois do jogo de ontem, percebe-se por que razão o técnico francês não abdicou do médio que contratou ao "Barça" quando este tinha apenas 16 anos. Foi ele, que nem tem lugar no "onze" da selecção espanhola, quem alimentou o vendaval nos gunners e desfez o plano de Domingos. Começou por sofrer um penálti não assinalado aos três minutos, mas concretizou, aos 8", um castigo máximo após falta do guarda-redes Felipe sobre Chamakh.

Ao primeiro golo dos londrinos, o Sp. Braga pareceu não se desfazer e até esteve alguns minutos no meio-campo do Arsenal. Alan, a jogar pela direita, foi o portador do pouco perigo que os minhotos levaram à baliza de Almunia. Foi dele um cruzamento, aos 22", a que Matheus por pouco não chegou na pequena área. Pouco antes, Paulo César tinha tentado um remate de fora da área a que o guardião espanhol se opôs sem problemas.

Depois deste pequeno interlúdio, o Arsenal voltou a ser o dono do palco. À meia-hora de jogo, Fàbregas recebeu a bola à entrada da área, fez um passe perfeito para Arshavin, que bateu Felipe pela segunda vez. Desta vez, o Sp. Braga já não reagiu, e quatro minutos depois já se percebia que o jogo se tinha transformado para os minhotos numa questão de contenção de estragos. Chamakh, ligeiramente adiantado em relação à linha defensiva do Sp. Braga, recebeu a bola de Wilshire e fez o 3-0.

Sem nenhum dos sectores a funcionar, o Sp. Braga entregou o jogo. A defesa, habitualmente segura e entrosada, não se entendeu com o futebol veloz e de muitos toques do Arsenal, e estava em permanente pânico. A história do jogo foi uma gestão de esforços do Arsenal.

Fàbregas, o melhor em campo, voltou a marcar, de cabeça, após cruzamento de Arshavin. E Vela, que entrara aos 63", também marcou dois, aos 69" e aos 84". Estava concretizada a pior derrota da história europeia do Sp. Braga - igualando os 6-0 sofridos também em Londres, em 1984, frente ao Tottenham, a contar para a Taça UEFA - e a pior derrota da equipa durante a era Domingos Paciência.

O Arsenal era um adversário demasiado distante, e, depois da derrota há poucos dias no Dragão, o futuro próximo dirá quais serão as consequências desta noite em Londres. Se foram apenas três pontos perdidos, ou mais do que isso.



PUBLICO

JotaCC

Domingos falou em história e igualou a pior de sempre


Sp. Braga trucidado na estreia na prova, novamente em Londres, onde em 1985 perdera pelo mesmo resultado, aos pés do Tottenham. Ontem o carrasco foi o Arsenal

Domingos Paciência admitiu uma surpresa no Emirates Stadium, mas ontem o Sp. Braga provou que ainda está longe de poder bater -se com este Arsenal, com outro potencial e andamento. Falou em história e igualou o pior recorde de sempre, que datava de 1985, quando os bracarenses foram derrotados, também em Londres, também por 6-0, dessa vez, contudo, perante o Tottenham.

Prova da falta de andamento perante colossos deste calibre, o primeiro remate (e único na primeira parte) certeiro à baliza de Almunia foi aos 36', num pontapé frouxo de Matheus. Nessa altura os bracarenses já perdiam por 3-0.

Ao contrário do que acontece na liga portuguesa (e aconteceu com Sevilha e Celtic nas pré-eliminatórias), este Sp.Braga, que desde o ano passado tem deliciado, mostrou-se uma equipa com medo. E o medo "mostra-se" nos erros. Ontem foram mais do que muitos aqueles que os arsenalistas cometeram, sobretudo na defesa, e sobretudo pelo peruano Rodriguez - exibição para esquecer.

É verdade que após o primeiro golo dos gunners, por Fábregas, de penálti, o Sp.Braga ainda esboçou uma pequena réplica, sempre comandado por Alan, mas dois erros defensivos, em apenas quatro minutos (30' e 34'), fizeram tremer a equipa portuguesa, que chegou ao intervalo a perder "apenas" por três golos. Apenas porque, após o 3-0, as pernas arsenalistas tremeram como varas verdes.

O segundo tempo começou por prometer um Sp.Braga mais atrevido, mas durou pouco este atrevimento. Nomeadamente até ao bis de Fábregas, aos 53', após novo erro de Rodriguez. Até final mais dois golos, de Vela, sempre sem o Sp.Braga conseguir reagir.


DN

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Amargo: Derrota pesada marca estreia na Champions
Regresso ao passado

Londres ocupa um lugar sombrio no historial europeu do Sp. Braga – 26 anos depois de uma derrota por 6-0, com o Tottenham, os minhotos voltaram a ser goleados pela mesma margem, num baptismo amargo na Liga dos Campeões.

O sonho, escancarado pela epopeia de Sevilha, esbarrou num muro, que os dez minutos iniciais do Arsenal revelaram em toda a solidez. Sob a batuta de Fàbregas, que desde o primeiro lance pôde explorar os espaços entre a linha defensiva e o meio-campo da equipa de Domingos (que falta fez Salino!), os 'gunners' entraram a todo o gás e sublinharam a diferença de patamar entre dois clubes que, de idêntico, só têm o equipamento principal.

Uma reacção interessante do Sp. Braga, até à meia hora, ainda equilibrou os níveis de posse de bola, mas não os de eficácia. Duas acelerações sucessivas, concluídas por Arshavin e Chamakh, transformaram uma derrota inevitável numa goleada em construção.

A segunda parte em nada mudou as coisas. Excepção feita à exibição corajosa de Alan, e ao regresso à competição de Mossoró, o jogo nada trouxe de positivo ao Sp. Braga. O imparável Fàbregas consumou a goleada com uma cabeçada (!), e a equipa portuguesa continuou a mostrar-se inibida até para parar o vendaval com faltas. O correctivo ficou consumado com um bis do suplente Vela, superando assim os 5-0 aplicados ao FC Porto, há um ano. Com o Arsenal a morar numa realidade à parte, para o Sp. Braga, a verdadeira Champions começa daqui por duas semanas, com o Shakhtar. Até lá, vai ser preciso sarar as feridas de uma goleada com sabor a outros tempos.

SÓ ALAN REMOU CONTRA A MARÉ


Alan – Numa equipa onde vários jogadores acusaram o peso da responsabilidade, destacou-se pela coragem e a tranquilidade na abordagem ao jogo. Enervou os ingleses com as suas cavalgadas pelo corredor direito.

Felipe – Borrou a pintura ao derrubar Chamakh no interior da área. Fàbregas transformou o penálti e embalou o Arsenal para goleada.

Miguel Garcia – Complicou.

Moisés – Um corte aparatoso (57') impediu o hat-trick a Fàbregas

Rodriguez – Exibição intermitente.

Sílvio – Com medo de comprometer na sua posição, não teve o atrevimento habitual.

Vandinho – Correrias inglórias.

Hugo Viana – Lento, foi massacrado no meio-campo pelos criativos do Arsenal.

Luís Aguiar – Não apareceu.

Paulo César – Muito nervoso.

Matheus – Dinâmica sem norte. Não conseguiu responder às insinuações de Alan.

Mossoró – Falta de ritmo, a acusar a paragem longa por lesão.

Lima –Na maior das solidões.

Hélder Barbosa – Abúlico.

DISCURSO DIRECTO

"FOI PIOR DO QUE SE ESPERAVA": MARCELO REBELO DE SOUSA, PROFESSOR E SÓCIO DO SPORTING DE BRAGA

Correio da Manhã – O resultado compromete a campanha do Sp. Braga na Liga dos Campeões?

Marcelo Rebelo de Sousa – Foi muito pior do que se esperava, mas retrata o jogo. Houve uma superioridade clara do Arsenal. Contudo, ainda não é o fim do percurso europeu.

– Os próximos jogos são em Portugal...

– O Braga tem de os ganhar, dado que vai defrontar dois adversários teoricamente mais fáceis [Shakhtar, 28 de Setembro, e Partizan, 19 de Outubro]. Depois veremos. Se ganhar talvez ainda tenha caminho para andar. Se não, foi uma experiência bonita e marcou a história do clube, mas foi só isso.

– O Arsenal venceu o FC Porto por 5-0, na época passada...

– As equipas inglesas são muito fortes. O Arsenal está a jogar muito bem e o Braga não conseguiu dar-lhe luta. Mas, enfim, a vida continua.

FICHA DE JOGO

Champions Grupo H - 1.ª Jornada - 15/09/10

Grupo H - 1.ª Jornada - 15/09/10

Estádio Emirates Stadium - Assistência: 50 000

Emirates Stadium - Assistência: 50 000

ARSENAL: Almunia, Sagna, Koscielny, Squillaci, Clichy, Song, Denilson, Nasri, Fàbregas, Arshavin, Eboué, Wilshere, Chamakh, Vela

TREINADOR: ARSÈME WENGER

SP.BRAGA: Felipe, Miguel Garcia, Rodriguez, Moisés, Sílvio, Hugo Viana, Mossoró, Vandinho, Alan, Paulo César, H. Barbosa, Luís Aguiar, Mateus, Lima

TREINADOR: DOMINGOS PACIÊNCIA

Golos: 1-0 Fàbregas (9'), 2-0 Arshavin (30'), 3-0 Chamakh (34'), 4-0 Fàbregas (53'), 5-0 Vela(69'), 6-0 Vela (84')

Árbitro: Alain Hamer (Luxemburgo) 6

Disciplina: amarelos: Felipe (8'), Rodriguez (20'), Sagna (64')

Classificação do jogo: 6


CORREIO DA MANHA

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António Salvador

Sp. Braga tem que "levantar a cabeça"

O Sporting de Braga durante o treino de adaptação à relva do Emirates Stadium
O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, pede aos jogadores que ultrapassem a derrota da noite passada com uma vitória no próximo domingo. Os bracarenses deslocam-se a Paços de Ferreira, na quinta jornada da Liga, depois de terem perdido na noite passada, por 6-0, com o Arsenal.

"Há que levantar a cabeça e pensar no próximo jogo, que é domingo. É evidente que os jogadores não estão satisfeitos com eles próprios", afirma o presidente 'arsenalista'.

"No próximo jogo há que dar uma resposta em campo, jogar com alma e com o coração, como equipa, para podermos ganhar os três pontos", acrescenta.

António Salvador é bastante crítico em relação à forma como os jogadores se apresentaram no Emirates Stadium.

"Nunca vi um morto a ressuscitar e o Sporting de Braga entrou morto e acabou morto. O Sporting de Braga não esteve à altura do que consegue fazer", observa.

"No futebol a este patamar é preciso jogar ao mais alto nível, com paixão e com alma. O Sporting de Braga não teve alma, daí o resultado no fim do jogo", resume.

RTP