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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 27/06

Started by JotaCC, 27 de June de 2010, 07:35

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JotaCC

Luís Martins está de saída do Sp. Braga



É ponto assente, a ligação de Luís Martins ao Sporting de Braga termina esta época. O responsável pelo futebol de formação do clube bracarense termina contrato no final do mês, mas foi convidado a renovar. Todavia, declinou o convite perante a possibilidade de abraçar novos desafios.

Desta feita chega ao fim a ligação de dois anos do treinador que chegou a conquistar um título de campeão na Academia do Sporting e em Braga apostou num trabalho de formação rigoroso, sem frutos ao nível de resultados desportivos.

Na época que agora chega ao fim, nenhuma das equipas que competiu nos nacionais chegou à fase final. Na época passada, apenas a formação dos iniciados chegou a disputar o título nacional, com os três grandes do futebol português.

Em termos gerais, os resultados ficaram aquém das expectativas, ainda que Luís Martins sempre defendeu que a sua filosofia na formação nunca passaria pela obtenção de resultados, mas sim potenciar jovens para integrar o plantel sénior.

Apesar de assumida a ruptura com o coordenador de futebol de formação, Luís Martins mantém ainda a responsabilidade de definir as linhas mestras para a próxima temporada, inclusive a definição dos quadros de treinadores, em conjunto com a administração da SAD. Neste âmbito o novo "manager", Fernando Couto, terá sempre uma palavra determinante, tal como sucedeu na era de Carlos Freitas. O antigo 'manager' do Braga — transferiu-se para o Panathinaikos — foi o responsável, por exemplo, pela contratação de Luís Martins para o futebol de formação do Sporting de Braga.

Na próxima semana é certo que vão acontecer novidades neste sentido, depois de concluídos alguns processos com o futebol profissional, sendo essa a prioridade. Sabe-se desde já que está em marcha uma profunda transformação no futebol jovem do Braga, depois das anunciadas saídas de treinadores como Dito (juniores) e José Manuel Gonçalves (juvenis). Quanto a entradas mantém-se tudo em aberto, sendo de prever a aposta em antigas referências do emblema bracarense.


Rodriguez está de volta e recebe apoio

O puzzle do Sporting de Braga começa a ficar completo. Alberto Rodriguez foi reintegrado ontem nos trabalhos, cumpriu apenas corrida e alguns exercícios físicos a fim de recuperar a forma e partir para o estágio em pé de igualdade com os restantes elementos do plantel.

O central peruano foi bem recebido pelas dezenas de adeptos que marcaram presença no trei-no e ainda recebeu algumas mensagens de apoio para permanecer na cidade dos arcebispos, depois de muito se ter falado no defeso sobre uma possível transferência. Sporting, FC Porto e também Panathinaikos foram apontados como possíveis destinos para o central do Sporting de Braga, que tem ainda mais um ano de contrato.

A vontade do futebolista já foi expressa, no sentido de confirmar o salto para um clube de maiores projecções, mas também já rectificou essa posição ao garantir que se sentia bem em Braga. No plantel minhoto, porém, não há jogadores inegociáveis. Logo as portas ainda estão em aberto para Rodriguez, caso algum clube dispense os cinco milhões de euros estabelecidos na cláusula de rescisão que o internacional peruano assumiu com o clube bracarense.

O futebolista, de 26 anos, cumpre a sua quarta época em Braga e é uma das peças fulcrais na equipa de Domingos Paciência. Na posição de central, o técnico conta ainda com Moisés, Paulão e Léo Fortunato. Certo, para já, é que Rodriguez segue para o estágio de pré-época, a iniciar hoje em Melgaço.

No dia de ontem revelou boa disposição no relvado, passou algum tempo a conversar com Domingos Paciência e ainda trocou algumas palavras com o novo 'manager' da formação minhota, Fernando Couto.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Alan por dois milhões

Sporting e Sp. Braga deram um passo importante no sentido de tornar possível a transferência do brasileiro Alan, de 30 anos, do Minho para Alvalade e, nesse sentido, terão já chegado a acordo no valor a pagar pelos leões pela transferência: dois milhões de euros, ou seja, menos 500 mil euros do valor estipulado inicialmente.

Tendo em vista um acordo total há ainda, porém, alguns passos a dar pelos responsáveis dos dois clubes, sobretudo no que diz respeito à forma de pagamento.

De acordo com o que A BOLA apurou, António Salvador, presidente dos bracarenses, quer receber uma percentagem significativa para libertar o atleta, aceitando receber o restante em tranches. Os leões, no entanto, podem não estar em condições de avançar com essa verba no imediato, pelo que o processo não avança. Um entrave importante, mas para o qual, ainda assim, as partes tentam encontrar uma solução. Os próximos dias vão ser decisivos.

Nilson (ainda) à espera
Ainda no que diz respeito a possíveis reforços para o Sporting, o processo que visa a contratação do guarda-redes Nilson, do Vitória de Guimarães, encontra-se em stand-by. O jogador, de 34 anos, encontra-se muito bem posicionado numa lista de possíveis reforços para o posto, mas a verdade é que, até ver, os leões ainda não deram passos concretos tendo em vista a sua contratação.


A BOLA

JotaCC

Eduardo é o único a zero

Nem Júlio César, nem Iker Casillas, muito menos Buffon - o único guarda-redes que ainda não sofreu golos neste Campeonato do Mundo é de Mirandela e chama-se Eduardo. O guardião português de 27 anos, que tinha estado no último Mundial, mas viajando como adepto e de carro, continua a fazer história, somando recordes uns atrás dos outros. Para já, e depois de o uruguaio Muslera ter encaixado ontem, com a Coreia do Sul, o primeiro golo na prova, Eduardo assumiu essa invejada condição de único guarda-redes mundialista em branco. E assim conseguiu ser também o primeiro português da história a acabar a fase de grupos de um Mundial com a baliza inviolada - um feito incrível, à quinta presença da Selecção Nacional na maior competição do mundo.

Há, no entanto, mais números a suportar o excelente desempenho do guardião transmontano, que, por enquanto, ainda pertence aos quadros do Braga. Eduardo já soma, por exemplo, oito encontros oficiais seguidos sem sofrer golos: três na fase final do apuramento, dois do play-off (com a Bósnia-Herzegovina) e três agora no Campeonato do Mundo. Recentemente, já se tinha tornado o guarda-redes com mais minutos sem sofrer golos na Selecção, conseguindo bater, com 701', um recorde que era de Vítor Baía (de quem, curiosamente, é admirador), com 667'. Mais: nas 18 presenças que soma, sem qualquer derrota, em defesa da baliza da equipa das Quinas, o camisola 1 só sofreu três golos - e o desafio é prolongar estes números... para lá dos oitavos-de-final.


George Lucas chegou

Foi uma aventura e pêras aquela que George Lucas enfrentou para chegar ontem a Braga, onde era esperado para realizar exames médicos e assinar um contrato válido por três anos com o vice-campeão nacional. O lateral-direito saiu de São Paulo na noite de sexta-feira, horas depois de se ter despedido dos amigos e dos adeptos do Santos, e precisou de apanhar três voos para atingir o destino desejado (Aeroporto Francisco Sá Carneiro). Apesar de tudo, mostrou-se sorridente e bem disposto, mas foi aconselhado a adiar as primeiras declarações como jogador dos arsenalistas para depois do anúncio oficial da transferência, a realizar nos próximos dias, no sítio do clube.

Pelo semblante que apresentava, no entanto, foi possível depreender que estava ansioso por começar a trabalhar no Braga. Afinal, Moisés, Vandinho e Léo Fortunato deram-lhe as melhores referências da equipa, com a qual partirá amanhã, após o jantar, para um estágio de dez dias em Melgaço, onde já chegou a trabalhar com o Celta.

Com Lucas, o Braga ganha não só um jogador habituado a lidar com a pressão, bem como um bom marcador de livres. Quem o garante é Roberto Brum e Marcel, dois antigos atletas dos minhotos, que, através de O JOGO, descansam os adeptos e desvendam as qualidades do antigo companheiro no Santos.



Hércules também sonha com Eduardo


É cada vez maior a lista de clubes interessados em contratar Eduardo neste defeso. Depois de Benfica, Hoffenheim, Génova e Sporting, agora é o Hércules que sonha adquirir o passe do internacional português. A revelação foi feita pelo sítio "diarioinformacion.com", que vai ao ponto de garantir que um representante do guarda-redes do Braga tem estado em permanente contacto com Enrique Ortiz, accionista maioritário dos espanhóis. O maior problema desta operação será tentar chegar a um acordo com a SAD arsenalista, que está a pedir quatro milhões de euros pelo número 1 da Selecção Nacional. E sabe-se como António Salvador é intransigente na hora de negociar, principalmente na venda de jogadores que, pela qualidade e pela procura que têm, podem render muito dinheiro aos cofres do clube minhoto.


Empréstimos por definir

Com o plantel a ganhar forma, o Setúbal prevê contar com alguns atletas emprestados, contudo essa situação ainda não está definida, até porque ainda não é totalmente conhecida a lista de jogadores dispensados dos três grandes. Até agora Tiago Pinto, do Braga, é o único "emprestado", prevendo-se que Ney e Rafael Bastos lhe sigam os passos.



O JOGO

JotaCC


Eduardo, mãos seguras há 18 jogos


Jogador do Braga diz que "guarda-?-redes portugueses carregam fardo grande" e que as pessoas deviam valorizar mais aquilo que têm

O que é que o albanês Bogdani, o dinamarquês Bendtner e o camaronês Webo têm em comum? Resposta: foram os três jogadores capazes de obrigar Eduardo a ir buscar uma bola dentro da baliza, com a camisola da selecção nacional. É que, em 18 jogos por Portugal, o guarda-redes do Sporting de Braga só foi batido em três ocasiões, assumindo-se hoje como uma das referências defensivas da selecção.

Com o golo ontem sofrido pelo Uruguai frente à Coreia do Sul, a selecção portuguesa é a única com as redes invioláveis no Mundial 2010. E não é apenas por sorte que Eduardo permanece imbatível. O guarda-redes do Sporting de Braga tem-se destacado pela positiva na selecção portuguesa, ultrapassando as desconfianças que o rodeavam.

Frente ao Brasil, Eduardo fez duas defesas decisivas, uma desviando um remate de Nilmar para o poste e outra defendendo para canto um remate de Ramires: "Foram momentos importantes, até para o resultado. Mas estou lá para isso. Portugal não dá muitas oportunidades e é importante estar lá e fazer o meu papel", disse Eduardo ao PÚBLICO, após o jogo de anteontem.

O nulo com o Brasil aumenta para 15 o número de jogos em que Eduardo não sofreu golos pela selecção, desde que se estreou pela equipa em Fevereiro de 2009, num particular frente à Finlândia, o primeiro após a goleada em Gama (6-2). O guarda-redes apenas sofreu golos frente à Albânia (2-1), Dinamarca (1-1) e Camarões (3-1) e não sabe o que é perder pela selecção, somando 13 vitórias e cinco empates.

FIFA coloca-o em segundo

Qual o segredo? "Acima de tudo, trabalho e concentração", responde o guarda-redes. "E a solidariedade entre os jogadores em campo. Ninguém consegue nada sozinho e a equipa melhorou muito nesse aspecto. Felizmente temos sofrido poucos golos e quando isso acontece estamos mais próximos de ganhar", acrescenta Eduardo, que não perde a oportunidade de estar num bom momento para enviar um recado para quem desconfia das qualidades dos guarda-redes portugueses.

"Os guarda-redes portugueses carregam um fardo bastante grande, por causa do que as pessoas dizem. Se olharem bem, há bastante valor e qualidade em Portugal e é altura de dar valor ao que temos", salienta ao PÚBLICO o número um português, que em 2006 foi ao Mundial apenas como espectador (jogava no Braga B) e agora é um dos destaques do Mundial - as estatísticas do site da FIFA colocam-no no segundo lugar do ranking dos guarda-redes, para o que contribuiu ter sido, a par do uruguaio Muslera, o único sem golos sofridos na primeira fase.

As boas exibições no Sporting de Braga e na selecção vão conduzir a um desfecho inevitável: a saída do clube bracarense. Depois de Benfica e de equipas estrangeiras, o Sporting foi o mais recente clube colocado na rota do guarda-redes. Eduardo sorri perante a possibilidade, mas não abre o jogo. "Tenho a noção de que o Mundial é a maior montra do futebol. Se as coisas correrem bem, as portas poderão abrir-se." A escolha da porta, essa, fica para depois do Campeonato do Mundo.


PUBLICO

JotaCC

Sporting: Brasileiro vai ganhar 700 mil euros
Alan está por horas

A transferência de Alan para Alvalade é uma questão de horas, "24 no máximo", revelou ao CM uma fonte do Sp. Braga, explicando que o empréstimo de Pereirinha aos minhotos baixará consideravelmente os valores do negócio, de 2,5 para 1,5 milhões.

O brasileiro Alan, assediado pelo Al-Sharjah de Manuel Cajuda, já acordou com o Sporting um salário de 700 mil euros, o mesmo valor que auferiria nas Arábias, embora sem prémios chorudos por objectivos. A questão salarial foi o que atrasou o acordo total com o Sporting, já que aos 30 anos o brasileiro sonhava com o contrato da sua vida.

O salário de Pereirinha será pago quase na totalidade pelos leões. Entretanto, o Sporting comunicou à CMVM um princípio de acordo para a contratação do central argentino Torsiglieri. Tem 22 anos, 1 90m e custará 3,2 milhões, segundo avançou a imprensa argentina.

CORREIO DA MANHA



JotaCC

Costinha pediu Drenthe a José Mourinho


Responsável leonino está ainda a negociar o guarda-redes Eduardo e Alan com o Sporting de Braga e não quer ficar por estas contratações. Amanhã são esperadas novidades.

Há ambição e algum dinheiro em Alvalade. Segundo o DN apurou Costinha quer garantir Drenthe (extremo do Real Madrid), Eduardo e Alan do Sporting de Braga. O desejo é apresentar mais três reforços amanhã.

O director para o futebol leonino falou com José Mourinho para saber se o técnico português contava com o médio holandês e se podia encetar contactos com o Real Madrid para garantir o empréstimo do jogador. Mas as primeiras conversas com o clube espanhol foram refreadas pelo interesse dos espanhóis em Di María e pelo facto de o Benfica ter privilégio de escolha entre os dispensados de Mourinho.

No entanto, este dossier avançou no últimos dias e os clubes chegaram a um princípio de acordo quanto ao valor salarial a pagar por cada clube durante um empréstimo de Drenthe. Se o holandês aceitar, pode mesmo ser apresentado amanhã.

Costinha tem um fim-de-semana intenso em contactos, negociações e diplomacia. Agora terá de mostrar credenciais, pois terá de convencer clubes e jogadores de que o Sporting é a melhor opção.

E no que toca a Eduardo e Alan a situação complicou-se. Apesar das negociações pelo extremo terem avançado durante esta semana, os leões foram confrontados com o pedido de empréstimo de Pereirinha (mais 1, 2 milhões de euros em dinheiro). E como Costinha já tinha acertado o empréstimo do camisola 25 dos leões ao rival Vitória de Guimarães, com vista à contratação de Nilson, deu-se um impasse nas negociações. Porém, o jogador vai acabar por mudar-se para os belgas do Standard Liège (texto em baixo) .

Para não criar um problema com qualquer um dos clubes, o director leonino terá optado (depois de falar com Bettencourt) por avançar com as negociações para a contratação de Alan, sem Pereirinha. Isto porque chegou aos ouvidos do Sporting que o Panathinaikos (que esta semana oficializou Carlos Freitas como director técnico) podia apresentar uma proposta pelo extremo brasileiro.

Já durante as negociações para garantir Alan, Costinha foi confrontado com a possibilidade de o Sporting contratar também o guarda-redes número 1 da selecção. Isto depois de António Salvador ter revelado que havia dois clubes (um alemão e outro espanhol) dispostos a pagar a cláusula de rescisão do guarda-redes - cifrada em quatro milhões de euros.

Mas sabe o DN que, apesar das propostas serem tentadoras a nível financeiro, não satisfaziam Eduardo em termos desportivos. No final do jogo com o Brasil, o guardião admitiu que ia mudar de clube. E agora o Sporting já sabe quanto tem de desembolsar para contratar o atleta. E depois das excelentes exibições no Mundial é provável que apareçam mais interessados...



Um guarda-redes com uma bandeira às costas

Mirandela vai atribuir-lhe a medalha de mérito.

Eduardo, o guarda-redes que se mantém inviolável na baliza portuguesa desde que começou o Mundial, tem na sua posse uma bandeira do concelho de Mirandela, terra que o viu nascer e onde despontou para o futebol, oferecida pelo autarca e destinada a ser hasteada, "caso seja sagrado campeão do mundo". Certo é que o município vai homenageá-lo, depois do Mundial, com a medalha de mérito da cidade, "seja qual for o resultado" da selecção.

Eduardo dos Reis Carvalho nasceu em Mirandela, a 19 de Setembro de 1982, terra onde representou o clube local. Com 11 anos o guardião da baliza nacional fez-se para o futebol pela mão de António Rocha, que na cidade do Tua assina apenas por Rochinha.

Na terra que o viu nascer Eduardo "é um amigo" mas também "um grande jogador". E espera-se pelo regresso, de preferência campeão. Aqui Eduardo assiste, "sempre que pode" aos jogos do seu antigo clube e é "uma presença assídua e desejada", revela o treinador.

Eduardo despontou para o futebol nos infantis do Sport Clube Mirandela. "Passou para os iniciados e o Guimarães veio buscá-lo", revela o técnico que ainda hoje mantém com Eduardo "uma estreita amizade". Dois anos depois, já como juvenil, regressa a Mirandela até que "assina com o Braga", diz Rochinha. A família acompanha a deslocação do jogador, mas em Mirandela permanecem os amigos de escola.

17 anos depois da estreia, muitos são os amigos que conserva na cidade, que abandonou há 14 anos. Os mesmos que pouco tempo antes do estágio lhe promo- veram uma homenagem. Foi nessa mesma homenagem que Eduardo recebeu das mãos de José Silvano, o presidente da autarquia, a bandeira da cidade, para que nela se apoie "principalmente nos momentos menos bons e, caso seja campeão do mundo, possa erguer a bandeira da sua terra natal". O autarca garantiu a Eduardo que "seja qual for o resultado da selecção, quando o Mundial acabar" será "homenageado com a medalha de mérito da cidade".

Em Mirandela hoje não tem família directa. A mais próxima, uma tia, está em Vila Flor. Mas tem amigos. Entre os quais Hugo Ribeiro, colega de formação e que hoje trabalha num restaurante onde Eduardo "é visita assídua", conta Rochinha. Pedro Pires, outro colega da escola, garante que o jogador "mantém-se igual. Não tem tiques de vedeta e sempre que pode vem aí". Carlos, que apenas assim quer ficar conhecido, lembra as origens "humildes" do guardião e a vida "difícil". "Os pais eram caseiros em Vila Nova das Patas e os três irmãos emigraram para o Luxemburgo", recorda. Rochinha lembra o episódio da morte do pai, num acidente em Vila Flor. Eduardo "seguia na carrinha acidentada, mas nada sofreu. Mostrou toda a sua forte personalidade perante a tragédia". Na cidade todos são unânimes em garantir que Eduardo "mantém a mesma humildade de sempre". E mantém a ligação a Rochinha, com quem ainda falou "pouco antes do jogo com o Brasil". Quem o viu desde criança, "encantado com Preud'Homme", augura-lhe "um grande futuro. Igual ou melhor que o Vítor Baía", diz Rochinha. E sobre o jogo com Espanha? "Vai acabar em penáltis e o Eduardo vai defender dois."



O triunfo de Eduardo

Eduardo entrou neste Mundial como um dos grandes pontos de interrogação colados à selecção portuguesa. O mais novo titular da baliza de Portugal em fases finais de grandes competições carregava nas costas a desconfiança que uma folha invicta na qualificação - e uma época de excepção no Sp. Braga- sensação da última Liga portuguesa - não tinha sido suficiente para afastar de vez. Três jogos e zero golos sofridos depois, Eduardo é, para já, um dos grandes vencedores deste Mundial, como o atestam as eleições para a baliza do onze ideal da primeira fase em algumas das mais prestigiadas publicações mundiais, como o espanhol El Mundo.

A baliza da selecção nacional tem sido um permanente fórum de discussão ao longos dos últimos anos. Pelo menos desde que Ricardo apareceu a interromper o tranquilo reinado de Vítor Baía, que durara toda a década de 90. Ainda que tenha sido na era de Luiz Felipe Scolari ao comando da selecção que o assunto desceu quase ao nível dos romances de faca e alguidar, a polémica tinha começado já em 2002, quando António Oliveira ignorou a boa campanha de Ricardo na qualificação (e no Boavista recém-campeão onde tinha sido uma das figuras) para entregar a titularidade no "maldito" Mundial asiático a um Vítor Baía acabado de regressar de lesão.

Desde então, a baliza nacional deixou de ter sossego, contando-se armas nas trincheiras de um e outro lado: os defensores de Ricardo e os defensores de Baía. Scolari, como se sabe, decidiu só ter espaço para um deles e escolheu Ricardo, que desde então passou a ter de suportar um peso extra na camisola: o azedume de todos os anti-Scolari, que personalizaram no guarda--redes a injustiça cometida a Vítor Baía. Ricardo teve os seus altos e baixos na selecção, mas nunca se conseguiu livrar do "fantasma de Baía", recordado a cada erro do titular de Scolari numa "guerra" que acabou por feri-lo de morte na selecção (e não só, como se pôde constatar na vertiginosa queda da carreira de Ricardo).

Nesta era de Carlos Queiroz, a escolha de Eduardo para titular da baliza nacional ameaçou transformar-se num remake do mesmo filme, com o guarda-redes do Sp. Braga no papel de Ricardo e Quim, o titular da baliza do Benfica campeão, como o novo Baía vetado pela mão injusta de um seleccionador. Eduardo, recorde- -se, foi o eleito de Queiroz a partir dos dolorosos 6-2 no Brasil, jogo do qual, curiosamente, se terá "safado" por se ter sentido indisposto durante a noite anterior perante a pressão da titularidade que lhe tinha sido anunciada. Quim, esse, não sobreviveu aos seis golos brasileiros e não mais voltou à selecção.

Vindo de fora da órbita dos três grandes do nosso campeonato, Eduardo não escapou à desconfiança. E a opção de Queiroz estranhou mais do que entranhou durante grande parte do percurso até ao Mundial. A cada saída em falso de entre os postes - e foram algumas, reconheça-se, tanto no Sp. Braga como na selecção -, a cada golo sofrido - mesmo que poucos, tanto no Sp. Braga como na selecção -, Eduardo fez quase todo o País torcer o nariz, durante muito tempo, à sua titularidade na baliza de Portugal. Apesar da equipa não ter voltado a perder desde aí e de Eduardo não ter sofrido mais do que três golos em jogos oficiais.

Mas Queiroz confiou. Deu-lhe segurança, afastou-lhe os fantasmas de perto e depositou-lhe quase tudo nas mãos para este Mundial. E as mãos de Eduardo não têm tremido. Pelo contrário, como demonstrou no excelente voo que segurou o 0-0 neste último jogo com o Brasil, quando o remate do benfiquista Ramires aproveitou as costas de Bruno Alves para seguir em direcção ao ângulo da baliza portuguesa já nos minutos finais. Eduardo tem sabido agarrar o momento. De tal forma que se tornou, nas análises de quem olha para Portugal, no símbolo de uma selecção que, para lá do inevitável Cristiano Ronaldo, está a ganhar fama pela cortina de ferro que levantou diante da sua baliza. O rosto de um Portugal que trocou, em definitivo, um ideal de futebol bonito e vistoso pelo estilo pragmático que marca esta era Queiroz (efeitos da tal noite de pesadelo no Brasil, em 2008?). E, espera-se, o homem que consiga dar, enfim, o merecido descanso à baliza portuguesa.


DN

Pé Ligeiro

Lucas chegou em silêncio

George Lucas chegou este domingo para reforçar o plantel do Sp. Braga nas próximas três épocas e precisou de pouquíssimos segundos para ser confrontado com uma das singularidades do futebol nacional. É que, por ordem do departamento de comunicação do seu novo clube, o lateral-direito, de 26 anos, foi forçado a desempenhar o papel de protagonista de um autêntico filme mudo.

A informação de que o defesa com nome de ilustre realizador de cinema não tinha ordens para falar à Imprensa passou-a Miguel Linhares, cumprindo aquilo que este funcionário da empresa de Adelson Duarte, agente que intermediou o negócio, disse ser uma directriz traçada pelo Sp. Braga.

Entre esgares que denunciavam o incómodo e a estranheza com algo a que não está habituado e pedidos de desculpa por não entrar no jogo de perguntas e respostas, George Lucas viu adiada a oportunidade de explicar de viva-voz o porquê de ter trocado o Santos, ao serviço do qual foi este ano campeão paulista, pelo vice-campeão português.

Isto, quando até tinha sido notícia recente no Brasil o assédio promovido por clubes espanhóis e italianos à mais recente contratação do Sp. Braga.

Como a mordaça só foi colocada em solo luso, à partida, George Lucas, internacional sub-20, explicara que a possibilidade de jogar na Champions pesou imenso na sua opção. Não menos relevante na hora da escolha, foram também os conselhos dos amigos Mossoró, Moisés e Vandinho, mais Roberto Brum, um ex-bracarense que joga no Santos. Todos garantiram-lhe que jogar no Braga é estar no top. Mas, lá está, isso ele não pôde dizer à Imprensa lusa...
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Pé Ligeiro

Rodriguez é mesmo para vender

Central peruano só tem mais um ano de contrato e SAD bracarense quer fazer dinheiro com ele.

Ontem, foi a primeira vez que os adeptos bracarenses e os repórteres puseram a vista em cima de Rodriguez. Devidamente autorizado pela Administração do Sp. Braga, o peruano prolongou por mais três dias as férias e só integrou o plantel ao quinto dia de trabalhos da nova temporada.

Notícia permanente durante todo o defeso, pela indefinição quanto ao futuro (chegou a ser colocado na rota do FC Porto e do Sporting), a confirmação da sua presença nos treinos da equipa liderada por Domingos Paciência está longe de ser sinónimo de permanência assegurada nos quadros arsenalistas.

Aliás, segundo diversos indicadores recolhidos por a A BOLA, a teoria prevalecente nos corredores de poder do Estádio AXA aponta precisamente em sentido contrário: o defesa-central está mesmo no mercado e a intenção de António Salvador, líder do clube e da SAD, é rentabilizar ao máximo o investimento feito há quatro anos, quando contratou o defensor peruano ao Sporting de Cristal.

A necessidade de vender mais este activo é ditada pela obrigatoriedade de o Sp. Braga somar mais uns milhões de euros ao importante crédito obtido com a venda de Evaldo ao Sporting. Além disso, o contrato de Rodriguez expira no final da época, logo, há sempre o risco tremendo de o emblema minhoto ver o central escapar-se-lhe e não ganhar nada com isso, já que a partir de Janeiro o sul-americano ficará com liberdade total para escolher um outro clube, sem ter de informar ou dar justificações ao Sp. Braga dessa potencial iniciativa.
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