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NOTICIAS DO ENORME DO DIA 28/02

Started by JotaCC, 28 de February de 2010, 07:43

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JotaCC

Sp. Braga recebe e vence Olhanense


O Sporting de Braga venceu o Olhanense por 3-1, alcançando o 10.º triunfo em 11 partidas em casa. Ao responderem da melhor maneira à goleada sofrida na última jornada no terreno do FC Porto (5-1).

A estadia na liderança pode ser curta, mas ter ultrapassado a pontuação alcançada no final da época passada, somando agora mais um ponto que após a 30.ª jornada do último campeonato, já é um facto consumado.

Domingos Paciência voltou ao esquema habitual e fez cinco alterações em relação ao jogo com os portistas: Meyong regressou, André Leone surgiu no lugar de Paulão, Miguel Garcia no de Filipe Oliveira, este como trinco em vez de Olberdam e Matheus no lugar de Luís Aguiar.

Já Jorge Costa repetiu a equipa que recebeu na última jornada o Sporting e foi mesmo a turma algarvia que entrou melhor no jogo, personalizada, com muita posse de bola e dominando a partida nos primeiros 20 minutos.

Aos 12 minutos, Djalmir surgiu isolado na área, contornou Eduardo e rematou ao poste, mas pouco depois, aos 16, o avançado brasileiro marcaria mesmo.

Com tempo e espaço para tudo na direita, Castro centrou para a entrada fulgurante de Djalmir, que, sem marcação, não perdoou e fez de cabeça o primeiro golo do jogo, apenas o terceiro sofrido pelos bracarenses em casa.

Nos instantes seguintes a equipa algarvia esteve perto de aumentar e pelos mesmos int ervenientes: primeiro, o remate de Castro, médio emprestado pelo FC Porto, saiu a rasar o poste (17) e, depois, Djalmir por pouco não aproveitou uma intervenção infeliz de Eduardo (18).

E sem o justificar, porque não conseguia interligar uma jogada com princípio, meio e fim, o Sporting de Braga chegou ao golo, aos 21 minutos: mau corte de cabeça de João Gonçalves a meter a bola nos pés de Matheus, que, na cara de Ventura, não teve dificuldades para empatar a partida.

A reviravolta consumou-se aos 37 minutos, já com o Sporting de Braga a assumir as despesas do jogo: Evaldo, qual ponta de lança, e após centro de Paulo César da direita, antecipou-se aos centrais adversários e cabeceou sem hipóteses para o guarda-redes olhanense.

Apesar da entrada gratuita, estiveram menos de 10 000 pessoas no estádio (a muita chuva e vento não ajudaram a voltar a enchê-lo), mas os adeptos presentes ainda vibraram com o terceiro golo da equipa, aos 55 minutos: centro atrasado de Paulo César da esquerda e remate vitorioso de Meyong, ainda que com a "colaboração" de Ventura.

Nota ainda para uma boa defesa de Eduardo a um livre directo de Rui Duarte (74), mas, com excepção deste lance, a equipa "arsenalista" esteve sempre mais perto do quarto tento do que o Olhanense do segundo, como quando, já nos descontos, Rentería falhou de cabeça sem qualquer oposição.

CORREIO DO MINHO

JotaCC

Matheus: «Todos pensamos no título»
MINIMIZA LUTA PELA TITULARIDADE E ASSUME O SONHO
   
Matheus marcou o primeiro golo do Sp. Braga, o do empate frente ao Olhanense, e, sendo o suplente mais utilizado até agora na Liga, começa também a ganhar uma presença cada vez mais constante no onze inicial dos minhotos, como ontem aconteceu. Uma situação que desvalorizou, no final, quando interpelado acerca da titularidade: "Atualmente o Sp. Braga não tem apenas um onze; tem um plantel, e eu faço parto dele. Trabalho para entrar na formação inicial, mas o meu objetivo é sempre ajudar a equipa."

O jogo de ontem seguia-se ao desaire, muito pesado da jornada anterior, frente ao FC Porto, no Dragão - derrota por 5-1 - e era importante para que o grupo reconquistasse a confiança. Uma situação admitida, sem pejos, pelo atacante brasileiro: "O nosso treinador sabe que tem um grupo forte, e a prova disso foi dada hoje, com esta vitória."

Aos 27 anos, Matheus marcou ontem o quarto golo neste campeonato e está muito perto de igualar a sua melhor marca no escalão principal do futebol português: 5 pelo V. Setúbal, em 2007/08. Uma boa campanha que espera ver acompanhada de uma conquista histórica para o clube, o campeonato nacional. Afinal, Domingos assumiu, finalmente, a candidatura: "Todos os jogadores querem, e pensam, conquistar o título. E os do Sp. Braga não são, naturalmente, diferentes dos outros; quem sabe no final da época se não poderemos festejar..."



Meyong: «Mostrámos que somos uma equipa com cabeça»
ELOGIOU CAPACIDADE BRACARENSE PARA REVERTER ENTRADA INFELIZ
   
O golo de Djalmir colocou com certeza alguns pontos de interrogação a pairar nas mentes dos adeptos do Sp. Braga, ainda para mais depois do desaire no Dragão, na semana passada. Será que, afinal, a equipa não é assim tão forte? Meyong é da opinião de que a resposta que o grupo de Domingos deu ontem em campo dissipou todas as dúvidas.

"Foi um jogo muito difícil, como estávamos à espera. É verdade que começámos um pouco mal, mas esta partida nada teve a ver com aquela contra o FC Porto. Demonstrámos que temos uma equipa com cabeça e que com calma sabemos sair de uma situação complicada e ainda chegar ao triunfo", afirmou o camaronês, que apontou o seu 7.º golo nesta edição do campeonato português.

Com o resultado de ontem, o Sp. Braga mantém-se entre os primeiros da Liga Sagres. Meyong alinha o seu discurso pela cautela que reina em Braga, mas sempre adianta que os sonhos, em si mesmos, têm de fugir à racionalidade.

"A verdade é que estamos entre os primeiros da tabela. Não creio que o clube, com o orçamento que tem, ambicionasse ser campeão, mas nós sabemos a qualidade que temos e, como já muita gente disse, sonhar não tem mal nenhum. Vamos querer vencer jogo a jogo e, se formos campeões, será uma alegria enorme, tanto para nós como para os nossos adeptos. Mas ainda não estamos lá. Agora vamos para Setúbal", concluiu.

RECORD

JotaCC

Bracarenses ambiciosos estão na luta



A Olhanense ainda assustou com um golo madrugador, mas os minhotos, mais fortes, conseguiram a reviravolta no marcador.

O Sporting de Braga "lambeu as feridas" da goleada sofrida no Estádio do Dragão, na última jornada da Liga, e fez a Olhanense pagar a factura do orgulho ferido, assinando uma contundente vitória por 3-1, que mantém a equipa no trilho do título.

O mau tempo foi desta vez inimigo da política de portas abertas do estádio bracarense, que a direcção dos minhotos aplicou, novamente, mas para os cerca dez mil adeptos que aproveitaram a benesse, ficou a imagem de um Sporting de Braga combativo e ambicioso.

Ainda, assim o "alerta laranja" dado pela meteorologia para o chuvoso dia de ontem, teve reflexo semelhante nas bancadas do municipal, com a entrada destemida da turma de Olhão no jogo, que logo ao quarto de hora gelou a "Pedreira" com o golo madrugador de Djalmir.

Abanaram, momentaneamente, as estruturas arsenalistas, e Castro, pouco depois, poderia ter dado mais um golpe nos locais. Mas ao "tiro" ao lado dos algarvios, reagiram com sucesso os bracarenses, aos 20 minutos, quando Matheus aproveitou um corte defeituoso de João Gonçalves para restabelecer o empate no jogo.

A turma treinada por Domingos galvanizou-se com o golo, passou a habitar mais tempo a área contrária, e a sete minutos do intervalo voltou a aproveitar um deslize defensivo dos visitantes para Evaldo assinar o 2-1.

Com este capital de confiança, não surpreendeu a atitude "mandona" dos nortenhos no regresso de descanso, com uma equipa mais oleada que, aos 54' , praticamente sentenciou o jogo. Lance simples e eficaz construído por Paulo Sérgio e finalizado por Meyong, a penalizar os poucos lestos defesas da Olhanense.

A equipa de Jorge Costa ainda esboçou uma ténue reacção, mas nada conseguiu pois essa era a altura em que o Sporting de Braga espalhava no relvado o estatuto de candidato ao título podendo, numa mão cheia de oportunidades, ter dilatado o resultado.


DN

JotaCC

Braga regressa às vitórias, após desaire no Dragão

O Braga regressou às vitórias, batendo, de forma clara, o Olhanense, por 3-1, após a goleada sofrida no Dragão. Os minhotos entraram nervosos, estiveram a perder, mas concretizaram a sua segunda reviravolta na Liga, que lhes permite continuar a um ponto do líder.

Seis dias após o descalabro no Dragão (5-1), o Braga levantou a cabeça e regressou às vitórias, confirmando que muito do que de positivo tem feito neste campeonato se deve à produção no seu reduto. Foi o décimo triunfo em 11 jogos em casa de uma equipa que entrou nervosa no encontro, certamente ainda na ressaca da goleada com o F. C. Porto, mas saiu a sorrir, falhando até, por pouco, a sua primeira goleada na prova.

O panorama inicial era cinzento para os arsenalistas. Ao contrário de há 15 dias, com o Marítimo (2-1), desta vez o Estádio AXA não encheu, apesar das entradas serem novamente gratuitas. Os estilhaços da derrocada no Dragão e, sobretudo, o mau tempo que se fez sentir, não permitiram uma forte mobilização de adeptos. A assistência (9072) nem sequer atingiu um terço da lotação do recinto. Depois, o próprio Braga entrou nitidamente nervoso, tendo demorado 20 minutos a reagir a uma entrada forte do Olhanense, que no entanto só rendeu um golo. Djalmir, que até já atirara uma bola ao poste, abriu o activo para a equipa de Jorge Costa à passagem do primeiro quarto de hora. Logo a seguir, os algarvios desperdiçaram mais duas oportunidades flagrantes, por Castro e Djalmir, isto antes de entrarem em colapso.

Domingos Paciência, no seu 100.º jogo na Liga, procedera a várias alterações no onze, mas o meio-campo do Braga não era capaz de segurar no jogo. Valeu o instinto de matador de Matheus que, seis minutos depois do golo do Olhanense, fez o empate, aproveitando um brinde de Tengarrinha. O suplente favorito de Domingos, que desta vez começou a titular, abria o caminho para a reviravolta no jogo, serenando a equipa e simultaneamente travando o bom futebol algarvio, que tanta mossa estava a causar.

Antes do intervalo, após um bom cruzamento de Paulo César, Evaldo subiu mais alto do que Tengarrinha (outra vez a falhar....) e fez o 2-1, num remate de cabeça. O Braga, que até ontem só conseguira uma reviravolta na Liga (nos Barreiros, com o Marítimo, à 4.ª jornada) adiantou-se no marcador, depois de uma entrada em falso no jogo, mas nunca mais permitiu veleidades ao adversário.

No recomeço, os bracarenses não demoraram a fazer o 3-1, com o guarda-redes Ventura a dar um "frango", após remate de Meyong.

O Braga tinha o jogo na mão e controlou toda a segunda parte, falhando até a sua primeira goleada no campeonato. Seja como for, continua na vice-liderança, a um ponto do Benfica e já soma 51 pontos, quando, no final da época passada, só contabilizou 50...


JN

JotaCC

Domingos Paciência

"Sp. de Braga é uma das equipas a lutar pelo título"

Domingos Paciência está satisfeito com o triunfo desta noite Foto: AP Photo
O treinador do Sporting de Braga afirma que a sua equipa está na luta pelo título ao lado do Benfica e do FC Porto. O técnico do Olhanense destaca os bons momentos dos seus jogadores no encontro que perderam por 3-1.

"Existem três equipas que estão a lutar pela Liga e o Sporting de Braga é uma delas. Está metida no meio de outras duas equipas que todos os anos lutam para ser campeões, que são o Benfica e o FC Porto", alerta o técnico bracarense.

"Nesta altura, noutros anos, as comparações que faziam do Sporting de Braga era com o Marítimo, com o Vitória de Guimarães ou com o Nacional e agora têm como termo de comparação o FC Porto e o Benfica. Neste momento estamos a um ponto da liderança, temos o FC Porto a cinco pontos de nós. Fizemos a nossa parte e vamos ver o que acontece", remata Domingos Paciência.

Se o treinador 'arsenalista' destaca a boa posição na tabela classificativa da Liga depois da vitória em casa sobre o Olhanense, o técnico dos algarvios lamenta algumas falhas do seu colectivo.

"Estamos em alta competição, quer em termos defensivos, quer ofensivos. Temos que ser muito mais exigentes", avisa.

Ainda assim, Jorge Costa destaca bons momentos. "Viemos de uma fase boa e saio daqui relativamente satisfeito com a prestação da equipa em determinada fase do jogo. O que é importante para mim é saber que somos capazes de chegar a um estádio que tem uma equipa que está a lutar pelo título e termos boas fases do jogo e conseguirmos ser superiores", remata.


RTP

JotaCC

Três pontos finais

O Braga não ganha quando começa a perder. Matheus não brilha sempre que faz parte do onze. A equipa não funciona quando não joga em 4x3x3. Estas três verdades deixaram de ser absolutas e devem agora ver os tempos verbais alterados. A vitória arsenalista não serviu apenas para esquecer o pesadelo no Dragão, mas também para reforçar o estatuto de candidato ao título e abater três traumas antigos. Um por cada golo. A superação de uma desvantagem (a sexta na Liga) é um excelente prenúncio para o que falta jogar e aumentará a crença em situações desfavoráveis. A exibição consistente de Matheus (primeiro golo como titular) amplia as opções de Domingos Paciência, mesmo para uma táctica diferente, que habitualmente não funciona, mas que ontem derrubou o Olhanense.

A adaptação da equipa ao novo esquema não começou por ser fácil. E se é justo dizer que a vitória arsenalista não sofre contestação, o Olhanense merece que se elogie a qualidade que preservou durante todo o jogo, 37 minutos dele acima dos níveis do Braga em diversos parâmetros: ocasiões, organização de jogo e dinâmica individual. Castro e Ukra foram um terror e, no início, fizeram de Evaldo o mesmo que Varela e Álvaro Pereira a Filipe Oliveira na semana passada.

Por ter perdido no Dragão, o Braga não podia vacilar para continuar a depender apenas de si na luta pelo título. Mas a desorganização decorrente do buraco enorme que havia no miolo não augurava muito de bom. Em menos de 20 minutos, já os algarvios contavam três oportunidades clamorosas. Jorge Costa lamentou que apenas uma desse golo. E com razão, constataria mais tarde.

O Braga é feliz na forma como Tengarrinha oferece o empate e oportunista a completar a reviravolta. Depois, acaba por ter mérito na forma como amplia o resultado e justifica o triunfo com alguns momentos brilhantes. O 2-1 bastou para a equipa serenar e voltar a pensar com a inteligência habitual. Chegou em óptima altura, mesmo que naquele momento ainda pintado com injustiça.

Apesar de tudo, o Olhanense não piorou. O Braga é que disparou. A acção dos treinadores no banco foi decisiva. Jorge Costa arriscou ao lançar Toy e Yazalde, mas Domingos fechou o meio-campo com Luis Aguiar e Olberdam, reforçando a combatividade e obrigando os sectores a jogarem mais próximos. Confortável num figurino muito parecido com o habitual, o Braga não voltou a ser ameaçado em lances de bola corrida e controlou os últimos 20 minutos com segurança. Com os três pontos finais, Domingos atinge os 51 e ultrapassa, a nove jornadas do fim, os 50 conseguidos em 2008/09 por Jorge Jesus, precisamente o agora maior rival na luta pelo inédito campeonato.

Braga 3-1 Olhanense

Estádio AXA

relvado bom

9072 espectadores

Árbitro Carlos Xistra (AF Castelo Branco)

Assistentes Luís Marcelino e Jorge Cruz

4º árbitro Jorge Tavares

Treinador Domingos Paciência

1 Eduardo GR 6

15 Miguel Garcia LD a 73' 5

5 Moisés DC 5

4 André Leone DC 5

6 Evaldo LE 5

27 Filipe Oliveira MD 5

45 Hugo Viana MO 5

99 Matheus MO 6

30 Alan AD 5

19 Meyong AV a 63' 5

9 Paulo César AE a 88' 6

31 Kieszek GR

-

3 Paulão DC

13 Olberdam MD d 73' 4

10 Luis Aguiar MO d 63' 5

22 Rafael Bastos MO

18 Renteria AV d 88' -

81 Adriano AV

Golos

[1-1] 21' Matheus; [2-1] 37' Evaldo; [3-1] 55' Meyong

amarelos 45' Paulo César, 65' Miguel Garcia, 71' Hugo Viana, 88' Luis Aguiar

vermelhos nada a assinalar

Remates à baliza [5] Remates para fora [6] Cruzamentos [14] Cantos [5]

Faltas [25]

Posse de bola [45%]

Jorge Costa Treinador

24 Ventura GR 3

18 João Gonçalves LD 4

6 Tengarrinha DC 4

49 Miguel Ângelo DC 5

13 Carlos Fernandes LE a 61' 4

27 Delson MD 5

10 Castro MO 6

16 Rui Duarte MO 4

17 Ukra AD 6

11 Djalmir AV a 71' 6

23 Paulo Sérgio AE a 61' 4

-

12 Ricardo Ferreira GR

26 Lionn LD d 61' 3

2 Anselmo DC

7 Rui Baião MD

9 Toy AD d 61' 3

22 Zequinha AV

14 Yazalde AV d 71' 2

Golo

[0-1] 16' Djalmir

amarelos 45' Castro, 60' Carlos Fernandes, 79' Toy, 86' Delson

vermelhos nada a assinalar

Remates à baliza [5] Remates para fora [5] Cruzamentos [19] Cantos [5]

Faltas [14]

Posse de bola [55%]


Arbitragem

Excessos de autoritarismo

Apitou 39 faltas, num jogo sem maldade que o justificasse. Não se pode apontar qualquer erro grave, mas também é obrigação do árbitro contribuir para maximizar o espectáculo. Isso, Carlos Xistra não fez. Também foi excessivo na amostragem de cartões, mas ao menos soube ser coerente e não distinguiu camisolas.



O MOMENTO 37' [2-1]
Tranquilidade com cabeça

Na sequência de uma bola parada, Paulo César ganha um lance na direita, cruza com conta, peso e medida para a cabeça de Evaldo, que não sendo um especialista remata de forma perfeita, de cima para baixo e para o poste mais distante de Ventura. O Braga nem estava a jogar bem, mas passou a fazê-lo depois do segundo golo no jogo e de Evaldo no campeonato.


Lances-chave

12'

Castro isola Djalmir. Descaído para a direita, o ponta-de-lança remata contra a base do poste.

16'

[0-1]

Ukra ganha a Evaldo depois de um mau passe do brasileiro. Na linha cruza de forma milimétrica para Djalmir, de cabeça, inaugurar.

18'

Mais uma vez Evaldo é ultrapassado por Ukra. O cruzamento é bom e Djalmir quase bate Eduardo.

21'

[1-1]

Um alívio de cabeça mal efectuado por Tengarrinha isola Matheus, que à saída de Ventura coloca a bola entre as pernas.

37'

[2-1]

Golo de Evaldo.

[ver Momento do Jogo]

55'

[3-1]

Jogada em velocidade de Paulo César pela esquerda. O brasileiro entra na área e passa para trás, onde aparece Meyong a fuzilar.

80'

Excelente triangulação a lançar Filipe Oliveira. Este entra na área, ameaça e senta Ventura. Quando ia marcar, aparece Tengarrinha a dar a cara à bola para evitar a goleada.


A ESTRELA
Paulo César 6
Operário da vitória


Emprestou tranquilidade ao Braga, na pior altura do jogo, recuando para atenuar o desequilíbrio a meio-campo, e foi o operário da vitória, com um par de assistências perfeitas para os golos de Evaldo e de Meyong. A Paulo César só faltou assinar um golo. Merecia.


O Braga um a um


Eduardo 6

Acusou o desequilíbrio inicial, mas recuperou a tempo de segurar a vantagem com grande classe.

Miguel Garcia 5


Saiu lesionado, a um quarto de hora do fim, debaixo de aplausos justos: foi o melhor, o mais regular da defesa.

Moisés 5

Surpreendido por Djalmir no golo, recompôs-se para o nível habitual.

André Leone 5

Djalmir também lhe causou calafrios; só não ficaram na história do jogo. Acompanhou Moisés na melhoria.

Evaldo 5

Vítima do desequilíbrio do meio-campo, viu o flanco que lhe cabia defender tornar-se permeável, até Castro romper para o golo. Repôs a igualdade num cabeceamento perfeito, e depois foi ele próprio.

Filipe Oliveira 5

Defendeu como pôde um meio-campo que penou, inicialmente. Sempre lúcido, esteve à beira do golo (8') e terminou a lateral-direito.

Hugo Viana 5

Sem ritmo para os médios algarvios, sofreu na primeira parte, dando ao adversário espaço para chegar ao golo. A evolução do resultado ajudou-o, e a experiência fez o resto.

Alan 5


Importante no apoio ao meio-campo, sem descurar toda a oportunidade de remate.

Meyong 5


Nunca deu sossego aos centrais e o esforço foi premiado com o terceiro golo da noite.

Matheus 6

Novidade no ataque, no lugar do castigado Mossoró, teve lucidez e arte para fazer o 1-1 no momento certo, e alimentar o espectáculo.

Luis Aguiar 5

Deu consistência ao meio-campo ofensivo, importante diante de um adversário que nunca se rendeu.

Olberdam 4


Defendeu o meio-campo sem se perceber qualquer quebra de ritmo.

Renteria -

Frescura atacante final.


O JOGO

JotaCC

História do jogo
Num encontro de antigos campeões, até os piores momentos podem ser úteis: Domingos ainda não tinha visto a equipa virar um resultado

Jorge Costa obriga o Braga a crescer

Um adversário pode ser amigo, quando se discute o título? No caso de Domingos Paciência e de Jorge Costa, as duas glórias dos relvados que cresceram com a camisola do FC Porto e, ontem, se defrontaram no Braga-Olhanense, a resposta é afirmativa, só possível pela competência que partilham. Até ontem, o Braga de Domingos, na ressaca de uma goleada no Dragão, nunca tinha virado um resultado. Pela nona vez nesta temporada, viu-se a perder e, muito cedo, depois de o futebol da equipa de Jorge Costa ter exposto as fragilidades que o castigo de Vandinho abriu a meio-campo. A desvantagem obrigou o Braga a ir mais longe do que alguma vez fora. Em oito ocasiões, não conseguira melhor do que recuperar um par de empates, mas, quando se poderia supor que o 5-1 do FC Porto lhe tinha enfraquecido ânimo, eis que o Braga se descobre mais forte. Do fundo da tabela, Jorge Costa, que começou no AXA a carreira de treinador e reparte com Domingos a expectativa de um dia estar no banco portista, fez o Braga superar-se.



Domingos Paciência, treinador do Braga

"Fizemos a nossa parte"

"Orgulhoso" pela vitória e por ter cumprido 100 jogos no campeonato na qualidade de treinador, os primeiros elogios de Domingos Paciência foram para o Olhanense, para o "mérito no golo e nas outras situações de perigo que criou", porque "entrou melhor". O Braga só quando "acertou as marcações" e marcou conseguiu impor-se, numa partida que já sabia "difícil", porque precedida de uma goleada que "mexeu com o orgulho", recuperando a eficácia que permitiu superar os 51 pontos de 2008/09, e continuar na discussão do título: "Fizemos a nossa parte, esperemos que os outros não sejam tão felizes", concluiu o técnico bracarense.



Meyong
"Era bonito para a cidade o Braga ser campeão"

Meyong reconheceu que o Braga não entrou bem no jogo, mas que nada teve a ver com a "goleada sofrida no Dragão". "Não entrámos bem no jogo, mas temos de dar mérito ao adversário que teve um início muito forte", reconheceu. "Temos uma boa equipa e com calma e serenidade conseguimos dar a volta ao resultado", afirmou. Sobre a hipótese de o Braga ser campeão, adiantou: "Sabemos as qualidades que temos e não faz mal sonhar. Vamos até onde nos deixarem ir, mas era bonito para o clube e cidade ganharmos o campeonato. No entanto, vamos ter de vencer jogo a jogo e, o próximo é em Setúbal e é nesse encontro que temos de pensar, pois só a vitória nos interessa", concluiu.



Yazalde aplaudido


Os adeptos do Braga que, com a luta pelo título, se fazem ouvir mais do que nunca, não esquecem os jogadores contratualmente ligados ao clube, mesmo quando estes vestem a pele de adversário. Yazalde sentiu esse carinho, ontem, quando entrou para ajudar o Olhanense, clube ao qual está cedido até ao final desta temporada.



Temporal venceu a bola

Pela segunda vez, nesta temporada, o Braga abriu, ontem, as portas aos adeptos, sem a enchente que se verificara no jogo anterior. Com o Marítimo, o AXA registou uma assistência histórica: 30 186 estiveram nas bancadas. Com o Olhanense, não terá sido o entusiasmo a diminuir, mas o mau tempo tornava a ida ao estádio quase um acto heróico.


O JOGO

JotaCC

Crónica de jogo
O candidato Sp. Braga ainda tremeu mas acabou por curar as feridas trazidas do Dragão
Por Samuel Silva


Bracarenses não desarmam na corrida ao título. Olhanense chegou a estar em vantagem, mas pagou caro os erros defensivos

Domingos Paciência ainda deve ter repensado as palavras da véspera quando viu o Olhanense inaugurar o marcador. Em vez de reagir positivamente à derrota no Estádio do Dragão, o Sporting de Braga entrou nervoso. No estádio, ecoou o receio de que as marcas da goleada fossem ainda visíveis na equipa. Mas pela frente estava um adversário que ajudou a construir um resultado confortável. Dois erros defensivos dos algarvios foram determinantes na reviravolta. E o Sp. Braga volta a ter fôlego na luta pelo título.

Durante os primeiros 20 minutos quase não se viu a equipa arsenalista sobre o relvado. Três minutos antes do golo inaugural, o Olhanense fez o primeiro aviso, por Djalmir. Solto na área, depois de um erro defensivo, o avançado atirou ao poste. Mas não demorou muito a redimir-se. Na cara de Eduardo, o brasileiro deu, com a cabeça, o melhor seguimento ao cruzamento feito da direita por Castro.

O Sp. Braga demorou a encontrar-se e foram os algarvios quem mais próximos estiveram do golo nos minutos seguintes. Um remate frontal de Castro passou perto da baliza de Eduardo e, logo depois, Ukra soltou-se na direita do ataque e cruzou para Djalmir que, de ângulo apertado, fez a bola passar em frente à linha de baliza bracarense.

O golo do empate acabou, por isso, por aparecer contra a corrente do jogo. Evaldo avançou no terreno e bombeou para a área, mas só um corte mal efectuado por Tengarrinha permitiu que a bola chegasse a Matheus. Isolado, o atacante do Sp. Braga fez a bola passar entre as pernas de Ventura, fazendo o empate.

A equipa de Domingos serenou e acertou as marcações a meio-campo, passando a controlar o jogo. Castro, o estratego de Olhão, desapareceu, e passou a haver mais Sp. Braga. A dez minutos do intervalo foi consumada a reviravolta. O defesa Evaldo voltou a aparecer no ataque, desta vez na área, e fez um golo à ponta-de-lança, aproveitando novo erro de Tengarrinha, que se esqueceu da marcação.

O resultado final foi estabelecido aos dez minutos da segunda parte. Paulo César fugiu ao seu marcador directo e fez o passe atrasado para Meyong, que não desperdiçou. Até ao final, os minhotos ainda ficaram a dever aos adeptos um par de boas oportunidades para dilatar a vantagem.

Com este triunfo, a equipa de Domingos Paciência - que ontem completou o jogo cem como técnico principal - passa a somar, a nove jornadas do final, mais pontos do que os totalizados na temporada passada, com Jorge Jesus. Mas, mais importante do que isso, deu um safanão nas nuvens negras que pairavam sobre a Pedreira. O Sp. Braga está na luta e, como disse o técnico no final do encontro, "faltam nove finais para fazer história no clube".


Andebol
Sporting empata fora e ABC perde em casa


Belenenses e Sporting empataram este sábado, 25-25, em jogo da 17.ª jornada marcado por várias exclusões e desqualificações ocorridas nos últimos seis segundos do jogo. Os resultados dos restantes jogos foram os seguintes: ABC-Madeira SAD, 22-25; AC Fafe-Águas Santas, 20-28; São Bernardo-Sp. Horta, 30-30; Marítimo-Xico Andebol, 23-33. Hoje joga-se o Benfica-FC Porto (17h00).


PUBLICO

JotaCC

Liga: Matheus, Evaldo e Meyong fizeram os golos dos minhotos
Uma revolução demolidora



O Sp. Braga venceu ontem o Olhanense em casa e expiou os pecados cometidos no Dragão, na última jornada (5-1). Os responsáveis pela boa reacção minhota foram Matheus, Evaldo e Meyong, que deram a volta a um jogo que começou por sorrir aos algarvios. O 3-1 final a favor dos bracarenses apimenta a luta no topo da Liga.

Domingos fez mudanças radicais. Deixou Luís Aguiar no banco, adaptou Filipe Oliveira à posição de trinco, chamou Leone e Miguel Garcia para a defesa e promoveu o regresso à titularidade de Meyong e Matheus. Mesmo com uma equipa muito ofensiva, o Sp. Braga foi surpreendido pelo atrevimento inicial do Olhanense. É que Djalmir, assistido por Castro, colocou os algarvios em vantagem (15'). E já tinha atirado uma bola ao poste!

Ainda assim, durou pouco o estado de graça dos algarvios, porque Matheus e Evaldo conseguiram dar a volta antes do intervalo, no aproveitamento de falhas defensivas da equipa de Jorge Costa. Matheus aproveitou um corte deficiente de Tengarrinha (21') e Evaldo não teve um brinde tão descarado, mas pôde cabecear à vontade para o fundo da baliza. Dez minutos após o intervalo, Meyong ampliou a contabilidade minhota, também com a ajuda de Paulo César e antes de Domingos Paciência mexer na equipa. Com as alterações, o Sp. Braga baixou o ritmo, mas chegou e sobrou para abraçar o triunfo.

"FOI UMA VITÓRIA JUSTA"

"Estou satisfeito. A equipa não entrou bem, por mérito do Olhanense, mas na segunda parte foi diferente, foi mais Braga. Sofremos um golo mas acreditámos e foi uma vitória justa" disse Domingos Paciência. "Ninguém gosta de perder. É natural que a equipa entrasse nervosa depois da má imagem deixada no Dragão, mas temos feito coisas boas. A equipa que for mais consistente nestes últimos jogos e aumentar os índices de confiança vai ganhar este campeonato", acrescentou o técnico do Sp. Braga.

Já Jorge Costa realçou a atitude do Olhanense: "Sabíamos que este jogo era decisivo para o Sp. Braga. Havia duas hipóteses: jogar fechados ou com personalidade e coragem, e foi isso que fizemos".

CORREIO DA MANHA