NOTICIAS DO ENORME DE 27/11

[JotaCC]

Inglaterra chama Rodrigo Possebon de volta


Num dia em que o plantel dos Guerreiros do Minho continua a preparar, à porta fechada, a recepção à União de Leiria, na próxima segunda-feira, às 20.15 horas, foi tornado público que o médio italo-brasileiro Rodrigo Possebon, que representa o Sp. Braga por empréstimo do Manchester United, é novamente "chamado" por Inglaterra, se bem que desta vez não é seu clube de origem que o chama.

Depois de chegar a Braga com o rótulo de craque - não fossem os "Red Devils" o clube histórico que são -, o médio nunca se conseguiu impor nas escolhas principais do treinador Domingos Paciência, sendo muito poucas vezes utilizadas e, quanto teve oportunidade, nunca a conseguiu agarrar, muito pelo contrário, desperdiçou mesmo as oportunidades que teve.

Agora, as formações do West Bromwich Albion e do Middlesbrough, ambas a militar no segundo escalão do futebol inglês, estão, segundo alguma imprensa britânica, interessadas em assegurar os serviços do jogador, também através de empréstimo, isto se o Sp. Braga permitir que o atleta abandone o período de empréstimo ainda antes do final do mesmo.

Caso este interesse inglês se venha a confirmar, é possível que o jogador abandone o plantel arsenalista em breve, uma vez que a sua utilização este ano tem sido escasssa.
O próximo jogo dos bracarenses, depois da paragem no campeonato, disputa-se já na próximo segunda-feira, com a União de Leiria, uma equipa que tenta sempre complicar ao máximo a vida aos seus adversários e, nesta deslocação a Braga, certamente não será excepção.

Desta forma, e porque a vitória no jogo é o objectivo e permitirá segurar a liderança do campeonato, o plantel arsenalista continua a preparar a recepção aos leirienses no maior segredo, com mais um treino a realizar-se hoje, pelas 10 horas, à porta fechada.


CORREIO DO MINHO

[JotaCC]

A formação de um líder
CLUBE ABRE O LIVRO DO TRABALHO NO PRESENTE COM A MIRA PARA O FUTURO
   
É um líder que não se resume à surpreendente carreira da equipa principal, pois em Braga trabalha-se há muito de forma metódica e sistemática na formação de um jogador que tenha a marca registada de "Guerreiro do Minho".

Aproveitando a assinatura do protocolo com o Externato Carvalho Araújo, que visa essencialmente conciliar a atividade desportiva com o ensino, Luís Martins, coordenador técnico do futebol de formação do Sp. Braga, acedeu a uma conversa sobre a filosofia que reina no seu departamento. A visão, já se tinha percebido, é ampla e tem em atenção o presente, mas principalmente o futuro. Claro que o objetivo supremo e ideal é "garantir mais-valias para a SAD", mas para se chegar a essa excelência há que percorrer uma série de etapas que são "essenciais no processo do aspirante a futebolista".

Luís Martins reconhece que a missão tem espinhos e os resultados desportivos, mesmo nos escalões mais jovens, não podem ser dissociados desta filosofia, até porque "a definição de um jogador vencedor também passa por aí", mas o que mais reforça é um processo de intenções que está em marcha e já com resultados. O clube movimento mais de 300 atletas sob o lema de que "mais do que treinar, é fundamental educar para a exigência maior do futebol". Por isso há um caderno de encargos com segredos por revelar, mas não se escondem os meios para se chegar ao fim. Dividida em três dimensões de etapas - o modelo de jogo, o modelo de treino e o modelo de jogador -, a filosofia está já enraizada em todo o departamento, sendo que as habilitações académicas dos candidatos a profissionais de futebol não são descuradas. Bem pelo contrário, o suprassumo é conseguir que o tal "Guerreiro do Minho" chegue aos principais relvados nacionais com uma bagagem cultural que lhe permita ser melhor. Em todos os sentidos...


RECORD

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João Pereira é alvo exacto do Mónaco

Protagonista de uma exibição de sonho no Parque dos Príncipes, contra o Paris Saint-Germain (2008/09), em jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da (extinta) Taça UEFA, ao dominar de forma implacável estrelas como Rothen e Chantome; João Pereira não pára de coleccionar admiradores entre os clubes que disputam a Ligue 1 francesa. Actual oitavo classificado do campeonato gaulês, com menos quatro pontos do que o líder Auxerre, o Mónaco é o mais recente "perseguidor" do lateral-direito do Braga, sendo nesta altura muito forte a possibilidade de tentar a sua contratação em Janeiro, na reabertura do mercado. Alvo de quatro observações, em Portugal, por parte de profissionais ligados ao departamento de "scouting" do clube monegasco, João Pereira está seguro, e bem seguro, ao Braga através de um contrato válido até 2011, e não tem qualquer cláusula de rescisão fixa, razão pela qual os espanhóis do Racing Santander não conseguiram levá-lo em Julho de 2008, apesar de terem oferecido dois milhões de euros aos minhotos.

Para o defesa português, seria ouro sobre azul, pois passaria a auferir mensalmente 30 mil euros logo no seu primeiro ano de contrato, acabando por ganhar mais sete mil ao fim de quatro anos de ligação; mas o Braga exigiu uma verba superior, a rondar 2,5 milhões de euros, e o negócio não avançou. Na melhor das hipóteses, será por esse valor que o Mónaco terá de negociar com o Braga, a menos que a luta pela manutenção do primeiro lugar acabe por blindar o jogador até ao fim do campeonato. É neste dilema que vive a SAD presidida por António Salvador, que, volta e meia, se vê obrigada a vender jogadores, em nome da liquidez financeira.



PSG, Rennes e Lens têm-no referenciado

Há algum tempo que João Pereira suscita curiosidade em França. Tudo começou com o Paris Saint-Germain, que fez questão de recolher informação sobre o lateral, acompanhando-o atentamente até ao fim da época; e prolongou-se com o Rennes e Lens, clubes de menor expressão, mas com capacidade financeira. A verdade é que nenhum dos três clubes franceses contactou directamente o Braga, ou próprio jogador, no sentido de negociar uma eventual transferência.



Líderes no fair play

Comandantes no campeonato e extremamente leais em campo. São estas as actuais imagens de marca do Braga, vencedor do prémio Fair Play respeitante ao mês de Outubro na Liga Sagres. O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol entregará oficialmente o título esta manhã (11h30), no Estádio AXA, ao capitão Vandinho e a António Salvador, o presidente do clube. A equipa dirigida por Domingos Paciência ficou, desta vez, à frente do FC Porto e Paços de Ferreira, o segundo e terceiro classificados, respectivamente.



Externato parceiro

Aumentou o contingente de juvenis e juniores do Braga no Externato Carvalho Araújo, situado em Real. Há um ano, o Braga tinha lá 14 jovens atletas; este ano inscreveu 25 à luz de um novo protocolo com aquela instituição escolar privada, que já funcionou como rampa de lançamento para os internacionais sub-19 Tiago Gomes, Aníbal Capela e Rui Vieira, todos a frequentarem actualmente cursos superiores da Universidade do Minho. "Nesta escola, é possível conciliar os horários das aulas com os treinos", explicou Luís Martins, o coordenador do sector da formação.



Equipa reunida em almoço

Um dos "segredos" do sucesso do Braga será a sã convivência entre todos os profissionais e, para que a chama não perca força, o grupo juntou-se, após o treino da manhã, à mesa para almoçar num restaurante da cidade. Não terá havido faltas, pois convém sempre impressionar Domingos Paciência: quem não é para comer, não será para trabalhar...



Possebon agita Imprensa britânica

Raramente utilizado pelo técnico Domingos Paciência, Rodrigo Possebon deverá partir em Janeiro, em busca de melhor sorte, e o diário britânico "The Sun" já apontou como destinos prováveis o West Bromwich ou o Middlesbrough, reforçando assim as possibilidades anteriormente avançadas por O JOGO. Pertencente aos quadros do Manchester United, que o emprestou ao Braga até ao fim da presente temporada, o médio brasileiro deverá então prosseguir a sua carreira no segundo escalão do futebol inglês, sendo altamente improvável o seu regresso aos "red devils" para constituir uma opção válida para Sir Alex Ferguson.


O JOGO

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Eduardo
"Acreditamos no título mundial"


Carlos Queiroz lançou o repto e Eduardo aceitou. O guarda-redes preferido do seleccionador é também o primeiro jogador a assumir a crença num resultado histórico para Portugal.

É utópico pedir à Selecção Nacional o título mundial?

É importante que as pessoas sonhem e acreditem na Selecção. Nós também acreditamos e sonhamos porque temos jogadores capazes de lutar com qualquer selecção mundial. Mas dizer que vamos ser campeões do mundo é prematuro.

Carlos Queiroz foi o primeiro a falar disso. Exigiu a responsabilidade de se pensar nesse objectivo...

Ele, como nós, acredita que é possível porque temos jogadores para isso. Sem dúvida que acreditamos no título mundial. Sonhamos com isso e depois de lá estar tudo faremos para isso. Vamos todos à procura de um sonho, mas a única coisa que podemos prometer aos adeptos portugueses é que vamos lutar por isso.

Preferia ser campeão do mundo ou campeão do campeonato português?

Nem sequer tem comparação. Mas gostava de levantar os dois troféus.

Depois da grande época que realizou em 2007/08, entende que já devia ter ido ao Europeu?

Na altura disse que as coisas aconteceriam quando tivessem de acontecer. Nunca critiquei opções e sempre disse que tinha de ser julgado pelo meu trabalho. Se o seleccionador [Luiz Felipe Scolari] entendia que deviam ser outros guarda-redes, quem era eu para julgar essas decisões? Sempre apoiei quem lá esteve e, mesmo quando surgiam críticas a quem lá estava, defendi-os porque achei que devia defender um colega de profissão, mas também porque entendia aquilo que eles estavam a passar.

Mas ficou ou não um sentimento de injustiça?

Esse é um sentimento que devemos guardar para nós, porque sempre entendi que não devia criticar um seleccionador, até pelo respeito por quem lá estava.

Se tivesse feito essa grande época no Braga e não no Setúbal, tinha ido ao Euro'2008?

Estava a representar um grande clube, com história, e as exibições devem ser julgadas por elas e não pelos clubes onde se conseguem. Não sei se me teriam convocado se jogasse em Braga. Sei que fiz um excelente trabalho em Setúbal, juntamente com os meus colegas.

O prazer que tem quando joga na Selecção ficou patente na forma como cantou o hino na Bósnia. É correcto dizer que foi o jogo por Portugal que mais o marcou?

Cada vez que vestimos aquela camisola e cantamos o hino é sempre um momento especial, mas naquele dia, pelo ambiente que estava criado e por aquilo que ambicionávamos, marcou-me e muito.

Nesse jogo completou 498 minutos sem sofrer golos. Que comentário lhe merece esta série tão positiva?

É habitual dizer que quando se trabalha bem os resultados aparecem. Se somos julgados pelos resultados, os meus estão aí...

Na Selecção parece ter pouco trabalho, mas o que é certo é que quando é preciso intervir, o Eduardo está lá. É mais difícil estar tanto tempo sem ter de defender e depois aparecer num momento qualquer?

Já aqui no Braga tem acontecido um pouco isso. Cada vez mais a concentração é importante. Devido à qualidade dos defesas, estamos pouco em acção. Nas poucas vezes em que temos de intervir, temos de ser eficazes. Estar 89 minutos sem tocar na bola e num minuto decidir um jogo é que marca a diferença e a qualidade dos guarda-redes. O que os define é o trajecto e o trabalho ao longo do tempo.



"Podem contar com o Braga"

Quando se refere ao Braga, Eduardo defende mais para canto. Recusa assumir a candidatura ao título, mas lá vai dizendo que se as coisas continuarem a correr bem...

O Braga pode ser campeão? Ou vão correr por fora até ao final do campeonato?

Nós não fazemos essa pergunta. Nós trabalhamos. Há um espírito de conquista neste grupo e as coisas aconteceram até aqui. Sonhamos. Mas o que nós gastamos é ridículo comparado com aquilo que outros investem. Mas a nível de qualidade e empenho não ficamos nada a dever.

Mas pensam ou não nisso?

As coisas têm acontecido. Neste momento somos das equipas que melhor futebol apresentam. Temos capacidade e qualidade para lutar pela vitória em qualquer campo que seja. Mas sabemos que é um trajecto longo e difícil. Estar a assumir uma coisa que não nos propusemos no início da época é prematuro. Mas o que eu digo é que podem contar connosco.

Há muitos jogadores do Braga que cabem num grande?

Não é fácil dizer, por respeito aos jogadores que estão noutras equipas. Mas garanto que há excelentes profissionais e excelentes homens nesta equipa.

Alguns avançados disseram que Moisés era dos melhores centrais do campeonato. É o melhor?

É sem dúvida um dos melhores, juntamente com Rodriguez, Leone e Paulão. A nível de centrais, o Braga é das equipas mais bem apetrechadas.

Na penúltima semana da época passada, antes de jogar com Benfica e FC Porto, o seu nome foi associado a essas equipas. Existiu alguma das propostas?

Comigo nada se passou e nada afectou o meu desempenho. Se as coisas aconteceram é porque tiveram de acontecer. Mas gostamos que nos associem a clubes que lutem pelos títulos. Mas tenho muito orgulho em estar em Braga. O futuro a Deus pertence, mas para sair terá de ser bom para mim e para o clube.



Eduardo, afinal, esteve no Mundial'2006

Eduardo vai à África do Sul mas este não será o primeiro Campeonato do Mundo da sua carreira. No campo sim, mas fora dele tem muito que contar. A vontade de conhecer o espírito de uma prova destas era tanta, que em 2006 meteu-se no carro com Pedro Costa (jogador da Académica) e outros dois amigos e partiu para a Alemanha, onde assistiu ao Portugal-México. Num só dia fizeram mais de 3000 quilómetros e não pararam nem para dormir. No regresso sim, e tanto que quando acordou estava perto de Vinhais, um concelho transmontano perto da sua terra natal, Mirandela. Curioso é que Pedro Costa, que conduzia, chegou aí por engano. "Não se enganou em França nem em Espanha e perdeu-se em Portugal", ri Eduardo. A viagem foi um espectáculo e o guardião quis repetir. Vai daí, voltou a terras germânicas para ver o Portugal-Inglaterra, já dos quartos-de-final, também em Gelsenkirchen. Mas só foi de carro depois de Paris, capital para onde comprou bilhete de avião. Como não há duas sem três, voltará a um campeonato do mundo. Agora como actor principal.



"Domingos vai treinar um grande"

O guarda-redes está impressionado com o novo treinador e augura-lhe mais sucesso no futuro.

Gosta dos métodos de trabalho de Domingos Paciência? Ficou surpreendido com ele?

Todos conhecíamos o trabalho dele. É óbvio que esta equipa tem o toque do nosso treinador. As equipas são o espelho do treinador. Se o Braga exibe as qualidades que apresenta é também pelo seu treinador. Sem dúvida.

Os seus treinadores do passado estão todos num grande. O Domingos também vai lá chegar?

Pela qualidade e pela pessoa que é, não tenho dúvidas que, seguindo o seu trajecto normal, de certeza que vai treinar um grande. Mas volto a dizer que já está num grande clube.



"Questão da altura não é um problema para o Beto"

Companheiros na Selecção A, Eduardo e Beto são amigos de longa data. Os dois, curiosamente, viram-se envolvidos numa guerra de treinadores, ocorrida na época passada, entre Jorge Jesus e José Mota. "Com 1,80 metros ou 1,82 nunca será um grande guarda-redes", declarou o então treinador do Braga, referindo-se a Beto. Nada que afecta a amizade entre os dois guarda-redes.
Como tem sido a convivência com Beto na Selecção Nacional?

Temos sido bons rivais. Já estamos juntos desde as selecções de sub-16 aos sub-21. Estivemos sempre juntos, juntamente com o Moreira [Benfica]. Crescemos quase como rivais. Cada um ambiciona jogar, como é natural, mas estão a realizar excelentes carreiras e têm progredido imenso.

A questão da altura é fundamental para um guarda-redes?

É uma comparação ingrata. As pessoas não têm culpa se são altas ou baixas. Se pudéssemos ser mais altos, até eu gostava de ter mais uns centímetros. Mas o mais importante é ser eficaz.

A altura não é problema para Beto?

Não. Aliás, ele tem feito um bom trajecto. Não tem jogado no FC Porto por uma questão de opção, mas não deixa de mostrar o valor que tem. Desejo-lhe as maiores felicidades.



"Vítor Baía foi um senhor das balizas"

Vítor Baía disse recentemente que Portugal tem bons guarda-redes, mas não tem nenhum grande guarda-redes. Eduardo, titular da Selecção Nacional, teve conhecimento dessa declaração, ouviu e encaixou. Sem polémica.

A declaração de Vítor Baía mexeu consigo?

O Vítor é um senhor. Adquiriu um estatuto por aquilo que deu a Portugal e por aquilo que representa. Tem direito à opinião dele e respeito. Posso é não concordar.

E Vítor Baía, foi um bom ou um grande guarda-redes?

O Vítor foi um grande guarda-redes. Foi um senhor das balizas portuguesas.

Mas concorda ou não com quem pensa como Vítor Baía?

Isso é a opinião de alguns. Deixo que me julguem pelo meu trabalho. Não me acomodo com aquilo que tenho, não me preocupo com aquilo que dizem e procuro ser sempre o melhor.

Quem foi, para si, o melhor guarda-redes português de todos os tempos?

Dos que vi jogar, o Vítor foi o melhor. Não tive a felicidade de ver jogar o Bento nem o Damas. Apenas sei o que vi nos vídeos e por aquilo que falam.

Quem são as suas referências?

Admirei muito o Michel Preud'homme, quando ele jogava no Benfica. Creio que foi uma referência para todos os guarda-redes, mas o Vítor Baía também porque marcou um trajecto no futebol português. Cresci em Braga com o Quim. Ele foi uma referência para mim quando aqui cheguei.

Gostava de ver o Quim no Mundial?

Não me compete a mim e não me ficava bem dizer quais as opções que o seleccionador deve tomar, porque há mais colegas a lutar por um lugar no Mundial. Tenho de ter respeito por todos.



"Golo do Paris SG vai marcar para sempre a minha carreira"

Na época passada, Eduardo sofreu um golo com o Paris Saint-Germain que marca um pouco negativamente o seu trajecto no Braga. O guarda-redes assume o erro com humildade.

Ainda se lembra do golo que sofreu contra o Paris Saint-Germain?

Lembro-me bem desse lance. Foi um cruzamento tenso. Dei um passo errado no ataque à bola e nisso a velocidade das bolas faz toda a diferença. Vai marcar para sempre a minha carreira, estávamos a fazer um trajecto brilhante, não deixámos de o fazer, mas podíamos ter ido muito mais além do que aquilo que fomos. Mas a vida não é só coisas boas. O futebol não é só grandes exibições, títulos e grandes defesas. É feito também destes erros, que neste caso comprometem a equipa. Só nós sabemos o que passamos. Mas aí é que se marca a diferença. Ser guarda-redes é ser diferente, é saber conviver com estes lances que marcam para toda a vida. Vou guardar este para sempre, acontece.

E que conclusões positivas tirou? Teve o apoio de alguém? Serviu-lhe de exemplo?

Positivo nunca se tira. Mas isto faz-nos lembrar quem são os verdadeiros amigos, os que estão connosco. Quem estava comigo? Os meus verdadeiros amigos e a minha família. Quem não esteve comigo? Algumas pessoas não estiveram, mas guardo para mim.


Trabalhou com os treinadores que estão nos três "grandes"

Eduardo tem a particularidade de ter trabalhado com os treinadores dos três "grandes" do futebol português, concretamente Jesualdo Ferreira (FC Porto), Jorge Jesus (Benfica) e Carlos Carvalhal (Sporting). Se os dois primeiros encontrou-os no Braga, já com o sucessor de Paulo Bento em Alvalade trabalhou com ele no Beira-Mar, no Setúbal e na Cidade dos Arcebispos. O guarda-redes acedeu ao repto de O JOGO e falou sobre cada um deles.

Com qual gostou mais de trabalhar?

Todos me marcaram em fases diferentes do meu trajecto. Jesualdo Ferreira marcou-me no princípio, numa época de aprendizagem, em que estava na equipa B. Fazia esses jogos e treinava com a equipa A. Ambientava-me a estes ambientes de sucesso pois estava num balneário que na altura tinha sucesso. Com o Jesualdo começou o crescimento do Braga, junto com a entrada desta direcção. Fez um excelente trabalho.

E Carlos Carvalhal?

Carvalhal marcou-me noutro trajecto. Deu-me a oportunidade de realizar o meu sonho de jogar na I Liga. Foi o início desse sonho. Também por aquilo que conquistámos... Estou-lhe grato por ter apostado em mim num momento difícil da minha carreira, porque marcou a transição da equipa B para a equipa principal.

Jorge Jesus também foi importante?

Jorge Jesus também marca um pouco o meu crescimento, pelo rigor que queria que eu tivesse nas coisas.

A quem daria um abraço mais sentido?

A todos. Porque todos tiveram importância na minha carreira. Mas é óbvio que mantenho mais relação com Carvalhal. Ficámos amigos. Mas todos marcaram um trajecto. Carvalhal marca-me também pela relação de amizade que ainda existe.

Gostava de voltar a trabalhar com algum deles?

Sou profissional de futebol. Estar a dizer que gostava ou não... São excelentes treinadores, quem sabe o que o futuro nos reserva...

Jesualdo Ferreira

"Marcou-me no princípio, numa época de aprendizagem, em que estava na equipa B

Carlos Carvalhal

"Deu-me a oportunidade [Beira-Mar, 2005/06] de realizar o meu sonho de jogar na I Liga

Jorge Jesus

"Marca um pouco o meu crescimento, pelo rigor que queria que eu tivesse nas coisas



MOMENTOS DA CARREIRA

29/12/2006 Apresentação no Beira-Mar
Com Carvalhal e Matheus em Aveiro

"Carlos Carvalhal marcou a minha carreira. Não só pela amizade, mas pelo trabalho que desenvolvi com ele. Matheus tem sido um companheiro de carreira. Tem sido assim no Braga, fomos juntos para Aveiro, estivemos em Setúbal, e voltámos a estar juntos em Braga"

22/03/2008 Sporting, 0 - Setúbal, 0 (3-2 nas g.p.)
Vitória na Carlsberg Cup

"Foi um sonho e uma emoção. Não foi o momento mais alto da minha carreira, mas é um dos mais marcantes"

11/02/2009 Portugal, 1 - Finlândia, 0
Estreia pela Selecção "A"

"Dia memorável para mim. Foi a minha estreia e a primeira fez que vesti a camisola número um da Selecção Nacional. É aquele dia com que sempre sonhamos, mas nunca sabemos quando vai aparecer. Este foi o meu dia"

19/11/2009 Bósnia, 0 - Portugal, 1
Apuramento para o Mundial'2010

"Esta foto significa espírito e glória. O espírito que a equipa tinha para este jogo e a glória no final, pois conseguimos o apuramento para o Mundial. É um dia para recordar, um dia muito especial na minha carreira e na minha vida"

O JOGO

[JotaCC]

Liderança em campo num jogo com 11 pontos de diferença

O líder do campeonato recebe uma equipa que está a 11 pontos de distância, por isso, em teoria, este será um desafio tranquilo para a formação liderada por Domingos Paciência. Portém, o percurso recente dos dois clubes lança dúvidas sobre o tema: é que nas três últimas rondas, os bracarenses empataram uma vez, venceram outra e perderam frente ao Vitória de Guimarães antes da paragem da Liga. Já a União, somou duas vitórias e um empate. Por outro lado, a diferença de qualidade das equipas é notória e o Sporting de Braga vai entrar em campo já a saber o resultado do Benfica, com quem divide actualmente a liderança da Liga, e isso pode ser outro factor de motivação.


DN

[JotaCC]

Comentário à 2ª Divisão - Série A
Nuno Lázaro fala sobre a jornada anterior e perspectiva a que aí vem

Começo este meu comentário esta semana, lançando mais uma vez o repto a todos que me enviem informações dos jogos para me ajudarem (nuno.futsal@gmail.com) a melhor comentar cada partida, pois como os nossos estimados leitores entendem, não me é humanamente possível estar em todos os jogos. Posso somente dizer que vejo uma a duas partidas por semana e já vi as 14 equipas a jogar! Entendam que faço este trabalho por gosto e para tentar ajudar a melhorar o nosso Futsal e para que hajam noticias o mais fidedigno possível deste campeonato!

Falando do que mais interessa agora, vamos as surpresas desta jornada seis, que foram sem dúvida a derrota do Boavista em casa frente ao Lamas e que vem denotando as fragilidades que o Boavista atravessa neste momento, mas que não serve de desculpa para não vencer há 3 jogos consecutivos. O Gafanha venceu finalmente e conseguiu a surpresa que talvez quase ninguém esperava, mas pode ser que a partir de agora ganhe ânimo para voltar a pontuar e sair do último lugar. Neste outro caso, dizer que o Braga foi surpresa, pode ser não muito bem entendido por muitos, mas no meu último comentário eu falei disto e aconteceu: vence um jogo e perde outro, o que não se percebe, pois tem capacidade para fazer mais e melhor e vencer mais vezes, como o fez frente ao Viseu, que diga-se que tem vindo, infelizmente ao encontro dos meus comentários, a baixar as exibições. Termino esta parte a falar da vitória da Acad. Leça que está a fazer um excelente campeonato e foi vencer fora o Nogueiró por números expressivos. Temos campeonato!

Vamos agora perspectivar a jornada 7 deste campeonato da 2ªDiv. Série A, que como é mais que normal, traz-nos mais alguns jogos de grande interesse e em que a emoção não faltará.

Piratas Creixomil vs Braga/AAUM: Num jogo em que em principio o favoritismo está do lado da equipa do Braga, pois tem vindo a subir na tabela e ao que tudo indica está mais consistente depois da última vitória e não vai querer deixar fugir o grupo da frente. Quanto ao Piratas, e a jogar em casa tentará com certeza contrariar o favoritismo do adversário e tentar vencer para deixar a zona de descida da tabela.


SCN

[JotaCC]

Alan ainda condicionado

O brasileiro continua a recuperar de uma mialgia na face posterior da coxa esquerda e limitou-se a realizar trabalho condicionado no ginásio e no terreno durante o treino do Sporting de Braga desta sexta-feira.

Domingos Paciência prosseguiu a preparação para o jogo com o União Leiria, encontro que encerra, segunda-feira, a 11.ª jornada da Liga, também sem Bruno Tiago, que apresentou sequelas de fractura dos ossos da perna esquerda e, por isso, realizou tratamento e trabalho de ginásio.

Já Peterson, a recuperar de lesão meniscal do joelho esquerdo, fez tratamento e trabalho condicionado no ginásio e no relvado.

O plantel bracarense volta a reunir-se amanhã, às 10 horas, num treino que vai decorrer à porta fechada.

A BOLA

[JotaCC]

TREINO SÁBADO ÀS 10H00 À PORTA FECHADA

O plantel do SC Braga treina sábado, dia 28 de Novembro, às 10h00. A sessão de trabalhos decorrerá à porta fechada a sócios, adeptos e comunicação social.


BOLETIM CLÍNICO

Peterson

Cirurgia artroscópica para tratamento de lesão meniscal do joelho esquerdo. O atleta realiza tratamento e trabalho condicionado em ginásio e relvado.

Bruno Tiago

Sequelas de fractura dos ossos da perna esquerda. O atleta efectua tratamento e trabalho em ginásio.

Alan

Mialgia na face posterior da coxa esquerda. O atleta efectua trabalho condicionado em ginásio e relvado.


O Director Clínico do SC Braga

Drº João Pedro Araújo


S.C.BRAGA.PT